PT1555891E - Bloco alimentar - Google Patents

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PT1555891E PT03755703T PT03755703T PT1555891E PT 1555891 E PT1555891 E PT 1555891E PT 03755703 T PT03755703 T PT 03755703T PT 03755703 T PT03755703 T PT 03755703T PT 1555891 E PT1555891 E PT 1555891E
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Description

DESCRIÇÃO "BLOCO ALIMENTAR"
Esta invenção refere-se à produção de partículas alimentares preparadas para servir como alimento para peixes de grande porte em piscicultura. Peixes de grande porte são os que pesam, aproximadamente, mais de 4 kg, ou peixes adaptados para se alimentarem à base de presas com uma dimensão relativamente grande, em relação ao peso corporal do próprio peixe. A invenção também se refere à produção de um alimento para animais em cativeiro, tais como aves e mamíferos marinhos.
Na piscicultura intensiva, tal como na criação de salmão e truta arco-íris na água do mar, a utilização de alimentos secos é praticamente exclusiva. 0 teor em água destas partículas alimentares é inferior a 10%. A actividade da água é baixa de modo a evitar o crescimento de bactérias, bolor e fungos. É, por conseguinte, possível armazenar estes alimentos durante um período de tempo alargado. A secção transversal das partículas alimentares pode variar, no entanto, o maior diâmetro atinge, tipicamente, 12 mm, com um rácio comprimento/diâmetro que varia desde, aproximadamente, 1:1 a, aproximadamente, 1:5:1. As partículas alimentares com um diâmetro de 12 mm irão, tipicamente, pesar, aproximadamente, 1,5 - 2,5 gramas. O peso normal no abate do salmão e truta de criação é de, aproximadamente, 4-6 kg, mas pode ir até aos 7 - 8 kg para determinados mercados. Em termos de produção, este tamanho é favorável para o criador. Os peixes com maiores dimensões irão ser sexualmente maduros com uma subsequente perda da qualidade da carne. Do mesmo modo, os peixes com maiores dimensões requerem um maior período de criação o que implica uma maior imobilização do capital do criador.
Em boas condições, e com a maior taxa de crescimento do salmão e da truta, a ração diária de alimentos irá ser superior a 1 1% do peso corporal, e para alguns espécimes atinge, nalguns dias, até 3%. Isto significa que um peixe de 4 kg pode comer até 120 g de alimentos secos por dia, o que equivale a, aproximadamente, 80 partículas alimentares por dia. O salmão e a truta estão adaptados a viverem como predadores activos, que caçam, de um modo preferido, junto à superfície. Na piscicultura, habituam-se a procurar partículas alimentares que se afundam lentamente na massa de água. Quando o salmão e a truta são transferidos da água doce para a água do mar, terão um peso, normalmente, de entre 40 a 150 gramas. Este peixe está habituado a comer partículas alimentares com um diâmetro entre 2 e 3 mm. À medida que o peixe cresce, a dimensão das partículas alimentares é aumentada de modo a chegar aos 9-12 mm quando o peso corporal do peixe ultrapassa 2 kg. O alabote do Atlântico (Hippoglossus hippoglossus) é uma nova espécie na piscicultura comercial. O alabote é um soleído que vive no fundo do mar. A forma achatada significa que o peixe deve atingir, pelo menos, 4 kg antes do rendimento resultante da filetagem justificar o abate. O alabote caça as suas presas fazendo investidas súbitas a partir de uma posição escondida no leito do mar. Na piscicultura, permanece inactivo, durante a maior parte do tempo, no fundo do depósito/gaiola. Sendo assim, o alabote irá "avaliar" se vale a pena apanhar pequenas partículas de alimento, em termos de gasto de energia. O alabote fêmea atinge a maturidade sexual numa fase avançada, pesando 30 - 100 kg antes da desova. A piscicultura intensiva baseia-se na disponibilidade de ovos inseminadas artificialmente de modo a produzir quantidades previsíveis de ovas. Consequentemente, é necessário aceder aos reprodutores em cativeiro. O peixe destas dimensões não está "interessado" em partículas alimentares que pesem apenas 2-3 gramas. Por conseguinte, o alabote reprodutor é alimentado com alimentos humedecidos. Estes são preparados localmente na forma de uma 2 mistura de peixe fresco moido ou miudezas moldas frescas ou conservadas em ácido, farinha de peixe, agentes ligantes (e. g., amido de trigo), óleo de peixe, minerais e vitaminas. Isto é tudo misturado de modo a formar uma pasta que pode ser dada como alimento em forma de grandes pedaços ou servir como enchimento para salsichas. Alguns também utilizam peixes inteiros com cápsulas de vitaminas incorporadas.
Outro tipo de piscicultura consiste na captura de pequenos atuns (10 - 30 kg) alimentando-os até que atinjam uma dimensão de comercialização (60 - 80 kg). Esta piscicultura também exige a produção de alimentos com uma dimensão adequada à dimensão do peixe. A maior parte dos alimentos utilizados na actual piscicultura intensiva são os assim denominados alimentos secos produzidos em grande escala. Os ingredientes consistem em proteína vegetal, proteína animal, (de um modo preferido, farinha de peixe) , óleo de peixe, óleos vegetais, agentes ligantes, minerais e vitaminas e, possivelmente, agentes corantes. Os ingredientes secos são misturados de modo a formar uma pasta adicionando água e vapor, e adoptam, em seguida, a forma de grânulos extrudindo a pasta através de aberturas da fieira da extrusora, máquina de formação de grânulos ou outro dispositivo adequado, de modo a, em seguida, cortar as fiadas de pasta em comprimentos apropriados. Os grânulos moldados contêm demasiada água, tipicamente e aproximadamente, 22% em peso. Estes devem ser secos até que o seu teor em água se situe entre 10 e 15%. A seguir ao processo de secagem adiciona-se óleo, que é absorvido pelos poros dos grânulos. O produto final, o grânulo alimentar acabado, irá conter, tipicamente, 5 - 10% de água, 25 - 40% de gordura, 30 - 40% de proteina, além dos agentes ligantes, minerais, vitaminas e agentes corantes.
Os ingredientes para os grânulos alimentares/alimentos secos produzidos industrialmente são ingredientes secos, tais como farinha de peixe, trigo, soja, glúten de milho, minerais e vitami- 3 nas (na forma de pré-misturas) , em conjunto com óleos, tais como óleo de peixe e óleos vegetais (e. g., óleo de colza e óleo de soja). Estes ingredientes são caracterizados por poderem ser transportados e armazenados na forma de bens a granel, e por possuírem um baixo teor em água de modo a que seja mais fácil evitar a indesejável decomposição e formação de fungos e bolor. Uma vantagem dos ingredientes a granel e secos reside na logística simples e no potencial de se poderem comprar os ingredientes em todo o mundo. Outra vantagem reside no facto dos ingredientes poderem ser combinados em diferentes proporções de ingredientes, de modo a permitir a produção de um alimento com um valor nutritivo adequado para as espécies para as quais o alimento se destina. Entre outras coisas, o rácio entre proteínas e gordura pode ser variado abrangendo uma vasta gama de valores. Uma terceira vantagem dos alimentos secos produzidos industrialmente reside no facto de serem fáceis de armazenar e transportar, tornando-os facilmente disponíveis para o criador quando são necessários.
Uma alternativa aos alimentos produzidos industrialmente consiste na produção local de alimentos com base em peixe fresco e congelado, bem como miudezas de peixe frescas e em conserva. Estes tipos de alimentos são denominados como alimentos humedecidos ou alimentos pastosos.
As miudezas de peixe em conserva podem ser materiais ou miudezas congelados aos quais se adicionaram acido orgânico ou outros conservantes. Este material humedecido é misturado com um agente ligante adequado, tal como amido de batata ou trigo, gordura (e. g. óleo de peixe) e vitaminas, minerais e, possivelmente, agentes corantes. A mistura pode ocorrer, e. g. num triturador apropriado. A massa pastosa pode ser moldada em peças contínuas, relativamente soltas, pressionando-a através de um disco com aberturas, ou pode ser administrada tal como é, por meio de um utensílio em forma de colher ou concha. Também pode servir 4 como enchimento em, e. g. salsichas, de modo a fazer com que o alimento apresente uma forma mais firme.
Desejou-se ter a opção de se utilizar matéria-prima local, tal como miudezas da indústria de processamento de peixe e outras capturas acidentais resultantes das pescas, numa produção mais industrial de alimentos granulados humedecidos. Por conseguinte, a fundação RUBIN (Recirculação e utilização de subprodutos orgânicos na Noruega) desenvolveu os assim denominados "alimentos RUBIN". Estes consistem em alimentos humedecidos gelificados contendo, aproximadamente, 70% de peixe fresco ou congelado e/ou miudezas de peixe, 10% de óleo de peixe, 10% de farinha de trigo, 5 farinha de peixe, 5% de algas, minerais, vitaminas opcionalmente, agentes corantes. Também contêm carbonato de cálcio para gelificar o alginato presente nas algas. Depois dos ingredientes terem sido misturados e formarem grânulos, os grânulos atravessam um banho de gelificação contendo ácido fórmico.
Outro método de preparação de alimentos humedecidos gelificados foi revelado na patente Norueguesa n° 309673 (WO 01/01792). No essencial, o método difere dos alimentos "RUBIN" pelo facto da matéria-prima animal ou proteína marinha ser previamente tratada com uma base, e por não conter farinha de peixe e farinha de trigo para ligarem a água. Pode utilizar-se alginato ou pectina como um agente de gelificação.
Também se tem utilizado alginato como agente ligante em conjunto com ingredientes alimentares secos. Deste modo, o documento WO 95/28830 descreve a produção de um alimentação consistindo em 0,5 - 10% de alginato. O alginato é misturado com os ingredientes alimentares normais e com água para formar uma pasta. A massa é, em seguida, exposta a catiões bivalentes de modo a formar um gel estável relativamente à água e, em seguida, é moldada de modo a formar grânulos. 5 A patente Norueguesa n° 95894 descreve a produção de alimentos para peixe em que os ingredientes são dissolvidos em água, e aos quais se adicionam componentes de formação de gel solúveis em água, tais como o alginato de sódio. Também se adiciona um sal de cálcio e um fosfato, para agirem como um agente retardante. Forma-se, então, uma massa continua tipo gel. A massa, excluindo o sal de cálcio, também pode ser aspergida num banho de coagulação consistindo num sal de cálcio. A patente também descreve um método em que os nutrientes e a solução de alginato de sódio são forçados a atravessar uma fieira de parede dupla, para que os nutrientes sejam forçados a atravessar uma fieira interna enquanto a solução de alginato de sódio é aplicada através da fieira externa. 0 pedido de patente Norueguês n° 910390 descreve a produção de um alimento humedecido gelificado com uma estrutura e velocidade de afundamento reguláveis. Este alimento é composto por um material que gera CO2 sob condições ácidas (e. g. cascas de camarão), um material formador de ácido (e. g. ácido para ensilagem), alginato ou outro componente formador de gel, e proteínas e gordura. A patente US n° 3889007 descreve a produção de um alimento humedecido, gelificado, consistindo em farinha de peixe, água de cola (efluente resultante do fabrico de farinha e óleo de peixe), óleo de peixe e gelatina. Podem utilizar-se agentes ligantes, tais como goma de guar, ágar-ágar, carboximetilcelulose, e alginato. Estes alimentos dissolvem-se lentamente na água, e destinam-se, especialmente, à criação de camarão. É possível aumentar o diâmetro das dimensões actuais das pastas alimentares secas. Deste modo, para fins experimentais, produziram-se grânulos alimentares com um diâmetro de até 30 mm. Com um comprimento igual a 1,5 x o diâmetro, o maior dos grânulos irá pesar para cima de 30 gramas, fazendo com que estes sejam consideravelmente maiores que os actuais alimentos secos. 6
Os grânulos podem conter 20% de água ou mais depois da moldagem, e devem ser secos de modo a proporcionar-lhes estabilidade de armazenamento. Durante a secagem, a água deve ser eliminada da superfície. A água no interior dos grânulos deve difundir-se para a superfície antes de poder ser eliminada. 0 tempo de secagem aumenta com o diâmetro dos grânulos. Os grânulos alimentares tendo um diâmetro de mais de 20 mm requerem um tempo de secagem relativamente longo comparado com grânulos tendo um diâmetro de até 12 mm.
Tem-se procurado uma solução para o problema da difusão, e. g. formando os grânulos alimentares com um ou mais orifícios de passagem na direcção longitudinal do grânulo. Esta solução reduz a distância desde a superfície até ao ponto no interior do grânulo situado mais longe de uma superfície. Esta distância é um factor de controlo para o tempo de secagem exigido. Este tipo de forma de grânulo está descrito, entre outras coisas, no pedido de patente Norueguês n° 950139. Uma desvantagem deste tipo de forma de grânulo reside no facto deste se partir ou esmagar facilmente durante a subsequente secagem, saturação de gordura, arrefecimento e embalamento.
Para a indústria, é uma vantagem estar-se apto a produzir grânulos diferentes utilizando o mesmo equipamento produtivo numa linha de produção. Um tempo de secagem mais longo significa que a capacidade da instalação de secagem é reduzida, o que, desse modo, reduz a capacidade de toda a linha de produção.
As máquinas de formação de grânulos (e. g. extrusoras) funcionam continuamente, e há um limite no que se refere até que ponto se pode baixar o volume de produção sem que o processo pare. Por conseguinte, há uma relação entre o diâmetro dos grânulos, tempo de secagem e volume de produção. Se o diâmetro dos grânulos exceder um limite crítico, o tempo de secagem irá ser demasiadamente longo, e a capacidade da linha fica abaixo do limite de funcionamento contínuo da máquina de formação de grânu- 7 los. A técnica anterior, por conseguinte, limita a dimensão dos grânulos a produzir.
Uma capacidade reduzida também significa que os custos gerais são distribuídos por uma produção de alimentos mais pequena, tornando excessivo o custo de produção de grânulos com grandes dimensões.
Os grânulos de grandes dimensões têm uma maior tendência a partir-se do que os grânulos pequenos. Por conseguinte, devem adicionar-se mais agentes ligantes, e. g. trigo. De modo a obter um bom dimensionamento prévio do amido no trigo, deve adicionar-se energia térmica e mecânica, e. g. no cilindro extrusor. Quando a abertura no corpo da fieira tem um diâmetro de 30 mm ou superior, isto aproxima-se do diâmetro da placa frontal do extrusor. Daí resulta que não ocorre uma acumulação de pressão exigida na mistura extrudida. Daqui resulta um insuficiente dimensionamento prévio do amido no que se refere ao proporcionar de uma boa ligação, os ingredientes do alimento são misturados de modo insuficiente e torna-se difícil formar o extrudido em grânulos.
Os produtos alimentares gelificados com base em peixe, ou miudezas de peixe fresco ou congelado estão dependentes de um fornecimento regular desta matéria-prima, ou de uma capacidade suficiente de congelamento. A matéria-prima conservada ou sujeita a ensilagem não pode ser utilizada para produzir e. g. alimentos "RUBIN". Se não se adicionarem conservantes ao produto alimentar gelificado, o produto irá ter um tempo de armazenamento limitado e tem que ser utilizado poucos dias depois da produção. Em alternativa, o produto pode ser congelado; no entanto, isto ainda aumenta mais os custos, e o descongelamento dos alimentos prontos também apresenta problemas.
Em termos nutritivos, os produtos alimentares baseados em peixes inteiros ou miudezas de peixe irão variar com o tipo de peixe utilizado como matéria-prima. A quantidade de gordura irá depender do facto do peixe utilizado ser peixe gordo (e. g. aren- que ou capelim) ou peixe magro de carne branca (e. g. bacalhau ou paloco) . 0 objectivo da invenção consiste em remediar as desvantagens da técnica anterior. A finalidade consiste em produzir um alimento, em particular um alimento para peixes, tendo um diâmetro e comprimento significativamente maiores do que o comercialmente disponível. 0 alimento destina-se a e. g., bacalhau, alabote e atum.
Outra finalidade consiste em produzir um alimento de grandes dimensões para peixe com base em ingredientes secos ou a granel, que são fáceis de transportar e armazenar e não são sazonalmente dependentes, tais como os ingredientes na forma de miudezas de peixe ou os peixes inteiros.
Uma terceira finalidade consiste em produzir alimento formulado e de grandes dimensões para peixe. 0 teor em proteínas e gordura deve ser variável abrangendo uma vasta gama de valores e ser adequado para o tipo de peixe ao qual o alimento se destina, mas deveria também ser possível produzir a formulação seleccionada ou a composição do alimento independentemente da altura do ano.
Uma quarta finalidade consiste em produzir um alimento formulado para animais em cativeiro. Dá-se uma determinada forma aos alimentos, e. g., a forma de um peixe, representando uma alternativa ao peixe inteiro quando se alimentam aves, tais como pinguins, ou mamíferos marinhos, tais como focas ou golfinhos.
Obtém-se o objectivo de acordo com a invenção por intermédio das características dadas na descrição que se segue e pelas reivindicações apensas.
Os grânulos do tipo alimento seco são produzidos de um modo conhecido e, em seguida, "colados" uns aos outros de modo a formarem peças maiores embebendo ou envolvendo os grânulos num agente ligante. Em alternativa, o agente ligante pode ser uma gordura, que permanece firme a uma qualquer temperatura de utilização e armazenamento do alimento, e. g. consistindo de 9 matéria sebácea e banha ou gordura endurecida. Deste modo, a invenção compreende a colagem de dois ou mais grânulos do tipo alimento seco uns aos outros. 0 gel é preparado de um modo conhecido misturando uma substância de gelificação e um liquido. Os grânulos secos são, em seguida, adicionados a este liquido contendo gel; em alternativa, o liquido contendo gel é adicionado aos grânulos. Os grânulos e o liquido contendo gel preenchem o molde que, depois do gel estar estabilizado, irá modelar o bloco alimentar. Em alternativa, misturam-se grânulos secos e liquido contendo gel num processo contínuo em que a mistura é modelada de modo a formar um filamento e cortada em pedaços com um comprimento apropriado depois do processo de gelificação ter sido finalizado ou, opcionalmente, num ponto em que o processo de gelificação esteja tão avançado que permita que os pedaços fiquem ligados depois de cortados. 0 filamento modelado pode ter várias secções transversais, e. g., uma secção transversal circular, oval ou rectangular.
Algumas reacções de gelificação dependem de iões especiais ou da acidez para que a gelificação ocorra. Por exemplo, um gel de alginato irá gelificar na presença de iões Ca2+ e a um pH baixo. Quando se utiliza alginato, os iões Ca2+ adicionados podem ter a forma de CaCl2 adicionado ao liquido de gelificação, e a mistura é forçada a atravessar uma fieira de transição de modo a ser modelada com a forma de um filamento de um modo a que o filamento seja forçado a sair para um banho de gelificação contendo ácido fórmico diluído.
Um bloco alimentar produzido como descrito na invenção utilizando gel como agente ligante irá ter um elevador teor de água. Deste modo, a adição de conservantes é apropriada de modo a permitir que o bloco alimentar seja armazenado. Os grânulos secos que constituem a base do bloco alimentar podem conter um conservante, ou os conservantes podem estar contidos quer nos grânulos secos quer no líquido de gelificação. Se se utilizar o 10 bloco alimentar logo após a produção, é suficiente armazenar o bloco alimentar a uma baixa temperatura sem conservantes.
Quando se utiliza gel como agente ligante, a superfície do bloco alimentar irá ser macia mas firme. 0 bloco alimentar irá ser, no seu conjunto, elástico. Deste modo, a textura do bloco alimentar irá ter uma semelhança bastante aproximada de um peixe inteiro ou de outra presa que os alimentos secos não têm. Isto é considerado especialmente vantajoso quando se pretende que o bloco alimentar seja melhor aceite pelo peixe. Em particular, irá facilitar a transição para alimentos formulados para peixes selvagens capturados de modo a serem criados até atingirem uma dimensão de comercialização.
Quando se utiliza gordura como agente ligante, uma gordura adeguada para conglutinação de dois ou mais grânulos do tipo alimentos secos é firme a 25 °C. Esta gordura pode ser banha, matéria sebácea, ácido palmítico, ácido esteárico, ou gordura endurecida de origem animal ou vegetal, ou uma mistura de gordura vegetal e animal. A gordura é derretida de um modo conhecido e a gordura liquida é adicionada aos grânulos secos. Em alternativa, adicionam-se grânulos secos à gordura liquida. Os grânulos e a gordura liquida são esvaziados para moldes que, depois da gordura ter endurecido, irá modelar o bloco alimentar. Em alternativa, os grânulos secos e a gordura liquida são misturados num processo continuo em que a mistura é modelada de modo a formar um filamento e cortada em pedaços com um comprimento apropriado depois do processo de endurecimento ter sido finalizado ou, opcionalmente, num ponto em que a gordura liquida adicionada esteja suficientemente fria de modo a evitar que os pedaços se separem depois de cortados. 0 filamento modelado pode ter várias secções transversais, e. g. uma secção transversal circular, oval ou rectangular.
Um bloco alimentar deste tipo irá ser estável quando armazenado e apresenta uma grande resistência mecânica. Ao variar 11 o nível de expansão dos grânulos secos, e/ou ao variar o teor de água dos grânulos secos, e/ou ao variar o teor de gordura nos grânulos secos, obtêm-se blocos alimentares com diferente densidade. Também se pode forçar a entrada de bolhas de gás na gordura ligante antes desta endurecer de modo a reduzir ainda mais a densidade do bloco alimentar. Deste modo, podem obter-se blocos alimentares que se afundam na água e blocos alimentares que flutuam na água. Esta situação faz com que seja possível utilizar outras técnicas de alimentação diferentes das utilizadas normalmente nos dias de hoje, em que os alimentos são distribuídos na superfície da água. Deste modo, os alimentos podem ser fornecidos a partir do fundo de recipientes de criação, depósitos de criação ou gaiolas de criação, e os alimentos não consumidos podem ser recolhidos à superfície.
Em seguida, descreve-se um exemplo não limitativo de uma forma de realização preferida ilustrada nos desenhos em anexo, em que: A Figura 1 mostra, esquematicamente, um corte longitudinal efectuado através de um bloco alimentar em forma de cilindro; A Figura 2 mostra, esquematicamente, uma secção transversal de um bloco alimentar em forma de cilindro; e A Figura 3 mostra, esquematicamente, um corte longitudinal efectuado através de um bloco alimentar em forma de cilindro no qual se misturaram bolhas de gás de modo a reduzir o peso específico do bloco alimentar.
Nos desenhos, o número 1 de referência indica um bloco alimentar contendo grânulos 2 alimentares envolvidos por um agente 3 ligante, que pode ser um gel aquoso ou uma gordura firme.
Numa forma de realização alternativa, foram adicionadas bolhas 4 de gás ao gel aquoso. 12 0 objectivo da invenção foi conseguido através da produção teste que se segue:
Exemplo 1
Misturaram-se 25 gramas de gelatina em pó em 1,0 litro de água. Grânulos alimentares de peixe seco com um diâmetro de 12 mm e compostos por 33% de proteínas, 40% de gordura, trigo, água, minerais, vitaminas e astaxantina, foram distribuídos para um recipiente cilíndrico com um diâmetro de 8 cm e uma altura de 12 cm, e para um saco cilíndrico de plástico com um diâmetro de 5,5 cm e um comprimento de 37 cm, para que estes ficassem praticamente cheios de grânulos. Do mesmo modo, grânulos alimentares de peixe com um diâmetro de 4 mm e compostos por 47% de proteínas, 30% gordura, trigo, água, minerais, vitaminas e astaxantina foram distribuídos para um recipiente cilíndrico com um diâmetro de 3 cm e uma altura de 5 cm. Os três recipientes foram cheios com o líquido contendo gelatina até ficarem praticamente cheios. Com isto, o líquido contendo gelatina preencheu todas as cavidades entre os grânulos secos cilíndricos. Em seguida, os recipientes de grânulos e gelatina foram colocados, durante a noite, num frigorífico a 6°C.
Os blocos de peixe de grandes dimensões foram removidos dos recipientes. Ordenados de acordo com o peso decrescente, pesavam, aproximadamente, 800 gramas, 600 gramas e 35 gramas. A superfície era macia e elástica, a resistência mecânica era suficiente para permitir que os blocos fossem manuseados e estes afundavam-se na água do mar. O teor de óleo dos grânulos secos utilizados inibe a sua absorção de líquido e, assim, os grânulos mantêm a sua cor e forma no bloco alimentar durante um longo período de tempo.
Exemplo 2 1,0 grama de alginato de sódio, 1,0 grama de xantano, 1,0 grama de goma de alfarroba (ou fava-rica) e 0,25 gramas de 13
CaCl2.2H20 foram dissolvidos em 0,3 litros de água quente (85°C). Os grânulos alimentares, com um diâmetro de 6 mm e compostos por 44% de proteínas, 32% de gordura, trigo, água, minerais, vitaminas e astaxantina foram introduzidos num saco de plástico de 8 x 12 cm. O saco de plástico foi cheio com líquido de gelificação. O saco de plástico e o seu conteúdo foram colocados, durante a noite, num frigorífico a 6 °C. O plástico foi removido e um grande bloco alimentar de peixe em forma de almofada com, aproximadamente, 135 gramas foi removido. A superfície era macia e elástica. A resistência mecânica era suficiente para permitir o manuseamento do bloco e este afundava-se na água do mar.
Exemplo 3 3,0 gramas de xantano, 3,0 gramas de farinha de alfarroba e 3,6 gramas de NaCl foram dissolvidos em 0,3 litros de água que foi aquecida até aos 60°C. Grânulos alimentares do mesmo tipo que os descritos no Exemplo 2 foram introduzidos num saco de plástico como o descrito no Exemplo 2. O saco de plástico e o seu conteúdo foram colocados durante a noite, num frigorífico a 6°C. O plástico foi removido e um grande bloco alimentar de peixe em forma de almofada pesando, aproximadamente, 135 gramas foi removido. A superfície era macia e elástica. A resistência mecânica era suficiente para permitir o manuseamento do bloco e este afundava--se na água do mar.
Exemplo 4 5 gramas de alginato foram dissolvidas em 500 mL de água fria e a mistura foi levada a ferver ao mesmo tempo que era agitada. Um recipiente com um diâmetro de 5 cm e uma altura de 6,5 cm foi cheia com 94 gramas de grânulos alimentares. Os grânulos alimentares tinham um diâmetro de 12 mm e eram do mesmo tipo que os do exemplo 1. O recipiente foi cheio com 34 gramas de solução de alginato. O recipiente foi colocado de cabeça para baixo numa 14 solução de cloreto de hidrogénio contendo 2% CaCl2*2H20 e tendo um pH de, aproximadamente, 1,5. A solução encontrava-se à temperatura ambiente. 0 conteúdo foi despejado lentamente, formando, imediatamente, um gel firme com a mesma forma do recipiente. A superfície era macia e elástica. A resistência mecânica era suficiente para permitir o manuseamento do bloco e este afundava-se na água do mar.
Exemplo 5
Aplicou-se 1% de CaCl2.2H20 seco à superfície de grânulos alimentares do mesmo tipo que os descritos no Exemplo 4. A mistura de grânulos alimentares e sal de CaCl2 (17 gramas) foi introduzida num recipiente cilíndrico tendo um diâmetro de 3 cm e uma altura de 5 cm, e o recipiente foi cheio com 17,5 gramas de solução de alginato. 0 recipiente foi colocado de cabeça para baixo num banho de ácido clorídrico (pH de, aproximadamente, 1,5). 0 conteúdo foi despejado lentamente, formando, imediatamente, um gel firme com a mesma forma do recipiente. A superfície era macia e elástica. A resistência mecânica era suficiente para permitir o manuseamento do bloco e este afundava-se na água do mar.
Exemplo 6 0 exemplo foi executado como o Exemplo 5, mas 1% de uma solução corante comercialmente disponível e já misturada (coloração vermelha, E-100 e E-120 (curcumina e carminas)) foi adicionada à solução de alginato. 0 bloco alimentar acabado tinha uma coloração rosa pálido.
Exemplo 7 Óleo de colza endurecido consistindo de C16:0; 4%, C18:0; 40%, C20:0; 10%; C22:0; 42%; C24:0; 1%, outros 3%, foi aquecido até atingir 100°C, e a gordura derretida foi misturada com grânulos alimentares de peixe com um diâmetro de 4 mm e do mesmo 15 tipo que os descritos no Exemplo 1. A mistura de gordura derretida e alimento para peixes foi despejada num molde em forma de cilindro com um diâmetro de 3 cm e uma altura de 5 cm. De seguida, deixou-se arrefecer o molde e o seu conteúdo. 0 bloco alimentar acabado pesava 35 g das quais 21 g eram grânulos alimentares. Este bloco alimentar afundava-se em água doce.
Existem vários géis comestíveis e várias gorduras comestíveis que podem ser utilizados com esta finalidade. Deste modo, a invenção não fica limitada aos géis e gorduras descritos nos exemplos.
Nos exemplos, o líquido utilizado para criar o gel é água doce. A utilização de água do mar ou de água contendo sais dissolvidos aumenta a massa do bloco alimentar no caso de ser necessária uma velocidade de afundamento mais elevada.
Quando se utiliza gel como o agente ligante pode, para determinadas finalidades, ser conveniente utilizar um líquido consistindo numa mistura de água e óleo. O óleo pode ser óleo de peixe ou óleo vegetal. A mistura pode ser uma dispersão ou uma emulsão, em que a quantidade de óleo é limitada pelas propriedades de gelificação da substância de gelificação. Uma mistura deste tipo irá apresentar uma densidade inferior à da água, reduzindo, deste modo, a velocidade de afundamento do bloco alimentar ou, possivelmente, fazendo-o flutuar. 0 óleo também pode fazer com que o bloco alimentar tenha um sabor mais agradável. 0 óleo irá também aumentar o teor energético do bloco alimentar, tornando, deste modo, possível aumentar o valor nutritivo do bloco alimentar comparado com o valor nutritivo dos grânulos alimentares secos.
De modo a proporcionar uma velocidade de afundamento mais baixa ou um bloco alimentar flutuante, pode inserir-se ar ou gás à força no agente ligante antes deste ficar completamente gelificado no caso de se utilizar um gel, ou, em alternativa, endurecido numa massa firme no caso de se utilizar gordura. 0 líquido utilizado também pode ser um líquido contendo pro- 16 teína, tal como água de cola resultante da produção de farinha de peixe ou água tratada resultante da produção de surimi (polpa de peixe). Também seria natural adicionar vitaminas e minerais ao liquido de gelificação. Isto pode ser vantajoso nos casos em que estes nutrientes são, caso contrário, parcialmente destruídos no processo utilizado para produzir os alimentos secos. Também seria natural fabricar, se apropriado, uma suspensão a partir de liquido e de nutrientes insolúveis.
Também é óbvio que se podem misturar poeiras e pequenos fragmentos resultantes da produção normal de alimentos secos no liquido de gelificação ou, em alternativa, na gordura derretida.
Quando se utiliza gel como um agente ligante, o maior teor em água do bloco alimentar de grandes dimensões faz com que seja necessário adicionar conservantes nos casos em que o bloco se destina a ser armazenado antes de ser utilizado. Os conservantes irão impedir o crescimento de bactérias, levedura e bolor. Podem utilizar-se todos os conservantes conhecidos da indústria alimentar, desde que o seu sabor seja aceitável para o animal ao qual se destina o bloco alimentar. Exemplos destes conservantes são os sais de sorbato e ácidos orgânicos, tal como o ácido propiónico. Quando se utiliza gordura firme como o agente ligante, pode ser apropriado adicionar um ou mais antioxidantes na forma de conservantes.
Para determinados tipos de gel pode ser apropriado aplicar agentes adicionais à superfície dos grânulos alimentares secos antes de os misturar com liquido de gelificação. A titulo de exemplo, os iões Ca irão promover a formação de gel numa solução de alginato. Os agentes adicionais podem ser aplicados na forma de pós, ou podem ser aspergidos sobre a superfície na forma de uma solução, e. g.r uma solução aquosa. A invenção não está limitada à utilização de grânulos secos ou partículas formuladas tendo um teor de água inferior a 10%. Podem utilizar-se grânulos com teores de água mais elevados, dado 17 que estes grânulos, por si só, podem conter conservantes que os tornam adequados para armazenamento desde o tempo de produção até sofrerem um processamento adicional, tal como descrito no pedido de patente. A invenção não está limitada à utilização de grânulos secos aos quais se adicionou óleo antes ou durante a etapa de formação ou num processo de saturação de óleo subsequente. Se o que for exigido consistir num alimento particularmente frugal, o bloco alimentar pode ser fabricado a partir de grânulos secos não contendo gordura extra para além da que está presente na matéria--prima seca, tal como farinha de peixe, soja, colza e trigo. A invenção inclui a utilização de grânulos secos com diferentes formas e não está limitada a grânulos secos cilíndricos ou a grânulos tendo uma secção transversal oval. Consequentemente, podem utilizar-se grânulos secos com uma qualquer forma e secção transversal, incluindo grânulos esféricos e grânulos tendo depressões superficiais ou cavidades ou um ou mais orifícios de passagem quer na direcção longitudinal quer com qualquer outro ângulo relativamente ao eixo longitudinal. Deste modo, também é possível misturar grânulos secos com várias formas e dimensões antes da adição de agente ligante na forma de líquido de gelificação ou gordura derretida. Podem adicionar-se estimulantes de sabor ao líquido de gelificação, em alternativa à gordura derretida, numa quantidade adequada que faça com que o sabor seja aceitável para o animal a alimentar. Também se podem adicionar estimulantes de sabor aos grânulos secos em qualquer fase do processo, incluindo o estimulante ou estimulantes de sabor a aplicar à superfície de grânulos secos. Consequentemente, os estimulantes de sabor podem difundir-se completa ou parcialmente no gel, em alternativa difundir-se na gordura ligante, durante o armazenamento.
Podem adicionar-se agentes corantes ao gel caso isto seja apropriado para que o animal a alimentar ache o bloco alimentar 18 mais atractivo. Também se podem adicionar agentes corantes aos grânulos secos em qualquer fase do processo, incluindo a aplicação de agentes corantes à superfície de grânulos secos. Podem misturar-se grânulos secos de cores diferentes antes da mistura com o liquido de gelificação, em alternativa com a gordura derretida, fazendo, desse modo, com que o bloco alimentar tenha uma aparência heterogénea. Um processo mais controlado iria permitir a criação de padrões multicores no bloco alimentar. 0 bloco alimentar pode ter uma qualquer forma apropriada, tal como e. g., uma esfera, cilindro, almofada, cigarro. A utilização de diferentes técnicas de moldagem também pode dar origem a e. g., blocos alimentares em forma de peixe. Isto seria adequado para alimentar animais em cativeiro, e. g., mamíferos marinhos, tais como as focas, leões marinhos e golfinhos, ou aves, tais como pinguins. Estes grânulos iriam substituir o peixe inteiro fresco actualmente utilizado. Isto iria fazer com que fosse possível adequar o valor nutritivo dos alimentos, com uma vantagem especial de se conseguir adicionar vitaminas e minerais.
Lisboa, 04 de Outubro de 2006 19

Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Bloco (1) alimentar contendo alimentos secos formulados e granulados para a criação de peixe e alimentação de mamíferos marinhos e aves, caracterizado por se conglutinarem dois ou mais grânulos (2) preenchendo o espaço entre os grânulos (2) com um agente (3) ligante.
  2. 2 . Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por o agente (3) ligante ser um líquido de gelificação. 3. Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por o agente (3) ligante ser uma gordura. 4. Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por se adicionar um ou mais conservantes aos alimentos (2) secos granulados ou ao agente (3) ligante ou a ambos (2, 3) • 5. Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por se adicionar um ou mais agentes corantes ao agente (3) ligante. 6. Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por se adicionarem um ou mais aditivos aromatizantes ao agente (3) ligante. Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 3, caracterizado por se adicionarem um ou mais antioxidantes à gordura (3) . Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 2, caracterizado por o líquido (3) de gelificação ser uma 1 mistura de óleo e água, cuja mistura formou uma dispersão ou uma emulsão.
  3. 9. Bloco (1) alimentar de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por o peso especifico do bloco (1) alimentar ser inferior a 1,03 kg/dm3 pelo facto de se inserirem, à força, bolhas (4) de gás no agente (3) ligante.
  4. 10. Bloco (1) alimentar de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a forma e dimensão do bloco (1) alimentar serem apenas limitadas pelas propriedades mecânicas do agente (3) ligante. Lisboa, 04 de Outubro de 2006 2
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