PT1507713E - Embalagem com bolsa saliente e método de fabricação da mesma - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "EMBALAGEM COM BOLSA SALIENTE E MÉTODO DE FABRICAÇÃO DA MESMA" 1. Campo Técnico A presente invenção refere-se a embalagens flexíveis, e ao método de fabricação das mesmas. De um modo mais particular, a presente invenção refere-se a embalagens flexíveis, e ao método de fabricação das mesmas que contêm uma bolsa separada. A invenção permite a utilização de embalagens flexíveis com uma bolsa que pode ser cheia com materiais que serão mantidos separados de uma porção principal da embalagem. 2. Descrição da Técnica Relacionada

As máquinas de embalagem de formação, enchimento e vedação vertical são utilizadas, de modo geral, na indústria de produtos alimentares de tipo snack para formação, enchimento e vedação de sacos de fritos e de outros produtos similares. Estas máquinas de embalagem recebem uma película de embalagem proveniente de um rolo de folha, e formam a película num tubo vertical em torno de um cilindro de distribuição de produto. 0 tubo vertical é vedado verticalmente ao longo do seu comprimento de modo a formar uma vedação posterior. A máquina aplica um par de maxilas de vedação a quente ou revestimentos contra o tubo para formar uma vedação transversal. Esta vedação transversal actua como a vedação de topo no saco por baixo e como vedação inferior na embalagem que é cheia e formada por cima. 0 produto a ser embalado, tal como 1 batatas fritas, é deixado cair através do cilindro de distribuição de produto e do tubo formado, e é contido no interior do tubo acima da vedação transversal inferior. Depois da embalagem ter sido cheia, o tubo de pelicula é puxado para baixo, de modo a extrair uma outra secção de embalagem. Forma-se uma vedação transversal acima do produto, vedando-o, assim, no interior do tubo de pelicula, e formando uma embalagem de produto. A embalagem abaixo da referida vedação transversal é separada do resto do tubo de pelicula por meio de corte através da área vedada. A pelicula de embalagem utilizada num tal processo é, tipicamente, um material de polímero compósito produzido através de um conversor de película. Por exemplo, uma película compósita da técnica anterior utilizada para embalagem de batatas fritas e produtos similares está ilustrada na Figura la, a qual é um esquema de uma secção transversal da película que ilustra cada camada independente individual. A Figura la representa uma camada 16 interior, ou do lado do produto, que compreende tipicamente polipropileno orientado metalizado ("OPP") ou poli(tereftalato de etileno) metalizado ("PET"). Esta é seguida de uma camada 14 laminada, tipicamente um elemento extrudido de polietileno, e de uma camada 12 de tinta ou de caracteres gráficos. A camada 12 de tinta é utilizada, tipicamente, para a apresentação de caracteres gráficos que podem ser observados através de uma camada 10 exterior transparente, cuja camada 10 é, tipicamente, OPP ou PET. A composição da película da técnica anterior representada na Figura la é adequada, idealmente, para utilização em máquinas de formação e de enchimento vertical para a embalagem de produtos alimentares. A camada 16 interior metalizada, que é 2 habitualmente metalizada com uma camada fina de alumínio, proporciona propriedades de barreira excelentes. A utilização de OPP ou de PET na camada 10 exterior e na camada 16 interior torna, além disso, possível vedar a quente qualquer superfície da película em relação a qualquer outra superfície, ao formar, quer as vedações transversais, quer a vedação posterior de uma embalagem.

As vedações posteriores típicas formadas utilizando a composição de película representada na Figura la são ilustradas nas Figuras 2 e 3. A Figura 2 é um esquema de uma forma de realização de uma "vedação sobreposta" de uma vedação posterior que é formada num tubo de película. A Figura 3 ilustra uma forma de realização de uma "vedação de aba" de uma vedação posterior que é formada num tubo de película.

No que se refere à Figura 2, faz-se coincidir uma porção da camada 26 metalizada interior com uma porção da camada 20 exterior na área indicada pelas setas, de modo a formar uma vedação sobreposta. A vedação nesta área realiza-se através da aplicação de calor e pressão na película numa tal área. A concepção de vedação sobreposta representada na Figura 2 garante que o produto a ser colocado no interior da embalagem formada é protegido da camada de tinta pela camada 26 interior metalizada. A variação da vedação de aba representada na Figura 3 proporciona, igualmente, que o produto a ser colocado na embalagem formada seja protegido da camada de tinta pela camada 36 interior metalizada. De novo, a camada 30 exterior não contacta com qualquer produto. Na forma de realização representada na Figura 3, no entanto, a camada 36 interior é dobrada e, em seguida, vedada sobre ela própria, na área 3 indicada pelas setas. De novo, esta vedação realiza-se através da aplicação de calor e pressão na película na área ilustrada.

Como salientado, um benefício de ambas as concepções de vedação de aba e de vedação sobreposta da técnica anterior, é a contenção do produto na embalagem através de uma camada barreira (a camada interior metalizada) que mantém num mínimo os níveis de tinta e de solvente na embalagem. Os níveis de tinta e de solvente nas embalagens de produtos alimentares gordurosos são regulados frequentemente, de modo a garantir a segurança do produto. Pode ser desejável, no entanto, proporcionar uma aptidão gráfica no interior da embalagem. Isto permitiria que informação promocional ou cupões fossem mantidos no interior da embalagem, e fossem apenas acessíveis depois do consumidor ter aberto a embalagem. Por exemplo, pode ser oferecida uma campanha de prémios promocionais, sendo os anúncios dos prémios mantidos no interior da embalagem. Da mesma maneira, os cupões que oferecem prémios de abatimento do preço do produto, pontos de prémios promocionais, ou descontos nos produtos, poderiam ser mantidos no interior da embalagem vedada.

Um método da técnica anterior utilizado para proporcionar uma aptidão gráfica no interior da embalagem envolve a utilização de uma inserção de papel deixada cair com o produto no interior da embalagem, durante o enchimento. Quando o consumidor abre a embalagem, a inserção de papel pode ser removida para observação e utilização. No entanto, este método tem várias desvantagens. A fiabilidade da colocação de uma única inserção de papel em cada saco (ao deixar cair o papel com uma quantidade pesada de produto) é uma consideração importante, particularmente em embalagens pequenas. Levanta-se uma questão de capacidade devido à necessidade de alugar equipamentos de 4 inserção a serem utilizados durante o processo de enchimento. Os detectores de matéria estranha são também, frequentemente, activados devido à detecção da inserção de papel no interior do saco. A inserção de um pedaço de papel pode aumentar o nivel de solvente na embalagem para lá dos níveis aceitáveis. Todos os aspectos anteriores aumentam, grandemente, os custos de cada uma das embalagens individuais.

Uma outra abordagem para proporcionar caracteres gráficos no interior do saco, envolveria a aplicação dos caracteres gráficos directamente na camada 16 metalizada interior, representada na Figura la. A aplicação de tais caracteres gráficos pode realizar-se utilizando uma impressora por jacto de tinta. No entanto, este método levanta, da mesma maneira, uma questão de capacidade, uma vez que os conversores da tecnologia actual produzem película de embalagem com uma velocidade de 1500 a 2000 pés por minuto, enquanto a capacidade das actuais cabeças de impressão por jacto de tinta é de, aproximadamente, 300 pés por minuto. Deve efectuar-se uma modificação adicional nos conversores de forma a manter a impressão por jacto de tinta alinhada com os caracteres gráficos formados na camada 12 de tinta. Todas as considerações anteriores aumentam, de novo, o custo da embalagem. Além disso, a United States Food & Drug Administration não permite, actualmente, a utilização de uma camada de suporte de tinta que entre em contacto com um produto alimentar gorduroso.

Uma outra abordagem da técnica anterior relacionada com esta questão está ilustrada na Figura lb, que é, de novo, uma secção transversal esquemática de uma película de embalagem. Tal como na forma de realização representada na Figura la, a forma de realização representada na Figura lb compreende uma camada 10 5 de OPP exterior seguida de uma camada 12 de tinta, uma camada 14 laminada, e uma camada 16 de OPP ou de PET metalizada. No entanto, é aplicada uma camada 14' laminada adicional à camada 16 metalizada, de modo a que uma camada 12' de tinta adicional e uma camada 10' de OPP ou de PET possam ser utilizadas como a nova camada 10' interior. A utilização das camadas 12, 12' de tinta como segunda camada em relação à última camada, tanto no exterior como no interior da embalagem, permite uma aptidão gráfica total, quer no exterior, quer no interior da película. A película adicional, no entanto, aumenta, aproximadamente, sessenta porcento (60%) ao custo do material, quando comparada com a forma de realização representada na Figura la. A capacidade global é, igualmente, reduzida a metade, dado a película ter de ser passada duas vezes através de um conversor típico. Além disso, dado o material ser 60% mais espesso, ele não pode ser passado numa máquina de formação e de enchimento vertical, com velocidades tão altas como as utilizadas para fabricar embalagens a partir da forma de realização representada na Figura la. Isto deve-se a terem que ser utilizados tempos de espera maiores para formar todas as vedações envolvidas. Tal como com a solução de impressora por jacto de tinta, a forma de realização representada na Figura lb requer, igualmente, esforços adicionais para manter os caracteres gráficos interiores e os caracteres gráficos exteriores alinhados. De um modo importante, a forma de realização representada na Figura lb coloca, de novo, a tinta no interior de uma camada barreira funcional, a camada 16 metalizada, o que não é actualmente permitido devido ao contacto directo com muitos produtos alimentares pela United States Food & Drug Administration. A patente WO 02/40261 divulga uma embalagem flexível, e um método de fabricação da mesma, que proporciona a apresentação de 6 caracteres gráficos no interior da embalagem (43) utilizando a tecnologia de conversor e de máquina de embalagem de formação e de enchimento vertical existente. A invenção envolve a produção de uma pelicula ligeiramente mais larga através do conversor possuindo uma fita ao longo de uma margem (53) do lado dos caracteres gráficos da pelicula, dedicada a utilização como uma aba de caracteres gráficos no interior da embalagem formada. A patente FR 2637866 apresenta um processo de acordo com o qual uma pelicula de plástico retráctil a quente é dividida em, pelo menos, dois compartimentos através de soldadura ou de união da pelicula. A patente US 5630544 refere-se a um recipiente deformável para contenção de produtos alimentares possuindo uma bolsa deformável fixa para contenção de condimentos. O recipiente possui uma parte inferior plana, rectangular, e paredes frontal e posterior, afuniladas, ligadas à mesma. A patente US 3795081 apresenta um processo para formação de embalagens compartimentadas produzidas através da formação de uma folha continua de pelicula num tubo enrolado que avança continuamente, possuindo uma parede parcialmente de dobra única e parcialmente de dobra dupla. O interior é vedado na dobra exterior, de modo a formar, pelo menos, duas uniões lineares, formando assim, pelo menos, dois compartimentos adjacentes. A US 3861522 divulga uma embalagem compartimentada na qual um diafragma longitudinal formado de película é vedado na parede interior de um elemento de tubo circular, formado igualmente de película, de modo a formar uma embalagem de dois compartimentos 7 de modo a que os volumes dos compartimentos resultantes sejam variáveis.

Para além das preocupações com a tinta e o solvente relativas à construção de embalagens, as embalagens, particularmente com produtos alimentares de tipo snack, beneficiam do marketing. Nas embalagens actuais, as inserções ou outros elementos gráficos, tais como cupões, prémios, e peças de jogo, são embalados separadamente e depositados no interior de embalagens de produtos alimentares de tipo snack ou são colados temporariamente, ao exterior das embalagens. No primeiro caso, as inserções são escondidas dos consumidores dificultando a eficácia da promoção. No último caso, os materiais com caracteres gráficos colados ao exterior das embalagens podem ser retirados e perdidos. Consequentemente, existe uma necessidade de construir uma embalagem e de um método que permitam que uma embalagem contenha, ela própria, inserções, materiais com caracteres gráficos, e outros produtos separados do compartimento principal da embalagem. Além disso, as construções de embalagem flexíveis beneficiariam ao possuírem um compartimento separado para colocação de materiais com caracteres gráficos. Isto evitaria ou, pelo menos, minimizaria, o contacto da tinta e solvente com um produto alimentar, além de ser benéfico em termos de marketing. Igualmente, deseja-se que esta embalagem contenha uma variedade de inserções, ao mesmo tempo que mantém uma aparência externa consistente independentemente da dimensão dessas inserções.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção proporciona um método de formação de uma embalagem (50) flexivel com uma bolsa (60), compreendendo a formação de uma folha de película (52) num tubo com um segmento de película sobrepondo-se ao referido tubo de modo a formar a referida bolsa (60), em que o referido segmento sobreposto de película se estende por fora e ao longo do tubo, de modo a formar a referida bolsa (60), proporcionando uma primeira vedação (62) e uma segunda vedação (64), longitudinalmente, ao longo da bolsa (60), em que a distância entre a referida primeira vedação (62) e a referida segunda vedação (64) é menor do que o comprimento do referido segmento sobreposto de película (52), e vedando de modo transversal, ambas as extremidades terminais do tubo e da bolsa (60), de modo a formar a embalagem (50) flexível com a bolsa (60). A presente invenção proporciona, além disso, uma embalagem (50) flexível, compreendendo: uma porção (58) principal compreendendo, pelo menos, uma primeira parede (56) e uma segunda parede (54), possuindo a referida porção principal uma primeira vedação (68) transversal, uma segunda vedação (70) transversal, e uma vedação (62) longitudinal, estendendo-se a referida primeira e referida segunda vedações transversais, cada uma, através da largura da referida embalagem (50), estendendo-se a referida vedação (62) longitudinal desde a referida primeira vedação (68) transversal até à referida segunda vedação (70) transversal, e uma bolsa (60) compreendendo uma terceira parede e uma quarta parede (61), em que uma região da referida primeira parede (56) da referida porção (58) principal forma a referida terceira parede da 9 referida bolsa (60), sendo a referida bolsa ligada através da referida vedação (62) longitudinal, referida primeira vedação (68) transversal e referida segunda vedação (70) transversal, e compreendendo, além disso, uma segunda vedação (64) longitudinal que se estende entre a referida primeira vedação (68) transversal e a referida segunda vedação (70) transversal, em que a referida quarta parede (61) compreende uma secção do referido material flexível maior do que a distância entre a referida primeira vedação (62) longitudinal e a referida segunda vedação (64) longitudinal, e em que a referida porção (58) principal e a referida bolsa (60) são formadas a partir de uma única folha do referido material flexível, e a quarta parede (61) forma um segmento sobreposto de película que se estende por fora e ao longo da referida porção (58) principal formando a referida bolsa (60).

Desta maneira, a invenção proposta envolve a produção de uma embalagem fabricada a partir de uma película flexível possuindo um corpo de película formado como uma embalagem discreta. Uma bolsa para contenção de materiais, separada de uma porção principal da embalagem, está formada sobre e ao longo de uma porção da embalagem. Para realizar isto, a bolsa é formada a partir de um segmento contínuo de película assente na porção principal da embalagem. Assim, a embalagem pode ser cheia com um primeiro produto, tal como fritos de tipo snack, enquanto a bolsa é cheia com um artigo impresso ou outro produto alimentar. De modo vantajoso, o primeiro produto é mantido separado do segundo produto colocado na bolsa. Isto evita qualquer contaminação entre produtos. A bolsa possui uma protuberância ou bolha característica, através da qual o material que forma a bolsa se afasta da porção principal da embalagem. 10

Desta maneira, o método de formação de uma embalagem com uma bolsa compreende a formação de uma folha de película num tubo com um segmento sobreposto de película que se estende por fora e ao longo do tubo de modo a formar a bolsa. Consequentemente, são formadas, pelo menos, duas vedações longitudinalmente ao longo do segmento sobreposto da película que forma a bolsa. A quantidade de película que forma a bolsa é maior do que a distância entre as duas vedações. Assim, uma protuberância ou bolha de película sobressai para longe da porção principal da embalagem. A vedação de ambas as extremidades terminais do tubo e da bolsa acabam a embalagem.

As características e vantagens anteriores bem como outras adicionais da presente invenção, tornar-se-ão evidentes na seguinte descrição escrita pormenorizada.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A própria invenção bem como um modo de utilização preferido, e outros objectivos e vantagens da mesma, entender-se-ão melhor ao fazer-se referência à descrição pormenorizada que se segue de formas de realização ilustrativas, quando lida em conjunção com os desenhos anexos, em que:

As Figuras la e lb são vistas em secção transversal esquemáticas das películas de embalagem da técnica anterior; A Figura 2 é uma vista em secção transversal esquemática de um tubo de película de embalagem, que ilustra a formação de uma vedação sobreposta da técnica anterior; 11 A Figura 3 é uma secção transversal esquemática de um tubo de película de embalagem, que ilustra a formação de uma vedação de aba da técnica anterior; A Figura 4 é uma vista em secção transversal de uma embalagem que possui uma bolsa saliente, formada de acordo com uma forma de realização da invenção; e A Figura 5 é uma vista em perspectiva superior da embalagem da Figura 4, que representa um artigo contido no interior da bolsa saliente.

DESCRIÇÃO PORMENORIZADA A Figura 4 representa uma vista em secção transversal de uma embalagem 50 flexível para contenção de produtos alimentares de tipo snack. A composição do material de embalagem pode ser a mesma que a utilizada na embalagem da técnica anterior, como descrito em relação à Figura la, ou qualquer outra composição de película da técnica anterior utilizada para a aplicação de produto na presente invenção corrente. A película 52 utilizada na presente invenção é alimentada numa máquina de embalagem de formação vertical ou horizontal, de enchimento e de vedação capaz de fabricar uma embalagem de acordo com a invenção. Assim, a embalagem 50 é formada possuindo uma parte frontal 54 e uma parte posterior 56. Uma vez que a película 52 é uma película plana, a película 52 é alimentada na máquina de embalagem de modo geral de maneira a formar um cilindro. A extremidade dianteira da película é vedada em relação a uma extremidade posterior da mesma película de modo a 12 formar uma primeira vedação 62 posterior que torna o cilindro independente. Uma segunda vedação 64 posterior é formada paralela à primeira vedação 62 posterior com um segmento da película 52. Numa forma de realização, as vedações 62, 64 posteriores são formadas simultaneamente, paralelas uma em relação à outra, formando uma bolsa 60, que está separada de uma porção principal 58 da embalagem 50. A bolsa 60 é formada de maneira a que esteja separada da porção 58 interior e possa reter um produto ou artigo separado. De um modo particular, a bolsa 60 compreende um anel distinto de película 52 que se estende por fora e para longe da parte posterior 56. Logo que a embalagem 50 esteja completa, pode formar-se uma vedação 68 de extremidade transversal em ambas as extremidades da embalagem 50.

As vedações 62, 64 posteriores, contrariamente às vedações da técnica anterior, não são meramente uma vedação fina de película sobreposta. Neste caso, a película 52 é enrolada de modo a formar a bolsa 60. De um modo mais particular, a bolsa 60 forma-se, por exemplo, permitindo que as extremidades terminais de uma folha de película 52 se estendam ao longo e por cima do cilindro formado que rodeia a porção 58 interior. A porção de película 52 que é colocada por cima da parte posterior 56 para formar a bolsa 60, é a porção 61 externa. As vedações 62, 64 posteriores podem ser então formadas, de modo opcional longitudinalmente em todo o comprimento do tubo. As vedações 62, 64 posteriores podem estender-se a partir de uma extremidade terminal da embalagem 50 até à outra extremidade, de modo a formar a bolsa 60. No entanto, são possíveis outras formas de realização, tais como a adição de vedações transversais adicionais através da porção sobreposta da película 52 para formar uma bolsa relativamente curta ou múltiplas bolsas. Numa 13 forma de realização alternativa, a película 52 pode ser enrolada de modo a estender-se para o interior, para formar uma bolsa (não representada) que sobressairia para o interior da embalagem 50.

De modo geral, os segmentos 70 terminais da porção 61 externa são vedados em conjunto com as vedações 68 transversais da embalagem 50, como representado na Figura 5, a qual é uma vista em perspectiva superior da embalagem 50. Isto forma as vedações superior e inferior, da embalagem 50 e da bolsa 60 discretas, em que pode ser armazenado o produto. Os segmentos 70 terminais que coincidem com as vedações 68 transversais estendem-se a partir da posição em que a porção 61 se estende para diante a partir da primeira vedação 62 posterior e terminam na segunda vedação 64 posterior. Assim, a porção 61 é posicionada por cima da parte posterior 56. Numa outra forma de realização, podem ser formadas uma ou mais vedações posteriores adicionais (não representadas) entre a primeira e a segunda vedações 62, 64 posteriores. Assim, a bolsa 60 pode ser separada em duas ou mais bolsas distintas. Isto seria vantajoso se precisassem de ser embalados itens adicionais separados uns dos outros, e dos produtos na porção 58 principal.

Uma vez que a embalagem 50 é composta por um material flexível, a porção 61 estender-se-á de modo geral para cima, i. e., em bolha, a partir da parte posterior 56 de modo a acomodar um material contido no interior da bolsa 60. Na Figura 5 representa-se um material 66 no interior da bolsa 60, que pode compreender itens tal como, por exemplo, prémios, materiais de concurso, produtos alimentares, ou panfletos. Ao proporcionar dobras 63, 65, pode produzir-se uma embalagem 50 geralmente uniforme sem que a bolsa 60 pareça demasiado grande para o 14 produto contido no interior da bolsa 60. Com as dobras 63, 65, a bolsa aparenta ser dimensionada de modo apropriado, independentemente da dimensão do material 66. Isto é, desde que o material 66 não exceda o volume máximo da bolsa 60.

Por exemplo, se o produto que é colocado no interior da bolsa 60 for alterado para um produto razoavelmente menor, as dobras 63, 65 de tipo acordeão farão com que a bolsa 60 pareça ao consumidor como sendo aproximadamente da dimensão apropriada, i. e., não sobredimensionada, independentemente do produto retido na bolsa 60. Deste modo, a linha de produção para produzir a embalagem 50 não terá de ser modificada para produzir uma bolsa 60 menor.

As dobras 63, 65 formam-se durante a formação do segmento 70. Como representado na Figura 4, as dobras 63, 65 podem ser formadas ao longo da porção 61 paralelas às vedações 62, 64. Ao vedar os segmentos terminais da porção 61 nas vedações 68, a porção 61 é dobrada de modo a alinhar-se com as vedações 68 criando as dobras 63, 65. Se desejado, as dobras 63, 65 podem formar-se de modo a definir além disso as dobras através do aquecimento das porções de película 52, de modo a obter assim uma memória das posições de acordeão dobradas. Logo que a bolsa 60 esteja cheia com produto e a porção 61 se estenda para fora e para longe da parte posterior 56, as dobras 63, 65 permitem que a porção 61 seja esticada para fora tipo acordeão, de modo a acomodar o produto. Dependendo da quantidade de produto a ser colocado no interior da bolsa 60, a porção 61 pode compreender um comprimento aumentado de material 52 concebido para adaptar de maneira óptima o maior material 66 previsto. Assim, a bolsa 60 pode ser concebida para conter materiais 66 de várias dimensões devido à porção 61 formar uma bolha para o exterior a 15 partir da parte posterior 56, de modo a acomodar um produto desejado a conter no interior da bolsa 60. Isto é vantajoso uma vez que podem ser efectuadas múltiplas linhas de produto com vários materiais 66 a partir do mesmo equipamento de produção, sem ter necessariamente que modificar as regulações da produção. A existência da bolsa 60 proporciona várias vantagens em relação às embalagens flexíveis Standard. Com os produtos alimentares contidos na porção 58, a existência da bolsa 60 é benéfica, uma vez que os materiais impressos não entram em contacto com eles evitando assim qualquer contacto de tinta com o produto alimentar. Uma vantagem alternativa da bolsa 60 é que podem ser mantidos outros produtos alimentares separados do conteúdo principal da embalagem 50 na porção 58. Isto permite separar amostras de produtos alimentares, molhos, ou molhos picantes sejam armazenados na bolsa 60 e sejam acedidos separadamente quando o consumidor desejar. Igualmente, a existência da bolsa 60 que se estende para o exterior a partir da embalagem 50 permite um acesso rápido e fácil a quaisquer materiais colocados no interior da bolsa 60. Além disso, este acesso rápido e fácil não perturba qualquer produto contido no interior da porção 58.

Embora a invenção tenha sido particularmente representada e descrita com referência a uma forma de realização preferida, entender-se-á que podem ser efectuadas, pelos especialistas na técnica, várias modificações na forma e no pormenor da mesma, em que o âmbito da invenção está definido pelas reivindicações.

Lisboa, 30 de Julho de 2007 16

Claims (13)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Método de formação de uma embalagem (50) flexível com uma bolsa (60), compreendendo: a formação de uma folha de película (52) num tubo com um segmento de película sobrepondo-se ao referido tubo de modo a formar a referida bolsa (60), em que o referido segmento sobreposto de película se estende por fora e ao longo do tubo de modo a formar a referida bolsa (60); a provisão de uma primeira vedação (62) e de uma segunda vedação (64), longitudinalmente, ao longo da bolsa (60), em que a distância entre a referida primeira vedação (62) e a referida segunda vedação (64) é menor do que o comprimento do referido segmento sobreposto de película (52); e a vedação de modo transversal de ambas as extremidades terminais do tubo e da bolsa (60) , de modo a formar a embalagem (50) flexível com a bolsa (60).
2. 2. Método de formação da embalagem (50) da Reivindicação 1, compreendendo além disso, a colocação de produto no interior da embalagem (50) antes da vedação da embalagem (50) em ambas as extremidades terminais do tubo.
3. 3. Método de formação da embalagem (50) flexível da Reivindicação 1, compreendendo além disso, o posicionamento de um elemento gráfico impresso, embalagem ou produto alimentar no interior da bolsa (60) antes da formação de, 1 pelo menos, uma das vedações (68, 70) transversais (nas extremidades terminais.
4. 4. Método de formação da embalagem (50) flexível da Reivindicação 1, em que é formada, pelo menos, uma vedação adicional entre, e paralelamente à referida primeira vedação (62) e à referia segunda vedação (64) de modo a formar, pelo menos, duas bolsas ao longo do corpo principal do tubo.
5. 5. Método de formação da embalagem (50) flexível da Reivindicação 1, compreendendo, além disso, a formação de uma dobra numa porção da referida folha de película (52) que forma a referida bolsa (60).
6. 6. Método de formação da embalagem (50) flexível da Reivindicação 5, em que a referida uma ou mais dobras são formadas paralelas à referida primeira vedação e à referida segunda vedação.
7. 7. Método de formação da embalagem (50) flexível da Reivindicação 6, em que a bolsa (60) compreende material suficiente para assumir uma dimensão óptima em relação ao segundo produto contido no interior da mesma.
8. 8. Embalagem (50) flexível, compreendendo: uma porção (58) principal compreendendo, pelo menos, uma primeira parede (56) e uma segunda parede (54), possuindo a referida porção principal uma primeira vedação (68) transversal, uma segunda vedação (70) transversal, e uma vedação (62) longitudinal, estendendo-se a referida 2 primeira e referida segunda vedações transversais, cada uma, através da largura da referida embalagem (50), estendendo-se a referida vedação (62) longitudinal a desde a referida primeira vedação (68) transversal até à referida segunda vedação (70) transversal; e uma bolsa (60) compreendendo uma terceira parede e uma quarta parede (61), em que uma região da referida primeira parede (56) da referida porção (58) principal forma a referida terceira parede da referida bolsa (60), sendo a referida bolsa ligada através da referida vedação (62) longitudinal, referida primeira vedação (68) transversal e referida segunda vedação (70) transversal, e compreendendo, além disso, uma segunda vedação (64) longitudinal que se estende entre a referida primeira vedação (68) transversal e a referida segunda vedação (70) transversal; em que a referida quarta parede (61) compreende uma secção do referido material flexível maior do que a distância entre a referida primeira vedação (62) longitudinal e a referida segunda vedação (64) longitudinal; e em que a referida porção (58) principal e a referida bolsa (60) são formadas a partir de uma única folha do referido material flexível, e a quarta parede (61) forma um segmento sobreposto de película que se estende por fora e ao longo da referida porção (58) principal formando a referida bolsa (60) .
9. 9. Embalagem (50) flexível da Reivindicação 8, em que é formada uma dobra na referida quarta parede da referida bolsa. 3
10. 10. Embalagem (50) flexível da Reivindicação 8, em que são providas uma ou mais vedações longitudinais adicionais, de modo a formar uma ou mais bolsas adicionais.
11. 11. Embalagem (50) flexível da Reivindicação 8, em que um produto armazenado na referida bolsa (60) é um elemento gráfico impresso, embalagem, ou produto alimentar.
12. 12. Embalagem (50) flexível da Reivindicação 8, em que o referido material flexível compreendendo a referida bolsa (60) contém uma ou mais dobras.
13. 13. Embalagem (50) flexível da Reivindicação 12, em que as dobras são formadas na referida quarta parede da referida bolsa (60) , paralelas à referida primeira (62) e referida segunda (64) vedações longitudinais. Lisboa, 30 de Julho de 2007 4