PT1460969E - Prevenção e tratamento de osteoporose induzida pela falta de androgénio - Google Patents

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Mitchell S Steiner
Sharan Raghow
Karen A Veverka
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Description

DESCRIÇÃO
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE OSTEOPORSE INDUZIDA PELA
FALTA DE ANDROGÉNIO
DOMÍNIO DA INVENÇÃO A presente invenção tem por objecto a redução da incidência, a inibição, a supressão, a prevenção e o tratamento de osteoporose e/ou o de fracturas dos ossos e/ou de perda de densidade mineral dos ossos (DMO), induzidas pela falta de androgénio, num indivíduo do sexo masculino que sofra de cancro da próstata. Mais particularmente, a presente invenção tem por objecto um processo para o tratamento, a prevenção, a supressão, a inibição ou a redução do risco de desenvolvimento de osteoporose e/ou de fracturas dos ossos e/ou de perda de densidade mineral dos ossos (DMO) em homens que sofrem de cancro da próstata, que consiste na administração, a um indivíduo do sexo masculino que sofra de cancro da próstata, de um agente anti-estrogénio e/ou de um dos seus análogos, derivados, isó-meros, metabólitos, sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico, produtos farmacêuticos, hidratos, N-óxidos ou qualquer uma das suas combinações.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO É um assunto bem conhecido que a densidade mineral dos ossos dos homens diminui com a idade. As quantidades decrescentes do teor de minerais dos ossos estão relacionadas com a diminuição da força dos ossos e predispõe a fracturas. Os mecanismos moleculares subjacentes aos 1 efeitos pleiotrópicos das hormonas sexuais em tecidos não reprodutivos só agora começam a ser compreendidos, mas está claro que as concentrações fisiológicas de androgénios e de estrogénios desempenham um papel importante na manutenção da homeostase dos ossos ao longo do ciclo de vida. Consequentemente, quando ocorre uma privação de androgénios ou de estrogénios, verifica-se um aumento resultante da taxa de renovação dos ossos que faz inclinar o balanço entre a reabsorção e a formação em favor da reabsorção, contribuindo para uma perda global de massa óssea. Nos homens, o declínio natural das hormonas sexuais na idade adulta (declínio directo dos androgénios assim como diminuição dos níveis de estrogénios derivados da aromatização periférica dos androgénios) está associado à fragilidade dos ossos. Também se observa este efeito em machos que tenham sido castrados. O cancro da próstata é um dos cancros não cutâneos diagnosticados com maior frequência entre os homens nos Estados. Uma das abordagens para o tratamento do cancro da próstata é por meio da privação de androgénios. A hormona sexual masculina, a testosterona, estimula o crescimento de células prostáticas cancerosas e, por isso, é o principal motor de crescimento do cancro da próstata. 0 objectivo da privação de androgénios é diminuir a estimulação, pela testosterona, das células prostáticas cancerosas. A testosterona é produzida normalmente pelos testículos em resposta a um estimulo de um sinal hormonal designado por hormona de luteinização (HL) que, por sua vez, é estimulada pela hormona que liberta a hormona de luteinização (HL-HL). A privação de androgénio consegue-se quer cirurgicamente por meio da orquidectomia, quer quimicamente por meio de agonistas de HL-HL (HLHL) com ou sem anti-androgénios não esteroidais. 2
Estudos actuais sugerem que uma privação precoce de androgénios em pacientes com doenças com micro-metástases pode na verdade prolongar a sobrevivência [Messing EM, et al (1999), N Engl J Med 34, 1781-1788; Newling (2001), Urology 58 (Supl 2A) , 50-55] . Além disso, a privação de androgénios tem vindo a ser utilizada em numerosas circunstâncias clinicas novas, incluindo a terapia neoadjuvante, antes de uma prostatectomia radical, terapia adjuvante de longo prazo para pacientes com elevado risco de recorrência no seguimento de radiação ou de cirurgia, terapia neoadjuvante para radiação, e tratamento de recorrência bioquímica no seguimento de radiação ou de cirurgia [Carroll, et al (2001), Urology 58, 1-4; Horwitz EM, et al (2001), Int J Radiat Oncol Biol Phy Mar 15; 49 (4), 947-56]. Assim, mais pacientes com cancro da próstata tornaram-se candidatos e estão a ser tratados por ablação andrógena. Além disso, estes pacientes com cancro da próstata têm vindo a ser tratados mais cedo e durante mais tempo do que no passado, o que nalguns casos pode significar tanto como 10 ou mais anos de terapia de privação de androgénios.
Infelizmente, a terapia de privação de androgénios é confrontada com efeitos colaterais significativos, incluindo afrontamentos, ginecomastia, osteoporose, diminuição da massa muscular sem gordura, depressão e outras alterações do humor, perda da libido, e disfunção eréctil [Stege R (2000), Prostate Suppl 10,38-42]. Consequentemente, as complicações do bloqueio dos androgénios contribuem hoje em dia significativamente para a morbidez e, nalguns casos para a mortalidade de homens que sofrem de cancro da próstata. 3
Dado que cada vez mais pacientes estão hoje a ser tratados por meio de privação de androgénios por longos prazos, " a osteoporose tornou-se um efeito colateral clinicamente importante em homens que sofrem de cancro da próstata e que se submetem a uma privação de androgénios. A perda de densidade mineral óssea (DMO) ocorre na maior parte dos pacientes que são tratados por meio de privação de androgénios durante 6 meses. São necessárias, com urgência, novas e inovadoras abordagens tanto ao nível da ciência básica como ao nível clínico para diminuir a incidência da osteoporose induzida pela falta de andro-génío, num indivíduo do sexo masculino que sofra de cancro da próstata. A patente norte-americana US-5.610.150-A descreve um processo de tratamento de doenças relacionadas com os androgénios tais como cancro da próstata em animais machos susceptíveis, incluindo seres humanos, novos anti-androgé-nios e/ou novos inibidores da biossíntese de esteróides sexuais, como parte de uma terapia de combinação. Os inibidores da biossíntese de esteróides sexuais, especialmente os que são capazes de inibir a conversão de desidroepi-androsterona (DHEA) ou 4-androstenodiona (.DELTA.sup.4-diona) em esteróides sexuais naturais (e a testosterona em di-hidrotestosterona) em tecidos periféricos, são utilizados em combinação com anti-androgénios, normalmente depois do bloqueio das secreções hormonais testiculares. Os anti-estrogénios podem também fazer parte da terapia de combinação. A patente WO-00/07576-A descreve novos processos de tratamento e/ou de inibição do desenvolvimento do cancro da próstata, hiperplasia prostática benigna, prostatite, acne, seborreia, hirsutismo ou alopécia androgénica, que utilizam / 4 inibidores do tipo da 3,3-ot-h.idroxiesteróide-desidrogenase isolados ou em combinação com outros produtos farmacêuticos activos tais como inibidores do tipo de 5,17-β-hidroxiesteróide-desidrogenase. Além disso, também se descrevem novos inibidores e produtos farmacêuticos.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção tem por objecto a utilização de Toremifene no fabrico de um medicamento para o tratamento, prevenção, supressão ou inibição ou para a redução do risco de desenvolvimento de: osteoporose induzida pela privação de androgénio; perda de densidade mineral óssea (DMO) induzida pela privação de androgénio; ou fracturas ósseas induzidas pela privação de androgénio; num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FUGIRAS A presente invenção será compreendida e apreciada de uma forma mais completa a partir da descrição detalhada que se segue, em conjunto com as figures em anexo que descrevem
Figura 1: Efeito de Toremifene no C-telopéptido do cola-génio I de rato (RatLaps ELISA) .
Figura 2: Efeito de Toremifene nos níveis de osteocalcina do soro. A) 10 e 30 dias; B) 60 e 120 dias.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO A presente invenção tem por objecto: a utilização de Toremifene no fabrico de um medicamento para 1) 0 tratamento de osteoporose induzida pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da 5 próstata; 2) a prevenção de osteoporose induzida pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata; 3) a supressão ou a inibição de osteoporose induzida pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata, 4) a redução do risco de desenvolvimento de osteoporose induzida pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata, 5) o tratamento de perda de DMO induzida pela provação de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata; 6) a prevenção de perda de DMO induzida pela provação de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata; 7) a supressão ou a inibição de perda de DMO induzida pela provação de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata; 8) a redução do risco de desenvolvimento de perda de DMO induzida pela provação de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata; 9) o tratamento de fracturas ósseas induzidas pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata, 10) a prevenção de fracturas ósseas induzidas pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata, 11) a supressão ou a inibição de fracturas ósseas induzidas pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata, 12) a redução do risco de desenvolvimento de fracturas ósseas induzidas pela privação de androgénio num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
Tal como se indicou antes, os resultados demonstram que a administração de Toremifene, protege os ossos. Isto pode-se determinar medindo os níveis de marcadores do soro específicos dos ossos que indicam a reabsorção e a formação dos ossos. Além disso, a presente invenção demonstra que o / / 6
Toremifene (e/ou 17^-Estradiol) aumenta a densidade mineral óssea. 0 anti-estrogénio que trata, previne, suprime, inibe ou reduz o risco de desenvolvimento de osteoporose e/ou perda de DMO é o Toremifene. 0 Toremifene é um exemplo de um composto de trifenil-alquileno descritos nas patentes norte-americanas US. Nos. 4.696.949 e 5.491.173 para Tolvola et al. A administração parentérica e tópica a mamíferos está descrita nas patentes norte-americanas U.S. No. 5.571.534 para Jalonen et al. e U.S. No. 5.605.700 para DeGregorio et al.. A osteoporose é uma doença sistémica do esqueleto, caracterizada por uma massa óssea baixa e uma deterioração do tecido do osso, com um consequente aumento da fragilidade dos ossos e uma propensão para fracturas. Nos pacientes com osteoporose, a resistência dos ossos é anormal, com um consequente aumento no risco de fractura. A osteoporose exaure tanto o cálcio como o colagénio das proteínas normalmente encontrados nos ossos, o que resulta quer numa qualidade anormal dos ossos, quer numa diminuição da densidade óssea. Os ossos que são afectados pela osteoporose podem fracturar apenas com uma pequena queda ou com um trauma que normalmente não causaria uma fractura dos ossos. A fractura pode ser quer na forma de racha (como numa fractura da bacia) ou de colapso (como numa fractura de compressão da medula). A espinha dorsal, as coxas, e os pulsos são áreas em que são comuns fracturas de ossos provocadas pela osteoporose, embora possam ocorrer fracturas noutras áreas do esqueleto. 7 A DMO é um valor mensurável da verdadeira massa do osso. Mede-se a quantidade absoluta de osso por meio da densidade mineral do osso (DMO) que está geralmente relacionada com a resistência dos ossos e da sua capacidade para suportar peso. Medindo a DMO, é possível prever o risco de fractura da mesma maneira que a medição da pressão sanguínea pode ajudar a prever o risco de ataque.
Num determinado enquadramento, a DMO pode medir-se por meio do de técnicas conhecidas de mapeamento do teor de mineral dos ossos. A densidade dos ossos da coxa, coluna, pulsos ou do calcanhar pode ser medida por meio de uma variedade de técnicas. 0 processo preferido para a medição da DMO é a densitometria bi-fotónica por meio de raios X (DXA na terminologia inglesa, de dual energy X-ray densitometry). A DMO da bacia, da coluna antero-posterior (AP) , da coluna lateral e dos pulsos pode ser medida utilizando esta tecnologia. A medição em todos os sitios permite prever o risco genérico de fractura, mas a informação de um sítio específico é a melhor forma para prever uma fractura nesse sítio. Também se utiliza a tomografia quantitativa computorizada (TQC, OCT na terminologia inglesa) para medir a DMO da coluna. Ver, por exemplo, "Nuclear Medicine: "Quantitative Procedures", por Wahner H W, Dunn W L, Thorsen H C, et al, publicado por Toronto Little, Brown & Co., 1983, (ver páginas 107-132). Um artigo intitulado "Assessment of Bone Mineral Part 1" apareceu no Journal of Nuclear Medicine, pp 1134-1141, (1984). Outro artigo intitulado "Bone Mineral Density of The Radius" apareceu no Vol. 26, No. 11, (1985) Nov.
Journal of Nuclear Medicine na pp 13-39. Resumos sobre a utilização de câmaras gama para as medições do teor de mineral nos ossos são, por exemplo, (a) S. Hoory et al,
Radiology, Vol. 157(P), p. 87 (1985), e (b) C. R. Wilson et al, Radiology, Vol. 157 (P), p. 88 (1985). A presente invenção tem por objecto uma via segura e eficaz para o tratamento, prevenção, supressão, inibição ou redução do risco de desenvolvimento de osteoporose e/ou perda de DMO induzidas pela falta de androgénios e é particularmente útil para o tratamento de indivíduos do sexo masculino que sofrem de cancro da próstata e que têm um elevado risco de desenvolver osteoporose induzida pela falta de androgénios. Num enquadramento, o indivíduo do sexo masculino é um mamífero. Noutro enquadramento, o indivíduo do sexo masculino é um ser humano.
Além disso, os anti-estrogénios que se apresentam aqui são eficazes no tratamento, supressão ou da osteopénia acompanhada pela perda óssea. A "osteopénia" refere-se à diminuição da calcificação ou da densidade dos ossos. É um termo que engloba todos os sistemas do esqueleto em que se verifica esta condição.
Tal como se considera aqui, a presente invenção tem por objecto a utilização de Toremifene para o tratamento, prevenção, supressão, inibição ou redução do risco de desenvolvimento de osteoporose e/ou perda de DMO induzidas pela falta de androgénios.
Composições farmacêuticas
Num enquadramento, a composição farmacêutica da presente invenção compreende Toremifene e um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico. A composição farmacêutica é utilizada para o tratamento e/ou a prevenção de osteoporose e/ou perda de DMO induzidas pela falta de 9 ! androgénios; para a supressão ou inibição de osteoporose e/ou perda de DMO induzidas pela falta de androgénios; e/ou para a redução do risco de desenvolvimento de osteoporose e/ou perda de DMO induzidas pela falta de androgénios em indivíduos do sexo masculino que sofrem de cancro da próstata.
Tal como se utiliza aqui, "composição farmacêutica" significa uma "quantidade efectiva sob o ponto de vista terapêutico" do ingrediente activo, isto é o Toremifene em conjunto com um veículo ou um diluente aceitável sob o ponto de vista farmacêutico. Uma " quantidade efectiva sob o ponto de vista terapêutico" tal como se utiliza aqui, refere-se à quantidade que providencia um efeito terapêutico para uma dada condição de para um dado regime de administração.
As composições farmacêuticas que contêm Toremifene são para serem administradas a um indivíduo por meio de qualquer processo conhecida por um especialista na matéria, tal como parentericamente, através do próprio cancro, através da mucosa, transdermicamente, intramuscularmente, intravenosamente, intradermicamente, subcutaneamente, in-traperitonealmente, intraventricularmente, intracranianamente, intravaginalmente ou intratumoralmente.
Num enquadramento, as composições farmacêuticas destinam-se a ser administradas oralmente, e são assim formuladas sob uma forma apropriada para administração oral, isto é, sob a forma de uma preparação sólida ou líquida. As formulações sólidas, orais, apropriadas incluem comprimidos, cápsulas, pílulas, grânulos, péletes e similares. As formulações líquidas, orais, apropriadas incluem soluções, suspensões, dispersões, emulsões, óleos e similares. Num 10 enquadramento da presente invenção, os compostos de Toremifene são formulados numa cápsula. De acordo com este enquadramento, as composições da presente invenção compreendem, para além do composto activo de Toremifene e de um veículo ou diluente inerte, uma cápsula de gelatina dura.
Além disso, num outro enquadramento, as composições farmacêuticas são para serem administradas por via de injecção intravenosa, intra-arterial, ou intramuscular de uma preparação liquida. As formulações líquidas apropriadas incluem soluções, suspensões, dispersões, emulsões, óleos e similares. Num enquadramento as composições farmacêuticas podem ser administradas intravenosamente, e são assim formuladas numa forma apropriada para administração intravenosa. Num outro enquadramento, as composições farmacêuticas podem ser administradas intra-arterialmente, e são assim formuladas numa forma apropriada para administração intra-arterial. Num outro enquadramento, as composições farmacêuticas podem ser administradas intramuscularmente, e são assim formuladas numa forma apropriada para administração intramuscular.
Além disso, num outro enquadramento, as composições farmacêuticas podem ser administradas topicamente às superfícies do corpo, e são assim formuladas sob uma forma apropriada para administração tópica. As formulações tópicas apropriadas incluem géis, pomadas, cremes, loções, gotas e similares. Para administração tópica, o Toremifene prepara-se e aplica-se sob a forma de soluções, suspensões, ou emulsões num diluente aceitável sob o ponto de vista fisiológico com ou sem um veiculo farmacêutico.
Além disso, noutro enquadramento, as composições farmacêuticas podem ser administradas como supositórios, 11 por exemplo um supositório rectal ou um supositório uretral. Além disso, noutro enquadramento, as composições farmacêuticas podem ser administradas por implante subcutâneo de um pélete. Noutro enquadramento, o pélete providencia uma libertação controlada de um agente anti-estrogénio durante um certo período de tempo.
Num outro enquadramento, o composto activo pode ser libertado numa vesícula, em particular uma lipossoma (ver Langer, Science 249: 1527-1533 (1990); Treat et al., em
Liposomes in the Therapy of infectious Disease and Câncer, Lopez-Berestein e Fidler (eds.), Liss, New York, pp. 353-365 (1989); Lopez-Berestein, ibid., pp. 317-327; ver, de uma forma geral, ibid).
Tal como se utiliza aqui "veículos ou diluentes aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico" são bem conhecidos dos especialistas na matéria. O veículo ou o diluente podem ser um veículo ou um diluente sólido para formulações sólidas, um veículo ou um diluente líquido para formulações líquidas, ou as suas misturas.
Os veículos/diluentes sólidos incluem, mas não se limitam a uma goma, um amido (por exemplo amido de milho, amido pré-gelifiçado), um açúcar (por exemplo, lactose, manitol, sacarose, dextrose), um material celulósico (por exemplo, celulose microcristalina) , um acrilato (por exemplo polimetilacrilato) , carbonato de cálcio, óxido de magnésio, talco, ou as suas misturas.
Para as formulações líquidas, os veículos aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico podem ser soluções aquosas ou não aquosas, suspensões, emulsões ou óleos. Exemplos de dissolventes não aquosos são propileno-glicol, 12 polietileno-glicol, e ésteres orgânicos injectáveis tais como oelato de etilo. Veículos aquosos incluem água, soluções, emulsões ou suspensões alcoólicas aquosas, incluindo meios salinos e tamponados. Exemplos de óleos são os óleos de petróleo, de origem animal, de origem vegetal, ou sintéticos, por exemplo, óleo de amendoim, óleo de soja, óleo mineral, azeite, óleo de girassol, e óleo de fígado de peixe.
Os veículos parentéricos (para injecção sub-cutânea, intravenosa, intra-arterial, o intramuscular) incluem solução de cloreto de sódio, dextrose de Ringer, dextrose e cloreto de sódio, solução de Ringer lactada e óleos não voláteis. Os veículos intravenosos incluem fluidos e nutrientes de cargas, reabastecedores de electrólitos tal como os que têm por base a dextrose de Ringer, e similares. Exemplos são os líquidos esterilizados tais como água e óleos, com ou sem a adição de um tensioactivo e outros adjuvantes aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico. Em geral, água, solução salina, dextrose aquosa e as soluções de açúcar relacionadas, e glicóis tal como propileno-glicóis ou polietileno-glicol são os veículos líquidos preferidos, particularmente para soluções injectáveis. Exemplos de óleos are os óleos de petróleo, de origem animal, de origem vegetal, ou sintéticos, por exemplo, óleo de amendoim, óleo de soja, óleo mineral, azeite, óleo de girassol, e óleo de fígado de peixe.
Além disso, as composições podem ainda compreender ligantes (por exemplo, acácia, amido de milho, gelatina, carbómero, celulose etílica, goma de guar, celulose hidroxipropílica, celulose hidroxipropil-metílica, povido-na) , agentes desintegrantes (por exemplo, amido de milho, amido de batata, ácido algínico, dióxido de silício, cros- 13 carmelose sódica, crospovidona, goma de guar, glicolato de amido sódico), tampões (por exemplo, Tris-HCl, acetato, fosfato) de vários pH e força iónica, aditivos tais como albumina ou gelatina para prevenir a absorção em superfícies, detergentes (por exemplo, Tween 20, Tween 80, Pluronic F68, sais de ácido biliares), inibidores de protease, tensioactivos (por exemplo, sulfato de laurilo e sódio), melhoradores de permeação, agentes de solubilização (por exemplo, glicerol, polietileno-glicerol), anti-oxidan-tes (por exemplo, ácido ascórbico, metabisulfureto de sódio, hidroxianisole butilado), estabilizantes (por exemplo celulose hidroxipropílica, celulose hidroxipropilmetílica), agentes para aumentar a viscosidade (por exemplo carbó-meros, dióxido de silício coloidal, celulose etílica, goma de guar), adoçantes (por exemplo, aspartamo, ácido cítrico), conservantes (por exemplo, Timerosal, álcool benzílico, parabenos), lubrificantes (por exemplo ácido esteárico, estearato de magnésio, polietileno-glicol, sulfato de laurilo e sódio), auxiliares de fluxo (por exemplo dióxido de silício coloidal), plastificantes (por exemplo ftalato de dietilo, citrato de dietilo), emulsio-nantes (por exemplo, carbómero, celulose hidroxipropílica, sulfato de laurilo e sódio), revestimentos de polímeros {por exemplo, poloxâmeros ou poloxaminas), agentes de formação de revestimentos e de películas (por exemplo celulose etílica, acrilatos, polimetacrilatos) e/ou adjuvantes .
Num enquadramento, as composições farmacêuticas providenciadas aqui são composições de libertação controlada, isto é, composições em que o composto de Toremifene é libertado durante um certo período de tempo depois da administração. As composições de libertação controlada ou sustentada incluem a formulação em depósitos 14 lipofílicos (por exemplo, ácidos gordos, ceras, óleos). Noutro enquadramento, a composição é uma composição de libertação imediata, isto é uma composição em que todos os compostos de Toremifene são libertados imediatamente após a administração.
Ainda noutro enquadramento, a composição farmacêutica pode ser libertada num sistema de libertação controlada. Por exemplo, o agente pode ser administrado utilizando uma infusão intravenosa, uma bomba osmótica implantável, um adesivo transdérmico, lipossomas, ou outros modos de administração. Num enquadramento, pode-se utilizar uma bomba (ver Langer, supra; Sefton, CRC Crit Ref. Biomed. Eng. 14: 201 (1987); Buchwald et al., Surgery 88: 507 (1980); Saudek et al·., N. Engl. J. Med. 321: 574 (1989). Noutro enquadramento, podem utilizar-se materiais poliméricos. Ainda noutro enquadramento, pode-se colocar um sistema de libertação controlada na proximidade do alvo terapêutico, isto é, o cérebro, requerendo assim apenas uma fracção da dose sistémica (ver, por exemplo, Goodson, em Medicai Applications of Controlled Release, supra, vol. 2, pp. 115-138 (1984). Outros sistemas de libertação controlada são discutidos na revisão feita por Langer (Science 249: 1527-1533 (1990) .
As composições podem também incluir a incorporação do material activo dentro ou em preparações em partículas de compostos poliméricos tais como ácido poliláctico, ácido polglicólico, hidrogéis, etc, ou em lipossomas, micro-emulsões, micelas, vesículas unilamelares ou multilame-lares, fantasmas de eritrócitos, ou esferoplastos.) Essas compo.sições vão influenciar o estado físico, a solubilidade, a estabilidade, a taxa de libertação in vivo, e a taxa de depuração in vivo. 15 A presente invenção também engloba as composições de partículas revestidas com polímeros (por exemplo, pólo-xâmeros ou poloxaminas) e o composto acoplado aos anticorpos dirigidos contra os receptores específicos do tecido, ligandos ou antigénios ou acoplados a ligandos de receptores específicos do tecido. A presente invenção também engloba compostos modificados pela ligação covalente de polímeros solúveis em água tal como polietileno-glicol, copolímeros de polietile-no-glicol e polipropileno-glicol, celulose carboximetílica, dextrano, álcool polivinílico, polivinilpirrolidona ou po-liprolina. Os compostos modificados são conhecidos por exibirem semi-periodos de vida no sangue substancialmente mais longos, no seguimento da injecção intravenosa, do que os compostos não modificados correspondentes (Abuchowski et al., 1981; Newmark et al., 1982; e Katre et al., 1987). Essas modificações podem também aumentar a solubilidade dos compostos em solução aquosa, eliminar a agregação, aumentar a estabilidade física e química e reduzir em grande Como resultado, a desejada actividade biológica in vivo pode ser conseguida por meio da administração desses abdutores de compostos de polímeros, menos frequentemente ou em doses menores do que no caso dos do composto não modificado. A preparação de composições farmacêuticas, que contêm um componente activo, é bem. conhecida na técnica, por exemplo por meio de processos de mistura, granulação, ou de formação de comprimidos. 0 ingrediente activo sob o ponto de vista terapêutico mistura-se muitas vezes com excipientes que são aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico e compatíveis com o ingrediente activo. Para administração oral, o Toremifene mistura-se com aditivos habituais para esta finalidade, tal como veículos, 16 estabilizantes, ou diluentes inertes, e que se convertem pelos processos habituais em formas apropriadas para administração, tal como comprimidos, comprimidos revestidos, cápsulas de gelatina dura ou mole, soluções aquosas, alcoólicas ou oleosas. Para administração parentérica, converte-se o Toremifene numa solução, suspensão ou emulsão, se desejado com as substâncias habituais para este fim, por exemplo, solubilizantes ou outros.
Um componente activo pode ser formulado numa composição sob a forma de sais neutralizados, aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico. Os sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico incluem os sais de adição de ácido (formados com os grupos amino livres da molécula de polipéptido ou de anticorpo), que são formados com ácidos inorgânicos tais como, por exemplo, ácidos clorídrico ou fosfórico ou sais orgânicos tais como ácido acético, oxálico, tartárico, mandélico, e similares. Os sais formados com os grupos carboxilo livres podem derivar de bases inorgânicas tais como, por exemplo, sódio, potássio, amónio, cálcio, ou hidróxidos férricos e bases orgânicas tais como isopropilamina, trimetilamina, 2-etilamino etanol, histidina, procaína, e similares.
Para serem utilizados em ' medicina, os sais de Toremifene são sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico. Contudo, outros sais podem ser úteis na preparação dos compostos de acordo com a presente invenção ou os seus sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico. Os sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico dos compostos da presente invenção apropriados incluem sais de adição de ácidos que posem ser formados, por exemplo, misturando uma solução do composto de acordo com a presente invenção, com uma solução de um ácido 17 aceitável sob o ponto de vista farmacêutico tal como ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido metano-sulfónico, ácido fumárico, ácido maleico, ácido succínico, ácido acético, ácido benzóico, ácido oxálico, ácido cítrico, ácido tartárico, ácido carbónico ou ácido fosfórico.
Tal como definido aqui, "contacto" significa que o Toremifene da presente invenção é introduzido numa amostra contendo a enzima num tubo de ensaio, frasco, cultura de tecido, chip, matriz, placa, microplaca, tubos capilares, ou similares, e é incubado a uma temperatura e durante tempo suficiente para permitir a ligação do anti-estrogénio à enzima. Os processos para o contacto das amostras com o Toremifene ou com outros componentes de ligação específicos são conhecidos pelos especialistas na matéria e podem ser seleccionados consoante o tipo de protocolo de ensaio a utilizar. Os processos de incubação são também processos normalizados e são conhecidos pelos especialistas na matéria.
Num outro enquadramento, o termo "contacto" significa que o Toremifene da presente invenção é introduzido num indivíduo que recebe tratamento e deixa-se o composto de Toremifene ficar em contacto com o receptor do androgénio in vivo.
Tal como se utiliza aqui, o termo "tratamento" inclui tratamento preventivo assim como o tratamento remissivo de um distúrbio. Tal como se utilizam aqui, os termos "redução", "supressão" e "inibição" têm um significado que é entendido mais ou menos como sendo o mesmo. Tal como se utiliza aqui, o termo "progressão" significa um aumento no âmbito ou na severidade, um avanço, um crescimento ou um agravamento. Tal como se utiliza aqui, o termo "recorrên- 18 cia" significa o reaparecimento de uma doença após a sua remissão.
Tal como se utiliza aqui, o termo "administração" refere-se ao facto de se pôr um individuo em contacto com um composto anti-estrogénio da presente invenção. Tal como se utiliza aqui, a administração pode ser realizada in vitro, isto é, num tubo de ensaio ou in vivo, isto é em células ou tecidos de organismos vivos, for exemplo seres humanos. Num enquadramento, a presente invenção engloba a administração dos compostos da presente invenção a um indivíduo.
Num enquadramento, a presente invenção compreende a utilização de Toremifene como o único ingrediente activo que vai ser utilizado. Contudo, também estão englobados no âmbito da presente invenção os processos para a terapia com hormonas, para o tratamento do cancro da próstata, para retardar a progressão do cancro da próstata e para a prevenção e/ou tratamento da recorrência do cancro da próstata, que compreende a administração dos compostos de anti-estrogénio em combinação com um ou mais agentes terapêuticos. Estes agentes incluem, mas não se limitam a: análogos de HLHL, anti-androgénios reversíveis {tal como bicalutamida ou flutamida), anti-estrogénios adicionais, fármacos anti-cancro, inibidores de 5-alfa-redutase, inibi-dores de aromatase, progestinas, reguladores selectivos do receptor de androgénio (RSRA, SARMS na terminologia inglesa) ou agentes que actuam através de outros receptores nucleares de hormonas.
Assim, num enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um análogo de 19 i HLHL. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um anti-androgénio reversível. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um anti-estrogénio adicional. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um fármaco anti-cancro. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um inibidor de 5-alfa-redutase. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um inibidor de aromatase. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com uma progestina. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um MSRA. Noutro enquadramento, a presente invenção inclui a utilização de composições e composições farmacêuticas que compreendem Toremifene em combinação com um agente que actua através de outros receptores nucleares de hormona. Vários enquadramentos dos intervalos de dosagem estão contemplados na presente invenção. A dosagem pode estar no intervalo de 1-80 mg/dia. Te A dosagem pode estar no intervalo de 5-80 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem está no intervalo de 35-66 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem está no intervalo de 20-60 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem está no intervalo de 40-60 mg/dia. 20
Noutro enquadramento, a dosagem está no intervalo de 45-60 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem está no intervalo de 15-25 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem está no intervalo de 55-65 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem é de 20 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem é de 40 mg/dia. Noutro enquadramento, a dosagem é de 60 mg/dia.
Os exemplos que se seguem são apresentados para ilustrar de uma forma mais completa os enquadramentos preferidos da presente invenção. Contudo, não foram construídos, de nenhuma forma, como um limite ao âmbito amplo da presente invenção.
SECÇÃO DE DETALHES EXPERIMENTAIS EXEMPLO 1
Efeito de Toremifene na recuperação dos ossos em seres hmanos do sexo masculino
Na Fase lia do ensaio clínico para determinar se o Toremifene tem actividade quimio-preventiva contra o cancro da próstata, trataram-se 18 homens com uma neoplasia intraepitelial prostática de elevado grau (NIPEG) com 60mg/d de Toremifene durante 4 meses. No 120° dia houve uma redução significativa do valor inicial de cálcio no soro (média -0,12, p=0,005) e tanto no 60° dia como no 120° dia, a fosfatase alcalina diminuiu significativamente comparada com o valor inicial (média = -18,7 no 60° dia e -21,0 no 120° dia, e p<0,001 em ambas as visitas).
Estes dados clínicos demonstram que o anti-estrogénio Toremifene mostrou efeitos dos estrogénios nos ossos que 21 afectam favoravelmente os marcadores da recuperação dos ossos em homens.
EXEMPLO 2: EFEITO DO TOREMIFENE NOS OSSOS EM RATOS MACHOS
Sistema de libertação do fármaco 0 artigo do ensaio, o controlo positivo e o placebo foram libertados por meio de bombas ALZA fabricadas pela Durect Corporation (Cupertino, CA}. Implantaram-se as bombas numa bolsa subcutânea utilizando uma técnica cirúrgica apropriada. As bombas utilizadas neste estudo libertam uma taxa continua de fármaco ao longo de um periodo de 30 dias, com Toremifene formulado para libertar 1,8 mg/dia (bomba de 2 mL) e 17-13-estradiol (controlo positivo) é libertado a 70 pg/dia. Os dados indicados pelo fabricante das bombas valida a taxa constante de libertação do fármaco ao longo de um periodo de 28 dias e sugere que a taxa constante pode ser esperada para durante mais alguns dias. Os animais foram anestesiados e realizou-se a substituição da bomba para cada grupo de dosagem nos dias 31, 61, e 91 para se fazer a administração do fármaco ao longo de um periodo de 120 dias. Cada animal no estudo tem um pélete implantado para controlar a potencial confusão de variáveis associadas à cirurgia para a implantação.
Grupos de estudo:
Utilizaram-se nas experiências ratos machos adultos Sprague-Dawley (com 14 semanas de idade no inicio do estudo), pesando aproximadamente 0,35 kg. Este estudo utilizou cinco grupos de ensaio de 12 ratos. Os grupos de tratamento representam o controlo o controlo com placebo (castrado e com uma operação simulada), 17^-estradiol 22 (castrado) e Toremifene (castrado e com uma operação sham [grupo de controlo]). 5 animais de cada grupo de tratamento foram sacrificados nos dias 60 e 120 e mediram-se os marcadores do metabolismo dos ossos e os ossos foram colhidos para análise da força biomecânica e da densidade.
Quadro 1. Grupos de tratamento para os efeitos de Toremifene nos ossos
Grupo Fármaco Sham Castrado # de ani- Programa de ma is sacrifício (dias) 1 Controlo com placebo 5 60 2 Controlo com placebo S 120 3 Toremifene (1,75 mg/dia) ✓ 5 60 4 Toremifene (1,75 mg/dia) ν' 5 120 5 Estradiol (0,07 mg/dia) / 5 60 6 Estradiol (0,07 mg/dia) / 5 120 7 Controlo com placebo 5 60 8 Controlo com placebo / 5 120 9 Toremifene (1,75 mg/dia) ✓ 5 60 10 Toremifene (1,75 mg/dia) ✓ 5 120
Observações:
Observações clinicas: Fizeram-se observações do lado da gaiola e registaram-se uma vez por semana (as verificações diárias das gaiolas anotaram qualquer anomalia). Observaram-se os efeitos nas funções vitais. Qualquer animal encontrado moribundo ou que apresentasse sinais de toxicidade aguda era anestesiado com uma injecção intramuscular de cetamina/xilazina (87/13) e praticava-se a eutanásia por meio de hemorragia da aorta abdominal.
Peso do corpo: As pesagens do peso do corpo eram feitas em triplicado e fazia-se a média uma vez por semana. 23
Os animais eram sacrificados aos 60 e 120-dias. Cada sacrifício envolvia 5 ratos de cada grupo e tratamento, e verificava-se o fármaco no plasma de 2 ratos aos 30, 60, 90, e 120 dias (ver quadro 1 para a alocação do grupo ao tratamento e ao sacrifício). Os animais foram anestesiados com uma injecção intramuscular de cetamina/xilazina (87/13) e praticou-se a eutanásia por meio de hemorragia da aorta abdominal. O sangue recolhido das hemorragias foi tratado para se recolher soro.
Avaliou-se a recuperação dos ossos por meio de marcadores do soro para analisar a reabsorção nos ossos e a formação óssea dos ratos tratados. Os ensaios listados no quadro 2 indicam a categoria de recuperação do osso e as quantidades de soro necessárias para análise. Realizou-se a análise química do soro através dos níveis de cálcio, fósforo, bilirubina e creatinina no sangue, na AniLytics, Inc. (Gaitersburg, MD).
Quadro 2. Ensaios para os marcadores do soro da recuperação dos ossos em murganhos
Categoria de Ensaios Fornecedor do Qtd. Mínima de soro recuperação teste necessária Formação óssea Osteocalcina Rato-MID ELISA. OSTEOMETER 20ul análise química de cálcio, fósforo, bilirubina e creatinina AniLytics, Inc. 70ul Fosfatase especifica do osso AniLytics, 50ul Reabsorção óssea CrossLaps do soro, 1 etapa ELISA OSTEOMETER 20ul Reticulação de (desoxi)piridinolina no soro METRA 25ul RatTRAP ELISA (ácido P resistente a tartrato) SBA Sciences 5Qul A recolha de espécimes incluiu ossos femorais para além do sangue. Tratou-se o sangue para se obter o soro. Dividiu-se o soro em alíquotas e congelou-se a -80 °C até às análises. Os ensaios do soro foram realizados na GTx, 24
Inc. para os níveis de osteocalcina (marcador de formação dos ossos) e C-telopéptido (marcador de reabsorção dos ossos) . Depois do fémur ter sido removido de cada um dos animais, foi-lhe retirado o tecido exterior e foi armazenado a -20 °C até se fazer a análise da força biomecânica e da densidade mineral dos ossos. ATRIBUIÇÃO/ALEATÓRIA DOS GRUPOS:
Antes do estudo, formaram-se 10 grupos aleatórios para tratamento, depois atribuiu-se uma ordem, marcaram-se na orelha e pesaram-se sessenta (60) ratos com 12 semanas de idade, de acordo com o Manager of Animal Resources. Depois, distribuíram-se os sessenta animais aleatoriamente por 10 grupos de tratamento de 6 animais cada. Realizou-se uma
ANOVA (análise de variância) para estabelecer a presença ou a ausência de diferenças significativas no peso do corpo (aceita-se dentro de 10 % do peso médio do corpo) . A população já estava mais restrita e já não se podia restringir mais. Se houvesse uma diferença significativa, era obrigatoriamente anotado, mas não se fizeram alterações da distribuição dos grupos. Os parâmetros dos ossos não estavam normalizados em relação ao peso do corpo. Os valores dos parâmetros dos ossos foram referenciados como valores absolutos e avaliados com base nas médias do grupo comparadas com os controlos apropriados.
COMPOSTOS
Artigo em teste 1:
Identificação: Toremifene
Descrição: Pó cristalino branco, que é extraído, como ingrediente activo, de comprimidos de Toremifene. 25
Artigo em teste 2 (Controlo positivo):
Identificação: 17-B-Estradiol (Sigma Aldrich, para ser utilizado em laboratórios de investigação). EXEMPLO 3
EFEITO DE TOREMIFENE MA DENSIDADE DOS OSSOS E MARCADORES DO SORO PARA A RECUPERAÇÃO DOS OSSOS EM 15 RATOS MACHOS O objectivo deste estudo é determinar se a administração de Toremifene a ratos machos adultos é bom para os ossos como se pode medir por meio dos niveis de marcadores do soro específicos dos ossos que indicam a reabsorção e a formação dos ossos (em que se utiliza 17-β-Estradiol como controlo positivo). 0 efeito do Toremifene (e do 17-{β-Estradiol) na perda óssea induzida pela privação de androgénio, foi também determinado através dos ensaio da densidade dos ossos e da resistência mecânica. É bem sabido que a densidade mineral óssea dos machos é semelhante à das fêmeas e que diminui com a idade. A diminuição das quantidades do teor mineral dos ossos e da densidade estão correlacionadas com uma diminuição da resistência dos ossos e predispõe para fracturas. 0 mecanismo molecular subjacente aos efeitos pleiotrópicos das hormonas sexuais em tecidos não reprodutores começam apenas a ser compreendido, mas é claro que as concentrações fisiológicas dos androgénios e dos estrogénios desempenha um papel importante na manutenção da homeostase dos ossos ao longo do ciclo de vida. Consequentemente, quando ocorre a privação de androgénios e/ou de estrogénios, há um aumento resultante da taxa de recuperação dos ossos nos ratos e que faz pender o equilíbrio entre a reabsorção e a 26 formação em favor da reabsorção, contribuindo para uma perda global da massa óssea. Nos indivíduos do sexo masculino, o declínio natural da hormona sexual na idade adulta {declínio directo nos androgénios assim como níveis mais baixos de estrogénios derivados da aromatização periférica dos androgénios) está associado à fragilidade dos ossos. Este efeito também se observa nos machos que tenham sido castrados. Estudos anteriores demonstraram, em ratos, que a terapia farmacológica com compostos reguladores selectivos do receptor de estrogénio (RSRE), em machos com deficiência de androgénio, tem um efeito positivo na densidade mineral óssea e esses ossos podem ser conservados ou podem mesmo (Broulik, Horm Metab Res, 2000; 32: 181-184). Sugere-se que, em seres humanos, esta intervenção iria para o início da osteoporose ou iria pelo menos reduzir a sua severidade. É importante notar que dados recentes sobre seres humanos indicam que a perda de estrogénio em indivíduos do sexo masculino, mais velhos, é mais crítica para alterações dos ossos no curto prazo do que a perda de androgénios. Crê-se que o regulador selectivo do receptor de estrogénio Toremifene (cujo nome comercial é Acapodene™ e cujo nome genérico é toremifene) terá propriedades de construção do osso similares quando comparado com outros anti-estrogénios não esteroidais (por exemplo, Tamoxifene, (Broulik, Horm Metab Res, 2000; 32: 181-184) , e será um fármaco útil sob o ponto de vista clínico para a prevenção da osteoporose e a manutenção da densidade óssea em indivíduos do sexo masculino idosos. O modelo utilizado aqui é um modelo de orquidectomia, que é um modelo experimental utilizado para simular o tipo de privação de androgénio que seria causada, por exemplo, por terapia de agonistas de HLHL no cancro da próstata. 27
MATERIAIS E PROCESSOS
Frojecto do estudo
Colocaram-se ratos machos Sprague-Dawley (Harlan Sprague Dawley) no estudo com 14 semanas de idade. Dividiram-se aleatoriamente em cinco grupos de tratamento: apenas com veiculo (placebo, ou P) depois de uma operação simulada, apenas veiculo depois de orquidectomia (Orx), Toremifene (5 mg/kg/dia) depois de uma operação simulada, e Toremifene depois de orquidectomia, e 17-p-estradiol (0,5 mg/kg/dia) depois de orquidectomia. Os produtos em teste foram libertados subcutaneamente por meio de bombas Alzet. As bombas foram re-implantadas de 30 em 30 dias até ao fim do estudo. Sacrificaram-se cinco animais em cada grupo de seis, passados 60 e 120 dias de tratamento, e recolheram-se os fémures, retirou-se-lhes os músculos e os tecidos moles, e armazenaram-se individualmente em frascos de poli-propileno a -80 °C até aos ensaios para análise da densidade óssea e da resistência mecânica. Adicionalmente, colheu-se soro nos dias 15, 30, 60, 90 e 120, para medir os marcadores do metabolismo dos ossos e para determinar a química do soro.
Depois da colheita, dividiu-se o soro em 3 aliquotas e armazenou-se a -80 °C até à análise, 125 μΐ para a determinação da bioquímica do soro por meio de AniLytics, Gaithersburg, MD (Fosfatase alcalina, Cálcio, Fósforos, Creatinina e Bilirrubina específicos dos ossos), 100 μΐ para a determinação da Osteocalcina do soro de rato por ELISA e RatLaps do soro por ELISA para a determinação dos telopéptidos de terminal C. Deixou-se o resto do soro recolhido para repetir os ensaios se fosse necessário. 28
Libertaram-se os ossos do tecido mole e dos músculos e armazenou-se individualmente em frascos de 15 ml a -80 °C, até fazer outros ensaios.
Análise da rotatividade dos marcadores de soro de ratos por meio de RatsLaps ELISA, Osteometer BioTech A/S, Dinamarca 0 ensaio foi realizado em duplicado, cada com 20 μΐ de soro assim como padrões e controlo. Em resumo, fez-se uma incubação de 100 μΐ de antigénio biotinilado RatLaps durante 30 min em cada cavidade, lavaram-se as lâminas e adicionou-se, às cavidades apropriadas, 20 μΐ de amostras de padrão, controlo e desconhecidas, seguido de 100 μΐ de anticorpo primário (o Ac policlonal foi dirigido contra um péptido sintético EKSQDGGR especifico para uma parte da cadeia alfal do telopéptido de terminal C do colagénio1 de rato de tipo I). Depois de uma incubação durante a noite a 4 °C, lavaram-se as cavidades e adicionou-se a cada cavidade 100 μΐ de peroxidase conjugada com o anticorpo de IgG de cabra anti-coelho e incubou-se 60 min. Depois da lavagem das lâminas, adicionou-se a cada cavidade 100 μΐ de solução de substrato cromogénico e, passados 15 min parou-se a reacção e mediu-se a densidade óptica a 450 nm. Calculou-se as médias das determinações da densidade óptica feitas em duplicado e construiu-se uma curva padrão utilizando um ajustamento da curva logística de 4 parâmetros. Determinaram-se as concentrações das amostras de
RatLaps por interpolação.
EIA da osteocalcina do rato, Biomedical Technologies, MA
Este ensaio é específico para a osteocalcina do rato e tanta a osteocalcina do rato carboxilada como a osteocalcina do rato descarboxilada são reconhecidas. Um anticorpo 29 monoclonal contra a região do terminal N da osteocalcina está ligado às cavidades de poliestireno. Realizou-se o ensaio em duplicado. Adicionou-se às cavidades apropriadas 100 μΐ de padrões, controlo e 1 a 20 amostras diluídas e incubou-se durante a noite a 4 °C. Depois da lavagem das lâminas, adicionou-se 100 μΐ anticorpo policlonal de cabra de elevada especificidade para o terminal C da osteocalcina do rato e incubou-se 60 min a 37 °C. Depois da lavagem, adicionou-se 100 μΐ de anticorpo conjugado com peroxidase de IgG anti-cabra de burro e incubou-se 60 min a 22 °C.
Lavaram-se as cavidades e adicionou-se uma mistura de TMB (3,3',5,5'-tetrametilbenzidina) e uma solução de peróxido e incubou-se 30 min a 22 °C no escuro. Parou-se a reacção, e mediu-se a densidade óptica a 450 nm. Construiu-se uma curva padrão utilizando um ajustamento da curva logística de 4 parâmetros. Determinaram-se as concentrações de osteocalcina por interpolação.
Metodologia da análise dos ossos
Tomografia computorizada quantitativa periférica (TCQp)
Submeteram-se os fémures direitos a uma análise por TCQp utilizando XCT-RM da Stratec com um software associado {Stratec Medizintechnik GmbH, Pforzheim, Alemanha. Versão do Software 5.40 C) . Os fémures foram mapeados em dois sítios, 20% e 50% do total do comprimento femoral foi medido a partir do fémur distai. Verificou-se a posição utilizando vistas de reconhecimento, e registaram-se os resultados do mapeamento a partir de duas lâminas de 0,5 mm perpendiculares ao eixo comprido do fémur. 30
Ensaios mecânicos
Utilizando um sistema de ensaio de material (Modelo 5501 R Instron Corp., Canton, MA), realizaram-se dois tipos de ensaios mecânicos no fémur direito. As curvas de resistência e de extensão foram registadas pelo software da máquina (Merlin II, Instron Corp.). Todos os ensaios foram realizados utilizando uma célula de resistência de 5 kN a uma taxa de carga constante de 6 mm/min. As aplicações gerais dos ensaios foram feitas como descrito em Turner e Burr (Bone, 1993; 14 : 595-608} e Ke et al (Bone, 1998; 23, 249-255).
Ensaio de compressão do fémur distai
Utilizou-se um ensaio de compressão para determinar as propriedades mecânicas do fémur distai. Obtiveram-se as amostras para o ensaio do fémur distai retirando um segmento de 3 mm directamente do côndilo proximal a distai utilizando uma serra de diamante a baixa velocidade com uma irrigação constante de uma solução salina. Utilizou-se um calibrador electrónico para determinar a média do diâmetro anterior/posterior (a) , diâmetro medial/lateral (b), e altura (h) do osso. Os parâmetros extrínsecos, carga máxima (F), dureza (S) e energia (W) , foram obtidos a partir da resistência e da extensão da curva. Os parâmetros intrínsecos que se seguem foram calculados a partir dos valores medidos: Área da secção transversa (AST) = (n * a * b)/4; Resistência final (6) = Fu / AST; Módulo elástico (E)=S /(AST / h); Dureza (T) =W / (AST * h). 31
RE SULTAD OS/DISCUSSÃO
Análise da modificação do osso por meio dos marcadores do soro
Os marcadores das modificações do osso têm demonstrado ser uma ferramenta eficaz e válida para que os cientistas clínicos monitorizem a actividade dos ossos. Finalmente, os dados têm as maiores consequências na avaliação de novas terapêuticas destinadas ao tratamento e à prevenção da osteoporose e constituem uma melhoria demonstrada na qualidade do próprio osso. Contudo, dado que as alterações na renovação dos ossos está correlacionada com o ensaio de resistência dos ossos, no presente estudo os requerentes analisaram os níveis de C-telopéptido e de osteocalcina numa análise intermédia obtendo dados complementares para dar suporte à eficácia do tratamento. C-telopéptido do colagénio do tipo I:
Tal como se mostra na Figura 1, os níveis de C-telopéptido nos animais que sofreram orquidectomia estavam ligeiramente aumentados de 22 e 9,5 % em relação aos grupos do placebo aos 15 e 30 dias, respectivamente, indicando que, após a castração, a actividade de reabsorção do osso está aumentada e o colagénio do tipo I está a ficar degradado, com fragmentos contendo as moléculas reticuladas libertados no sangue. Além disso, o tratamento de animais que sofreram orquidectomia com toremifene e o controlo positivo, 17-p-estradiol, reduziu os níveis de C-telopéptido para valores iguais ou inferiores aos valores do controlo (isto é, animais que não sofreram orquidectomia, tratados com placebo), com o tratamento de 32 30 dias tendendo a ter importância para o grupo do 17—β— estradiol.
Dado que o toremifene e o 17-B-estradiol diminuem o nivel de C-telopéptido no soro, os dados indicam que estes agentes estão a actuar para prevenir a reabsorção do osso induzida pela privação de androgénios.
Osteocalcina:
Tal como acontece nalguma literatura publicada, os requerentes acham que os níveis de osteocalcina ficam aumentados com a castração. O Toremifene reduziu significativamente os níveis de osteocalcina em animais castrados para níveis do controlo intacto (p<0,05 aos 15 dias, e p<0,02 aos 30 dias, Figura 2A) . O aumento dos níveis de osteocalcina foi mais pronunciado 15 dias após a castração, embora o Toremifene e o 17-fi-estradiol continuassem a reduzir significativamente os níveis de osteocalcina para valores inferiores aos dos ratos de controlo intactos durante mais de 120 dias (Figura 2B) . Estes resultados indicam que a taxa de formação dos ossos nos machos é sobre-regulada no seguimento da orquídectomia para compensar o aumento da actividade de reabsorção. Ο 17-β-estradiol, e o toremifene regulador do receptor selectivo de estrogénio, estabilizam os processos de reabsorção e de formação dos ossos, ao mesmo tempo que diminuem os níveis globais de osteocalcina detectável no soro.
Análise biomecânica dos ossos A falta de androgénio, induzida pela castração, tem sido utilizada como um modelo de osteoporose dos' machos. Neste modelo, a maior parte da perda óssea ocorre no osso 33 de estrutura porosa. Para se compreender melhor os efeitos do toremifene na densidade mineral e na resistência mecânica dos ossos, recolheram-se ossos depois de completar a fase estudo in vivo e enviaram-se para SkeleTech (Bothell, WA) para análise. Todos os ossos foram descongelados em solução salina fisiológica antes da análise. As análises estatísticas foram realizadas com o software SAS (SAS Institute, Cary, NC). Realizaram-se análises de variância num só sentido (grupo). As diferenças individuais do grupo foram ajustadas com o processo de Dunnett utilizando o grupo de tratamento 2 (Castrados + Placebo) como o grupo de referência. Um valor de p < 0,05 foi considerado significativo. Quando apropriado, um valor de p < 0,1 é assinalado como uma tendência (quando os resultados do tratamento vão na direcção do controlo positivo). TCQp do fémur direito distai poroso: O teor mineral total do osso e a densidade eram menores, embora não significativo a nível estatístico, em animais Orx quando comparados com os animais com uma operação simulada. Tanto o tratamento com o Toremifene, como o tratamento com o 17-5-estradiol pareceram reduzir a área total do osso e aumentar a densidade mineral óssea. 0 teor mineral do osso poroso e a densidade em animais Orx foram 34 % inferiores aos dos animais com uma operação sham. O toremifene evitou parcialmente esta diminuição enquanto o 17-p-estradiol foi capaz de prevenir completamente esta perda dos ossos porosos. Nenhum dos parâmetros produziu diferenças significativas do ponto de vista estatístico do grupo Orx devido à pequena dimensão da amostra e às grandes variações nos resultados medidos. Os resultados estão resumidos no 34
Quadro 3: Resumo da TCQp do fémur direito distai poroso
Grupo de tratamento Teor total do osso Área total do osso Densidade total do Teor trabecular Área trabecular Densidade trabecular (mg/mm) (mm2) (mg/m3) (mg/mm) (mm2) (mg/cm3) Sham (n=6) 11,47 17,41 658,27 1,65 7,83 209,72 D.P.M. 0,89 0,97 32,81 0,43 0,44 52,17 p< 0, 05 n.s. n.s n. s n. s n. s n. s Cx (n - 5) Média 11, 07 17,38 639,50 108 7,82 138,38 D.P.M. 0,50 1,26 47,07 0,22 0,57 31, 88 p< 0,05 n.a n.a. na. n.a. n.a. n.a. Cx + Toremifene (n = 5) Média 10, 69 15, 96 669,74 1,13 7,18 157,56 D.P.M. 0,48 0, 67 21, 95 0,22 0,30 32,77 p< 0,05 n. s n.s n, s n. s n, s n.s Cx+EST(n =5) Média 11, 01 15, 95 690,74 1,52 7,17 210,28 D.P.M. 0,76 0,98 26, 68 0,50 0,44 62,69 p< 0.05 n.s n.s n. s n. s n. s n. s p<0,05 vs. TG2. n.s. - não significativo n.a. = não aplicável
Ensaio de compressão do fémur distai
Fez-se o ensaio da resistência mecânica do fémur distai, um sítio rico em osso poroso. A carga máxima, a dureza, a resistência final e o módulo elástico foram inferiores nos animais Orx quando comparados com os dos animais submetidos a uma cirurgia sham. O tratamento com Toremifene dos animais Orx melhorou vários parâmetros para um nível que foi melhor do que o dos animais submetidos a uma cirurgia sham. O tratamento com 17^-estradiol mostrou melhorias significativas sob o ponto de vista estatístico nestes valores dos parâmetros. A área da secção transversal diminuiu nos animais Orx tratados com toremifene e 17-β-estradiol como se podia esperar pelos dados da TCQp. Os resultados estão resumidos no Quadro 4. 35
Quadro 4: Resumo do ensaio de compressão do fémur direito distai
Grupo de tratamento Carga máxima Curesâ Energia Resistência ã rotura Módulo elástico Resistênci a A3I Altura (Ni (N/mm) ImJ) (Nlmm2) (MPa) (MJ/mm51 (mm*) Orlin) Sham (n = 6} 420,04 3400,22 43, 10 18, 95 481,38 0,62 22,32 3,13 D.P. 123,75 944,50 13, 09 5,86 152,38 0,18 1,64 0,14 p a 0,05 n.s. η. B . n.s. n.s. n.s. n.s. n.s. n.s. Cx (n = 5) 386,80 2538,96 49, 97 16,73 341,02 0,68 23,19 3,14 D.P. 70,43 887,56 18.45 3,33 109,52 0,23 128 0, 10 p e 0,05 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n. a. Cx+Toremiteneín-S) 467,01 3856,71 56, 96 22J3 579,07 0, 86 21,30 3,15 3.D. 125,89 1303,56 17,07 6,34 211,70 0, 30 1,43 0,15 p a 0,05 n.e. n.s. n.s. n.s . n.s. n.e. n.s. n.s. Cx + E5T (n * S) 613,61 4842,67 58,23 .3123 753,44 0, 98 19,75 3,06 D.P. 72,10 740,13 18,39 4,76 136,97 0,34 1,14 0.12 p a 0,05 n.s. n.s. n. s. p<0,05 como TG2. n.s, = não significativo n.a. = não aplicável
SUMÁRIO O modelo da privação de androgénio resultou em animais que tinham níveis crescentes do marcador de reabsorção do osso, C-telopéptido, assim como osteocalcina no soro. O tratamento com toremifene e com 17-B-estradiol reduziu significativamente os níveis destes marcadores no soro, no seguimento da castração. Além disso, a falta de androgénio resultou numa perda de 34 % do teor mineral dos ossos porosos e da densidade. Ê importante notar que a utilização de toremifene evitou parcialmente esta perda. Como previsto, o estrogénio foi muito eficaz na prevenção da perda dos ossos porosos devido à deficiência de androgénio. Adicionalmente, o ensaio de compressão do fémur distai mostrou melhorias nos grupos orquidectomizados tratados com toremifene, e melhorias significativas sob o ponto de vista estatístico com o tratamento com estrogénio. Estes valores estão parcialmente correlacionados com a densidade mineral óssea total do osso nesse sítio. Em conclusão, os dados aqui apresentados sugerem que o regulador selectivo do 36 receptor de estrogénio, toremifene, terã um efeito positivo para a melhoria dos ossos em homens que sofrem uma terapia de privação do androgénio para o cancro da próstata.
Será evidente para um especialista na matéria que a presente invenção não está limitada por aquilo que se demonstrou de uma forma particular e que se descreveu aqui antes.
Lisboa, 20 de Junho de 2008 37

Claims (19)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de Toremifene no fabrico de um medicamento caracterizado por se destinar ao tratamento, à prevenção, à supressão ou à inibição de: osteoporose induzida pela falta de androgénios; perda da densidade mineral óssea (DMO) induzida pela falta de androgénios; ou fracturas dos ossos, induzidas pela falta de androgénios; num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata, ou para a redução do risco do respectivo desenvolvimento .
  2. 2. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se destinar ao tratamento de osteoporose induzida pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  3. 3. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se destinar à prevenção de osteoporose' induzida pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  4. 4. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se destinar à supressão ou à inibição de osteoporose induzida pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  5. 5. Utilização de acordo com a reivindicação 1·, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se destinar à redução 1 do risco de desenvolvimento de osteoporose induzida pela falta de androgénios, num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  6. 6. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se- destinar ao tratamento de perda da densidade mineral óssea (DMO} induzida pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  7. 7. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se destinar à prevenção perda da densidade mineral óssea (DMO) induzida pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  8. 8. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se destinar à supressão ou à inibição de perda da densidade mineral óssea (DMO) induzida pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  9. 9. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo facto de o medicamento se destinar à redução do risco de desenvolvimento de perda da densidade mineral óssea (DMO) induzida pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  10. 10. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zada pelo facto de o medicamento se destinar ao tratamento de fracturas dos ossos induzidas pela falta de androgénios, num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata. 2
  11. 11. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zada pelo facto de o medicamento se destinar à prevenção de fracturas dos ossos induzidas pela falta de androgénios, num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  12. 12. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zada pelo facto de o medicamento se destinar à supressão ou à inibição de fracturas dos ossos induzidas pela falta de androgénios, num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  13. 13. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zada pelo facto de o medicamento se destinar à redução do risco de desenvolvimento de fracturas dos ossos induzidas pela falta de androgénios num indivíduo do sexo masculino com cancro da próstata.
  14. 14. Utilização de acordo com uma qualquer das reivindicações 1-13, caracterizada pelo facto de o medicamento ser uma composição farmacêutica compreendendo um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico.
  15. 15. Utilização de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo facto de a composição farmacêutica estar numa forma líquida para injecção intravenosa, intra-arterial ou intramuscular ao referido indivíduo.
  16. 16. Utilização de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo facto de a composição farmacêutica estar contida num pélete para implantação subcutânea num indivíduo. 3
  17. 17. Utilização de acordo com a reivindicação 14, caracteri-zada pelo facto de a composição farmacêutica estar numa forma líquida ou sólida para administração oral ao indivíduo.
  18. 18. Utilização de acordo com a reivindicação 14, caracteri-zada pelo facto de a composição farmacêutica se destinar a uma aplicação tópica na superfície da pele do indivíduo.
  19. 19. Utilização de acordo com a reivindicação 14, caracteri-zada pelo facto de a composição farmacêutica ser um pélete, um comprimido, uma cápsula, uma solução, uma suspensão, uma emulsão, um elixir, um gel, um creme, um supositório ou uma formulação parentérica. Lisboa, 20 de Junho 2008 i i 4
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