PT1438088E - Sistema de sacos medicinal para a criopreservação - Google Patents
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Description
1
DESCRIÇÃO "SISTEMA DE SACOS MEDICINAL PARA A CRIOPRESERVAÇÃO" A invenção refere-se a um sistema de sacos para a criopreservação de fluidos corporais, nomeadamente sangue, medula óssea ou sangue do cordão umbilical, em que as peças do sistema de sacos são esterilizadas e podem ser separadas umas das outras, e em que os liquidos, que possibilitam e/ou promovem uma criopreservação, se encontram no sistema de sacos e/ou podem ser introduzidos, depois de esterilizados, no sistema de sacos, como está definido na reivindicação 1. A invenção pode ser utilizada num processo para disponibilizar fluidos corporais, nomeadamente sangue, medula óssea ou sangue do cordão umbilical, para um armazenamento a longo prazo pela criopreservação num sistema de transporte e de armazenamento, que inclui pelo menos as seguintes fases: colocação do fluido corporal no sistema de transporte e de armazenamento, conceder ou adicionar liquidos que possibilitam e/ou promovem a criopreservação, assim como, transferência da mistura que consiste de liquidos, que possibilitam e/ou promovem a criopreservação, e do fluido corporal numa área para armazenar no sistema de transporte e armazenamento. A criopreservação de fluidos corporais, nomeadamente sangue, medula óssea ou sangue do cordão umbilical, adquiriu uma enorme importância a nivel económico, juntamente com o desenvolvimento constante da medicina humana. 0 sangue do cordão umbilical e a sua conservação por vários anos, a chamada preservação de longo prazo, são decisivos num eventual tratamento posterior da criança, jovem ou adulto com meios baseados nas substâncias 2 endógenas, como p. ex. no âmbito de um transplante. Este sangue precioso só está disponível à nascença da criança. Após a onfalotomia ainda existe sangue no cordão umbilical, que é desnecessário para os cuidados que a criança requer. Este sangue, normalmente uma quantidade de sangue com um volume aprox. entre 50 e lOOml, é, sempre que se pretender uma preservação de longo prazo, colhido e preparado para a criopreservação e, de seguida, é congelado por métodos conhecidos. As referidas pequenas quantidades do sangue colhido têm de ser convenientemente congeladas e armazenadas, de modo a poder-se analisar e utilizar as várias amostras, independentes e temporalmente afastadas (se necessário, em intervalos de vários anos) segundo os mais recentes métodos disponíveis. Devido ao desconhecimento actual dos métodos utilizados no futuro, é apresentada a criopreservação de todos os componentes do fluido corporal colhido. Hoje em dia, são utilizados sistemas separados para a preparação e congelação. Deste modo, a colheita do sangue do cordão umbilical é efectuada por um sistema, que é regularmente composto por uma ou várias cânulas de colheita, um ou dois recipientes com citrato, assim como, o verdadeiro colector de sangue, encontrando-se as referidas peças do sistema ligadas entre si, de modo a comunicarem, por tubos flexíveis. Um sistema destes é, por exemplo, conhecido da técnica actual em US 5.879.318 ou EP-A 542 221.
Depois do sangue ser preparado, segue-se a mudança do enchimento de um sistema para outro para fins da criopreservação, ou seja, de um recipiente esterilizado para um recipiente de congelação esterilizado, o que tem de acontecer em condições ambiente absolutamente descontaminadas. Garantir as condições ambiente absolutamente descontaminadas, que são obrigatórias relativamente à medicina humana, como por exemplo os 3 requisitos conforme GMP, requer normalmente um elevado custo de investimento, que nem sempre pode ser suportado nas maternidades ou hospitais, que efectuam a colheita, de modo esterilizado, de fluidos corporais e os prepara para a criopreservação.
Até agora, a preparação da criopreservação do sangue do cordão umbilical passa, em regra, pelos seguintes passos:
Colheita do sangue e colocação num saco de transporte. Adição de citrato, se já não tiver sido concedido, fecho do saco e transporte a temperatura ambiente num espaço descontaminado em aprox. 24 a 48 horas. Transferência do sangue e adição de um crioprotector do saco de transporte para um recipiente de congelação esterilizado sob condições ambiente descontaminadas, utilizando-se sempre, pelo menos, dois sistemas separados. A invenção tem por objectivo disponibilizar um sistema de sacos, que reduza os custos da preparação e concretização da criopreservação e permita um manuseamento fácil e seguro, cumprindo com as exigências relativas à esterilização na medicina humana. Além disso, a invenção pode ser utilizada num processo para disponibilizar fluidos corporais, nomeadamente sangue, medula óssea ou sangue do cordão umbilical num armazenamento de longo prazo, através da criopreservação, que utiliza um sistema de transporte de armazenamento do género. 0 objectivo da invenção é concretizado por um sistema de sacos conforme as caracteristicas da reivindicação 1.
Essencial na invenção é que sistema de sacos para a criopreservação de fluidos corporais, nomeadamente sangue, medula óssea ou sangue do cordão umbilical, em que as peças do sistema de sacos são esterilizadas e podem ser separadas umas das outras, e em que os líquidos, que possibilitam e/ou promovem uma criopreservação, se encontram no sistema 4 de sacos e/ou podem ser introduzidos, depois de esterilizados, no sistema de sacos, inclua pelo menos: - um dispositivo para a colheita directa do fluido corporal (1) do corpo vivo, - pelo menos uma área para misturar os liquidos com o fluido corporal e, pelo menos, uma área para armazenar a mistura que consiste de liquidos e do fluido corporal, nomeadamente um saco de mistura e um saco de congelação, em que este último possui uma ou duas câmaras de congelação; - tubos de ligação e várias válvulas para bloquear sempre um dos tubos de ligação, em que as peças do sistema de sacos ligadas entre si, de modo a comunicarem, através dos tubos de ligação, formam, antes de utilizar o sistema de sacos, um sistema fechado e esterilizado, e em que as áreas para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal, podem ser hermeticamente fechadas e separadas umas das outras, sendo que o sistema de sacos engloba um órgão de admissão (que é um filtro esterilizado) para líquidos, e estando o saco de mistura e o saco de congelação ligados entre si por dois tubos de ligação, formando-se um circuito fechado entre os dois sacos. 0 objectivo da invenção é obtido pelo facto das peças do sistema de sacos, que estão ligadas entre si, de modo a comunicarem, através dos tubos de ligação, formarem (antes da utilização do sistema de sacos) um sistema fechado e esterilizado, e pelo facto das áreas para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal, poderem ser hermeticamente fechadas e separadas umas das outras. 5 A invenção permite disponibilizar um sistema de sacos, que forme um chamado sistema fechado, pelo menos no momento da colocação do fluido corporal, principalmente directamente do corpo humano. Assim, garante-se uma esterilização máxima e há a possibilidade de separar progressivamente as peças do sistema de sacos do próprio sistema de sacos, nomeadamente as peças que, na verdade, já não são necessárias para a criopreservação. São separadas do sistema de sacos as peças, que já não são necessárias para manuseamento, como por exemplo o dispositivo para colher o fluido corporal depois da transferência do mesmo para uma área de mistura. No momento da congelação, o sistema fechado será apenas constituído por peças hermeticamente fechadas e separadas umas das outras, que já não estão ligadas entre si, de modo a comunicarem. Poupa-se, assim, nos custos de transporte e de armazenamento. A característica da invenção que faz com que as áreas para armazenar a mistura, que consiste de líquidos, que possibilitam e/ou promovem a criopreservação, e do fluido corporal transferido, sejam hermeticamente fechadas e possam ser separadas umas das outras, permite que a quantidade total da mistura referida seja separada em várias porções desejadas e separadas umas das outras no que diz respeito ao tamanho do seu volume. Estas porções separadas estão à disposição, principalmente depois da congelação e sem abrir todo o sistema de sacos, para análises bacteriológicas e serológicas e para vigiar o armazenamento prolongado. Todo o manuseamento em laboratório, por exemplo, a adição de um crioprotector através de um filtro esterilizado, pode ser efectuado em condições normais de higiene (por exemplo, espaço descontaminado classe D) ; não requer condições de espaço descontaminado. 6
Os materiais utilizados nas peças do sistema de sacos são escolhidos e adaptados, de modo conhecido, principalmente no que diz respeito à função da respectiva peça, ao tipo do(s) liquido(s) com os quais entra em contacto, ao tempo de reacção do liquido, ao tipo de esterilização e regime de temperatura, ou seja, principalmente à temperatura mínima e máxima durante o manuseamento e congelação. 0 foco é centrado em plásticos conhecidos, que cumprem as exigências previamente mencionadas e que estão autorizados a serem aplicados na medicina humana.
Os líquidos, que possibilitam e/ou promovem a criopreservação, são líquidos conhecidos no sentido da invenção. Na criopreservação de sangue, falamos p. ex. dos meios líquidos que impedem a coagulação do sangue, como dextrose de fosfato de citrato (CPD) para diluir o sangue, como soro, e crioprotectores, como DMSO.
As áreas para misturar os líquidos com o fluido corporal e/ou para armazenar são, no sentido da invenção, todos os conhecidos acumuladores de líquidos seláveis, como p. ex. recipientes e sacos da técnica medicinal e laboratorial, que são estanques aos líquidos na atmosfera.
Numa versão privilegiada em conformidade com a invenção, as áreas para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal, são constituídas de modo a formarem, pelo menos, duas câmaras de um saco. Duas câmaras permitem a separação de duas porções da mistura de líquido por armazenar, de modo a possibilitar uma prática e conveniente divisão relativamente à quantidade total do líquido. A utilização de um saco com paredes flexíveis é particularmente vantajosa, quando o processo é realizado manualmente por parteiras ou pessoal médico. A pressão manual exercida sobre as paredes flexíveis e a força da 7 gravidade resultam no transporte do líquido e do gás dentro do sistema de sacos e permitem uma mistura interior.
Numa outra versão privilegiada, uma área para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal, é um tubo de ligação, que possui preferencialmente vários segmentos, que podem ser hermeticamente fechados e separados entre si. Esta constituição permite facilmente, como por exemplo através do fecho hermético por soldadura do tubo de ligação flexível e transparente, que se encontra entre o saco de congelação e o saco de mistura ou entre o saco de congelação e o filtro esterilizado utilizado na ventilação, separar porções mais pequenas, que servem principalmente como amostras para o controlo da preservação a longo prazo. É vantajoso quando, pelo menos, a respectiva área para misturar os líquidos está equipada com um indicador do nível de enchimento. Este pode ser em forma de respectivas marcações aplicadas na parede transparente do saco, de modo a poder controlar, principalmente, a altura de enchimento mínima para o fluido corporal introduzido e a altura de enchimento nominal que deve ser alcançada depois de encher com o líquido de diluição.
No que diz respeito à preservação a longo prazo, é também vantajoso que as áreas separadas das outras peças e que servem para armazenar a mistura (que consiste de líquidos e do fluido corporal) sejam envolvidas por um invólucro 8. Este invólucro serve, principalmente, para a protecção mecânica e pode ainda assegurar um revestimento estanque ao gás e ao líquido. É particularmente vantajoso quando o sistema de sacos se destina a uma só utilização, principalmente no que diz respeito ao seu dimensionamento e selecção de material. Os chamados sistemas de uma via ou as suas peças apresentam uma série de conhecidas vantagens, em que o conhecimento da 8 utilização única, ou breve utilização, como p. ex. o dispositivo para colher o fluido corporal, possibilita uma produção económica da peça ou sistema. A menor quantidade de peças do sistema de sacos, torna-o menos dispendioso e facilita o manuseamento. Isto é, por exemplo, o caso quando se assegura que se possa iniciar a congelação em relativamente pouco tempo, ou seja, 10 a 20 minutos depois de colher o fluido corporal para dentro do sistema de sacos.
Em alternativa, privilegia-se a seguinte constituição do sistema de sacos em conformidade com a invenção, nomeadamente que a área para misturar os líquidos com o fluido corporal se encontre num saco de mistura 11, e que a área para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e fluido corporal, se encontre num saco de congelação 12, possuindo este saco uma ou duas câmaras de congelação 9. A utilização de vários sacos, nomeadamente um para misturar e um para armazenar, que podem ser compostos por vários materiais, permite melhorar o manuseamento e, consequentemente, aumentar a segurança funcional devido à exclusão de erros subjectivos de manipulação. Uma selecçâo concreta do material permite, por exemplo num sistema de sacos para o sangue do cordão umbilical, apresentar no saco de mistura CPD já associado à montagem de todo o sistema de sacos, de modo a prescindir de um enchimento esterilizado de CPD no sistema de sacos imediatamente antes da colheita do sangue do cordão umbilical na sala de partos. Além disso, basta assim proceder à congelação apenas no espaço de 20 horas depois de colher o sangue para dentro do sistema de sacos, sem que isso possa provocar danos significativos dos componentes sanguíneos, podendo fazer-se um armazenamento intermédio à temperatura ambiente até ao momento da congelação. A selecçâo do material para este saco de congelação 12 é primariamente determinada pela sua 9 resistência térmica em relação à verdadeira criopreservação (temperaturas até aprox. - 196°C); fica assim, normalmente, excluida uma esterilização por tratamento em autoclave.
Para a referida constituição do sistema de sacos com dois sacos para misturar e armazenar, o saco de mistura 11 e o saco de congelação 12 estão ligados entre si por dois tubos de ligação. 0 sangue e/ou o sangue do cordão umbilical tende, principalmente ao misturar com outros liquido, a espumar, isto é, o liquido ou a mistura de líquidos inclui bolhas de ar, formando-se assim uma mistura de líquido e ar. Com este tipo de disposição, ou seja, um circuito fechado entre os dois sacos, a mistura de ar e líquido dentro do sistema de sacos pode ser manipulada, de modo que na quantidade de líquido dentro da(s) área(s) para armazenamento não se encontre, ou encontre-se pouco, ar ocluso no líquido no momento da congelação. 0 processo pode, em alternativa, ser utilizado para os fluidos corporais humanos: sangue, medula óssea ou sangue do cordão umbilical. A aplicação do processo é, em princípio, também adequada a outros fluidos corporais de pessoas e animais. É particularmente vantajoso a nível económico, quando uma quantidade definida da mistura, que consiste de líquidos, que possibilitam e/ou promovem a criopreservação, e do fluido corporal, é transferida para uma área de armazenamento. A transferência e armazenamento de uma determinada quantidade de líquido, por exemplo 160 ml, possibilita uma congelação simples e económica com convencionais aparelhos para a criopreservação. Privilegia-se ainda que a mistura, que consiste de líquidos, que possibilitam e/ou promovem a criopreservação e do fluido corporal, seja transferida quase sem bolhas para uma área de armazenamento. A isenção de bolhas é um critério importante para a qualidade e, consequentemente, a 10 utilidade da mistura do liquido por armazenar. Isto requer, por exemplo, a disposição de um órgão de saida e/ou dos respectivos tubos de ligação, de modo a poder realizar-se uma manipulação manual até a mistura do liquido ficar quase sem bolhas.
Passamos a explicar em pormenor a invenção por meio de um exemplo de execução de um sistema de sacos para o sangue do cordão umbilical. Nomeadamente: A figura 1 mostra um sistema de sacos com um saco de mistura e congelação, A figura 2 mostra um sistema de sacos com um saco de mistura e congelação, que possui uma câmara de mistura e congelação e uma câmara de congelação, A figura 3 mostra um sistema de sacos com um saco de mistura e congelação, que possui uma câmara de mistura e congelação e um saco de soro, A figura 4 mostra um sistema de sacos com um saco de mistura e congelação, que possui sacos para um liquido, para evitar a coagulação do sangue, e um saco de soro, A figura 5 mostra um sistema de sacos, que possui um saco de congelação com duas câmaras e um saco de mistura, e dois tubos de ligação entre o saco de congelação e o saco de mistura, A figura 6 mostra um sistema de sacos, que possui um saco de congelação com duas câmaras e um saco de mistura, e um tubo de ligação entre o saco de congelação e o saco de mistura, A figura 7 mostra um sistema de sacos, que possui um saco de congelação com uma câmara, um saco de mistura e dois tubos de ligação entre o saco de congelação e o saco de mistura, 11 A figura 8 mostra um sistema de sacos com uma ampola de vidro e um saco de protecção e A figura 9 mostra peças de um sistema de sacos antes da congelação. (As figuras 1 a 4 e 6 não se enquadram na reivindicação 1). A figura 1 mostra um sistema de sacos com um saco de mistura e congelação 16, que está ligado, através de três tubos de ligação 3.1, 3.2 e 3.3, a um dispositivo para a colheita directa do sangue do cordão umbilical 1, um órgão de admissão 4 e um órgão de saida 5, de modo a comunicarem. A comunicação, isto é, principalmente o transporte do liquido e a troca de ar entre as peças previamente mencionadas do sistema de sacos, é estabelecida pela abertura e fecho das válvulas 2, que podem ser concebidas como habituais anéis de aperto. 0 transporte dos meios líquidos, eventualmente com ar ocluso, é efectuado no sistema de sacos sob a gravidade e a pressão manual exercida sobre as paredes flexíveis do saco. 0 órgão de admissão 4, que nesta versão é um filtro esterilizado, serve para a introdução esterilizada de líquidos, que permitem e/ou promovem uma criopreservação, ou seja, principalmente um líquido para evitar a coagulação do sangue (A), um líquido para diluir (B) e/ou um crioprotector líquido (C). Depois de introduzir o sangue do cordão umbilical e/ou os líquidos, que possibilitam e/ou promovem uma criopreservação, os tubos de ligação 3.1 e 3.2 compostos por um material em PVC suave, podem ser hermeticamente fechados e/ou separados por soldadura, por exemplo com um aparelho de soldar películas portátil. 0 saco de mistura e congelação flexível 16 é de igual modo composto, tal como os tubos de ligação 3, essencialmente 12 por um material sintético EVA, etilenovinilacetato, que resiste a temperaturas de pelo menos - 196°C e pode ser esterilizado através de uma conhecida radioesterilização (radiação gama). No saco de congelação transparente 16 preparado para um volume máximo de 180ml, encontra-se um indicador do nivel de enchimento 7, que indica os valores da quantidade minima (60ml) e o valor da quantidade nominal (160ml) de enchimento. No saco de mistura e congelação 16 existe um adaptador de colheita 13, que permite a colheita esterilizada da mistura de liquido armazenado. 0 tubo de ligação 3.3 está ligado a um órgão de saída 5, que é um filtro esterilizado e serve, principalmente, para a saída do ar do sistema de sacos. 0 tubo de ligação 3.3 fino, flexível e transparente é uma área para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal. Estes, por exemplo, cinco segmentos 6 com uma capacidade aprox. de lml, cada, que podem ser hermeticamente fechados e separados uns dos outros, não ilustrado na figura 1, podem ser fabricados através de soldadura, por exemplo com um aparelho de soldar de película portátil, a partir de uma peça do tubo de ligação 3.3. A união das peças anteriormente esterilizadas do sistema de sacos, que são compostas por peças e componentes habituais no mercado, num sistema fechado no sentido da invenção é efectuada sob condições ambiente descontaminadas. Na união podem utilizar-se na medicina humana, as autorizadas técnicas de soldar, colar e de juntar. 0 sistema de sacos apresentado na figura 2 mostra um saco de mistura e congelação 16 com uma câmara de mistura e congelação 9 e com uma câmara de congelação 10, que estão ligadas entre si, de modo a comunicarem. O saco de mistura e congelação 16 comunica, através de vários tubos de ligação 3, com um dispositivo para a colheita directa do sangue do cordão umbilical 1, um órgão de admissão 4 e dois 13 órgãos de saída 5. As duas câmaras separáveis uma da outra, nomeadamente a câmara de mistura e congelação 9 e a câmara de congelação 10 dispõem, cada uma, de um adaptador de colheita 13 e de um órgão de saída 5. A versão apresentada na figura 3 distingue-se da figura 1 pelo facto de dispor de um saco 14 com 21ml de CPD, de um líquido para evitar a coagulação o sangue (A) e de um saco 15 com lOOml de soro (NaCI), que estão ligados, por um tubo de ligação 3, ao sistema de sacos fechado. Os sacos 14 e 15 possuem uma válvula de quebra na direcçâo do tubo de ligação 3.
Na figura 4, o sistema de sacos possui um saco de mistura e congelação 16, que ao contrário da figura 3, contém duas câmaras, nomeadamente uma câmara de mistura e congelação 9 e uma câmara de congelação 10. A figura 5 apresenta um sistema de sacos com um saco de mistura 11, que está ligado, através de quatro tubos de ligação 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4, a um dispositivo para a colheita directa do sangue do cordão umbilical 1, um órgão de admissão 4, um saco de congelação 12 e um saco 15, de modo a comunicarem. A comunicação, isto é, principalmente o transporte do líquido e a troca de ar entre as peças previamente mencionadas do sistema de sacos, é estabelecida pela abertura e fecho das válvulas 2. Os meios líquidos, se necessário com ar ocluso, são misturados, deslocados e transportados no sistema de sacos, sob a força da gravidade e a pressão manual exercida sobre as paredes flexíveis do saco. 0 órgão de admissão 4, que nesta versão é um filtro esterilizado, serve para a introdução esterilizada de um crioprotector líquido C, como por exemplo UMSO. Depois de introduzir o sangue do cordão umbilical e /ou os líquidos, que possibilitam e/ou promovem uma criopreservação, os tubos de ligação 3.1 e 3.2 podem ser hermeticamente fechados e/ou separados por soldadura. O saco de mistura 11 14 pode ter CPD. 0 saco de mistura flexível 11 é de igual modo composto, tal como os tubos de ligação 3, essencialmente por um material sintético suave em PVC, que pode ser esterilizado por tratamento em autoclave, como já é bem conhecido. No saco de mistura transparente 11 preparado para um volume máximo de 180ml, encontra-se um indicador do nível de enchimento 7, que indica os valores da quantidade mínima (60ml) e o valor da quantidade nominal (160ml) de enchimento. No saco de congelação 12, que é essencialmente composto por um material sintético EVA e possui duas câmaras de congelação 10, existe em cada uma delas um adaptador de colheita 13, que permite a colheita esterilizada da mistura de líquidos armazenada. Os tubos de ligação 3.3 e 3.4 unem o saco de mistura 11 e o saco de congelação 12, um ao outro. Um dos tubos de ligação - fino, flexível e transparente 3.3 ou 3.4 - pode ser uma área para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal. Estes, por exemplo, cinco segmentos 6 com uma capacidade aprox. de lml, cada, que podem ser hermeticamente fechados e separados uns dos outros, não ilustrado na figura 5, podem ser fabricados através de soldadura, por exemplo com um aparelho de soldar de película portátil, a partir de uma peça do tubo de ligação 3.3 ou 3.4. Ambas as câmaras de congelação 10 estão ligadas uma à outra, de modo a comunicarem, através de um tubo de ligação 3.5. Depois do fecho hermético e separação dos tubos de ligação 3.3, 3.4 e 3.5 do saco de mistura 11 e saco de congelação 12, as duas câmaras de congelação 10 podem ser separadas uma da outra. A união das peças anteriormente esterilizadas do sistema de sacos, que são compostas por peças e componentes habituais no mercado, num sistema fechado no sentido da invenção é efectuada sob condições ambiente descontaminadas. Na união podem utilizar-se na medicina 15 humana, as autorizadas técnicas de soldar, colar e de juntar. A figura 6 mostra um sistema de sacos idêntico à figura 5, em que o saco de mistura 11 e o saco de congelação 12 estão ligados por um tubo de ligação 3.4. 0 tubo de ligação 3.3 que falta é substituído por um órgão de saída 5, que é um filtro esterilizado, que serve principalmente para ventilação. A figura 7 mostra o sistema de sacos de forma idêntica à figura 5, sendo que o saco de congelação possui apenas uma câmara de congelação 10. A figura 5 apresenta um sistema de sacos com um saco de mistura 11, que está ligado, através de quatro tubos de ligação 3.1, 3.2, 3,3 e 3.4, a um dispositivo para a colheita directa do sangue do cordão umbilical 1, a um saco de congelação 12 e dois sacos 15.1 e 15.2, de modo a comunicarem. A comunicação, isto é, principalmente o transporte do líquido e a troca de ar entre as peças previamente mencionadas do sistema de sacos, é estabelecida pela abertura e fecho das válvulas 2. Os meios líquidos, se necessário com ar ocluso, são transportados no sistema de sacos, sob a força da gravidade e a pressão manual exercida sobre as paredes flexíveis do saco. O órgão de admissão 4, que nesta versão é um mandril de incisão para um tampão de perfuração de uma ampola de vidro 18, serve para a introdução esterilizada de um crioprotector líquido C, como por exemplo lOml de DMSO. A ampola de vidro 18 encontra-se num saco de protecção 17 hermeticamente fechado, que está ligado ao saco 15.1 por um tubo de ligação 3.6. O saco 15.1 com uma capacidade aprox. de 20ml, contém uma quantidade aprox. de 1. Oml de soro. 0 saco 15.1, que está orientado para os tubos de ligação 3.2 e 3.6, está fechado por uma válvula de quebra. O saco 15.2, que está ligado pelo tubo de ligação 3.2, ao saco 15.1, assim como, ao saco de mistura 11 e que está fechado por uma válvula de quebra, 16 contém lOOml de soro. Depois de introduzir o sangue do cordão umbilical e /ou os líquidos, que possibilitam e/ou promovem uma criopreservação, os tubos de ligação 3.1 e 3.2 podem ser hermeticamente fechados e/ou separados por soldadura. 0 saco de mistura flexível 11 é de igual modo composto, tal como os tubos de ligação 3, essencialmente por um material sintético suave em PVC, que pode ser esterilizado por tratamento em autoclave, como já é bem conhecido. 0 saco de mistura transparente 11 está preparado para um volume máximo de 180ml. No saco de congelação 12, que é essencialmente composto por um material sintético EVA e possui duas câmaras de congelação 10, existe em cada uma delas um adaptador de colheita 13, que permite a colheita esterilizada da mistura de líquidos armazenada. Os tubos de ligação 3.3 e 3.4 unem o saco de mistura 11 e o saco de congelação 12, um ao outro. Um dos tubos de ligação - fino, flexível e transparente 3.3 ou 3.4 - pode ser uma área para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal. Estes, por exemplo, cinco segmentos 6 com uma capacidade aprox. de lml, cada, que podem ser hermeticamente fechados e separados uns dos outros, não ilustrado na figura 8, podem ser fabricados através de soldadura a partir de uma peça do tubo de ligação 3.3 ou 3.4. Ambas as câmaras de congelação 10 estão ligadas uma à outra, de modo a comunicarem, através de um tubo de ligação 3.5. Depois do fecho hermético e separação dos tubos de ligação 3.3, 3.4 e 3.5 do saco de mistura 11 e saco de congelação 12, as duas câmaras de congelação 10 podem ser separadas uma da outra. A figura 9 mostra as peças de um sistema de sacos antes da congelação. À separação das peças hermeticamente fechadas de um sistema de sacos, que se destina à criopreservação, nomeadamente uma ou duas câmaras do saco de congelação 12 ou do saco de mistura e congelação 16 e/ou 17 os segmentos 6 com uma mistura de líquidos D, composta por sangue do cordão umbilical e líquidos, que possibilitam e/ou promovem uma criopreservação, segue-se a introdução das referidas peças do sistema de sacos num invólucro 8. Este invólucro 8, que se destina particularmente à protecção contra danos mecânicos, é composto por uma película sintética resistente ao frio, que é selada estanque ao gás por soldadura.
Lista de símbolos de referência
Dispositivo para a colheita do fluido corporal (1) Válvulas (2)
Tubos de ligação (3) Órgão de admissão (4) Órgão de saída (5)
Segmentos (6)
Indicador do nível de enchimento (7)
Invólucro (8) Câmara de mistura e congelação (9) Câmara de congelação (1 0)
Saco de mistura (11)
Saco de congelação (12)
Adaptador de colheita (1 3)
Saco com A (14)
Saco com B (15)
Saco de mistura e congelação (16)
Saco de protecção (17)
Ampola de vidro (18) Líquido para evitar a coagulação do sangue (A) Líquido para diluir (B)
Crioprotector (C)
Mistura de líquidos (D) 18
DOCUMENTOS APRESENTADOS NA DESCRIÇÃO
Esta lista dos documentos apresentados pelo requerente foi exclusivamente recolhida para informação do leitor e não faz parte do documento europeu da patente. Foi elaborada com o máximo cuidado; o IEP não assume, porém, qualquer responsabilidade por eventuais erros ou omissões.
Documentos de patente apresentados na descrição
US 587931 8 A EP 542221 A
Lisboa, 24/02/2010
Claims (6)
1 REIVINDICAÇÕES 1. Sistema de sacos para a criopreservação de fluidos corporais, nomeadamente sangue, medula óssea ou sangue do cordão umbilical, em que as peças do sistema de sacos podem ser separadas umas das outras, de forma esterilizada e em que os liquidos, que possibilitam e/ou promovem a criopreservação, se encontram no sistema de sacos e podem ser esterilizadamente introduzidos no sistema de sacos, compreendendo pelo menos: - um dispositivo para a colheita directa do fluido corporal (1) do corpo vivo, - pelo menos uma área para misturar os liquidos com o fluido corporal e, pelo menos, uma área para armazenar a mistura, que consiste de liquidos e do fluido corporal, nomeadamente um saco de mistura (11) e um saco de congelação (12), possuindo este pelo menos uma ou duas câmaras de congelação; - tubos de ligação (3) e várias válvulas (2) para bloquear sempre um dos tubos de ligação (3), em que as peças do sistema de sacos, que estão ligadas entre si por tubos de ligação (3), de modo a comunicarem, formam, antes da utilização do sistema de sacos, um sistema fechado esterilizado e as áreas para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal, podem ser hermeticamente fechadas e separadas umas das outras, englobando o sistema de sacos um órgão de admissão (4) para líquidos, que é um filtro esterilizado, e em que o saco de mistura (11) e o saco de congelação (12) estão ligados entre si por dois tubos de ligação (3), formando-se um circuito fechado entre os dois sacos. 2
2. Sistema de sacos segundo a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de uma área para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal, ser um tubo de ligação (3) , que possui vários segmentos (6) , que podem ser hermeticamente fechados e separados entre si.
3. Sistema de sacos segundo a reivindicação 1 a 2, caracterizado pelo facto de, pelo menos, na respectiva área para misturar os líquidos, se encontrar um indicador do nível de enchimento (7).
4. Sistema de sacos segundo a reivindicação 1 a 3, caracterizado pelo facto de poderem ser armazenadas para a criopreservação apenas as áreas, que podem ser hermeticamente fechadas e separadas para efeitos de armazenamento da mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal.
5. Sistema de sacos segundo a reivindicação 1 a 4, caracterizado pelo facto das áreas separadas das outras peças do sistema, que servem para o armazenamento da mistura, que consiste de líquidos e do fluido corporal, serem envolvidas por um invólucro (8) à prova de ar.
6. Sistema de sacos segundo a reivindicação 1 a 5, caracterizado pelo facto da área para misturar os líquidos com o fluido corporal se encontrar num saco de mistura (11), e da área para armazenar a mistura, que consiste de líquidos e fluido corporal, se encontrar num saco de congelação (12), possuindo este saco uma ou duas câmaras de congelação (9). Lisboa, 24/02/2010
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