PT1196431E - Forma fundamentalmente cristalina de melagatrano - Google Patents

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PT1196431E
PT1196431E PT00946687T PT00946687T PT1196431E PT 1196431 E PT1196431 E PT 1196431E PT 00946687 T PT00946687 T PT 00946687T PT 00946687 T PT00946687 T PT 00946687T PT 1196431 E PT1196431 E PT 1196431E
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Lena Hedstroem
Sofia Ngrd
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Astrazeneca Ab
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Description

DESCRIÇÃO "FORMA FUNDAMENTALMENTE CRISTALINA DE MELAGATRANO"
Campo da Invenção
Esta invenção refere-se a novas formas de estado sólido de um fármaco, com composições farmacêuticas que as contêm e com processos para as obter.
Antecedentes da Invenção
Na formulação de composições farmacêuticas é importante que a substância farmacêutica esteja numa forma na qual ela possa ser convenientemente manuseada e processada. Isto é importante não só do ponto de vista da obtenção de um processo de fabrico comercialmente viável, mas também do ponto de vista do fabrico subsequente de formulações farmacêuticas contendo a substância activa.
Além disso, no fabrico de composições farmacêuticas, é importante que se obtenha um perfil de concentração fiável, reprodutível e constante de fármaco no plasma após administração a um doente. Isto é particularmente importante no fabrico de composições que contêm agentes antitrombóticos. A estabilidade química, a estabilidade no estado sólido e o tempo de duração das substâncias activas também são factores muito importantes. A substância do fármaco e as composições que 1 as contêm deveriam ser capazes de serem eficazmente armazenadas por periodos de tempo apreciáveis, sem apresentarem uma alteração significativa nas caracteristicas fisico-quimicas dos componentes activos (e. g. na sua composição química, densidade, higroscopicidade e solubilidade).
Além disso é também importante ser-se capaz de proporcionar o fármaco numa forma quimicamente tão pura quanto possível.
Os materiais amorfos podem apresentar problemas significativos a este respeito. Por exemplo, estes materiais são tipicamente difíceis de manusear e formular, têm uma solubilidade pouco fiável e são frequentemente instáveis e quimicamente impuros. 0 especialista compreenderá que os problemas acima podem ser resolvidos se um fármaco puder ser facilmente obtido numa forma cristalina estável.
Assim, no fabrico de composições farmacêuticas comercialmente viáveis e farmaceuticamente aceitáveis é importante, sempre que possível, fornecer o fármaco numa forma fundamentalmente cristalina e estável. É de notar, contudo, que este objectivo nem sempre é alcançável. Na realidade, tipicamente, não é possível prever qual será o comportamento de cristalização de um composto apenas a partir da sua estrutura molecular. Duma maneira geral, isto só pode ser determinado empiricamente. 2
Estado Anterior da Técnica 0 pedido de patente internacional WO 94/29336 descreve um conjunto de compostos, os quais são úteis como inibidores de serina-proteases, tais como trombina, incluindo o composto,
HO2C-CH2-(R) Cgl-(S)Aze-Pab-H em que Cgl representa ciclo-hexilglicina, Aze representa azetidina-2-carboxilato e Pab-H representa 4-aminometilamidinobenzeno. 0 composto é também conhecido como melagatrano (glicina, AT— [ (1-R) —2 — [ (2S) —2 — [ [ [ [4 — (aminoiminometil)fenil]metil]amino]carbonil]-1-azetidinil]-1-ciclo-hexil-2-oxoetil]-).
Um processo para a sintese deste composto é descrito no Exemplo 1 do documento WO 94/29336, onde ele é obtido como um produto em bruto por evaporação do solvente reaccional após um passo de desprotecção final. O composto é deste modo isolado numa forma amorfa.
No documento WO 94/29336 não é referido se é possível ou não proporcionar o melagatrano numa forma cristalina. Além do mais não é fornecida qualquer informação relativamente ao modo como este composto pode ser obtido numa tal forma e, mais particularmente, ao modo como ele pode ser obtido numa forma quimicamente estável e/ou estável no estado sólido. 3
Divulgação da Invenção
Foi constatado que o melagatrano pode ser facilmente obtido em uma ou mais formas que são de natureza fundamentalmente cristalinas e estáveis.
De acordo com a invenção são proporcionadas formas fundamentalmente cristalinas de melagatrano (doravante referidas como "os compostos da invenção").
Embora se tenha constatado que é possível produzir melagatrano em formas que são mais do que 80% cristalinas, em "fundamentalmente cristalina" incluiu-se mais do que 20%, de um modo preferido mais do que 30% e de um modo mais preferido mais do que 40% cristalina. O grau de cristalinidade (%) pode ser determinado pelo especialista utilizando difracção de raios X (XRPD). Também podem ser utilizadas outras técnicas, tais como RMN de estado sólido, FT-IR, espectroscopia Raman, calorimetria de varrimento diferencial (DSC) e microcalorimetria.
Os compostos da invenção podem estar na forma de um solvato, um hidrato ou um solvato/hidrato misto. Os solvatos podem ser de um ou mais solventes orgânicos, tais como álcoois de alquilo inferior (e. g. alquilo Ci-4) (e. g. metanol, etanol ou iso-propanol) ou misturas destes.
Foi constatado que os compostos da invenção têm uma estabilidade surpreendentemente melhorada quando comparada com o melagatrano preparado como descrito no documento WO 94/29336. É ainda proporcionada uma forma estável de melagatrano. 4 0 termo "estabilidade" como aqui definido inclui a estabilidade quimica e a estabilidade no estado sólido.
Por "estabilidade quimica", refere-se que o composto pode ser armazenado numa forma sólida isolada ou na forma de uma formulação sólida na qual ele pode ser proporcionado associado a veículos, diluentes ou adjuvantes farmaceuticamente aceitáveis, em condições de armazenagem normais, com um grau insignificante de degradação ou decomposição química.
Por "estabilidade no estado sólido", refere-se que o composto pode ser armazenado numa forma sólida isolada ou na forma de uma formulação sólida na qual ele pode ser proporcionado associado a veículos, diluentes ou adjuvantes farmaceuticamente aceitáveis, em condições de armazenagem normais, com um grau insignificante de transformação no estado sólido (e. g. cristalização, recristalização, transição de fase de estado sólido, hidratação, desidratação, solvatação ou dessolvatação).
Exemplos de "condições de armazenagem normais" incluem temperaturas entre menos 80 e mais 50 °C (de um modo preferido entre 0 e 40 °C e de um modo mais preferido à temperatura ambiente, tal como entre 15 e 30 °C), pressões entre 0,1 e 2 bar (de um modo preferido pressão atmosférica) e/ou exposição a 460 lux de radiação UV/visível por períodos de tempo prolongados (i. e. superiores ou iguais a seis meses). Sob tais condições, os compostos da invenção podem ter um grau de degradação/decomposição química ou transformação de estado sólido, consoante apropriado, menor do que 15%, de um modo mais preferido menor do que 10% e especialmente menor do que 5%. O especialista compreenderá que os limites superiores e inferiores 5 supramencionados para a temperatura e pressão representam extremos de condições de armazenagem normais, e que não serão sentidas determinadas combinações destes extremos durante a armazenagem normal (e. g. uma temperatura de 50 °C e uma pressão de 0,1 bar). O termo "condições de armazenagem normais" também podem incluir humidades relativas entre 5 e 95% (de um modo preferido 10 até 75%) . No entanto, no caso de determinadas formas cristalinas, de acordo com a invenção, podem ocorrer alterações na conformação ou estrutura cristalina por hidratação e/ou desidratação em consequência de uma exposição prolongada a determinados extremos de humidades relativas, a temperaturas/pressões normais. Por exemplo, foi constatado que as formas cristalinas de melagatrano que estão na forma de um hidrato (e. g. um mono-hidrato) podem ser armazenadas a uma humidade relativa de 10% ou acima da temperatura ambiente/pressão atmosférica com um grau insignificante de desidratação. No entanto, foi também constatado que as formas cristalinas de melagatrano que estão na forma anidra deveriam ser armazenadas a um teor inferior a 40% (de um modo preferido inferior a 30%, de um modo mais preferido inferior a 20%) de humidade relativa à temperatura ambiente/pressão atmosférica, para manter um grau insignificante de hidratação.
Assim, apesar dos compostos da invenção possuirem uma estabilidade no estado sólido superior às das formas de melagatrano descritas no estado anterior da técnica, alguns compostos da invenção são mais estáveis no estado sólido do que outros. A este respeito, o especialista compreenderá que as condições de armazenagem podem ser ajustadas à forma cristalina que está a ser armazenada. 6
Os compostos da invenção podem ser vantajosamente obtidos por cristalização de melagatrano.
De acordo com um aspecto adicional da invenção, é proporcionado um processo para a produção de um composto da invenção, o qual compreende a cristalização do melagatrano.
Embora o melagatrano possa ser cristalizado com ou sem a presença de um sistema solvente (e. g. a cristalização pode ser a partir de uma mistura fundida, em condições supercríticas ou conseguida por sublimação), é preferido que a cristalização seja a partir de um sistema solvente apropriado.
Foi constatado que se pode obter melagatrano cristalino via cristalização, vantajosamente, após dissolução e/ou suspensão do composto ou, mais vantajosamente, a partir das soluções reaccionais onde se formou o composto. 0 sistema solvente pode incluir um ou mais solventes orgânicos, tais como acetatos de alquilo (e. g. acetatos de alquilo Ci-6 linear ou ramificado, tais como acetato de etilo, acetato de iso-propilo e acetato de butilo), álcoois de alquilo Ci-6, de um modo preferido C2-4, lineares ou ramificados (e. g. etanol, iso-propanol), hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos (e. g. iso-octano, n-heptano e tolueno), dialquilcetonas (e. g. metiletilcetona e metil-iso-butilcetona), éteres de dialquilo (e. g. éter de di-íso-propilo) e acetonitrilo. Pode utilizar-se misturas de quaisquer dos solventes supramencionados. Os solventes orgânicos também podem ser misturados com água ou soluções aquosas. 7
Formas cristalinas diferentes podem ter solubilidades diferentes em solventes orgânicos diferentes a uma dada temperatura. A este respeito, os solventes supramencionados podem ser utilizados como "anti-solventes" (i. e. um solvente no qual os compostos da invenção são pouco solúveis) e podem, deste modo, ajudar o processo de cristalização. Os álcoois de alquilo Ci-6 linear ou ramificado são solventes preferidos. Quando são utilizados como solvente álcoois de alquilo Ci-6 linear ou ramificado pode utilizar-se outros solventes identificados acima como anti-solventes (especialmente acetonitrilo e acetato de etilo).
Quando a cristalização ocorre a partir de uma solução reaccional onde se formou o melagatrano, os solventes adequados incluem os álcoois de alquilo Ci-6 linear ou ramificado (e. g. metanol, etanol ou iso-propanol) os quais pode ser misturados com água. A cristalização de compostos da invenção a partir de um sistema solvente apropriado pode ser conseguida atingindo a sobressaturação num sistema solvente que contém melagatrano (e. g. por arrefecimento, por evaporação de solvente e/ou via a adição de um anti-solvente adequado). A cristalização também pode ser efectuada diminuindo a solubilidade da substância através da adição de um sal (tal como NaCl). 0 especialista compreenderá que a concentração em solução do composto que está a ser cristalizado e o sistema solvente que está a ser utilizado poderão influenciar a temperatura e o tempo de cristalização. 8
Os compostos da invenção podem estar na forma de um solvato, um hidrato ou um solvato/hidrato misto.
Os compostos da invenção também podem estar na forma de um anidrato. (0 termo "anidrato", quando utilizado neste contexto, também inclui compostos que são "não solvatos".) Para assegurar que é produzido o anidrato, o solvente a partir do qual ocorre a cristalização deveria ser anidro, quer antes ou durante o processo de cristalização, para reduzir o teor de água abaixo de um nivel critico, o qual não deveria, de um modo preferido, ser excedido durante a cristalização. 0 solvente pode ser seco durante o processo de cristalização, por exemplo diminuindo o teor de água de uma mistura do composto a ser cristalizado e de um sistema solvente apropriado constituído por solvente orgânico/aquoso (e. g. diminuindo a quantidade de solvente orgânico que está presente e/ou remoção de água por formação de um azeótropo, em destilações sucessivas) . 0 "nível crítico" de água depende de factores tais como temperatura, concentração em solução do composto a ser cristalizado, perfil de impurezas e o sistema solvente utilizado, e pode ser determinado sem actividade inventiva.
Deste modo, o anidrato pode ser produzido por cristalização a partir de um sistema solvente, incluindo um ou mais solventes orgânicos (tal como álcoois de alquilo Ci-6 linear ou ramificado (e. g. C2-6) (e. g. etanol, iso-propanol) , acetonitrilo e/ou acetato de etilo) e/ou água, sistema solvente esse que está, ou é tornado durante o processo de cristalização, substancialmente livre de água. Por "consideravelmente livre de água", nós menciona-se que o teor de água no sistema solvente está abaixo do que resultaria na formação, no máximo, de 20% de mono- 9 hidrato, para qualquer sistema solvente particular e conjunto de condições de cristalização.
Para garantir que é produzido o mono-hidrato tem de estar presente água no solvente a partir do qual ocorre a cristalização. O teor de água deveria estar, de um modo preferido, acima de um nivel critico durante a cristalização ("nível crítico" esse que dependerá dos factores mencionados acima no que se refere à produção do anidrato) . Assim, o mono-hidrato cristalino pode ser preparado cristalizando melagatrano a partir de um sistema solvente compreendendo água e/ou um ou mais solventes orgânicos, incluindo acetato de etilo, etanol, iso-propanol, metil-iso-butilcetona, metiletilcetona, acetonitrilo e misturas destes.
Para garantir que é produzido um solvato tem de estar presente um solvente orgânico apropriado, capaz de formar um solvato, como parte do sistema solvente a partir do qual ocorre a cristalização. Também podem ser preparados solvatos que estão na forma de solvato/hidrato misto. Por exemplo, nós constatamos que os solvatos de um álcool de alquilo Ci-6 (e. g. alquilo C1-4) linear ou ramificado (e. g. metanol, etanol e/ou iso- propanol)/hidratos mistos podem ser preparados cristalizando um composto da invenção a partir de uma mistura de álcoois de alquilo inferior (e. g. metanol, etanol e/ou iso-propanol), água e um anti-solvente (e. g. acetonitrilo), por exemplo como se descreve mais à frente.
De acordo com outro aspecto da invenção é proporcionado um composto da invenção que está na forma de um solvato, um composto da invenção que está na forma de um mono-hidrato, um composto da invenção que está na forma de um alcoolato de 10 alquilo Ci-6 (e. g. C1-4) linear ou ramificado/hidrato misto (e. g. um solvato de íso-propanol/hidrato), e um composto da invenção que está na forma de um anidrato.
Como poderá ser compreendido por um especialista, a forma cristalina que é obtida depende da cinética e da termodinâmica do processo de cristalização. Em determinadas condições termodinâmicas (sistema solvente, temperatura, pressão e concentração do composto da invenção), uma forma cristalina pode ser mais estável do que outra (ou, na realidade, do que qualquer outra). No entanto, outras formas cristalinas que podem ter, por comparação, uma estabilidade termodinâmica relativamente baixa, podem ser cineticamente favorecidas. Assim, adicionalmente, factores cinéticos, tais como o tempo, o perfil de impurezas, agitação, a presença de núcleos de cristalização, etc. também podem influenciar as formas que surgem. Deste modo, consoante apropriado, os procedimentos aqui discutidos podem ser adaptados pelo especialista para se obter formas cristalinas diferentes de melagatrano.
Para garantir que são preparadas formas cristalinas como aqui descritas na ausência de outras formas cristalinas aqui descritas, as cristalizações são, de um modo preferido, realizadas adicionando núcleos de cristalização da forma cristalina desejada na ausência total de núcleos de cristalização de outras formas cristalinas aqui descritas.
Os compostos da invenção que são anidratos contêm não mais do que 3%, de um modo preferido 1% e de um modo mais preferido 0,5% (p/p) de água, quer essa água esteja ligada (água de cristalização ou outra) ou não. Os solvatos, hidratos e hidratos/solvatos mistos contêm não menos do que 0,5 mol de 11 solvente e/ou água (consoante apropriado) por mol de melagatrano.
Os compostos preferidos da invenção são agueles gue estão na forma de um hidrato, tal como um mono-hidrato. De acordo com outro aspecto da invenção é proporcionado um composto da invenção gue contém, pelo menos, 0,5, de um modo preferido 0,85 e de um modo mais preferido 0,90 mol de água por mol de melagatrano, quer essa água esteja ligada (água de cristalização ou outra) ou não.
Foi também constado que os compostos da invenção numa forma cristalina podem ser convertidos noutras formas cristalinas. Por exemplo, o mono-hidrato cristalino também pode ser formado por elutriação de outras formas cristalinas (e. g. anidratos e/ou outros solvatos) em água ou numa mistura de uma quantidade suficiente de água e um ou vários solventes orgânicos (tais como etanol, iso-propanol, acetato de etilo, acetonitrilo ou metil-iso-butilcetona) . De um modo preferido, a pasta obtida pode ser fortificada com cristais do mono-hidrato cristalino para garantir que ocorre a transformação apropriada.
Além disso, a temperatura de secagem e o tempo de secagem podem afectar as propriedades do estado sólido e/ou a forma do estado sólido dos compostos da invenção (e. g. solvatos, hidratos ou misturas destes). Por exemplo, no caso de hidratos, pode ocorrer desidratação a humidades baixas e/ou temperaturas elevadas e/ou pressão reduzida. Por exemplo, após a formação do mono-hidrato cristalino, existe um nivel de humidade critico abaixo do qual a secagem pode ser realizada e que pode resultar na perda de água do cristal e originar uma transformação de estado sólido em anidrato. De modo inverso, os anidratos podem 12 ser convertidos (completa ou parcialmente) em mono-hidratos em casos em que eles estejam sujeitos a uma atmosfera com uma humidade relativa suficientemente elevada.
Por conseguinte, de acordo com outro aspecto da invenção, é proporcionado um processo para a conversão de uma forma cristalina de um composto da invenção numa outra, o qual compreende recristalizar um composto da invenção a partir de um sistema solvente apropriado e/ou, no caso de interconversão de anidrato e mono-hidrato, submeter o anidrato ou mono-hidrato cristalino (consoante apropriado) a uma atmosfera com um nivel de humidade relativa apropriado. A preparação e caracterização inter alia das formas anidrato, mono-hidrato e solvato/hidrato dos compostos da invenção são descritas a seguir. Formas cristalinas diferentes dos compostos da invenção (e. g. o anidrato e o mono-hidrato) podem ser facilmente caracterizadas utilizando métodos de difracção de raios X (XRPD), por exemplo, como se descreve a seguir.
Os compostos da invenção podem ser isolados utilizando técnicas que são bem conhecidas dos especialistas na matéria, por exemplo por decantação, filtração ou centrifugação.
Foi constatado que, utilizando o processo de cristalização como aqui descrito, é possivel produzir compostos da invenção com uma pureza quimica que é superior à do melagatrano que está para ser isolado pela primeira vez. A purificação adicional dos compostos da invenção pode ser efectuada utilizando técnicas que são bem conhecidas dos 13 especialistas na matéria. Por exemplo, as impurezas podem ser eliminadas por recristalização a partir de um sistema solvente apropriado (e. g. álcool de alquilo Ci-6 linear ou ramificado, tal como etanol ou iso-propanol) , o qual pode incluir um anti-solvente (e. g. iso-octano, acetonitrilo, acetato de etilo, metiletilcetona) , água ou uma combinação destes solventes. As temperaturas e tempos adequados para a recristalização dependem da concentração em solução do composto a ser cristalizado e do sistema solvente que é utilizado.
Quando os compostos da invenção são cristalizados, ou recristalizados, como aqui se descreve, o composto resultante está numa forma que tem as estabilidades quimica e de estado sólido melhoradas mencionadas acima.
Preparações Farmacêuticas e Utilização Médica
De acordo com a invenção, os compostos da invenção podem ser administrados por via oral, intravenosa, subcutânea, bucal, rectal, dérmica, nasal, traqueal, brônquica, por qualquer outra via parentérica, ou via inalação, na forma de uma preparação farmacêutica compreendendo o composto da invenção numa forma de dosagem farmaceuticamente aceitável. No entanto, prefere-se que o composto da invenção esteja numa forma que seja adequada para administração oral ou parentérica, tal como subcutânea.
Dependendo do distúrbio, e do doente a ser tratado, assim como da via de administração, os compostos podem ser administrados em doses variáveis. 14
De acordo com outro aspecto da invenção é proporcionada uma formulação farmacêutica contendo um composto da invenção misturado com um adjuvante, diluente ou veiculo farmaceuticamente aceitável. As formulações adequadas incluem as descritas nos pedidos de patente internacional WO 94/29336, WO 96/14084, WO 96/16671, WO 97/39770, WO 97/45138, WO 98/16252 e WO 00/12043.
Os compostos da invenção podem ser adicionalmente processados antes de serem misturados com um veiculo, diluente ou adjuvante adequado. Por exemplo, a forma cristalina pode ser morda ou triturada em particulas mais pequenas. É preferido que as formulações que contêm compostos da invenção estejam numa forma que seja adequada para administração parentérica (e. g. subcutânea). A este respeito, os compostos da invenção podem ser misturados com um veiculo à base de solvente aquoso (ver, por exemplo, pedido de patente internacional WO 00/12043) de forma a proporcionar uma formulação farmacêutica que está na forma de um liquido e/ou numa solução. A quantidade de composto da invenção que é utilizada numa tal formulação dependerá do estado e do doente a ser tratado, assim como do(s) composto(s) que é/são utilizado(s) , e pode ser determinada sem actividade inventiva.
Os compostos da invenção são úteis porque eles possuem actividade farmacológica. Por esse motivo, eles são indicados como fármacos.
Em particular, os compostos da invenção são inibidores potentes da trombina, por exemplo como se demonstrou nos ensaios 15
descritos no documento WO 94/29336. Espera-se que os compostos da invenção sejam úteis no tratamento de estados onde seja necessária ou desejada a inibição da trombina, incluindo os descritos, por exemplo, nos documentos WO 94/29336 e WO 97/23499, cujas divulgações são aqui incorporadas por referência.
As doses adequadas do composto da invenção no tratamento terapêutico e/ou profiláctico de doentes mamíferos, especialmente seres humanos, estão na gama de 0,4 até 40 mg por dia, e/ou 0,0002 até 4 mg/kg (de um modo preferido 0,002 até 1 mg/kg) de peso corporal, na administração parentérica, e 2 até 1000 mg por dia, e/ou 0,001 até 100 mg/kg (de um modo preferido 0,01 até 25 mg/kg) de peso corporal, na administração oral.
De acordo com outro aspecto da invenção é proporcionada uma utilização de um composto da invenção no fabrico de um medicamento para o tratamento de uma patologia onde é necessária ou desejada a inibição da trombina.
Para evitar dúvidas, em "tratamento" é incluido o tratamento terapêutico, assim como a profilaxia, de um estado.
Os compostos da invenção têm a vantagem de estar numa forma que proporciona uma maior facilidade de manuseamento. Além disso, os compostos da invenção têm a vantagem de poderem ser produzidos em formas que têm melhores estabilidades quimica e de estado sólido. Assim, os compostos podem ser estáveis quando armazenados por periodos prolongados de tempo.
Os compostos da invenção também podem ter a vantagem de poderem ser preparados com rendimentos bons, numa pureza mais 16 elevada, em menos tempo, mais convenientemente e a um custo menor do que as formas de melagatrano anteriormente preparadas. A invenção é ilustrada, mas de forma alguma limitada, pelos exemplos seguintes, em relação às figuras apensas nas quais: A Figura 1 mostra um drifractograma de raios X para a forma cristalina de melagatrano anidro obtido através do Exemplo 2 . A Figura 2 mostra um drifractograma de raios X para a forma cristalina de melagatrano mono-hidratado obtido através do Exemplo 4. A Figura 3 mostra um drifractograma de raios X para a forma cristalina de melagatrano anidro obtido através do Exemplo 6. A Figura 4 mostra um drifractograma de raios X para a forma cristalina de melagatrano iso-propanolato/hidrato obtido através do Exemplo 10.
Procedimentos Gerais A análise por difracção de raios X (XRPD) foi realizada em amostras preparadas segundo métodos correntes, por exemplo, os descritos em Giacovazzo, C. et al. (1995), Fundamentais of Crystallography, Oxford University Press; Jenkins, R. e Snyder, R. L. (1996), Introduction to X-Ray Powder Diffractometry, John Wiley & Sons, New York; Bunn, C. W. (1948), Chemical 17
Crystallography, Clarendon Press, London; ou Klug, Η. P. & Alexander, L. E. (1974), X-ray Diffraction Procedures, John Wiley e Sons, New York. As análises por raios X foram realizadas utilizando um difractómetro Siemens D5000 e/ou um Philips X'Pert MPD. A calorimetria de varrimento diferencial (DSC) foi realizada utilizando um instrumento Mettler DSC820, segundo métodos correntes, por exemplo, os descritos em Hohne, G. W. H. et al. (1996), Differential Scanning Calorimetry, Springer, Berlin. A análise termogravimétrica (TGA) foi realizada utilizando um instrumento Mettler Toledo TGA850.
As formas preparadas de acordo com os Exemplos abaixo apresentaram "essencialmente" os mesmos padrões de difracção de XRPD e/ou termogramas de DSC que outros Exemplos descritos abaixo, quando era evidente dos padrões/termogramas relevantes (dando margem ao erro experimental) que se tinha formado a mesma forma cristalina. Assim, os limites do erro experimental para as temperaturas de início do DSC podem estar na gama de ±5 °C (e. g. ±2 °C) e para os valores de distâncias de XRPD podem estar na gama de ±2 na última casa decimal. 18 Síntese de Melagatrano Mono-hidratado
Exemplo 1 (a) Boc-(R)Cgl-(S)Aze-Pab-Z
Dissolveu-se DMAP (3,0 eq.) e Boc-(R)Cgl-(S)Aze-OH (1,0 eq.) em acetato de etilo: acetonitrilo (80:20 v/v) a um volume de 18 L/kg de Boc- (R) Cgl- (S) Aze-OH a 20 °C. Transferiu-se Pab-Z x HC1 (1,15 eq.) para a solução resultante. Adicionou-se EDAC x HC1 (1,4 eq.) e agitou-se a suspensão espessa a 25 °C durante cerca de 3 horas. Retirou-se uma amostra para controlo do processo. Processou-se a solução reaccional quando foi determinado que tinha ocorrido 95% de conversão. Filtrou-se então a suspensão espessa e lavou-se o bolo de filtração com acetato de etilo:acetonitrilo (80:20 v/v). Adicionou-se solução aquosa de cloreto de sódio (10% p/p) e ajustou-se o pH até 4,0 com solução de ácido clorídrico (4 M). Agitou-se vigorosamente a solução durante, pelo menos, 15 minutos.
Separou-se a fase aquosa e extraiu-se a fase orgânica com solução aquosa de cloreto de sódio (20% p/p). Agitou-se vigorosamente a solução durante, pelo menos, 15 minutos.
Separou-se a fase aquosa e extraiu-se a fase orgânica com solução aquosa de cloreto de sódio (10% p/p) . Ajustou-se o pH até 8,0 com solução aquosa de carbonato de potássio (25% p/p). Agitou-se vigorosamente a solução durante, pelo menos, 15 minutos. Separou-se a fase aquosa. Evaporou-se o acetato de etilo e o acetonitrilo sob vácuo (ca. 15 kPa) a uma temperatura de ca. de 40 °C, até o volume no reactor ser aproximadamente de 8 L/kg de material de partida. 19
Adicionou-se mais acetato de etilo (13 L/kg de material de partida) durante o processo de evaporação. Retirou-se uma amostra para análise do teor de água. Adicionou-se em seguida álcool etilico (10% v/v do volume total). Utilizou-se directamente a solução no passo seguinte.
(b) H-(R)Cgl-(S)Aze-Pab-Z (i) Arrefeceu-se a solução do passo (a) até 10 0 C. Adicionou-se ácido metanossulfónico (7 eq. por eq. de Boc-(R)Cgl-(S)Aze- Z) , mantendo a temperatura inferior a 20 °C. Ajustou-se a temperatura até 22 °C e agitou-se (4 horas) a solução reaccional até ter ocorrido, pelo menos, 95% de conversão (como se determinou por HPLC). Arrefeceu-se a solução reaccional até 10 °C e extraiu-se com uma solução aquosa de carbonato de potássio a 25% (p/p) arrefecida (10 °C) (8 eq. de K2CO3) durante, pelo menos, 15 minutos. Ajustou-se a temperatura até 20 °C e separou-se a fase aquosa. Lavou-se a fase orgânica com uma mistura de solução aquosa de cloreto de sódio (10% p/p) e carbonato de potássio (1 eq. de K2C03) durante, pelo menos, 15 minutos. Separou-se a fase aquosa. Utilizou-se a solução do composto do subtítulo directamente no passo seguinte. (ii) O composto do subtítulo foi preparado utilizando essencialmente o mesmo processo que o descrito no passo (b) (i) acima, excepto que a temperatura foi ajustada até 25 °C e a reacção agitada durante 5 horas, após a adição de ácido metanossulfónico. 20
(c) Bzl-OC(O)-CH2~(R)Cql-(S)Aze~Pab~Z (i) A uma solução reaccional do passo (b) (i) acima, adicionou- se mais acetato de etilo, água e carbonato de potássio (3, 0 eq. por eq. de H- (R)Cgl- (S)Aze-Pab-Z) e agitou-se a mistura reaccional até se ter dissolvido o carbonato de potássio. Adicionou-se bromoacetato de benzilo (1,2 eq. por eq. de H- (R) Cgl- (5) Aze-Pab-Z) e aumentou-se a temperatura do reactor até 40 °C. Manteve-se a temperatura durante cerca de 20 horas. Retirou-se uma amostra para análise por HPLC. Quando se atingiu 95% de conversão, diminuiu- -se a temperatura até 20 °C e deixou-se que a mistura reaccional repousasse durante, pelo menos, 20 minutos. Separou-se a fase aquosa e arrefeceu-se a solução até 10 °C. Adicionou-se solução aquosa de cloreto de sódio (4% p/p) e ajustou-se o pH até 4,0 com solução de ácido clorídrico 4 M. Misturou-se vigorosamente o sistema de duas fases durante, pelo menos, 15 minutos e deixou-se que separasse durante, pelo menos, 20 minutos. Separou-se a fase aquosa. Adicionou-se solução de cloreto de sódio (4% p/p) e ajustou-se o pH até 4,0 com solução de ácido clorídrico 4 M. Misturou-se vigorosamente a solução durante, pelo menos, 15 minutos e deixou-se que separasse durante, pelo menos, 20 minutos. Separou-se a fase aquosa. Adicionou-se água à solução resultante, a qual foi arrefecida até 10 °C. Ajustou-se o pH até 2,5 com solução de ácido clorídrico 4 M. Agitou-se vigorosamente o sistema de duas fases durante, pelo menos, 15 minutos e deixou-se que separasse durante, pelo menos, 20 minutos. Separou-se a fase aquosa e transferiu-se lentamente para uma mistura de carbonato de potássio em acetato de etilo. Ajustou-se o pH até 7,0 com solução aquosa de carbonato de potássio a 25% 21 (p/p) e misturou-se vigorosamente a mistura reaccional durante, pelo menos, 15 minutos a 20 °C e deixou-se que separasse durante, pelo menos, 20 minutos. Separou-se a fase aquosa. Evaporou-se o acetato de etilo sob vácuo (ca. 10 kPa) a uma temperatura máxima de 4 0 °C até o volume no recipiente reaccional ser de cerca de 8,5 L/kg de Boc-(R)Cgl-(S)Aze-OH). Adicionou-se mais acetato de etilo (5 L/kg de Boc-(R)Cgl-(S)Aze-OH) e evaporou-se novamente sob pressão reduzida até o volume no recipiente reaccional ser cerca de 8,5 L/kg . Retirou-se uma amostra para análise do teor de água. Se o teor de água fosse inferior a 0,5% (p/v), adicionava-se água para dar um teor total de água de 0,5-2,0% (p/v). Ajustou-se a temperatura até 45 °C, adicionou-se à solução reaccional 2% (p/p) de núcleos de cristalização do composto do subtítulo e agitou-se vigorosamente a suspensão espessa durante 10 horas, arrefeceu-se em seguida até 30 °C ao longo de 3 horas e agitou-se subsequentemente durante pelo menos 3 horas. Adicionou-se tolueno (5 L/kg do composto do subtítulo) e agitou-se a suspensão espessa durante, pelo menos, 15 minutos. Evaporou-se o acetato de etilo e o tolueno sob pressão reduzida (ca. 10 kPa) até o volume ser o mesmo antes da adição de tolueno. Adicionou-se tolueno (5 L/kg do composto do subtítulo) e agitou-se a suspensão espessa durante, pelo menos, 30 minutos. Evaporou-se novamente o acetato de etilo e o tolueno sob pressão reduzida até o volume ser o mesmo antes da adição de tolueno. Adicionou-se em seguida tolueno até um volume total de cerca de 11 L/kg do composto do subtítulo. Agitou-se cuidadosamente a suspensão espessa durante, pelo menos, 3 horas a 20 °C. Filtrou-se os cristais e lavou-se com tolueno e secou-se sob vácuo (< 150 mbar) a aproximadamente 40 °C. 22 (ii) 0 composto do subtítulo foi preparado utilizando essencialmente o mesmo processo que o descrito no passo (c)(i) acima, excepto que: (1) antes da diminuição da temperatura até 20 °C após a adição de bromoacetato de benzilo ocorreu 96% de conversão; e (2) foi realizada uma terceira extracção a pH 4. (d) Melagatrano Mono-hidratado (i) Transferiu-se etanol para um reactor a 20 °C. Adicionou-se Pd/C (10% p/p de Bzl-OC(O)-CH2-(R) Cgl-(5)Aze-Pab-Z) purificado em água. (A quantidade total de água foi de 6% v/v do solvente total.) Adicionou-se Bzl-OC (O)-CH2- (A) Cgl-(S)Aze-Pab-Z (do passo (c) (i) acima; 8% p/v do solvente total) e aumentou-se a temperatura até 25 °C. Aplicou-se 3,5 bar de pressão de H2 à mistura reaccional, a qual foi vigorosamente agitada durante 5 h. Quando a reacção estava concluída (como determinado por HPLC), ajustou-se a temperatura até 20 °C e tratou-se a suspensão espessa reaccional com carvão activado (10% p/p de material de partida) purificado em água (0,5 L/kg de material de partida) ao longo de 0,5 h. Filtrou-se o catalisador e o carvão e lavou-se o bolo de filtração com etanol (5 L/kg de melagatrano anidro). Evaporou-se então o etanol a pressão reduzida até um volume de 4 L/kg de melagatrano anidro. Adicionou-se iso-propanol (14 L/kg de melagatrano anidro) e evaporou-se novamente a solução a pressão reduzida (a uma 23 temperatura entre 20 e 30 °C) a um volume de cerca de 7 L/kg de melagatrano anidro. Filtrou-se a solução e lavou-se com iso-propanol (7 L/kg de melagatrano anidro). Evaporou-se o etanol/iso-propanol a pressão reduzida (a uma temperatura entre 20 e 30 °C) a um volume de cerca de 4,4 L/kg de melagatrano anidro. Analisou-se o teor de água e ajustou-se até 0,6-0,7 L/kg de melagatrano anidro. Aqueceu-se a solução até 45 °C e adicionou-se acetonitrilo (6,0 L/kg de melagatrano anidro) ao longo de 20 minutos, após o que se iniciou a cristalização através da adição de um pouco de composto (obtido analogamente ao método descrito no Exemplo 4 abaixo; 2% p/p de produto). Agitou-se a mistura durante cerca de 15 h. Transferiu-se acetonitrilo (6,5 L/kg de melagatrano anidro) para o recipiente. Agitou-se a suspensão espessa a 40 °C durante 3 h, arrefeceu-se em seguida até 20 °C ao longo de 1 h e finalmente agitou-se a 20 °C durante, pelo menos, 1 h. Isolou-se os cristais por filtração e lavou-se com acetonitrilo:iso-propanol (9:1 (v/v), 3,5 L/kg do composto em epígrafe), acetonitrilo (2 L/kg do composto em epígrafe) e finalmente acetato de etilo (3 L/kg do composto em epígrafe) . Secou-se os cristais a 40 °C e 150-200 mbar. (ii) O composto em epígrafe foi preparado utilizando fundamentalmente o mesmo que o descrito no processo do passo (d)(i) acima, excepto que: (1) a quantidade de catalisador inicialmente utilizada foi de 12% p/p do material de partida; (2) a quantidade total de água na reacção foi de 7% p/v do solvente total; 24 (3) não foi realizada a filtração após a segunda evaporação; (4) não foi realizado o controlo do processo para o teor de água após as evaporações (adicionou-se água (0,6 L/kg) , em vez de se efectuar o ajuste a 0,6 até 0,7 L/kg); (5) a quantidade dos solventes de lavagem foram: (I) acetonitrilo:iso-propanol - 3 L/kg de melagatrano anidro; (II) acetonitrilo - 3 L/kg de melagatrano anidro; e (III) acetato de etilo - 5 L/kg de melagatrano anidro; (6) a temperatura de secagem foi de 45 °C; e (7) o limite inferior para a pressão durante a secagem foi de 100 mbar.
Os cristais foram analisados por XRPD, TGA, GC, DSC e titulação de Karl-Fischer. Eles exibiram essencialmente o mesmo padrão de XRPD e termograma de DSC que os apresentados pela forma obtida segundo o Exemplo 4 abaixo. 25
Cristalização de Melagatrano Anidro
Exemplo 2
Concentrou-se uma solução reaccional (etanol:água) que contém aproximadamente 64,8 g de melagatrano, preparado analogamente ao método descrito no Exemplo 1 acima (excluindo o último passo de cristalização), num balão de fundo redondo, por evaporação a pressão reduzida até restar 149 g de solução. Transferiu-se então 200 mL de etanol absoluto para o recipiente e concentrou-se novamente a solução até restar 89,5 g. Formou-se um precipitado branco. Transferiu-se então mais 250 mL de etanol absoluto para o recipiente e agitou-se a suspensão espessa a 30 até 35 °C até se dissolver todo o soluto. Concentrou-se novamente a solução até restar 78,9 g de solução. Adicionou-se mais 550 mL de etanol absoluto e agitou-se a suspensão a 38 °C até se dissolver tudo. O teor de água era de 0,5% (p/p) como determinado por titulação de Karl-Fischer. Filtrou-se a solução e lavou-se o filtro com 200 mL de etanol absoluto. Aqueceu-se a solução até 30 °C sob uma atmosfera de N2 e transferiu-se acetonitrilo para o recipiente em porções até a solução ficar opaca (transferiu-se um total de 1380 mL de acetonitrilo) . À solução adicionou-se núcleos de cristalização utilizando cristais do produto em epígrafe. Agitou-se a suspensão dum dia para o outro e arrefeceu-se até à temperatura ambiente. Lavou-se os cristais sob pressão reduzida com 350 mL de uma mistura de etanol e acetonitrilo (1:5 (v/v)) e depois com acetonitrilo (300 mL). Secou-se então os cristais a 40 °C (0,1 mbar). Após 4 horas de secagem moeu-se as partículas. Prosseguiu-se então a secagem nas mesmas condições que as anteriores durante mais 20 horas. 26
Os cristais foram analisador por XRPD, GC e titulação de Karl-Fischer. O resultado de XRPD está disposto no quadro abaixo (Quadro 1) e é mostrado na Figura 1. A titulação de Karl-Fischer mostrou 1,1% (p/p) de água.
Quadro 1 valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) 15, 9 100 6, 0 5 4,08 10 15, 1 30 5,8 5 3,97 10 10, 9 55 5,5 5 3,82 5 8,9 5 5,3 20 3,76 5 8,4 5 5,0 15 3,66 5 8,0 20 4,87 30 3,44 5 7,0 10 4,81 25 3,32 5 6, 8 10 4,71 10 3,20 5 6, 4 10 4,61 15 6,2 5 4,45 5
Exemplo 3
Transferiu-se 85 mL de uma solução reaccional (etanol) que contém melagatrano, preparado analogamente ao processo descrito no Exemplo 1 acima (excluindo o último passo de cristalização) para um balão de fundo redondo de 500 mL. Concentrou-se a solução por destilação (pressão: 50 mbar; temperatura do banho: 70 °C) até restar 15,3 g de solução. Adicionou-se 63 mL de iso-propanol e concentrou-se novamente a solução como acima até restar 14,8 g. Retirou-se uma amostra e o teor de água era de 27 0,93% (v/v) como determinado por titulação de Karl-Fischer.
Adicionou-se mais 1,16 mL de água purificada à solução para melhorar a filtração. Colocou-se o balão de fundo redondo num banho de óleo, mantido a 40 °C e agitou-se a solução utilizando um rotor. Adicionou-se lentamente 30 mL de acetonitrilo à solução mantida sob agitação. Adicionou-se 80 mg de núcleos de cristalização do composto em epigrafe à solução, a qual começou a cristalizar. Agitou-se a suspensão durante mais 14 horas a 40 °C e adicionou-se em seguida 23 mL de acetonitrilo. Prosseguiu-se a agitação a 40 °C durante 3 horas, retirou-se em seguida o banho de óleo e agitou-se a suspensão à temperatura ambiente durante 2 horas. Filtrou-se os cristais sob vácuo, lavou-se com uma mistura de iso-propanol e acetonitrilo, depois com acetonitrilo puro, e secou-se em seguida a 40 °C sob pressão reduzida. O rendimento (com base na quantidade que ficou nas águas-mães) foi de 84%.
Os cristais foram analisados por XRPD, GC e titulação de Karl-Fischer. Eles apresentaram fundamentalmente o mesmo padrão de XRPD que o apresentado pela forma obtida segundo o Exemplo 2 acima.
Conversão de Melagatrano Anidro Cristalino em Melagatrano Mono-hidratado Cristalino
Exemplo 4
Transferiu-se 2 g de melagatrano anidro (obtido segundo o método descrito no Exemplo 3 acima), conjuntamente com 1 mL de água corrente, 6 mL de iso-propanol e 13,2 mL de acetonitrilo, para um Erlenmeyer de 50 mL. Colocou-se o Erlenmeyer numa mesa 28 de agitação e manteve-se à temperatura ambiente. Filtrou-se os cristais após 9 dias de agitação utilizando vácuo e secou-se subsequentemente à temperatura ambiente numa hotte.
Os cristais foram analisados por XRPD, DSC, TGA, GC e titulação de Karl-Fischer. 0 resultado de XRPD está disposto no quadro abaixo (Quadro 2) e é mostrado na Figura 2. 0 DSC mostrou uma endotérmica com uma temperatura de início de ca. 83 °C com um calor associado de -125 J/g (devido a desidratação) e uma a ca. 210 °C (devido à fusão). A TGA mostrou uma perda de massa de ca. 4,3% próxima dos 95 °C correspondente a um mono-hidrato e uma decomposição que começa próxima dos 220 °C. A titulação de Karl-Fisher mostrou 4,3% (p/p) de água.
Quadro 2 valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) 21,1 65 5,07 55 3,63 15 10, 5 75 4,90 25 3,52 20 7,6 90 4,75 60 3,39 5 7,0 100 4,68 50 3,27 10 6,7 10 4,35 15 3,23 5 6,4 5 4,19 20 3,12 20 6,2 25 4,00 10 3,09 10 5,7 5 3,94 5 3,06 5 29 (Continuação) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) 5,4 10 3,85 20 2,75 5 5,3 30 3,81 15 2,38 10 5,22 45 3,73 10 2,35 10 5,19 25 3,70 10
Exemplo 5
Transferiu-se 139 kg de acetato de etilo para um reactor em conjunto com 10,3 kg de melagatrano anidro (do Exemplo 9 abaixo), seguido de 1,9 kg de água purificada (4,5 equivalentes). Agitou-se a suspensão durante 16-20 horas a 40 °C. Depois de arrefecer até 25 °C, agitou-se a suspensão durante mais 2 dias. Filtrou-se então a suspensão espessa utilizando filtração sob pressão e lavou-se o reactor e o bolo de filtração com 46 kg de acetato de etilo. Secou-se os cristais a pressão reduzida (150 ± 50 mbar) e 40 °C durante vários dias.
Os cristais foram analisados por XRPD, DSC, TGA, GC e Titulação de Karl-Fischer. Eles apresentaram fundamentalmente o mesmo padrão XRPD e termograma de DSC que os apresentados pela forma obtida segundo o Exemplo 4 acima. A titulação de Karl-Fischer mostrou um teor de água de 4,0% (p/p). 30
Conversão de uma Forma Cristalina de Melagatrano Anidro noutra Forma Cristalina de Melagatrano Anidro
Exemplo 6
Transferiu-se 2,5 g de melagatrano anidro (do Exemplo 2 acima), em conjunto com 6 mL de iso-propanol, 1,0 mL de água corrente e 13,2 mL de acetonitrilo para um Erlenmeyer de 50 mL. Colocou-se o Erlenmeyer numa mesa de agitação, onde se deixou durante 9 dias. Filtrou-se os cristais sob vácuo e secou-se então a 40 °C e a uma pressão menor do que 20 mbar dum dia para o outro.
Os cristais foram analisados por XRPD, DSC, GC e titulação de Karl-Fischer. O resultado de XRPD está disposto no quadro abaixo (Quadro 3) e é mostrado na Figura 3. A DSC mostrou uma endotérmica com uma temperatura inicial extrapolada de 210 °C associada com um calor de -120 J/g.
Quadro 3 valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) 17,8 100 4,43 5 3,28 1 8,9 45 4,38 15 3,24 1 8,1 20 4,33 10 3,17 1 7,5 10 4,14 5 3,09 1 31 (Continuação) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) 6,9 5 4,12 10 3,01 1 6, 3 5 4,05 10 2,96 5 5,9 25 3,91 10 2,83 1 5, 6 10 3,73 10 2,54 1 5,5 10 3,61 5 2,49 1 5,4 10 3,58 5 2,41 1 5,3 5 3,56 5 2,38 5 5,2 5 3,47 5 2,35 1 5,0 10 3,40 5 4,71 10 3,36 5
Exemplo 7
Transferiu-se 3,0 g de melagatrano anidro (do Exemplo 2 acima), em conjunto com 0,5 mL de água corrente e 20 mL de acetato de etilo para um Erlenmeyer de 50 mL. Colocou-se o Erlenmeyer numa mesa de agitação, onde se deixou durante 9 dias. Filtrou-se os cristais sob vácuo, lavou-se com acetato de etilo e secou-se em seguida a 40 °C e a uma pressão menor do que 20 mbar dum dia para o outro.
Os cristais foram analisados por XRPD, DSC, GC e titulação de Karl-Fischer. Eles apresentaram fundamentalmente o mesmo padrão de XRPD e termograma de DSC que os apresentados pela forma obtida segundo o Exemplo 6 acima. 32
Exemplo 8
Transferiu-se 3,0 g de melagatrano anidro (do Exemplo 2 acima), em conjunto com 0,5 mL de água corrente e 20 mL de metil-iso-butilcetona, para um Erlenmeyer de 50 mL. Colocou-se o Erlenmeyer numa mesa de agitação, onde se deixou 9 dias. Filtrou-se os cristais sob vácuo, lavou-se com metil-iso-butilcetona e secou-se então 40 °C e a uma pressão menor do que 20 mbar dum dia para o outro.
Os cristais foram analisados por XRPD, DSC, GC e titulação de Karl-Fischer. Eles apresentaram fundamentalmente o mesmo padrão de XRPD e termograma de DSC que os apresentados pela forma obtida segundo o Exemplo 6 acima.
Conversão de Melagatrano Mono-hidratado Cristalino em Melagatrano Anidro Cristalino
Exemplo 9
Secou-se os cristais do mono-hidrato (do Exemplo 1 acima) a pressão reduzida (< 15-20 mbar) e 40 °C até o teor de água ser menor do que 1,0% (p/p).
Os cristais foram analisados por XRPD, DSC, GC e titulação de Karl-Fischer. Eles apresentaram fundamentalmente o mesmo padrão de XRPD e termograma de DSC que os apresentados pela forma obtida segundo o Exemplo 6 acima. 33
Cristalização de Melagatrano iso-Propanolato/Hidrato
Exemplo 10
Adicionou-se 2,0 g de melagatrano anidro (do Exemplo 3 acima) a um Erlenmeyer. Transferiu-se então 5,5 mL de iso-propanol, 2,5 mL de etanol, 1,4 mL de água purificada e 24 mL de acetonitrilo para o Erlenmeyer. Colocou-se uma barra magnética no Erlenmeyer, o qual foi colocado numa mesa de agitação, mantido à temperatura ambiente. Agitou-se a suspensão durante 7 dias. Filtrou-se os cristais sob vácuo e secou-se em seguida a 40 °C, a uma pressão menor do que 20 mbar dum dia para o outro.
Os cristais foram analisados por XRPD, DSC, TGA, GC e titulação de Karl-Fischer. O resultado de XRPD está disposto no quadro abaixo (Quadro 4) e é mostrado na Figura 4. O GC mostrou 4,0% (p/p) de iso-propanol e a titulação de Karl-Fischer mostrou 6,5% (p/p) de água. Os resultados indicaram que se tinha formado um iso-propanolato/hidrato misto. A TGA mostrou uma perda de massa de ca. 4,6% próxima dos 55 °C e uma perda de massa de ca. 5,6% próxima dos 140 °C. 34
Quadro 4 valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) valor d (Â) intensidade (%) 19,7 25 5,4 15 3,67 10 13,1 100 5,2 25 3,61 5 11,4 95 4,95 5 3,49 15 9, 9 35 4,77 5 3,31 5 9, 6 10 4,66 45 3,18 5 8,6 40 4,62 25 3,05 5 6, 9 60 4,55 10 2,99 5 6, 6 10 4,40 25 2,85 5 6,2 15 4,29 35 2,80 5 5,9 15 4,20 15 2,69 5 5,7 20 4,11 25 2,62 1 5,6 15 4,02 20 2,40 5 5,5 15 3,88 15 2,33 5
Abreviaturas (S) aze Boc = Bzl = (R)Cgl DMAP = EDAC = Pab-H Z = (S)-azetidina-2-carboxilato terc-butiloxicarbonilo benzilo (R)-ciclo-hexilglicina 4-dimetilaminopiridina l-etil-3-(3-dimetilaminopropil)-carbodiimida 4-aminometilamidinobenzeno benziloxicarbonilo
Lisboa, 24 de Novembro de 2006 35

Claims (21)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Forma fundamentalmente cristalina de melagatrano (glicina, N- [(IR)-2-[(2S) -2- [[[[4-(aminoiminometil)fenil]metil]amino] carbonil]-1-azetidinil]-l-ciclo-hexil-2-oxoetil]), a qual está na forma de um hidrato.
  2. 2. Forma fundamentalmente cristalina de melagatrano (glicina, N-[(IR)-2-[(2S)-2-[[[[4-(aminoiminometil)fenil]metil]amino] carbonil]-1-azetidinil]-l-ciclo-hexil-2-oxoetil]) , a qual contém pelo menos 0,5 mol de água por mol de melagatrano.
  3. 3. Composto como Reivindicado na Reivindicação 1 ou Reivindicação 2, caracterizado por uma curva de calorimetria de varrimento diferencial, a uma velocidade de aquecimento de 10 °C/min num cadinho fechado com um orificio sob fluxo de azoto que apresenta uma endotérmica com uma temperatura inicial extrapolada de cerca de 83 °C e um calor associado de cerca de -125 J/grama; um padrão de difracção de raios X caracterizado por picos cristalinos com valores de d a 21,1, 10,5, 7,6, 7,0, 6,7, 6,4, 6,2 5,7, 5,4, 5 ,3, 5, 22, 5, 19, 5, 07, 4, 90, 4,75, 4, 68, 4,35 4,19, 4,00, 3, 94 r 3,85, 3,81, 3,73, 3,70, 3,63, 3,52, 3, 39 3,27, 3,23, 3,12, 3,09, 3,06, 2,75, 2,38 e 2,35 Â; e/ou um teor de água de 4,3% (p/p).
  4. 4. Forma fundamentalmente cristalina de melagatrano (glicina, N-[(IR)-2-[(2S)-2-[[[[4-(aminoiminometil)fenil]metil]amino] carbonil]-1-azetidinil]-l-ciclo-hexil-2-oxoetil]) a qual está na forma de um anidrato. 1
  5. 5. Composto como reivindicado na Reivindicação 4, caracterizado por um padrão de difracção de raios X caracterizado por picos cristalinos com valores de d a 15,9, 15,1, 10,9, 8,9, 8,4, 8,0, 7,0, 6,8, 6,4, 6,2, 6,0, 5, 8, 5,5, 5,3, 5, 0, 4, 87, 4, 81, 4,71, 4, 61, 4,45, 4, 08, 3, 97, 3, 82, 3,76, 3, 66, 3,44, 3,32 e 3,20 Â.
  6. 6. Composto como reivindicado na Reivindicação 4, caracterizado por uma curva de calorimetria de varrimento diferencial, a uma velocidade de aquecimento de 10 °C/min num cadinho fechado com um orificio sob fluxo de azoto, que apresenta uma endotérmica com uma temperatura inicial extrapolada de cerca de 210 °C e um calor associado de cerca de -120 J/g; e/ou um padrão de difracção de raios X caracterizado por picos cristalinos com valores de d a 17,8, 8,9, 8,1, 7,5, 6,9, 6,3, 5,9, 5,6, 5,5, 5,4, 5,3, 5,2, 5, 0, 4, 71, 4,43, 4,38, 4,33, 4,14, 4,12, 4,05, 3, 91, 3, 73, 3, 61, 3, 58, 3, 56, 3, 47, 3, 40, 3, 36, 3,28, 3,24, 3, 17, 3, 09, 3, 01, 2, 96, 2,83, 2,54, 2,49, 2,41, 2,38 e 2,35 Â.
  7. 7. Forma fundamentalmente cristalina de melagatrano (glicina, N-[(IR)-2-[(2S)-2-[[[[4-(aminoiminometil)fenil]metil]amino] carbonil]-1-azetidinil]-l-ciclo-hexil-2-oxoetil]), a qual está na forma de um iso-propanolato/hidrato misto.
  8. 8. Composto como reivindicado na Reivindicação 7, caracterizado por um padrão de difracção de raios X caracterizado por picos cristalinos com valores de d a 19,7, 13,1, 11,4, 9,9, 9,6, 8,6, 6,9, 6,6, 6,2, 5,9, 5,7 5,6, 5,5, 5,4, 5 ,2, 4, 95, 4,77, 4, 66, 4, 62, 4,55, 4,40 4,29, 4,20, 4,11, 4,02, 3, 88, 3, 67, 3, 61, 3, 49, 3, 31, 3, 18 3, 05, 2, 99, 2,85, 2,80, 2,69, 2,62, 2,40 e 2,33 Â. 2
  9. 9. Processo para a produção de um composto como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 1 até 8, o qual compreende cristalizar melagatrano.
  10. 10. Processo como reivindicado na Reivindicação 9, o qual compreende cristalizar melagatrano a partir de um solvente.
  11. 11. Processo como reivindicado na Reivindicação 10, em que o solvente é seleccionado do grupo: acetatos de alquilo Ci-e linear ou ramificado, álcoois de alquilo Ci-e linear ou ramificado, hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, éteres de dialquilo, cetonas de dialquilo, acetonitrilo, soluções aquosas ou misturas destes.
  12. 12. Processo como reivindicado na Reivindicação 11, em que o solvente é seleccionado do grupo: acetatos de alquilo Ci-6, álcoois de alquilo Ci-6, hidrocarbonetos alifáticos C5-12, hidrocarbonetos aromáticos C6-10, éteres de dialquilo C1-6, cetonas de dialquilo C1-6, acetonitrilo, água ou misturas destes.
  13. 13. Processo como reivindicado na Reivindicação 12, em que o solvente é seleccionado do grupo: acetato de etilo, etanol, iso-propanol, iso-octano, n-heptano, tolueno, éter di-iso-propílico, metil-iso-butilcetona, acetonitrilo, água ou misturas destes.
  14. 14. Processo como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 9 até 13, no qual é utilizado, pelo menos, um álcool de alquilo C1-6 linear ou ramificado e/ou água como solvente e é/são utilizado(s) acetonitrilo e/ou acetato de etilo como anti-solvente(s). 3
  15. 15. Processo para a produção de um composto como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 4 até 6, o qual compreende um processo de acordo com qualquer uma das Reivindicações 10 até 14, no qual o solvente está fundamentalmente livre de água.
  16. 16. Processo para a produção de um composto como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 1 até 3, o qual compreende um processo de acordo com qualquer uma das Reivindicações 10 até 14, no qual o solvente contém água.
  17. 17. Processo para a conversão de uma forma cristalina de um composto como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 1 até 8 numa outra, o qual compreende recristalizar a forma cristalina mencionada em primeiro lugar a partir de um sistema solvente apropriado.
  18. 18. Processo para a interconversão de um composto anidro como reivindicado na Reivindicação 4 ou Reivindicação 6, e um composto hidratado como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 1 até 3, o qual compreende submeter o anidrato ou hidrato cristalino (consoante apropriado) a uma atmosfera com um nivel de humidade relativa apropriado.
  19. 19. Composto como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 1 até 8 para ser utilizado como um fármaco.
  20. 20. Formulação farmacêutica incluindo um composto como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações 1 até 8 combinado com um adjuvante, diluente ou veiculo farmaceuticamente aceitável. 4
  21. 21. Utilização de um composto como reivindicado em qualquer uma um medicamento necessária ou das Reivindicações 1 até 8 no fabrico de para o tratamento de um estado onde é desejada a inibição de trombina. Lisboa, 24 de Novembro de 2006 5
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