BRPI1015057B1 - Processes for the production of propylene oxide - Google Patents

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Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROCESSOS PARA A PRODUÇÃO DE ÓXIDO DE PROPILENO". CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção refere-se a um processo para a produção de óxido de propileno.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] O óxido de propileno é um importante produto químico industrial. O óxido de propileno é comercial mente produzido pela reação do propileno com um agente oxidante de hidroperóxido orgânico, tal como o hidroperóxido de etilbenzeno ou hidroperóxido de terc-butila. Este processo é realizado na presença de um catalisador de molibdê-nio solubilizado, vide a Patente US 3.351.635 ou catalisador de sílica ou titânio heterogêneo, vide a Patente US 4.367.342.
[003] O óxido de propileno também pode ser produzido por epo-xidação do propileno usando peróxido de hidrogênio. As Patentes US 4.833.260, 4.859,785 e 4.937.216, por exemplo, revelam a epoxidação de olefina com peróxido de hidrogênio na presença de um catalisador de silicato de titânio.
[004] Muita pesquisa atual é conduzida na epoxidação direta do propileno com oxigênio e hidrogênio. Neste processo, acredita-se que o oxigênio e o hidrogênio reagem in situ para formar um agente oxidante. Muitos catalisadores diferentes foram propostos para o uso no processo de epoxidação direta. Tipicamente, o catalisador compreende um metal nobre e um silicato de titânio. Por exemplo, JP 4-352771 revela a formação de óxido de propileno com propileno, oxigênio e hidrogênio usando um catalisador contendo um metal do grupo VIII tal como o paládio em um silicato de titânio cristalino. Acredita-se que o metal do grupo VIII promova a reação do oxigênio e hidrogênio para formar o agente oxidante de peróxido de hidrogênio in situ. A Patente U.S 6.498.259 descreve uma mistura de catalisadores de zeólita de titânio, e um complexo de metal nobre suportado O metal nobre é suportado em um veículo tais como óxidos de carbono, titânio, zircônio, óxidos de sílíca, alumínio, sílica-alumínio, tântalo, óxído de molibdênio, óxidos de tungstênio, titânio-sílica, zírcônio-sílica, nióbio-sílica e misturas destes. Outros exemplos de catalisadores de epoxidação direta incluem ouro suportado em silicatos de titânio, vide, por exemplo, a Patente Internacional PCT WO 98/00413.
[005] O processo de epoxidação direta pode ocorrer na fase líquida ou de vapor. Quando o processo é realizado na fase líquida, o meio líquido é, normalmente, uma mistura de álcool e água, mais tipicamente metanol e água.
[006] Em suma, novos métodos para a produção de óxido de propíleno por epoxidação do propíleno são necessários.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[007] Esta invenção é um processo para a produção de óxido de propíleno. O processo compreende primei ram ente contatar zeólita de titânio com uma alimentação de reação compreendendo propíleno, pe-róxido de hidrogênio, álcool butílico terciário e água para produzir uma corrente de produto que compreende propíleno, óxido de propíleno, propíleno glicol, álcool butílico terciário e água. A corrente de produto é destilada para produzir uma primeira corrente no topo que compreende propíleno e uma primeira corrente no fundo que compreende óxido de propíleno, propíleno glicol, álcool butílico terciário e água. A primeira corrente de fundo é destilada para produzir uma segunda corrente de topo compreendendo propíleno glicol, álcool butílico terciário e água. A segunda corrente de fundo é destilada para produzir uma terceira corrente de topo compreendendo um azeótropo de álcool butílico terciário e água e uma terceira corrente de fundo compreendendo pro-pileno glicol e água.
BREVE DESCRIÇÃO DO DESENHO
[008] A figura 1 é um fluxograma esquemático de uma modalidade da invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[009] O processo da invenção compreende epoxidar propileno para produzir óxido de propileno. A etapa de epoxidação do processo compreende contatar uma zeólita de titânio com uma alimentação de reação compreendendo propileno, peróxido de hidrogênio, álcool butí-lico terciário e água, para produzir uma corrente de produto que compreende propileno, óxido de propileno, propileno glicol, álcool butílico terciário e água.
[0010] Zeólitas de titânio são bem conhecidas. Zeólitas de titânio compreendem a classe de substâncias zeolíticas em que átomos de titânio são substituídos por uma parte dos átomos de silício na estrutura entrelaçada de uma peneira molecular. Tais substâncias, e sua produção, são bem conhecidas na técnica. Vide, por exemplo, as Patentes US 4.410.501 e 4.666.692.
[0011] Zeólitas de titânio adequadas são aqueles materiais cristalinos que possuem uma estrutura molecular porosa com átomos de titânio substituídos na estrutura. Zeólitas de titânio particularmente pre-feridass incluem a classe de peneiras moleculares comu mente referidas como sílícatos de titânio, em particular, “TS-1 ” (possuindo uma topologia MFI análoga àquela das zeólitas de silicato de alumínio ZSM-5"), “TS-2” (possuindo uma topologia MEL análoga àquela das zeólitas de silicato de alumínio ZSM-11, "TS-3" (conforme descrito na Patente BE 1.001.038) e titânio-MWW (possuindo uma topologia análoga àquela das zeólitas de silicato de alumínio MWW). Peneiras moleculares que contêm titânio possuindo estruturas isomórficas para beta zeólita, mordenita, ZSM-48, ZSM-12, ZSM-22, SBA-15, TUD, HMS e MCM-41 também são adequadas para uso. Titânio MWW (Ti-MWW) é particularmente preferível. Ti-MWW e sua produção são bem conhecí- dos na técnica. Vide, por exemplo, a Patente US 6.759.540 e Wu et al., J. Phys. Chem. B, 2001, 105, p. 2897.
[0012] As zeólitas de titânio preferivelmente não contêm elementos além de titânio, silício e oxigênio na estrutura entrelaçada, embora quantidades menores de boro, ferro, alumínio, sódio, potássio, cobre e similares possam estar presentes.
[0013] Zeólitas de titânio preferidas terão em geral uma composição que corresponde à seguinte fórmula empírica xTi02 (1 - x)Si02 em que x está entre 0,0001 e 0,5000. Mais preferivelmente, o valor de x está entre 0,01 e 0,125. A razão molar de Si:Ti na estrutura entrelaçada da zeólita está, vantajosamente, entre 9,5:1 e 99:1 (mais preferivelmente entre 9,5:1 e 60:1). O uso de zeólitas relativamente ricas em titânio pode também ser desejável.
[0014] A etapa de epoxidação do processo compreende contatar propileno, peróxido de hidrogênio, álcool terciário butílico (TBA) e água na presença do catalisador de zeólita de titânio. O peróxido de hidrogênio pode ser gerado antes do uso na reação de epoxidação. Peróxido de hidrogênio pré-formado pode ser derivado de qualquer fonte adequada, incluindo oxidação de alcoóis secundários tal como isopro-panol, o processo de antraquinona e de reação direta de oxigênio e hidrogênio. A concentração de reagente de peróxido de hidrogênio adicionado na reação de epoxidação não é crítica. Concentrações de peróxido de hidrogênio típicas estão na faixa de 0,1 a 90% em peso de peróxido de hidrogênio na mistura de água e TBA, preferivelmente, 2 a 10% em peso.
[0015] A quantidade de peróxido de hidrogênio em relação à quantidade de propileno não é crítica, mas mais adequadamente a razão molar de peróxido de hidrogênio:propileno está na faixa de 100:1 a 1:100, e mais preferivelmente na faixa de 10:1 a 1:10. Um equivalente de peróxido de hidrogênio é exigido, em teoria, para oxidar um equiva- lente de propileno, mas pode ser desejável empregar um excesso de um reagente para otimizar a seletividade para o óxido de propileno.
[0016] O peróxido de hidrogênio também pode ser gerado in situ pela reação de oxigênio e hidrogênio em presença de um catalisador de metal nobre. Embora quaisquer fontes de oxigênio e hidrogênio sejam adequadas, oxigênio molecular e hidrogênio molecular são preferidos.
[0017] Assim, em uma modalidade preferida da invenção, a epoxi-dação de propileno, oxigênio e hidrogênio é realizada na presença de uma zeólita de titânio (em particular uma zeólita de titânio MWW) e um metal nobre.
[0018] O metal nobre é preferivelmente incorporado ao catalisador pelo suporte do metal nobre na zeólita de titânio para formar um zeólita de titânio que contém metal nobre, ou alternativamente, o metal nobre pode ser primeiramente apoiado em um veiculo tal como um óxido inorgânico, argila, carbono ou resinas de polímeros orgânicos ou similares, e então fisicamente misturado com a zeólita de titânio. Não há restrições particulares com relação à escolha do composto de metal nobre usado como fonte de metal nobre. Por exemplo, compostos adequados incluem nitratos, sulfatos, haleíos (por exemplo, cloretos, brometos), carboxilatos (por exemplo, acetato) e complexos de amina de metais nobres.
[0019] Um catalisador preferido útil no processo da invenção é uma zeólita de titânio contendo metal nobre, em particular, uma zeólita de titânio MWW contendo metal nobre. Tais catalisadores tipicamente compreendem um metal nobre (como o paládio, ouro, platina, prata, irídio, rutênio, ósmio ou combinações destes) suportado em uma zeólita de titânio. Zeólitas de titânio contendo metais nobres são bem conhecidas na técnica e são descritas em, por exemplo, JP 4-352771 e Patentes US 5.859.265 e 6.555.493, cujos ensinamentos são aqui in- corporados a título de referência, na íntegra. As zeólitas de titânio contendo metais nobres podem conter uma mistura de metais nobres. Zeólitas de titânio contendo metais nobres preferidas compreendem uma zeólita de titânio e paládio; uma zeólita de titânio, ouro e paládio; ou uma zeólita de titânio, platina e paládio.
[0020] A quantidade típica de metal nobre presente na zeólita de titânio que contém metal nobre estará na faixa de cerca de 0,001 a 20% em peso, preferivelmente 0,005 a 10% em peso e, particularmente, 0,01 a 5% em peso.
[0021] Outro catalisador preferido útil no processo da invenção é uma mistura catalisadora compreendendo zeólita de titânio (em particular, zeólita de titânio MWW) e um catalisador de metal nobre apoiado. O catalisador de metal nobre suportado compreende um metal nobre e um veículo. O veículo é, de preferência, de material poroso. Veículos são bem conhecidos na técnica. Por exemplo, o veículo pode ser óxidos inorgânicos, argilas, carbono e resinas de polímeros orgânicos. Óxidos inorgânicos preferidos incluem óxidos de elementos dos grupos 2, 3, 4, 5, 6, 13 ou 14. Veículos de óxidos inorgânicos particularmente preferidos incluem óxidos de sílica, alumínio, sílica-alumínio, titânio, zircônio e nióbio; sílica-zircônio amorfo, nióbio-sílica amorfa e similares. O veículo pode ser zeólita, mas não é zeólita de titânio. Resinas de polímeros orgânicos preferidas incluem poliestireno, copolí-meros de estireno-divinilbenzeno, polietileno iminas reticuladas e poli-benzimidazol. Veículos adequados também incluem resinas de polímeros orgânicos enxertadas em veículos de óxidos inorgânicos, como polietilenimina-sílica. Veículos preferidos também incluem carbono. Veículos particularmente preferidos incluem, carbono, titânio, zircônio, nióbio, sílica, alumínio, sílica-alumínio, óxido de tântalo, óxido de moli-bdênio, óxido de tungstênio, titânio-sílica, zircônio-sílica, nióbio-sílica e misturas destes.
[0022] Preferivelmente, o veículo possui uma área superficial na faixa de cerca de 1 a cerca de 700 m2/g, mais preferivelmente de cerca de 10 a cerca de 500 m2/g. Preferivelmente, o volume dos poros no veículo está na faixa de cerca de 0,1 a cerca de 4,0 ml_/g, mais preferivelmente de cerca de 0,5 a cerca de 3,5 mL/g, e ainda mais preferivelmente de cerca de 0,8 a cerca de 3,0 mL/g. Preferivelmente, o tamanho médio das partículas do veículo está na faixa de cerca de 0,1 pm a cerca de 1,27 cm (0,5”), mais preferivelmente de cerca de 1 pm a cerca de 0,64 cm (0,25”), e mais preferivelmente de cerca de 10 pm a cerca de 0,16 cm (1/16 “). O tamanho de partículas preferido depende do tipo de reator que é usado, por exemplo, tamanhos maiores de partículas são preferidos para uma reação em leito fixo. O diâmetro médio dos poros está tipicamente na faixa de cerca de 1 a cerca de 100 nm, preferivelmente de cerca de 2 a cerca de 50 nm e mais preferivelmente de cerca de 5 a cerca de 35 nm.
[0023] O catalisador de metal nobre suportado também contém um metal nobre. Embora qualquer metal nobre possa ser utilizado (por exemplo, ouro, prata, platina, paládio, irídio, rutênio, ósmio), separadamente ou em combinação, paládio, platina, ouro e uma combinação de platina / paládio ou uma combinação de ouro / paládio são particularmente desejáveis. O paládio é mais preferível.
[0024] Tipicamente, a quantidade de metal nobre presente no catalisador apoiado estará na faixa de cerca de 0,01 a 10% em peso, preferivelmente de 0,01 a 4% em peso. Não há restrições particulares com relação à escolha do composto de metal nobre ou complexo usado como fonte de metal nobre no catalisador apoiado. Por exemplo, compostos adequados incluem nitratos, sulfatos, haletos (por exemplo, cloretos, brometos), carboxilatos (por exemplo, acetato), óxidos e complexos de amina de metais nobres.
[0025] O catalisador útil no processo da invenção contém, de pre- ferência, chumbo, bismuto ou rênio. O catalisador da invenção contém mais preferivelmente chumbo. Assim como com o metal nobre, chumbo, bismuto ou rênio podem ser suportado na zeólita de titânio ou, de modo alternativo, o chumbo, bismuto ou rênio podem ser primeiramente suportado em um veículo e então misturados com a zeólita de titânio.
[0026] Preferivelmente, o catalisador conterá de cerca de 0,001 a cerca de 5% em peso de chumbo, bismuto ou rênio e 0,01 a 10% em peso do metal nobre. Mais preferivelmente, o catalisador contém 0,01 a 2% em peso de chumbo, bismuto e rênio. Preferivelmente, a razão em peso do metal nobre para o chumbo (bismuto ou rênio) no catalisador está na faixa de 0,1 a 10. Embora a escolha do composto de chumbo, bismuto ou rênio usado como fonte de chumbo, bismuto ou rênio no catalisador não seja crítica, compostos adequados incluem carboxilatos (por exemplo, acetato, citrato), haletos (por exemplo, cloretos, brometos, iodetos), oxi-haletos (por exemplo, oxicloretos), car-bonatos, nitratos, fosfatos, óxidos e sulfetos. Se usados, o chumbo, bismuto ou rênio podem ser adicionados à zeólita de titânio ou veículo antes, durante ou após a adição do metal nobre.
[0027] Qualquer método adequado pode ser usado para a incorporação do metal nobre e do chumbo, bismuto ou rênio, opcionais, ao catalisador. Por exemplo, o metal nobre e chumbo, bismuto ou rênio opcionais podem ser suportados na zeólita de titânio ou veículo por técnicas de impregnação, troca iônica ou umedecimento incipiente com, por exemplo, cloreto de paládio tetra-amina. Se chumbo, bismuto ou rênio for utilizado, a ordem de adição do metal nobre e do chumbo, bismuto ou rênio opcionais na zeólita de titânio ou veículo não é considerada crítica. Entretanto, é preferível que se adicione com composto de chumbo, bismuto ou rênio ao mesmo tempo em que o metal nobre é introduzido.
[0028] Após a incorporação do metal nobre e do chumbo, bismuto ou rênio, opcionais, a zeólita de titânio contendo metal nobre ou catalisador de metal nobre suportado é recuperado. Métodos de recuperação de catalisadores adequados incluem filtração e lavagem, rotoeva-poração e similares. O catalisador é tipicamente secado antes do uso na epoxidação. A temperatura de secagem é preferivelmente entre cerca de 50°C e cerca de 200°C. O catalisador pode compreender adicionalmente um ligante ou similar e pode ser moldado, secado por pulverização, formatado ou extrudado em qualquer forma desejada antes do uso na epoxidação.
[0029] Depois da formação da zeólita de titânio contendo metal nobre ou catalisador de metal nobre suportado, o catalisador pode ser opcionalmente termicamente tratado em um gás tal como nitrogênio, hélio, vácuo, hidrogênio, oxigênio, ar ou similares. A temperatura de tratamento térmico está tipicamente na faixa de cerca de 20°C a cerca de 800°C. É preferível tratar termicamente o catalisador em presença de um gás contendo oxigênio em uma temperatura de cerca de 200°C a 700°C, e opcionalmente reduzir o catalisador na presença de um gás contendo hidrogênio a uma temperatura de cerca de 20°C a 600°C.
[0030] No processo de epoxidação da invenção, o catalisador pode ser usado como pó ou sólido de partículas de tamanho grande. Se zeólita de titânio contendo metal nobre for usada, a zeólita contendo metal nobre pode ser usada como um pó, mas é preferivelmente pulverizada a seco, peletizada ou extrudada antes do uso na epoxidação. Se pulverizada a seco, peletizada ou extrudada, a zeólita de titânio contendo metal nobre pode compreender adicionalmente um ligante ou similar e pode ser moldada, pulverizada a seco, formatada ou extrudada em qualquer forma desejada antes do uso na epoxidação. A zeólita de titânio contendo metal nobre também pode ser encapsulada em um polímero conforme descrição na Patente US 7.030.255, cujos ensinamentos são aqui incorporados a título de referência, na íntegra. Se uma mistura catalisadora de zeólita de titânio e catalisador de metal nobre suportado for usada, a zeólita de titânio e o catalisador de metal nobre suportado podem ser peletizados ou extrudados juntos antes do uso na epoxidação. Se peletizados ou extrudados juntos, a mistura catalisadora pode adicionalmente compreender um ligante ou similar e pode ser moldada, pulverizada a seco, formatada ou extruda-da em qualquer forma desejada antes do uso na epoxidação. A mistura catalisadora pode ser também encapsulada em polímero conforme descrito na Patente US 7.030.255.
[0031] A etapa de epoxidação do processo produz uma corrente de produto compreendendo propileno, óxido de propileno, propileno glicol, álcool butílico terciário e água. Os componentes da corrente de produto são purificados por um processo de destilação que compreende três etapas. A corrente de produto pode conter algum peróxido de hidrogênio residual da reação de epoxidação, entretanto, se presente, o peróxido de hidrogênio residual será decomposto em água durante as etapas de destilação. Primeiramente, a corrente de produto é destilada para produzir uma primeira corrente de topo compreendendo propileno e uma primeira corrente de fundo compreendendo óxido de propileno, propileno glicol, álcool butílico terciário e água. Na primeira destilação, preferivelmente pelo menos 98% do propileno (mais preferivelmente, pelo menos 99,5%) é levado para o topo.
[0032] Se qualquer hidrogênio ou oxigênio for produzido ou não sofrer reação na etapa de epoxidação, o hidrogênio ou oxigênio podem ser preferivelmente removidos por uma etapa de cintilação antes da primeira destilação. De maneira alternativa, uma corrente de ventilação de vapor pode ser preferivelmente removida da primeira destilação para retirar qualquer hidrogênio ou oxigênio produzido ou que não foi reagido na epoxidação. A corrente de ventilação de vapor ou cinti- lação pode também incluir qualquer gás inerte usado na etapa de epoxidação, como o nitrogênio. A corrente de ventilação de vapor ou cinti-lação será especialmente útil no caso em que a epoxidação for realizada usando hidrogênio e oxigênio.
[0033] A primeira destilação é preferivelmente conduzida em um torre de destilação em que o topo da torre está preferivelmente a 80 -200 psig (0,65 - 1,48 MPa), e mais preferivelmente a 80 - 125 psig (0,55 - 0,86 MPa), e o fundo da torre está preferivelmente a 85 - 140 psig (0,58 - 0,96 MPa) e mais preferivelmente a 85 - 130 psig (0,58 -0,89 MPa). A temperatura do topo da torre é preferivelmente mantida entre cerca de -25 e 25°C, e mais preferivelmente entre -20 e 15°C, e a temperatura do fundo é preferivelmente mantida entre cerca de 115 e 170°C, mais preferivelmente entre 125 - 140°C. A primeira torre de destilação tem preferivelmente pelo menos 10 etapas teóricas, mais preferivelmente pelo menos 20 etapas, com uma razão de refluxo (kg de refluxo/kg de destilado) de preferivelmente pelo menos 0,8, e mais preferivelmente entre 0,8 e 4,0.
[0034] Preferivelmente, a primeira corrente de topo compreendendo propileno é reciclada para reator de epoxidação. Se uma corrente de ventilação de vapor ou cintilação compreendendo quantidades menores de hidrogênio e oxigênio for consumida, a corrente de ventilação pode ser em parte reciclada de volta para o reator.
[0035] Seguinte à primeira destilação, a primeira corrente de fundo é destilada para produzir uma segunda corrente de topo compreendendo oxido de propileno e uma segunda corrente de produto de fundo compreendendo propileno glicol, álcool butílico terciário e água. A segunda corrente de topo compreendendo oxido de propileno pode ser processada para purificar adicionalmente o óxido de propileno se necessário.
[0036] A segunda destilação é preferivelmente conduzida em uma torre de destilação em que o topo da torre está preferivelmente a 40 -70 psig (0,28 - 0,48 MPa) e mais preferivelmente a 50 - 60 psig (0,34 -0,41 MPa), e o fundo está preferivelmente a 50 - 80 psig (0,34 - 0,55 MPa) e mais preferivelmente a 50 - 70 psig (0,34 - 0,48 MPa). A temperatura do topo da torre é preferivelmente mantida entre cerca de 55 -100°C, e mais preferivelmente entre 65 - 85°C, e a temperatura do fundo é preferivelmente mantida a cerca de 100 - 145°C e mais preferivelmente entre 110 - 130°C. A segunda torre de destilação tem preferivelmente pelo menos 10 etapas teóricas, mais preferivelmente pelo menos 20 etapas, com uma razão de refluxo (kg de refluxo/kg de destilado) de preferivelmente pelo menos 1, e mais preferivelmente entre 1 e 20.
[0037] Após a segunda destilação, a segunda corrente de fundo é destilada em uma terceira torre de destilação para produzir uma terceira corrente de topo compreendendo um azeótropo de álcool butílico terciário e água e uma terceira corrente de fundo compreendendo pro-pileno glicol e água.
[0038] Preferivelmente, o azeótropo de álcool butílico terciário e a água são reciclados para a etapa de epoxidação para uso como um solvente.
[0039] A terceira destilação é preferivelmente conduzida em uma torre de destilação em que o topo da torre está preferivelmente a 10 -50 psig (0,069 - 0,24 MPa) e mais preferivelmente a 15-30 psig (0,10 - 0,20 MPa), e o fundo está preferivelmente a 15-60 psig (0,10 - 0,41 MPa) e mais preferivelmente a 20 - 30 psig (0,13 - 0,21 MPa). A temperatura do topo da torre é preferivelmente mantida entre cerca de 60 -130°C, e mais preferivelmente entre 70 - 90oC, e a temperatura do fundo é preferivelmente mantida a cerca de 100 - 135°C e mais preferivelmente entre 105 - 125°C. A terceira torre de destilação tem preferivelmente pelo menos 10 etapas teóricas, mais preferivelmente pelo menos 20 etapas, com uma razão de refluxo (kg de refluxo/kg de destilado) de preferivelmente pelo menos 0,5, e mais preferivelmente entre 0,7 e 1,5.
[0040] A terceira corrente de fundo pode ser descartada como lixo, mas é preferivelmente destilada de modo a separar o propileno glicol da água. Em uma quarta destilação opcional, uma quarta corrente de topo compreendendo água e uma quarta corrente de fundo compreendendo propileno glicol são produzidas.
[0041] A quarta destilação opcional é preferivelmente conduzida em uma torre de destilação em que o topo da torre está preferivelmente a 0 - 30 psig (0-0,21 MPa) e mais preferivelmente a 5 - 20 psig (0,03-0,14 MPa), e o fundo está preferivelmente a 5 - 35 psig (0,03 -0,24 MPa) e mais preferivelmente a 10-25 psig (0,07 - 0,17 MPa). A temperatura do topo da torre é preferivelmente mantida entre cerca de 85 - 125°C, e mais preferivelmente entre 95 - 115°C, e a temperatura do fundo é preferivelmente mantida a cerca de 170 - 215°C e mais preferivelmente entre 180 - 205°C. A quarta torre de destilação tem preferivelmente pelo menos 5 etapas teóricas, mais preferivelmente pelo menos 10 etapas, com uma razão de refluxo (kg de refluxo/kg de destilado) de preferivelmente pelo menos 0,5, e mais preferivelmente entre 0,7 e 1,1.
[0042] De um modo geral, o processo da invenção permite a separação de uma corrente de produto purificado de oxido de propileno. O processo da invenção também produz uma corrente contendo um azeótropo TBA-água. O TBA e a água do azeótropo não precisam ser separados antes de serem reciclados para a etapa de epoxidação do processo.
[0043] Os seguintes exemplos ilustram mera mente a invenção. Os técnicos no assunto reconhecerão diversas variações que estão dentro do espírito da invenção e do escopo das reivindicações.
EXEMPLO 1: PROCESSO DE DESTILAÇÃO EM TRÉS TORRES
[0044] Propileno é continuamente oxidado sobre zeólita Ti-MWW em presença de peróxido de hidrogênio em um solvente compreendendo TBA e água para produzir uma corrente de produto de epoxidação, compreendendo propileno, óxido de propileno, propileno glicol, TBA e água.
[0045] A corrente de produto de epoxidação é purificada por um processo conforme mostrado na figura 1. A corrente de produto de epoxidação é passada através da linha 1 para uma primeira torre de destilação 2. A torre 2 contém 15 etapas ideais, 7 acima da entrada de alimentação e 8 abaixo da entrada de alimentação. A pressão é de 120 psig (0,83 MPa) no topo e 125 psig (0,86 MPa) no fundo. A temperatura do topo é de 2,8°G e a temperatura do fundo é de 138°C. A razão de refluxo é 3,0 em peso.
[0046] Uma primeira corrente de topo é removida da torre de destilação 2 via linha 3. A primeira corrente de topo contém o propileno não reagido. A corrente 3 também pode ser reciclada de volta para o reator de epoxidação de propileno, [0047] A primeira corrente de fundo da torre de destilação 2 é removida pela linha 4. A primeira corrente de fundo compreende óxido de propileno, propileno glicol, TBA e água. A primeira corrente de fundo é passada pela linha 4 para uma segunda torre de destilação 5.
[0048] A torre de destilação 5 contém 40 etapas ideais, 25 acima da entrada de alimentação e 15 abaixo da entrada de alimentação. A pressão é de 55 psig (0,38 MPa) no topo e 60 psig (0,40 MPa) no fundo. A temperatura do topo é de 77°C e a temperatura do fundo é de 121°C. A razão de refluxo é 10. A segunda corrente de topo da torre de destilação 5 é removida pela linha 6. A segunda corrente de topo contém uma corrente de óxido de propileno purificado.
[0049] A segunda corrente de fundo é removida pela linha 7. A se- gunda corrente de fundo compreende propileno glicol, TBA e água. A segunda corrente de fundo é passada via linha 7 para a terceira torre de destilação 8.
[0050] A torre de destilação 8 contém 20 etapas ideais, 8 acima da entrada de alimentação e 12 abaixo da entrada de alimentação. A pressão é de 20 psig (0,14 MPa) no topo e 25 psig (0,17 MPa) no fundo. A temperatura no topo é de 77°C e a temperatura no fundo é de 116°C. A taxa de refluxo é de 1.1. A terceira corrente de topo da torre de destilação 8 é removida via linha 9. A terceira corrente de topo contém um azeótropo de TBA e água. O azeótropo de TBA e a água podem ser reciclados de volta para o reator de epoxidação de propileno para uso como uma mistura solvente.
[0051] A terceira corrente de fundo da torre de destilação 8 é removida via linha 10. A terceira corrente de fundo compreende propileno glicol (PG) e água. A mistura PG-água pode ser enviada para uma corrente de resíduos ou pode ser adicionalmente destilada para separar o PG da água.
[0052] Se a mistura de PG-água removida via linha 10 for adicionalmente destilada, a coluna de água podería conter 10 etapas ideais, 5 acima da entrada de alimentação e 5 abaixo da entrada de alimentação. A pressão é de 15 psig (0,1 MPa) no topo e 20 psig (0,14 MPa) no fundo. A temperatura do topo é de 101°C e a temperatura no fundo é de 198°C. A razão de refluxo é de 0,75.
[0053] As vazões dos componentes das várias correntes (em kg por hora) são mostradas na Tabela 1.
[0054] Este exemplo mostra que o uso de um procedimento de três destilações remove eficazmente uma corrente de óxido de propileno purificado (via linha 6) e uma corrente de azeótropo TBA-água (linha 9) que pode ser reciclada de volta para o reator de epoxidação de propileno sem separação adicional do TBA da água.
Tabela 1: Taxas de fluxo dos componentes das destilações (kg/h [lb/h]) Fluxo # 1 3 4 6 7 9 10 Propileno 25386 25386 0 [0] 0 [0] 0 [0] 0 [0] 0 [0] [55967] [55967] Óxidode 34019 0 [0] 34019 34019 0 [0] 0 [0] 0 [0] propileno [75000] [75000] [75000] Propileno 450 0 [0] 450 0 [0] 450 0 [0] 450 glicol [993] [993] [993] [993] TBA 162779 0 [0] 162779 0 [0] 162779 162779 0 [0] [358866] [358866] [358866] [358866] Água 53210 0 [0] 53210 0 [0] 53210 22197 31121 [117309] [117309] [117309] [48937] [68609] Total 275844 25386 250458 34019 216439 184976 31571 [608135] [55967] [552168] [75000] [477168] [407803] [69602] REIVINDICAÇÕES

Claims (13)

1. Processo para a produção de óxido de propileno, caracterizado pelo fato de que compreende: (a) contatar uma zeólita de titânio com uma alimentação de reação compreendendo propileno, peróxido de hidrogênio, álcool butílico terciário e água para produzir uma corrente de produto compreendendo propileno, óxido de propileno, propileno glicol, álcool butílico terciário e água; (b) destilar a corrente de produto para produzir uma primeira corrente de topo compreendendo propileno e uma primeira corrente de fundo compreendendo óxido de propileno, propileno glicol, álcool butílico terciário e água; (c) destilar a primeira corrente de fundo para produzir uma segunda corrente de topo compreendendo óxido de propileno e uma segunda corrente de produto de fundo compreendendo propileno glicol, álcool butílico terciário e água; e destilar a segunda corrente de fundo para produzir uma terceira corrente de topo compreendendo um azeótropo de álcool butílico terciário e água e uma terceira corrente de fundo compreendendo propileno glicol e água.
2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a zeólita de titânio é zeólita de titânio MWW.
3. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o peróxido de hidrogênio é formado pela reação in situ de hidrogênio e oxigênio em presença de um catalisador de metal nobre.
4. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que também compreende reciclar a terceira corrente de topo de volta para a etapa (a).
5. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que também compreende destilar a terceira corrente de fundo para produzir uma quarta corrente de topo compreendendo água e uma quarta corrente de fundo compreendendo propileno glicol.
6. Processo para a produção de oxido de propileno, caracterizado pelo fato de que compreende: (a) contatar um catalisador compreendendo zeólita de titânio MWW e um metal nobre com uma alimentação de reação compreendendo propileno, hidrogênio, oxigênio, álcool butílico terciário e água para produzir uma corrente de produto compreendendo propileno, óxido de propileno, propileno glicol, álcool butílico terciário e água; (b) destilar a corrente de produto para produzir uma primeira corrente de topo compreendendo propileno e uma primeira corrente de fundo compreendendo óxido de propileno, propileno glicol, álcool butílico terciário e água; (c) destilar a primeira corrente de fundo para produzir uma segunda corrente de topo compreendendo óxido de propileno e uma segunda corrente de produto de fundo compreendendo propileno glicol, álcool butílico terciário e água; e (d) destilar a segunda corrente de fundo para produzir uma terceira corrente de topo compreendendo um azeótropo de álcool butílico terciário e água e uma terceira corrente de fundo compreendendo propileno glicol e água.
7. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o metal nobre é paládio.
8. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o catalisador contém 0,01 a 10% em peso do metal nobre e 0,001 a 5% em peso de um metal adicional selecionado do grupo que consiste em chumbo, bismuto e rênio.
9. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o catalisador compreende um metal nobre suportado na zeólita de titânio MWW.
10.Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o metal nobre é suportado em um veículo.
11. Processo, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o veículo é selecionado do grupo que consiste em carbono, titânio, zircônio, óxidos de sílica, alumínio, sílica-alumínio, tântalo, oxido de molibdênio, óxidos de tungstênio, titânio-sílica, zircô-nio-sílica, nióbio-sílica e misturas destes.
12. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que também compreende reciclar a terceira corrente de topo para a etapa (a).
13. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que também compreende destilar a terceira corrente de fundo para produzir uma quarta corrente de topo compreendendo água e uma quarta corrente de fundo compreendendo propileno glicol.

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