BRPI1006424B1 - uso de um óleo de soja como um fluído dielétrico de transferência de calor em um dispositivo, dispositivo para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir energia elétrica e material dielétrico - Google Patents
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Abstract
USO DE UM ÓLEO DE SOJA COMO UM FLUÍDO DIELÉTRICO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM UM DISPOSITIVO, DISPOSITIVO PARA GERAR, ARMAZENAR, CONVERTER E/OU DISTRIBUIR ENERGIA ELÉTRICA, MÉTODO PARA O PRÉ-CONDICIONAMENTO DE UM FLUÍDO DIELÉTRICO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR, MATERIAL DIELÉTRICO E ÓLEOS MISTURADOS DE ALTO TEOR OLEICO. A presente invenção se refere ao uso de um óleo vegetal com alto teor de monoinsaturados como um fluido dielétrico e de transferência de calor em um dispositivo para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir energia elétrica.
Description
[001] A presente invenção se refere ao campo dos fluídos dielétricos de transferência de calor, em particular, ao fluído dielétrico produzido a partir de óleos vegetais para o uso em, por exemplo, transformadores preenchidos com líquido.
[002] Os transformadores elétricos normalmente possuem enrolamentos de fio condutor que devem ser separados por um material dielétrico (isto é, não condutor). Geralmente, as bobinas e o material dielétrico estão imersos em um meio de transferência de calor do fluído dielétrico para isolar o condutor e para dissipar o calor gerado durante a operação. O meio de transferência de calor também deve agir como um dielétrico. Em uma disposição típica, o papel ou cartão de celulose e/ou de aram ida é utilizado como o material dielétrico. O material de celulose/aramida é envolvido em torno do fio condutor, e é utilizado para separar os enrolamentos dieletricamente, e também pode ser utilizado como um suporte estrutural para os enrolamentos ou outros elementos, tais como os núcleos. O meio de transferência de calor do fluído é normalmente um óleo, que pode ser, por exemplo, o óleo mineral, ou um óleo vegetal suficientemente robusto.
[003] Durante a utilização do transformador, o material dielétrico e o fluído de transferência de calor são submetidos a campos eletromagnéticos significativos e variações significativas de temperatura, picos de energia e rupturas. Ao longo do tempo, condições relativamente extremas podem levar à falha do material dielétrico e à deterioração do fluído de transferência de calor. A deterioração conduz à perda de potência devido à perda dielétrica e pode eventualmente conduzir às descargas e falha catastrófica do transformador causando poluição e/ou incêndios graves.
[004] O fluído dielétrico e de transferência de calor pode ainda ser direta e indiretamente degradado pela migração de oxigênio e formação ou ingresso de água no transformador.
[005] O óleo mineral geralmente apresenta um comportamento dielétrico e de transferência de calor excelente, no entanto, os fluídos dielétricos de transferência de calor são utilizados em quantidades enormes, (isto é, diversas centenas de milhares de toneladas métricas por ano). O público se torna cada vez mais sensível às preocupações acerca do meio ambiente e à segurança em torno das unidades de transformadores, e essas estão, portanto, sujeitas a regulamentos cada vez mais rigorosos. Muitos fluídos de transferência de calor utilizados atualmente (tal como o óleo mineral) representam uma séria preocupação, uma vez que são inflamáveis e não são biodegradáveis dentro de um prazo razoável ou simplesmente não são biodegradáveis. Os fluídos provenientes de fontes “bio” (isto é, vivas) são cada vez mais vistos como fluídos futuros para essas finalidades. Por exemplo, as patentes US 6.905.638 e US 7.048.875 descrevem transformadores utilizando óleos vegetais como o fluído de transferência de calor. O óleo vegetal pode conter antioxidantes quimicamente sintetizados.
[006] Ainda permanece uma necessidade por melhores fluídos de transferência de calor biodegradáveis que não se limitam aos óleos comestíveis, apresentando um bom desempenho ao longo do tempo.
[007] Em um primeiro aspecto, a presente invenção fornece um uso de um óleo de soja como um fluído dielétrico de transferência de calor em um dispositivo para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir a energia elétrica, em que o óleo de soja é um óleo em que pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% dos ácidos graxos são os monoinsaturados C14 a C22 e menos de 16%, de preferência, menos de 7%, de maior preferência, menos de 6% dos ácidos graxos são poli-insaturados.
[008] Em um segundo aspecto, a presente invenção fornece um dispositivo para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir a energia elétrica e/ou sinais ópticos, que compreende: (a) um material condutor; (b) um material dielétrico; e (c) um fluído dielétrico de transferência de calor, que é um óleo de soja em que pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% dos ácidos graxos são os monoinsaturados C14 a C22, e menos de 16%, de preferência, menos de 7%, de maior preferência, menos de 6% dos ácidos graxos são poli-insaturados.
[009] Em um terceiro aspecto, a presente invenção fornece um método para o pré-condicionamento de um fluído dielétrico de transferência de calor que é um triacilglicerol vegetal, que compreende a etapa de: (a) expor dito fluído a um campo eletromagnético constante e uniformemente distribuído.
[010] Em um quarto aspecto, a presente invenção fornece um material dielétrico que compreende uma estrutura fibrosa orgânica (tecida ou não tecida) impregnada, com pelo menos 1% em peso de um triacilglicerol vegetal, de preferência, um óleo de soja, em que pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% dos ácidos graxos são os monoinsaturados C14 a C22, e menos de 16%, de preferência, menos de 7%, de maior preferência, menos de 6% dos ácidos graxos são poli-insaturados.
[011] Em um quinto aspecto, a presente invenção fornece uma utilização de um óleo vegetal como fluído dielétrico de transferência de calor em um dispositivo para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir a energia elétrica, em que o óleo vegetal é um triacilglicerol contendo pelo menos um ácido graxo hidróxi.
[012] Em um sexto aspecto, a presente invenção fornece um óleo misturado de alto teor oleico com um valor Df aprimorado a uma temperatura constante que compreende: (a) um primeiro óleo na faixa de 1 a 100% em volume que é um óleo de soja de alto teor oleico, e (b) um segundo óleo na faixa de 1 a 100% em volume; e (c) em que o óleo misturado de alto teor oleico contém um teor de ácido oleico de pelo menos 70%, e em que o valor Df, a uma temperatura constante, do óleo misturado de alto teor oleico é aprimorado quando comparado, sob as mesmas condições, com um óleo que não contém o óleo de soja de alto teor oleico.
[013] Em um sétimo aspecto, a presente invenção fornece um óleo misturado de alto teor oleico com um valor de Df aprimorado a uma temperatura constante que compreende: (a) um primeiro óleo na faixa de 1 a 100% em volume que é um óleo de soja de alto teor oleico, e (b) um segundo óleo na faixa de 1 a 100% em volume que é um monoalquil éster de ácido oleico, e (c) um terceiro óleo na faixa de 1 a 100% em volume, e (d) em que o óleo misturado de alto teor oleico contém um teor de ácido oleico de pelo menos 70%, e em que o valor Df, a uma temperatura constante, do óleo misturado de alto teor oleico é aprimorado quando comparado, sob as mesmas condições, com um óleo que não contém o óleo de soja de alto teor oleico e/ou os ésteres purificados de ácido oleico.
[014] A Figurai mostra o fator de perda dielétrico (Df) versus a temperatura para os fluídos comparativos C1 (FR3) e C2 (Biotemp) e um fluído para a utilização de acordo com a presente invenção, E1 (um dos óleos da presente invenção, VGO-B1), em que os quadrados (■) e triângulos (À) mostram o fator de perda para o fluído comparativo C1 (FR3) (medido em dois momentos diferentes), o xis (X) mostra o fator de perda para o fluído comparativo C2 (Biotemp), os losangos (♦) mostram o fator de perda para um óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção E1 (VGO- B1), e os círculos preenchidos (•) mostram o fator de perda para o óleo mineral, que está incluído como referência.
[015] A Figura 2 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linha pontilhada) e depois (linhas sólidas) que um grau farmacêutico do óleo ricinoleico é exposto ao tratamento de micro-ondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[016] A Figura 3 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linha pontilhada) e depois (linhas sólidas) que um grau comercial do óleo de girassol de alto teor oleico, o fluído comparativo C2, é exposto ao tratamento de micro-ondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[017] A Figura 4 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linhas sólidas) e depois (linhas pontilhadas) que o grau comercial do óleo de soja normal, o fluído comparativo C1, foi exposto ao tratamento de micro-ondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[018] A Figura 5 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linhas sólidas) e depois (linhas pontilhadas) que o fluído para a utilização da presente invenção, E1, foi exposto ao tratamento de microondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[019] A Figura 6 mostra o comportamento térmico do papel Kraft sem tratamento (linha sólida), do papel Kraft embebido com o fluído para a utilização de acordo com a presente invenção (linhas pontilhadas) e do papel Kraft embebido com o fluído para a utilização de acordo com a presente invenção e pré-tratados com micro-ondas de acordo com o Exemplo 8 (linhas traço-ponto).
[020] A Figura 7A mostra o valor Df medido versus a temperatura para os óleos de soja para a utilização de acordo com a presente invenção, E2, tal como o “HOSO”; designados por quadrados e o óleo de soja de alto teor oleico com 70%, o ácido oleico e 16% de poli-insaturados (designados por triângulos), em comparação com os óleos de soja com 21% de ácido oleico e 61% de poli-insaturados (“Cm”; designados por X), 65% do ácido oleico e 20% dos poli-insaturados (designados por losangos).
[021] A Figura 7B mostra o valor Df medido versus a temperatura para os óleos de soja para a utilização de acordo com a presente invenção. As cruzes designam os resultados para E4, contendo 74,36% do oleico (74%);
[022] Os X designam os resultados para a matéria prima (commodity) óleo de soja (Cm) com 21% do ácido oleico e 61% dos poli- insaturados.
[023] Os triângulos designam os resultados para uma mistura do óleo de soja com 70% de oleico e 16% de poli-insaturados.
[024] Os losangos designam os resultados para uma mistura do óleo de soja com 65% de oleico e 20% de poli-insaturados.
[025] A Figura 8 mostra a variação do Df versus o teor do ácido oleico para os óleos de soja misturados em duas temperaturas diferentes (linha superior: 130°C; linha inferior: 90°C).
[026] A Figura 9 mostra o fator de perda dielétrico (Df) versus a temperatura para os fluídos comparativos C1 (FR3) e C2 (Biotemp) e dois óleos para a utilização de acordo com a presente invenção, E2 (E1, VGO-B1) e E4 (E1, VGO-B2), em que os quadrados (■) mostram o fator de perda do fluído comparativo C1, os triângulos abertos (A) mostram o fator de perda para o fluído comparativo 02, os losangos (♦) mostram o fator de perda para um óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção E2 e E4.
[027] A Figura 10 mostra o fragmento PHP19340A.
[028] A Figura 11 mostra o fragmento PHP17752A.
[029] A Figura 12 mostra o plasmídeo PHP19.340
[030] A Figura 13 mostra o plasmídeo PHP17.752.
[031] A SEQ ID No:1 apresenta a seqüência de nucleotídeos do plasmídeo PHP 19340A.
[032] A SEQ ID No:2 apresenta a seqüência de nucleotídeos do plasmídeo PHP17752A.
[033] A SEQ ID No:3 apresenta a seqüência de nucleotídeos do plasmídeo PHP19340
[034] A SEQ ID No:4 apresenta a seqüência de nucleotídeos do plasmídeo PHP17752.
[035] As expressões ‘fator de perda dielétrica’, ‘valor de perda dielétrica’, ‘valor Df’, ‘Df’ ou ‘perda de dissipação dielétrica’ são utilizadas intercambiavelmente no presente. Df e delta Tan são freqüentemente citados no estado da técnica como sendo equivalentes.
[036] A expressão “E1” se refere a todos os óleos de soja de alto teor oleicos da presente invenção e inclui o intervalo das composições de ácidos graxos mostrados na Tabela 1 e inclui, sem limitação, os seguintes óleos: VGO- B1, VGO-B2, HOSO, o óleo de soja oleico 70% mostrado na Tabela 6, E2 e E4.
[037] Os teores dos óleos de ácido graxo podem ser determinados através da cromatografia gasosa com detecção por ionização de chama, ou de cromatografia líquida de fase reversa com detecção por fluorescência. As porcentagens citadas se referem à porcentagem expressa como %, isto é, a área sob o pico de um ácido graxo específico dividida pela soma das áreas dos picos de todos os ácidos graxos em uma amostra particular, salvo indicação em contrário.
[038] O teor dos óleos tocoferóis é determinado utilizando um método HPLC.
[039] Os Depositantes revelaram que um óleo de soja com um teor relativamente alto (isto é, pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% dos ácidos graxos) de ácidos graxos monoinsaturados Cu a C22, e menos de 16%, de preferência, menos de 7%, de maior preferência, menos de 6% dos ácidos graxos poli-insaturados oferecem desempenho particularmente bom como um fluído dielétrico de transferência de calor.
[040] De maior preferência, o óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção contém pelo menos 80% do teor dos ácidos graxos monoinsaturados C14 a C22, particularmente de preferência, pelo menos 82%, de preferência, pelo menos 84% do teor dos ácidos graxos monoinsaturados C14 a C22, ou de ou cerca de 85% do teor dos ácidos graxos monoinsaturados Ci4 a C22.
[041] De maior preferência, o óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção possui menos de 4% de ácidos graxos poli- insaturados.
[042] Em uma realização preferida, o óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção possui pelo menos 80% do teor dos ácidos graxos monoinsaturados Cu a C22, e menos de 4% de ácidos graxos poli-insaturados.
[043] De maior preferência, os ácidos graxos monoinsaturados são os ácidos graxos monoinsaturados C18. De maior preferência, eles são o ácido oleico.
[044] De maior preferência, os ácidos graxos poli-insaturados são os ácidos graxos Cw contendo duas ou três duplas ligações, por exemplo, o C18:2 e/ou C18:3.
[045] De preferência o C18:2 é menor ou igual a 5%.
[046] De maior preferência, o óleo de soja contem um teor de C18:1 superior a cerca de 75% das porções de ácidos graxos, e um teor combinado de C18:2 e C18:3 inferior a 7%, de maior preferência, inferior a 6% dos ácidos graxos.
[047] Em uma realização preferida, o óleo de soja contem um teor de ácido graxo saturado inferior a ou cerca de 12%, de maior preferência, inferior a ou cerca de 10%. Um maior teor de ácido graxo saturado leva a um ponto de fluidez indesejavelmente maior e a uma menor capacidade de transferência de calor dinâmica.
[048] Em uma realização particularmente preferida, o óleo de soja contém o seguinte teor de ácido graxo: de ou cerca de 6% do C16:0, 3% do C18:0, 86% do C18:1, 2% do C18:2 e de 0 a 2% do C18:3.
[049] Em outra realização particularmente preferida, o óleo de soja contém o seguinte teor de ácido graxo: de ou cerca de 6% do C16:0, 4% do C18:0, 79% do C18:1,4% do C18:2 e 2% do C18:3.
[050] Em outra realização preferida, o óleo de soja contém o seguinte teor de ácido graxo: de ou cerca de (vide tabela abaixo):
[051] O óleo de soja preferido contém um teor de água inferior a ou cerca de 300 ppm.
[052] Em uma realização preferida, o óleo de soja, adicionalmente, compreende os antioxidantes tocoferóis. De preferência, os tocoferóis estão presentes em uma concentração de pelo menos 85 mg/100 g de óleo, de maior preferência, de pelo menos 100 mg/100 g de óleo, medida por um método de HPLC conhecido. O tocoferol pode ser selecionado a partir de tocoferóis naturais, em particular os tocoferóis alfa-, beta-, gama- e delta-, e misturas destes.
[053] Em uma realização particularmente preferida, o óleo de soja contém um teor de tocoferol conforme medido por um método de HPLC conhecido de ou cerca de 160 mg/100 g de óleo, e contém o seguinte teor de ácido graxo: de ou cerca de 6% do C16:0, 3% do C18:0, 86% do C18:1, 2% do C18:2 e 2% do C18:3.
[054] Em outra realização particularmente preferida, o óleo de soja contém um teor de tocoferol conforme medido por um método de HPLC conhecido de ou cerca de 160 mg/100 g de óleo, e contém o seguinte teor de ácido graxo: de ou cerca de 6% do C16:0, 4% do C18:0, 79% do C18:1, 4% do C18:2 e 2% do C18:3.
[055] O tocoferol é, de preferência, o tocoferol que está presente no óleo de soja ou em qualquer outro óleo vegetal derivado a partir da fonte vegetal ou de extratos vegetais naturais, NPE (isto é, ao contrário do tocoferol sintetizado que é adicionado).
[056] O óleo de soja pode ainda compreender aditivos conhecidos no estado da técnica, que incluem geralmente menos do que 5% em peso do líquido de transferência de calor dielétrico, por exemplo: os bactericidas, quelantes de metais, inibidores de corrosão, antioxidantes, estabilizadores de calor, reguladores da viscosidade, rebaixadores do ponto de fluidez, incluindo o extrato vegetal natural que promove essas funcionalidades, etc.
[057] O óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção pode ser misturado com outros fluídos utilizados para os fluídos dielétricos de transferência de calor, tais como outros óleos vegetais, óleo mineral, etc.
[058] Em uma realização particularmente preferida, o óleo é derivado da soja preparado por manipulação recombinante para fornecer maior expressão da atividade do gene que codifica a oleoil 12-desaturase.
[059] Uma descrição exemplar de uma manipulação genética adequada em sojas é descrita na patente US 5.981.781 (El du Pont de Nemours and Company), e é detalhada abaixo:
[060] Na soja (Glycine max) existem dois genes que codificam a atividade da oleoil 12-desaturase, um dos quais (GmFad 2-1) é expresso apenas na semente em desenvolvimento (Heppard el al., (1996). Plant Physiol 110:311-319). A expressão deste gene aumenta durante o período de depósito de óleo, começando em torno de 19 dias após o florescimento, e seu produto gene é responsável pela síntese dos ácidos graxos poli-insaturados encontrados no óleo de soja. O GmFad 2-1 é descrito em detalhes por Okuley, J. el al. (1994) Plant Cell 6:147-158 e no documento WO 94/11516. Está disponível a partir da ATCC na forma de plasmídeo pSF2-169K (número de acesso ATCC 69.092). O outro gene (GmFad 2-2) é expresso na semente, folha, raiz e caule da planta de soja a um nível constante e é o gene 12- desaturase de “manutenção”. O produto do gene Fad 2-2 é responsável pela síntese dos ácidos graxos poli-insaturados das membranas celulares.
[061] O GmFad 2-1 foi colocado sob o controle de um promotor forte de sementes específicas derivadas da α’-subunidade do gene beta- conglicinina de soja (Glycine max). Esse promotor permite a expressão de sementes específicas de alto nível do gene característico. Ele abrange os 606 pb upstream do códon inicial da subunidade α da proteína de armazenamento β-conglicinina Glyycine max. A seqüência do promotor da β-conglicinina representa um alelo do gene β-conglicinina publicado (Doyle el al., (1986) J. Bid. Chem. 261:9.228-9.238) com diferenças nas 27 posições de nucleotídeos. Isto mantém os padrões de expressão das sementes específicas em plantas transgênicas (Barker el al., (1988) Proc. Natl. Acad. Sei. 85:458-462 e Beachy el al., (1985) EMBO J. 4:3047 -3053). O quadro de leitura foi encerrado com um fragmento 3’ a partir do gene faseolamina do feijão verde (Phaseolus vulgaris). Este é um trecho de 1.174 pb das seqüências 3’ do códon de terminação do gene faseolamina Phaseolus vulgaris (originado a partir do clone descrito em Doyle el al., 1986).
[062] O quadro de leitura aberta (ORF) do GmFad 2-1 estava em uma orientação senso em relação ao promotor, de modo a produzir um gene silenciador do cDNA GmFad 2-1 senso e do gene GmFad 2-1 endógeno. Esse fenômeno, conhecido como “supressão senso ” é um método eficaz para deliberadamente desligar os genes em plantas e está descrito na patente US 5.034.323.
[063] Para a manutenção e replicação do plasmídeo em E. coli a unidade de transcrição do GmFad 2-1 acima descrita foi clonada no plasmídeo pGEM-9z (-) (Promega Biotech, Wisconsin Madison, EUA).
[064] Para a identificação de plantas de soja transformadas, o gene β-glucuronidase (GUS) foi utilizado a partir de E. coli. O cassete utilizado consistia de três módulos; o promotor 35S do vírus do mosaico da couve-flor, o gene β-glucuronidase (GUS) da E. coli e um fragmento de DNA de 0,77 kb contendo o terminador do gene da nopalina sintase (NOS) do plasmídeo Ti da Agrobacterium tumefaciens. O promotor 35S é uma região promotora de 1,4 kb a partir da CaMV para a expressão do gene constitutivo na maioria dos tecidos vegetais (Odell et al. (1985) Nature 303:810-812), o gene GUS é um fragmento de 1,85 kb que codifica a enzima β-glucuronidase (Jefferson el al., (1986) PNAS US 83:8447-8451) e o terminador NOS é uma porção da extremidade 3’ da região de codificação da nopalina sintase (Fraley el al., (1983) PNAS US 80:48034807). O cassete GUS foi clonado no construção 2-1/pGEM-9z GmFad (-) e foi designado pBS43.
[065] O plasmídeo PBS43 foi transformado em meristemas da linha de soja de elite A2396, pelo método de bombardeamento de partículas (Christou el al., (1990) Trends Biotechnol. 8:145-151). As plantas férteis foram regeneradas utilizando métodos conhecidos no estado da técnica.
[066] A partir da população inicial das plantas transformadas foi selecionada uma planta que estava expressando a atividade GUS e que também foi positiva para o gene GmFad 2-1 (Evento 260-05), quando avaliada por PCR. Pequenos pedaços foram tomados a partir de um número de sementes de plantas R1 260-05 e selecionados para a composição de ácidos graxos. O pedaço de semente foi então plantado e germinado. O DNA genômico foi extraído a partir das folhas das plantas e cortado com a enzima de restrição Bam Hl. Os borrões (blots) foram sondados com uma sonda de faseolina.
[067] A partir do padrão de hibridização de DNA, ficou claro que no evento de transformação original, a construção GmFad 2-1 havia se tomado integrada em dois loci diferentes no genoma da soja. Em um locus (Locus A) a construção GmFad 2-1 estava causando um silenciamento do gene endógeno GmFad 2-1, resultando em um teor relativo do ácido oleico cerca de 85% (em comparação com cerca de 20% em variedades de soja elite). No locus A, havia duas cópias de pBS43. No blot de hibridação do DNA, isto foi observado como duas bandas de co-segregação. No outro locus de integração (Loco B) o GmFad 2-1 foi muito expressado.
[068] As linhas segregates de quarta geração (plantas R4), geradas a partir do transformante original, cresceram até a maturidade. As sementes R4, que continham apenas o Locus A de silenciamento (por exemplo, G94-1) não continham qualquer mRNA GmFad 2-1 detectável (quando medida por Northern blotting) em amostras recuperadas 20 dias após a floração. O mRNA GmFad 2-2, embora um pouco reduzido em comparação aos controles, não foi suprimido. Portanto, a construção GmFad 2-1 senso obteve o efeito desejado de impedir a expressão do gene GmFad 2-1 e, assim, aumentar o teor de ácido oleico da semente. Todas as plantas homozigotas para o locus de silenciamento GmFad 2-1 possuíam um perfil de Soutthern blot idêntico em relação a uma série de gerações. Isto indica que a inserção foi estável e na mesma posição no genoma em pelo menos quatro gerações.
[069] O óleo de soja é extraído a partir da planta fonte utilizando métodos conhecidos de extração. Os métodos preferidos de extração são aqueles que evitam as etapas que resultam em destruição do teor de tocoferol natural. Por exemplo, de preferência, se evita o aquecimento do óleo acima de 200°C por períodos prolongados, por exemplo, durante as etapas de desodorização, que pode ser reduzida ou eliminada. Em alguns casos, de preferência, se evita a hidrogenação.
[070] É também preferível obter frações do óleo que são “primeiramente” extraídas antes de uma extração mais completa do óleo da semente. A extração física é preferível à extração por solvente ou qualquer processo de extração combinada, que privilegia a etapa de extração física.
[071] Os métodos para a extração e beneficiamento das sementes de soja para produzirem o óleo e a farinha de soja são bem conhecidos em toda a indústria de beneficiamento de soja. Em geral, o óleo de soja é produzido através de uma série de etapas que realizam a extração e a purificação de um produto de óleo comestível a partir da semente de óleo.
[072] Os óleos da presente invenção não se limitam aos óleos comestíveis. Os óleos de soja e os subprodutos da soja são produzidos utilizando as etapas generalizadas mostradas no diagrama abaixo.
[073] As sementes de soja são limpas, temperadas, descascadas e flocadas o que aumenta a eficiência da extração do óleo. A extração de petróleo é normalmente realizada por extração do solvente (hexano), mas também pode ser obtida por uma combinação de pressão física e/ou extração do solvente. O óleo resultante é denominado óleo bruto. O óleo bruto pode ser degomado através de fosfolipídios hidratantes e de outros complexos lipídicos polares neutros, que facilitam sua separação da fração triglicerídea não hidratante (óleo de soja). As gomas de lecitina resultantes podem ser beneficiadas para produzirem produtos comercialmente importantes utilizados em uma variedade de alimentos e produtos industriais, tais como agentes de emulsificação e de liberação (antiaderente). O óleo degomado pode ser ainda refinado para a remoção de impurezas; principalmente de ácidos graxos livres, pigmentos e gomas residuais. O refinamento é realizado pela adição de soda cáustica, que reage com os ácidos graxos livres para formarem o sabão e que hidrata os fosfatídeos e proteínas no óleo bruto. A água é utilizada para lavar os vestígios de sabão formado durante o refinamento. O subproduto do suporte do sabão pode ser utilizado diretamente na alimentação animal ou acidulado para recuperar os ácidos graxos livres. A cor é removida através da adsorção com uma terra de branqueamento, carvão ativado em pó e/ou resina sintética neutra. Que remove a maioria dos compostos de clorofila e carotenóides.
[074] A desodorização, que é principalmente a destilação a vapor sob vácuo, é a última etapa e é projetada para remover os compostos que conferem odor ou sabor ao óleo. Uma referência mais detalhada para o beneficiamento de sementes de soja, a produção do óleo de soja, e a utilização do subproduto pode ser encontrada em Erickson, 1995, Practical Handbook of Soybean Processing and Utilization, The American Oil Chemists’ Society and United Soybean Board.
[075] Um segundo aspecto da presente invenção fornece um dispositivo para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir a energia elétrica com ou sem sinais ópticos com os mesmos, que compreende: (a) um material condutor; (b) um material dielétrico; e (c) um fluído dielétrico de transferência de calor, que é um óleo de soja, em que pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% dos ácidos graxos são os monoinsaturados Cu a C22, e menos de 16%, de preferência, menos de 7%, de maior preferência, menos de 6% dos ácidos graxos são poli- insaturados.
[076] O fluído dielétrico de transferência de calor utilizado no dispositivo da presente invenção pode ser qualquer um dos óleos preferidos para a utilização na presente invenção descritos no presente e quaisquer de suas misturas.
[077] Em uma realização preferida, o dispositivo é um transformador. Normalmente, o transformador possuirá o material condutor na forma de bobinas ou enrolamentos de fio condutor e conexões (por exemplo, cobre, alumínio, ferro, aço, prata, etc.). O material condutor é enrolado ao redor e coberto no material dielétrico, que normalmente é selecionado a partir do material fibroso tecido ou não tecido, filmes e laminados, tais como o papel, o cartão e/ou as estruturas multidimensionais. O papel ou cartão pode ser de celulose ou pode ser, por exemplo, composto de fibras de aramida, de preferência, fibras de m-aramida, poli-imidas, polifenilsulfonas, poliam idas, poliésteres (por exemplo, PET) e polietileno, e suas combinações em compósitos de diversas formas, laminados e superfícies adaptadas morfologicamente e/ou estruturas multidimensionais e misturas/híbridos dos mesmos. O material condutor e o material dielétrico são colocados em um recipiente e o fluído de transferência de calor dielétrico é adicionado para submergir ou parcialmente submergir os componentes. Alternativamente, o material dielétrico (por exemplo, o papel ou cartão) é impregnado com o fluído de transferência de calor dielétrico por absorção (“imersão”) em diversos estágios de seu processamento.
[078] Em outra realização preferida, o fluído de transferência de calor dielétrico pode ser utilizado, por exemplo, em um gerador, um condensador, um motor inversor ou elétrico, um interruptor e cabos.
[079] Um terceiro aspecto da presente invenção é um método para o pré-condicionamento de um fluído dielétrico de transferência de calor que é um triacilglicerol vegetal, que compreende a etapa de: (a) expor dito fluído em um campo eletromagnético constante e uniformemente distribuído. O campo eletromagnético pode ser aplicado de forma contínua ou em séries de pulso constante e/ou variável e seqüências de relaxamento; repetindo a exposição quantas vezes forem necessárias.
[080] O efeito benéfico do pré-tratamento se estende a todos os fluídos triacilglicerois dielétricos de transferência de calor e suas misturas e não se limitada ao fluído utilizado na utilização de acordo com a presente invenção.
[081] Em uma realização preferida, o campo eletromagnético é aplicado na forma de micro-ondas.
[082] De preferência, o campo eletromagnético é aplicado com energia suficiente e por um período de tempo suficiente para tratar o triacilglicerol vegetal pelo menos de ou a cerca de 100°C, de preferência, pelo menos de ou a cerca de 120°C, mas não superior a ou cerca de 170°C, de maior preferência não superior a ou cerca de 160°C. É particularmente preferível aquecer o triacilglicerol vegetal a ou a cerca de 140°C.
[083] Depois de expor o fluído ao campo eletromagnético, é deixado para esfriar.
[084] Em uma realização, o triacilglicerol vegetal é exposto ao campo eletromagnético como um fluído puro (isto é, em um recipiente adequado), e depois utilizado como desejado. Em outra realização, o triacilglicerol vegetal é primeiramente aplicado a um material dielétrico absorvente, tal como o papel (por exemplo, celulose ou aramida), e depois o papel embebido é submetido ao campo eletromagnético, incluindo o tratamento de processamento in-line. Tais tratamentos de processamento in-line ou off-line serão realizados, de preferência, de uma forma que maximize a exposição do óleo para o campo eletromagnético tal como a redução de gradientes, principalmente a temperatura e/ou o fluxo de radiação eletromagnética, na maior parte do material tratado. Os equipamentos de transferência de queda de filmes e/ou câmaras de gotículas são adequados.
[085] Um quarto aspecto da presente invenção é um material dielétrico que compreende uma estrutura fibrosa orgânica (por exemplo, tecidos ou têxteis tecidos ou não-tecidos) impregnada, com pelo menos 1% em peso de um triacilglicerol vegetal, de preferência, um óleo de soja, em que pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% dos ácidos graxos são os monoinsaturados Cu a C22, e menos de 16%, de preferência, menos de 7%, de maior preferência, menos de 6% dos ácidos graxos são poli-insaturados.
[086] O triacilglicerol vegetal utilizado para impregnação pode ser qualquer um dos fluídos para a utilização, de acordo com a presente invenção, descritos no presente.
[087] Em uma realização preferida, a estrutura fibrosa orgânica é um não-tecido produzido de fibras de celulose ou de aramida, poli-imidas, polifenilsulfonas, poliamidas, poliésteres (por exemplo, PET) e polietileno, e suas combinações em diversas formas compósitos, laminados e superfícies adaptadas morfologicamente e/ou estruturas multidimensionais e misturas/híbridos dos mesmos.
[088] O triacilglicerol vegetal está de preferência, presente em cerca de 1% a 10% em peso, de maior preferência cerca de 10% a cerca de 50% em peso, de maior preferência ainda, cerca de 20% a 40% em peso.
[089] Um quinto aspecto da presente invenção proporciona uma utilização de um óleo vegetal como o fluído dielétrico de transferência de calor em um dispositivo para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir a energia elétrica, em que o óleo vegetal é um triacilglicerol contendo pelo menos um ácido graxo hidróxi. De preferência, o ácido graxo hidroxila é o ácido c/s-12- hidroxioctadec-9-enóico, de preferência, com a configuração D no carbono quiral. Em uma realização particularmente preferida, todos os ácidos graxos no triacilglicerol são o ácido D-c/s-12-hidroxioctadec-9-enóico (óleo de rícino ou ácido ricinolêico) e este triacilglicerol é misturado em proporções variáveis com um triacilglicerol em que em que pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% dos ácidos graxos são os monoinsaturados Cu a C22, e menos de 16%, de preferência, menos de 7%, de maior preferência, menos de 6% dos ácidos graxos são poli-insaturados. De preferência, em uma mistura, o óleo de rícino representa de 5 a 15% do triacilglicerol.
[090] O termo “soja de alto teor oleico” se refere às sementes de soja que contêm um teor de ácido oleico de pelo menos 60%, 61%, 62%, 63%, 64%, 65%, 66%, 67%, 68%, 69%, 70%, 71%, 72%, 73%, 74%, 75%, 76%, 77%, 78%, 79%, 80%, 81%, 82%, 83%, 84%, 85%, 86%, 87%, 88%, 89%, 90%, 91%, 92%, 93%, 94% e 95%. Os materiais de partida do óleo de soja de alto teor oleico preferidos estão descritos na patente WO 94/11516, cuja descrição está incorporada no presente como referência.
[091] O termo “óleo de alto teor oleico” se refere a um óleo com um teor de ácido oleico de pelo menos 70%, 71%, 72%, 73%, 74%, 75%, 76%, 77%, 78%, 79%, 80%, 81%, 82%, 83%, 84%, 85%, 86%, 87%, 88%, 89%, 90%, 91%, 92%, 93%, 94% e 95%.
[092] Os exemplos úteis dos teores de poli-insaturados do óleo para a utilização da presente invenção são inferiores a 16%, 15%, 14%, 13%, 12%, 11%, 10%, 9%, 8%, 7%, 6%, 5%, 4%, 3%, 2%, 1%.
[093] Em um sexto aspecto, a presente invenção fornece um óleo misturado de alto teor oleico com um valor de Df aprimorado a uma temperatura constante que compreende: (d) um primeiro óleo na faixa de 1 a 100% em volume que é um óleo de soja de alto teor oleico, e (e) um segundo óleo na faixa de 1 a 100% em volume; e (f) em que o óleo misturado de alto teor oleico contém um teor de ácido oleico de pelo menos 70%, e em que o valor Df, a uma temperatura constante, do óleo misturado de alto teor oleico é aprimorado quando comparado, sob as mesmas condições, com um óleo que não contém o óleo de soja de alto teor oleico.
[094] Os exemplos úteis da porcentagem em volume para os óleos (a) e (b) do óleo misturado da presente invenção são de 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 6%, 7%, 8%, 9%, 10%, 11%, 12%, 13%, 14%, 15%, 16%, 17%, 18%, 19%, 20%, 21%, 22%, 23%, 24%, 25%, 26%, 27, 28%, 29%, 30%, 31%, 32%, 33%, 34%, 35%, 36%, 37%, 38%, 39%, 40%, 41%, 42%, 43%, 44%, 45%, 46%, 47%, 48%, 49%, 50%, 51%, 52%, 53%, 54%, 55%, 56%, 57%, 58%, 59%, 60%, 61%, 62%, 63%, 64%, 65%, 66%, 67%, 68%, 69%, 70%, 71%, 72%, 73%, 74%, 75%, 76%, 77%, 78%, 79%, 80%, 81%, 82%, 83%, 84%, 85%, 86%, 87%, 88%, 89%, 90%, 91%, 92%, 93%, 94%, 95%, 96%, 97%, 98%, 99% e 100%. A quantidade de óleo que pode ser utilizada dependerá das propriedades desejadas a serem alcançadas no produto final resultante do óleo misturado.
[095] Em um sétimo aspecto, a presente invenção fornece um óleo misturado de alto teor oleico com um valor de Df aprimorado a uma temperatura constante que compreende: (a) um primeiro óleo na faixa de 1 a 100% em volume que é um óleo de soja de alto teor oleico; e (b) um segundo óleo na faixa de 1 a 100% em volume que é um monoalquil éster de ácido oleico; e (c) um terceiro óleo na faixa de 1 a 100% em volume; e (d) em que o óleo misturado de alto teor oleico contém um teor de ácido oleico de pelo menos 70%, e em que o valor Df, a uma temperatura constante, do óleo misturado de alto teor oleico é aprimorado quando comparado, sob as mesmas condições, com um óleo que não contém o óleo de soja de alto teor oleico e/ou os ésteres purificados de ácido oleico.
[096] Os exemplos úteis da porcentagem de volume para os óleos (a) e (b) do óleo misturado da presente invenção são de 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 6%, 7%, 8%, 9%, 10%, 11%, 12%, 13%, 14%, 15%, 16%, 17%, 18%, 19%, 20%, 21%, 22%, 23%, 24%, 25%, 26%, 27, 28%, 29%, 30%, 31%, 32%, 33%, 34%, 35%, 36%, 37%, 38%, 39%, 40%, 41%, 42%, 43%, 44%, 45%, 46%, 47%, 48%, 49%, 50%, 51%, 52%, 53%, 54%, 55%, 56%, 57%, 58%, 59%, 60%, 61%, 62%, 63%, 64%, 65%, 66%, 67%, 68%, 69%, 70%, 71%, 72%, 73%, 74%, 75%, 76%, 77%, 78%, 79%, 80%, 81%, 82%, 83%, 84%, 85%, 86%, 87%, 88%, 89%, 90%, 91%, 92%, 93%, 94%, 95%, 96%, 97%, 98%, 99% e 100%. A quantidade de óleo que pode ser utilizado dependerá das propriedades desejadas a serem alcançadas no produto final resultante do óleo misturado.
[097] O óleo (b) que é um monoalquil éster de ácido oleico pode ser quaisquer ésteres de alquila C1-C12 de ácido oleico. Particularmente preferidos são os ésteres de alquila C1-C12, de maior preferência, os ésteres de alquila, tais como a metila, etila, propila, butila, pentila e ésteres hexila, tanto lineares e ramificados.
[098] O óleo descrito no presente foi testado devido a sua adequação como um fluído dielétrico de transferência de calor através da medição da perda de dissipação dielétrica, Df. Df é um parâmetro importante para comparar os fluídos utilizados para o isolamento dielétrico e/ou de transferência de calor na presença de campos elétricos e/ou magnéticos.
[099] A perda de dissipação dielétrica, Df, em parte, representa a tendência, do fluído em um campo eletromagnético alternado, de se afastar do ideal de um meio dielétrico puro, em que nenhuma perda de dissipação de energia ocorreria.
[0100] A perda dielétrica normalmente aumenta com a presença de impurezas no líquido, especialmente impurezas carregadas, com o aumento do teor de água, com os ácidos livres e com a repartição molecular do fluído em espécies menores. Além disso, a estabilidade da perda dielétrica versus a temperatura dentro de um intervalo de temperatura representativo é uma segurança de uma composição de fluído durável que exibe bom desempenho por um período de tempo prolongado (isto é, bom comportamento de envelhecimento).
[0101] A medição do Df é feita utilizando o método ASTM D924, e é baseado no princípio super-heteródino.
[0102] Em um aspecto do óleo de soja ou óleo misturado para a utilização de acordo com a presente invenção, de preferência, apresenta um Df inferior a ou de cerca de 1,2 x 10-3 quando medido a 23°C,de preferência, inferior a ou de cerca de 5,4 x 10-3 quando medido a 70°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 9,1 x 10-3 quando medido a 90°C, de preferência inferior a ou de cerca de 1,21 x 10’2 quando medido a 100°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 1,95 x 10’2 quando medido a 120°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 2,32 x 10’2 quando medido a 130°C, e de preferência, apresenta uma Df inferior a ou de cerca de 2,32 x 10’2 quando medido em um intervalo de temperatura inferior a ou de cerca de 23 a 130°C.
[0103] Em um aspecto do óleo de soja ou óleo misturado para a utilização de acordo com a presente invenção, de preferência, apresenta um Df inferior a ou de cerca de 2,5 x 10-4 quando medido a 23°C,de preferência, inferior a ou de cerca de 2,5 x 10-3, de preferência, inferior a ou de cerca de 1,5 x 10-3 quando medido a 70°C, de preferência inferior a ou de cerca de 5 x 10-3, de preferência, inferior a ou de cerca de 3 X 10-3 quando medido a 90°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 7 x 10’3de maior preferência, inferior a ou cerca de 4 x 10’3’ quando medido a 100°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 2 x 10-2, de maior preferência, inferior a ou de cerca de 7 x 10-3 quando medido a 120°C, e, de preferência, inferior a ou de cerca de 2 x 10-2, de maior preferência, inferior a ou de cerca de 1 x 10’2 quando medido a 130°C. De preferência, apresenta uma Df inferior a ou de cerca de 2 x 10-2 de maior preferência, inferior a ou de cerca de 1 x 10-2 quando medido em um intervalo de temperatura de ou de cerca de 23 a 130°C.
[0104] Em um aspecto da utilização de acordo com a presente invenção, um óleo misturado pode ser utilizado. Tais misturas são produzidas por uma mistura de óleo de soja de alto teor oleico com um teor em ácido oleico de pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% com outro óleo, de preferência, um óleo vegetal. A quantidade de óleo de soja de alto teor oleico a ser adicionada a outro óleo pode ser determinada por titulação: o óleo de soja de alto teor oleico pode ser adicionado até que o óleo misturado possua um Df inferior a ou de cerca de 1,2 x 10-3 quando medido a 23°C,de preferência, inferior a ou de cerca de 5,4 x 10-3 quando medido a 70°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 9,1 x 10-3 quando medido a 90°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 1,21 x 10-2 quando medido a 100°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 1,95 x 10-2 quando medido a 120°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 2,32 x 10-2 quando medido a 130°C e de preferência, apresenta uma Df inferior a ou de cerca de 2,32 x 10’2 em um intervalo de temperatura de ou de cerca de 23 a 130°C.
[0105] O óleo de soja de alto teor oleico que é utilizado para a mistura de preferência, possui um teor de poli-insaturados inferior a ou de cerca de 16%, de maior preferência, inferior a ou de cerca de 7%.
[0106] Em um aspecto da utilização de acordo com a presente invenção, um óleo misturado pode ser utilizado. Tais misturas são produzidas por uma mistura do óleo de soja de alto teor oleico com um teor de ácido oleico de pelo menos 70%, de preferência, pelo menos 75% com outro óleo, de preferência, um óleo vegetal. A quantidade de óleo de soja de alto teor oleico a ser adicionada a outro óleo pode ser determinada por titulação: o óleo de soja de alto teor oleico pode ser adicionado até que o óleo misturado possua um Df inferior a ou de cerca de 2,5 x 10-4 quando medido a 23°C,de preferência, inferior a ou de cerca de 2,5 x 10-3, de preferência, inferior a ou de cerca de 1,5 x 10-3 quando medido a 70°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 5 x 10-3, de preferência, inferior a ou de cerca de 3 x 10’3 quando medido a 90°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 7 x 10-3, de maior preferência, inferior a ou de cerca de 4 x 10-3 quando medido a 100°C, de preferência, inferior a ou de cerca de 2 x 10-2, de maior preferência inferior a ou de cerca de 7 x 10-3 quando medido a 120°C, e de preferência, inferior a ou de cerca de 2 x 10'2’ de preferência, inferior a ou de cerca de 1 x 10’2 quando medido a 130°C. De preferência, apresenta uma Df inferior a ou de cerca de 0,02, de maior preferência, inferior a ou de cerca de 1 x 10-2, quando medido em um intervalo de temperatura inferior a ou de cerca de 23 a 130°C. O óleo de soja de alto teor oleico que é utilizado para a mistura de preferência, possui um teor de poli- insaturados inferior a ou de cerca de 16%, de maior preferência, inferior a ou de cerca de 7%.
[0107] Uma transferência de calor dinâmica (natural ou forçada) ocorre na maioria dos equipamentos elétricos resfriados e eletricamente isolados com óleos. O aquecimento de um transformador de líquido deve ser controlado, em grande proporção pelo fluído refrigerante e dielétrico, levando- se em conta as variações muito grandes de temperatura, entre os sítios internos e os extremos de temperatura externa, no inverno e no verão. Em boas condições controladas, o transformador pode estar em operação há mais de 30 anos, mas também pode ser rapidamente danificado com desvios relativamente pequenos, às vezes inferiores a 10°C, a partir da temperatura de funcionamento ideal definida para cada categoria de transformadores e a carga de transformação de energia para a qual foram concebidas.
[0108] Pelo menos quatro importantes propriedades do óleo variam com a temperatura, cada uma delas em diversos graus, conduzindo a mudanças de propriedade reversível ou irreversível no fluído dielétrico de transferência de calor (óleo). Estas propriedades são a densidade, a condutividade térmica, a viscosidade dinâmica (todas as três diminuem com o aumento da temperatura) e o calor específico (que aumenta com o aumento da temperatura).
[0109] Para uma variação de temperatura de óleo de 25°C a 85°C, é preferível que a mudança de densidade seja inferior a ou cerca de 5%, a variação da condutividade seja inferior a ou cerca de 3%, a alteração da capacidade de calor seja inferior a ou cerca de 10%. A mudança de viscosidade é, sem dúvida, a mais significativa, uma vez que pode chegar a 50% para o mesmo intervalo de temperatura.
[0110] Portanto, a viscosidade, que contribui para a mecânica dos fluídos através do número de Re (Reynolds Re = (velocidadexdiâmetroxdensidade)/ viscosidade), afeta diretamente a capacidade de transferência de calor do fluído, resultando em uma transferência de calor menor quando a viscosidade aumenta e melhor se a viscosidade diminui.
[0111] As culturas de suspensão embriogênicas de soja são transformados pelo método de bombardeamento de partículas utilizando procedimentos conhecidos no estado da técnica (Klein el aí., (1987) Nature (Londres) 327:70 73; patente US 4.945.050;. Hazel el al., (1998) Plant Cell. Rep. 17:765 772; Samoylov el al., (1998) In Vitro Cell Dev. Biol. Plant 34:8 13). Em procedimentos de bombardeio de partículas é possível utilizar purificada (1) o DNA do plasmídeo inteiro ou, (2) fragmentos de DNA contendo apenas o(s) cassete(s) de expressão do DNA recombinante de interesse.
[0112] A matéria prima do tecido para os experimentos de transformação é obtida através da iniciação a partir das sementes de soja imaturas. Os embriões secundários são retirados a partir de explantes após 6 a 8 semanas em um meio de iniciação da cultura. O meio de iniciação é um meio ágar solidificado modificado MS (Murashige e Skoog (1962) Physiol Plant. 15:473 497) suplementado com vitaminas, 2,4-D e glicose. Os embriões secundários são colocados em frascos de cultura em meio líquido de manutenção e mantidos por 7 a 9 dias em um agitador giratório em 26 +/- 2°C em cerca de 80 pEm-2s-1 de intensidade de luz. O meio de manutenção da cultura é um meio MS modificado, suplementado com vitaminas, 2,4-D, sacarose e asparagina. Antes de bombardeio, pedaços de tecido são removidos dos frascos e mudados para uma placa de Petri de bombardeio vazia de 60X15 milímetros. O tecido é seco em papel filtro Whatman n° 2. Cerca de 100 a 200mg do tecido correspondente a de 10 a 20 pedaços (de 1 a 5 mm de tamanho de cada) são utilizados por placa de tecido bombardeado.
[0113] Após o bombardeio, o tecido de cada placa bombardeada é dividido e colocado em dois frascos de meio líquido da manutenção da cultura por placa de tecido bombardeado. Sete dias após o bombardeio, o meio líquido, em cada frasco é substituído por meio fresco da manutenção da cultura suplementado com 100 ng/mL do agente seletivo (meio de seleção). Para a seleção das células de soja transformadas, o agente seletivo utilizado pode ser um composto de sulfoniluréia (SU) com o nome químico, 2-cloro-N-((4- metóxi- 6-metil-1,3,5-triazina-2-il)aminocarbonil)benzenossulfonamida (nomes comuns: DPX-W4189 e clorossulfurona). O clorossulfurona é o ingrediente ativo do herbicida sulfoniluréia DuPont, GLEAN®. O meio de seleção contendo SU é substituído a cada semana, durante de 6 a 8 semanas. Após o período de seleção de 6 a 8 semanas, ilhas de tecidos transformados verde são observados crescendo a partir dos não transformados, os clusters embriogênicos necróticos. Estes eventos transgênicos putativos são isolados e mantidos em meios com o SU a 100 ng/mL por outras de 2 a 6 semanas com o meio mudado a cada 1 ou 2 semanas para gerar novas culturas em suspensão embriogênicas transformadas, propagadas clonalmente. Os embriões gastam um total de cerca de 8 a 12 semanas em contato com o SU. As culturas em suspensão são subcultivadas e mantidas como grupos de embriões imaturos e também regeneradas em plantas inteiras através da maturação e germinação de embriões somáticos individuais.
[0114] O evento da soja (Glycine max) foi produzido por partículas de co- bombardeamento, conforme descrito no Exemplo 1 com fragmentos PHP19.340A (Figura 10; SEQ ID No: 1) e PHP17.752A (Figura 11; SEQ ID No: 2). Esses fragmentos foram obtidos por digestão Asc I a partir de uma fonte de plasmídeo. O Fragmento PHP19.340A foi obtido a partir do plasmídeo PHP19.340 (Figura 12; SEQ ID No: 3) e o fragmento PHP17.752A foi obtido a partir do plasmídeo PHP17.752 (Figura 13; SEQ ID No: 4). O fragmento PHP19.340A contém um cassete com um fragmento de 597 bp do gene 1 (gm- fad2-1) ômega-6 desaturase microssomal da soja (Heppard el al., 1996, Plant Physiol. 110: 311-319).
[0115] A presença do fragmento gm-fad2-1 no cassete de expressão age para suprimir a expressão das desaturases ômega-6 endógenas, resultando em um aumento do nível de ácido oleico e diminuição dos níveis de ácido palmítico, linoleico e linolênico. Upstream ao fragmento gm- fad2-1 está a região promotora do gene 3 (KTi3) inibidor de tripsina Kunitz (Jofuku e Goldberg, 1989, Plant Cell 1: 1079-1093; Jofuku el al., 1989, Plant Cell 1: 427-435) que regula a expressão da transcrição. O promotor KTi3 é altamente ativo em embriões de soja e 1.000 vezes menos ativo no tecido foliar (Jofuku e Goldberg, 1989, Plant Cell 1: 1079-1093). A região 3’ não traduzida do gene KTi3 (terminador KTi3) (Jofuku e Goldberg, 1989, Plant Cell 1: 1079- 1093) termina a expressão deste cassete.
[0116] O fragmento PHP17.752A contém um cassete com uma versão modificada do gene acetolactato sintase de soja (gm-hra) que codifica a proteína gm-hra com dois resíduos de aminoácidos modificados a partir da enzima endógena e cinco aminoácidos adicionais na região N-terminal da proteína derivada da tradução do gene acetolactato sintase de soja da região 5’ não traduzida (Falco e Li, 2003, patente US 2003/0226166). O gene gm-hra codifica uma forma de acetolactato sintase, que é tolerante à classe de herbicidas sulfoniluréias. A proteína gm-hra é composta de 656 aminoácidos e possui um peso molecular de cerca de 71 kDa.
[0117] A expressão do gene gm-hra é controlada pela região 5’ promotora do gene S-adenosil-L-metionina sintetase (SAMS) a partir da soja (Falco e Li, 2003, patente US: 2003/0226166). Esta região 5’ consiste em um promotor constitutivo e um íntron que interrompe a região 5’ não traduzida SAMS (Falco e Li, 2003). O terminador para o gene gm-hra é o terminador de acetolactato sintase de soja endógeno (terminator ais) (Falco e Li, 2003, patente US: 2003/0226166).
[0118] Para a transformação do tecido da soja, uma parte linear de DNA, que contém a seqüência do gene gm-fad2-1 e os componentes regulatórios necessários para a expressão, foi retirada do plasm ideo PHP19.340 através da utilização da enzima de restrição Asc I e purificada utilizando eletroforese em gel de agarose. A porção linear de DNA, que contém as seqüências do gene gm-hra e os componentes regulatórios necessários para a expressão foram retirados do plasmídeo PHP17.752 através da utilização da enzima de restrição Asc I e purificados utilizando eletroforese em gel de agarose. A porção linear de DNA contendo o gene gm-fad2-1 é designada para inserir o PHP19.340A e possui 2924 pb de tamanho. A parte linear de DNA contendo o gene gm-hra é designada para inserir o PHP17.752A e possui 451 pb de tamanho. O único DNA introduzido no evento de transformação DP-305423-1 foi o DNA das inserções descritas acima.
[0119] As plantas transgênicas do evento DP-305423-1 foram obtidas pelo bombardeio de microprojetéis conforme descrito no Exemplo 1. As amostras de tecidos embriogênicos foram levados para análise molecular para confirmar a presença dos transgenes gm-fad2-1 e gm-hra pela análise Southern sul. As plantas foram regeneradas a partir de tecidos derivados de cada evento único e transferidas para a estufa para produção de sementes.
[0120] O DNA genômico foi extraído de tecidos congelados das folhas de soja das plantas individuais das gerações T4 e T5 de 305.423 DP 1 e do controle (variedade: Jack) utilizando um método tampão de extração de uréia padrão. O DNA genômico foi quantificado em um espectrofluorímetro utilizando o reagente Pico Green® (Sondas Moleculares, Invitrogen). Cerca de 4 mg de DNA por amostra foi digerido com Hind III ou Neo I. Para as amostras de controle positivo, cerca de 3 pg (equivalentes a 2 cópias do genoma) dos plasmídeos PHP19.340 ou PHP17.752 foram adicionados para controlar o DNA genômico de soja antes da digestão. As amostras de controle negativo consistiam do DNA genômico de soja não modificada (variedade: Jack). Os fragmentos de DNA foram separados por tamanho utilizando a eletroforese em gel de agarose.
[0121] Após a eletroforese em gel de agarose, os fragmentos de DNA foram separados, depurinados, desnaturados, neutralizados in situ, e transferidos para uma membrana de náilon em tampão de 20x SSC utilizando o método descrito para o Sistema para Transferência Descendente Rápida TURBOBLOTTER™ (Schleicher & Schuell). Após a transferência para a membrana, o DNA foi ligado à membrana por reticulação UV.
[0122] As sondas de DNA para os gm-fad2-1 e gm-hra foram marcadas com digoxigenina (DIG) através do PCR utilizando o PCR DIG Probe Synthesis Kit (Roche).
[0123] As sondas rotuladas foram hibridizadas para o DNA alvo nas membranas de náilon para a detecção dos fragmentos específicos utilizando a solução DIG Easy HYB (Roche), essencialmente, conforme descrita pelo fabricante. As lavagens de pós-hibridação foram realizadas com rigor elevado. As sondas rotuladas DIG hibridizadas aos fragmentos ligados foram detectadas utilizando o Sistema de Detecção de ácido nucléico Chemiluminescent CDP-Star (Roche). Os blots foram expostos a filmes de raios X em temperatura ambiente por um ou mais pontos de tempo para detectar fragmentos hibridizados. A composição de ácidos graxos do evento foi determinada conforme descrito no Exemplo 2. Os níveis de ácido oleico determinados em 29 eventos diferentes (T1 geração) variaram de 61,5 a 84,6%. O nível de ácido oleico de um evento (T4-T5 geração) variou de 72 a 82%.
[0124] As composições qualitativas e quantitativas dos ácidos graxos de óleos foram determinadas utilizando as modificações metodologias oficiais AOCS Ce 2-66 (Preparações de ésteres metílicos de ácidos graxos) e AOCS Ce 1e-91 (Determinação de ácidos graxos em óleos e gorduras comestíveis por DFC capilar) conforme se seguem. As matérias primas dos óleos foram preparadas pela adição de 0,5000 gm (pesadas e registradas com uma precisão de 0,0001 g) de óleo e de 0,0130 g a 0,0260 g (pesadas e registradas com uma precisão de 0,0001 g) do padrão interno (tri- pentadecanoína; NuChek Prep; Elysian MN, EUA) para um frasco volumétrico de 10 ml_, o padrão interno foi omitido quando a análise foi limitada aos dados qualitativos (% de área). Foram adicionados 7 mL de heptano e a matéria prima foi sonicada por 2 min para a dissolução completa do pó Internai Standard Powder (1ST). Após o resfriamento, à temperatura ambiente, a matéria prima foi adicionada ao heptano. As matérias primas foram preparadas imediatamente antes da análise. A série de diluição dos suportes de óleos foi, então, preparada pela adição de 0, 50, 100, (4x150), 200, 250 e 300 uL (cerca de 0 a 0,0150 g de óleo por tubo) da matéria prima do petróleo para tubos pré- rotulados (vidro de 13x100 mm com insertos de tampa de teflon; tubos VWR 53.283 800, tampas 60826-304; VWR Bridgeport NJ, EUA) e trazendo cada amostra para um volume final de 300 uL com heptano. Os tubos foram preparados através da derivatização ao embrulhar as porções tratadas com rosca com fita selante PTFE. A derivatização foi realizada da seguinte forma: Os tubos foram misturados em turbilhão e 1 mL da matéria prima de ácido de derivatização (preparado pela adição de 5 ml_ de cloreto de acetila (Fluka 00990; Sigma Aldrich St Louis MO, EUA) para 50 mL de metanol gelado anidro) foi adicionado. Os tubos foram hermeticamente fechados, re-turbilhados e incubados a 80°C em um bloco de aquecimento por 1 hora. Os tubos foram resfriados a temperatura ambiente e 1 mL de solução aquosa 1 M de NaCI foi adicionado seguido de 0,5 mL de heptano. As amostras foram vigorosamente misturadas por turbilhão e as fases foram separadas antes de transferir cerca de 200 uL da fase superior (heptano) a um frasco de amostra GC equipado com um forro (Parte n° 225350-631 SP; Wheaton, Millville NJ, EUA). As amostras foram analisadas por GC conforme segue. Um Agilent 6.890 equipado com um Omegawax 320 (Supelco, Bellefonte PA, EUA), coluna capilar (30m x 0,32 milímetros ID; espessura 0.25um). Amostras de 1 uL foram injetadas em uma razão de separação 10:01 à entrada de GC que foi aquecido a 250°C. O hidrogênio foi utilizado como o gás de arraste a uma velocidade linear de 39 cm/sec (modo de fluxo constante). A temperatura inicial do forno foi de 160°C para 4 min e a temperatura do forno foi então diminuída para 220°C em 2C/min e foi então deixada a essa temperatura por 10 min (tempo total 44 min). A detecção por ionização de chama e um NuChek Prep 461 Standard (1: 100 de diluição em heptano; NuChek Prep; Elysian MN, EUA) foi utilizado para identificar picos, por co-cromatografia. Todos os picos com área > 0,01% foram incluídos na análise.
[0125] Os teores do tocoferol foram medidos de acordo com o Método Oficial AOCS Ce 8-89 em um sistema HPLC de Agilent 1.100 equipado com uma coluna analítica 250 x 4 mm Lycoshere Si 60 (5um) e um detector de fluorescência G1321. As matérias primas do óleo, como descritas acima, sem padrão interno foram utilizadas para esta análise. Os padrões quantitativos dissolvidos em heptano foram preparados com as normas de um autêntico α (alfa), β (beta), y (gama) e δ (delta) -tocoferol (Supelco, Bellefonte PA, EUA).
[0126] As concentrações padrões foram confirmadas por espectroscopia UV utilizando os comprimentos de onda seguintes e os coeficientes de extinção [a (alfa), OD292, 0,0076; β (beta) OD296, 0,0089; y (gama) OD298, 0,0091; δ (delta) OD298, 0,0087],
[0127] Os teores do ácido graxo livres dos óleos foram realizados por titulação com um titulador Mettler-Toledo DL22 F&B (Mettler-Toledo, Columbus OH, EUA) de acordo com o protocolo dos fabricantes M345 (número ácido dos óleos comestíveis).
[0128] Os valores dos peróxidos dos óleos foram realizados por titulação iodométrica utilizando um titulador Mettler-Toledo DL22 F&B (Mettler- Toledo, Columbus OH, EUA) de acordo com o protocolo dos fabricantes M346 (índice de peróxidos em óleos e gorduras comestíveis).
[0129] Os valores da p-anisidina foram determinados em óleos de acordo com o método oficial AOCS Cd 18-90.
[0130] O índice de estabilidade oxidativa foi medido em 5,0 +/- 0,2 g de amostras de amostras de óleo puro (com ou sem aditivos) de acordo com o método oficial AOCS Cd 12b-92, utilizando um Instrumento de Estabilidade Oxidativo OSI-24. O controle de instrumentos e análise de dados foram realizados utilizando o OSI Program v8.18 e o software Instacal 5.33 (Omnion, Inc, Rockland MA, EUA). TABELA 1 PERFIL DOS ÁCIDOS GRAXOS DE ALGUNS ÓLEOS DE SOJA
[0131] Por esta Tabela 1, a porcentagem (%) dos ácidos graxos relaciona o ácido graxo individual à soma dos cinco principais ácidos graxos indicados. Outros tipos de ácidos graxos que às vezes estão presentes e representam menos de 3% do total de ácidos graxos não são considerados para fins de comparação.
[0132] Os intervalos de valores para os cinco principais ácidos graxos na matéria-prima de óleo de soja são obtidos a partir de “The Lipid Handbook’ 2a ed., (1994) Gunstone, F.D., Harwood, J.L., Padley, F.B., Chapman & Hall. 16:0 = ácido palmítico, 18:0 = ácido esteárico, 18:1 = ácido oleico, 18:2 = ácido linoleico, 18:3 = ácido linolênico.
[0133] O fator de perda (Df) foi medido utilizando o método ASTM D924 para os fluídos dielétricos de transferência de calor na Tabela 2, em diferentes temperaturas. O fator de perda foi plotado versus temperatura.
[0134] Os resultados são mostrados na Figura 1, em que os quadrados (■) e triângulos (A) mostram o fator de perda para o fluído comparativo C1 (medido em dois momentos diferentes), o xis (X) mostra o fator de perda para o fluído comparativo C2, os losangos (♦) mostram o fator de perda para um óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção E1, e os círculos preenchidos (•) mostram o fator de perda para o óleo mineral, que está incluído como referência. TABELA 2 FLUÍDOS DIELÉTRICOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR UTILIZADOS PARA OS EXPERIMENTOS TABELA 3 COMPOSIÇÃO DETALHADA DO ÁCIDO GRAXO DO FLUÍDO DIELÉTRICO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E1 UTILIZADO PARA OS EXPERIMENTOS
[0135] Está claro a partir da Figura 1 que o óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção (E1) apresenta um fator de perda dielétrica baixa que permanece relativamente consistente com o aumento da temperatura, enquanto que a de outros óleos vegetais (C1 e C2) apresentam aumento significativo no fator de perda com o aumento da temperatura.
[0136] Os resultados são mostrados em forma de tabela na Tabela 4. TABELA 4 DF PARA OS ÓLEOS E1 EM DIVERSAS TEMPERATURAS
[0137] A tensão de ruptura dielétrica é um parâmetro essencial para comparar os fluídos utilizados para o isolamento dielétrico e/ou troca de calor na presença de campos elétricos e magnéticos. É também uma indicação relevante das características de arco de transmissão do fluído.
[0138] A tensão de ruptura dielétrica, medida de acordo com o método ASTM D877, caracteriza o limite do desempenho do fluído dielétrico, que é uma propriedade granel fornecendo acesso indireto à tensão máxima em que o dielétrico pode ser utilizado e sua capacidade de sustentar eventuais pulsos de tensão.
[0139] O óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção (E1) possui uma tensão de ruptura em 23° C na faixa de 57 a 66 kV. Em contraste, os dois fluídos comparativos C1 e C2 possuem tensões de ruptura na faixa de 47 a 65 kV a 25°C, isto é, significativamente mais amplas e mais baixas. O fluído para a utilização de acordo com a presente invenção (E1) é claramente superior, exibindo também uma maior consistência versus a transmissão de arco.
[0140] O fluído para a utilização de acordo com a presente invenção (E1), bem como os dois fluídos comparativos (C1 e C2) de uma massa de 2,6 g foram expostos a um tratamento de micro-ondas comercial de um minuto em uma potência máxima de 900 W. Essas condições foram selecionadas para a produção de um fluído de temperatura inferior a 200°C e. de preferência, inferior a 160°C, a fim de manter a integridade molecular dos componentes essenciais do fluído.
[0141] A fim de demonstrar os benefícios do método de pré- tratamento por exposição de micro-ondas eletromagnéticas (Exemplo 8), diversos fluídos vegetais dielétricos de transferência de calor foram submetidos à calorimetria diferencial de varredura acoplado à análise termogravimétrica, com e sem pré-tratamento.
[0142] As condições específicas e referências dos equipamentos estão fornecidas abaixo.
[0143] Equipamento: Instrumento Ta 2960 SDT-CE5275 (simultaneamente realizando DSC-TGA - calorimetria diferencial de varredura e análise termogravimétrica).
[0144] Condições de teste: 10°C/min até 650 (°C) Fluxo de ar: 100 mL/min Composição do ar N2: 78,09% O2: 20,95%: Ar: 0,93% CO2: 0,03
[0145] A Figura 2 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linha pontilhada) e depois (linhas sólidas) que um grau farmacêutico do óleo ricinoleico é exposto ao tratamento de micro-ondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[0146] A definição do sinal de fluxo de calor e sua força relativa mostram claramente um pré-condicionamento benéfico do óleo através do processo de tratamento eletromagnético de micro-ondas e método do mesmo, conforme é mostrado, por exemplo, pela nitidez dos picos, o início e as temperaturas de início após o pré-tratamento.
[0147] A Figura 3 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linha pontilhada) e depois (linhas sólidas) que a classe comercial de óleo de girassol de alto teor oleico, o fluído comparativo C2, é exposto ao tratamento de micro-ondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[0148] A definição do sinal de fluxo de calor e sua força relativa mostram claramente um pré-condicionamento benéfico do óleo através do processo de tratamento eletromagnético de micro-ondas e método do mesmo, conforme é mostrado, por exemplo, pela nitidez dos picos, o início e as temperaturas de início após o pré-tratamento.
[0149] A Figura 4 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linha pontilhada) e depois (linhas sólidas) que a classe comercial de óleo de soja normal, o fluído comparativo C1, é exposto ao tratamento de micro-ondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[0150] A definição do sinal de fluxo de calor e sua força relativa mostram claramente um pré-condicionamento benéfico do óleo através do processo de tratamento eletromagnético de micro-ondas e método do mesmo, conforme é mostrado, por exemplo, pela nitidez dos picos, o início e as temperaturas de início após o pré-tratamento.
[0151] A Figura 5 mostra o padrão termogravimétrico e o fluxo de calor gerado antes (linha pontilhada) e depois (linhas sólidas) que o fluído para a utilização da presente invenção, E1, foi exposto ao tratamento de micro- ondas eletromagnéticas do Exemplo 8.
[0152] A definição do sinal de fluxo de calor e sua força relativa mostram claramente um pré-condicionamento benéfico do óleo através do processo de tratamento eletromagnético de micro-ondas e método do mesmo, conforme é mostrado, por exemplo, pela nitidez dos picos após o pré- tratamento.
[0153] Nota: o efeito benéfico do pré-tratamento se estende a todos os fluídos dielétricos de transferência de calor triacilglicerois e suas misturas, e não se limita ao fluído utilizado na utilização de acordo com a presente invenção.
[0154] O transformador de isolamento do papel Kraft comercialmente disponíveis pela Weidmann AG, Rapperswill, Suíça, foi impregnado à temperatura ambiente, através de um processo de imersão que ocorre naturalmente, com uma quantidade equivalente a 30% em peso do fluído para a utilização de acordo com a presente invenção. O peso inicial específico do papel foi de 95 g/m2
[0155] Uma amostra de tal papel embebido foi submetida ao método de pré-tratamento de micro-ondas do Exemplo 8, e uma segunda amostra não foi.
[0156] A Figura 6 mostra o comportamento térmico do papel Kraft sem tratamento (linha sólida), do papel Kraft embebido com o fluído para a utilização de acordo com a presente invenção (linhas pontilhadas) e do papel Kraft embebido com o fluído para a utilização de acordo com a presente invenção e pré-tratados com micro-ondas de acordo com o exemplo 8 (linhas traço-ponto).
[0157] O papel Kraft embebido com o fluído para a utilização de acordo com a presente invenção resulta em um aprimoramento da resistência térmica do papel de 20 a 40°C. O pré-tratamento de micro-ondas resulta em um novo reforço de 10°C.
[0158] A impregnação pode ser feita durante a fabricação do papel ou depois desta. O tratamento de micro-ondas pode ser repetido tantas vezes quanto forem necessárias, e pode ser realizado através da exposição de dito fluído para um campo eletromagnético distribuído constante e uniformemente aplicado de forma contínua ou em séries de pulsos constantes e/ou variáveis e seqüências de relaxamento; repetindo a seqüência de exposição quantas vezes forem necessárias. O Depositante revelou, por exemplo, que a exposição de 7,2g de óleo da presente invenção a 20 ciclos de pulso de micro-ondas de 10 s 300W e relaxamento de 50 s foram eficazes no pré-condicionamento do óleo sem causar danos que podem ser provocados pela exposição prolongada de maior energia de micro-ondas.
[0159] O óleo embebido pode ser quaisquer misturas de óleo da presente invenção. Um óleo da presente invenção misturado com 20% de uma matéria-prima de óleo de linhaça apresentou propriedades surpreendentemente boas de vedação que são especialmente valiosas em dispositivos elétricos selados da presente invenção, especialmente os transformadores, que tendem a micro-vazamentos com o tempo, especialmente para aqueles utilizados por um período de tempo relativamente longo, tais como de 20 a 30 anos. A natureza de vedação do óleo das misturas da presente invenção é especialmente apreciada. Revelou-se que o óleo vegetal epoxidado natural ou sintetizado também apresenta efeito de vedação similar ao papel isolante, bem como nas interfaces de vedação.
[0160] O tratamento de papel com o óleo da presente invenção e/ou suas misturas, possui efeito valioso no comportamento visco elástico do papel e sua resistência mecânica para perfurar e rasgar, por exemplo, conduzindo ao aumento da resistência do papel apreciada para prolongar a vida útil do dispositivo elétrico, tais como os transformadores preenchidos com líquido.
[0161] Verificou-se que sob envelhecimento moderado (88 horas a 170°C em um forno de ar ventilado) a viscosidade dinâmica de uma comodite óleo de soja convencional com cerca de 21% dos monoinsaturados C18/1, aumentou de forma irreversível de 60 para 180 mPa.s, medida em 23°C. Além disso, o óleo convencional apresentou uma mudança de cor forte a partir de um amarelo pálido para uma cor rosa. Isso representa um aumento de 3X na viscosidade dinâmica durante um período relativamente curto de tempo. Esse aumento na viscosidade dinâmica pode conduzir a uma necessidade de ajuste de 25% do volume distribuído e compensação da queda de pressão dentro de um transformador.
[0162] Um óleo para a utilização de acordo com a presente invenção, E1, foi submetido ao envelhecimento de mesmo calor, e nenhuma mudança foi observada na viscosidade da dinâmica.
[0163] Este tipo de propriedade torna o óleo particularmente útil como um fluído dielétrico de transferência de calor.
[0164] Um experimento foi realizado para determinar o efeito do teor do ácido oleico em Df versus o comportamento da temperatura.
[0165] Uma determinada quantidade de um óleo de soja com baixo teor linoleico (LL) com o perfil da composição de ácidos graxos (“FAC”) fornecida na Tabela 6 foi misturada com um óleo para a utilização da presente invenção, E4, do perfil fornecido na Tabela 6 para a produção de óleos misturados correspondente a 70% e 65% das misturas do óleo do ácido oleico fornecidas na Tabela 6. Uma amostra da matéria-prima do óleo de soja (Cm) do perfil FAC fornecida na Tabela 6 serviu como um representante de uma amostra de óleo de menor teor oleico. TABELA 6 A FAC DE DIVERSOS ÓLEOS DE SOJA E ÓLEOS DE SOJA MISTURADOS UTILIZADOS PARA o EXEMPLO 13.
[0166] As amostras dos óleos e misturas listadas na Tabela 6 foram submetidas à análise Df conforme descritas no Exemplo 6, medindo o Df como uma função da temperatura, em temperaturas variando de 23 a 130°C.
[0167] As Figuras 7A e 7B mostram a variação do Df como uma função da temperatura para os óleos e óleos misturados listados na Tabela 6. A Figura 7A mostra os óleos da presente invenção que compreendem 78% do ácido oleico (E2), comparado à matéria-prima de óleo e 65% de uma mistura de ácido oleico e 70% de uma mistura de ácido oleico. A Figura 7B mostra óleos da presente invenção que compreendem 74% de um teor de ácido oleico (E4) em comparação à matéria-prima de óleo e 65% de uma mistura de ácido oleico e 70% de uma mistura de ácido oleico.
[0168] Na Figura 7A os quadrados designam os resultados para E2 (“HOSO”), com 77,74%.de ácido oleico
[0169] Os Xs na Figura 7B designam os resultados para E4, com 74,36% de teor oleico (74%);
[0170] Os asteriscos nas Figuras A e B designam os resultados para a matéria-prima do óleo de soja (Cm) com 21% do ácido oleico e 61% dos poli-insaturados.
[0171] Os triângulos designam os resultados para uma mistura de óleo de soja com 70% de teor oleico e 16% de poli-insaturados nas Figuras 7A e 7B.
[0172] Os losangos designam os resultados para uma mistura de óleo de soja com 65% de teor oleico e 20% de poli-insaturados nas Figuras 7A e 7B.
[0173] Está claro a partir das Figuras 7A e 7B que os óleos para a utilização, de acordo com a presente invenção E1, apresentam comportamento superior sobre os outros óleos, em que o Df é menor e fica mais baixo sobre o intervalo de temperaturas de 23 a 130°C. Além disso, os óleos da presente invenção E1, tais como, por exemplo, 70% da mistura de ácido oleico, o óleo E2 e o óleo E4 apresentam menor aumento do Df com a temperatura.
[0174] A matéria-prima do óleo de soja Cm sem aπtioxidaπtes e outros aditivos responde de forma semelhante ao óleo de soja comercial C1 que contém aditivos tradicionais para as aplicações do transformador.
[0175] A Figura 8 mostra a variação do Df como uma função do teor oleico em porcentagem, em duas temperaturas (130°C, linha superior, e 90°C, linha inferior). Pode ser observado na Figura 8 que, em ambas as temperaturas, o Df diminui a medida que o teor de ácido oleico aumenta, com uma diminuição acentuada a partir de ou de cerca de 65% do ácido oleico para de ou cerca de 70% do ácido oleico O óleo utilizado para este experimento foi o óleo E2 como um exemplo para um dos óleos da presente invenção.
[0176] Um experimento adicional foi realizado para medir o Df como uma função da temperatura (de acordo com o Exemplo 6) utilizando dois óleos de soja diferentes para a utilização de acordo com a presente invenção, E2 e E4, em comparação com o óleo de girassol de alto teor oleico (84% de ácido oleico, 8% de polinsaturados totais), e óleos C1 e C2. A FAC dos óleos está listada na Tabela 7. TABELA 7 FAC DOS ÓLEOS UTILIZADOS NOS EXPERIMENTOS DO EXEMPLO 14
[0177] O Df foi medido em diferentes temperaturas de acordo com o Exemplo 6. Os resultados estão listados na Tabela 8. Os resultados mostram claramente que os óleos E2 e E4, que são os óleos de soja para a utilização de acordo com a presente invenção, apresentam Dfs significativamente menores no intervalo de temperatura de 23 a 130°C, e apresentam aumento menor no Df em altas temperaturas do que os óleos comparativos. Os dados do Df do girassol de alto teor oleico estão localizados entre o E4 e o C1, perto do C1, indicando uma variação significativa dos valores do Df do girassol de alto teor oleico no intervalo de temperatura de 23 a 130°C. O girassol de alto teor oleico sem antioxidantes e outros aditivos responde de forma semelhante ao girassol comercial de alto teor oleico C2 que contém aditivos tradicionais para as aplicações do transformador. TABELA 8 DF DOS ÓLEOS EM DIVERSAS TEMPERATURAS
[0178] A Figura 9 mostra de forma gráfica o fator de perda dielétrica (Df) versus a temperatura para os fluídos comparativos C1 e C2 e para os óleos E2 e E4, em que os quadrados (■) mostram o fator de perda do fluído comparativo, C1,e os triângulos abertos (A) mostram o fator de perda para o fluído comparativo C2, os losangos (♦) mostram o fator de perda para um óleo de soja para a utilização de acordo com a presente invenção E2 e E4, linha inferior E2 , linha superior E4.
Claims (13)
1. USO DE UM ÓLEO DE SOJA COMO UM FLUÍDO DIELÉTRICO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM UM DISPOSITIVO, caracterizado por ser para gerar, armazenar, converter e/ou distribuir energia elétrica, em que o óleo de soja é um óleo em que pelo menos 70% dos ácidos graxos são monoinsaturados Cu a C22, e menos de 16% dos ácidos graxos são poli-insaturados, em que o óleo de soja compreende adicionalmente antioxidantes tocoferóis em uma concentração de pelo menos 85 mg/100 g de óleo, e em que as porcentagens se referem à porcentagem relativa que expressa a área sob os picos de um ácido graxo específico dividida pela soma das áreas dos picos de todos os ácidos graxos, conforme determinado por cromatografia gasosa com detecção por ionização de chama, ou por cromatografia líquida de fase reversa com detecção por fluorescência.
2. USO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo óleo de soja possuir menos de 6% dos ácidos graxos poli-insaturados.
3. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelo óleo de soja possuir pelo menos 80% de teor de ácidos graxos monoinsaturados C14 a C22.
4. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo óleo de soja possuir um teor de ácido graxo saturado inferior a 12%, preferencialmente em que 0 óleo de soja possui um teor de ácido graxo saturado inferior a 10%, mais preferencialmente em que o óleo de soja possui menos de 4% de ácidos graxos poli-insaturados.
5. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelos ácidos graxos monoinsaturados serem ácidos graxos monoinsaturados C18.
6. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelos ácidos graxos monoinsaturados serem ácido oleico.
7. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelos ácidos graxos poli-insaturados serem ácidos graxos Cie possuindo duas ou três duplas ligações, de preferência C18:2 e/ou C18:3.
8. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo óleo de soja possuir o seguinte teor de ácido graxo: de 6% de 016:0,3% de 018:0,86% de 018:1,2% de 018:2 e 2% de 018:3; ou em que o óleo de soja possui o seguinte teor de ácido graxo: de 6% de 016:0,4% de 018:0,79% de 018:1, 4% de 018:2, 2% de 018:3; ou em que o óleo de soja possui o seguinte teor de ácido graxo: de 7% de 016:0,4% de 018:0, 70% de 018:1,13% de 018:2,3% de 018:3; ou em que o óleo de soja possui o seguinte teor de ácido graxo: de 6% de 016:0,4% de 018:0, 74% de 018:1,9% de 018:2,3% de 018:3; ou em que o óleo de soja possui o seguinte teor de ácido graxo: de 6% de 016:0, 4% de 018:0, 78% de 018:1,4% de 018:2,2% de 018:3.
9. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo tocoferol ser tocoferol de ocorrência natural.
10. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo óleo de soja ser derivado de uma semente de planta que foi geneticamente manipulada para aumentar a expressão do gene que codifica oleoil 12-desaturase.
11. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo teor de C18:2 ser inferior a 5%.
12. DISPOSITIVO PARA GERAR, ARMAZENAR, CONVERTER E/OU DISTRIBUIR ENERGIA ELÉTRICA, caracterizado por compreender: (a) um material condutor; (b) um material dielétrico; e (c) um fluído dielétrico de transferência de calor, que é um óleo de soja, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, preferencialmente em que o material dielétrico é papel ou cartão produzido de celulose ou aramida, poli-imidas, polifenilsulfonas, poliamidas, poliésteres (por exemplo, PET) e polietileno, e suas combinações em diversas formas tais como compósitos, laminados e superfícies adaptadas morfologicamente e/ou estruturas multidimensionais e misturas/híbridos dos mesmos.
13. MATERIAL DIELÉTRICO, caracterizado por compreender uma estrutura fibrosa orgânica (por exemplo, tecida ou não tecida) impregnada com pelo menos 10% em peso de um óleo de soja, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11.
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