BRPI1003422A2 - sabço em barra contendo partÍculas em fase de hidrogel - Google Patents
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Abstract
SABçO EM BARRA CONTENDO PARTÍCULAS EM FASE DE HIDROGEL A presente invenção refere-se a um sabão sólido triturável. O sabão sólido triturável contém uma base para sabão de fase sólida e partículas de fase de hidrogel dispersas na dita base para sabão. As partículas da fase de hidrogel agem como cargas para produzir um sabão sólido com baixa matéria graxa total.
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SABÃO EM BARRA CONTENDO PARTÍCULAS EM FASE DE HIDROGEL".
CAMPO DA TÉCNICA
A presente invenção refere-se a um sabão para limpeza em bar- ra. Em particular, a invenção refere-se a um sabão em barra para limpeza com baixa matéria graxa total (TFM) que tem propriedades aceitáveis para os consumidores, particularmente barras produzidas por amalgamento, mo- agem, extrusão e estampagem. ANTECEDENTES
Os sabões em barra tradicionais são produzidos a partir de uma
massa para sabão (soap noodles), com 70% em peso ou mais de material graxo total (TFM), 10 a 14%, em peso, de água, e incluem outros aditivos (como dióxido de titânio, tensoativos e fragrância). Estas barras são produzi- das principalmente pela mistura da massa para sabão com outros aditivos, seguido de processos de moagem, extrusão e estampagem.
Geralmente, os sabões tradicionais são sais alcalinos (geralmen- te de sódio) de ácidos graxos de óleos ou gorduras, que podem ser de ori- gem animal e/ou vegetal. Fontes comuns de óleos e gorduras são, por e- xemplo, óleo de babaçu, óleo de coco de babaçu (azeite de dendê), óleo de coco, sebo de boi, sebo de ovelha, banha, e outros óleos e gorduras simila- res de outros organismos. As gorduras e óleos contêm em parte substancial glicerídeos com comprimentos de cadeia variados, que são ésteres de glice- rol (glicerina) e ácidos graxos. Sob condições alcalinas e calor, os glicerí- deos nas gorduras e óleos formam sais de glicerina e ácidos graxos, tam- bém conhecidos como sabões.
Comercialmente, os sabões são produzidos pela adição de aditi- vos à massa para sabão e processamento adicional da mistura em sabão. As massas para sabão são tipicamente produzidas a partir de óleo ou gordu- ra de misturas das mesmas por três métodos de conhecimento comum no estado da técnica. Um método é a saponificação direta de óleo/gordura na qual o óleo/a gordura é reagido com um álcali (tipicamente hidróxido de só- dio) para formar glicerina e a base para sabão (que contém sal de álcali de ácido graxo, por exemplo, sal de sódio de ácido graxo, que também é sal de sódio de ácido carboxílico). A base para sabão é o material que contém sal de álcali de ácido graxo que é para ser usada para formar o sabão pela adi- ção de cargas, fragrâncias, e outros aditivos. Desta forma, o material após remoção da glicerina (se a glicerina tiver que ser removida) e ser processado adicionalmente é um exemplo de base para sabão. Outro método de fazer sabão envolve a neutralização do ácido graxo com o álcali (por exemplo, NaOH) para formar a base para sabão. No processo de fabricação de sabão, a base para sabão pode ser seca e trabalhada em tiras finas ou lascas. Para uso na presente invenção, o termo "massa para sabão" refere-se aos péle- tes ou pedaços de sabão (quer estejam em formato de um pélete, lasca, pe- quenos pedaços ou outros formatos). As massas para sabão são tipicamen- te o resultado da secagem e extrusão de sabão bruto em forma unitária, de modo que as unidades ou os pedaços de sabão possam ser processados adicionalmente no sabão em barra acabado pela mistura com aditivos, con- forme conhecido daqueles versados na técnica de fabricação de sabão. A massa para sabão contém a base para sabão e pode, opcionalmente, conter outros materiais, tais como glicerina. Os sabões em barra para limpeza são produzidos principalmente pela mistura das massas para sabão com aditi- vos, tais como fragrâncias, cargas, etc., seguidos de processos de moagem, extrusão e estampagem.
Tradicionalmente, os sabões em barra moídos acabados inclu- em TFM de massa para sabão de mais de 70% em peso, 10 a 14% em peso de água, e outros aditivos (tais como dióxido de titânio, tensoativo e fragrân- cia). Atualmente, as barras moídas têm geralmente um conteúdo de água de cerca de 8 a 15% em peso e barras rígidas não moídas possuem um conte- údo de água de cerca de 20 a 35% em peso. As barras rígidas não moídas podem conter umidade de menos que 35% em peso. Estas barras não moí- das tem uma TFM de cerca de 30 a 65% em peso. A redução na TFM é tra- dicionalmente feita pela inclusão de materiais em partículas insolúveis e/ou silicatos solúveis nas barras de sabão. Estas barras não moídas são geral- mente bem macias e submeter as barras de sabão ao processo de moagem fará com que a água se separe.
Geralmente, cargas são usadas como substituinte à massa para sabão no projeto da formulação de sabão. Por exemplo, cargas comumente usadas incluem caulim, talco e outras cargas de mineral inorgânico. Mais de 16% em peso de caulim podem ser usados na formulação de sabão com as propriedades aceitáveis e o caulim poderia reduzir a sensação de oleosidade sobre a pele. Outros materiais que foram adicionados na fabricação do sa- bão incluem sílica-gel, aluminato de sódio, e compostos de borato. Em al- guns casos, materiais hidroabsorventes são adicionados na fabricação do sabão para aumentar o conteúdo de água. Exemplos de documentos de pa- tente relacionados a sabões que possuem material hidroabsorvente incluem US 20050276828A e W02007146027. Exemplos de documentos de patente que são relacionados com a adição de cargas ou inclusão de material hidro- absorvente no processo de fabricação do sabão incluem US2677665, US5703026, US6310016, US6440908 e US7285521.
Entretanto, a inclusão de uma grande quantidade de água ou cargas no sabão em barra pode afetar não apenas a sensação de limpeza e sensorial do sabão, mas freqüentemente também afeta de forma adversa as condições de processamento. Continua havendo uma necessidade por sa- bões em barra aprimorados com uma quantidade aumentada de água ou cargas, sendo que os sabões em barra são capazes de fornecer propriedade de limpeza eficaz com TFM reduzido. SUMÁRIO
A presente invenção apresenta um método e um sabão em barra que tem cargas de hidrogel, que podem ser um compósito sem núcleo. De preferência, as cargas de hidrogel estão em um compósito de fase de hidro- gel e incluem polióis ou pós. Com a inclusão de material em pó na fase de hidrogel da carga, a carga é um compósito porque ela é produzida a partir de dois ou mais materiais constituintes com propriedades físicas ou químicas significativamente diferentes. Os dois ou mais materiais constituintes perma- necem separados e distintos em um nível macroscópico dentro da estrutura acabada. A inclusão desta fase de hidrogel única na estrutura do sabão leva a novos sabões e novos processos de fabricação de sabão, levando a uma intensificação do desempenho benéfica para os consumidores. A presente invenção também refere-se a métodos para fazer sabão em barra que tem cargas de hidrogel.
Em um aspecto, a presente invenção fornece um sabão sólido
triturável que contém uma base para sabão de fase sólida e partículas de fase de hidrogel dispersas na base para sabão. A base para sabão é sólida para a sensação táctil sensorial de uma pessoa comum e mantém seu for- mato durante os processos de embalagem, armazenamento, manuseio e transporte sem alterações no formato. De preferência, as partículas do mate- rial da fase de hidrogel não tem núcleo. De preferência, as partículas da fase de hidrogel contêm polióis ou material em pó e têm uma grande quantidade de água.
Em um outro aspecto, a presente invenção refere-se a um méto- do para fazer sabão sólido. O método para fazer o sabão sólido inclui pré- formar um líquido de hidrogel, carregar o líquido de hidrogel no misturador a uma temperatura elevada, misturar a solução líquida com a massa para sa- bão e outros aditivos, formando as partículas de hidrogel sem núcleo in-situ durante a misturação, e formar o sabão em barra. O líquido de hidrogel está essencialmente sob a forma de solução, embora, caso seja preferencial, cer- ta quantidade de material não dissolvido possa estar presente. A formação das partículas de hidrogel sem núcleo pode ser seguida de refino, extrusão, extrusão e estampagem. Pelo ajuste da razão dos componentes que devem ser misturados para formar as partículas de hidrogel, estes componentes podem ser mais facilmente processados em partículas de hidrogel, sem tra- zer qualquer efeito negativo notável que possa ser experimentado pelos consumidores.
Em um aspecto da invenção, um novo sabão em barra e uma técnica para produzir um sabão em barra são fornecidos para um sabão em barra que tem partículas de hidrogel de compósito contendo componentes em pó.
A presente invenção apresenta flexibilidade de formulação para fabricação de sabão. Com as partículas de fase de hidrogel da presente in- venção, ingredientes ativos solúveis em água, tais como vitamina C, etc., po- dem ser adicionados à fase de hidrogel e ainda as partículas da fase de hi- drogel podem ser estáveis e manter sua função até serem usadas. Tal con- servação dos ingredientes ativos solúveis é muito difícil de se obter em barras tradicionais por causa da limitação de 8 a 15% em peso de conteúdo de água e do alto valor de pH. Com a fase de hidrogel, mais tensoativos sintéticos na forma líquida podem ser adicionados em uma formulação de sabão, o que fornece outra forma de modificar ou otimizar o desempenho do sabão. Com a fase de hidrogel da presente invenção, a proporção de massa para sabão no sabão pode ser reduzida até um nível muito baixo, melhorando assim a suavi- dade do sabão. Com a presente fase de hidrogel, glicerina, poliol, e/ou outros umectantes podem ser facilmente adicionados ao sabão sem causar uma pe- gajosidade de difícil controle, e fornece mais benefício de hidratação ao con- sumidor em comparação ao sabão tradicional. Em contrapartida, geralmente, caso mais de 5% em peso de glicerina ou polióis forem adicionados na formu- lação no processo convencional de fabricação da barra, a massa para sabão se tornará muito pegajosa no misturador, tornando assim a misturação difícil de controlar e exigindo um longo tempo de misturação. De maneira similar, quando se incorpora partículas inorgânicas, tais como talco, as partículas po- dem ser colocadas de forma a ficarem mais concentradas na fase de hidrogel.
A presente invenção fornece, adicionalmente benefícios de pro- cessamento. A fase de hidrogel da presente invenção pode ser facilmente misturada com massa para sabão e ser processada na linha de finalização de sabão tradicional. E quando se adiciona glicerina ou sorbitol na fase de hidrogel, o uso do hidrogel é uma forma de superar a dificuldade do proces- so causada pela pegajosidade da massa para sabão em comparação à adi- ção de um alto nível de glicerina na fabricação de sabão tradicional A adição de material em pó, tal como talco, na fase de hidrogel também otimiza a compatibilidade do material em pó com a massa para sabão resultando na redução ou prevenção de craqueamento. Desta forma, um nível maior deste material em pó, como talco, pode ser adicionado à formulação de sabão com o uso da fase de hidrogel em comparação às técnicas de fabricação de sa- bão tradicionais.
A fase de hidrogel pode também agir como um veículo de apli- cação de fragrância vantajoso na matriz do sabão e ajudar a aplicar sabor e aroma e fragrância de forma eficaz. O sabor e o aroma e/ou a fragrância, sendo introduzidos no sabão em barra através dos particulados da fase de hidrogel, podem ser lentamente liberados fornecendo, assim, impressão fa- vorável ao consumidor.
Com a inclusão de cargas da fase de hidrogel, que podem agir como reposição de massa para sabão, a presente invenção reduz a dosa- gem de massa para sabão a um nível muito baixo, sem causar impacto ad- verso significativo na propriedade de limpeza. Em comparação ao sabão tradicional, tal formulação de sabão pode ser produzida com custo relativa- mente baixo.
Como o hidrogel da presente invenção contém uma grande
quantidade de água (de fato, ele é na sua maior parte, água), e os materiais gelificantes são principalmente incolores ou de cor clara, o índice de refração das partículas da fase de hidrogel pode ser ajustado em uma grande propor- ção através da inclusão de polióis e ajuste da diferente quantidade dos poli- óis incluídos. Com massas para sabão transparentes ou translúcidas, uma vez que o índice de refração do material das partículas da fase de hidrogel é igual ou próximo àquele da massa para sabão, as partículas da fase de hi- drogel são muito menos distinguíveis da massa para sabão. Como um resul- tado, sabões em barra transparentes e translúcidos podem ser produzidos com as cargas da fase de hidrogel da presente invenção. BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
A figura 1 é uma vista seccional de uma modalidade de um sa- bão em barra sólido da presente invenção.
A figura 2 é um fluxograma que ilustra um processo típico para fazer sabões em barra sólidos de acordo com a presente invenção. DESCRIÇÃO DETALHADA
A presente invenção refere-se a um sabão em barra que tem novas cargas de hidrogel. De preferência, as cargas de hidrogel são sem núcleo. De preferência, as cargas de hidrogel são compósitos. A presente invenção também refere-se a métodos de fazer sabões em barra que têm cargas de hidrogel. A introdução de uma fase de hidrogel única à estrutura do sabão fornece nova flexibilidade para projetar e fazer sabão e pode, tam- bém, trazer outros benefícios de desempenho ao consumidor. Em uma mo- dalidade, o sabão em barra da presente invenção inclui cargas em uma fase de hidrogel sob a forma de partícula, de preferência, a partícula não tem nú- cleo. Este sabão sólido pode ser usado com propósitos de limpeza, como sabão para banheiro ou sabão de lavanderia, tal como para limpeza das mãos, lavagem de roupas, etc.
Para uso na presente invenção, o termo "sabão em barra" refe- re-se a uma unidade de sabão sólido após ela ter sido produzida em um formato adequadamente estável, em condições ambientes comerciais gerais e estar pronta para ser usada. A barra pode ter vários formatos em vista seccional, tal como redonda, oval, retangular, quadrada, em estrela, etc., conforme é conhecido dos versados na técnica.
Para uso na presente invenção, o termo "sem núcleo" refere-se a uma forma de hidrogel, na qual uma unidade de hidrogel em que a parte central interna não possui uma concentração maior de material gelificante de hidrogel (como carragenina) do que as regiões mais periféricas da unidade (por exemplo, partícula).
O termo "constituinte incluído" ou "constituinte incluso" para uso na presente invenção com relação ao material no hidrogel refere-se a um ingrediente, especificamente um ingrediente de material que não é água, que é incluído no hidrogel. De preferência, quando no sabão em barra aca- bado, um constituinte incluído está presente em uma concentração mais alta nas partículas da fase de hidrogel do que no material da matriz do sabão do lado de fora das ditas partículas. Ao descrever a presente invenção, os seguintes termos serão
empregados, e destinam-se a serem definidos como indicado abaixo. Con- forme usado neste relatório descritivo e nas reivindicações em anexo, as formas no singular "um," "uma", "o" e "a" incluem referências no plural, a menos que o conteúdo do texto claramente determine de outro modo.
Para uso na presente invenção, o termo "termorreversível" como aplicado ao hidrogel refere-se a um hidrogel que é um sol fluxível (que pode fluir sob gravidade) ou líquido a uma temperatura elevada maior ou igual a 90°C e forma um hidrogel não fluxível que tem uma superfície de fase em atmosferas à temperatura ambiente (cerca de 25°C), em que o hidrogel pode se tornar um líquido fluxível novamente quando aquecido até a temperatura elevada.
O termo "solução de hidrogel" refere-se a uma solução na qual
mais de 90% do material gelificante do hidrogel foram dissolvidos ou estão sob a forma coloidal. A solução pode, mas não precisa, ser uma solução cla- ra.
"Agente benéfico" deve ser considerado em seu sentido mais amplo significando qualquer material que se destina a produzir algum efeito biológico, benéfico, terapêutico, ou outro efeito útil pretendido, tal como a- centuação da permeação, melhoramento da sensação tátil sensorial, e ume- decimento.
A figura 1 ilustra uma modalidade de um sabão em barra de a- cordo com esta invenção. O sabão em barra sólido 4 inclui partículas da fase de hidrogel 6 dispersas na matriz do sabão 8, que é composta de material de base para sabão e outros aditivos, mas que exclui as partículas da fase de hidrogel 6. A matriz do sabão é o material no qual as partículas da fase de hidrogel estão incluídas. As partículas da fase de hidrogel 6 têm, de prefe- rência, uma superfície de contorno de fase 10 bem definida que separa o conteúdo das partículas da fase de hidrogel 6 do material da base para sa- bão 8. A superfície da partícula não precisa ser lisa, já que muitas das partí- culas podem ser formadas pela dissolução de pedaços maiores de hidrogel. Pelo fato da solução de hidrogel ser misturada muito antes da gelificação, o agente gelificante do hidrogel e água, assim como outros agentes benéficos, são distribuídos de maneira uniforme na solução de hidrogel. Como o mate- rial da solução de hidrogel gelifica e forma, eventualmente, partículas de hi- drogel que são incluídas na matriz, o conteúdo nas partículas de hidrogel continua a permanecer em uma distribuição uniforme ou substancialmente uniforme. No sabão em barra resultante, sob condições de armazenamento comerciais à temperatura ambiente (como a 25°C) mesmo ao longo de um período de tempo, durante tempo que água ou outro material líquido ou va- porizável pode se difundir das partículas da fase de hidrogel para a matriz do sabão, o processo de difusão é lento para que este conteúdo de materiais nas partículas de hidrogel, exceto para as condições de limite microscópicas na superfície da fase, seja distribuído substancialmente uniformemente nas partículas da fase de hidrogel na grande maioria das partículas. Por exem- plo, os constituintes incluídos no hidrogel, como talco e glicerina, são distri- buídos substancialmente uniformizados dentro do volume nas partículas da fase de hidrogel (isto é, no interior da partícula fora das condições de limite). Para uso na presente invenção, o termo "fase" quando relacionado à partícu- Ia de hidrogel refere-se à separação do material de hidrogel a partir do mate- rial da base para sabão por uma fronteira da unidade de hidrogel (como uma partícula) na qual o material contido (como água) está distribuído substanci- almente uniformemente dentro da unidade, enquanto que este material está presente em uma distribuição substancialmente diferente do lado de fora da fronteira. Para facilitar o processamento, estas partículas da fase de hidrogel são, de preferência, de um material de gel que tem uma força de gel que fornece dureza à sensação tátil sensorial do consumidor, em um tamanho de partícula suficientemente grande (por exemplo, 5 pm a 2 mm de diâmetro), as partículas fornecem uma sensação tátil áspera ou granular a um consu- midor. Agentes benéficos que podem ser incluídos nas partículas da fase de hidrogel, tais como vitaminas, fragrância, agentes umectantes, etc., e podem trazer benefícios à pele quando as partículas da fase de hidrogel entram em contato com a pele. Adicionalmente, estes agentes benéficos podem migrar lentamente para além da fronteira da superfície da fase para dentro do mate- rial da matriz do sabão ao longo do tempo e, eventualmente, entram em con- tato com a pele para fornecer efeito benéfico quando o sabão em barra é usado. Um dos ingredientes do sabão em barra sólido da presente in- venção é sabão de ácido graxo, que é geralmente fornecido sob a forma de massa para sabão no processo de fabricação do sabão. O termo sabão de ácido graxo denota sais de álcali de ácido graxo carboxílico. O sabão pode ser derivado de qualquer um dos triglicerídeos convencionalmente usados na fabricação de sabão. Consequentemente, os ânions carboxilato no sabão podem conter de 8 a 22 átomos de carbono. O sabão de ácido graxo pode ser produzido a partir das fontes de ácido graxo usuais, tais como gorduras animais e óleos vegetais ou suas combinações, que podem incluir óleo de babaçu, óleo de coco de babaçu (azeite de dendê), óleo de rícino, óleo de farelo de arroz, óleo de girassol, óleo de coco, óleo de soja, óleo de amendo- im, sebo, banha, óleo de peixe, e misturas dos mesmos, e similares. Mistu- ras típicas de óleo de babaçu e óleo de coco de babaçu (azeite de dendê) podem estar em razões de mistura de cerca de 40/60 a 97/3 de vários óleos e gorduras. Conforme mencionado acima, técnicas e processos de fazer sa- bão a partir de gorduras e óleos são bem conhecidos na técnica.
Geralmente, o material do sabão de ácido graxo (que é o mesmo que TFM) pode constituir cerca de 40% em peso a 90% em peso, de prefe- rência, cerca de 50% em peso a 90% em peso, com mais preferência, cerca de 60% em peso a 80% em peso, de preferência, 70% em peso ou menos do sabão em barra da presente invenção. De preferência, o material de sa- bão de ácido graxo é fornecido como massa para sabão, tal como aquela produzida a partir de processos de saponificação. As massas para sabão podem ser misturadas e processadas adicionalmente com hidrogel para re- sultar no sabão em barra final através de mistura, moagem, extrusão e es- tampagem, etc. A partir do tipo de massa para sabão, a TFM pode ser de- terminada. Tipicamente, o fabricante da massa para sabão fornece a infor- mação sobre a TFM da massa para sabão. Por exemplo, massa para sabão de uma mistura de óleos de babaçu e de coco de babaçu (azeite de dendê) de 80:20 tem uma TFM de cerca de 82% em peso. Dependendo da porcen- tagem em peso da massa para sabão usada ao fazer o sabão em barra, o percentual de TFM no sabão em barra pode, então, ser calculado. Embora sabões em barra sintéticos possam ser feitos para incluir as partículas de hidrogel da presente invenção, para fornecer propriedade física de modo que o sabão possa ter a qualidade de uma barra rígida, moída, é preferencial que o sabão em barra seja produzido a partir de massa para sabão. Para uso na presente invenção, o termo "sabão em barra sintético" refere-se a um sabão em barra que é produzido através de moldagem de uma composição que contém tensoativos sintéticos e aglutinantes ao invés do sal de álcali de ácido graxo das massas para sabão.
Além de hidróxido de sódio e ácidos graxos naturais tradicionais em, ou provenientes de, gorduras animais e óleos vegetais, o sabão pode também ser produzido a partir de outro metal álcali ou álcali de alcanol amô- nio e ácido alcano ou alceno monocarboxílicos. Cátions de amônio de sódio, magnésio, potássio, cálcio, mono, di e trietanol, ou combinações dos mes- mos podem ser usados. Os sais da reação entre os ácidos graxos e estes cátions são considerados aqui como sais de álcali de ácido graxo. Os sa- bões podem ser produzidos a partir de ácidos graxos que têm cerca de 8 a 22 átomos de carbono, de preferência, cerca de 12 a cerca de 18 átomos de carbono. O sabão (tal como massas para sabão) forma uma base para sa- bão na qual o hidrogel pode ser misturado, e processado em sabões em bar- ra que possuem o material em partículas da fase de hidrogel no qual uma quantidade significativa de água está ligada.
A presente invenção permite a troca de massas para sabão por cargas contendo água pela utilização de hidrogel, e também fornece um no- vo método de introduzir material de fase de hidrogel em processos com massa para sabão para fazer barras de composição com baixa TFM. Geral- mente, as cargas são materiais que podem substituir o sabão em um sabão em barra sem afetar de forma adversa a propriedade de limpeza do sabão em barra. A presente invenção usa hidrogel como uma carga. Um hidrogel é um gel que contém água, mas não é solúvel em água. Por exemplo, quando água é colocada sobre um hidrogel, o hidrogel e a água são claramente se- parados em duas fases. De preferência, este material da fase de hidrogel é uma rede tridimensional gerada por íons metálicos fisicamente reticulada formada por agentes gelificantes de polímeros, de preferência, polissacarí- deos ou derivados dos mesmos. De preferência, o agente gelificante é um material polimérico hidrofílico que pode formar uma estrutura tridimensional fisicamente reticulada. De preferência, a reticulação física é termorreversível de modo que a gelificação seja termorreversível. Embora as partículas de hidrogel possam ser feitas por material polimérico de reticulação química, como poli (2-hidroxietil metacrilato), metil amido carboxilado, hidrolisado de amido enxertado com acrilonitrila, poliacrilamida, sal de poli(ácido acrílico), hidrolisado de copolímero de vinil acetatometil acrilato, polioxietileno, po- li(vinil pirrolidona), sulfonato de poliestireno, poli(álcool vinílico), etc., por re- ação química, radiação, ou similares, os hidrogéis fisicamente reticulados preferenciais, especificamente hidrogéis termorreversíveis, permitem que os hidrogéis sejam processados em unidades de particulados com proprieda- des física e química desejáveis nos sabões em barra resultantes. O agente gelificante polimérico preferencial é um polissacarídeo
(que pode incluir polissacarídeos naturais ou derivados dessas substâncias) que pode ser facilmente dissolvido em água a uma temperatura adequada e formar hidrogel quando resfriado para uma temperatura mais baixa, por e- xemplo, temperatura ambiente, em alguns casos através do uso de cátions. Materiais relacionados a polissacarídeos adequados apropriados para a for- mação do hidrogel incluem carragenina, goma konjac, ágar/agarose, goma de alfarrobeira (goma de caroba), goma de cássia, goma gelana, alginato, e combinações dos mesmos.
Um agente gelificante preferencial é carragenina. A carragenina é um polissacarídeo linear de alto peso molecular compreendendo unidades de galactose repetidas e 3,6-anidrogalactose (3,6 AG), sulfatada e não- sulfatada, unidas por ligações glicosídicas a-(1,3) e β-(1,4) alternadas. A principal espécie de Rhodophyceae usada na produção comercial de carra- genina inclui Euchema cottonii e E. spinosum. Geralmente, os tipos de car- rageninas incluem kappa, iota, e lambda, o peso molecular das carrageninas é de 5x104 a 70x104 dáaltons. Diferentes tipos de carrageninas podem for- mar géis de diferentes características de maciez ou robustez. Devido a uma melhor propriedade de gelificação, as carrageninas kappa e iota são mais preferenciais, e a carragenina kappa é ainda mais preferencial para formar hidrogel para o sabão em barra da presente invenção. As carrageninas es- tão disponíveis como sais de sódio, potássio, e cálcio estáveis ou, mais ge- ralmente, como uma mistura destas. Todas as carrageninas são dispersíveis em água fria, e quando aquecidas acima de 80°C elas são completamente dissolvidas. Durante o processo de resfriamento, as carrageninas kappa e iota formam estruturas moleculares de dupla hélice reticuladas por íons de potássio e cálcio, formando uma rede semelhante a um gel tridimensional. Descobriu-se que a carragenina tem que ser dispersa muito antes de sua solubilização para evitar a formação de grumos e obter sua funcionalidade completa. A carragenina é, de preferência, pré-misturada com outros ingre- dientes secos, e adicionada em líquido frio com agitação para solubilizar a carragenina. Para obter o ponto de gelificação/fusão mais preferencial, po- tássio é o íon metálico mais eficaz para modificar o ponto de gelifica- ção/fusão da carragenina.
Descobriu-se que há uma interação sinérgica entre polissacarí- deos selecionados e outras pequenas moléculas para otimizar as proprieda- des do gel, especificamente entre a carragenina e a goma konjac. Uma combinação de carragenina e goma konjac é um material gelificante mais preferencial, porque ela fornece géis de força de gelificação especialmente adequada e parâmetros de processamento propícios para um fácil proces- samento, como mistura e formação de partículas de hidrogel dos tamanhos desejáveis. De preferência, a razão entre carragenina e goma konjac em % em peso é de cerca de 1:10 a 10:1, com mais preferência, cerca de 6:4 a 4:6. Com estas faixas preferenciais, o hidrogel resultante pode conter uma grande quantidade de água, é facilmente processado, e ainda produz parti- culados de tamanhos desejáveis no sabão em barra. Descobriu-se que uma maior rigidez do gel otimiza a dissolução dos pedaços de hidrogel para for- mar partículas menores conforme a mistura de sabão está sendo misturada. Desta forma, a interação sinérgica da carragenina e konjac otimiza a força do gel e leva a partículas menores que reduzem a sensação áspera do sa- bão em barra resultante. O konjac contém a manan coniaco nos seus tubér- culos. A konjac manana é um heteropolissacarídeo que consiste em β-D- glicose (G) e β-D-manose (M)1 com uma razão entre G/M de 1 a 3. A faixa média típica do peso molecular do konjac é de 0,1x105 a 10x106 dáltons. O agente gelificante ou polissacarídeo primário (como carragenina) forma a rede reticulada tridimensional para manter a estrutura e ligar água. Qualquer interação sinérgica com a rede reticulada tridimensional por outros polímeros (como coniaco) que pode ser usada para aumentar a estrutura ou aumentar a capacidade de retenção de água e pode ser usada para a formação do hidrogel. Da mesma forma que a interação sinérgica entre carragenina e ou- tras gomas, a goma de alfarrobeira (goma caroba) ou goma konjac ou polióis selecionados podem ser usados para ajudar a melhorar a capacidade de retenção de água do hidrogel.
É desejável que as partículas de hidrogel sejam suficientemente pequenas para que não produzam uma sensação de aspereza aos consu- midores e suficientemente pequenas para permitir que material benéfico, como glicerina ou fragrância, encerrado nas partículas de hidrogel seja libe- rado. É desejável que 95% (por % de número , não % em peso) do diâmetro das partículas de hidrogel esteja na faixa de cerca de 1 pm a 200 pm, com mais preferência cerca de 5 pm a 100 pm, com mais preferência 5 pm a 60 pm. Geralmente, em sabões em barra, uma vez que o tamanho de partícula for menor que 60 pm, ela não será notável no uso diário para os consumido- res. Se o tamanho de partícula for maior que 60 pm, o consumidor será ca- paz de notar as partículas. Se as partículas forem duras, como certas cargas inorgânicas, talco, calcita e assim por diante, elas resultarão em uma sensa- ção de granulação indesejável para os consumidores. Se as partículas forem macias ou elásticas, elas fornecerão uma função de massageamento, que é considerada agradável para alguns consumidores. A presente invenção for- nece, adicionalmente, um robusto projeto de formulação com uma ampla faixa de distribuições de tamanho de partícula. Contempla-se que os polis- sacarídeos podem ser modificados para formar derivados ligeiramente dife- rentes dos polímeros naturais e ainda reter significativa capacidade de liga- ção à água. O polissacarídeo pode ser modificado, por exemplo, para formar derivados de hidróxi alquila (por exemplo, hidróxi propila), derivados catiôni- cos, e similares. Os métodos de preparação de polímeros catiônicos e de hidróxi alquila a partir de polissacarídeos são conhecidos na técnica.
Para permitir que as partículas da fase de hidrogel se formem
bem, em um aspecto, é preferencial que o hidrogel seja um gel termorrever- sível. Em géis termorreversíveis, a rede do gel é uma rede fisicamente reti- culada na qual as reticulações físicas podem ser rompidas pelo calor permi- tindo, portanto, que o gel funda e gelifique novamente quando o calor for removido, ao invés de uma rede reticulada quimicamente por ligações cova- lentes. Além de carragenina, konjac, e ágar, outros géis termorreversíveis, como materiais sintéticos podem também ser usados. US5306501 é um e- xemplo que ilustra copolímeros em bloco de polióxialquileno termorreversí- veis. O gel termorreversível é vantajoso porque a solução de hidrogel pode ser colocada em um misturador e deixado formar um gel que é fácil de que- brar em grumos e partículas. O hidrogel é disperso entre o material da mas- sa para sabão e resfria no misturador para formar um gel, que se torna de- composto em pedaços pequenos e partículas. As partículas de hidrogel po- dem ser dispersas entre o material da massa para sabão. Ao contrário, géis reticulados covalentemente não termorreversíveis são difíceis de decompor e, portanto, seriam difíceis de misturar bem com massas para sabão.
As partículas de hidrogel da presente invenção podem ser usa- das para substituir massa para sabão em uma quantidade significativa. O hidrogel pode ser usado em qualquer porcentagem da formulação de sabão final até cerca de 50% em peso, de preferência, cerca de 5% em peso a 45% em peso, com mais preferência cerca de 5% em peso a 35% em peso, e com ainda mais preferência cerca de 5% em peso a 25% em peso. As fai- xas preferenciais de quantidade de hidrogel resultam em sabões em barra que são relativamente fáceis de processar e produzem propriedade de Iim- peza desejável. Em termos de conteúdo de água no sabão em barra acaba- do, o sabão em barra acabado contém, geralmente, 15% em peso a 50% em peso, de preferência 15% em peso a 30% em peso, de preferência 15% em peso ou mais, com mais preferência 20% em peso a 25% em peso de água. Em termos da quantidade de conteúdo de hidrogel no sabão em barra, o material gelificante (como um polissacarídeo, tal como carragenina kappa, ou uma combinação de gelificantes) constitui, de preferência, cerca de 0,05% em peso a 10% em peso, com mais preferência cerca de 0,1% em peso a cerca de 5% em peso do sabão em barra.
A inclusão de material da fase de hidrogel no sabão em barra fornece vantagens sobre sabões em barra nos quais o material gelificante não é um hidrogel que gelifica a partir de uma solução de hidrogel verdadei- ra, não apenas partículas de gelificação dilatadas. Nos particulados da fase de hidrogel da presente invenção, constituintes incluídos são incorporados na solução de hidrogel quando o gel é produzido antes do hidrogel ser de- composto em unidades particuladas. Desta forma, os constituintes incluídos são distribuídos de maneira mais uniforme nas partículas de hidrogel e não são removidos facilmente das partículas de hidrogel durante o processo de fabricação do sabão em barra, mesmo sob pressão ou a uma temperatura elevada, como as presentes nos processos de mistura, moagem, extrusão e estampagem. Isto reduz significativamente a perda de fragrância durante o processo (caso uma fragrância seja incluída), reduz a viscosidade para per- mitir misturação mais fácil, caso glicerina seja incluída, e facilita a mistura e a decomposição dos grumos de hidrogel em particulados menores caso tal- co ou outro material inorgânico em pó seja incluído no hidrogel.
Na presente invenção, o hidrogel é produzido para incluir uma grande quantidade de água quando ele é misturado com a massa para sa- bão em um amalgamador ou misturador. Como o hidrogel é produzido pela dissolução em água quente e, então, é gelificado, ele é um hidrogel com uma rede reticulada ligando água em uma forma mais ou menos uniforme por todo gel. As partículas formadas a partir deste hidrogel podem, portanto, ser formadas sem núcleo. De fato, como as partículas de hidrogel se tornam fixas no sabão em barra, água do hidrogel pode sair da base para sabão e ir para a atmosfera, a concentração de água na parte interna ou mais central das partículas de hidrogel não é menor do que a da parte mais periférica do hidrogel. Os constituintes do hidrogel, como talco, umectante, certas fra- grâncias, etc., que não cruzam a fase de hidrogel para a base para sabão ou deixam as partículas de hidrogel facilmente, permaneceriam em uma con- centração relativamente uniforme na massa do hidrogel mesmo se o sabão em barra contendo hidrogel fosse colocado em armazenamento comercial em uma condição estável durante um período de tempo. Desta forma, as partículas de hidrogel são diferentes de partículas de gelificação que são simplesmente misturadas na mistura de sabão ou em um líquido com ume- decimento do material gelificante. As partículas de gelificação, se meramen- te dispersas na base para sabão misturada com água ou dispersas em uma solução aquosa ou água para absorver água, sem dissolver, irão simples- mente inchar. Este inchaço exige que a água migre lentamente para um nú- cleo seco. Desta forma, o material gelificante formará uma partícula inchada com um núcleo que tem menos água do que a parte periférica da partícula. Em alguns casos, o núcleo pode não se tornar hidratado já que a parte peri- férica da partícula impede a penetração de água e a água não se difunde para o material seco. Desta forma, a parte externa da partícula inchada pode ser muito úmida, mas a interna pode ser seca. Estas partículas inchadas, caso formadas pela absorção de uma solução aquosa através de dispersão do agente gelificante em uma solução aquosa, podem perder uma quantida- de significativa da solução aquosa original mantida nas partículas inchadas quando as partículas inchadas são colocadas sob pressão que faz com que a mistura de sabão (isto é, o material que inclui a base para sabão e hidrogel que estão sendo misturados) se torne macia ou mole durante o processa- mento, assim como quando a mistura de sabão é processada através de moagem, extrusão e estampagem, etc. Desta forma, excipientes como vita- minas, fragrância, etc., que são originalmente absorvidos no material gelifi- cante durante a molhagem pela solução aquosa podem ser facilmente perdi- dos durante o processamento da mistura de sabão em um sabão em barra. Na formação de certas partículas de hidrogel, tal como a partir
de material de carragenina, esperar a solução de hidrogel começar a gelifi- car antes da mistura na base da massa para sabão permite que o hidrogel se forme em grumos e partículas de fase para serem misturadas com a base para sabão no misturador ao invés de como uma mistura de água e partícu- las de material gelificante.
Em comparação aos processos de acabamento de sabão tradi- cionais, na presente invenção, apenas um pré-misturador extra é necessário para fazer a solução de hidrogel. O seguinte indica um conjunto de etapas gerais para um processo de acabamento de sabão modificado. Para fazer um hidrogel termorreversível, água é colocada em um pré-misturador, e a- gente gelificante (por exemplo, polissacarídeos como carragenina e goma konjac) e outros aditivos (por exemplo, talco e glicerina) são adicionados à água, e o material é agitado e aquecido (por exemplo, a cerca de 90°C). Os sais relevantes (por exemplo, KCI para carragenina), se necessário, são, então, adicionados à solução da mistura. A solução da mistura é, então, co- zida durante um período de tempo, por exemplo, 4 a 10 minutos para garan- tir que o material gelificante seja dissolvido bem para formar uma mistura de solução homogênea. Materiais insolúveis, como talco, se incluídos, podem estar presentes na mistura de solução de hidrogel. De preferência, estes materiais insolúveis também são relativamente bem misturados na solução de modo que quando convertidos em partículas, as partículas de material insolúvel serão distribuídas de forma substancialmente uniforme em uma partícula. Neste momento, a solução de hidrogel é colocada em um mistura- dor para ser misturada com massa para sabão e outros aditivos imediata- mente. Conforme a solução de hidrogel gelifica enquanto ela está sendo misturada por agitadores com a massa para sabão e outros aditivos, ela se torna bem dispersa entre o material de massa para sabão e forma as partí- culas de hidrogel in-situ quando a temperatura cai durante a mistura, os pe- daços e grumos maiores de hidrogel são decompostos em pedaços meno- res. As partículas da fase de hidrogel se tornarão eventualmente incluídas na matriz de sabão após um sabão em barra ser formado. O material misturado é, então, processado adicionalmente por
outras etapas de processamento como moagem, extrusão e estampagem, etc. A figura 2 ilustra um fluxograma de um processo típico da presente in- venção. O processo ilustrativo inclui a pré-mistura do agente de hidrogel com materiais ingredientes e água em um pré-misturador aquecido 16. O material pré-misturado é colocado em um misturador 18 e misturado com massa para sabão. O material misturado é, então, processado adicionalmente em um purificador 20, moinho 24, máquina de fazer sabão 28, e máquina de estam- pagem 32, que são máquinas para a produção de sabão bem conhecidas. Geralmente, o material é misturado por extrusão através de orifícios em um purificador, extrudado em finas lâminas em um moinho, e extrudado em has- tes sólidas de sabão em uma máquina de fazer sabão. A haste de sabão é cortada e estampada em barras de sabão. Através deste processo, o mate- rial se torna bem misturado na mistura de base para sabão e os ingredientes particulados na mistura de base para sabão são dispersos e bem distribuí- dos no sabão em barra resultante.
De uma forma simples, o método para fazer sabão da presente invenção não exigirá grandes alterações do processo de acabamento de sabão tradicional, mas apenas a inclusão de um simples vaso pré-misturador de preaquecimento para fazer a solução de hidrogel. Com o uso do hidrogel como substituinte para a massa para sabão, a faixa percentual de substitui- ção pode ser obtida de até 45% em peso, com base na formulação, de pre- ferência até 35% em peso. Para garantir que a solução de polissacarídeos pode formar géis que podem agir como a carga sólida, a força do gel e o ponto de gelificação podem ser controlados para um processamento eficaz. Cátions de metal, polióis e uma interação sinérgica entre os polissacarídeos podem ser usados para facilitar a formação do hidrogel para esta invenção. Contempla-se que a solução de hidrogel pode ser formada em
pequenas partículas antes de ser misturada com a massa para sabão. Con- templa-se que a solução de hidrogel pode ser pulverizada ou formada por rotação em gotículas a serem misturadas com a massa para sabão, forman- do assim as partículas da fase de hidrogel na mistura de base para sabão. Contempla-se ainda que o hidrogel pode gelificar e se decompor em partícu- las antes da mistura com a massa para sabão.
Além dos géis termorreversíveis, outros géis de polissacarídeo ou seus derivados que podem formar hidrogéis podem também ser usados para formar os sabões em barra da presente invenção. Por exemplo, algina- to, goma gelana, goma caroba, e similares, podem ser transformados em gel pela interação com certos cátions. Por exemplo, alginato ou goma gelana pode ser transformada em gel pela introdução de íons cálcio e goma caroba pode ser transformada em gel a cerca de pH 5,5 a 7 na presença de borato de sódio. Pelo uso da quantidade adequada dos cátions em relação a uma quantidade adequada de material gelificante e água, a gelificação pode ser controlada para que enquanto ocorre a gelificação da solução de gel, ela seja colocada no misturador para ser misturada com a base para sabão para formar a mistura para sabão. Estes géis são reticulados por interações físi- cas com o auxílio de íons, os quais podem ser mais facilmente controlados e são, portanto, mais preferenciais do que géis covalentemente reticulados. Por exemplo, a gelificação da goma gelana pode ser controlada pela quanti- dade de cátions adicionada e pela temperatura. Desta forma, a reticulação nos hidrogéis controlados por cátions, por exemplo, goma gelana, alginato, etc., se baseiam na interferência física entre fitas do polímero gelificante, e não por ligações covalentes. Conforme o hidrogel é formado e decomposto por mistura e agitação, partículas de hidrogel das dimensões corretas podem ser produzidas.
Muitos ingredientes diferentes podem ser usados vantajosamen- te nas partículas de hidrogel. Os materiais adequados podem ser sólidos, líquidos, semilíquidos, etc., e podem ser hidrofílicos ou mesmo hidrofóbicos. Para um material hidrofóbico, auxiliares de dispersão, como emulsificantes, podem ser usados para interagir com vários ingredientes de modo a permitir distribuição uniforme dos ingredientes no hidrogel. Flavorizantes e fragrân- cias, como os tradicionalmente conhecidos na técnica, podem ser incorpora- dos no hidrogel pelo uso de agentes gelificantes. Auxiliares de dispersão, emulsificantes, etc., e outros auxiliares para ajudar na incorporação dos ma- teriais hidrofóbicos, como óleos de fragrância, são conhecidos na técnica e amplamente usados para tecnologia de liberação de sabor e aroma. Por fa- zer uso de diferentes mecanismos de gelificação e interações com os com- postos flavorizantes, pode-se facilmente controlar a liberação de sabor e a- roma. Por exemplo, pelo controle do tamanho das partículas de hidrogel, da dureza do gel, do conteúdo de água, do sistema de emulsificação, etc., po- de-se controlar a liberação do sabor e aroma ou fragrância no projeto do sa- bão. Com o benefício da descrição da presente invenção, o benefício da li- beração da fragrância pode ser facilmente obtido com o uso de partículas de hidrogel.
Outro ingrediente útil no hidrogel é um elemento auxiliar ao pro- cessamento, como um material em pó inorgânico, por exemplo, talco, calcita, caulim, dióxido de silício, dióxido de titânio, terra diatomácea, etc. Foi obser- vado que este material em pó inorgânico incluído no hidrogel facilita a disso- lução do hidrogel no processo de misturação com a massa para sabão para que as partículas de hidrogel possam ser transformadas em partículas de tamanhos adequados com alta eficiência. Talco, calcita e caulim são materi- ais preferenciais. Materiais em pó inorgânicos ainda mais preferenciais são talco e calcita. Geralmente, o material em pó inorgânico é adicionado para fazer a solução de hidrogel na faixa de uma porcentagem em peso de mate- rial em pó inorgânico para hidrogel de 1,0% em peso a 40% em peso, com mais preferência de cerca de 2,0% em peso a 30%, e com ainda mais prefe- rência cerca de 5% em peso a cerca de 25% em peso do hidrogel. De prefe- rência, o material em pó inorgânico no sabão em barra é de cerca de 0,05% em peso a 16% em peso, com mais preferência de cerca de 0,1% em peso a 12% em peso, e com mais preferência de cerca de 0,25% em peso a cerca de 10% em peso. Geralmente, o tamanho de partícula do material em pó inorgânico é maior que cerca de 200 meshes.
A água é o principal componente das partículas da fase de hi- drogel. De preferência, mais água está contida nas partículas da fase de hi- drogel do que no material da base para sabão fora dos hidrogéis. De prefe- rência, a maioria da água que está no sabão em barra resultante está nas partículas da fase de hidrogel e há menos, de preferência, muito pouca água no sabão em barra fora das partículas da fase de hidrogel. De preferência, mais de 90% da água está nas partículas de hidrogel. Desta forma, o hidro- gel, contendo uma quantidade de água e agindo como carga, irá interferir menos com a mistura da massa para sabão do que uma quantidade equiva- lente de água livre diretamente na mistura da base para sabão. Nas partícu- las da fase de hidrogel, de preferência, a água constitui mais que cerca de 50% em peso, com mais preferência cerca de 50 a 90% em peso, com mais preferência cerca de 50% em peso a 75% em peso. Observou-se que após a solução de hidrogel ter sido colocada no misturador e a mistura de base para sabão processada em sabões em barra, a perda de peso devido à evapora- ção de água é menor que cerca de 2,0% da água presente na formulação. Observou-se que a água que está na fase de hidrogel não migra rapidamen- te para fora das partículas de hidrogel e para dentro do material da matriz de sabão rapidamente ao longo do tempo. Desta forma, conforme pode ser ob- servado pelos consumidores típicos, o sabão em barra não se torna úmido ou mole ao ser armazenado sob condições ambientes normais. As próprias massas para sabão contêm algumas vezes um pouco de água, como cerca de 8% em peso a 15% em peso. Desta forma, por conhecer o conteúdo de água aproximado da massa para sabão, o conteúdo de água do sabão em barra após a fabricação pode ser estimado, e pode ainda ser determinado por experimentos, como pela remoção de toda a água por evaporação. A fase de hidrogel pode, opcionalmente, conter ainda um umec-
tante. Os umectantes podem ser selecionados a partir do grupo que consiste em alcoóis poli-hídricos (polióis), polímeros não iônicos alcoxilados solúveis em água, e misturas dos mesmos. Os umectantes contidos no hidrogel po- dem ser usados em teores da composição de cerca de 0,1% em peso a 30% em peso, com mais preferência de cerca de 0,5% em peso a 25%, e com mais preferência cerca de 5% a cerca de 20% do hidrogel. Os alcoóis poli- hídricos úteis à presente invenção incluem glicerina, sorbitol, propileno glicol, butileno glicol, hexileno glicol, glicose etoxilada, 1,2-hexano diol, hexanotriol, dipropileno glicol, eritritol, trealose, diglicerina, xilitol, maltitol, maltose, glico- se, frutose, e misturas dos mesmos. Os polímeros não-iônicos alcoxilados solúveis em água, como polietileno glicóis e polipropileno glicóis, também são úteis. Um umectante particularmente útil é glicerina. Os umectantes po- dem beneficiar os usuários como hidratantes quando em contato com a pele.
Observa-se que é um fato bem conhecido que os umectantes, como glicerina, glicóis, etc., que são líquidos viscosos tendem a aderir a ou- tros materiais fazendo o processo de misturação difícil de controlar, caso esteja presente no material sendo misturado. Desta forma, se o material geli- ficante e os umectantes forem misturados diretamente com a massa para sabão e água, o material da mistura tende a se tornar altamente viscoso e difícil de manusear. Para a presente invenção, na qual o(s) umectante(s) é(são) incluído(s) no hidrogel ao invés de estar(em) presente(s) em quanti- dade substancial no material da mistura de base para sabão, a viscosidade do material de mistura é substancialmente reduzida em comparação a ter os umectantes diretamente na base para sabão. O umectante, por exemplo, glicerina, pode estar presente no hidrogel em uma quantidade de 0,1% em peso a 60% em peso, com mais preferência de cerca de 5% em peso a 50% em peso, e com ainda mais preferência cerca de 10% em peso a cerca de 40% em peso do hidrogel.
Observa-se que tensoativos podem, também, ser adicionados na carga de hidrogel para melhorar ainda mais as propriedades de formação de espuma e sensação na pele durante o uso. Os tensoativos sintéticos que podem ser usados nesta invenção incluem tensoativos aniônicos, anfotéri- cos, não-iônicos, zwiteriônicos e catiônicos. Tensoativos sintéticos podem geralmente ser usados na presente carga de hidrogel em um nível de 0,1% em peso a cerca de 40% em peso da carga de hidrogel, de preferência de cerca de 0,5% em peso a cerca de 20% em peso. Exemplos de tensoativos aniônicos incluem, mas não se limitam
a sulfatos de alquila, acilsarcosinatos aniônicos, I acril tauratos de metila, glutamatos de N-acila, isetionatos de acila, sulfatos de éter alquílico, sulfos- succinatos de alquila, ésteres de fosfato de alquila, ésteres de fosfato de alquila etoxilados, sulfatos trideceth, condensados de proteína, misturas de sulfatos de alquila etoxilados e similares. As cadeias de alquila para estes tensoativos são C8 a C22, de preferência C10 a C18. Os tensoativos zwite- riônicos podem ser exemplificados por aqueles que podem ser descritos amplamente como derivados de compostos de amônio quaternário alifático, fosfônio, e sulfônio, nos quais os radicais alifáticos podem ser de cadeia li- near ou ramificada e sendo que um dos substituintes alifáticos contém de cerca de 8 a 18 átomos de carbono e um contém um grupo solubilizante em água aniônico, por exemplo, carbóxi, sulfato, sulfonato, fosfato, ou fosfonato. Exemplos incluem: 4-[N, N-di(2-hidroxietil)-N-octadecilamônio]-butano-1- carboxilato; 3-[N, N-dipropil-N-3-dodecóxi-2-hidroxipropilamônio]-propano-1- fosfonato. Exemplos de tensoativos anfotéricos que podem ser usados na carga de hidrogel são aqueles que podem ser amplamente descritos como derivados de aminas secundárias e terciárias alifáticas nas quais o radical alifático pode ser de cadeia linear ou ramificada e sendo que um dos substi- tuintes alifáticos contém de 8 a cerca de 18 átomos de carbono e um contém um grupo solubilizante em água aniônico, por exemplo, carbóxi, sulfonato, sulfato, fosfato ou fosfonato. Exemplos de compostos que se enquadram nesta definição são 3-dodecilaminopropionato de sódio, 3-dodecilaminopro- panossulfonato de sódio; N-alquil taurinas, como aquelas preparadas por reagir dodecilamina com isetionato de sódio de acordo com os ensinamentos da Patente US n° 2.658.072; ácidos N-alquil aspárticos superiores, como os produzidos de acordo com os ensinamentos da Patente US n° 2.438.091. Outros anfotéricos como as betaínas também são úteis na carga de hidrogel. Exemplos de betaínas úteis à presente invenção incluem as alquil betaínas superiores, como coco dimetil carboximetil betaínas, Iauril dimetil carboxime- til betaína, Iauril dimetil-alfa-carboxietil betaína, cetil dimetil carboximetil beta- ína, Iauril bis-(2-hidroxiletil)carboximetil betaína, estearil bis-(2- hidroxilpropil)carboximetil betaína, oleil dimetil gama-carboxipropil betaína e similares. Exemplos de tensoativos catiônicos adequados incluem cloreto de estearildimetilbenzilamônio; cloreto de dodeciltrimetilamônio; nitrato de no- nilbenziletildimetilamônio; brometo de tetradecilpiridínio; cloreto de Iaurilpiri- dínio; cloreto de cetilpiridínio; cloreto de laurilpiridínio; brometo de Iauriliso- quinólio; cloreto de dilaurildimetilamônio; e cloreto de estearalcônio; e outros tensoativos catiônicos conhecidos na técnica. Tensoativos não-iônicos usa- dos na carga de hidrogel podem ser definidos amplamente como compostos produzidos pela condensação de grupos de óxidos de alquileno (de natureza hidrofílica) com um composto hidrofóbico orgânico, que podem ser de natu- reza alifática ou alquil aromática.
A carga de hidrogel pode, opcionalmente, conter outros agentes benéficos, incluindo agentes benéficos hidrofílicos e/ou hidrofóbicos. Agen- tes benéficos incluem outros polióis, vitaminas, fármacos, nutrientes, intensi- ficadores de permeação, corantes, protetores solares, ingredientes antibac- terianos, etc. Muitos destes agentes benéficos são bem conhecidos e estão disponíveis comercialmente. Adicionalmente, no sabão em barra, fora das partículas de carga de hidrogel, muitos materiais opcionais podem também ser incluídos. Agentes benéficos, tensoativos, sais, ácidos graxos, estrutu- rantes, outras cargas (como cargas inorgânicas), corantes, fragrância, ele- mentos auxiliares ao processamento, etc., conforme conhecido dos versados na técnica, e podem também ser incluídos como este material opcional no sabão em barra. Se necessário, a faixa de pH do hidrogel pode ser ajustada para ser compatível com alguns dos agentes benéficos.
Os exemplos a seguir ilustram os sabões em barra que podem ser formados com a presente invenção. Todas as porcentagens são % em peso exceto onde claramente especificado de outro modo no conteúdo. Exemplo 1:
O método a seguir foi usado ao fazer sabões em barra: Coloque a quantidade de água e sorbitol de acordo com a fórmula no pré-misturador, agite à temperatura ambiente, e adicione o talco (ou calcita ou outro material em pó) no pré-misturador. Mexa o material no pré-misturador a 500 a 600 rpm durante alguns minutos para dispersar os ingredientes de forma unifor- me. Aqueça a solução até 50 a 60°C, adicione a carragenina na solução, aumente a velocidade de agitação para 800 rpm, continue a aquecer a solu- ção até 85°C, e mantenha a temperatura até que a carragenina esteja total- mente dissolvida. A seguir, adicione o KCI à solução e mantenha a tempera- tura durante alguns minutos para dissolver totalmente o KCI. Coloque a massa para sabão e outros aditivos em um misturador sigma duplo para mis- turar durante alguns minutos até que a massa para sabão esteja totalmente decomposta a uma forma em pó muito fino, então, coloque a solução de hi- drogel quente no misturador sigma duplo uma vez que a solução estiver pronta. Misture-os durante alguns minutos e coloque-os na máquina de puri- ficação e posteriormente faça moagem, extrusão, extrusão, e estampagem. Tabela 1. Formulações de sabão em barra com cargas de hidrogel de carra- genina (conteúdos em % em peso)
Ingredientes Controle 1 2 3 4 5 6 Massa para sa- bão 98,70 83,26 77,96 77,30 80,16 80,16 80,16 Dióxido de titâ- nio 0,20 0,20 0,20 0,20 0,3 0,3 0,3 EDTA 0,1 0,10 0,10 0,10 0,1 0,1 0,1 Fragrância 1,0 1,00 1,00 1,00 1,0 1,0 1,0 Carragenina - 0,27 0,37 0,70 0,27 0,27 0,27 KCL - 0,17 0,37 0,70 0,17 0,17 0,17 Talco - 2,50 2,50 - 3,0 0 Calcita - - - - - 3,0 3,0 Sorbitol - - - - 5,0 5,0 5,0 Tensoativo - - - - - - 1,5 Água - 12,50 17,50 20,00 10,0 10,0 8,5 Dosagem de hidrogel 0 15,44 20,74 21,40 18,44 18,44 18,44 Força de de- composição do - 2266 2089 4825 1342 2320 1431 gel g/cm2 Ponto de gelifi- cação / °C - 68 ±2 75 ±2 92 ±2 72±2 82±2 74±2
A Tabela 1 mostra as características dos sabões em barra moí- dos produzidos com o processo descrito acima. A carragenina usada nestes exemplos foi carragenina kappa, codinome E407, obtida junto a Shanghai Brilliant Gum Co., Ltd. Na Tabela 1, os hidrogéis foram formados a partir de água, carragenina e KCI e, em alguns casos, incluíram talco como um ingre- diente. Para comparação, uma barra de controle foi produzida a partir de massa para sabão (98,7% em peso), EDTA1 fragrância, e 0,2% em peso de dióxido de titânio sem qualquer outro material de carga. Todos os sabões em barra de hidrogel continham o mesmo % em peso em relação à formulação de sabão em barra de EDTA e fragrância que o controle, e 0,2% em peso ou 0,3% em peso de óxido de titânio presente na mistura da base (isto é, o ma- terial de base que não possui cargas de hidrogel). A força do gel foi medida com o uso do métodos de teste padrão usado na indústria alimentícia com o uso de um Analisador de Textura TA.XTPIus com uma sonda Cilíndrica de Raio Cilíndrico (P/0,5R) de 1,27 cm (0,5 polegada). O método de teste pa- drão internacional chamado ISO 9665: 1998(E) pode ser usado com as se- guintes configurações: o modo de teste é compactação, a velocidade pré- teste é 0,5 mm/segundo, a velocidade de teste é 0,5 mm/segundo, a veloci- dade pós-teste é 0,5 mm/segundo, o modo-alvo é distância, tipo de disparo é força, a força de disparo é 5 g. O dito método de teste ISO 9665: 1998(E), conforme descrito em International Method - Adhesives-Animal Glues- Methods of Sampling and Testing, ISO 9665, Segunda Edição (1998-09-15), está aqui incorporado por referência. Todas as medições de força do gel neste pedido foram feitas com este método. O ponto de gelificação foi testa- do por meio do seguinte método: coloque a solução de polissacarídeo em um banho-maria a 95°C para garantir que a solução não formará um gel. Controle a taxa de redução da temperatura do banho-maria a 1°C/min, e re- gistre a temperatura quando a solução formar o hidrogel. Fomos capazes de incorporar de cerca de 10 a 20% em peso de água na formulação de sabão e formar sabões em barra estáveis com os processos de mistura, purifica- ção, moagem, extrusão, e estampagem tradicionais. Tabela 2. Resultados de desempenho dos sabões em barra da Tabela 1
Parâmetros Controle 1 2 3 4 5 6
Volume de es-
21,0 22,0 21,8 22,0 21,0 21,3 21,0 puma/cm______
A Tabela 2 mostra o desempenho de formação de espuma dos sabões em barra da Tabela 1. O método de formação usado foi o método de teste Ross-Mile (IS0696-1975 ou GB7462-87) a uma concentração de sa- bão de 0,5 g/L e um teor de dureza da água de 150 ppm. O mesmo método foi usado em todos os testes de desempenho de formação de espuma neste pedido. É geralmente aceito pelos versados na técnica em tecnologia de sa- bão que o desempenho de formação de espuma volume da espuma/cm) é uma representação da propriedade de limpeza de um sabão em barra. A Tabela 2 mostra que os sabões em barra da Tabela 1 possuem propriedade de limpeza similares. Desta forma, os sabões em barra que contêm uma grande quantidade de água nas cargas de hidrogel agiram de maneira simi- lar à barra de controle que não continha carga contendo água.
Tabela 3. Formulações de sabão em barra com cargas de hidrogel formadas por carragenina/konjac (conteúdos em % em peso)_
Ingredientes 7 8 9 10 11 12 13 14a Massa para sabão 87,81 82,67 77,99 77,67 72,97 67,97 67,97 62,90 Dióxido de titânio 0,30 0,30 0,20 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 EDTA 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 Fragrância 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 carragenina 0,11 0,16 0,19 0,16 0,27 0,27 0,27 0,30 Konjac 0,09 0,14 0,18 0,14 0,18 0,18 0,18 0,20 KCL 0,09 0,14 0,35 0,14 0,18 0,18 0,18 0,20 Talco - - 2,50 - - 5,00 - 10,0 Sorbitol - - - 5,00 - - - 10,0 glicerina 0,50 0,50 - 0,50 10,00 10,00 12,50 - Água 10,00 15,00 17,50 15,00 15,00 15,00 17,50 15,00 Dosagem de hidro- gel 10,80 16,00 20,80 20,40 25,60 30,60 30,60 35,70 Força de decompo- sição do gel (g/cm2) 4252 4252 - 3842 3079 2402 670 - Ponto de gelifica- 63 ± 63 ± 67 ± 82 ± 85 ± 80 ± ção/ 0C 2 2 2 2 2 2 a: A solução de hidrogel deste exemplo número 14 era mui- to viscosa e semelhante a uma pasta. Ela gelificou muito rapidamente duran- te a transferência do béquer de vidro para o recipiente. O gel se formou an- tes de poder ser colocado no recipiente. Então, a força do gel e o ponto de gelificação não foram testados pelos métodos de teste usados para medir estes dois parâmetros nas outras amostras.
A Tabela 3 mostra as formulações de sabões em barra que con- têm cargas de fase de hidrogel produzidas a partir de carragenina, konjac, KCI1 e água e incluem ingredientes selecionados a partir de glicerina, sorbitol e talco. A dosagem do hidrogel variou de cerca de 11% em peso a 36% em peso na formulação e a quantidade de água nas cargas de hidrogel variou de cerca de 10% em peso a 17,5% em peso. O conteúdo de massa para sabão variou de 63% em peso a 88% em peso.
Observou-se que, em geral, quanto maior o ponto de gelificação do hidrogel, mais cedo a solução de polissacarídeos formará a fase de hi- drogel durante a misturação com a massa para sabão. Desta forma, pode ser obtida uma maior retenção de água durante a misturação com a massa para sabão para hidrogel. De preferência, os sabões em barra da presente invenção são produzidos a partir de hidrogéis que possuem uma temperatu- ra de gelificação de cerca de 35°C a 95°C, com mais preferência 45°C a 85°C. Também foi observado que quanto maior a força de gel do hidrogel, maior é a capacidade de retenção de água que pode ser obtida. De prefe- rência, os sabões em barra da presente invenção são produzidos a partir de hidrogéis que possuem força de gel de 200 g/cm2 a 15000 g/cm2, com mais preferência 600 g/cm2 a 6500 g/cm2.
Tabela 4. Resultados de desempenho dos sabões em barra da Tabela 3.
Parâmetros 7 8 9 10 11 12 13 14 Volume de es- puma /cm 21,5 21,0 21,0 21,0 21,4 21,2 21,4 21,4
A Tabela 4 mostra o desempenho de formação de espuma dos sabões em barra da Tabela 3. O método de formação usado foi o método de teste Ross-Mile a uma concentração de sabão de 0,5 g/L e um teor de dure- za da água de 150 ppm. A Tabela 2 e a Tabela 4 mostram que os sabões em barra das duas Tabelas possuem propriedade de limpeza similar. Desta forma, os sabões em barra que contêm uma grande quantidade de água nas cargas de hidrogel agiram de maneira similar à barra de controle que não continha carga contendo água.
Tabela 5. Formulações de sabão em barra com cargas de hidrogel de ágar (conteúdos em % em peso)_
Ingredientes 15 16 17 18 Massa para sabão 85,94 80,83 74,90 69,90 Dióxido de titânio 0,20 0,20 0,20 0,20 EDTA 0,10 0,10 0,10 0,10 Fragrância 1,00 1,00 1,00 1,00 Ágar 0,26 0,37 0,80 0,80 Sorbitol - - 5,50 5,50 Talco - - - 5,00 Água 12,50 17,50 17,50 17,50 Dosagem de hidrogel 12,76 17,87 23,8 29,0 Força de decomposição do gel g/cm2 1086 1086 831 1886 Ponto de gelificação / °C 43 ±2 43 ±2 50 ±2 70 ±2
A Tabela 5 mostra as formulações de sabão em barra de hidro-
gel produzidas a partir de ágar. O ágar é um hidrocoloide fortemente gelifi- cante de algas marinhas. Sua estrutura principal é caracterizada quimica- mente por unidades repetitivas de D-galactose e 3,6-anidro-L-galactose, com algumas variações, e também por um baixo conteúdo de ésteres de sulfato. O peso molecular útil do ágar é de 1x104 a 5x106 dáltons. O ágar usado nestes exemplos foi obtido junto a Shanghai Brilliant Gum Co., Ltd1 com co- dinome BLR6001. A dosagem do hidrogel variou de cerca de 13% em peso a 29% em peso. O conteúdo de água no hidrogel variou de cerca de 12,5% em peso a 17,5% em peso do material da formulação de sabão em barra. Tabela 6. Resultados de desempenho dos sabões em barra da Tabela 5
Parâmetros Barra de glicerina3 15 16 17 18 Volume de espuma/cm 21,0 21,8 22,2 21,6 19,8
a: A barra de glicerina era uma barra Savlon com aloe vera (um produto de sabão da Johnson & Johnson para o mercado da índia, pro- duzido pela WF limitada, ingredientes: palmato de sódio, kernelato de pal- ma de sódio, glicerina, água, fragrância, triclosan, extrato da folha de Aloe Barbadensis, Cl 74260, Cl 11680)
A Tabela 6 mostra o desempenho de formação de espuma dos sabões em barra da Tabela 5 e de uma barra de glicerina comercial. A Tabe- la 2 e a Tabela 6 mostram que os sabões em barra das duas Tabelas pos- suem propriedade de limpeza similar. Desta forma, os sabões em barra que continham uma grande quantidade de água nas cargas de hidrogel de ágar agiram de maneira similar à barra de controle e à barra de glicerina SAVLON que não continham carga contendo água. Adicionalmente, a comparação das Tabelas 4 e 6 mostra que as barras de glicerina podem ser produzidas de acordo com a presente invenção com cargas de hidrogel que agem de maneira similar a barras de glicerina comerciais que não possuem hidrogel. Tabela 7. Formulações de sabão em barra com cargas de hidrogel de alqina- to de sódio (conteúdos em % em peso)_
Ingredientes 19 20 Massa para sabão 85,94 80,58 Dióxido de titânio 0,20 0,20 EDTA 0,10 0,10 Fragrância 1,00 1,00 Alginato de sódio 0,26 0,35 EDTA - 0,17 CaCI2 0,00 0,1 Água 12,50 17,50 Dosagem de hidrogel 12,76 18,12
A Tabela 7 mostra as formulações de sabão em barra de hidro- gel produzidas a partir de alginato de sódio, que não é termorreversível. A dosagem do hidrogel variou de 13% em peso a 18% em peso. O conteúdo de água no hidrogel variou de cerca de 12,5% em peso a 17,5% em peso do material da formulação de sabão em barra. O alginato é uma família de co- polímeros binários não ramificados de resíduos de ácido β-D-manurônico (M) e ácido α-L-gulurônico (G) (1—>4) ligados de composição amplamente variável e seqüência com uma faixa de peso molecular de 3x104 a 1x106 dáltons. Por exemplo, os alginatos comerciais produzidos a partir de Lamina- ria hyperborean, Macrocystis pyrífera, Laminaria digitata, Ascophyllum nodo- sum, Laminaria japoniea, Eelonia maxima, Lessonia nigreseens, Durvillea Antarctiea e Sargassum podem ser usados para os sabões em barra desta invenção. Para o hidrogel formado por alginato sem CaCI2, como uma ilus- tração, 0,26% em peso de alginato foi disperso em 12,5% em peso de água, e a solução resultante foi aquecida até 80°C. A solução foi agitada continu- amente a 800 rpm durante um tempo adequado até que o alginato estivesse totalmente dissolvido. A solução foi resfriada até temperatura ambiente, e neste momento a solução formou uma pasta altamente viscosa e foi coloca- da no misturador e misturada com massa para sabão e outros ingredientes. Para o hidrogel formado por alginato com CaCI2, 0,10% em peso de CaCI2 e 0,17% em peso de EDTA foram dissolvidos em uma porção de 1% em peso de água, e 0,35% em peso de alginato foi dissolvido em uma porção de 16,5% em peso de água para formar as soluções contendo 17,5% em peso de água. A solução de alginato foi aquecida até 60°C. A solução de Ca- CI2/EDTA foi adicionada à solução de alginato lentamente para garantir que o hidrogel pudesse ser formado de forma apropriada. Após a solução de hi- drogel ter sido formada, ela foi resfriada até a temperatura ambiente e colo- cada no misturador e misturada com massa para sabão e outros ingredien- tes.
Tabela 8. Resultados de desempenho dos sabões em barra da Tabela 7
Parâmetros 19 20 Volume de espuma/cm 21,8 21,0
30
A Tabela 8 mostra que os sabões em barra que continham uma grande quantidade de água em cargas de hidrogel de alginato de sódio agi- ram de maneira similar à barra de controle.
Tabela 9. Formulações de sabão em barra com cargas de hidrogel de goma gelana (conteúdos em % em peso)
Ingredientes 21 22 Massa para sabão 85,91 83,14 Dióxido de titânio 0,20 0,20 EDTA 0,10 0,10 Fragrância 1,00 1,00 Goma gelana 0,26 (LA) 0,38 (LA:HA =1:1)a CaCI2 0,03 0,18 Água 12,50 15,00 Dosagem de hidrogel Força de decomposição do gel g/cm2 12,79 4441 15,56 656
a: LA significa goma gelana com baixo teor de acila, HA
significa goma gelana com alto teor de acila, LA:HA=1:1 significa que a ra-
zão entre o peso de LA e o peso de HA é 1:1.
A Tabela 9 mostra as formulações de sabão em barra de hidro-
gel produzidas a partir de goma gelana, que não é termorreversível. A dosa-
gem do hidrogel variou de 13% em peso a 16% em peso. O conteúdo de
água no hidrogel variou de cerca de 12,5% em peso a 15% em peso do ma-
terial da formulação de sabão em barra. A goma gelana usada foi um polis-
sacarídeo extracelular secretado pelo micro-organismo Sphingomonas elo-
dea anteriormente chamado de Pseudomonas elodea com uma faixa de pe-
so molecular de 3x104 a 2x106 dáltons. A estrutura primária da goma gelana
usada neste projeto é composta de uma unidade de repetição de tetrassaca-
rídeos linear: -»3)-p-D-Glcp-(1 -^4)-p-D-GlcpA-(1 -*4)-p-D-Glcp-(1 ^4)-a-L-
Rhap-(1—A goma gelana foi obtida junto a CP Kelco com um nome comer-
cial KELCOGEL CG-HA para goma gelana com alto teor de acila e KELCO-
GEL CG-LA para goma gelana com baixo teor de acila. O hidrogel de goma gelana foi produzido pelo seguinte processo: o CaC^ foi dissolvido em água desionizada (Dl) para fazer uma solução de CaCI2, a goma gelana foi adicio- nada à água Dl, e a dispersão foi aquecida até 50 a 60°C para dissolver a goma gelana. Após a goma gelana ter se dissolvido totalmente na água, a solução de CaCI2 foi adicionada à solução de goma gelana, e a solução foi resfriada até a temperatura ambiente para formar o hidrogel. O hidrogel foi colocado no misturador e misturado com a massa para sabão e outros in- gredientes.
Tabela 10. Resultados de desempenho dos sabões em barra da Tabela 9
Parâmetros 21 22
Volume de espuma/cm_21,6_21,6_
A Tabela 10 mostra que os sabões em barra que contêm uma grande quantidade de água em cargas de hidrogel de goma gelana agiram de maneira similar à barra de controle.
A prática da presente invenção empregará, exceto onde indicado em contrário, métodos convencionais usados por versados no desenvolvi- mento de produtos de sabão dentro do conhecimento da técnica. As modali- dades da presente invenção foram descritas com especificidade. As modali- dades são destinadas a serem ilustrativas em todos os aspectos, e não res- tritivas, da presente invenção. Deve ser compreendido que várias combina- ções e permutações de várias partes e componentes dos esquemas aqui apresentados podem ser implementadas por um versado na técnica sem desconsiderar o escopo da presente invenção. Adicionalmente, onde uma substância for descrita por compreender certos ingredientes, contempla-se que uma substância, em alguns casos, pode também ser produzida consis- tindo essencialmente nos ingredientes. Todos os documentos de patente citados aqui estão aqui incorporados a título de referência nas suas totalida- des.
Claims (24)
1. Sabão sólido triturável compreendendo: base para sabão em fase sólida; e partículas da fase de hidrogel incluídas na dita base para sabão.
2. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel contêm agente gelificante de polissacarídeo.
3. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel contêm carragenina.
4. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel contêm pelo menos dois agentes gelificantes de polissacarídeo diferentes.
5. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel contêm pelo menos carragenina e konjac.
6. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que o sa- bão sólido contém pelo menos 15% em peso de água e as partículas da fase de hidrogel não tem núcleo.
7. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que o sa- bão sólido contém pelo menos 15% em peso de água e pelo menos 0,1% em peso de poliol, em que mais água e mais poliol estão nas partículas da fase de hidrogel do que fora das partículas da fase de hidrogel.
8. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que o sa- bão sólido contém pelo menos 15% em peso de água e as partículas da fase de hidrogel contendo pelo menos 2% em peso de partículas inorgânicas no sabão e mais água está nas partículas da fase de hidrogel do que fora das partículas da fase de hidrogel.
9. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que o sa- bão sólido contém pelo menos 15% em peso de água e as partículas da fase de hidrogel contêm pelo menos 2% em peso de talco no sabão, as partículas da fase de hidrogel contendo carragenina e outro polissacarídeo.
10. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, compreen- dendo menos que 80% em peso de sal de álcali de ácido graxo ou tensoati- vo.
11. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel são formadas a partir de hidrogel com ponto de gelificação de 35°C a 95°C.
12. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel são formadas a partir de hidrogel com força de gel de 200 g/cm2 a 15000 g/cm2.
13. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel são formadas a partir de hidrogel com ponto de gelificação de 45°C a 85°C e com força de gel de 600 g/cm2 a 6500 g/cm2.
14. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que o sabão sólido contém menos que 70% em peso de sal de álcali de ácido gra- xo ou tensoativo, contém pelo menos 15% em peso de água, e as partículas da fase de hidrogel contêm carragenina e outro polissacarídeo e pelo menos 1% em peso de partículas inorgânicas nas partículas da fase de hidrogel, e as partículas da fase de hidrogel são formadas a partir de hidrogel com pon- to de gelificação de 45°C a 85°C e com força de gel de 600 g/cm2 a 6500 g/cm2.
15. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel e a base para sabão sólido possuem índices refrativos que são próximos, de modo que o sabão sólido seja transparente ou translúcido.
16. Sabão sólido, de acordo com a reivindicação 1, em que as partículas da fase de hidrogel constituem 5% em peso a 50% em peso do sabão sólido.
17. Método para produzir sabão sólido compreendendo: fornecer uma base para sabão sólido; formar uma solução líquida de hidrogel; e usar a solução líquida de hidrogel para formar partículas da fase de hidrogel dispersas na dita base para sabão.
18. Método, de acordo com a reivindicação 17, compreendendo misturar a solução líquida de hidrogel com a base para sabão sólido e gelifi- car a solução líquida de hidrogel nas partículas da fase de hidrogel dispersas na base para sabão sólido.
19. Método, de acordo com a reivindicação 17, compreendendo dissolver pedaços maiores de hidrogel em partículas da fase de hidrogel menores durante a mistura na base para sabão.
20. Método, de acordo com a reivindicação 17, compreendendo resfriar uma solução líquida de hidrogel quente para permitir que um hidrogel de polissacarídeo forme partículas da fase de hidrogel sob misturação na base para sabão.
21. Método, de acordo com a reivindicação 17, compreendendo incluir partículas insolúveis em água inorgânicas na solução líquida de hidro- gel antes de formar as partículas da fase de hidrogel.
22. Método, de acordo com a reivindicação 17, compreendendo usar água, que é 15% ou mais, em peso, do sabão sólido para formar a so- lução líquida de hidrogel e formar, a partir da solução líquida de hidrogel, partículas da fase de hidrogel sem núcleo no sabão sólido.
23. Método, de acordo com a reivindicação 17, compreendendo formar o sabão sólido com 70% ou menos, em peso, de matéria graxa total pelo uso de pelo menos um dentre carragenina e konjac para formar a solu- ção líquida de hidrogel, em que a solução líquida de hidrogel, se deixada gelificar, resultará em um hidrogel que tem um ponto de gelificação de 35°C a 95°C e uma força de gel de 200 g/cm2 a 15000 g/cm2.
24. Partícula de hidrogel para uso como carga para uma compo- sição de limpeza compreendendo polímero de hidrogel fisicamente reticula- do em uma fase de hidrogel contendo água, a partícula de hidrogel tendo um volume de fase de hidrogel circundado por uma superfície de fase, a superfí- cie de fase permitindo que material solúvel em água ou vaporizável deixe o volume da fase de hidrogel enquanto a composição de limpeza é usada.
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