BRPI0919543B1

BRPI0919543B1 - Instrumento de escrita compreendendo um elemento de extremidade de encaixe deslizante

Info

Publication number: BRPI0919543B1
Application number: BRPI0919543-2A
Authority: BR
Inventors: Ludovic Fagu.; Franck Rolion
Original assignee: SOCIéTé BIC
Priority date: 2008-10-03
Filing date: 2009-09-25
Publication date: 2019-08-06
Also published as: WO2010037954A1; EP2349737B1; JP2012504507A; CN102202909A; EP2349737A1; FR2936739B1; BRPI0919543A2; US8523471B2; US20110182649A1; FR2936739A1; MX2011003406A; JP5777515B2; CN102202909B

Abstract

instrumento de escrita compreendendo um elemento de extremidade de encaixe deslizante instrumento de escrita, compreendendo um corpo oco deformável, cujo eixo geométrico de extensão é ao longo de um eixo geométrico central (x) até uma extremidade, e um elemento de extremidade (20) compreendendo uma porção tubular (24) dotada de uma superfície interna (24c) com uma pluralidade de primeiros relevos salientes idênticos (27) adaptados de modo a se encaixar e deformar o corpo oco durante a montagem do elemento de extremidade por meio do encaixe de sua porção tubular em torno da extremidade do corpo oco. a superfície interna (24c) da porção tubular compreende ainda uma pluralidade de segundos relevos salientes (28) com uma altura medida radialmente a partir da superfície interna que é menor que a altura dos primeiros relevos salientes (27) e é concebida de modo que esses segundos relevos exerçam uma pressão sobre o corpo oco deformado pelos primeiros relevos.

Description

INSTRUMENTO DE ESCRITA COMPREENDENDO UM ELEMENTO DE

EXTREMIDADE DE ENCAIXE DESLIZANTE

A presente invenção refere-se a um instrumento de escrita que compreende um corpo oco sobre o qual um elemento de extremidade é encaixado de maneira deslizável. A guisa de exemplo, o mesmo pode ser uma lapiseira que compreende um tubo recipiente de grafite interno sobre o qual é encaixado de maneira deslizável um suporte de borracha que serve também como um botão de pressão traseiro para facilitar o enchimento do tubo recipiente de grafite com grafites.

Mais particularmente, a presente invenção se refere a um instrumento de escrita que compreende um corpo oco deformável estendido ao longo de um eixo geométrico central até a sua extremidade, e um elemento de extremidade que compreende uma porção tubular tendo uma face interna provida com uma pluralidade de primeiros relevos salientes idênticos adaptados para encaixe e que deformam radialmente o corpo oco durante a montagem do dito elemento de extremidade por meio do encaixe de sua porção tubular em torno da extremidade do dito corpo oco.

A instalação de tal elemento de extremidade deve satisfazer dois tipos de restrição, resultando em soluções, por vezes, conflitantes, ou seja, por um lado, uma fabricação simples, o que torna possível se reduzir o custo geral de produção e, por outro, uma montagem suficientemente forte para evitar um desprendimento inadvertido do elemento de extremidade por parte do usuário.

De fato, é desejável que a peça de extremidade não possa ser separada até que uma alta força de tração anormal seja aplicada. Isso é para evitar a perda da peça de extremidade, o que poderia danificar a aparência do instrumento e suas características funcionais, ou mesmo resultar em manchas no caso de um instrumento com ponta esferográfica ou de feltro. No caso particular de uma lapiseira, o elemento de extremidade é, muitas vezes, um suporte que recebe uma borracha permutável, coberta com uma capa protetora. Além disso, esse conjunto funciona como botão de pressão. O encaixe do suporte de borracha sobre o recipiente de grafite deve resistir às forças de tração aplicadas repetidamente durante a retirada da capa protetora da borracha e a remoção da borracha de seu suporte.

Além disso, para a produção, é vantajoso que o elemento de extremidade tenha formas que correspondam a um molde simples de ser usinado, mas, principalmente, que este elemento possa também ser removido confiavelmente do molde em altas velocidades. Em seguida, é também preferível que o conjunto possa ser produzido rapidamente, especialmente em um processo automatizado, levando em consideração as dispersões dimensionais inevitáveis dos corpos ocos e dos elementos de extremidade produzidos. Em particular, no caso de uma lapiseira, o tubo recipiente de grafite que constitui o elemento oco é geralmente um tubo feito de polipropileno extrusado produzido pelo medidor e cortado no com2 primento. O mesmo pode ter variações relativamente grandes de diâmetro externo, de diâmetro interno e de elasticidade radial. O seu comprimento substancial indica que o mesmo é também relativamente suscetível à flambagem quando uma pressão é exercida sobre a extremidade traseira livre do mesmo.

Uma porção tubular com relevos internos, particularmente sob a forma de nervuras longitudinais, pode ser moldada facilmente. A fim de atingir um compromisso entre a facilidade de montagem e a força de preensão necessária, é conhecido variar a altura e o número desses relevos salientes. Mas, foi observado que o número e a altura dos relevos rapidamente atingem um limite além do qual se torna difícil o encaixe deslizante completo do elemento de extremidade. Além disso, foi observado que mesmo que uma força de retenção satisfatória seja obtida para as dimensões exatas apresentadas do corpo oco e do elemento de extremidade, esta força diminui significativamente no caso de alterações de tamanho, mesmo que estas variações estejam dentro das faixas de uma produção Industrial de costume.

Além disso, a partir do documento JP 10 203 076, é conhecida uma solução para o problema da preensão de um suporte de borracha em um recipiente de grafite que consiste em fornecer uma porção central saliente que é inserida dentro do tubo recipiente de grafite. Mas, novamente, aqui, a possibilidade de montagem e a força de retenção são suscetíveis a variações no diâmetro interno do tubo recipiente de grafite. Além disso, este tipo de solução torna praticamente impossível na prática recarregar o recipiente de grafite por meio da inserção dos grafites através de um furo no suporte de borracha.

Há, portanto, uma necessidade no domínio dos instrumentos de escrita para melhorar o encaixe de uma peça de extremidade em um corpo oco, em particular, no sentido de oferecer uma solução de compromisso entre a facilidade de fabricação e a qualidade da preensão por parte do usuário, e que, ao mesmo tempo, tolere uma certa variabilidade nas dimensões geométricas.

Para este efeito, a presente invenção se refere a um suporte de borracha do tipo acima mencionado, caracterizado pelo fato de que a superfície interna da porção tubular tem uma pluralidade de segundos relevos salientes com uma altura medida radialmente a partir da dita superfície interna que é menor que a altura dos primeiros relevos salientes e que é adaptada de modo que os segundos relevos exerçam uma pressão radial sobre o corpo oco deformado pelos primeiros relevos.

Foi observado que a presença dos segundos relevos salientes não aumenta significativamente a força a ser aplicada para o encaixe deslizante da porção tubular na extremidade livre de um determinado corpo oco. Por outro lado, a força de preensão de encaixe é aumentada e, especialmente, a força de preensão varia de forma menos significativa, como uma função do diâmetro externo não deformado do corpo oco. Supõe-se que os segundos relevos tornem possível limitar a extensão total da deformação do corpo oco encaixado, ao mesmo tempo ainda se beneficiando das deformações criadas pelos primeiros relevos no sentido de criar áreas adicionais de encaixe, que exercem uma pressão radial sobre o corpo oco deformado. Como mostrado esquematicamente na Figura 4, a presença de três ou quatro relevos salientes relativamente elevados cria lóbulos de deformação substanciais entre esses relevos. Ao se adotar segundos relevos, como mostrado esquematicamente na Figura 5, os lóbulos de deformação do corpo oco entram em contato com os segundos relevos, o que limita a amplitude da deformação dos lóbulos entre os primeiros relevos. Supõe-se que as assim criadas áreas de suporte adicionais melhorem a preensão mediante o aumento de fricção. Mas também é possível que as amplitudes das deformações muito localizadas obtidas são muito menores e, portanto, o material do corpo oco opera, em uma extensão maior, dentro de sua área de deformação elástica e menos dentro da sua área de deformação plástica.

Além disso, parece que, após uma ou mais remoções inoportunas, a força de preensão se deteriora menos rapidamente do que os conjuntos de primeiros relevos idênticos da técnica anterior.

Em modalidades preferidas da presente invenção, se faz uso também de uma ou mais dentre as seguintes disposições:

- a pluralidade de segundos relevos é regularmente distribuída circunferencialmente entre os primeiros relevos, a fim de bloquear cada um dos lóbulos de deformação criados pelos primeiros relevos com um ou mais segundos relevos;

- cada pluralidade de relevos compreende um número idêntico de primeiros e segundos relevos, de preferência igual a três ou quatro relevos;

- os primeiros e segundos relevos são nervuras que se projetam em direção ao eixo geométrico central e se estendem longitudinalmente sobre a superfície interna da porção tubular;

- os primeiros e segundos relevos são nervuras com um topo aplainado, e, em função disso, as deformações são realizadas ao mesmo tempo evitando concentrações excessivamente localizadas, e ainda danos à superfície externa do corpo oco;

- as nervuras têm uma extremidade na forma de uma inclinação próxima à saída da porção tubular e se estendem sobre a maior parte desta porção;

- o elemento de extremidade tem um primeiro diâmetro correspondente ao círculo inscrito entre os vértices dos primeiros relevos, e um segundo diâmetro correspondente ao círculo inscrito entre os vértices dos segundos relevos, o dito segundo diâmetro sendo 2 % a 10 % maior do que o primeiro diâmetro, e, de preferência, cerca de 4 % maior que o primeiro diâmetro, na verdade, parece que uma altura um pouco menor dos segundos relevos seja suficiente para garantir que os mesmos não aumentem excessivamente a força necessária para o encaixe;

- o corpo oco tem um diâmetro externo nominal maior do que o primeiro diâmetro e, de preferência, substancialmente igual ao segundo diâmetro, a fim de limitar as deformações do corpo oco;

- o instrumento de escrita inclui ainda um tambor externo, dentro do qual o corpo oco que forma um recipiente de grafite é disposto, e o elemento de extremidade é um suporte de borracha encaixado de maneira deslizante através da extremidade traseira aberta do tambor, o conjunto formado sobre o corpo oco e o elemento de extremidade sendo conjuntamente móvel de modo a atuar um mecanismo de avanço de grafite.

Outras características e vantagens se tornarão evidentes durante a descrição a seguir de uma modalidade exemplar dada sem limitação, com referência às figuras, nas quais:

- a Figura 1 é uma vista em seção longitudinal de um instrumento de escrita, compreendendo um elemento de extremidade, de acordo com a presente invenção, encaixado de maneira deslizável em um corpo oco;

- a Figura 2 é uma vista ampliada do elemento de extremidade mostrado na Figura 1;

- a Figura 3 é uma vista esquerda do elemento de extremidade completo mostrado em seção na Figura 2, e

- as Figuras 4 e 5 são vistas em seção transversal esquemáticas do encaixe de um corpo oco em um elemento de extremidade da técnica anterior e em um elemento de extremidade de acordo com a presente invenção, respectivamente.

Nas várias figuras, as mesmas referências denotam componentes idênticos ou similares.

Na Figura 1, é mostrada, em seção, um instrumento de escrita 1 que se estende ao longo de um eixo geométrico central entre uma extremidade frontal 1a e uma extremidade traseira 1b. Mais particularmente, na modalidade mostrada a título de exemplo, o instrumento é uma lapiseira, tendo um conjunto de borracha 2 na extremidade traseira 1b. A lapiseira 1 também inclui um tambor 3 que forma a maior parte do corpo externo e, na extremidade frontal 1b, um nariz cônico 4, que contém uma passagem para os grafites. Dentro do tambor 1 é disposto um mecanismo de alimentação de avanço de grafite 5 e um tubo recipiente de grafite 6. O tubo recipiente 6 é conectado em sua extremidade frontal 6a ao mecanismo de avanço de grafite 5 e tem também uma extremidade traseira 6b sobre a qual é encaixado o conjunto de borracha 2 de uma forma que será detalhada abaixo. A extremidade frontal 6a do tubo 6 é, de preferência, fixada inseparavelmente ao mecanismo de avanço de grafite 5, por exemplo, ao ser encaixado de maneira deslizável sobre uma extremidade traseira de metal em forma de colar do mandril.

O mecanismo de avanço de grafite 5 pode ser comprimido longitudinalmente ao longo do eixo geométrico central X contra uma trava interna no interior do nariz 4. Isto é feito para avançar um mandril preso sobre um grafite por meio de um anel e permitir que o mandril retorne para a condição não presa, como é bem conhecido.

O recipiente de grafite 6 é um corpo oco, aqui feito de polipropileno (PP) extrusado, cortados no comprimento desejado. Este tubo possui paredes interna e externa, cilíndricas na ausência de trações. O diâmetro externo do tubo recipiente de grafite deve ser menor que o diâmetro interno da maior parte do tambor 3 a fim de deslizar livremente dentro do mesmo. Além disso, o seu diâmetro interno, indicado por linhas quebradas, deve ser grande o suficiente para conter vários grafites e, de preferência, pelo menos, três grafites. O tubo recipiente 6, portanto, constitui um corpo oco tendo um alongamento substancial e uma parede relativamente fina. O mesmo é, portanto, suscetível a flambagem, mas deve, no entanto, ser forte o suficiente para transmitir as pressões exercidas pelo usuário, em particular, ao usar o polegar, sobre o conjunto de borracha 2 a fim de ativar o mecanismo 5 e fazer com que o grafite avance.

O conjunto de borracha 2 inclui um suporte de borracha 20 que pode ser visto nas Figuras 2 e 3, uma borracha 21 e uma capa de borracha 22. Como pode ser melhor observado na Figura 2, o suporte de borracha 20 tem uma porção tubular 24 na parte da frente do mesmo. Esta porção tubular 24 recebe a extremidade traseira encaixada de maneira deslizável 6b do tubo recipiente de grafite 6. Esta porção tubular 24 torna possível manter o elemento de extremidade formado por este suporte, e, de maneira mais geral, o conjunto de borracha 2, fixados na lapiseira 1. As características desta porção e os procedimentos de encaixe serão detalhados a seguir, porém, deve ser observado neste aspecto que esses procedimentos não são apenas aplicáveis à instalação de um suporte de borracha em um tubo recipiente de grafite, mas, sim, podem ser aplicados ao conjunto de outras partes da lapiseira, ou a outros instrumentos de escrita.

Mais particularmente, a borracha 21 é recebida dentro de um alojamento em forma de copo 25. Para melhor prender a borracha 21 e impedir a sua rotação, quatro cristas salientes 25a são angularmente distribuídas em torno da periferia interna do alojamento 25. Todas as cristas 25a têm um perfil idêntico em forma de V que, a uma maior ou menor extensão, penetra no material que constitui a borracha 21. A capa da borracha 22 é simplesmente encaixada sobre uma descontinuidade periférica externa do suporte de borracha 20. A base 25 do alojamento de borracha 25 é constituída por uma parede que tem uma abertura em seu centro 26. Esta abertura 26 permite a passagem dos grafites para dentro do tubo recipiente de grafite 6, quando a borracha 21 é removida.

A porção frontal tubular 24 tem uma superfície interna 24c que descreve um cilindro coaxial ao eixo geométrico central X. Esta forma cilíndrica é favorável para a resistência às trações radiais, mas não é absolutamente necessária. A superfície interna pode ter um perfil hexagonal, por exemplo. Esta porção tubular 24 tem uma abertura 24a em sua extremidade de encaixe. Além disso, a mesma é delimitada, na parede traseira, por uma parede radial 24b, o que torna possível se limitar a profundidade do encaixe do tubo recipiente de grafite

6. Esta parede 24b também forma a base 25b do alojamento 25 da borracha.

De uma forma conhecida, os primeiros relevos idênticos 27 se projetam a partir da superfície interna 24c e constituem uma primeira série de três primeiros relevos. Estes primeiros relevos 27 se estendem totalmente até o eixo geométrico central X em uma primeira altura medida radialmente a partir da superfície interna 24c. A primeira altura é determinada de tal modo que o círculo inscrito entre o seu ápice tenha um diâmetro, chamado de primeiro diâmetro e indicado pelo raio R1 indicado na Figura 3, que é menor que o diâmetro externo do tubo recipiente 6. Este diâmetro externo corresponde ao diâmetro nominal do corpo oco, ou seja, sem qualquer deformação do mesmo. Deste modo, quando o tubo recipiente de grafite 6 é encaixado de maneira deslizável na porção tubular 24, o mesmo sofre uma deformação radial no interior das áreas de contato com os primeiros relevos 27. Isso cria forças de atrito que oferecem um tipo de preensão do suporte de borracha 20 sobre a extremidade traseira 6b do tubo recipiente de grafite.

A superfície interna 24c também compreende segundos relevos 28, que se projetam na direção do eixo geométrico central X. Esses segundos relevos 28, que são, de preferência, mas não necessariamente idênticos entre si, constituem uma segunda série de três segundos relevos. É importante notar que cada um dos segundos relevos tem uma segunda altura que é menor que a primeira altura dos primeiros relevos. Esta segunda altura é determinada de tal modo que o tubo recipiente 6 fique limítrofe contra os segundos relevos 28, pelo menos, quando o mesmo é deformado pelos primeiros relevos 27.

É bem possível que os segundos relevos 28 tenham uma segunda altura, o que necessariamente implica em um encaixe com o tubo recipiente 6. Neste caso, os vértices dos segundos relevos 28 são de uma altura que faz com que o círculo inscrito entre os mesmos tenha um diâmetro, chamado segundo diâmetro e indicado por um raio R2, que também é menor que o diâmetro externo nominal do tubo recipiente 6. No entanto, este segundo diâmetro R2 deve ser maior que o primeiro diâmetro R, mesmo que por apenas um pequeno percentual, a fim de obter um efeito combinado sobre a facilidade de encaixe e a preensão do suporte de borracha 20.

A título de exemplo, resultados satisfatórios foram obtidos com os primeiros relevos 27 com uma altura de 0,72 mm para um primeiro diâmetro R1 de 3,08 mm. Enquanto que os segundos relevos 28 têm uma altura de 0,6 mm para um segundo diâmetro R2 de 3,2 mm, e, além disso, o tubo recipiente 6 tem um diâmetro nominal de 3,2 mm + / - 0,1 mm. Parece que uma altura um pouco menor dos segundos relevos 28 que cria um segundo diâmetro R2 apenas cerca de 4% maior que o primeiro diâmetro R1 tem uma influência significativa sobre a preensão do suporte de borracha 20. Uma faixa de valores para o segundo diâmetro R2 superior 2 a 10 % com relação ao primeiro diâmetro R1 deve oferecer resultados melhores para a maior parte dos materiais utilizados para o tubo recipiente 6.

Esses resultados melhores são aparentemente explicados por um efeito de bloqueio obtido pelo segundos relevos 28, que bloqueiam as deformações dos corpos ocos 6 criados pelos primeiros relevos 27. Como mostrado esquematicamente na Figura 5, na qual a diferença de altura entre os primeiros e segundos relevos (27, 28) é exagerada, parece que o lóbulo de deformação criado entre os primeiros relevos 27 e mostrado na Figura 4, ilustrando a técnica anterior, é limitado pela presença dos segundos relevos 28. Esta deformação geral menos substancial do corpo oco 6 é supostamente para limitar as deformações plásticas do mesmo, ao mesmo tempo ainda criando zonas de contato adicionais. No entanto, a altura menor dos segundos relevos 28 significa que o encaixe inicial do elemento de extremidade 20 sobre o corpo oco 6 não requer uma força muito maior. Além disso, a remontagem do elemento de extremidade depois de uma remoção intencional permite que uma força de preensão satisfatória seja mantida, mesmo quando esta remontagem se repete.

Conforme mostrado na Figura 3, os segundos relevos 28, os mesmos em número que os primeiros relevos 27, são distribuídos de maneira regular em torno da circunferência da superfície interna 24c e dispostos em uma posição intermediária entre os primeiros relevos 27. Deste modo, cada lóbulo de deformação do tubo recipiente de grafite 6 é bloqueado por um segundo relevo 28, em sua maior área de deslocamento com relação ao diâmetro nominal externo. No entanto, é possível limitar o número dos segundos relevos, ou também aumentar esse número, com relação ao número das primeiras séries dos primeiros relevos. Por exemplo, é possível se prover dois segundos relevos 28 entre cada primeiro relevo 27.

Cada qual dentre a primeira e segunda séries de primeiros e segundos relevos (27, 28) é composta por três relevos. Este número poderá ser quatro, em especial quando há um diâmetro externo substancialmente maior do corpo oco 6. Mas embora isso seja possível, é preferível não se reduzir esse número para dois, ou mesmo aumentar o mesmo para além de quatro.

Os primeiros relevos 27, assim como os segundos relevos 28, são na forma de nervuras que se estendem longitudinalmente ao longo de quase toda a extensão da porção tubular 24, exceto próximo à abertura 24a desta porção, onde as nervuras são na forma de uma inclinação (27a, 28a) a fim de facilitar a introdução do tubo recipiente 6.

As nervuras que constituem os primeiros e segundos relevos (27, 28) têm um perfil quadrado em seção transversal, ou mesmo retangular, com um lado grande orientado no sentido direção do eixo geométrico central X. Este perfil das nervuras tem a vantagem de criar uma superfície de contato relativamente estendida com o tubo recipiente de grafite 6 na direção circunferencial, em qualquer caso, mais estendida do que com um perfil triangular. Isso, portanto, evita danos à superfície externa do tubo recipiente 6, mas parece também que esta disposição que limita as trações criadas localmente promova também a preensão do suporte de borracha 20 após vários encaixes.

Como será entendido a partir da descrição da modalidade mostrada a título de exemplo, o número e a forma das primeiras séries dos primeiros relevos salientes 27 e das segundas séries dos segundos relevos salientes 28 podem variar significativamente, embora isto ainda recaia dentro do âmbito da presente invenção definida pelas reivindicações em apenso, o que implica em uma ação dos segundos relevos 28 do elemento de extremidade 10 20 sobre o corpo oco 6, ação essa que é um pouco diferente em sua natureza e intensidade, em relação à ação dos primeiros relevos 27.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Instrumento de escrita, compreendendo um corpo oco deformável (6) estendido ao longo de um eixo geométrico central (X) até uma extremidade, e um elemento de extremidade (20) compreendendo uma porção tubular (24) que tem uma superfície interna (24c) equipada com uma pluralidade de primeiros relevos salientes idênticos (27) adaptados para se encaixar com e deformar radialmente o corpo oco (6) durante a montagem do dito elemento de extremidade por meio do encaixe de sua porção tubular em torno da extremidade do dito corpo oco, o instrumento de escrita sendo CARACTERIZADO pelo fato de que a superfície interna (24c) da porção tubular tem uma pluralidade de segundos relevos salientes (28) tendo uma altura medida no sentido radial a partir da dita superfície interna que é menor que a altura dos primeiros relevos salientes (27) e que é adaptada de modo que os ditos segundos relevos exerçam uma pressão radial sobre o corpo oco (6) deformado pelos primeiros relevos, em que o elemento de extremidade (20) tem um primeiro diâmetro (R1) correspondente ao círculo inscrito entre os vértices dos primeiros relevos (27), e um segundo diâmetro (R2) correspondente ao círculo inscrito entre os vértices dos segundos relevos (28), o dito segundo diâmetro (R2) sendo maior que o primeiro diâmetro (R1).
2. Instrumento de escrita, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a pluralidade de segundos relevos (28) é distribuída de maneira regular circunferencialmente entre os primeiros relevos (27).
3. Instrumento de escrita, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, CARACTERIZADO pelo fato de que cada pluralidade de relevos compreende um número idêntico de primeiros e segundos relevos (27, 28), de preferência igual a três ou quatro relevos.
4. Instrumento de escrita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADO pelo fato de que os primeiros e segundos relevos (27, 28) são nervuras que se projetam em direção ao eixo geométrico central (X) e que se estendem longitudinalmente sobre a superfície interna (24c) da porção tubular.
5. Instrumento de escrita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADO pelo fato de que os primeiros e segundos relevos (27, 28) são nervuras com um topo aplainado.
6. Instrumento de escrita, de acordo com a reivindicação 4 ou 5, CARACTERIZADO pelo fato de que as nervuras (27, 28) têm uma extremidade (27a, 28a) na forma de uma inclinação próxima à abertura (24a) da porção tubular e se estendem sobre a maior parte dessa porção tubular (24).
7. Instrumento de escrita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADO pelo fato de que o dito segundo diâmetro (R2) é de 2 % a 10 % maior que o primeiro diâmetro (R1) e, de preferência, cerca de 4 % maior que o primeiro

Petição 870190045836, de 16/05/2019, pág. 7/8 diâmetro.
8. Instrumento de escrita, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que o corpo oco (6) tem um diâmetro nominal externo maior do que o primeiro diâmetro (R1) e, de preferência, substancialmente igual ao segundo diâmetro (R2).
9. Instrumento de escrita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADO pelo fato de compreender ainda um tambor externo (3), dentro do qual o corpo oco (6) que forma um recipiente de grafite é disposto, e no qual o elemento de extremidade (20) é um suporte de borracha encaixado de maneira deslizável através da extremidade traseira aberta do tambor (3), o conjunto formado pelo corpo oco (6) e pelo elemento de extremidade (20) sendo operados móveis em conjunto de modo a atuar um mecanismo de avanço de grafite (5).