A invenção se refere a compostos da Fórmula 1(1) em que A é N ou CH; e n é 0 ou 1; ou aos sais farmaceuticamente aceitáveis, para a prevenção ou tratamento de doenças intestinais que são causadas por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens,ou Staphylococcus aureus.
Determinadas cepas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens ou Staphylococcus aureusestão produzindo toxinas que causam diarreia. A ocorrência destas cepas que produzem toxinas é frequentemente associada com o uso de antibióticos.
Dentre estas cepas, Clostridium difficile,uma bactéria anaeróbica, gram-positiva, formadora de esporos que produz duas enterotoxinas (A e B) causa não somente diarréia mas também condições intestinais mais graves tais como colite pseudomembranosa que apresenta perigo de morte. Ela é atualmente a fonte mais comum de diarreia infecciosa em hospitais e em instituições de tratamento de longo prazo no mundo industrializado. No decorrer dos últimos anos, a sua incidência aumentou progressivamente e agora representa um problema clinico significativo na América do Norte e na Europa. Os fatores de risco incluem um tratamento anterior com antibióticos, idade e um sistema imune comprometido resultante de quimioterapia citotóxica, por exemplo, ou de transplante de órgão.
O tratamento atual para diarreia associada com Clostridium difficile(CDAD) consiste ou em vancomicina ou em metronidazol. Nos dois casos, no entanto, altas taxas de recaída são observadas e a produção de toxinas e esporos não é prevenida. Além disso, o tratamento com vancomicina ou com metronidazol é um fator adicional para promover a emergência de cepas de Enterococcus spp (E. faecalis e E. faecium) e de Staphylococcus aureus(VRE e VRSA, respectivamente) resistentes a vancomicina no intestino (veja W.N. Al-Nassir et al., Antimicrob. Agents Chemother., publicado antes de ser impresso no dia 28 de abril de 2008) . Os enterococos são cocos gram-positivos que são habitantes normais no trato gastrintestinal. No entanto, eles podem também se transformar em patógenos significativos, produzindo endocardite e infecções no trato urinário, corrente sanguínea e em feridas. Uma vez adquirida a infecção, a colonização por VRE pode durante anos, servindo como um reservatório para uma infecção potencial do paciente colonizado e para a disseminação de VRE a outros pacientes. VRE pode aparecer como uma co-infecção em pacientes infectados com C. difficile,ou mais habitualmente causar infecção em determinados pacientes de alto risco tais como pacientes de hematologia e oncologia, pacientes em unidades de tratamento intensivo, pacientes idosos em instituições de cuidados de longo prazo e pacientes que receberam transplantes de órgãos sólidos.
Portanto, existe a necessidade de um tratamento melhor para casos de CDAD e infecções correlatas, especialmente, identificando-se compostos com uma atividade intensa contra C. difficileque reduzam significativamente a carga da toxina, a produção de esporos e que superem VRE tendo ao mesmo tempo um impacto reduzido sobre a flora intestinal comensal. WO 03/032962, WO 2004/096221 e WO 2005/058888 divulgam compostos antibacterianos contendo uma fração oxazolidina e um ácido l-ciclopropil-6-flúor-4-oxo-l,4- diidro-quinolino-3-carboxilico ou ácido l-ciclopropil-6- flúor-4-oxo-l,4-diidro-[1,8]naftiridino-3-carboxílico.
Além disso, os compostos da Fórmula I conforme serão definidos abaixo e a sua atividade antibacteriana já foram descritos anteriormente no pedido PCT No. PCT/IB2007/054557.
Diversas modalidades da presente invenção serão apresentadas mais adiante: i) De acordo com a sua primeira principal modalidade, a presente invenção se refere aos compostos da Fórmula I
em que A é N ou CH; e n é 0 ou 1; ou um sal farmaceuticamente aceitável seu, para a prevenção ou o tratamento de doenças intestinais que são causadas por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens ou Staphylococcus aureus.
Os parágrafos a seguir dão definições de diversos termos usados no presente documento e que são destinados a se aplicar uniformemente em todo o relatório e as reivindicações a não ser que uma definição expressamente determinada em contrário tenha um significado mais amplo ou mais restrito.
O termo "prevenção", "prevenir" usado com referência a uma doença significa ou que a doença não ocorre no paciente ou no animal, ou que, embora o animal ou paciente seja afetado pela doença, parte ou a totalidade dos sintomas da doença ou são reduzidos ou ausentes.
O termo "tratamento""tratar" usado com referência a uma doença significa ou que a doença é curada no paciente ou no animal ou que, embora o animal ou paciente permaneça afetado pela doença, parte ou a totalidade dos sintomas da doença ou são reduzidos ou eliminados.
O termo "sais farmaceuticamente aceitáveis" se refere a sais de adição de ácido e/ou base inorgânicos ou orgânicos não tóxicos. Pode-se fazer referência a Salt selection for basic drugs", Int. J. Pharm. (1986), 33, 201- 217.
O termo "halogênio" se refere a flúor, cloro, bromo ou iodo, e de preferência a flúor ou cloro.
A não ser que seja usado no tocante a temperaturas, o termo "about"colocado antes de um valor numérico "X" se refere no presente pedido a um intervalo que se estende de X menos 10% de X a X mais 10% de X, e de preferência, a um intervalo que se estende de X menos 5% de X a X mais 5% de X. No caso especifico de temperaturas, o termo "aproximadamente" colocado antes de uma temperatura "Y" se refere no presente pedido a um intervalo que se estende da temperatura Y menos 10°C a Y mais 10°C, e, de preferência, a um intervalo que se estende de y menos 5°C a Y mais 5°C; além disso, temperatura ambiente significará no pedido de patente presente 25°C. ii) É preferível que o composto da Fórmula i conforme definido na modalidade e) , ou um sal farmaceuticamente aceitável seu, permitira uma prevenção ou tratamento eficaz de doenças diarréicas associadas com cepas enterotoxicogênicas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens ou Staphylococcus aureussem aumentar a concentração de enterococos resistentes a vancomicina (VRE) no intestino. iii) É mais preferível que o composto da Fórmula I conforme definido na modalidade e) ou um sal farmaceuticamente aceitável seu permita uma prevenção ou tratamento eficaz de doenças diarréicas associadas com cepas enterotoxicogênicas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureuse a redução da concentração de VRE no intestino. iv) É preferível que os compostos da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades i) a iii) ou sais farmaceuticamente aceitáveis, sejam tais que A seja CH. v) É preferível também que os compostos da fórmula I conforme definidos em uma das modalidades i) a iv) ou os seus sais farmaceuticamente aceitáveis sejam tais que n seja 1. vi) De acordo com sub-modalidades preferidas das modalidades i) a iii), o composto da fórmula I ou seu sal farmaceuticamente aceitável será selecionado de: ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{4-[2-flúor-4-((R)-5- hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)-fenoximetil]-4-hidróxi- piperidin-l-il}-4-oxo-l,4-diidro-quinolino-3-carboxilico; ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{4-[2—flúor-4-((R)-5- hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)-fenoximetil]-4-hidróxi- piperidin-l-il}-4-oxo-l, 4-diidro-[1,8]naftiridino-3- carboxilico; ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{3-[2-flúor-4-((R)-5- hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)-fenoximetil]-3-hidróxi- pirrolidin-l-il}-4-oxo-l, 4-diidro-quinolino-3-carboxilico; e os sais farmaceuticamente aceitáveis seus. vii) De acordo com sub-modalidades mais preferidas das modalidades i) a iii), o composto da Fórmula I ou seu sal farmaceuticamente aceitável será o ácido l-ciclopropil-6- flúor-7-{4-[2—flúor-4-((R)-5-hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3- i 1)-fenoximetil]-4-hidróxi-piperidin~l-il}-4-oxo-l,4-diidro- quinolino-3-carboxilico ou um sal farmaceuticamente aceitável seu. viii) De acordo com um aspecto das modalidades i) a vii), a presente invenção se referirá aos compostos da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades i) a vii), ou sais farmaceuticamente aceitáveis seus, para o tratamento de doenças intestinais que são causadas por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus. ix) De acordo com um aspecto preferido da modalidade viii), a presente invenção se referirá aos compostos da Fórmula i conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou sais farmaceuticamente aceitáveis seus, para o tratamento de doenças intestinais que são causadas por Clostridium difficile(principalmente por uma cepa de Clostridium difficileprodutora de toxina). x) De acordo com um outro aspecto principal das modalidades i) a vii), a presente invenção se referirá aos compostos da Fórmula i conforme definido em uma das modalidades i) a vii), ou aos sais farmaceuticamente aceitáveis seus, para a prevenção das doenças intestinais que são causadas por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus. xi) De acordo com um aspecto preferido da modalidade x) , a presente invenção se referirá aos compostos da Fórmula I conforme definida em uma das modalidades i) a vii) ou aos sais farmaceuticamente aceitáveis seus para a prevenção de doenças intestinais que são causadas por Clostridium difficile(principalmente para uma cepa de Clostridium difficileprodutora de toxina). xii) É preferível que os pacientes em que se pretende prevenir as doenças intestinais mencionadas nas modalidades i) a xi) sejam pacientes tratados com outros antibióticos ou com terapias antivirais, pacientes com um sistema imunocomprometido tais com pacientes submetidos a quimioterapia ou a transplante de órgãos, pacientes idosos 965 anos de idade ou mais), ou pacientes de unidades de tratamento intensivo ou em instalações de tratamento a longo prazo. xiii) Uma outra modalidade principal da presente invenção se refere a um método de prevenção ou de tratamento em um paciente com uma doença intestinal que seja causada pro bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus,compreendendo o método a administração aos paciente de uma quantidade eficaz de um composto da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, durante um periodo suficiente para prevenir ou tratar a doença intestinal. xiv) É preferível que o método d modalidade xiii) permita uma prevenção efetiva ou tratamento efetivo de doenças diarréicas associadas com cepas enterotoxicogênicas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureussem aumentar a concentração de enterococos resistentes a vancomicina (VRE) no intestino. xv) É mais preferível que o método da modalidade xiii) permita uma prevenção eficaz ou um tratamento eficaz de doenças diarréicas associadas com cepas enterotoxicogênicas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens r ou Staphylococcus aureuse redução da concentração de VRE no intestino. xvi) De acordo com uma modalidade das modalidades xiii) a xv) da presente invenção se referirá a um método de se tratamento em um paciente uma doença intestinal que é causada pro bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus, compreendendo o método a administração ao paciente de uma quantidade eficaz de um composto da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades e) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto durante um periodo de tempo suficiente para tratar a doença intestinal. xvii) De acordo com um aspecto preferido da modalidade xvi), a presente invenção se referirá a um método de tratamento em um paciente de uma doença intestinal que é causada por Clostridium difficile(principalmente por uma cepa de Clostridium difficileprodutora de toxina). xviii) De acordo com um outro aspecto das modalidades xiii) a xv), a presente invenção se referirá a um método de prevenção em um paciente de uma doença intestinal que é causada pro bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus, compreendendo o método a administração ao paciente de uma quantidade eficaz de um composto da fórmula I conforme definida em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, durante um periodo de tempo suficiente para prevenir a doença intestinal. xix) De acordo com um aspecto preferido da modalidade xviii), a presente invenção se referirá a um método de prevenção em um paciente de uma doença intestinal que é causada por Clostridium difficile(principalmente por uma cepa de Clostridium difficileprodutora de toxina). xx) É preferivel que os pacientes submetidas a um método de uma das modalidades xiii) a xix) sejam pacientes tratados com outros antibióticos ou com terapias antivirais, pacientes com um sistema imunocomprometido tais como pacientes submetidos a quimioterapia citotóxica ou a transplante de órgãos, pacientes idosos (65 anos de idade ou mais) ou pacientes de unidades de tratamento intensivo ou em instalações de tratamento a longo prazo. xxi) Um outro aspecto da presente invenção se refere ao uso de um composto da Fórmula i conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, para a fabricação de um medicamento destinado a prevenir ou tratar uma doença intestinal que é causada por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus. xxii) De acordo com um aspecto da modalidade xxi) , a presente invenção se referirá ao uso de um composto da Fórmula i conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou d um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, para a fabricação de um medicamento destinado a tratar uma doença intestinal que é causada por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus. xxiii) De acordo com um aspecto preferido da modalidade xxii), a doença intestinal destinada a ser tratada será causada por Clostridium difficile(principalmente por uma cepa de Clostridium difficileprodutora de toxina). xxiv) De acordo com um outro aspecto da modalidade xxi) , a presente invenção se referirá ao uso de um composto da Fórmula i conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, para a fabricação de um medicamento destinado a prevenir uma doença intestinal que é causada por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, e Staphylococcus aureus. xxv) De acordo com um aspecto preferido da modalidade xxiv), a doença intestinal destinada a ser prevenida será causada por Clostridium difficile (principalmente por uma cepa de Clostridium difficile produtora de toxina). xxvi) É preferível que os pacientes para os quais o medicamento fabricado de acordo com uma das modalidades xxi) a xxv) será destinado serão pacientes tratados com outros antibióticos ou com terapias antivirais, pacientes com um sistema imunocomprometido, tais como pacientes submetidos a quimioterapia citotóxica ou a transplante de órgãos, pacientes idosos (65 anos de idade ou mais) ou pacientes de unidades de tratamento intensivo ou em instalações de tratamento a longo prazo. xxvii) Um outro aspecto da presente invenção se refere a um método de prevenção ou tratamento em um animal (tal como em um cão, um gato, um porco, uma vaca ou um cavalo, por exemplo) de uma doença intestinal causada por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus,compreendendo o método a administração ao animal de uma quantidade efetiva de um composto da Fórmula i conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, durante um periodo de tempo suficiente para o tratamento da doença intestinal. xxviii) De acordo com um aspecto da modalidade xxvii), a presente invenção se referirá a um método de tratamento em um animal (em um cão, um gato, um porco, uma vaca ou um cavalo, por exemplo), de uma doença intestinal que é causada por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus, compreendendo o método a administração ao paciente de uma quantidade efetiva de um composto da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, durante um periodo suficiente para o tratamento da doença intestinal. xxix) De acordo com um outro aspecto da modalidade xxvii), a presente invenção se referirá a um método de prevenção em um animal (em um cão, um gato, um porco, uma vaca ou um cavalo, por exemplo) de uma doença intestinal que é causada por bactérias selecionadas de Clostridium difficile, Clostridium perfringens, ou Staphylococcus aureus, compreendendo o método a administração ao paciente de uma quantidade efetiva de um composto da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável de tal composto, durante um periodo de tempo suficiente para prevenir a doença intestinal.
As doenças intestinais destinadas a serem prevenidas ou tratadas de acordo com as modalidades i) a xxix) da presente invenção compreendem principalmente diarréia, colite e colite pseudomembranosa. É preferivel que as doenças intestinais sejam causadas por Clostridium difficile(principalmente por uma cepa de Clostridium difficileprodutora de toxina).
A via de administração mais adequada para os compostos da Fórmula I usados de acordo com as modalidades i) a xxix) da presente invenção será a via oral. A administração pode ser diária (uma a quatro vezes diariamente, por exemplo) ou pode ser menos frequente (uma vez a cada dois dias ou uma ou duas vezes por semana).
Embora as doses de administração exatas de um composto da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou de um sal farmaceuticamente aceitável seu, terão que ser determinadas pelo clinico ou veterinário responsável, espera-se que uma quantidade entre 0,5 e 50 mg do composto da Fórmula I ou de um sal farmaceuticamente aceitável seu por kg de peso corporal do paciente por dia (uma quantidade, por exemplo, entre 1 e 5 mg do composto da Fórmula I ou de sal farmaceuticamente aceitável seu por kg de peso corporal de paciente por dia) administrada uma ou duas vezes ao dia durante um periodo de 3 a 15 dias (durante um periodo de 7 a 14 dias, por exemplo) será adequado.
A produção das composições farmacêuticas contendo os compostos da Fórmula I conforme definido em uma das modalidades i) a vii) ou sais farmaceuticamente aceitáveis seus pode ser efetuada de um modo que será familiar aos versados na técnica (veja, por exemplo, Remington, The Science e Practice of Pharmacy, 21a. Edição (2005), Parte 5, "Pharmaceutical Manufacturing"[publicado por Lippincott Williams &Wilkins]) levando o composto descrito da Fórmula I ou seus sais farmaceuticamente aceitáveis, opcionalmente em combinação com outras substâncias terapeuticamente valiosas em uma forma de administração galênica juntamente com materiais veiculos adequados não tóxicos, inertes terapeuticamente compatíveis, sólidos ou liquidos, e, se for desejado, adjuvantes farmacêuticos habituais.
Os compostos da Fórmula I podem ser fabricados de acordo com a presente invenção usando os procedimentos descritos a seguir.
PREPARAÇÃO DE COMPOSTOS DA FÓRMULA I
Abreviaturas
As abreviaturas abaixo são usadas em todo o relatório e : nos exemplos: AcOH ácido acético mistura AD α 1,4-bis(diidroquinino)ftalazina, K2CO3 e K2OsO4.2H2O K3Fe(CN)6, mistura AD β 1,4-bis(diidroquinino)ftalazina, K2CO3 e K2OsO4.2H2O K3Fe(CN)6, Alloq aliloxicarbonila aq. aquosa Boc terc-butoxicarbonila t-BuOK tec-butilato de potássio Cbz benziloxicarbonila CDAD diarréia associada com Clostridium difficile CFU unidades formadoras de colônia CLSI Clinical Laboratory Standards Institute DBU 1,8-diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno DCM diclorometano DIAD azodicarboxilato de diisopropila DIPEA N,N-diisopropiletilamina DMF N,N-dimetil formamida DMSO dimetilsulfóxido EA acetato de etila EDC cloridrato de 1-dimetilaminopropil)-3- etilcarbodiimida ESI Ionização de Pulberização Eletrônica éter ou Et2O éter dietilico FC cromatografia flash h hora Hex n-hexano IC50 concentração que reduz 0 efeito de 50 % LZD-R resistente a linezolid MeCN acetonitrila MCPBA ácido meta-cloroperbenzóico MIC concentração inibidora minima para inibir 0 crescimento bacteriano MIC90 concentração inibidora minima para inibir 0 crescimento de > 90 % de cepas MRSA Staphylococcus aureusresistente a meticilina MeOH metanol EM Espectroscopia de massa NaOMe metilato de sódio NMP N-metilpirrolidinona OD595 densidade ótica medida a 595 nM org. orgânico Pd/C ou paládio ou diidróxi-paládio sobre carvão Pd(OH)2/C PPh3 trifenilfosfina Temperature temperatura ambiente ambiente saturado saturado SiO2 gel de silica TBDMSC1 cloreto de terc-butildimetilsilila TEA trietilamina TFA ácido trifluoracético THF tetraidrofurano TMSC1 cloreto de trimetilsilila
Métodos de Preparação gerais:
Os compostos da Fórmula I podem ser fabricados de acordo com a presente invenção a) fazendo-se reagir o composto da Fórmula II
com um composto da Fórmula III
em que n e A são conforme definido na Fórmula I e R1 é alquil (C1-C3)-sulfonila (metilsulfonila, por exemplo), trifluormetilsulfonila ou arilsulfonila (fenil- ou p-tolil- 5 sulfonila, por exemplo) de preferência entre aproximadamente 10°C e 100°C (sendo mais preferivel entre aproximadamente 40°C e 80°C) , na presença de uma base inorgânica tal como K2CO3 ou uma base orgânica tal como TEA em um solvente orgânico (DMF, por exemplo); ou b) fazendo-se reagir um composto da Fórmula II com um composto da Fórmula IV
em que n e A são conforme definido na Fórmula I, 15 conforme descrito na seção a) . Os compostos da Fórmula IV podem ser obtidos por tratamento de compostos da Fórmula III na presença de uma base orgânica (TEA, por exemplo) ou de uma base inorgânica (K2CO3, por exemplo, ou um metilato alcalino tal como NaOMe ou um hidreto alcalino tal como NaH) em um solvente orgânico (DMF, por exemplo); ou c) fazendo-se reagir um composto da Fórmula V
em que n é conforme definido na Fórmula I, com um composto da Fórmula VI
em que A é conforme definido na Fórmula I, Y é halogênio e R2 é hidrogênio, BF2 ou B (OC (=0) -alquila (C1-C4) ) 2, alquila (C1-C5) (metila, etila, n-propila, iso-propila ou terc-butila, por exemplo), alila, aril- (C1-C5) alquila (benzila, p-nitrobenzila ou p-metoxibenzila, por exemplo), tri-alquil (C1-C5)-silila (trimetilsilila ou terc-butil- dimetilsilila, por exemplo) ou diaril-alquil (C1-C5)-silila (terc-butildifenilsilila, por exemplo), de preferência entre aproximadamente 10°C e 100°C, sendo mais preferível entre aproximadamente 40°C e 80°C na presença de uma base orgânica, tal como TEA ou DIPEA, em um solvente orgânico, tal como NMP, por exemplo; ou d)convertendo-se um composto da Fórmula VII
![Figure img0007](https://patentimages.storage.googleapis.com/32/26/d5/dc821b8e083fbc/img0007.png)
em que R3é alquila (Ci-C5) (metila, etila, n- propila, iso-propila ou terc-butila, por exemplo) , arü"alquila(C1-C5) (benzila, p-nitrobenzila ou p-metoxibenzila, 5 por exemplo), alila, tri-alquil (C1-C5) -silila (trimetilsilüa ou terc-butildimetilsilila, por exemplo) ou diaril-alquil(Ci~ C5)-silila (terc-butil-difenilsilila, por exemplo) e n e A são conforme definido na Fórmula I no composto correspondente da Fórmula I por hidrólise, saponificação ou hidrogenólise (conforme resenhado em Protecting groups, Kocienski, P.J., Thieme (1994), por exemplo).
No tocante ao processo acima, deve ser observado o seguinte: - no tocante à variante a) , o composto da Fórmula 15 II poderia também ser substituído por um éster seu, isto é, um composto da Fórmula IIIE
em que n, A e R1são conforme definido na Fórmula III e R4 representa alquila, alila ou arilalquila, sendo que neste caso uma etapa de desproteção do éster se seguiria à reação do composto da Fórmula IIIE com o composto da Fórmula II (os métodos gerais para se conduzir a etapa de desproteção do éster já foram resenhados em Protecting groups, Kocienski, P.J., Thieme (1994)); - no tocante à variante a) , o composto da Fórmula II poderia também ser substituído por um éter sililico seu, isto é, um composto da Fórmula IIPG
![Figure img0009](https://patentimages.storage.googleapis.com/55/ed/06/7dc8405ed37a8a/img0009.png)
em que PG2 representa um grupo protetor de silila para uma função álcool tal como um tri-alquil (C1-C5)-silila (trimetilsilila ou terc-butildimetilsilila, por exemplo) ou diaril-alquil(C1-C5)-silila (terc-butil-difenilsilila, por exemplo), sendo que neste caso, uma etapa de desproteção se seguiria à reação do composto da Fórmula III ou IIIE com o composto da Fórmula IIPG (métodos gerais para a condução de tais reações foram resenhados em Protecting groups, Kocienski, P.J., Thieme (1994)); no tocante à variante c) , o composto da Fórmula V poderia também ser substituído por um composto da Fórmula VP
![Figure img0010](https://patentimages.storage.googleapis.com/79/cd/18/f396abc9dac364/img0010.png)
2 em que n e conforme definido na Formula V e PG representa um grupo protetor para uma função álcool (um grupo alquil-silila ou diaril-alquilsilila tal como trimetilsilüa, terc-butildimetilsilila ou terc-butil-difenilsilila, por exemplo), sendo que neste caso uma etapa adequada de desproteção se seguiria à reação do composto da Fórmula Vp com o composto da Fórmula VI (métodos gerais para a condução de tais reações foram resenhados em Protecting groups, Kocienski, P.J., Thieme (1994)); - no tocante à variante c) , quando R2 não for H, uma etapa adicional de desproteção do éster é necessária (métodos gerais para a condução de tais reações foram resenhados em Protecting groups, Kocienski, P.J., Thieme (1994)), exceto para os casos em que R2 for BF2 ou B(OC(=O)~ alquila (C1-C4) ) 2 em que a hidrólise tem lugar já durante a elaboração ácida
Os compostos da Fórmula I assim obtidos podem, se for desejado, ser convertidos nos seus sais, e principalmente nos seus sais farmaceuticamente aceitáveis.
Além disso, sempre que os compostos da Fórmula I forem obtidos na forma de misturas de enantiômeros, os enantiômeros podem ser separados usando-se métodos conhecidos dos versados na técnica (por formação e separação de sais diastereoisoméricos por cromatografia sobre uma fase estacionária quiral). Sempre que os compostos da Fórmula I forem obtidos na forma de misturas de diastereoisômeros, eles podem ser separados por uma combinação adequada de cromatografia sobre gel de silica, HPLC e técnicas de cristalização.
Preparação de diversos intermediários de síntese:
Preparação do composto da Fórmula II
O composto da Fórmula II pode ser obtido por hidrogenação do composto da Fórmula VIII
sobre um catalisador de metal nobre tal como paládio ou platina sobre carvão em um solvente tal como THF, MeOH ou EA a uma temperatura entre 0°C e 40°C ou por hidrólise na presença de uma solução de HBr em água ou AcOH a uma temperatura entre 0°C e 80°C em um solvente tal como AcOH. Preparação dos compostos da Fórmula III
Os compostos da Fórmula III podem ser preparados conforme resumido no Esquema 1 abaixo.
Esquema 1
No Esquema 1, R2 é H, alquila, alila ou arilalquila, e os demais simbolos são conforme já determinado.
Os compostos da Fórmula III em que R1 é SO2R5, R5 sendo alquila, trifluormetila ou arila como fenila ou p- tolila, podem ser obtidos (Esquema 1) a partir dos compostos da Fórmula IIIA em que R1é H por reação com os cloretos de sulfonila correspondentes na presença de uma base orgânica tai como TEA em um solvente tai como DCM ou THF a uma temperatura entre -10°C e 50°C. Os compostos da Fórmula IIIA podem ser preparados por reação dos compostos da Fórmula VI com as piperidinas ou pirrolidinas da Fórmula IX na presença de uma base orgânica tal como TEA ou DIPEA a uma temperatura entre 40°C e 100°C em um solvente tal como THF, DMF ou NMP.Se R for benzila, o acido carboxilico da Fórmula IIIA pode ser liberado de acordo com procedimentos padrão conforme descrito em Protecting groups, Kocienski, P.J., Thieme (1994) (hidrogenaçâo sobre Pd/C, por exemplo).
Preparação dos compostos da Fórmula V
Os compostos da Fórmula V podem ser preparados conforme resumido no Esquema 2 abaixo.
Esquema 2
Os compostos da Fórmula V podem ser obtidos por desproteção dos compostos da Fórmula XI em que PG representa um grupo protetor de amino tal como alcóxi-carbonila (Boc, por exemplo), benziloxicarbonila (CBZ, por exemplo), Alloc ou benzila. Os métodos gerais para a condução de tais sequências de proteção/desproteção de aminas secundárias foram resenhados em Protecting groups, Kocienski, P. J., Thieme (1994) .
Os compostos da Fórmula XI podem ser obtidos fazendo-se reagir um composto da Fórmula II com os compostos da Fórmula X em que R1 é SO2R5, R5 sendo alquila, trifluormetila ou arila tal como fenila ou p-tolila, ou fazendo-se reagir um composto da Fórmula II com os epóxidos correspondentes derivados dos compostos da Fórmula X. Tais epóxidos podem ser obtidos dos compostos da Fórmula X, em que R1 é SO2R5 por tratamento ou com uma base orgânica tal como TEA, piridina ou DBU ou com uma base inorgânica tal como K2CO2 em um solvente tal como THF, éter ou DCM a uma temperatura entre -10°C e 40°C. Os compostos da Fórmula X em que R1 é H ou são disponíveis no comércio (compostos X em que PG = Boc, n = 1 e R1 = H, por exemplo, ou o epóxido derivado de compostos da Fórmula X em que PG3= Boc, n = 0) ou então podem ser preparados conforme será explicado mais adiante. Alternativamente, os compostos da Fórmula XI podem ser obtidos por reação do composto da Fórmula II com os compostos da Fórmula X em que R1 é H em condições Mitsunobu.
Preparação dos compostos da Fórmula VI
Os compostos da Fórmula VI, em que R é hidrogênio, Me ou Et, são disponíveis no comércio (compostos em que A = CH, Y = Cl e R2 = H, Me ou Et, ou Y = F e R2 = BF2, por exemplo, ou compostos em que A = N, Y = Cl e R2 = H ou Et) . Os compostos da Fórmula VI em que R2 é B(OC(=O) (Cl- C4)alquila)2 podem ser obtidos a partir de compostos da Fórmula VI em que R2 é H de acordo com WO 88/07998. Os demais compostos da Fórmula VI podem ser obtidos de acordo com métodos padrão a partir de compostos da Fórmula VI em que R é H.
Preparação dos compostos da Fórmula VII
Os compostos da Fórmula VII podem ser obtidos acoplando-se compostos da Fórmula V ou, alternativamente, compostos da Fórmula VP, conforme definido acima, com compostos da Fórmula VI, conforme já definido, exceto pelo fato de que R2 representa alquila (C3.-C5) (metila, etila, n~ propila, iso-propila ou terc-butila, por exemplo), aril- alquila(C1-C5) (benzila, p-nitrobenzila ou p-metoxibenzila, por exemplo), alila, tri-alquil(C1-C5)-silila (trimetilsilila ou terc-butil-dimetilsilila, por exemplo) ou diaril- alquil(C1-C5)-silila (terc-butil-difenilsilila, por exemplo), nas mesmas condições já descritas para a reação dos compostos da Fórmula V com os compostos da Fórmula VI. Se forem usados os compostos da Fórmula Vp, a etapa de desproteção pode ser conduzida depois da reação de acoplamento.
Preparação do composto da Fórmula VIII
O composto da Fórmula VIII pode ser obtido de acordo com WO 2004/096221.
Preparação dos compostos da Fórmula IX
Os compostos da Fórmula IX podem ser obtidos pela desproteção dos compostos da Fórmula X (R1 = H) , por tratamento dos compostos correspondentes protegidos por Boc com TFA ou por hidrogenação dos compostos correspondentes protegidos por Cbz sobre Pd/C.
Preparação dos compostos da Fórmula X
Os compostos da Fórmula X podem ser preparados a partir de derivados de metilideno da Fórmula XII conforme resumido no Esquema 3 abaixo.
![Figure img0014](https://patentimages.storage.googleapis.com/19/e4/79/d04f4964cf6df5/img0014.png)
Esquema 3 Os compostos da Fórmula Xb, isto é, os compostos da Fórmula X em que R1 é SO2R5, são preparados a partir dos compostos correspondentes da Fórmula Xa em que R1 é H usando- se os mesmos métodos usados para a conversão dos compostos da Fórmula IIIA nos compostos da Fórmula IIIS. Os compostos da Fórmula Xa ou são obtidos de derivados conhecidos de metilideno da Fórmula XII (aqueles em que n = O e PG = benzila, Boc ou benzilóxi-carbonila, por exemplo, - veja EP 241206 e EP 550025; ou aqueles em que n = 1 e PG = benzila, Boc que são comerciais) ou por cis-diidroxilação catalisada por tetróxido de ósmio ou por sua versão assimétrica (diidroxilação Sharpless usando mistura AD aou β) conforme descrito em J. Am. Chem. Soc. (1988), 110, 1968. Os compostos da Fórmula Xc, isto é, os derivados epoxidicos de compostos da Fórmula Xb são obtidos ou por fechamento do anel intramolecular de compostos da Fórmula Xb com uma base inorgânica tal como K2CO3 ou NaH ou uma base orgânica tal como TEA ou DBU, ou por epoxidação da ligação metilideno dupla dos compostos da Fórmula XII com um perácido tal como MCPBA.
Alternativamente, compostos da Fórmula Xc podem também ser obtidos pela reação dos derivados oxo correspondentes (comercial quando n = 0 ou 1 e PG = Cbz ou Boc) com iodeto de trimetil-sulfoxônio ou com iodeto de trimetil-sulfônio na presença de um hidróxido de álcali tal como hidróxido de potássio em um solvente polar tal como MeCN entre 20 e 100°C (conforme descrito em J. Am. Chem. Soc. (1965), 87, 1353-1364 e Tetrahedron Lett. (1987), 28, 1877-1878). Modalidades especificas da presente invenção descritas nos exemplos abaixo, que servem para ilustrar a invenção com mais detalhes sem limitar de nenhum modo o seu âmbito.
EXEMPLOS
Todas as temperaturas são dadas em °C. Todas as investigações por HPLC analitica ou preparatórias sobre fases não quirais são conduzidas usando-se colunas RP à base de C18. Investigações de HPLC analiticas são conduzidas em dois instrumentos diferentes com tempos de ciclo de ~2,5 minutos e ~3.5 minutos respectivamente. A não ser que seja declarado em contrário, os valores indicados para EM correspondem aos picos principais ((M+H)+ com uma variação de +/- 0,5 unidade). Nos espectros RMN as constantes de acoplamento J são dadas em Hz.
Procedimento de elaboração padrão:
Depois da diluição em um solvente orgânico adequado (veja texto do Exemplo correspondente), a fase orgânica é separada e lavada em sequência com água e salmoura. No caso de reação conduzida em um solvente hidrossolúvel (tal como MeOH, THE ou DMF, por exemplo), as fases aquosas combinadas são retro-lavadas com o mesmo solvente usado para conduzir a elaboração. As fases orgânicas combinadas são secadas sobre MgSO4 e filtradas. Faz-se evaporar o filtrado a pressão reduzida.
Procedimento padrão de cromatografia:
O material bruto é dissolvido no minimo de eluente (veja texto do Exemplo correspondente) e cromatografado sobre SiO2. Combinam-se as frações relevantes e faz-se evaporar a pressão reduzida. Exemplo 1: Ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{4-[2- flúor-4- ((R)-5-hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)- fenoximetil] -4-hidróxi-piperidin-l-il}-4-oxo-l, 4-diidro- quinolino-3-carboxilico:
1. i. (R)-3- (3-flúor-4-hidróxi-fenil) -5- hidroximetil-oxazolidin-2-ona:
Uma solução de (R)-3- (4-benzilóxi-3-flúor-fenil)-5- hidroximetil-oxazolidin-2-ona (6,34 g, preparada de acordo com WO 2004/096221) em THF/MeOH (1:1; 200 mL) foi hidrogenada sobre Pd/C 10% (1 g) de um dia para o outro. O catalisador foi filtrado fora, fez-se evaporar o filtrado a pressão reduzida e o residuo foi agitado em EA. Os cristais foram coletados por filtração, resultando em 3,16 g (rendimento de 70%) de um sólido incolor. RMN 1H (DMSOd6; δ ppm): 3,5 (m, 1H) , 3,64 (m, 1H) , 3,74 (dd, J = 8,8, 6,4, 1H) , 3,99 (t, J = 8,8, 1H), 4,64 (m, 1H), 5,16 (t, J = 5,6, 1H), 6,93 (dd, J = 9,7, 8,8, 1H), 7,08 (ddd, J = 8,8, 2,6, 1,2, 1H) , 7,45 (dd, J = 13,5, 2,6, 1H) , 9,66 (s, 1H). MS (ESI): 228,1.
l.ii. Éster benzílico do ácido 4-[2-flúor-4- ( (R)-5- hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)-fenoximetil]-4-hidróxi- piperidino-l-carboxílico:
Uma solução do intermediário l.i (1.27 g) e éster benzilico do ácido l-oxa-6-aza-espiro[2.5]octano-6- carboxilico (1,60 g; preparado de acordo com US 4244961) foram dissolvidos em DMF (15 mL) e tratados com Na2COs (1.16 g). A mistura foi aquecida a 100°C de urn dia para o outro. 0 residue obtido depois da elaboração (DCM) foi agitado em EA, e o sólido foi coletado por filtração e lavado em sequência com EA e Hex, resultando em 2,52 g (rendimento de 94,5%) de um sólido bege. RMN (DMSOd6; δ ppm): 1,57 (m, 4H) , 3,14 (m, 2H) , 3,54 (m, 1H), 3,64 (m, 1H) , 3,79 (m, 5 H) , 4,03 (t, J = 9,1, 1 H), 4,66 (m, 1 H), 4,78 (s, 1 H) , 5,05 (s, 2 H) , 5,16 (t, J = 5,6, 1 H) , 7,18 (m, 2 H) , 7,32 (m, 5 H) , 7,55 (d, J = 12, 1 H) . MS (ESI): 475,0.
1.iii. (R)-3-[3-flúor-4-(4-hidróxi-piperidin-4- ilmetóxi)-fenil]-5-hidroximetil-oxazolidin-2-ona:
Uma suspensão do intermediário l.ii (2,5 g) em EA/MeOH (1:1; 100 mL) foi hidrogenada sobre Pd/C durante 48 horas. A suspensão foi aquecida a 40°C e o catalisador foi filtrado fora. Fez-se o filtrado evaporar a pressão reduzida resultando em 1,61 g (rendimento de 89%) de um pó amarelo. RMN 1H (DMSOd6; δ ppm): 1,4-1,63 (m, 4H) , 2,67 (m, 2H), 2,83 (m, 2H), 3,53 (dd, J = 4,0, 12,0, 1H); 3,66 (dd, J = 3,3, 12,0, 1H), 3,71 (s, 2H); 3,80 (m, 1H) , 4,05 (t, J = 9,0, 1H), 4,48 (s, 1H), 4,68 (m, 1H), 5,20 (s, 1H), 7,20 (m, 2H), 7,57 (d, 1H). MS (ESI): 341,5.
1. iv. Ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{4-[2-flúor-4- ((R)-5-hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)-fenoximetil]-4- hidróxi-piperidin-l-il}-4-oxo-l,4-diidro-quinolino-3- carboxílico:
Uma solução do intermediário l.iii (200 mg), complexo de ácido 7-cloro-l-ciclopropil-6-flúor-1,4-diidro-4- oxo-3-quinolino carboxílico e diacetato de boro (241 mg; preparado de acordo com WO 88/07998) e DIPEA (100 pL) em NMP (2 mL) foi agitada a 85°C durante 5 horas. Fez-se evaporar a mistura de reação a pressão reduzida e o residue foi absorvido em HC1 a 5M em MeOH (3 mL) e agitado. O sólido resultante foi coletado por filtração e lavado com MeOH, resultando em 230 mg (67% de rendimento) de um sólido amarelo. RMN (DMSOd6; δ ppm): 1,66-1,35 (m, 4H) , 1,75 (d, J = 12,8, 2H), 1,95 (m, 2H) , 3,33 (t largo, J = 11,0, 2H) , 3,57 (m, 3H) , 3,67 (dd, J = 12,3, 3,3, 1H) , 3,83 (m, 2H) , 3,92 (s, 2H) , 4,06 (t, J = 9,0, 1H) , 4,69 (m, 1H) , 7,24 (m, 2H), 7,60 (m, 2H), 7,90 (d, J = 13,3, 1H) , 8,66 (s, 1H) . MS (ESI): 585,9.
Exemplo 2: Ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{4-[2- flúor-4-((R)-5-hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)- fenoximetil]-4-hidróxi-piperidin-l-il}-4-oxo-l,4-diidro- [1,8]naftiridino-3-carboxílico:
Uma solução de ácido 7-cloro-l-ciclopropil-6-flúor- 1,4-diidro-4-oxo-l,8-naftiridino-3-carboxilico (166 mg; comercial) e intermediário l.iii (200 mg) em NMP (5 mL) foi tratada com TEA (0,32 mL) e com TMSC1 e aquecida a 85°C durante 5 horas. Fez-se evaporar a mistura de reação sob pressão reduzida e o residue foi absorvido em HC1 a 5M em MeOH (3 mL) e agitado durante 30 minutos. Fez-se a solução evaporar a pressão reduzida e o residuo foi absorvido em EA.
O sólido resultante foi coletado por filtração e lavado 271 mg (rendimento de 78%) de um sólido amarelo. RMN (DMSOd6; δ ppm): 0,89-1,27 (m, 4H) ; 1,78 (d, J = 12,8, 2H); 1,90-2,04 (m, 2H); 3,53-3,88 (m, 6H); 3,88 (s, 2H), 4,06 (t, J = 9,0, 1H) , 4,42 (d largo, J = 13,2, 2H) , 4,44 (m, 1H); 7,11 (m, 2H); 7,55 (d, J = 14,5, 1H); 8,05 (d, J = 13,5, 1H); 8,60 (s, 1H) . MS (ESI): 586,8.
Exemplo 3: Ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{(RS)-3- [2-flúor-4-((R)-5-hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3~il)- fenoximetil] -3-hidróxi-pirrolidin-l-il} -4-oxo-l, 4-diidro- quinolino-3-carboxilico;
3.i. Éster benzílico do ácido dialil-carbâmico:
Cloreto de benzoila (15,5 mL) foi acrescentado gota a gota durante 30 minutos a uma solução de dialilamina (12,3 mL) e TEA (21 mL) em DCM (100 mL) a 0°C. A mistura de reação foi agitada à temperatura ambiente durante 16 horas. 0 residuo obtido depois da elaboração (DCM) foi purificado por cromatografia (Hex/EA 95:5) resultando em 20,71 g (rendimento de 88%) de um liquido incolor. RMN XH (DMSOd6; δ ppm): 3.83 (dt, J = I e J = 6,4H); 5,05-5,18 (m, 6H) ; 5,70-5,86 (m, 2H); 7,27-7,48 (m, 5H) .
3.H. Éster benzílico do ácido 2,5-diidro-pirrolo- 1-carboxílico:
Benzilideno-bis(triciclo-hexil-fosfino)dicloro rutênio (5 g) foi acrescentado a uma solução do intermediário 3.i (17,56 g) em DCM (1,5 1) à temperatura ambiente sob nitrogênio. A mistura de reação foi agitada a 40°C durante 2 horas e concentrada a vácuo. O residuo foi purificado por FC (Hex/EA 90:10) resultando em 14.08 g (rendimento de 91%) de um liquido amarelo. RMN 1H (DMSOdδ; δ ppm): 4,05-4,16 (m, 4H) ; 5,08 (s, 2H); 5,81-5,92 (m, 2H) ; 7,27-7,41 (m, 5H) .
3.iii. Éster benzilico do ácido (RS) -3-hidróxi- pirrolidino-1-carboxilico:
Uma solução a 1M de borano em THE (9 mL) foi acrescentada a uma solução do intermediário 3. ii (1,81 g) em THE (25 mL) a 0°C sob nitrogênio. A mistura de reação foi agitada à temperatura ambiente durante 16 horas e foi resfriado a 0°C. NaOH a 20% (1,8 mL) foi cuidadosamente acrescentado gota a gota sendo seguido por peróxido de hidrogênio em solução aquosa a 35% (1,2 mL) . A mistura foi agitada a 0°C durante 30 minutos e à temperatura ambiente durante 2 horas. Et2O e uma solução aquosa a 40% de bissulfito de sódio foram acrescentados e a mistura de reação foi agitada vigorosamente durante 15 minutos. O residuo obtido depois de elaboração (EtgO) foi purificado por FC (Hex/EA 5:5 a 3:7) resultando em 1,01 g (rendimento de 51%) de um óleo incolor. RMN XH (DMSOd6; δ ppm): 1,67-1,82 (m, 1H) ; 1,82-1,96 (m, 1H); 3,16-3,25 (m, 1H) ; 3,28-3,44 (m, 3H) ; 4,20-4,29 (largo, 1H); 4,92 (d, J = 3, 1H); 5,06 (s, 2H); 7,27-7,41 (m, 5H) .
3.iv. Éster benzilico do ácido 3-oxo-pirrolidino-l- carboxílico:
Uma solução do intermediário 3. iii (1,10 g) em DCM (8 mL) foi resfriada até 0°C e DIPEA (2,5 mL) foi acrescentado gota a gota, seguido por uma solução de complexo de trióxido de enxofre piridina (1,79 g) em DMSO (6,5 mL) . A mistura de reação foi agitada a 0°C durante 1 hora e foi extinta com a adição de água (6 mL) . A fase aquosa foi extraida com Et2O/Hex (1:1, 3x5 mL) e as fases orgânicas combinadas foram concentradas a vácuo. O residuo obtido depois da elaboração (Et2<0/Hex 1:1) foi purificado por FC (Hex/EA 5:5) resultando em 1,05 g (rendimento de 96%) de um óleo amarelado RMN 1H (DMSOd6; δ ppm): 2,48-2,61 (m, 2H) ; 3,61-3,80 (m, 4H); 5,09 (s, 2H) ; 7,27-7,41 (m, 5H) .
3.v. Éster benzílico do ácido 3-metileno- pirrolidino-1-carboxílico:
t-BuOK (617 mg) foi acrescentado em uma porção a uma suspensão branca de brometo metil-trifenil-fosfônio (1,98 g) em THF (10 mL) à temperatura ambiente sob nitrogênio. A suspensão amarela foi agitada à temperatura ambiente durante 1 hora, sendo então resfriada até -10°C. Uma solução do intermediário 3. iv (1.05 g) em THF (2 mL) foi acrescentada gota a gota durante 10 minutos e deixou-se a mistura de reação se aquecer até a temperatura ambiente durante 2 horas. A reação foi extinta pela adição de solução aquosa saturada de NH4CI (1 mL) e diluida com EA. 0 residuo obtido depois da elaboração (EA) foi purificado por cromatografia (Hex/EA 90:10) resultando em 633 mg (rendimento de 64%) de um liquido amarelado. RMN XH (DMSOd6; δ ppm): 2,48-2,61 (m, 2H) ; 3,36-3,53 (m, 2H); 3,84-4,01 (m, 2H); 4,97-5,03 (m, 2H); 5,08 (s, 2H); 7,27-7,41 (m, 5H).
3. vi. Éster benzílico do ácido l-oxa-5-aza- espiro [2.4]heptano-5-carboxílico:
Uma solução do intermediário 3.v (7,21 g) em DCM (400 mL) foi tratada com MCPBA (20,1 g) e NaHCO3 (22,3 g) à temperatura ambiente. A reação foi agitada à temperatura ambiente durante 2 horas, diluida com DCM (200 mL) e vertida em uma solução de Na2SO3 (45 g) em água (4 00 mL) . A mistura foi agitada durante 10 minutos e a fase orgânica foi separada. 0 residue obtido depois da elaboração (DCM) foi purificado por FC (Hex/EA 6:4) resultando em 4,37 g (rendimento de 56%) de um óleo amarelo. RMN XH (DMSOd6; δ ppm): 1,70-1,83 (m, 1H) ; 2,22-2,37 (m, 1H); 2,90-2,94 (m, 1H); 2,95-2,99 (m, 1H); 3,15 (t, J = 11, 1H); 3,39-3,77 (m, 3H); 5,09 (s, 2H); 7,27-7,41 (m, 5H).
3.vii. Éster benzilico do ácido (RS)-3-[2-flúor-4- ( (R)-5-hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)-fenoximetil]-3- hidróxi-pirrolidino-1-carboxilico:
K2CO3 (27 4 mg) foi acrescentado a uma suspensão do intermediário l.i (300 mg) e intermediário 3.vi (338 mg) em DMF (3 mL). A mistura de reação foi agitada a 80°C durante 3 horas e o solvente foi removido a vácuo. 0 residue obtido depois da elaboração (DCM) foi purificado por FC (DCM/MeOH 95:5) resultando em 531 mg (rendimento de 87%) de uma espuma bege. RMN (DMSOd6; δ ppm): 1,80-1,92 (m, 1H) ; 1,96-2,08 (m, 1H); 3,32-3,59 (m, 5H); 3,66 (ddd, J = 3, J = 6 e J = 13, 1H); 3,80 (dd, J = 6 e J = 9, 1H) ; 3, 97-4,09 (m, 3H); 4,64- 4,72 (m, 1H); 5,07 (s, 2H) ; 5,19 (t, J = 6, 1H) ; 5,23 (s, 1H); 7,18-7,23 (m, 2H); 7,27-7,38 (m, 5H); 7,57 (dd, J = 2 e J = 14, 1H) . MS (ESI): 460,9.
3. viii . (R) -3-[3-flúor-4- ((RS) -3-hidróxi- pirrolidín-3-ilmetóxi) - fenil]-5-hidroximetil-oxazolidin-2- ona :
Uma solução do intermediário 3. vii (259 mg) em THF/MeOH (1:1; 20 mL) foi hidrogenada sobre 10% Pd/C (60 mg) durante 20 horas à temperatura ambiente. A mistura de reação foi concentrada a vácuo, absorvida em DCM/MeOH 90:10 (20 mL) e agitada à temperatura ambiente durante 30 min. O catalisador foi filtrado fora e o filtrado concentrado a vácuo resultando em 184 mg (rendimento de 100%) de uma espuma cor de laranja. MS (ESI): 327,3.
3.ix. Ácido l-ciclopropil-6-flúor-7-{(RS)-3-[2- flúor-4- ( (R)-5-hidroximetil-2-oxo-oxazolidin-3-il)- fenoximetil]-3-hidróxi-pirrolidin-l-il}-4-oxo-l,4-diidro- quinolino-3-carboxílico:
Uma solução do intermediário 3.viii (226 mg) e complexo de ácido 7-cloro-l-ciclopropil-6-flúor-1,4-diidro-4- oxo-3-quinolinecarboxiiico e diacetato de boro (270 mg; preparado de acordo com WO 88/07998) em NMP (5 mL) foi tratada com DIPEA (120 pL) e agitada a 60°C durante 2 horas. A mistura de reação foi concentrada a vácuo e o residuo foi absorvido em HC1 a 5M em MeOH (2 mL). A solução foi agitada à temperatura ambiente durante 1 hora, concentrada a vácuo e o residuo foi purificado por FC (DCM/MeOH/AcOH 95:4:1 a 90:9:1). O residuo espumoso foi absorvido em MeOH (2 mL) , agitado durante 1 hora e filtrado. Os cristais foram coletados e secados a vácuo resultando em 23 mg (rendimento de 6%) de um sólido bege. RMN (DMSOd6; δ ppm): 1,10-1,34 (m, 4H) ; 1,98-2,10 (m, 1H); 2,14-2,26 (m, 1H); 3,48-3,70 (m, 3H); 3,71-3,89 (m, 5H); 4,05 (t, J = 9, 1H) ; 4,09-4,18 (m, 2H) ; 4,66-4,74 (m, 1H) ; 5,19 (t, J = 6, 1H); 5,40 (s, 1H); 7,09 (d, J = 8, 1H) ; 7,18-7,31 (m, 2H); 7,59 (dd, J = 2 e J = 14, 1H); 7,82 (d, J = 14, 1H); 8,59 (s, 1H); 15,52 (s, 1H). MS (ESI): 572,3.
Exemplo 4: Atividade antibacteriana in vitro dos compostos contra as cepas de referência de Clostridium difficile e Clostridium perfringens:
4.1. Método experimental
As concentrações inibidoras mínimas (MICs) foram determinadas por um ensaio de microdiluição de caldo. Caldo de Brucella suplementado com uma concentração final de 0,5 mg/L de Vitamina Ki e 5 mg/L de hemina foi usado como o meio de teste. resumindo foram preparadas soluções base dos compostos em DMSO (5,12 mg/mL) e 5 pL de uma série de diluições em série duplas em 50 % de DMSO/50 % de H2O foram dispensados em placas de microtitulação de 96 poços contendo 45 pL de caldo de Brucella suplementado e foram agitados durante 5 minutos. Para se preparar os inóculos, colônias de C. difficilede 24 horas de idade cultivadas sobre agar de Brucella suplementado com sangue ovino a 5 %, 5 pg de hemina/mL e 1 pg de vitamina Ki/mL foram suspensos em caldo de Brucella suplementado e ajustadas para uma densidade que correspondesse a 0,5 de padrão McFarland. 50 pL de uma diluição de 50 vezes desta suspensão foram usados para inocular os poços da placa de 96 poços resultando em aproximadamente 104 unidades formadoras de colênia (CFU) por poço. A concentração final de DMSO foi de 2,5 %. A faixa de concentrações finais foi de 0,03 - 16 pg/mL. As placas foram incubadas em condições anaeróbicas durante 48 horas a 37°C. Depois da incubação, fez-se a leitura das placas em um leitor de placas a OD595 (ultramark, Biorad Laboratories). As MICs foram inicialmente lidas a concentração minima mostrando > 90 5 % de inibição de crescimento em comparação com poços de controle. As placas foram também verificadas visualmente com o auxilio de um espelho de leitura e as MICs foram confirmadas pela ausência de crescimento visual.
4.H. Resultados:
Os compostos dos Exemplos 1-3 foram testados in vitropara a sua atividade em inibir o crescimento de três cepas de referência de C. difficileou de Clostridium perfringens. Os resultados obtidos estão resumidos na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1
Os compostos dos exemplos 1-3 mostraram uma atividade potente in vitrocontra as cepas de C. difficilee C. perfringens testadas. Uma atividade intensa foi também observada contra uma cepa hipervirulenta resistente a quinolona NC13366. Os compostos dos Exemplos 1 e 2 eram ligeiramente mais ativos dos que o composto do exemplo 3 e todos os compostos do exemplo eram nitidamente mais ativos do que a ciprofloxacina e linezolid.
Exemplo 5: Atividade antibacteriana in vitro do composto do exemplo 1 contra uma coleção de isolados clinicos de Clostridium difficile:
5.i. Método experimental:
Foi usado o método de diluição em agar de referência recomendado por CLSI para anaeróbios (M11-A6) para se testar a suscetibilidade. Agar de Brucella suplementado com sangue ovino a 5%, 5 pg de hemina/mL e 1 pg de vitamina Ki/mL foi o meio de teste. Os compostos de teste foram diluidos em série e acrescentados ao agar suplementado fundido. Os controles de crescimento foram colocados em placas isentas de droga. Antes do teste, todos os isolados foram sub-cultivados duas vezes em placas de agar com Brucella enriquecida. As colônias bacterianas foram suspensas em caldo de brucella. A padronização com um colorimetro Vitek foi usada para a preparação de cada inoculo ao equivalente de um padrão de 0,5 McFarland, aproximadamente 104 - 105 CFU por ponto depois da aplicação com um replicador Steers. As placas foram incubadas em condições anaeróbicas durante 48 horas a 37°C. A concentração inibidora minima (MIC) foi a concentração que inibiu completamente o crescimento visivel em comparação com o controle isento de droga. Todos os antibióticos foram preparados e testados juntamente com vancomicina e metronidazol como controles.
5.H. Resultados:
O composto do Exemplo 1 foi testado para a sua atividade de inibir o crescimento de uma coleção de 209 diversos isolados clinicos de C. difficile in vitro.O composto do Exemplo 1 apresentou uma MIC90 (concentração inibidor minima para inibir o crescimento de 90 % de cepas ou mais) de 0,25 pg/mL, as MICs obtidas variavam de 0,06 a 0,5 pg/mL. Em média ele foi mais ativo do que a vancomicina, metrondazol e linezolid, que tinham MIC90s de 2, 1 e 8 pg/mL, respectivamente.
Exemplo 6: atividade in vitroantibacteriana dos compostos da invenção contra bactéria Gram-positiva aeróbica:
6.1. Método experimental:
As concentrações inibitórias minimas (MICs) foram determinadas através de um ensaio de microdiluição de caldo seguindo as linhas de direção do Instituto de Padrões Clinicos e Laboratoriais [CLSI, anteriormente NCCLS, 1997]. De maneira resumida, soluções de estoque dos compostos foram preparadas em DMSO (5,12 mg/ml), diluidas em série em Caldo Mueller-Hinton de cátion ajustado II (CaMHB), e dispensadas em placas de microtiter com a ajuda de um robô de pipetagem Biomek 2000 (Beckman Coulter). A concentração final de DMSO foi de 2,5% ou abaixo. As placas foram inoculadas para atingirem uma concentração, em geral, de 3-6xl05 CFU/ml. Após incubação a 37°C por 18 a 24 horas, as placas foram lidas em um leitor de placas a OD595 (Ultramark, Biorad Laboratories). As MICs foram inicialmente lidas na concentração mais baixa que mostra >90% de inibição de crescimento comparada às cavidades de controle. As placas também foram visualmente checadas com o auxílio de um espelho de leitura, e as MICs foram confirmadas pela ausência de crescimento visual.
6.ii. Resultados:
O composto do Exemplo 1 foi testado para Bactéria aeróbica Gram-positiva. Os resultados obtidos são sumarizados na Tabela 2 doravante.
Tabela 2
Em resumo, o composto do Exemplo 1 teve atividade in vitropotente contra cepas de Staphylococcus aureus, S. aureus MRSA, Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium. 0 mesmo foi ativo contra cepas resistentes à vancomicina, ciprofloxacina ou linezolida.
Exemplo 7: atividade in vitroantibacteriana do composto do Exemplo 1 contra cepas bacterianas anaeróbicas 10 particulares:
Através do uso do método experimental descrito no Exemplo 5 (vide 5.i), o composto do Exemplo 1 (Ex. 1) foi testado in vitropara a capacidade de inibição do crescimento de certa bactéria anaeróbica que é conhecida ou suspeita de 15 ter uma função na flora intestinal normal e na manutenção de sua função na proteção contra o crescimento exagerado de C. difficile(doravante denominada em grupo "a bactéria intestinal comensal"). Como referências, o composto do Exemplo 5 da WO 2005/058888 (Rl) e ciprofloxacina (CP) foram 5 testados ao mesmo tempo. As MICs obtidas desta forma são mostradas na Tabela 3 a doravante.
Tabela 3
Em resumo, o composto do Exemplo 1 mostrou atividade reduzida levando em consideração a bactéria 5 intestinal comensal comparado a C. difficile. Para Bacteroides spp., que são membros importantes da flora intestinal protetora humana, as atividade é 30 a 200 vezes inferior. Esta atividade seletiva oferece o potencial para exterminio seletivo de C. difficileno intestino ao poupar 10 bactérias importantes da flora intestinal.
Além disso, quando comparado ao composto do Exemplo 5 da WO 2005/058888, o composto do Exemplo 1 mostrou na maioria dos casos 2 a 4 vezes menos atividade contra as Bacteroides spp. testadas, 4 vezes menos atividades contra as cepas de Eubacterium limosum A-1259 ou Finegoldia magnaA 1254, 4 a 8 times menos atividade contra a Bifidobacterium spp.Testada e 8 vezes menos atividade contra as cepas de Lactobacillus acidophilus A-1255 e Lactococcus lactis A-1256.
Portanto, quando comparado ao composto do Exemplo 5 da WO 2005/058888 (Rl), o composto do Exemplo 1 foi menos ativo significantemente contra a bactéria intestinal comensal, que indica uma vantagem para exterminio seletivo de C. difficileno intestino.
Exemplo 8: efeito do composto do Exemplo 1 na produção de toxinas de C. difficile:
8.i. Método experimental:
A cepa de C. difficilehipertoxigênica NC 13366 foi anaerobicamente cultivada em caldo Brucella suplementado por 24 horas a 37°C para uma densidade de célula de aproximadamente lxlO8 CFU/ml. A bactéria foi lavada por centrifugação e resuspendida no mesmo volume de caldo Brucella suplementado que contém antibióticos a 1 e 8 pg/ml, respectivamente. O controle não continha antibiótico. As culturas foram adicionalmente incubadas anaerobicamente a 37°C. No dia, foram coletadas 5 supernadantes de cultura e analisados para toxina A e toxina B conforme descrito posteriormente no presente documento. A toxina A foi detectada através de Western Blotting com o uso do Sistema de Análise de Proteina Grande NuPage (Invitrogen LPOOO1, de acordo com as instruções do kit) . O kit de imunodetecção anti-camundongo Western Breeze (Invitrogen WB7103) com anticorpos monoclonais de camundongos anti CdTA (PCG4.1, Biodesign C70517M) foi usado.
A toxina citotóxica de C. difficile(toxina B) foi semiquantitativamente detectada através de testagem de supernadantes de culturas de C. difficilepara atividade de contorno de célula em células CHO. As células CHO foram cultivadas em placas de fundo plano com 96 cavidades (lxlO5 células/cavidade) e permitidas para ligarem-se por 3 horas.
As diluições apropriadas de supernadantes de filtro esterilizados foram adicionadas às células e incubadas adicionalmente a 37°C, em 5% CO2. Após 20 horas de incubação, o contorno de célula foi determinado com o uso de um microscópio invertido. O titer da toxina foi definido como a diluição em 10 vezes da série mais elevada do supernadante resultando em contorno de célula de >90%.
As unidades que formam colônia (CFU) foram determinadas através do plaqueamento de diluições apropriadas de amostras de testagem em Agar Brucella suplementado e contagem de colônia após 48 horas de incubação a 37°C sub condições anaeróbicas.
8.ii Resultados:
A percepção de uma placa de Western Blot para analisar a produção de toxina A em supernadantes de culturas de célula de alta densidade estática de C. difficileNC 13366 (uma cepa do tipo NAPI/027a hiperprodutora de toxina que causou ataques em hospitais com alta mortalidade) é mostrada na Figura 1.
O método experimental mencionado no parágrafo 8.i foi usado para obter o resultado mostrado na Figura 1. No dia 1 (Dl), as culturas foram tratadas com o composto do Exemplo 1 (Ex. 1), vancomicina (V), metronidazola (M) a 1 e 8 pg/ml ou deixadas sem tratamento (U) ; no dia 5 (D5) , os conteúdos de toxina A nos supernadantes foram analisados e comprados àqueles observados no Dl (vide Figura 1). Em culturas de fase estacionária de cinco dias de alta densidade de C. difficile toxigênico, o composto do Exemplo 1 inibiu de novo a produção de toxina A a concentrações de 1 e 8 pg/ml, isto é, a 2 e 16x a MIC (vide Figure 1). Em contraste, a metronidazola e vancomicina não exibiram produção de toxina A sob estas condições ou apenas o fizeram fracamente.
Os supernadantes da cultura também foram analisados para a toxina B citotóxica através do uso de um ensaio de contorno de células com base celular mencionado no parágrafo 8.i. As atividades dos supernadantes de culturas tratadas com o composto do Exemplo 1 foram reduzidas a >90% comparadas ao controle não tratado. Em contraste, as atividades de supernadantes de culturas tratadas com vancomicina não foram reduzidas (a 1 pg/ml) ou reduzidas a apenas 30% (a 8 pg/ml).
Em resumo, o composto do Exemplo 1 tem a capacidade de interromper de forma eficaz a sintese de toxinas A e B de C. difficilemesmo em culturas estáticas de alta densidade e na ausência de extermínio, que não é o caso para vancomicina e metronidazole, dos fármacos favorecidos usados atualmente para o tratamento de infecções de C. difficile.
Exemplo 9: efeito do composto do Exemplo 1 na formação de esporos de C. difficile:
9.i. Método experimental:
C. difficileA-1050 (ATCC 43596) foi cultivada para crescimento logaritmo em caldo Brucella suplementado resultando em turvação que corresponde ao padrão McFarland 0,5 (6 a 7 horas a 37°C sob condições anaeróbicas) . As culturas foram diluídas a 1:50 em tubos que contêm Iml de caldo Brucella suplementado que contém os antibióticos a várias concentrações em etapas de diluição de 2 vezes. Os tubos foram incubados adicionalmente por 4 dias a 37°C sob condições anaeróbicas. A MIC foi definida com a concentração que inibiu completamente o crescimento visivel (turvação). 0,5x MIC foi a concentração mais elevada de fármaco que permite crescimento visivel.
A estimativa de unidades que formam colônia (CFUs) de células total foi realizada através de plaqueamento apropriado de diluições de 10 vezes das culturas em Agar de Brazier que contém 4% de suspensão de gema de ovo e 1% de sangue de cavalo lisado (Lab M). As colônias foram contadas após incubação a 37°C por 48 horas sob condições anaeróbicas. A contagem de esporos foi feita através de exterminação seletiva de células vegetais ao tratar com etanol a 50% por 1 hora no mesmo e a contagem de CFU subsequente em Agar de Braziers conforme detalhado acima.
9. ii Resultados:
C. difficileé um organismo que forma esporo e os esporos podem persistir por um longo periodo de tempo no meio hospitalar. Os esporos são muitos resistentes aos procedimentos comuns de desinfecção. Portanto, os esporos têm função importante na transmissão e persistência de infecções de C. difficile. Durante crescimento in vitro,as culturas de C. difficileforam tratadas com várias concentrações de sub- MIC do composto do Exemplo 1, vancomicina ou metronidazola e investigadas para o efeito na produção de esporos após 4 dias de incubação anaeróbica a 37°C (vide parágrafo 9.i) . A uma concentração que representa 0,5x a MIC, o tratamento com o composto do Exemplo 1 resultou em baixa contagem de esporos (<1% de esporos de contagem total de células) . Em contraste, as culturas não tratadas e as culturas tratadas com metronidazola ou vancomicina a concentrações de 0,5x a MIC, mostraram taxas de criação de esporos (>90% de esporos de contagem de células total) . Isto indica que o composto do Exemplo 1 teve o potencial para reduzir a produção de esporos durante o tratamento de infecção de C. difficilede forma mais eficaz que vancomicina ou metronidazole.
Exemplo 10: atividade in vivo de um composto da invenção no modelo de hamster de C.difficile:
10.i. Método experimental:
Foi dada aos hamsters sirios dourados uma única injeção de fosfato de clindamicina (10 mg/kg s.c), e os animais de um dia depois foram infectados através de engorda com 105 CFU de cepa de C difficiletoxigênica 10465. Uma colite fulminante ocorre na maioria (-95%) dos animais e se desenvolve 1 a 2 dias após a administração de C. difficile. Quando não tratada, a colite progride rapidamente e se transforma em colite severa, necrose hemorrágica do ceco e morte. O composto do Exemplo 1 foi oralmente administrado como uma suspensão a três niveis de dosagem (10 mg/kg, 30 mg/kg e 100 mg/kg; n = 10 por grupo). Foi usada a vancomicina (50 mg/kg) como um controle. Os animais foram tratados uma vez ao dia por 5 dias e, mais tarde, mantidos em observação por 21 dias adicionais.
Os animais foram observados três vezes ao dia para morbidade e presença ou ausência de diarréia. 0 ponto final do estudo foi a sobrevivência. Os animais julgados em estado moribundo [periodo estendido de perda de peso em progresso para um estado de emagrecimento, anorexia por 24 a 48 horas, letargia prolongada (mais de 3 dias), sinais de paralisia, trauma ou erosões na pele, postura curvada, abdome distendido] foram eutanizados através de uma única injeção de pentobarbital de sódio.
10.ii. Resultados:
A utilidade terapêutica do composto do Exemplo 1 foi testada com o uso do protocolo do parágrafo 10. i. Todos os animais não tratados infectados morreram entre 2 a 5 dias após a infecção enquanto os animais tratados com 10, 30 ou 10 100 mg/kg do composto do Exemplo 1 sobreviveram durante o periodo de tratamento de 5 dias. No nivel de dosagem inferior, 40% dos animais sobreviveram a fase de reincidência de 21 dias após o tratamento, enquanto nos grupos de 30 e 100 mg/kg, 80 e 100% dos animais sobreviveram sem reincidência. A 15 vancomicina com uma dose de 50 mg foi usado como um controle.
Estes resultados demonstraram que o composto do Exemplo 1 tem a capacidade de tratar os animais com infecções de C. difficilecomparável à vancomicina.