BRPI0620862A2 - escareador cirúrgico e láminas para o dito escareador - Google Patents

Abstract

ESCAREADOR CIRúRGICO E LáMINAS PARA O DITO ESCAREADOR. Esta fresa é composta de quatro lâminas (1a, 1b, 1c, 1d) cortadas, preferivelmente por meio de estampagem em matriz, de folhas de metal maleável, por exemplo, aço inoxidável. As lâminas têm rasgos (13, 15) que permitem que elas sejam inseridas uma na outra de uma tal maneira assim como para obter uma cabeça de corte. Os rasgos têm larguras diferentes que lhes permitem ser montados no eixo de rotação em um número maior que dois. Cada lâmina é continuada por uma parte inferior (12) . Estas partes inferiores são encaixadas em um anel plano (7) que mantém a montagem rígida. Duas das lâminas têm, cada uma, duas extensões laterais (2) que são cortadas na lâmina propriamente dita e estão situadas na parte inferior (12) da lâmina. Estas extensões laterais são projetadas de uma tal maneira assim como para permitir a sua inserção em entalhes (3) de eixos de cortador tipo baioneta convencionais, evitando assim a necessidade de uma ferramenta intermediária.

Description

"ESCAREADOR CIRÚRGICO E LÂMINAS PARA O DITO ESCAREADOR"

CAMPO TÉCNICO

Esta invenção diz respeito a um escareador cirúr- gico e, mais especificamente, a um escareador acetabular pretendido para escarear o osso de quadril com o propósito de inserir uma prótese.

TÉCNICA ANTERIOR

Escareadores de técnica anterior para uso em apli- cações médicas, e particularmente escareadores acetabulares, são modelados como uma tampa semi-esférica com aberturas e bordas de corte similares àquelas de raladores de queijo; tais escareadores são formados por meio de estampagem, re- corte de peças de um pedaço de metal e repuxamento. Exemplos de tais escareadores semi-esféricos podem ser encontrados nos documentos CH 692600, CH 690021, FR 2281095, US 4811632 e US 5100267.

Escareadores do tipo mencionado anteriormente são relativamente caros para produzir, principalmente por causa das várias operações envolvidas neste tipo de fabricação.

No campo médico, particularmente aquele de escare- adores acetabulares, o custo impede aos usuários de usá-los somente uma vez, enquanto que o uso único seria preferível por causa de riscos sépticos.

O documento US 5100267 descreve um copo escareador acetabular descartável. A fim de reduzir seu preço, o esca- reador acetabular descrito nesse documento é encaixado com um plugue polimérico, o qual é fácil de fazer e barato. En- tretanto, a parte arredondada de corte, em aço inoxidável, deve ser fabricada por meio de dispositivo convencional. Is- to significa que ele permanece caro. Além disso, a presença de matéria plástica freqüentemente apresenta riscos, uma vez que este tipo de material muito macio pode facilmente deixar partículas no corpo, as quais freqüentemente não são bem to- leradas pelo paciente.

Conseqüentemente, profissionais de cuidados de sa- úde continuam a usar escareadores acetabulares usualmente livres de qualquer material plástico, os quais são caros e que eles devem esterilizar depois de cada uso, o que envolve custos relativamente substanciais.

Além disso, escareadores são de construção sólida, de maneira tal que o escareador não tem espaço intersticial que permita ao usuário observar o fundo da cavidade escavada pelo escareador. O usuário, portanto, é dificilmente capaz de verificar o progresso da escareação durante a operação ou o estado das paredes de cavidade escareada. Esta é uma in- conveniência particularmente séria no campo médico.

Outros escareadores têm lâminas de corte que são dispostas radialmente, espaçadas de forma equiangular em volta do eixo geométrico de rotação, e que se estendem para fora. Tais exemplos podem ser encontrados nas patentes FR1041311, FR1031888, US3.702.611 ou US4.621637.

Nestes exemplos, as lâminas são montadas, isto é, fabricadas independentemente e então fixadas na cabeça de corte, a qual contém alojamentos para este propósito. Dispo- sitivos de fixação são exigidos (tais como parafusos ou plu- gues), ο que complica ο dispositivo.

Este tipo de escareador tem as mesmas inconveniên- cias mencionadas anteriormente, e particularmente a dificul- dade experimentada pelo cirurgião em visualizar o fundo da cavidade cortada pelo escareador.

Além disso, tais escareadores são ainda caros para fabricar.

O pedido PCT W098/31291 mostra um escareador ace- tabular relativamente simples, no qual lâminas planas são estampadas em uma forma semi-circular a partir da chapa de metal e são montadas conjuntamente por meio de rasgos nas lâminas propriamente ditas. As lâminas cruzam uma com a ou- tra em ângulos retos e são semicirculares. Para fixá-las na ferramenta, e retê-las conjuntamente, as lâminas são inseri- das por meio de projeções em ambas as extremidades de cada lâmina em orifícios em uma placa de base. Esta placa tem uma abertura central que permite que ela seja fixada em uma fer- ramenta giratória.

Este modelo de escareador ainda tem o incômodo da visibilidade reduzida por causa da presença da placa de ba- se. Também existe a dúvida se o escareador é suficientemente rígido.

O pedido PCT W002/49516 mostra um outro escareador cirúrgico formado por lâminas estampadas de chapa de metal e encaixadas conjuntamente por meio de rasgos. Existem somente duas lâminas que se juntam no eixo geométrico de rotação, os rasgos de montagem também sendo neste eixo geométrico.

Neste escareador a visibilidade é muito melhor, o cirurgião sendo capaz de ver completamente através das lâmi- nas o fundo da cavidade cortada pelo escareador.

O escareador em questão, entretanto, não é muito rígido, apesar das afirmações do depositante. Além disso, a eficiência de escareação é provavelmente afetada por causa do fato de que existem somente duas lâminas.

Além disso, o dispositivo coberto pelo pedido PCT W002/49516 lida principalmente com um sistema tipo baioneta para fixar o escareador, compreendendo lâminas estampadas, em um eixo de cortador de técnica anterior. Tais eixos de cortador tipo baioneta estão descritas notavelmente nas pa- tentes EP 0 704 191, EP 0 947 170 e EP 1 129 667. Elas con- sistem essencialmente de uma haste tampada com uma cabeça cilíndrica com quatro rasgos abertos na direção do topo, os quais se estendem lateralmente na parede da cabeça, e uma parte de travamento deslizante ao longo da haste equipada com lingüetas verticais que permitem que os rasgos sejam fe- chados uma vez que o escareador esteja no lugar.

Entretanto, o escareador descrito no pedido PCT WO 02/49516 não pode ser fixado diretamente no eixo de cortador em questão. A fim de capacitar tal fixação o pedido PCT WO 02/49516 descreve uma ferramenta intermediária, na qual o escareador é fixado por meio de um dispositivo esférico que, na extremidade inferior, tem um cruzamento de fixação elabo- rado de duas partes cilíndricas formando uma cruz colocada horizontalmente, cada ramo do qual podendo ser encaixado em um dos quatro rasgos no eixo de cortador.

A vantagem de um dispositivo como este é que ele capacita a fixação de um escareador consistindo de lâminas cortadas de chapa de metal em um suporte de ferramenta de técnica anterior amplamente disponível, a vantagem deste ti- po de escareador sendo seu custo relativamente baixo e o fa- to de que ele permite ao cirurgião ver a cavidade cortada durante a operação.

A invenção objetiva permitir a fixação deste tipo de escareador diretamente em uma ferramenta tipo baioneta, tal como descrito pelo exemplo nas patentes EP 0 704 191 e EP 1 129 667, sem a necessidade de uma ferramenta intermedi- ária.

A presente invenção também propõe fornecer um es- careador permitindo uma fixação como esta, o qual é composto de lâminas montadas conjuntamente por meio de rasgos em que o eixo geométrico longitudinal de simetria é preferivelmente coincidente com o eixo geométrico de rotação, existindo mais de duas de tais lâminas (para assegurar melhor rigidez) e preferivelmente pelo menos quatro de tais lâminas. Um esca- reador como este, o qual é fácil de fabricar, será mais rí- gido e cortará de forma mais eficiente do que escareadores de técnica anterior, ao mesmo tempo que assegurando visibi- lidade ideal durante a operação. Além disso, é mais barato para fabricar uma vez que as lâminas são todas estampadas de folhas de metal.

A invenção também pretende fornecer lâminas que permitiriam tal construção.

REVELAÇÃO DA INVENÇÃO

De uma maneira geral, o escareador cirúrgico que é o objeto da invenção consiste de diversas lâminas planas montadas conjuntamente por meio de rasgos. Preferivelmente, o eixo geométrico longitudinal de simetria é coincidente com o eixo geométrico de rotação do escareador; o escareador compreende pelo menos quatro lâminas; na modalidade preferi- da da invenção, um ou diversos rasgos das ditas lâminas, ou uma ou diversas seções dos ditos rasgos, são de uma largura diferente dos outros rasgos e/ou seções de rasgos. Pelo me- nos uma das lâminas tem pelo menos uma extensão lateral cor- tada na lâmina propriamente dita e capaz de ser encaixada em uma fenda de um eixo de cortador tipo baioneta, notavelmente um eixo de cortador tipo baioneta do tipo descrito nas pa- tentes EP 0 704 191 e EP 1 129 667.

Na sua definição mais ampla, o escareador cirúrgi- co de acordo com a invenção é formado de diversas lâminas planas montadas conjuntamente por meio de rasgos, e pelo me- nos uma das lâminas tem pelo menos uma extensão lateral cor- tada na lâmina propriamente dita e capaz de ser encaixada em uma fenda de um eixo de cortador tipo baioneta.

Em uma modalidade mais particular, pelo menos um dos rasgos e/ou seções do dito rasgo ou rasgos tem uma lar- gura diferente daquela de pelo menos um outro rasgo e/ou se- ção de um rasgo.

Em uma modalidade mais particular, o eixo geomé- tricô longitudinal de simetria dos rasgos é coincidente com o eixo geométrico de rotação do escareador.

Em uma modalidade mais particular, a extensão la- teral tem uma parte que é dobrada em relação ao plano da lâ- mina na qual ela é cortada.

Em uma modalidade mais particular, a parte dobrada tem uma extremidade arredondada.

Em uma modalidade mais particular, a extensão Ia- teral tem um recorte.

Em uma modalidade mais particular, o escareador compreende pelo menos um elemento de enrijecimento que cir- cunda parcialmente as lâminas de corte compondo o escareador e as retém conjuntamente.

Em uma modalidade mais particular, o elemento de enrijecimento é um anel plano em que o plano é perpendicular ao eixo geométrico de rotação do escareador, e o qual tem fendas radiais nas quais as lâminas são encaixadas.

Em uma modalidade mais particular, as fendas radi- ais são feitas na borda interna do anel plano.

Em uma modalidade mais particular, o escareador compreende pelo menos quatro lâminas, pelo menos duas das quais tem duas extensões laterais em cada uma.

Em uma modalidade mais particular, a qual inclui pela referência todas as outras e que consiste a modalidade preferida da invenção, o escareador compreende quatro lâmi- nas, em que uma primeira lâmina tem pelo menos um rasgo que se desenvolve a partir da borda inferior da dita lâmina, em que uma segunda lâmina tem pelo menos um rasgo se desenvol- vendo a, partir do topo da parte arredondada da lâmina, e ca- da um dos ditos rasgos tem, pelo menos ao longo de uma se- ção, uma largura correspondendo à espessura da lâmina con- tendo o outro rasgo, em que uma terceira lâmina tem pelo me- nos um rasgo superior se desenvolvendo a partir do topo da dita terceira lâmina, e pelo menos um rasgo inferior se de- senvolvendo a partir da borda inferior da dita terceira lâ- mina, a largura do rasgo superior sendo maior que a largura do rasgo inferior, e em que a quarta lâmina tem pelo menos um rasgo se desenvolvendo a partir do topo da dita lâmina, o dito rasgo compreende pelo menos uma seção externa e uma se- ção interna, a seção externa sendo maior do que a seção in- terna, a largura do rasgo inferior da terceira lâmina cor- responde à espessura da quarta lâmina, a largura da seção interna do rasgo da quarta lâmina corresponde à espessura da terceira lâmina, e a largura do rasgo superior da terceira lâmina e a largura da seção externa da quarta lâmina são a mesma e são dimensionadas de maneira tal que, uma vez encai- xadas conjuntamente, as duas primeiras lâminas podem ser en- caixadas no dito rasgo superior da terceira lâmina (1c) e na seção externa da quarta lâmina, as terceira e quarta lâminas propriamente ditas estando encaixadas conjuntamente.

Em uma modalidade mais particular, o rasgo (15) da primeira lâmina tem pelo menos duas seções de larguras dife- rentes, a seção externa sendo mais larga do que a seção in- terna.

Em uma modalidade mais particular, a segunda lâmi- na tem pelo menos um rasgo inferior se desenvolvendo a par- tir da sua borda inferior, o dito rasgo inferior sendo mais largo do que o rasgo que se desenvolve a partir do topo da lâmina.

Cada uma das modalidades mais particulares da in- venção pode ser aplicada nas outras.

Com relação à lâmina de acordo com a invenção pre- tendida para um escareador de acordo com a invenção, ela compreende uma parte superior arredondada, e uma parte infe- rior mais estreita na qual é arranjada a extensão lateral que permite a fixação do escareador diretamente no entalhe no eixo de cortador tipo baioneta.

Em uma modalidade particular, a lâmina compreende pelo menos um rasgo com seções de larguras diferentes.

Em uma modalidade mais particular, a lâmina com- preende pelo menos um rasgo se desenvolvendo a partir do to- po da parte arredondada, ou a partir da borda inferior da lâmina.

Em uma modalidade mais particular, a lâmina com- preende um rasgo superior se desenvolvendo a partir do topo da parte superior arredondada e/ou um rasgo inferior se de- senvolvendo a partir da borda inferior, a largura do rasgo superior sendo diferente da largura do rasgo inferior.

Em uma modalidade mais particular, a lâmina com- preende um rasgo superior se desenvolvendo a partir do topo da parte superior arredondada e/ou um rasgo inferior se de- senvolvendo a partir da borda inferior, pelo menos um de os ditos rasgos superior ou inferior compreendendo pelo menos uma seção externa e uma seção interna, a largura da seção externa sendo maior do que a largura da seção interna.

Cada modalidade particular é aplicável às outras.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS

A figura 1 é uma vista em elevação de um eixo de tipo baioneta com o seu escareador na forma de uma tampa semi-esférica, na técnica anterior descrita na patente EP 0 704 191.

Os entalhes no dispositivo tipo baioneta estão fe- chados aqui pelas lingüetas da parte de travamento deslizan- te, a qual é pressionada contra a cabeça.

A figura 1 é uma vista em elevação de um eixo de cortador tipo baioneta com o seu escareador na forma de uma tampa semi-esférica, na técnica anterior descrita na patente EP 1 129 667.

A parte de travamento deslizante foi puxada para baixo e as lingüetas que ela leva foram removidas da cabeça, deixando os entalhes abertos.

A figura 3 mostra uma perspectiva cavaleira de um escareador de acordo com a invenção em que o escareador tem quatro lâminas, duas das quais são providas com duas exten- sões de fixação dobradas com uma extremidade arredondada em cada uma.

A figura 4 é uma perspectiva cavaleira de um esca- reador na mesma modalidade tal como aquele na figura 3, no processo para ser fixado ao eixo de cortador, ou para ser removido dele, em uma posição intermediária, as extensões de fixação das lâminas não estando no fundo dos entalhes proje- tados para alojá-las. As lingüetas de travamento não estão representadas aqui para proporcionar uma vista mais esclare- cida.

A figura 5 é uma vista detalhada designada por A na figura 4 e ampliada aqui, proporcionando uma melhor vista da posição intermediária da extensão de fixação da lâmina no entalhe na cabeça de eixo de cortador.

A figura 6 é uma vista frontal de uma lâmina de escareador na modalidade nas figuras 3 a 4, com duas exten- 5 sões de fixação antes de elas serem dobradas.

A figura 7 é uma vista detalhada designada por B na figura 6 e ampliada aqui para proporcionar uma vista mais precisa de uma extensão de fixação com a dobra ao longo da qual esta extensão deve ser dobrada.

A figura 8 mostra uma perspectiva cavaleira de um escareador de acordo com a invenção em que o escareador tem quatro lâminas, duas das quais são providas com duas exten- sões de fixação dobradas em cada uma, tal como na figura 3, mas em que a dobra ao longo da qual as extremidades das di- tas extensões de fixação devem ser dobradas é horizontal em vez de vertical, a extremidade das extensões não sendo arre- dondada .

A figura 9 é uma perspectiva cavaleira de um esca- reador na mesma modalidade tal como aquele da figura 8, fi- xado ao eixo de cortador, as extensões de fixação das lâmi- nas estando no fundo dos entalhes projetados para alojá-las. As lingüetas de travamento que travam o escareador nesta po- sição não estão representadas aqui para proporcionar uma vista mais esclarecida.

A figura 10 é uma vista detalhada designada por C na figura 9 e ampliada aqui, proporcionando uma melhor vista da posição da extensão de fixação da lâmina no entalhe na cabeça de eixo de cortador, ainda sem a representação da lingüeta de travamento.

A figura 11 é uma vista frontal de uma lâmina de escareador na modalidade nas figuras 8 a 10, com duas exten- sões de fixação antes de elas serem dobradas.

A figura 12 é uma vista detalhada designada por D na figura 11 e ampliada aqui para proporcionar uma vista mais precisa de uma extensão de fixação com a dobra ao longo da qual esta extensão deve ser dobrada.

A figura 13 é uma perspectiva cavaleira de vários componentes de um escareador na modalidade nas figuras 3 a 7, antes da montagem e sem o elemento de enrijecimento.

A figura 14 é uma vista frontal de um anel plano pretendido para fornecer rigidez para a unidade formada pe- las lâminas uma vez montadas.

A figura 15 é uma vista de três quartos de um es- careador em uma modalidade similar àquele das figuras 3 a 7 e 13, mas em que as lâminas são vazias no centro.

MELHOR MODO PARA EXECUÇÃO DA INVENÇÃO

Uma importante característica da invenção é o fato de que as lâminas podem ser cortadas de chapa de metal. A expressão "chapa de metal" não é entendida para incluir cha- pa de metal dura, tipo.carboneto, mas simplesmente chapas de metal que podem ser estampadas, tal como aço inoxidável. As lâminas 1 do escareador de acordo com a invenção são corta- das de chapa de metal; na forma preferida da invenção as lâ- minas são estampadas. Este método tem a vantagem de ser de custo muito baixo. Corte a laser ou usinagem de erosão por faísca também é possível, mas em um preço menos vantajoso. Preferivelmente, a mesma operação que estampa a lâmina também dará a ela uma borda de corte afiada. É obvia- mente possível, entretanto, obter uma borda de corte por meio de uma operação de esmerilhação convencional.

Igualmente, e preferivelmente, os dentes em volta da borda da lâmina, assim como qualquer ângulo nas ditas lâ- minas em relação ao plano da lâmina, podem ser obtidos por meio de estampagem em uma única operação. Entretanto, a ex- periência mostra que um ângulo como este não é essencial.

Na modalidade preferida da invenção o escareador é formado das quatro lâminas la, lb, Ic e ld. Cada lâmina tem um eixo geométrico longitudinal de simetria 11 coincidente com o eixo geométrico de rotação do escareador 19. A borda de lâmina, isto é, a borda de corte, é arredondada e tem a- qui uma forma semi-circular. Esta forma é particularmente bem adaptada para escareadores acetabulares. É óbvio, entre- tanto, que inúmeras outras formas podem ser usadas, depen- dendo dos propósitos pretendidos para o escareador. Cada lâ- mina tem pelo menos um rasgo 13 ou 15, o qual é no eixo geo- métrico de rotação 19. Este rasgo longitudinal permite que as lâminas sejam inseridas umas nas outras.

Cada lâmina também tem uma parte inferior 12, a qual tem aqui a forma de um duplo retângulo que estende a lâmina na direção da cabeça de eixo de cortador na qual o escareador deve ser fixado. É esta parte inferior 12 que ca- pacita esta montagem. Pode ser visto na figura 13 que o ras- go 15 na primeira lâmina Ia se desenvolve a partir da borda 16 da parte inferior 12 para acima até o meio da lâmina. Ao contrário, o rasgo 13 na segunda lâmina 1b se desenvolve a partir do meio da lâmina para cima até o topo 14 da lâmina.

Deste modo, as primeiras duas lâminas encaixam uma com a ou- tra em ângulos retos. A terceira lâmina 1c e a quarta lâmina 1d têm, cada uma, um rasgo 13 que se desenvolve a partir de seu topo 14 para a sua parte inferior 12. O rasgo 13 na ter- ceira lâmina 1c é mais extenso do que o rasgo superior 13 da segunda lâmina 1b. A parte superior, isto é, a seção externa 17 do rasgo 13 na quarta lâmina 1d é igualmente mais exten- sa. A terceira lâmina 1c também tem um rasgo inferior 15 que se desenvolve a partir da sua borda inferior 16 até um quar- to do comprimento da dita parte inferior; este rasgo inferi- or 15 é mais estreito do que o rasgo superior 13. A sua lar- gura corresponde à espessura da quarta lâmina 1d. O rasgo 13 na quarta lâmina 1d tem duas seções 17 e 18; a seção externa 17, a qual se desenvolve a partir do topo 14 da quarta lâmi- na 1d até cerca de o meio da parte inferior 12, é mais ex- tensa do que a seção interna 18. A largura da seção interna 18 corresponde à espessura da terceira lâmina lc. Desta ma- neira, as terceira e quarta lâminas podem ser encaixadas conjuntamente, a terceira lâmina sendo inserida na seção in- terna 18 da quarta lâmina 1d e a quarta lâmina Id sendo in- serida no rasgo inferior 15 da terceira lâmina lc.

A terceira lâmina 1c e a quarta lâmina 1d são aqui unidas uma à outra por meio do rasgo inferior 15 da terceira lâmina e por meio da seção interna 18 da quarta lâmina 1d em ângulos retos.

O grupo formado pelas primeiras duas lâminas Ia e 1b é então inserido no rasgo superior 13 e na seção externa 17 do grupo formado pelas terceira e quarta lâminas.

Nas modalidades representadas nos desenhos, o ras- go 15 da primeira lâmina 1a tem uma seção interna 18 e uma seção externa 17, com a última se estendendo para a parte mais baixa 20 da parte inferior 12.

Esta seção externa 17 é mais extensa do que a se- ção interna 18.

Igualmente, a segunda lâmina 1b tem um rasgo infe- rior 15 também situado na parte mais baixa 20 da parte infe- rior 12. A maior largura deste rasgo inferior 15 da segunda lâmina 1b e da seção externa 17 do rasgo 13 da primeira lâ- mina 1a permite a inserção da montagem formada pela montagem das terceira e quarta lâminas.

Nas modalidades representadas aqui, as partes in- feriores 12 têm a forma de um duplo retângulo, e todas as lâminas são do mesmo comprimento. Olhando para a modalidade mostrada na figura 13, uma pessoa vê que os retângulos infe- riores 20 da primeira lâmina 1a e da segunda lâmina 1b car- regam respectivamente a seção externa 17 do rasgo 15 na pri- meira lâmina e o rasgo inferior 15 da segunda lâmina 1b. Tal como foi visto, estas duas aberturas são largas o suficiente para alojar a montagem formada pelas terceira e quarta lâmi- nas 1c e 1d. Entretanto, é possível encurtar as primeira e segunda lâminas pela eliminação do retângulo inferior 20, embora isto reduza a rigidez da montagem.

Um ajuste preciso das larguras dos rasgos e lâmi- nas tornará possível impedir qualquer movimento das lâminas de uma em relação à outra e obter uma montagem rígida.

Uma vez que as quatro lâminas estejam encaixadas conjuntamente, as suas partes inferiores 12 são fixadas a um elemento de enrijecimento, por exemplo, impelidas para den- tro de um anel plano 7, o qual é concêntrico ao eixo geomé- trico de rotação 19 do escareador. 0 anel plano 7 tem as fendas radiais 8 feitas na borda interna 9 do dito anel na modalidade representada aqui. As bordas das partes inferio- res 12 das lâminas são encaixadas nestas fendas radiais 8.

Fixadas assim na periferia de suas partes inferiores as lâ- minas formam uma montagem muito rígida. A presença de um a- nel 7 como este, entretanto, não é essencial em cada caso; em diversas aplicações do escareador já existe suficiente rigidez se as larguras dos rasgos forem corretamente ajusta- das.

Também é possível fixar as lâminas montadas por meio de uma luva cilíndrica circundando as partes inferiores 12. De forma similar, o elemento de enrijecimento 7, se um anel plano, uma luva cilíndrica ou qualquer outra forma, po- de ser fixado por meio de brasagem, colagem ou em qualquer outra maneira. Impulsioná-lo contra o restante permanece o método mais simples.

Esta montagem pode ser feita ainda mais rígida, se necessário, pela adição de um segundo anel 7 ou de uma se- gunda luva, de maior diâmetro, que circunde as lâminas em uma maior distância a partir do eixo geométrico de rotação 19.

O eixo geométrico de simetria 11 das lâminas 1 é coincidente com o eixo geométrico de rotação 19 do escarea- dor. A fim de que as lâminas possam ser afiadas, onde neces- sário, é recomendável permitir que um furo seja colocado neste eixo geométrico de rotação, tal como mostrado nas fi- guras 3, 4, 6, 8, 9, 11 e 13.

Na modalidade representada na figura 15, as lâmi- nas são substancialmente ocas, o que aumenta visibilidade e reduz o peso. Nesta modalidade, dificilmente é possível eli- minar a parte mais baixa 20 das partes inferiores 12 das primeira e segunda lâminas, uma vez que esta parte mais bai- xa se torna essencial para a rigidez da fixação das primei- ras duas lâminas nas outras duas.

Cada uma das terceira e quarta lâminas Ic e Id tem duas extensões laterais 2, as quais se projetam a partir do retângulo inferior 20 da parte inferior 12.

Estas extensões laterais são simplesmente cortadas na mesma chapa tal como o resto da lâmina.

Na modalidade representada nas figuras 3 a 7, 13 e 15, a extensão lateral 2 tem uma parte dobrada 4 com uma ex- tremidade arredondada 5. A dobra 21 ao longo da qual a parte 4 é dobrada tem uma direção paralela ao eixo geométrico de rotação 19 do escareador. A extremidade arredondada 5 tem uma forma que corresponde àquela do fundo do entalhe 3 no eixo de cortador na qual o escareador deve ser fixado. Para encaixar a extensão 2 no entalhe 3, é suficiente abaixar a parte de travamento carregando as lingüetas 22 pelo desliza- mento dela ao longo do eixo do eixo de cortador, liberando assim a entrada do entalhe 3, empurrar então o escareador para baixo em paralelo ao seu eixo geométrico de rotação 19, fazê-lo girar em torno do dito eixo geométrico a fim de tra- zer a extremidade arredondada 5 para o fundo do entalhe 3, liberar a peça de travamento e fazer assim com que a lingüe- ta 22 trave a extensão no entalhe.

Na modalidade mostrada nas figuras 8 a 12, a ex- tremidade da extensão 2 não é arredondada, e é dobrada ao longo de uma dobra 21 que é perpendicular e não paralela ao eixo geométrico de rotação 19. A extremidade dobrada 4 da extensão 2 se apóia em um ponto contra o fundo do entalhe 3 no eixo de cortador, enquanto que o topo da extensão 2 se apóia no topo do entalhe 3. Este apoio em somente dois pon- tos é suficiente para reter a extensão 2 no entalhe e assim o escareador no eixo de cortador, desde que, certamente, a lingüeta 22 do eixo de cortador, não representada nas figu- ras 8 a 10 ou nas figuras 3 a 5, seja liberada da posição travada e feche o entalhe 3.

Um recorte 6 é feito na extensão 2, entre o retân- gulo inferior 20 e a parte dobrada 4, a fim de tornar o do- bramento mais fácil.

Nos desenhos, as lâminas têm uma borda de corte semicircular 10 com dentes, os quais podem ser usados para facilitar escareação dependendo do propósito pretendido. Tal como foi visto acima, preferivelmente, e tão distantes quan- to possível, os dentes são cortados e seu ângulo é obtido em uma mesma operação de estampagem. De forma similar, as ex- tensões 2 e as suas partes 4 podem ser cortadas e dobradas nesta mesma operação. A finura das lâminas estampadas de chapa de metal e a sua posição no plano do eixo geométrico de rotação per- mitem ao usuário ver a parte a ser escareada através das lâ- minas, mesmo durante a operação.

A presença de quatro lâminas em vez de somente du- as assegura rigidez suficiente para executar operações sem qualquer risco maior do que com um escareador convencional. Naturalmente, um número diferente de lâminas pode ser consi- derado. De forma similar, dependendo do eixo de cortador pa- ra a qual o escareador é pretendido, o número de extensões laterais 2 pode variar e isto obviamente sendo determinado pelo número de entalhes no eixo de cortador.

A presença das extensões 2 permite que o escarea- dor seja fixado diretamente em um eixo de cortador tipo bai- oneta convencional, sem a necessidade de uma ferramenta in- termediária.

A fabricação das lâminas e a sua montagem são fá- ceis e baratas; elas podem ser descartadas em vez de limpa- das, o que é uma operação onerosa.

APLICABILIDADE INDUSTRIAL

O escareador e lâminas desta invenção são essenci- almente para uso em operações para encaixar próteses de qua- dril e podem ser usados em eixos de cortador comuns.

Claims (18)

1. Escareador cirúrgico formado de diversas lâmi- nas planas (1) montadas conjuntamente por meio de rasgos (13, 15) , CARACTERIZADO pelo fato de que pelo menos uma das lâminas tem pelo menos uma extensão lateral (2) cortada na lâmina propriamente dita e capaz de ser encaixada em um en- talhe (3) de um eixo de cortador tipo baioneta.

2. Escareador, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que pelo menos um dos rasgos (13, -15) e/ou seções do dito rasgo ou rasgos tem uma largura di- ferente daquela de pelo menos um outro rasgo e/ou seção de um rasgo.

3. Escareador, de acordo com a reivindicação 1 ou -2, CARACTERIZADO pelo fato de que o eixo geométrico longitu- dinal de simetria (11) dos rasgos é coincidente com o eixo geométrico de rotação (19) do escareador.

4. Escareador, de acordo com uma das reivindica- ções 1 a 3, CARACTERIZADO pelo fato de que a extensão late- ral (2) tem uma parte que é dobrada (4) em relação ao plano· da lâmina na qual ela é cortada.

5. Escareador, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo fato de que a parte dobrada (4) é arre- dondada na extremidade (5).

6. Escareador, de acordo com uma das reivindica- ções 1 a 5, CARACTERIZADO pelo fato de que a extensão late- ral (2) tem um recorte (6).

7. Escareador, de acordo com uma das reivindica- ções Ia 6, CARACTERIZADO pelo fato de que ele compreende pelo menos um elemento de enrijecimento (7) que circunda parcialmente as lâminas compondo o escareador e as retém conj untamente.

8. Escareador, de acordo com as reivindicações 1 a -7, CARACTERIZADO pelo fato de que o elemento de enri jecimen- to é um anel plano (7) em que o plano é perpendicular ao ei- xo geométrico de rotação do escareador e o qual tem fendas radiais (8) nas quais as lâminas são encaixadas.

9. Escareador, de acordo com a reivindicação 8, CARACTERIZADO pelo fato de que as fendas radiais (8) são feitas na borda interna (9) do anel plano (7).

10. Escareador, de acordo com as reivindicações 1 a 9, CARACTERIZADO pelo fato de que ele compreende pelo me- nos quatro lâminas, em que pelo menos duas têm duas exten- sões laterais (2) em cada uma.

11. Escareador, de acordo com uma das reivindica- ções 1 a 10, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende qua- tro lâminas, a primeira das quais (Ia) tem pelo menos um rasgo (15) que se desenvolve a partir da borda inferior (16) da lâmina, em que uma segunda lâmina (Ib) tem pelo menos um rasgo (13) se desenvolvendo a partir do topo (14) da parte arredondada da lâmina, cada um dos ditos rasgos (13, 15) tendo, pelo menos em uma seção, uma largura correspondendo à espessura da lâmina na qual é adaptado o outro rasgo, em que a terceira lâmina (Ic) tem pelo menos um rasgo superior (13) se desenvolvendo a partir do topo (14) da dita terceira lâ- mina e pelo menos um rasgo inferior (15) se desenvolvendo a partir da borda inferior (16) da dita terceira lâmina, a largura do dito rasgo superior (13) sendo maior do que a largura do dito rasgo inferior (15), e em que a quarta lâmi- na (1d) tem pelo menos um rasgo (13) se desenvolvendo a par- tir do topo (14) da dita lâmina, o dito rasgo (13) compreen- dendo pelo menos uma seção externa (17) e uma seção interna (18), a largura da dita seção externa (17) sendo maior do que a largura da dita seção interna (18), a largura do rasgo inferior (15) da terceira lâmina (1c) correspondendo à es- pessura da quarta lâmina (1d), a largura da seção interna (18) do rasgo (13) da quarta lâmina (1d) correspondendo à espessura da terceira lâmina (1c), e a largura do rasgo su- perior (13) da terceira lâmina (1c) e a largura da seção ex- terna (17) da quarta lâmina (1d) sendo a mesma de maneira tal que, uma vez encaixadas conjuntamente, as primeiras duas lâminas podem ser inseridas no dito rasgo superior (13) da terceira lâmina (1c) e na seção externa (17) da quarta lâmi- na (1d), as ditas terceira e quarta lâminas propriamente di- tas estando encaixadas conjuntamente.

12. Escareador, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADO pelo fato de que o rasgo (15) na primeira lâ- mina (1a) tem pelo menos duas seções (17, 18) de larguras diferentes, a seção externa (17) sendo mais larga do que a seção interna (18).

13. Escareador, de acordo com uma das reivindica- ções 11 ou 12, CARACTERIZADO pelo fato de que a segunda lâ- mina (1b) tem pelo menos um rasgo inferior (15) se desenvol- vendo a partir de sua borda inferior (16), o dito rasgo in- ferior sendo mais largo do que o rasgo (13) que se desenvol- ve a partir do topo (14) da lâmina.

14. Lâmina para escareador como definida em uma das reivindicações Ia 13, CARACTERIZADA pelo fato de que ela compreende uma parte superior arredondada (10), e uma parte inferior mais estreita (12) na qual é arranjada uma extensão lateral (2).

15. Lâmina, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADA pelo fato de que ela compreende pelo menos um rasgo com seções de larguras diferentes.

16. Lâmina, de acordo com uma das reivindicações -14 ou 15, CARACTERIZADA pelo fato de que ela compreende pelo menos um rasgo (13, 15) se desenvolvendo a partir do topo (14) da parte arredondada (10), ou a partir da borda inferi- or (16) da lâmina.

17. Lâmina, de acordo com a reivindicação 16, CARACTERIZADA pelo fato de que ela compreende um rasgo supe- rior (13) se desenvolvendo a partir do topo (14) da parte superior arredondada (10) e/ou um rasgo inferior (15) se de- senvolvendo a partir da borda inferior (16), a largura do rasgo superior (13) sendo diferente da largura do rasgo in- ferior (15).

18. Lâmina, de acordo com uma das reivindicações -14 a 17, CARACTERIZADA pelo fato de que ela compreende um rasgo superior (13) se desenvolvendo a partir do topo (14) da parte superior arredondada (10) e/ou um rasgo inferior (15) se desenvolvendo a partir da borda inferior (16), pelo menos um dos ditos rasgos superior ou inferior compreendendo pelo menos uma seção externa (17) e uma seção interna (18), a largura da seção externa (17) sendo maior do que a largura da seção interna (18).