BRPI0520364B1

BRPI0520364B1 - tampão compreendendo fibras de viscose multi-ramificadas

Info

Publication number: BRPI0520364B1
Application number: BRPI0520364A
Authority: BR
Inventors: Steve Mathews
Original assignee: Sca Hygiene Prod Ab
Priority date: 2005-06-28
Filing date: 2005-06-28
Publication date: 2016-02-10
Also published as: US20080097366A1; CN101193615A; CN101193615B; EP1898855B1; PL1898855T3; MX2007014030A; BRPI0520364A2; AU2005333755B2; WO2007001216A1; JP2008543520A; EP1898855A1; AU2005333755A1

Abstract

um tampão. um tampão (101) possuindo uma extremidade de inserção (105) e uma extremidade de remoção (106), e um cordão de remoção (104) que se estende da extremidade de remoção (106), o dito tampão (101) compreendendo um corpo de tampão absorvente fibroso (102) compreendendo fibras de viscose multi-ramificadas, dito corpo de tampão (102) compreendendo um núcleo interno (108) e uma estrutura absorvente externa (109) circundando ditos núcleos internos (108), dito núcleo interno (108) sendo mais denso do que a dita estrutura absorvente externa (109) . o núcleo interno (108) sendo feito de uma mistura fibrosa compreendendo o a 25% em peso de fibras de viscose multi-ramificadas e a estrutura absorvente externa (109) sendo feita de uma mistura fibrosa compreendendo 30 a 100% em peso de fibras de viscose multi-ramificadas.

Description

"TAMPÃO COMPREENDENDO FIBRAS DE VISCOSE MULTI-RAMIFICADAS" CAMPO DA TÉCNICA [001] A invenção se refere a um tampão que têm uma extremidade de inserção e uma extremidade de remoção, e um cordão de remoção que se estende da extremidade de remoção, o tampão compreendendo um corpo de tampão absorvente fibroso, o corpo de tampão compreendendo um núcleo interno e uma estrutura absorvente externa circundando o núcleo interno, o núcleo interno tendo uma densidade mais elevada do que a estrutura absorvente externa.

FUNDAMENTOS DA TÉCNICA [002] Os tampões menstruais para uso intravaginal são conhecidos e usados desde há muito tempo. Desde que os tampões são usados internamente, são considerados discretos e na maior parte muito confortáveis de usar, faltando o revestimento protetor plástico vedante de dispositivos externos de proteção tais como absorventes íntimos. [003] Os tampões são feitos geralmente de fibras, geralmente fibras celulósicas, tais como fibras de algodão ou fibras regeneradas de celulose, tais como a viscose. [004] Por diversas razões, é interessante aumentar a capacidade de absorção do material fibroso usado para a manufatura dos tampões. As fibras que têm uma maior capacidade de absorção permitem que os tampões sejam feitos menores. Os benefícios de fazer os tampões menores incluem custos reduzidos com materiais, a preferência do consumidor por usar tampões menores, e economia e preferência do consumidor por embalagens mais compactas dos tampões. [005] A fim de satisfazer a demanda por fibras que tenham uma absorvência mais elevada, foram desenvolvidas as fibras multi-ramifiçadas celulósicas regeneradas. As fibras de viscose multi-ramifiçadas têm uma seção transversal com três ou mais lóbulos ou membros e são conhecidas por terem uma absorvência mais elevada do que as fibras de viscose correspondentes não ramificadas. Um exemplo de fibras de viscose que têm uma seção transversal triangular e absorvência melhorada é divulgado em WO 2004/085720. [006] Entretanto, fibras regeneradas de celulose multi-ramifiçadas provaram ser menos apropriadas para o uso direto na produção convencional de tampões uma vez que não podem ser comprimidas prontamente em um estado que assegurasse a rigidez do tampão. A fim de ser fácil de manipular e introduzir na cavidade vaginal sem desmoronar, um tampão necessita ter um grau de rigidez. Foi encontrado que a compressão excessiva de fibras multi-lobais reduz proporcionalmente a absorvência eficaz das fibras. Assim, mesmo que o problema da compressão pudesse ser resolvido, a absorvência do material seria comprometida.

[007] A abordagem mais simples e convencional para resolver a questão da estabilidade é misturar fibras multi-lobais de elevada absorvência com fibras não-ramificadas de viscose para recuperar a estabilidade do produto. Outra vez, isto compromete a questão da absorvência. Os documentos US 2002/0151859, US 2003/0229328, WO 01/43679 e WO 2004/000184 divulgam núcleos de tampão e manufatura de núcleos de tampão que compreendem misturas de fibras multi-lobais e de fibras não-lobais. [008] Assim, é um objeto da presente invenção fornecer um tampão vaginal que melhora a absorvência, mas exibe ainda rigidez suficiente para permitir a manipulação e a inserção fáceis do tampão. [009] É um objeto mais adicional da invenção fornecer um tampão vaginal tendo uma superfície macia e boas propriedades de expansão.

BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO [0010] A presente invenção oferece um tampão compreendendo fibras de viscose multi-ramifiçadas que são mais bem utilizadas do que nos tampões previamente conhecidos que contêm tais fibras. O tampão tem um núcleo interno que é feito de uma mistura fibrosa compreendendo 0 a 25% em peso de fibras de viscose multi-ramifiçadas e uma estrutura absorvente externa que cerca o núcleo interno e que é feita de uma mistura fibrosa compreendendo 30 a 100% em peso de fibras de viscose multi-ramifiçadas. [0011] O núcleo interno é mais compressível do que a estrutura absorvente externa e retém a compressão melhor do que a estrutura absorvente externa. Preferivelmente o núcleo interno é feito de material predominantemente altamente compressível e retentor de compressão, como fibras de viscose não-ramifiçadas. Entretanto, materiais alternativos prontamente compressíveis tais como fibras de algodão, polpa de celulose, musgo de turfa, etc. podem ser usados sozinhos ou em combinação. É também concebível usar materiais fibrosos ligados que contêm agentes de ligação, tais como, partículas termoplásticas ou fibras termoplásticas de ligação. 0 núcleo interno pode incluir material não-absorvente tal como fibras sintéticas e pode ser completamente não-absorvente ou pode ter somente um pequeno grau de absorvência. Entretanto, para a maioria das finalidades prefere-se que o núcleo interno seja absorvente. [0012] A estrutura absorvente externa contém uma proporção relativamente grande de fibras de viscose multi- ramificadas. A estrutura absorvente externa é menos densa do que o núcleo interno. Isto implica em que a estrutura absorvente externa seja mais macia e tenha uma estrutura de poro mais aberta do que o núcleo interno. Preferivelmente, a estrutura absorvente externa está livre de aglutinantes, tais como fibras ou partículas adesivas ou termoplásticas e é ligada somente por entrelaçamento mecânico das fibras constituintes e por ligações de hidrogênio. [0013] Fibras de viscose multi-ramifiçadas apropriadas são as fibras trilobais fornecidas por Kelheim, sob o nome comercial de Galaxy. As fibras são preferivelmente fibras de comprimento de grampo que têm ao menos três membros e podem ter uma forma de seção transversal em Y, X, H, ou T, sendo preferida uma forma simétrica em Y. [0014] Devido ao núcleo interno ser mais comprimido ou ao menos mais denso do que a estrutura absorvente externa, o tampão tem a rigidez requisitada e é fácil de prender e introduzir na cavidade vaginal sem amarfanhar ou dobrar. Além disso, a estrutura absorvente externa menos densa fornece a principal capacidade de absorção. A densidade mais baixa na estrutura absorvente externa e as propriedades superiores de expansão das fibras de viscose multi-ramifiçadas asseguram a absorção inicial rápida das regras e tornam a parte externa do tampão macia e confortável, tanto durante a inserção e quanto durante o uso. [0015] O núcleo interno pode compreender uma mistura de 0 a 25% em peso de fibras de viscose multi-ramificadas e 75 a 100 % de fibras de viscose não-ramificadas. O corpo de tampão pode ser feito de 100 % em peso de fibras de viscose ou pode compreender componentes adicionais tais como aglutinantes, superabsorventes e fibras não absorventes. Todos os agentes químicos adicionados à superfície das fibras para melhorar o capacidade de molhadela e/ou a processabilidade das fibras são incluídos no peso da fibra. [0016] Fibras de viscose multi-ramifiçadas têm preferivelmente uma capacidade absorvente ao menos de 5 g/g e preferivelmente ao menos de 5,5 g/g. [0017] O núcleo interno tem preferivelmente uma densidade de 0,40 a 0,60 g/cm3, mais preferivelmente de 0,50 a 0,55 g/cm3. A estrutura absorvente externa tem preferivelmente uma densidade de 0,30 a 0,45 g/cm3, mais preferivelmente 0,35 a 0,40 g/cm3. [0018] De acordo com uma concretização preferida da invenção, o núcleo interno e o núcleo externo são absorventes, o núcleo interno tendo uma capacidade de absorção ao menos de 3,5 g/g e preferivelmente ao menos de 4 g/g e a estrutura absorvente externa tendo uma capacidade de absorção ao menos de 5 g/g e preferivelmente ao menos de 5,5 g/g. [0019] O núcleo interno é feito preferivelmente predominantemente de fibras celulósicas não-ramifiçadas, tais como fibras de viscose não-ramifiçadas, fibras de algodão ou fibras de polpa de felpa de celulose, e o núcleo externo é feito preferivelmente predominantemente de fibras regeneradas de celulose multi-ramificadas. Assim, o núcleo interno pode compreender ao menos 80% de fibras celulósicas não-ramifiçadas e a estrutura absorvente externa pode compreender ao menos 80% de fibras de viscose multi-ramifiçadas. [0020] Pode ser benéfico se a estrutura absorvente externa for comprimida radialmente de modo que exiba ao menos três sulcos se estendendo longitudinalmente e ao menos três cumes se estendendo longitudinalmente separando os sulcos. [0021] O tampão de acordo com a invenção pode ser fornecido com uma folha de cobertura permeável a liquido disposta na superfície do corpo absorvente. A cobertura é preferivelmente de um material que exibe baixa fricção de encontro às membranas mucosas na cavidade vaginal. 0 tampão tem preferivelmente uma forma geralmente cilíndrica e pode ter uma extremidade de inserção arredondada. A folha de cobertura pode ser disposta para cobrir somente o comprimento do tampão, deixando uma ou ambas as extremidades livres de material de cobertura. Alternativamente, o corpo absorvente pode ser completamente coberto pela folha de cobertura permeável a liquido ou ser coberto somente na extremidade de inserção ou na extremidade de remoção ou em ambas. A folha de cobertura facilita a inserção e a remoção do tampão, e impede formação de fiapos. Os materiais de cobertura apropriados incluem não-tecidos, redes e películas plásticas perfuradas. 0 material de cobertura pode ser hidrofílico ou hidrofóbico. Um material de cobertura hidrofílico pode ser um material de polímero não absorvente com um revestimento de superfície hidrofílico. É também possível usar materiais de cobertura que são inerentemente hidrofílicos e mais ou menos absorventes. Geralmente, é desejável usar materiais de cobertura que têm ao menos algum grau de absorvência para que líquido seja retido na folha de cobertura de modo que seja evitado o ressecamento das membranas mucosas na cavidade vaginal. [0022] A superfície do tampão pode também ser tratada com agentes redutores de fricção tais como óleos, ceras ou similares. [0023] A fim de melhorar a segurança contra vazamentos, uma barreira de líquido pode ser disposta na extremidade de remoção do tampão. A barreira pode ser um revestimento, por exemplo, um revestimento com um material termoplástico ou uma cera ou pode ser fornecida fusão de um componente termoplástico em um material de cobertura que se estenda sobre a extremidade de remoção. [0024] As duas partes do corpo de tampão podem ser formadas e comprimidas simultaneamente. Após ter sido exposto a uma força de compressão particular aplicada, o núcleo interno reterá então o estado comprimido em um grau maior do que a estrutura absorvente externa. A elasticidade e a baixa fricção fibra-a-fibra das fibras multi-ramificadas que compõem uma parte maior da estrutura absorvente externa farão com que a estrutura absorvente externa recupere um estado menos comprimido. [0025] O corpo de tampão pode ser feito formando um material preliminar de tampão de uma primeira manta fibrosa de fibras cardadas sobreposta por uma segunda manta de fibras cardadas. Opcionalmente, o material preliminar de tampão inclui uma parte de material de cobertura unido à segunda manta de fibras cardadas. A primeira e a segunda mantas e o material de cobertura são unidos entre si preferivelmente por meio de um aglutinante adesivo termoplástico, um aglutinante de látex, solda ou meramente pela compressão e pela ligação de hidrogênio. O composto de fibra é então enrolado com a primeira manta fibrosa no interior do rolo e a segunda manta fibrosa na parte externa de modo que a primeira manta fibrosa dê forma a um núcleo interno e a segunda manta fibrosa dê forma a uma estrutura absorvente externa. Se uma cobertura for unida ao material preliminar, será enrolada na parte externa da estrutura absorvente externa. Um cordão de remoção pode ser fixado internamente no rolo sendo enrolado entre um ou mais camadas no rolo. Após o enrolamento do material preliminar, o cilindro resultante é comprimido radialmente para formar o corpo de tampão terminado. [0026] A fim de aumentar as forças de fricção entre o núcleo absorvente interno e a estrutura absorvente externa, o núcleo absorvente interno pode ter uma concentração mais elevada de fibras de viscose multi-ramificadas em uma porção externa do núcleo absorvente interno do que em uma porção interior do núcleo absorvente interno. Aumentando as forças de fricção entre as partes componentes do corpo de tampão, é reduzido o risco de que um cordão de remoção enrolado internamente deslize para fora entre as camadas do corpo de tampão. [0027] Não é necessário que uma cobertura seja aplicada ao tampão ao mesmo tempo em que o corpo de tampão é formado. Assim, é concebível formar um corpo de tampão cilíndrico e aplicar a cobertura antes ou depois da compressão do corpo de tampão. [0028] Similarmente, a cordão de remoção pode ser unido ao corpo de tampão depois que este foi formado. [0029] O tampão pode ser fornecido com uma barreira protetora contra vazamentos na extremidade de remoção. A maneira de realizar tal barreira é comprimir axialmente a extremidade de remoção do tampão e simultaneamente fundir o material termoplástico em uma cobertura que se estende sobre a extremidade de remoção como divulgado em WO 94/15565. [0030] Alternativamente, o corpo de tampão pode ser feito primeiramente formando e comprimindo o núcleo interno, e então aplicando a estrutura absorvente externa à parte externa do núcleo interno e comprimindo o cilindro de tampão resultante. [0031] A compressão do corpo de tampão pode ser feita, por exemplo, como divulgado em US 5.592.725, em US 2002/0151859, em US 6.310.269, em WO 97/23185, em EP 611 562, em WO 2004/000184 ou em WO 01/43679. Estes métodos de compressão resultam em um corpo de tampão tendo saliências e sulcos se estendendo longitudinalmente na superfície externa.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [0032] A invenção será descrita a seguir em maiores detalhes, com referência às figuras que são mostradas nos desenhos anexos, onde: [0033] A Figura 1 mostra um tampão de acordo com uma primeira concretização da invenção. [0034] A Figura 2 mostra uma seção transversal através do tampão da Figura 1 tomada longo da linha II -II. [0035] A Figura 3 mostra uma fibra trilobal. [0036] A Figura 4 mostra um material preliminar de tampão útil para a produção de um tampão de acordo com a invenção. [0037] A Figura 5 mostra o material preliminar do tampão da Figura 4 depois que foi enrolado em um rolo não-comprimido. [0038] A Figura 6 mostra uma seção transversal através do rolo de tampão da Figura 5 tomada ao longo da linha VI -VI.

CONCRETIZAÇÕES DA INVENÇÃO [0039] O tampão (101) mostrado nas Figuras 1 e 2 compreende um corpo (102) de absorção incluído completamente em uma cobertura permeável a líquido (103) e provido com dois cordões de remoção (104) . O tampão (101) tem uma forma geralmente cilíndrica alongada com uma extremidade arredondada (105) de inserção e uma extremidade (106) de remoção. Os cordões (104) de remoção projetam-se da extremidade (106) de remoção. [0040] O corpo (102) de absorção é uma estrutura fibrosa absorvente em camadas e foi comprimido em uma forma aproximadamente cilíndrica. Como é comum na arte e como mostrado na Figura 1, o tampão é fornecido com cumes estendendo-se longitudinalmente (116) separados por sulcos comprimidos (107) que ajudam a distribuição de líquido ao longo do comprimento do tampão. [0041] De acordo com a invenção, o corpo (102) de absorção compreende um núcleo interno (108) e uma estrutura absorvente externa (109) que cerca radialmente o núcleo interno. O núcleo interno é mais denso do que o núcleo externo e fornece ao tampão a rigidez suficiente para permitir que o tampão seja introduzido facilmente na cavidade vaginal sem se encolher ou dobrar. O núcleo (108) é feito predominantemente de fibras que são compressíveis e que, após a compressão, retêm seu estado comprimido, ao menos pelo tempo em que o tampão estiver seco. [0042] Os materiais apropriados para o núcleo interno (108) são fibras de celulose, tais como, viscose não-ramifiçada, algodão, e polpa de felpa de celulose. O núcleo interno (108) pode compreender uma quantidade limitada de fibras de viscose multi-ramifiçadas, até um máximo de 25% em peso de fibras de viscose multi-ramif içadas. Fibras de viscose multi-ramifiçadas podem ser misturadas substancialmente homogeneamente com outros componentes do núcleo interno (108) ou podem ser concentradas em determinadas partes do núcleo (108), tais como a periferia externa do núcleo (108). O núcleo interno (108) pode também compreender uma aglutinante tal como fibras ou partículas termoplásticas. Embora se prefira que o núcleo interno (108) seja absorvente, é concebível usar materiais não- absorventes ou materiais com somente um grau limitado de absorvência para o núcleo interno. Assim, nas aplicações onde a função principal do núcleo interno (108) é fornecer a rigidez ao tampão, o núcleo interno pode ser uma massa de fibras termoplásticas, fundidas, tais como o polietileno, polipropileno, poliéster ou fibras bi componentes. [0043] A estrutura absorvente externa (109) é feita de uma mistura fibrosa compreendendo 30 a 100% em peso de fibras de viscose multi-ramifiçadas. As fibras de viscose multi-ramifiçadas são fibras de viscose que têm um seção transversal com ao menos três membros ou lóbulos. Um exemplo fibras multi-ramifiçadas utilizáveis são as fibras trilobais fornecidas por Kelheim, sob nome comercial de Galaxy. Fibras multi-ramifiçadas são preferivelmente fibras de comprimento de grampo que têm ao menos três membros e podem ter uma forma de seção transversal em Y, X, H, ou T, com uma forma preferida de Y simétrica como mostrado para a fibra 300 na Figura 3. [0044] As fibras de viscose multi-ramifiçadas não são tão suscetiveis à compressão quanto são as fibras de viscose não-ramifiçadas, ou fibras celulósicas tais como fibras de algodão e polpa de felpa. Quando se comprime uma massa fibrosa compreendendo predominantemente fibras de viscose multi-ramifiçadas, as fibras tenderão a retornar a um estado menos comprimido, tendo por resultado uma estrutura menos compacta do que ao usar as fibras que são mais compressiveis. O efeito de mola é acreditado como dependente principalmente de as fibras serem mais duras e mais resilientes do que as fibras não-ramifiçadas. Entretanto, a quantidade e o tipo de revestimento de giro nas fibras foram encontrados também como afetando as propriedades de mola e a compressibilidade das fibras. [0045] A compressibilidade reduzida das fibras de viscose multi-ramifiçadas é associada diretamente com uma absorvência maior das fibras de viscose multi-ramificadas em comparação com as fibras de viscose não-ramificadas correspondentes. A compressibilidade reduzida é também benéfica à maciez da superfície externa do tampão e fornece uma estrutura porosa aberta que adquire rapidamente o líquido que alcança o tampão. Além disso, as fibras de viscose multi-ramifiçadas têm propriedades superiores de expansão e asseguram que o tampão se conforme ao espaço vaginal e intercepte o fluxo de fluido, diminuindo assim o risco de vazamento. [0046] Além das fibras absorventes e não absorventes, o corpo de absorção (102) pode também compreender materiais poliméricos formadores de gel, conhecidos também como superabsorventes, bem como agentes que inibem bactérias ou outros aditivos quimicamente ativos. [0047] A cobertura (103) pode ser de qualquer material permeável a liquido não abrasivo apropriado. Preferivelmente, a cobertura (103) é um material não-tecido que pode ser uma manta de fiação continua, cardada ou entrelaçada mecanicamente, feita de polipropileno, de polietileno, de viscose, de fibras bi-componentes ou de qualquer outro material fibroso apropriado. Entretanto, películas plásticas perfuradas, redes moldadas ou tricotadas, ou materiais porosos similares também podem ser usados. Na concretização mostrada, a cobertura (103) envolve completamente o corpo (102) de absorção. Entretanto, a cobertura (103) pode ser omitida ou pode ser aplicada somente sobre uma parte do corpo (102) de absorção. Por razões técnicas, é comum aplicar somente uma cobertura (103) na porção cilíndrica reta do tampão, deixando as extremidades (105), (106) livres de material de cobertura. É também concebível aplicar a cobertura somente em uma ou ambas as extremidades. A cobertura pode ser tratada com um agente lubrificante ou similar a fim de facilitar a inserção. [0048] O cordão (104) de remoção é feito de um material tendo uma elevada força de tração e unido firmemente ao corpo de tampão sendo dados laços internamente entre as camadas no corpo (102) de absorção ou sendo soldado, colado ou costurado ao corpo (102) de absorção e/ou à cobertura permeável a liquido (103). O cordão (104) de remoção não deve ser absorvente ou não deve ter qualquer capacidade de capilaridade apreciável. Na concretização mostrada na Figura 1, o cordão (104) de remoção é internamente bloqueado entre camadas no corpo (102) do tampão e projeta-se com as duas extremidades da extremidade de remoção (106) do tampão. Uma alternativa e uma maneira geralmente usada de fixar um cordão em laço a um corpo de tampão é amarrando as extremidades projetantes juntas em um nó. [0049] Na Figura 4 é mostrado um material preliminar (401) de tampão que pode ser usado para formar um tampão de acordo com a invenção. O material preliminar (401) de tampão compreende uma primeira manta ou esteira fibrosa (408) e uma segunda manta ou esteira fibrosa (409). No tampão terminado, comprimido, a primeira manta (408) forma o núcleo interno e a segunda manta (409) forma a estrutura absorvente externa. Conformemente, as composições fibrosas das respectivas mantas são como as divulgadas acima em relação às Figuras 1 e 2. As mantas podem ser feitas de fibras cardadas de comprimento de grampo ou podem ser formadas por outras técnicas tais como fluxo de ar, via sopro, via úmida, etc.. Como mostrado na Figura 4, as mantas (408), (409) podem ser de largura igual. É também concebível que as mantas (408), (409) tenham larguras diferentes. Assim, pode ser benéfico fazer a primeira manta (408) um tanto mais estreita do que a segunda manta (409) se for desejável que seja dada ao tampão uma forma arredondada ou afilada em uma ou ambas as extremidades. Alternativamente, a primeira manta (408) pode ser feita mais larga do que a segunda manta (409) se isso for desejado a fim de ajudar na fixação do cordão de remoção no tampão. [0050] A primeira manta (408) é colocada sobre a segunda manta e sobrepõe uma porção de uma extremidade da segunda manta (409). Além disso, as mantas (408), (409) são unidas entre si na área sobreposta (410). A fixação é mostrada como um número de ligações de ponto (411) . A fixação pode ser feita de qualquer maneira apropriada, como por calandragem a quente, ligação térmica, hidroentrelaçamento, agulhagem, pulverização de um adesivo, etc.. A fixação pode ser feita por ligações discretas, tal como mostrado na Figura 4, ou pode ser uma ligação contínua. [0051] Uma folha de cobertura (403) é disposta de uma forma sobreposta na extremidade oposta da segunda manta fibrosa (409) . A folha de cobertura (403) é unida à segunda manta fibrosa (409) na área sobreposta (412) por meio de uma ligação (413) de fusão. Como a fixação entre a primeira e a segunda mantas (408), (409), a fixação da folha de cobertura (403) à segunda manta fibrosa (409) pode ser feita de qualquer maneira apropriada e com qualquer padrão de ligação apropriado. Entretanto, os materiais convencionais de cobertura compreendem frequentemente uma proporção relativamente grande de material termoplástico que pode ser usado para soldar a cobertura à segunda manta fibrosa (409). [0052] A folha de cobertura (403) é mais larga do que a primeira e a segunda mantas fibrosas (408) , (409) formando porções estendidas (414) em um ou outro lado das mantas (408), (409). [0053] As Figuras 5 e 6 mostram o material de tampão preliminar (401), com a cobertura (403) unida, enrolado em um tampão não-comprimido. As porções estendidas (414) da folha de cobertura (403) foram dobradas no interior do tampão em ambas as extremidades deste (405), (406) . Na Figura 5, é mostrado o tampão não-comprimido compreendendo um cordão (404) de remoção. Entretanto, a fixação do cordão de remoção não é mostrada nas Figuras. Nas concretizações que têm o cordão de remoção fixado internamente dando voltas entre as camadas no corpo de tampão, pode ser benéfico ter uma concentração maior de fibras multi-ramifiçadas nas superfícies da primeira manta do que em seu interior. Como um efeito do revestimento de acabamento de giro usado nas fibras de viscose multi-ramif içadas, as fibras multi-ramifiçadas mostram uma fricção mais elevada e, servem assim melhor para impedir que o cordão de remoção deslize entre as camadas. [0054] Como é o melhor visto na Figura 6, o tampão enrolado tem uma cavidade interna (415) em que as porções estendidas (414) da folha de cobertura (403) são dobradas. A primeira manta fibrosa (408) forma um rolo tubular interno e a segunda manta fibrosa (409) é enrolada na superfície externa do rolo interno. A folha de cobertura (403) é enrolada na parte externa da segunda manta fibrosa (409) para envolver o material preliminar de tampão enrolado. [0055] Como mencionado previamente, há outras numerosas maneiras alternativas de produzir um tampão de acordo com a invenção. É possível, por exemplo, formar e pré-comprimir o núcleo interno em uma etapa separada de produção. Dependendo do método de produção, a fixação entre as camadas pode ser omitida ou pode ser feita em posições diferentes daquelas descritas aqui. [0056] A invenção não é limitada às concretizações divulgadas aqui. Conformemente, outras modificações adicionais são concebíveis dentro do escopo das reivindicações anexas.

Claims

1. Tampão (101) compreendendo fibras de viscose multi-ramifiçadas possuindo uma extremidade de inserção (105) e uma extremidade de remoção (106) , e um cordão de remoção (104) que se estende da extremidade de remoção (106) , o dito tampão (101) compreendendo um corpo de tampão absorvente fibroso (102) que compreende um núcleo interno (108) e uma estrutura absorvente externa (109) circundando dito núcleo interno (108), dito núcleo interno (108) tendo uma densidade mais elevada do que a dita estrutura absorvente externa (109), caracterizado pelo fato de que o dito núcleo interno (108) é feito de uma mistura fibrosa compreendendo de 0 a 25% em peso de fibras de viscose multi-ramifiçadas e a dita estrutura absorvente externa (109) é feita de uma mistura fibrosa compreendendo de 30 a 100% em peso de fibras de viscose multi-ramifiçadas.

2. Tampão, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dito núcleo interno (108) compreende uma mistura de 0 a 25% em peso de fibras de viscose multi-ramifiçadas e a dita estrutura absorvente externa (109) compreende de 75 a 100% em peso de fibras de viscose multi-ramifiçadas.

3. Tampão, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que as fibras de viscose multi-ramif içadas tem uma capacidade absorvente ao menos de 5 g/g e preferivelmente ao menos de 5,5 g/g.

4. Tampão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2 ou 3, caracterizado pelo fato de que o núcleo interno (108) tem uma densidade de 0,40 a 0,60 g/cm3, preferivelmente de 0,50 a 0,55 g/cm3, e a estrutura absorvente externa (109) tem uma densidade de 0,30 a 0,45 g/cm3 , preferivelmente de 0,35 a 0,40 g/cm3.

5. Tampão, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o núcleo interno (108) tem uma capacidade de absorção ao menos de 3,5 g/g e preferivelmente ao menos de 4 g/g, e a estrutura absorvente externa (109) tem uma capacidade de absorção ao menos de 5 g/g e preferivelmente ao menos de 5,5 g/g.

6. Tampão, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o núcleo interno (108) compreende ao menos 80% de fibras celulósicas não-ramifiçadas e a estrutura absorvente externa (109) compreende ao menos 80% de fibras de viscose multi-ramifiçadas.

7. Tampão, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a dita estrutura absorvente externa (109) exibe ao menos três sulcos se estendendo longitudinalmente (107) e ao menos três cumes se estendendo longitudinalmente (116) que separam os sulcos (107).

8. Tampão, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que uma folha de cobertura permeável a liquido (103) é disposta na superfície do dito corpo absorvente de tampão (102) .

9. Tampão, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o dito corpo absorvente é coberto completamente pela dita folha de cobertura permeável a líquido (103).

10. Tampão, de acordo com reivindicação 8 ou 9, caracterizado pelo fato de que uma barreira de líquido é disposta na extremidade de remoção (106) do tampão.

11. Tampão, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o núcleo absorvente interno (108) tem uma porção externa em contato com a estrutura absorvente externa (109) e que está presente uma concentração mais elevada de fibras de viscose multi-ramifiçadas na porção externa do núcleo absorvente interno (108) do que em uma porção interna do núcleo absorvente interno (108) .