BRPI0311928B1 - Processo de preparação de um isolado de proteína de canola - Google Patents

Processo de preparação de um isolado de proteína de canola Download PDF

Info

Publication number
BRPI0311928B1
BRPI0311928B1 BRPI0311928-9A BR0311928A BRPI0311928B1 BR PI0311928 B1 BRPI0311928 B1 BR PI0311928B1 BR 0311928 A BR0311928 A BR 0311928A BR PI0311928 B1 BRPI0311928 B1 BR PI0311928B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
protein
solution
canola
process according
diafiltration
Prior art date
Application number
BRPI0311928-9A
Other languages
English (en)
Other versions
BR0311928A (pt
Inventor
Brent Everett Green
Lei Xu
Radka Milanova
Kevin I Segall
Original Assignee
Burcon Nutrascience Mb Corp
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Burcon Nutrascience Mb Corp filed Critical Burcon Nutrascience Mb Corp
Publication of BR0311928A publication Critical patent/BR0311928A/pt
Publication of BRPI0311928B1 publication Critical patent/BRPI0311928B1/pt

Links

Classifications

    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07KPEPTIDES
    • C07K14/00Peptides having more than 20 amino acids; Gastrins; Somatostatins; Melanotropins; Derivatives thereof
    • C07K14/415Peptides having more than 20 amino acids; Gastrins; Somatostatins; Melanotropins; Derivatives thereof from plants
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A23FOODS OR FOODSTUFFS; TREATMENT THEREOF, NOT COVERED BY OTHER CLASSES
    • A23JPROTEIN COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS; WORKING-UP PROTEINS FOR FOODSTUFFS; PHOSPHATIDE COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS
    • A23J1/00Obtaining protein compositions for foodstuffs; Bulk opening of eggs and separation of yolks from whites
    • A23J1/14Obtaining protein compositions for foodstuffs; Bulk opening of eggs and separation of yolks from whites from leguminous or other vegetable seeds; from press-cake or oil-bearing seeds
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A23FOODS OR FOODSTUFFS; TREATMENT THEREOF, NOT COVERED BY OTHER CLASSES
    • A23JPROTEIN COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS; WORKING-UP PROTEINS FOR FOODSTUFFS; PHOSPHATIDE COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS
    • A23J1/00Obtaining protein compositions for foodstuffs; Bulk opening of eggs and separation of yolks from whites
    • A23J1/14Obtaining protein compositions for foodstuffs; Bulk opening of eggs and separation of yolks from whites from leguminous or other vegetable seeds; from press-cake or oil-bearing seeds
    • A23J1/142Obtaining protein compositions for foodstuffs; Bulk opening of eggs and separation of yolks from whites from leguminous or other vegetable seeds; from press-cake or oil-bearing seeds by extracting with organic solvents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A23FOODS OR FOODSTUFFS; TREATMENT THEREOF, NOT COVERED BY OTHER CLASSES
    • A23JPROTEIN COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS; WORKING-UP PROTEINS FOR FOODSTUFFS; PHOSPHATIDE COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS
    • A23J3/00Working-up of proteins for foodstuffs
    • A23J3/14Vegetable proteins
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A23FOODS OR FOODSTUFFS; TREATMENT THEREOF, NOT COVERED BY OTHER CLASSES
    • A23LFOODS, FOODSTUFFS, OR NON-ALCOHOLIC BEVERAGES, NOT COVERED BY SUBCLASSES A21D OR A23B-A23J; THEIR PREPARATION OR TREATMENT, e.g. COOKING, MODIFICATION OF NUTRITIVE QUALITIES, PHYSICAL TREATMENT; PRESERVATION OF FOODS OR FOODSTUFFS, IN GENERAL
    • A23L5/00Preparation or treatment of foods or foodstuffs, in general; Food or foodstuffs obtained thereby; Materials therefor
    • A23L5/40Colouring or decolouring of foods
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A23FOODS OR FOODSTUFFS; TREATMENT THEREOF, NOT COVERED BY OTHER CLASSES
    • A23LFOODS, FOODSTUFFS, OR NON-ALCOHOLIC BEVERAGES, NOT COVERED BY SUBCLASSES A21D OR A23B-A23J; THEIR PREPARATION OR TREATMENT, e.g. COOKING, MODIFICATION OF NUTRITIVE QUALITIES, PHYSICAL TREATMENT; PRESERVATION OF FOODS OR FOODSTUFFS, IN GENERAL
    • A23L5/00Preparation or treatment of foods or foodstuffs, in general; Food or foodstuffs obtained thereby; Materials therefor
    • A23L5/40Colouring or decolouring of foods
    • A23L5/49Removing colour by chemical reaction, e.g. bleaching

Landscapes

  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Food Science & Technology (AREA)
  • Polymers & Plastics (AREA)
  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Biochemistry (AREA)
  • Nutrition Science (AREA)
  • Chemical Kinetics & Catalysis (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Gastroenterology & Hepatology (AREA)
  • Biophysics (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Genetics & Genomics (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • Molecular Biology (AREA)
  • Proteomics, Peptides & Aminoacids (AREA)
  • Botany (AREA)
  • Peptides Or Proteins (AREA)
  • Fats And Perfumes (AREA)
  • Solid-Sorbent Or Filter-Aiding Compositions (AREA)
  • Tires In General (AREA)

Description

PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE UM ISOLADO DE PROTEÍNA DE CANOLA
Referência A Pedidos De Patente Correlatos [001] Este pedido de patente reivindica prioridade correspondente a 35 USC 119 {e) dos Pedidos de Patente Provisórios US co-pendentes Nos. 60/389.957, depositado em 20 de junho de 2002, e 60/432.985, depositado em 0 6 de novembro de 2002.
Campo Da Invenção [002] A presente invenção refere-se à recuperação de isolado de proteína de canola a partir de farinhas de semente de canola.
Fundamentos Da Invenção [003] Nas Patentes US Nos. 5.844.086 e 6.005.076 ("Murray II"), concedidas aos presentes signatários e cujas revelações estão aqui incorporadas como referência, é descrito um processo para o isolamento de isolados de proteína a partir de farinha de semente de óleo que tem, um, teor significativo de gordura, incluindo farinha de semente de óleo de canola que tem tal teor. As etapas envolvidas neste processo incluem a solubilizaçâo de material protéico a partir de farinha de semente de óleo, que também solubiliza gordura na farinha, e remoção de gordura da solução aquosa resultante de proteína. A solução aquosa de proteína pode ser separada da farinha residual de semente de óleo antes ou depois da etapa de remoção da gordura. A solução de proteína desengordurada é em seguida, concentrada para aumentar a concentração de proteína enquanto mantendo a resistência iônica substancialmente constante, depois do que a solução de proteína concentrada pode ser submetida a uma etapa adicional de remoção de gordura. A solução de proteína concentrada é em seguida diluída para provocar a formação de uma massa tipo nuvem de moléculas de proteína altamente associadas como gotículas discretas de proteína em forma micelar. Deixam-se as micelas de proteína depositarem para formar uma massa de isolado de proteína agregado, coalescente, amorfa densa, tipo glúten pegajoso, denominada "massa micelar de proteína" ou PMM, que é separada da fase aquosa residual e seca. [004] O isolado de proteína tem um teor de proteína (como determinado por nitrogênio Kjeldahl ou outro procedimento conveniente N x 6,25) de pelo menos aproximadamente 90% em peso, é substancialmente não-desnaturado (como determinado por calorimetria diferencial de varredura) e tem um baixo teor de gordura. O termo "teor de proteína" como usado aqui refere-se à quantidade de proteína no isolado de proteína expressa em uma base em peso seco. O rendimento de isolado de proteína obtida usando este procedimento, em termos da proporção de proteína extraída da farinha de semente de óleo que é recuperada como isolado seco de proteína, foi geralmente menor que 40% em peso, tipicamente em torno de 20% em peso. [005] O procedimento descrito na patente de Murray II anteriormente mencionada foi desenvolvido como uma modificação e aperfeiçoamento ao procedimento para formar um isolado de proteína a partir de uma variedade de materiais de fonte de proteína, incluindo sementes de óleo, como descrito em USP 4.208.323 (Murray IB). As farinhas de semente de óleo disponíveis em 1980, quando a USP 4.208.323 foi emitida, não tinham os níveis de contaminação das farinhas de semente de óleo de canola disponíveis na época das patentes de Murray II e, como conseqüência, o procedimento da patente de Murray IB não pode produzir a partir de tais farinhas de semente de óleo, materiais protéicos que tenham mais que 90% em peso de teor de proteina. Não existe descrição de quaisquer experimentos especificos na patente de Murray IB realizados usando farinha de semente de colza (canola) como o material de partida. [006] A própria patente de Murray IB foi considerada um aperfeiçoamento em relação ao processo descrito nas Patentes US Nos. 4.169.090 e 4.285.862 (Murray IA) pela introdução da etapa de concentração antes da diluição para formar a PMM. As patentes de Murray IA descrevem um experimento que envolve semente de colza, mas não fornece indicação sobre a pureza do produto. A etapa de concentração descrita na patente de Murray IB serviu para melhorar a produção de isolado de proteina a partir de aproximadamente 20% para o processo de Murray IA. [007] Uma dificuldade que os isolados de proteina de canola produzidos por tais procedimentos do estado da técnica possui é uma cor amarela relativamente escura e um sabor indesejável. Foi registrado que os compostos fenólicos são os responsáveis por estes problemas de produtos de proteina de canola, incluindo farinha. A canola contém aproximadamente 10 vezes a quantidade de compostos fenólicos que são encontrados em sojas e podem compreender sinapina e taninos condensados. Depois de oxidação, os compostos fenólicos podem dar lugar ao desenvolvimento de uma cor escura. Este problema é especialmente grave com produtos de proteina de canola produzidos por precipitação isoelétrica onde as condições fortemente alcalinas levam a rápida oxidação de compostos fenólicos em quinonas, as quais em seguida reagem com a proteína para conferir uma cor verde ou marrom escuro à proteína e suas soluções. Outros compostos e reações podem também contribuir para a formação da cor.
Sumário Da Invenção [008] Os requerentes fornecem aqui um aperfeiçoamento em um processo para a formação de um isolado de proteína de canola onde sementes de canola são processadas para formar uma farinha de proteína de canola, a farinha de proteína de canola é extraída para formar uma solução aquosa de proteína, a solução aquosa de proteína é concentrada e o isolado de proteína de canola é recuperado a partir da solução aquosa de proteína concentrada. [009] Os compostos fenólicos são extraídos da farinha de canola na etapa de extração e a quantidade de fenólicos livres presentes pode ser extraída por absorvência UV a 330 nm (A330) . Tais fenólicos são propensos a oxidação em quinonas que reagem com proteínas para formar compostos coloridos, os quais tendem a absorver a maiores comprimentos de onda. A determinação da absorvência a 420 nm (A420) propicia uma medição mais direta da coloração amarela visual real do isolado e soluções de proteína de canola. Na presente invenção, durante o processamento para obter o isolado de proteína de canola, são realizadas etapas para remover os fenólicos de modo que os mesmos não sejam capazes de formar componentes coloridos visíveis, para inibir a oxidação de fenólicos em componentes coloridos visíveis e para remover outros componentes coloridos visíveis. [010] O aperfeiçoamento propiciado por um aspecto da presente invenção envolve a realização de pelo menos uma etapa de processo durante o processo descrito acima que resulta em um isolado de proteína de canola que tem uma cor mais clara. Os requerentes consideraram uma técnica multif acetada para este procedimento, e uma ou mais de diversas etapas que podem ser consideradas incluem: -processamento de semente de canola -tratamento de farinha -utilização de uma forma específica de farinha de proteína de canola -realização de extração de uma proteína de canola sob condições específicas -processamento do extrato -processamento do isolado recuperado de proteína de canola. [011] Dois ou mais de tais procedimentos podem ser utilizados e freqüentemente são usadas combinações de tais procedimentos. [012] Quando é realizado o processamento de sementes, o procedimento inclui pelo menos a inativação de mirosinase nas sementes embora, contudo, descascadas. Ao inativar a mirosinase, qualquer efeito catalítico da mirosinase sobre a quebra de glucosinolatos nos componentes de enxofre que são antinutrientes que contribuem para o sabor e cor. O procedimento é descrito mais completamente no Pedido de Patente US co-pendente No. ________________ depositado em ___________, atribuído aos presentes signatários e cuja revelação está incorporada aqui como referência. [013] O tratamento da farinha pode envolver a extração da farinha com um solvente orgânico miscivel em água que inclui álcoois, tal como etanol, para extrair fenólicos e/ou outros componentes coloridos. [014] Quando é usada uma forma especifica de farinha de proteína de canola, tal farinha pode ser uma farinha dessolventizada em ar, preparada pela remoção de solvente residual proveniente da extração de solvente de farinha de semente de óleo de canola a uma temperatura abaixo de aproximadamente 50°C, geralmente a uma temperatura ambiente entre aproximadamente 15°C e aproximadamente 30°C. [015] Além disso, a forma específica de farinha de proteína de canola pode ser uma farinha de semente de óleo de canola tostada a baixa temperatura, preparada pela remoção de solvente residual proveniente da extração de solvente de farinha de semente de óleo de canola a uma temperatura elevada abaixo de aproximadamente 100°C. [016] Quando a etapa de processo envolve a etapa de extração, a etapa de extração pode ser realizada na presença de um antioxidante para inibir a oxidação de fenólicos e a formação de cor visível. Alternativamente ou em combinação, a solução aquosa de proteína formada pela etapa de extração pode ser tratada com pelo menos um agente de adsorção de componentes coloridos. Além disso, ou alternativamente, o tratamento com pelo menos um agente de adsorção de componentes coloridos pode ser realizado na solução concentrada de proteína de canola formada na etapa de concentração. [017] Quando a etapa de processo envolve a etapa de concentração, a solução concentrada aquosa de proteína de canola é submetida a diafiltração para lavar os corantes da solução concentrada de proteína de canola. A diafiltração pode ser realizada usando uma solução aquosa que contém um antioxidante para inibir a oxidação de fenólicos e a formação de cor visível durante a diafiltração. [018] Quando a etapa de processo envolve o isolado recuperado de proteína de canola, a etapa de processo pode envolver a extração do isolado de proteína de canola usando soluções aquosas alcoólicas, tal como etanol aquoso, para extrair fenólicos e/ou corantes visíveis do isolado de proteína de canola. [019] O isolado de proteína de canola pode ser recuperado da solução concentrada aquosa de proteína pela adição da solução concentrada aquosa a água gelada para formar uma massa micelar de proteína, e separação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante. [020] O sobrenadante pode ser processado para recuperar isolado adicional de proteína de canola a partir daquele pela concentração do sobrenadante, sujeição do sobrenadante concentrado a diafiltração para remover fenólicos e/ou corantes visíveis do sobrenadante concentrado e em seguida recuperação do isolado de proteína de canola do sobrenadante diafiltrado, tal como por secagem do sobrenadante diafiltrado. [021] Ao impedir a formação de cor e ao melhorar a cor do isolado de proteína de canola, o produto pode ser usado em uma faixa mais ampla de aplicações. Imagina-se também que a remoção e prevenção da formação de corantes de acordo com esta invenção melhore o sabor dos isolados de proteína de canola. [022] O isolado de proteína produzido de acordo com este processo pode ser usado em aplicações convencionais de isolados de proteína, tais como, fortificação de proteína de alimentos processados, emulsificação de óleos, encorpantes em produtos cozidos e agentes espumantes em produtos que aprisionam gases. Além disso, o isolado de proteína pode ser formado em fibras de proteína, úteis em análogos de farinha, pode ser usado como um substituto da clara de ovo ou diluente em produtos alimentícios onde a clara de ovo é usada como aglutinante. O isolado de proteína de canola pode ser usado como suplemento nutricional. Outras aplicações do isolado de proteína de canola são em alimentos para animais domésticos, alimentação animal e em aplicações industriais e cosméticas e em artigos de higiene pessoal. [023] De acordo com um aspecto específico da presente invenção, é fornecido um processo para a preparação de um isolado de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, o qual compreende: (a) extração da farinha de semente de óleo de canola e indução da solubilização da proteína na farinha de semente de óleo de canola para formar uma solução aquosa de proteína que tem um pH entre 5 e 6,8 pelo uso de uma solução aquosa salina que contém um antioxidante, (b) separação da solução aquosa de proteína da farinha residual de semente de óleo, (c) aumento da concentração de proteína da referida solução aquosa de proteína enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante pelo uso de uma técnica de membrana seletiva para fornecer uma solução concentrada de proteína, (d) diluição da referida solução concentrada de proteína em água gelada com uma temperatura abaixo de aproximadamente 15°C para provocar a formação de micelas discretas de proteína na fase aquosa, (e) sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten e (f) recuperação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante, a massa micelar de proteína tendo um teor de proteína de pelo menos 90% em peso (N x 6,25) em uma base em peso seco. [024] De acordo com outro aspecto específico da presente invenção, é fornecido um processo para a preparação de uma solução de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, o qual compreende: (a) lavagem da referida farinha de semente de óleo de canola com um álcool, (b) extração da farinha de semente de óleo de canola lavada para provocar a solubilização da proteína na farinha de semente de óleo de canola lavada para formar uma solução aquosa de proteína que tem um pH entre 5 e 6,8, (c) separação da solução aquosa de proteína da farinha residual de semente de óleo, (d) aumento da concentração de proteína da referida solução aquosa de proteína enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante pelo uso de uma técnica de membrana seletiva para fornecer uma solução concentrada de proteína, (e) diluição da referida solução concentrada de proteína em água gelada com uma temperatura abaixo de aproximadamente 15°C para provocar a formação de micelas discretas de proteína na fase aquosa, (f) sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten e (g) recuperação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante, a massa micelar de proteína tendo um teor de proteína de pelo menos 90% em peso (N x 6,25) em uma base em peso seco. [025] De acordo com um aspecto específico adicional da presente invenção, é fornecido um processo para a preparação de um isolado de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, o qual compreende: (a) extração da farinha de semente de óleo de canola para provocar solubilização da proteína na farinha de semente de óleo de canola para formar uma solução aquosa de proteína que tem um pH entre 5 e 6,8, (b) separação da solução aquosa de proteína da farinha residual de semente de óleo, (c) aumento da concentração de proteína da referida solução aquosa de proteína enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante pela realização de ultrafiltração da solução aquosa de proteína para fornecer uma solução concentrada de proteína, (d) submissão da solução concentrada de proteína a diafiltração, (e) diluição da solução diafiltrada de proteína em água gelada com uma temperatura abaixo de aproximadamente 15°C para provocar a formação de micelas discretas de proteína na fase aquosa, (f) sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten e (g) recuperação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante, a massa micelar de proteína tendo um teor de proteína de pelo menos 90% em peso (N x 6,25) em uma base em peso seco. [026] De acordo com ainda outro aspecto da presente invenção, é fornecido um processo para a preparação de um isolado de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, o qual compreende: (a) extração da farinha de semente de óleo de canola para provocar solubilização da proteína na farinha de semente de óleo de canola para formar uma solução aquosa de proteína que tem um pH entre 5 e 6,8, (b) separação da solução aquosa de proteína da farinha residual de semente de óleo, (c) aumento da concentração de proteína da referida solução aquosa de proteína enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante pelo uso de uma técnica de membrana seletiva para formar uma solução concentrada de proteína, (d) diluição da referida solução concentrada de proteína em água gelada com uma temperatura abaixo de aproximadamente 15°C para provocar a formação de micelas discretas de proteína na fase aquosa, (e) sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten, (f) separação da massa micelar de proteína do sobrenadante, (g) secagem da massa micelar de proteína para fornecer um isolado de proteína de canola que tem um teor de proteína de pelo menos 90% em peso (N x 6,25) em uma base em peso seco e (h) extração do referido isolado de proteína de canola com uma solução aquosa alcoólica. [027] De acordo com um aspecto adicional da presente invenção, é fornecido um processo para a preparação de um isolado de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, o qual compreende: (a) extração da farinha de semente de óleo de canola para provocar solubilização da proteína na farinha de semente de óleo de canola para formar uma solução aquosa de proteína que tem um pH entre 5 e 6,8, (b) separação da solução aquosa de proteína da farinha residual de semente de óleo, (c) aumento da concentração de proteína da referida solução aquosa de proteína enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante pelo uso de uma técnica de membrana seletiva para fornecer uma solução concentrada de proteína, (d) pasteurização da solução concentrada de proteína para formar uma solução pasteurizada de proteína, (e) diluição da solução pasteurizada de proteína em água gelada com uma temperatura abaixo de aproximadamente 15°C para provocar a formação de micelas discretas de proteína na fase aquosa, (f) sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten e (g) recuperação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante, a massa micelar de proteína tendo um teor de proteína de pelo menos 90% em peso (N x 6,25) em uma base em peso seco. [028] De acordo com outro aspecto da presente invenção, é fornecido um processo para a preparação de um isolado de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, o qual compreende: (a) tratamento das sementes de óleo de canola para inativar mirosinases contidas nas sementes de óleo para produzir sementes de óleo tratadas, (b) processamento das referidas sementes de óleo para remover das mesmas óleo de canola e produzir uma farinha de semente de óleo de canola, (c) extração da semente de óleo de canola para provocar solubilização da proteína na semente de óleo de canola para formar uma solução aquosa que tem um pH entre 5 e 6,8, (d) separação da solução aquosa de proteína da farinha residual de semente de óleo, (e) aumento da concentração de proteína da referida solução aquosa de proteína enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante pelo uso de uma técnica de membrana seletiva para fornecer uma solução concentrada de proteína, (f) diluição da solução concentrada de proteína em água gelada com uma temperatura abaixo de aproximadamente 15°C para provocar a formação de micelas discretas de proteína na fase aquosa, (g) sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten e (h) recuperação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante, a massa micelar de proteína tendo um teor de proteína de pelo menos 90% em peso (N x 6,25) em uma base em peso seco. [029] A canola é também conhecida como semente de colza ou óleo de semente de colza.
Descrição Geral Da Invenção [030] O melhoramento da cor pode ser obtido pelo processamento das sementes. Sementes descascadas são submetidas a inativação térmica de mirosinase usando vapor. As sementes inativadas podem em seguida ser processadas de modo convencional para recuperar óleo das sementes e para formar farinha de semente de óleo de canola. [031] É preferível, de acordo com uma modalidade da invenção, que a farinha de semente de óleo seja dessolventizada por torrefação a uma temperatura elevada abaixo de aproximadamente 100°C, uma vez que tal farinha dá lugar a menos desenvolvimento de cor que farinha dessolventizada usando temperaturas de torrefação convencionais, muito mais elevadas. A formação de um isolado de proteína de canola que tem um teor de proteína de pelo menos aproximadamente 90% em peso (N x 6,25), de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso, a partir de tal farinha é descrita no Pedido de Patente US co-pendente No. 10/314.202 depositado em 09 de dezembro de 2002, concedido aos presentes signatários e cuja revelação está aqui incorporada como referência. [032] Mais preferivelmente, a farinha de semente de óleo é dessolventizada em ar a temperaturas abaixo de aproximadamente 50°C, de preferência em torno da temperatura ambiente entre aproximadamente 15°C e aproximadamente 30°C, uma vez que ainda menos cor que no caso do uso da farinha tostada está presente na solução extraída. A formação de um isolado de proteína de canola que tem um teor de proteína de pelo menos aproximadamente 90% em peso (N x 6,25), de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso, a partir de tal farinha, é descrita nos Pedidos de Patente US co-pendentes Nos. 60/390.126 depositado em 21 de junho de 2002, 60/401.712 depositado em 08 de agosto de 2002 e _________ depositado em _________, concedidos aos presentes signatários e cujas revelações estão aqui incorporadas como referência. [033] Isolados de proteína de canola podem ser formados a partir de farinha de semente de óleo de canola. Nos Pedidos de Patente US co-pendentes Nos. 60/288.415 depositado em 04 de maio de 2001, 60/326.987 depositado em 05 de outubro de 2001, 60/331.066 depositado em 07 de novembro de 2001, 60/333.494 depositado em 26 de novembro de 2001, 60/374.801 depositado em 24 de abril de 2002 e 10/137.391 depositado em 03 de maio de 2002 (WO 02/089597), todos concedidos aos presentes signatários e cujas revelações estão aqui incorporadas como referência, é descrito um método de fabricação de isolados de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, tais isolados tendo pelo menos aproximadamente 100% em peso de teor de proteína (N x 6,25) . O procedimento envolve um processo de múltiplas etapas que compreende extração da farinha de semente de óleo de canola usando uma solução salina, separação da solução aquosa de proteína resultante da farinha residual de semente de óleo, aumento da concentração de proteína da solução aquosa até pelo menos aproximadamente 200 g/L enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante pelo uso de uma técnica de membrana seletiva, diluição da solução concentrada de proteína resultante em água gelada para provocar a formação de micelas de proteína, sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten (PMM) e recuperação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante que tem um teor de proteína de pelo menos aproximadamente 100% em peso (N x 6,25) . Como usado aqui, o teor de proteína é determinado em uma base em peso seco. A PMM recuperada pode ser seca. [034] Em uma modalidade do processo descrito acima e como especificamente descrito nos Pedidos de Patente US Nos. 60/326.987, 60/331.066, 60/333.494, 60/374.801 e 10/137.391, o sobrenadante proveniente da etapa de deposição da PMM é processado para recuperar um isolado de proteína que compreende isolado de proteína seca proveniente da PMM úmida e sobrenadante. Este procedimento pode ser realizado efetuando inicialmente a concentração do sobrenadante usando membranas de ultrafiltração, combinando o sobrenadante concentrado com a PMM úmida e secando a mistura. 0 isolado de proteína de canola resultante tem uma alta pureza de pelo menos aproximadamente 90% em peso de proteína (N x 6,25), de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso de proteína (N x 6,25). [035] Em outra modalidade do processo descrito acima e como especificamente descrito nos Pedidos de Patente Nos. 60/333.494, 60/374.801 e 10/137.391, o sobrenadante proveniente da etapa de deposição da PMM é processado para recuperar um isolado de proteína a partir do sobrenadante. Este procedimento pode ser realizado efetuando inicialmente a concentração do sobrenadante usando membranas de ultrafiltração e secando o concentrado. O isolado de proteína de canola resultante tem uma alta pureza de pelo menos aproximadamente 90% em peso de proteína (N x 6,25), de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso de proteína (N x 6,25). [036] Os procedimentos descritos nos Pedidos de Patente US anteriormente mencionados são essencialmente procedimentos em lotes. Nos Pedidos de Patente US co-pendentes Nos. 60/331.646, depositado em 21 de novembro de 2001, 60/383.809, depositado em 30 de maio de 2002 e 10/298.678, depositado em 19 de novembro de 2002 (WO 03/043439), concedidos aos presentes signatários e cujas revelações estão aqui incorporadas como referência, é descrito um processo contínuo para fabricação de isolados de proteína de canola. De acordo com este, farinha de semente de óleo de canola é continuamente combinada com uma solução salina, a mistura é transportada através de uma tubulação enquanto se extrai proteína da farinha de semente de óleo de canola para formar uma solução aquosa de proteína, a solução aquosa de proteína é continuamente separada da farinha de semente de óleo de canola residual, a solução aquosa de proteína é continuamente transportada através de uma operação de membrana seletiva para aumentar o teor de proteína da solução aquosa de proteína até pelo menos aproximadamente 200 g/L enquanto mantendo a força iônica substancialmente constante, a solução concentrada de proteína resultante é continuamente misturada com água gelada para provocar a formação de micelas de proteína, e deixa-se continuamente sedimentar as micelas de proteína enquanto o sobrenadante é continuamente transbordado até que a quantidade desejada de PMM se acumule no recipiente de deposição. A PMM é removida do recipiente de deposição e pode ser seca. A PMM tem um teor de proteína de pelo menos aproximadamente 90% em peso (N x 6,25), de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso (N x 6,25). [037] Como descrito nos Pedidos de Patente US anteriormente mencionados Nos. 60/326.987, 60/331.066, 60/333.494, 60/374.801 e 10/137.391, o sobrenadante transbordado pode ser processado para recuperar isolado de proteína de canola a partir do mesmo. [038] De acordo com uma modalidade da presente invenção, a farinha de semente de óleo pode inicialmente ser extraída por solvente para remover fenólicos e corantes da mesma. Tal extração por solvente pode ser realizada usando um solvente orgânico solúvel em água para fenólicos e/ou corantes visíveis, tal como álcool solúvel em água, de preferência etanol. [039] A extração pode ser realizada por dispersão da farinha de semente de óleo de canola no solvente a uma razão peso/volume entre aproximadamente 1:3 e 1:10, de preferência aproximadamente 1:5. A pasta fluida pode ser agitada durante aproximadamente 5 a aproximadamente 60 minutos, de preferência entre aproximadamente 15 e aproximadamente 30 minutos, a uma temperatura entre aproximadamente 15°C e aproximadamente 45°C, de preferência entre aproximadamente 30°C e aproximadamente 35°C. Um conjunto adequado de condições é uma extração de 30 minutos a 35°C. Tal extração pode ser realizada diversas vezes até que não sejam mais extraídos fenólicos e/ou corantes adicionais. [040] No processo da presente invenção, material protéico é solubilizado a partir de farinha de semente de óleo de canola. O material protéico pode ser a proteína que ocorre naturalmente na semente de canola ou o material protéico pode ter sido modificado por manipulação genética, mas possuindo características hidrofóbicas e propriedades polares da proteína natural. A farinha de canola pode ser qualquer farinha de canola resultante da remoção de óleo de canola da semente do óleo de canola com diferentes níveis de proteína não-desnaturada, resultando, por exemplo, de métodos de extração de hexano quente ou de extrusão de óleo frio. O processamento da semente, quando realizado para remoção de óleo de canola a partir da semente de óleo de canola é geralmente realizado como uma operação separada a partir do procedimento de recuperação de isolado de proteína da presente invenção descrito aqui. [041] A solubilização de proteína é realizada mais eficazmente mediante uso de uma solução salina do tipo alimentar, uma vez que a presença do sal intensifica a remoção de proteina solúvel a partir da farinha de semente de óleo. Quando o isolado de proteina de canola se destina a usos não alimentares, podem ser usados produtos quimicos do tipo não-alimentar. 0 sal é geralmente cloreto de sódio, embora possam ser usados outros sais, tal como, cloreto de potássio. A solução salina tem uma força iônica de pelo menos aproximadamente 0,10, de preferência pelo menos aproximadamente 0,15, para permitir que se realize a solubilização de quantidades significativas de proteina. À medida que a força iônica da solução salina aumenta, o grau de solubilização da proteina na farinha de semente de óleo aumenta inicialmente até que um valor máximo é alcançado. Qualquer aumento subseqüente em força iônica não aumenta a proteina total solubilizada. A força iônica da solução salina tipo alimentar que provoca a máxima solubilização de proteina varia dependendo do sal utilizado e da farinha de semente de óleo escolhida. A solução salina tipo alimentar pode ter uma força iônica que varia até aproximadamente 0,25. [042] Devido ao elevado grau de diluição necessário para precipitação de proteina com aumento das forças iônicas, é geralmente preferível utilizar um valor de força iônica menor que aproximadamente 0,8 e, mais preferivelmente um valor entre aproximadamente 0,15 e aproximadamente 0,6. [043] Em um processo por lotes, a solubilização de sal da proteína é realizada a uma temperatura de pelo menos aproximadamente 5°C e, de preferência, até aproximadamente 35°C, de preferência acompanhada por agitação para diminuir o tempo de solubilização, que é geralmente entre aproximadamente 10 e aproximadamente 60 minutos. É preferível realizar a solubilização para extrair substancialmente tanta proteína quanto seja possível da farinha de semente de óleo, de modo a propiciar uma produção total elevada de produto. [044] É escolhido o limite inferior de temperatura de aproximadamente 5°C, uma vez que a solubilização é impraticavelmente lenta abaixo desta temperatura, enquanto que é escolhido o limite superior preferido de temperatura de aproximadamente 35°C, uma vez que o processo se torna não-econômico a níveis mais elevados de temperatura em um modo em lotes. [045] Em um processo contínuo, a extração da proteína a partir da farinha de semente de óleo de canola é realizada de qualquer modo consistente com a realização de uma extração contínua de proteína a partir da farinha de semente de óleo de canola. Em uma modalidade, a farinha de semente de óleo de canola é misturada continuamente com uma solução salina tipo alimentar e a mistura é transportada através de uma tubulação ou conduto com um comprimento e a uma taxa de fluxo para um tempo de residência suficiente para realizar a extração desejada de acordo com os parâmetros descritos aqui. Em tal procedimento contínuo, a etapa de solubilização de sal é realizada rapidamente, em um tempo de até aproximadamente 10 minutos, de preferência para realizar solubilização para extrair substancialmente tanta proteína quanto for possível da farinha de semente de óleo de canola. A solubilização no procedimento contínuo é, de preferência, realizada a temperaturas elevadas, de preferência acima de aproximadamente 35°C, geralmente até aproximadamente 65°C ou mais. [046] A solução salina aquosa tipo alimentar e a farinha de semente de óleo de canola têm um pH natural entre aproximadamente 5 e aproximadamente 6,8 para permitir que um isolado de proteína seja formado pela via micelar, como descrito em maior detalhe abaixo. [047] Nos limites da faixa de pH, e perto destes, a formação de isolado de proteína ocorre apenas parcialmente através da via micelar e em menores rendimentos do que obtidos em qualquer outro lugar na faixa de pH. Por estas razões, são preferidos valores de pH ligeiramente ácidos entre aproximadamente 5,3 e aproximadamente 6,2. [048] O pH da solução salina pode ser ajustado para qualquer valor desejado dentro da faixa entre aproximadamente 5 e aproximadamente 6,8 para uso na etapa de extração pelo uso de qualquer ácido conveniente, normalmente ácido hidroclórico, ou álcali, geralmente hidróxido de sódio, conforma necessário. [049] A concentração de farinha de semente de óleo na solução salina tipo alimentar durante a etapa de solubilização pode variar amplamente. Valores típicos de concentração estão entre aproximadamente 5 e aproximadamente 15% em peso/volume. [050] De acordo com uma modalidade da invenção, um antioxidante pode estar presente na solução salina tipo alimentar para inibir a oxidação de fenóis na farinha de semente de óleo de canola em componentes que reagem com a proteína e provocam o escurecimento da cor. Qualquer antioxidante tipo alimentar desejado pode ser usado, tal como sulfito de sódio e ácido ascórbico. A quantidade de antioxidante utilizado na solução salina tipo alimentar aquosa depende do material utilizado e pode variar de aproximadamente 0,01 a aproximadamente 1% em peso, de preferência entre aproximadamente 0,05 e aproximadamente 0,1% em peso. A inibição da oxidação de fenólicos pelo uso de antioxidantes resulta em cor reduzida do extrato (absorvência a 420 nm) , enquanto que a concentração de fenólicos (absorvência a 330 nm) permanece amplamente inalterada. [051] Na presença de sulfito de sódio adicionado, mesmo com uma concentração de sal tão baixa quanto 0,05 M, a concentração de proteína no extrato com pH 6,3 foi comparável com aquela com 0,15 M, mas sem sulfito de sódio. [052] A solução de proteína resultante da etapa de extração tem geralmente uma concentração de proteína entre aproximadamente 5 e aproximadamente 40 g/L, de preferência entre aproximadamente 10 e aproximadamente 30 g/L. [053] Ao escolher os parâmetros da etapa de extração, o desejo de extrair tanta proteína quanto possível da farinha de semente de óleo de canola é compensado com o desejo de minimizar a cor da solução resultante do extrato. Ao considerar os dados apresentados aqui, um tempo de extração de 30 minutos é geralmente suficiente para extrair toda a proteína que está indo para extração sob o pH prevalente e molaridade do sal. Um pH mais elevado aumenta a quantidade de proteína extraída e resulta em uma solução de proteína que é visivelmente mais escura (como medido por absorvência a A420). [054] É possível extrair em 10 minutos com salmoura 0,01 M com pH 8,0 tanta proteína como a que é extraída com salmoura 0,15 M com pH 6,3 em 30 minutos. Existe uma diminuição acentuada na A330 na extração com pH 9,8 quando comparada com a extração com menor pH, embora a cor seja visivelmente mais escura à medida que o pH aumenta. Uma explicação para este fenômeno pode ser que os fenólicos estejam reagindo para formar corantes amarelos que não absorvem a A330, mas ao invés absorvem a maiores valores entre A360 e A400. Por estas razões, a extração da farinha de proteína de canola é realizada com pH abaixo de 8. [055] A fase aquosa resultante da etapa de extração pode então ser separada da farinha de canola residual, por qualquer método conveniente, tal como pela utilização de filtração a vácuo, seguida por centrifugação e/ou filtração para remover farinha residual. A farinha residual separada pode ser seca para descarte. [056] Quando a farinha de semente de canola contém quantidades significativas de gordura, como descrito nas patentes de Murray II, então as etapas de desengorduramento descritas aqui podem ser realizadas na solução aquosa de proteína separada e na solução aquosa de proteína concentrada discutidas abaixo. [057] Como uma alternativa para extrair proteína da farinha de semente de óleo de canola com uma solução aquosa salina, tal extração pode ser realizada usando apenas água, embora a utilização apenas de água tenda a extrair menos proteína da farinha de semente de óleo de canola do que a solução aquosa salina. Quando é utilizada tal alternativa, então o sal, nas concentrações discutidas acima, pode ser adicionado à solução de proteína depois da separação da farinha de semente de óleo residual com a finalidade de manter a proteína em solução durante a etapa de concentração descrita abaixo. Quando é realizada uma primeira etapa de remoção, o sal é geralmente adicionado após término de tal operação. [058] Outro procedimento alternativo é extrair a farinha de semente de óleo de canola com uma solução salina tipo alimentar com um valor de pH relativamente elevado acima de aproximadamente 6,8, geralmente até aproximadamente 11. Contudo, como observado abaixo, a extração com valores de pH maiores que aproximadamente 8 é geralmente evitada, uma vez que resulta na formação de cor visível considerada com tais valores de pH. O pH da solução salina tipo alimentar pode ser ajustado para o valor alcalino desejado pelo uso de qualquer álcali tipo alimentar conveniente, tal como solução aquosa de hidróxido de sódio. Alternativamente, a proteína pode ser extraída da farinha de semente de óleo de canola com a solução salina a um pH relativamente baixo abaixo de aproximadamente 5, geralmente abaixo de aproximadamente 3. Quando é utilizada tal alternativa, a fase aquosa resultante da etapa da extração da farinha de semente de óleo de canola é então separada da farinha de canola residual, por qualquer modo conveniente, tal como pela utilização de filtração a vácuo, seguida por centrifugação e/ou filtração para remover farinha residual. A farinha de canola residual separada pode ser seca para descarte. [059] A solução aquosa de proteína resultante da etapa de extração com pH elevado ou baixo pode então ser ajustada para um pH na faixa entra aproximadamente 5 e aproximadamente 6,8, de preferência entre aproximadamente 5,3 e aproximadamente 6,2, como discutido acima, antes de processamento adicional para recuperar isolado de proteína de canola principalmente pela via micelar, como discutido abaixo. Tal ajuste de pH pode ser realizado usando qualquer ácido conveniente, tal como ácido hidroclórico, ou álcali, tal como hidróxido de sódio, conforme adequado. [060] A seguir à extração da proteína, a solução de proteína pode ser submetida a uma ou mais etapas de remoção de cor, de acordo com outra modalidade da invenção, incluindo ultrafiltração/diafiltração e contato com agente de adsorção de cor. Na etapa de ultraf iltração, o teor de proteína da solução aquosa de proteína é aumentado, enquanto que a concentração de sal permanece inalterada. A ultrafiltração pode ser realizada utilizando membranas que têm um peso molecular de corte consistente com a permissão de que fenólicos e agentes corantes atravessem a membrana com o permeado enquanto a proteína é retida, tipicamente uma membrana de ultrafiltração que tem um peso molecular de corte entre aproximadamente 3.000 e aproximadamente 50.000 daltons, de preferência entre aproximadamente 5.000 e aproximadamente 10.000 daltons, levando em conta diferentes materiais e configurações de membranas. Para operação contínua, as membranas podem ser dimensionadas para permitir o grau desejado de concentração à medida que a solução aquosa de proteína atravessa as membranas. [061] A solução de proteína é concentrada pela etapa de ultrafiltração entre aproximadamente 4 e aproximadamente 20 vezes e de preferência é realizada para fornecer uma solução concentrada de proteína com uma concentração de proteína de pelo menos aproximadamente 200 g/L, mais preferivelmente pelo menos aproximadamente 250 g/L. [062] A solução concentrada de proteína é em seguida submetida a uma etapa de diafiltração usando uma solução aquosa salina da mesma molaridade e pH que a solução de extração. Tal diafiltração pode ser realizada usando entre aproximadamente 2 e aproximadamente 20 volumes de solução de diafiltração, de preferência entre aproximadamente 5 e aproximadamente 10 volumes de solução de diafiltração. Na operação de diafiltração, quantidades adicionais de fenólicos e cor visível são removidas da solução aquosa de proteína pela passagem através da membrana com o permeado. A operação de diafiltração pode ser realizada até que não estejam presentes no permeado quantidades adicionais significativas de fenólicos e cor visível. Tal diafiltração pode ser realizada usando uma membrana com um peso molecular de corte na faixa de aproximadamente 3.000 a aproximadamente 50.000 daltons, de preferência entre aproximadamente 5.000 e aproximadamente 10.000 daltons, levando em conta diferentes materiais e configurações da membrana. [063] De acordo com um aspecto desta modalidade da invenção, um antioxidante pode estar presente no meio de diafiltração usando pelo menos parte da etapa de diafiltração. O antioxidante pode ser qualquer antioxidante tipo alimentar conveniente, tal como sulfito de sódio ou ácido ascórbico. A quantidade de antioxidante utilizado no meio de diafiltração depende dos materiais utilizados e pode variar entre aproximadamente 0,01 e aproximadamente 1% em peso, de preferência aproximadamente 0,05% em peso. 0 antioxidante serve para inibir a oxidação de fenólicos presentes na solução de concentração de proteína de canola concentrada. [064] A etapa de concentração e a etapa de diafiltração podem ser realizadas a qualquer temperatura conveniente, geralmente entre aproximadamente 20°C e aproximadamente 60 °C e durante o período de tempo para realizar o grau desejado de concentração. A temperatura e outras condições usadas dependem, até certo ponto, do equipamento de membrana utilizado para realizar a concentração e da concentração de proteína desejada da solução. [065] Ao realizar as operações de ultrafiltração/ diafiltração, as condições são escolhidas levando em consideração o desejo de fornecer uma solução de proteína com a maior concentração de proteína e a menor cor. Com base nos experimentos mencionados abaixo, o procedimento de ultrafiltração/diafiltração (UF/DF) é capaz de reduzir eficazmente os valores de A330 (concentração de fenólicos) entre aproximadamente 28% e aproximadamente 74%, dependendo do pH e do teor salino. As operações de ultrafiltração/diafiltração têm também o efeito de remover fatores antinutricionais, melhorando deste modo a qualidade nutricional do isolado de proteína de canola. [066] Os permeados UF/DF apresentaram os valores mais elevados de A330 para pH 8,0 e 6,3. estes valores elevados de A330 dos permeados são provavelmente devidos aos fenólicos não-aglutinados serem capazes de atravessar as membranas para dentro do permeado, enquanto que com pH 9,8 e pH 11,0 os fenólicos reagiram para formar corantes e não absorvem tão fortemente a A330. [067] As extrações realizadas com níveis mais elevados de pH e de sal tiveram as leituras de partida de A330 mais elevadas e, em muitos casos, as menores leituras finais de A330 do retido. Com os maiores valores de pH e de sal, os permeados continham maiores níveis de hidrogênio, indicando perda de proteína.
[068] As razões de A330 para proteína para o retido final indicam que as melhores razões são obtidas com valores de pH entre 6,3 e 8,0, indicando que menos componente de A330 por proteína do que os testes com maior pH e uma remoção mais eficaz pelos procedimentos UF/DF. Em todas as concentrações salinas exceto 0 M e 0,25 Μ, o pH 6,3 teve a melhor razão de A330 para proteína. Levando isto em conta, o pH 6,3 parece ser o melhor nível de pH testado para diafiltração de cor da solução de proteína, com salmoura 0,25 M sendo o melhor nível de sal para fornecer o maior nível de proteína. [069] As operações de ultrafiltração/diafiltração podem ser seguidas por tratamento com um agente de adsorção de pigmento. Nos Pedidos de Patente US co-pendentes anteriormente mencionados Nos. 60/288.415, 60/326.987, 60/331.066, 60/333.494, 60/374.801 e 10/137.391 (WO 02/089597), é descrito o uso de carvão ativado pulverizado para realizar redução de cor. [070] Como descrito em tais pedidos de patente, tal etapa de redução de cor é realizada na solução de proteína de canola antes da concentração e resulta em uma cor mais clara e amarelo menos intenso no isolado de proteína de canola do produto comparado com a ausência de tal etapa. De acordo com outra modalidade da presente invenção, o uso de materiais adsorventes de componentes é de preferência realizado na solução de proteína de canola concentrada e diafiltrada. Pode ser usado aqui carvão ativado pulverizado, assim como carvão ativado granulado (GAC). Outro material que pode ser utilizado com um agente de adsorção de cor é polivinil pirrolidona. Alternativamente, de acordo com outra modalidade da invenção, pode ser realizado o uso de materiais adsorventes de componentes de cor na solução de proteína de canola antes da ultrafiltração e diafiltração opcional, e/ou diretamente na etapa de extração. Quando o material de adsorção de cor é utilizado antes da etapa de ultrafiltração, a diafiltração pode ser omitida, e neste caso tal diafiltração não remove quaisquer fenólicos adicionais e/ou por visível.
[071] Nos experimentos descritos abaixo, polivinil pirrolidona e GAC reduziram mais os valores de A330 com pH 6,3 e 8,0 do que com pH 9,8 e 11, provavelmente devido à aglutinação de quinonas à proteína nos dois maiores níveis de pH. Polivinil pirrolidona produziu uma boa redução em A330 sem perda de proteína. Outros potenciais materiais testados foram insatisfatórios, tanto como resultado de perdas inaceitáveis de proteína como na incapacidade para reduzir a A330 da solução. [072] A etapa de tratamento do agente de adsorção de cor pode ser realizada sob quaisquer condições convenientes, geralmente à temperatura ambiente da solução de proteína de canola. Para carvão ativado pulverizado, pode ser utilizada uma quantidade entre aproximadamente 0,025% e aproximadamente 5% em peso/volume, de preferência entre aproximadamente 0,05% e aproximadamente 2% em peso/volume. Quando é usada polivinil pirrolidona como agente de adsorção de cor, pode ser utilizada uma quantidade entre aproximadamente 0,5% e aproximadamente 5% em peso/volume, de preferência entre aproximadamente 2% e aproximadamente 3% em peso/volume. O agente de adsorção de cor pode ser removido da solução de proteína de canola por qualquer meio conveniente, tal como por filtração. [073] A seguir ao término do tratamento por agente de adsorção de cor na solução de proteína de canola diafiltrada, a solução de proteína resultante é processada para produzir um isolado de proteína de canola a partir daquela. A recuperação do isolado de proteína de canola pode ser realizada por qualquer meio conveniente, dependendo dos parâmetros da solução de proteína. [074] Por exemplo, o isolado de proteína de canola pode ser recuperado por precipitação isoelétrica a partir de soluções alcalinas ou por um processo de massa micelar de proteína a partir de soluções mais neutras. Alternativamente, a proteína pode ser precipitada pelo aumento da concentração de sal. [075] O processamento da solução de proteína de canola para recuperar uma solução de proteína de canola é realizado de preferência mediante utilização de um processo de massa micelar de proteína como descrito nos pedidos de patente US anteriormente mencionados e em maior detalhe abaixo, uma vez que as condições de pH da extração conduzem à formação de menos cor do que com aquelas utilizadas para as técnicas de precipitação isoelétrica. [076] Dependendo da temperatura utilizada nas etapas de remoção de cor realizadas na solução aquosa de proteína de canola, a solução de proteína concentrada pode ser aquecida até uma temperatura de pelo menos aproximadamente 20°C e até aproximadamente 60°C, de preferência entre aproximadamente 25°C e aproximadamente 40°C, para diminuir a viscosidade da solução de proteína concentrada, opcionalmente diafiltrada, para facilitar o desempenho da etapa de diluição subseqüente e formação de micelas. A solução de proteína concentrada e opcionalmente diafiltrada não deve ser aquecida para além de uma temperatura acima da qual a temperatura da solução de proteína concentrada e opcionalmente diafiltrada não permita a formação de micelas na diluição por água gelada. A solução de proteína concentrada e opcionalmente diafiltrada pode ser submetida a uma operação adicional de desengorduramento, se necessário, como descrito nas patentes de Murray II. [077] A solução de proteína concentrada resultante das etapas de remoção de cor pode ser submetida a pasteurização para aniquilar qualquer bactéria que possa estar presente na farinha original como resultado de armazenamento ou de qualquer outra razão e extraída da farinha na solução de isolado de proteína de canola na etapa de extração. Tal pasteurização pode ser realizada sob quaisquer condições desejadas de pasteurização. Geralmente, a solução de proteína concentrada e opcionalmente diafiltrada é aquecida até uma temperatura entre aproximadamente 55°C e aproximadamente 70°C, de preferência entre aproximadamente 60°C e aproximadamente 65°C, durante aproximadamente 10 a aproximadamente 15 minutos, de preferência aproximadamente 10 minutos. A solução de proteína concentrada pasteurizada pode então ser esfriada para processamento adicional como descrito abaixo, de preferência a uma temperatura entre aproximadamente 25°C e aproximadamente 40°C. [078] A solução de proteína concentrada resultante das etapas de remoção de cor e das etapas opcionais de desengorduramento e pasteurização é em seguida diluída para realizar a formação de micelas pela mistura da solução de proteína concentrada com água gelada com o volume necessário para obter o grau de diluição desejado. Dependendo da proporção de proteína de canola que se deseja obter pela via micelar e da proporção do sobrenadante, o grau de diluição da solução de proteína concentrada pode ser alterado. Com maiores níveis de diluição, em geral, uma maior proporção da proteína de canola permanece na fase aquosa. [079] Quando se deseja propiciar a maior proporção da proteína pela via micelar, a solução de proteína concentrada é diluída por aproximadamente 15 vezes ou menos, de preferência aproximadamente 10 vezes ou menos. [080] A água gelada com a qual a solução de proteína concentrada é misturada tem uma temperatura menor que aproximadamente 15°C, geralmente entre aproximadamente 3°C e aproximadamente 15°C, de preferência menos que aproximadamente 10°C, uma vez que maiores produções de isolado de proteína na forma de massa micelar de proteína são obtidas com estas temperaturas mais baixas e os fatores de diluição usados. [081] Em uma operação em lotes, o lote de solução de proteína concentrada é adicionado a um corpo estático de água gelada que tem o volume desejado, como discutido acima. A diluição da solução de proteína concentrada e conseqüente diminuição em força iônica provocam a formação de uma massa tipo nuvem de moléculas de proteína altamente associadas na forma de gotículas discretas de proteína em forma micelar. No procedimento em lotes, permite-se que as micelas de proteína sedimentem no corpo de água gelada para formar uma massa micelar de proteína agregada coalescente, densa, amorfa, pegajosa, tipo glúten (PMM). A deposição pode ser assistida, tal como por centrifugação. Tal deposição induzida diminui o teor líquido da massa micelar de proteína, diminuindo deste modo o teor de umidade geralmente entre aproximadamente 70% em peso e aproximadamente 95% em peso para um valor geralmente entre aproximadamente 50% em peso e aproximadamente 80% em peso da massa micelar total. A diminuição do teor de umidade da massa micelar diminui também deste modo o teor de sal absorvido da massa micelar e, portanto, o teor de sal do concentrado seco. [082] Alternativamente, a operação de diluição pode ser realizada continuamente pela passagem contínua da solução de proteína concentrada para uma entrada de uma tubulação com formato em T, enquanto a água de diluição é fornecida a outra entrada da tubulação em T, permitindo a mistura na tubulação. A água de diluição é fornecida à tubulação em T a uma taxa suficiente para obter o grau desejado de diluição. [083] A mistura da solução de proteína concentrada e da água de diluição na tubulação inicia a formação de micelas de proteína e a mistura é continuamente fornecida da saida da tubulação em T para um recipiente de deposição a partir do qual, quando cheio, se permite que o sobrenadante transborde. A mistura é de preferência fornecida ao corpo do liquido no recipiente de deposição em um modo que minimiza turbulência dentro do corpo de liquido. [084] No procedimento continuo, permite-se que as micelas de proteína se depositem no recipiente de deposição para formar uma massa micelar de proteína agregada coalescente, densa, amorfa, pegajosa, tipo glúten (PMM), e o procedimento continua até que uma quantidade desejada da PMM se tenha acumulado no fundo do recipiente de deposição, após o que a PMM acumulada é removida do recipiente de deposição. [085] A combinação de parâmetros de processo de concentração da solução de proteína em um teor de proteína de pelo menos aproximadamente 200 g/L e o uso de um fator de diluição menor que aproximadamente 15, resulta em maiores produções, freqüentemente produções significativamente mais elevadas, em termos de recuperação de proteína na forma de massa micelar de proteína a partir do extrato de farinha original, e concentrados muito mais puros em termos de teor de proteína do que os obtidos usando qualquer dos procedimentos de formação de isolado de proteína conhecidos do estado da técnica discutidos nas patentes US anteriormente mencionadas. [086] O concentrado depositado é separado da fase aquosa residual ou sobrenadante, tal como por decantação da fase aquosa residual a partir da massa depositada ou por centrifugação. A PMM pode ser usada na forma úmida ou pode ser seca, por qualquer técnica convencional, tal como secagem por pulverização, secagem por congelação ou secagem por tambor a vácuo, em uma forma seca. A PMM seca tem um alto teor de proteína, acima de aproximadamente 90% em peso de proteína, de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso de proteína (calculado como N x 6,25) e é substancialmente não-desnaturada (como determinado por calorimetria diferencial de varredura). A PMM seca isolada da farinha de semente de óleo graxo tem também um baixo teor residual de gordura, quando os procedimentos das patentes Murray II são utilizados, o qual pode ser abaixo de aproximadamente 1% em peso. [087] O sobrenadante proveniente da etapa de formação e de deposição de PMM contém quantidades significativas de proteína de canola, não precipitada na etapa de diluição, e é processada para recuperar isolado de proteína de canola a partir daquela. O sobrenadante proveniente da etapa de diluição, a seguir à remoção da PMM, é concentrado para aumentar a sua concentração de proteína. Tal concentração é obtida usando qualquer técnica conveniente de membrana seletiva, tal como ultrafiltração, usando membranas com um peso molecular de corte adequado que permitem que espécies de baixo peso molecular, incluindo o sal e outros materiais não-protéicos de baixo peso molecular extraídos do material da fonte de proteína, atravessem a membrana, enquanto retendo proteína de canola na solução. Podem ser usadas membranas de ultrafiltração com um peso molecular de corte entre aproximadamente 3.000 e 10.000 daltons, levando em consideração diferentes materiais e configurações de membrana. A concentração do sobrenadante deste modo reduz também o volume do líquido que se quer secar para recuperar a proteína. 0 sobrenadante está geralmente concentrado em uma concentração de proteína entre aproximadamente 100 e aproximadamente 400 g/L, de preferência entre aproximadamente 200 e aproximadamente 300 g/L, antes da secagem. Tal operação de concentração pode ser realizada em um modo em lotes ou em uma operação contínua, como descrito acima para a etapa de concentração da solução de proteína. [088] De acordo com outra modalidade da invenção, antes da secagem, o sobrenadante concentrado é submetido a uma etapa de diafiltração usando água. Tal diafiltração pode ser realizada usando entre aproximadamente 2 e aproximadamente 20 volumes de solução de diafiltração, de preferência entre aproximadamente 5 e aproximadamente 10 volumes de solução de diafiltração. Na operação de diafiltração, quantidades adicionais de fenólico e de cor visível são removidas do sobrenadante concentrado pela passagem através da membrana com o permeado. A operação de diafiltração pode ser realizada até que quantidades ainda significativas de fenólicos e de cor visível não sejam removidas no permeado. Tal diafiltração pode ser realizada usando uma membrana com um peso molecular de corte na faixa entre aproximadamente 3.000 e aproximadamente 50.000 daltons, de preferência entre aproximadamente 5.000 e aproximadamente 10.000 daltons, levando em conta diferentes materiais e configurações de membrana. [089] De acordo com um aspecto desta modalidade da invenção, um antioxidante pode estar presente no meio de diafiltração. O antioxidante pode ser qualquer antioxidante conveniente de tipo alimentar, tal como sulfito de sódio ou ácido ascórbico. A quantidade de antioxidante utilizado no meio de diafiltração depende dos materiais utilizados e pode variar entre aproximadamente 0,01 e aproximadamente 1% em peso, de preferência aproximadamente 0,05% em peso. O antioxidante seve para inibir a oxidação de fenólicos presentes na solução concentrada de isolado de proteína de canola. [090] O sobrenadante concentrado pode ser usado na forma úmida ou pode ser seco, por qualquer técnica convencional, tal como secagem por pulverização, secagem por congelação ou secagem por tambor a vácuo, para uma forma seca para propiciar um isolado de proteína de canola adicional. Tal isolado de proteína de canola adicional tem um alto teor de proteína, acima de aproximadamente 90% em peso de proteína, de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso de proteína (calculado como N x 6,25) e é substancialmente não-desnaturado (como determinado por calorimetria diferencial de varredura). [091] Se desejado, pelo menos uma porção da PMM úmida pode ser combinada com pelo menos uma porção do sobrenadante concentrado antes da secagem das correntes de proteína combinadas por qualquer técnica convencional para fornecer uma composição combinada de isolado de proteína de canola de acordo com uma modalidade da invenção. As proporções relativas dos materiais protéicos combinados podem ser escolhidas para fornecer uma composição de isolado de proteína de canola resultante com um perfil desejado de proteínas 2S/7S/12S. Alternativamente, os isolados de proteína secos podem ser combinados em quaisquer proporções desejadas para fornecer quaisquer perfis específicos desejados de proteína 2S/7S/12S na mistura. A composição combinada de isolado de proteína de canola tem um teor elevado de proteína, acima de aproximadamente 90% em peso de proteína, de preferência pelo menos aproximadamente 100% em peso de proteína (calculado como N x 6,25) e é substancialmente não-desnaturada (como determinado por calorimetria diferencial de varredura). [092] Em outro procedimento alternativo, onde apenas uma porção do sobrenadante concentrado é misturado com apenas uma parte da PMM e a mistura resultante é seca, o restante do sobrenadante concentrado pode ser seco, assim como também pode ser seco qualquer do remanescente da PMM. Além disso, PMM seca e sobrenadante seco podem também ser misturados a seco em quaisquer proporções relativas desejadas, como discutido acima. [093] Ao operar deste modo, diversos isolados de proteína de canola podem ser recuperados, na forma de PMM seca, sobrenadante seco e misturas secas de diversas proporções em peso de isolado de proteína de canola obtido de PMM e isolado de proteína de canola obtido de sobrenadante, geralmente entre aproximadamente 5:95 e aproximadamente 95:5 em peso, o que pode ser desejável para satisfazer diferentes propriedades funcionais e nutricionais baseadas nas diferentes proporções de proteínas 2S/7S/12S nas composições. [094] De acordo com outra modalidade da invenção, isolado de proteína de canola obtido de PMM e isolado de proteína de canola obtido de sobrenadante podem ser tratados para remover daqueles componentes que conferem cor. Tal tratamento é realizado convenientemente mediante utilização de um solvente orgânico miscível em água para fenólico-s e/ou corantes visíveis na mistura com água. [095] Uma vez que o solvente orgânico miscível em água pode ser um álcool, é preferível uma mistura de etanol com água, geralmente em uma razão em volume entre aproximadamente 2:1 e aproximadamente 1:2, de preferência 1:1. 0 isolado de proteína de canola é disperso na mistura do· solvente em uma quantidade entre aproximadamente 5 e aproximadamente 25% em peso/volume, de preferência entre aproximadamente 8 e aproximadamente 23% em peso/volume, geralmente a temperatura ambiente. A pasta fluida dé isolado de proteína de canola pode ser misturada durante aproximadamente 30 a aproximadamente 60 minutos, de preferência aproximadamente 30 minutos. A seguir ao período de extração, a pasta fluida é depositada, tal como por centrifugação, e o isolado de proteína de canola é recuperado. A extração pode ser repetida se desejado, até que fenólicos adicionais e/ou corantes visíveis não sejam mais removidos, O isolado de proteína de canola pode ser novamente disperso em um álcool, tal como etanol, para remover água do concentrado, o qual em seguida pode ser separado e seco.
Exemplos Exemplo 1 [096] Este Exemplo mostra o efeito· de diversos parâmetros sobre a extração de proteína e a cor da solução de proteína. [097] Foi realizada uma série de testes experimentais nos quais 37,5 g de farinha de canola comercial ÍAL-016) foram misturadas com água contendo NaCl de concentração desejada a um pH desejado, a uma concentração de farinha de 7,5% em peso/volume a 20°C. As concentrações de cloreto de sódio utilizadas foram 0, 0,05, 0,10, 0,15 e 0,25 M e foram usados valores de pH de 6,3, 8,0, 9,8 e 11,0. Uma mostra de aproximadamente 30 mL de extrato foi retirada a cada 10 minutos durante um período de extração de 60 minutos e centrifugada a 10.000 xg durante 5 minutos. O sobrenadante de cada amostra foi analisado para concentração de proteína no final do período de extração. Todo o lote foi centrifugado a 10.000 xg durante quinze minutos e o sobrenadante foi filtrado a vácuo usando um micro-filtro de 0,45 pm. O sobrenadante filtrado foi analisado para teor de proteína e para concentração de fenólicos livres (absorvência a 330 nm). [098] Uma alíquota de 100 ml foi retirada do sobrenadante clarificado para ultrafiltração (UF) por um fator de concentração de 4 usando uma unidade Amicon 8400 com uma membrana de peso molecular de corte de 10.000 . Foram determinadas a concentração de proteína e a absorvência A330 dos 25 ml retidos e do permeado empoçado. A solução ultrafiltrada foi submetida a diafiltração (DF) por um diavolume de 6, usando 150 mL de solução com a mesma concentração de sal e o mesmo pH, usados para a extração. No final da diafiltração tanto o retido como o permeado empoçado provenientes da diafiltração foram analisados para concentração de proteína e A330. [099] Alíquotas dos retidos finais foram em seguida passados através de colunas que continham um de cinco diferentes adsorventes e novamente a concentração de proteína e cor A330 foram testadas nas soluções resultantes de proteína. Os adsorventes foram Amberite XAD - 16 HP (adsorvente polimérico), Amberlite SF120NA (um trocador de cátions), Polyclar Super R (polivinil pirrolidona), Sílica gel (malha 28 a 200) e carvão granulado ativado (tipo alimentar). [0100] Os dados obtidos a partir dos experimentos de extração indicam que um tempo de extração de 30 minutos é suficiente para remover toda a proteína extratíva da farinha. Além de 30 minutos, não ê observado qualquer aumento significativo na proteína extraída para qualquer doo níveis de pH e sal testados. A Tabela I mostra as quantidades obtidas de proteína extraída para cada nível de pH e de sai. TABELA I: Proteína Extraída (g/L) para cada Uivei de pH e de Sal em 60 minutos [0101] As Tabelas II a VI a seguir mostram o efeito da concentração de sal sobre a proteína extraída (quantidades em g/L) como uma função do tempo para diversos níveis de pH.
TABELA II
TABELA III TABELA IV TABELA V TABELA VI [0102] Corno pode ser observado a partir destas Tabelas, extrações com maiores pHs produziram teores mais elevados de proteína em cada nível de sal, enquanto que o aumento do teor de sal para além de 0,05 M nâo aumentou a solubilidade de proteína, nos experimentos realizados. [0103] A Tabela VII a seguir mostra a absorvência a 330 nm do· extrato de proteína para cada nível de pfl e de sal.
TABELA VII
Os Efeitos de pH sobre A33Q para Cinco Diferentes Concentrações de Sal [0104] Como pode ser observado a partir da Tabela VII, uma redução na cor A330 extraída ocorre com pH 9, 8 em extrações de 0,1 M, 0,15 M e 0,25 M, Com este pH, a cor parece visivelmente mais escura que com outros valores de pH e não existe queda correspondente no teor de proteína. Como observado acima, o teor de proteína destas extrações contínua a subir pelo pH 9,8 e pH 11,0. [0105] A Tabela VIII a seguir mostra a absorvência a 330 nm da solução de proteína a seguir à ultrafiltraçào e antes da diafiltraçâo, enquanto que a Tabela IX mostra a A330 da solução de proteína depois da diafiltraçâo. Como pode ser observado a partir destas Tabelas, em cada teste, a A330 do retido foi menor depois de ter sido diafiltrado. TABELA VIII: A330 do Retido antes de Diafiltraçâo TABELA IX: A330 do Retido a seguir a Diafiltraçâo [0106] A Tabela X a seguir mostra a redução em percentagem em A330 obtida usando diafiltraçâo. TABELA X: % de Redução em A330 por Diafiltraçâo [0107] Como pode ser observado a partir da Tabela X, a maior redução obtida no valor A330 obtido a seguir a UF/DF vem das extrações 0,1 M com pH 6,3. Dos cinco diferentes níveis salinos testados, o menor valor de A330 para todos exceto um foi obtido pela extração com pH 6,3, [0108] A Tabela XI a seguir mostra a razão A330/g/L de proteína para levar em consideração diferentes concentrações de proteína de retidos finais. Com esta razão, é mais desejável uma baixa A330 e uin alto teor de proteína indicado por um elemento resultante baixo. TABELA XI: A330/g/L para Retidos a Seguir a Diafiltragâo [0109] Como pode ser observado a partir da Tabela XI, quando a razão A33Q para proteína é levada em consideração, os melhores resultados surgem da série salina 0,25 M para cada nivel de pH testado, com a razão mínima A330/proteína surgindo da extração a 0,25 M com pH 8,0, nos experimentos realizados. [0110] Um exame dos dados A330 do permeado (nâo mostrados) tanto da ultraf i1tração como da diafiltraçâo sugere que mais A330 é jorrado para fora através do permeado nos dois menores níveis de pH que com pH 9,8 e 11,0. [0111] Ao testar os adsorventes, com pHs de 6,3 e 8,0, Polyclar reduziu os fenólicos livres (A330) dos retidos e não apresentou uma perda em proteína a seguir à etapa de adsorção. Contudo, Polyclar com pH 9,8 e 11,0 não recupera quantidades significativas de fenólicos livres. Amberiíte XAD reduziu A330 era muitos casos, funcionou cora pH elevado, mas a proteína também foi perdida, em quase todos os casos. [0112] Dos adsorventes testados, a sílica gel falhou na redução da A330 em muitos casos e muito· frequentemente fez a amostra turva, levando a maiores leituras de A3 30.
Amberlite SF12G apresentou alguma reduçào em A33Q com menores níveis de pH, mas novamente não pareceu ser tão eficaz nos maiores níveis de pH e em muitos casos apresentou uma perda significativa em proteína. Estas amostras mostraram também alguma precipitação depois de passarem através do adsorvente. [0113] O carvão granulado ativado [GAC) funcionou bastante bem na redução de A330 nos retidos com menores niveis de pH, mas não reduziu eficazmente A330 com pH 9,8 e 11,0. O GAC também apresentou alguma perda de proteína na maioria dos testes. As amostras que passaram pelo GAC tiveram que ser filtradas eom um filtro de 0,45 pm a seguir ao tratamento, devido à presença de carbonos residuais.
Exemplo 2 [0114] Este Exemplo ilustra o efeito da adição de um antioxidante na etapa de extração. [0115] Foi repetido o procedimento do Exemplo 1 no qual foram realizadas extrações cora pH 8,0 e pH 6,3 em salmoura 0,1 M com a adição de ácido ascórbico e com purgação de meio de extração com hélio para remover 99% do oxigênio dissolvido. Foi também determinada a absorção A420 como uma medida de cor visível. [0116] A Tabela XII a seguir mostra os dados da extração. TABELA XII: Dados de Extração [0117] Corno pode ser observado a partir da Tabela XII, o uso de ácido ascórbico na extração reduz a cor visível como mostrado por A420. Baixos níveis de ácido ascórbico [0,05%) podem resultar em uma redução duas vezes maior na extração M20, ou cor visível. [0118] A Tabela XIII a seguir mostra as leituras A33G e A420 do retido de diafiltraçâo. TABELA XIII: Leituras A33Q e A42Q de Retido [0119] Como pode ser observado a partir da Tabela XIII, a redução em A420 por ácido ascórbico na extração é ainda refletida depois de diafiltraçâo. A A420 de retidos das extrações com ácido ascórbico foi menor que dos retidos sem ácido ascórbico na extração. [0120] A Tabela XIV mostra o efeito de Polyclar sobre A33G e A420 em retidos.
TABELA XIV [Π 1211 Como pode ser observado a partir da Tabela XIV, A420 reduzido por ácido ascórbíco usado· na extração está ainda presente depois de tratamento com um absorvente. Polyclar reduziu a A420 de cada amostra, mas as duas amostras que contêm ácido ascórbíco foram menores que o controle sem ácido ascórbíco.
Exemplo 3 [0122] Este Exemplo ilustra também o efeito da concentração de sal e pH sobre a extração com um antioxidante. [0123] Este Exemplo é uma repetição do Exemplo 1, exceto que 0,5 g (0,1%) de sulfito de sódio (Na;»S03) foi adicionada ao liquido de extração de farinha de semente de óleo de canola antes do inicio· da etapa de extração. Todos os outros parâmetros usados foram os mesmos que no Exemplo 1, exceto que o valor de díavolume foi 5. [0124] As Tabelas XV.1 a XV.5 a seguir mostram as quantidades de proteína obtida para cada nível de pH e sal. TABELA XV.1: Taxa de extração de testes com NaCl 0,0 M e Wa2SOa 0,1% (g/L) TABELA XV,2: Taxa de extração de testes com NaCl 0,05 Μ e Na2SQ3 0,1% (q/L) TABELA XV.3: Taxa de extragâo de testes com NaCl 0,10 M e Na2SQ3 0,1% (q/L) TABELA XV,4: Taxa de extração de testes cora NaCl 0,15 M e Ha2S03 0,1% tg/l·) TABELA XV,5: Taxa de extragâo de testes com NaCl 0,25 M e Na2S03 0,1% fq/L) [0125] Como pode ser observado a partir destas Tabelas, a extração alcançou equilíbrio em aproximadamente 30 minutos em muitos testes. Quando não foi adicionado sal, foi extraída mais proteína à medida que o pH aumentava. Q efeito do pH pareceu menos significativo para pH abaixo de 8,0 do que para pH elevado acima de 9,8 [Tabela XV. 1). A adição de sal a níveis baixos [menores que 0,10 M) foi capaz de aumentar substancialmente a capacidade de extração de proteína com pH 6,3 e 8,0, mas baixas concentrações de sal não ajudaram a extração de proteína para níveis mais elevados de pH de 9,8 e 11,0 (Tabelas XV.2 e XV.3). [0126] A Tabela XVI a seguir mostra o efeito do pH e da concentração da solução de cloreto de sódio sobre o teor fenólico livre (absorvência A330) do extrato de proteína. TABELA XVI: Efeito do pH e da concentração de KaCl sobre A330 do extrato de proteína (com Na2SQ3) [0127] Como observado nesta Tabela XVI, a A330 mostrou um valor decrescente com a elevação de pH até pH 9,8, embora a concentração de proteína também tenha aumentado ao longo desta faixa. A cor do extrato tornou-se visivelmente mais escura quando o pH subiu. A concentração de sal teve um efeito menos pronunciado sobre a cor. [0128] As Tabelas XVII.1 a XVII.4 mostram o efeito do pH e concentração de NaCl sobre A330 de retido (Tabela XV ii*l) e permeado (Tabela xvo.2) a partir da ultrafiltração e sobre A33Q de retido (Tabela xvii.3) e permeado (Tabela XVII.4) a partir da diafiltração. TABELA XVI1.1: Efeito do pH e da concentração de NaCl sobre A330 de retido a partir da ultrafiltração (com Ma2S03) TABELA XVII.2: Efeito do pH e da concentração de NaCl sobre A330 de permeado a partir da uitrafiltração (com Na2SQ3) TABELA XVII.3: Efeito do pH e da concentração de NaCl sobre A330 de retido a partir da diafiltração (com Na2SQ3) TABELA XVII,4: EfeifcO do pH e da concentração de NaCl sobre A330 de permeado a partir da diafiltração (com NazSOa) [0129] Uma vez que a ultraf iltraçâo concentrou a proteína no extrato quatro vezes, o retido foi visivelmente muito mais escuro e tinha uma leitura A330 muito maior que o extrato [Tabela XVII. 1) exceto para NaCl 0,0 M com pH 8,0, mas o último pode ser um resultado anômalo. De modo similar ao extrato original antes da UF, ocorreu um mínimo em A33Q com pH 9,8, o que não foi suportado pela obscuridade real da cor visível por razões anteriormente discutidas. Medida a A330, UF recuperou uma quantidade substancial dos fenólicos a partir do extrato, como observado pela elevada leitura de A330 no permeado (vide Tabela XVII.2). [0130] A partir dá Tabela XVII.3, pode ser observado que o retido de diafi 1 tração teve uma leitura A330 muito menor que o retido UF (Tabela XVII.1). Embora o permeado DF (Tabela XVI1.4) não fosse tão elevado na leitura A33Q como do permeado UF (Tabela XVII.4), o DF resultou apesar disso na remoção adicional de quantidades consideráveis dos fenólicos remanescentes. Esta remoção adicionai de fenólicos por diafiltraçào resultou em um Ά330 muito menor no retido DF (Tabela XVI1.3} que no retido UF (Tabela XVII.1). [0131] As Tabelas XVIII.l a XVIII.4 a seguir mostram o efeito de adsorventes e pH sobre Λ330 de retido. TABELA XVIII.1; Efeito de adsorvent e s e pH sobre A330 de retido (NaCl 0,05 M com MaaSOa 0,1%) TABELA XV1I1.2; Efeito de adso rven te s e pH sobre A330 de retido {NaCl 0,10 M com Na2S03 0,1%) TABELA XVIII,3: Efeito de adsorventes e pH sobre A330 de retido (NaCl 0,15 M com Na2S03 0,1%) TABELA XVIII,4: Efeito de adsorventes e pH sobre A33Q de retido (NaCl 0,25 M com Na2SQ3 0,1%) [0132] Como pode ser observado a partir das Tabelas XVIII.1 a XVII1.4, com pH baixo (< 9,8), Policiar, entre todos os adsorventes testados, foi especialmente eficaz na diminuição da leitura A33G no retido final. Como observado na Tabela XVIII.l, o valor A330 pode ser reduzido em até 40%. [0133] Embora outros adsorventes fossem também capazes de diminuir as leituras A330 sob condições específicas de pH e concentração de sal, o seu efeito foi até certo ponto insignificante quando comparado com aquele de Polyclar. Quando foi usado pH de 9,8, o polyclar foi menos útil na diminuição de A330. [0134] As Tabelas XVIII.5 a XVIII.8 a seguir mostram o efeito de absorventes sobre a concentração de proteína Íg/L) no retido. TABELA XVIII.5: Efeito de adsorventes e pH sobre a concentração de proteína de retido (0,05 M com tJagSOa 0,1%) TABELA XVIII,6: Efeito de adsorventes e pH sobre a concentração de proteína de retido (0,10 M com NagSOa 0,1%) TABELA XVIII.7: Efeito de adsorventes e pH sobre a concentração de proteina de retido (0,15 M com Na^SOa 0,1%) TABELA XVIII.8: Efeito de adsorventes e pH sobre a concentração de proteína de retido (0,25 M com Na^SOa 0,1%) [0135] Como pode ser observado a partir das Tabelas XVIII.5 a XVIII.8, todos os adsorventes testados foram bastante inertes para concentração de proteína no retido em todas as combinações de sal e pH, mesmo embora a proteína fosse muito concentrada por ultrafiltração.
Exemplo 4 [0136] Este Exemplo descreve o efeito de utilizar menores níveis de sulfito de sódio e de extração purgada. [0137] Foi repetido o procedimento do Exemplo 3 utilizando um. menor nível de sulfito de sódio (0,05% em peso de NajSCb) durante três testes com pH 8,0 usando Polyclar como adsorvente. Foi medido A420 além de A330. [0138] Em outro conjunto de experimentos, a solução de extrato contendo 0,05% em peso de NajSOi. foi também purgada com hélio antes e depois da extração. [0139] A Tabela XIX.1 a seguir mostra o efeito destas modificações sobre a extração de proteína. TABELA XIX.1: Extração de proteína com pH 8,0 (g/L) [0140] Como pode ser observado a partir da Tabela XIX.1, com todos os três níveis de adição de sai, a concentração de proteína no extrato aumentou em aproximadamente 40% em peso quando foram usadas quantidades reduzidas de sulfito de sódio. A maior concentração de sal levou a uma maior concentração de proteína. A purga de hélio não teve influência na extração de proteína. [0141] A Tabela XIX.2 mostra o efeito destas modificações sobre a cor a A330. TABELA XIX,2; Absorvência de extrato a 330 nm [0142] Como pode ser observado a partir da Tabela XIX*2, a redução em Na2SOj não afetou significativamente a A33Q do extrato. Embora a purga de hélio tenha removido 99% do oxigênio dissolvido, a absorvência do· extrato nâo foi melhorada tanto a 330 nm como a 420 nm (Tabela XIX. 3 abaixo). TABELA XIX.3: Absorvência de extrato a 420 nm [0143] A Tabela XX a seguir mostra o efeito do processamento de membrana sobre A330 e A42G do retido: TABELA XX: Efeito do processamento de membrana sobre A33Q e A420 do retido com purga de hélio [0144] Como observado na Tabela XX, a diafiltração substancia Intente removeu os componentes coloridos no extrato. As leituras tanto de A330 como de A420 para e retido final foram aproximadamente metade daquelas do extrato original. A purga de hélio não teve efeito sobre os valores de A330 e A420. [0145] A Tabela XXI a seguir mostra o efeito de Polyclar sobre A330 e A420 de retido. TABELA XXI: Efeito do processamento de membrana sobre A330 e A420 do retido números em parênteses são as percentagens de redução com purga de hélio Exemplo 5 [0146] Este Exemplo ilustra a preparação de um isolado de proteina de canela a partir de farinha de canola comercial usando um antioxidante e diafiltração. [0147] 150 kg de farinha de canola comercial (farinha tostada a maiores temperaturas) foram adicionadas a 1.000 L de NaCl 0,15 M contendo 0,5 kg (0,05% em peso) de solução de ácido ascórbico a 16°C e agitada durante 30 minutos para fornecer uma solução aquosa de proteína com um teor de proteina de 20,2 g/L. h farinha de canola residual foi removida e lavada em uma correia de filtro a vácuo, A solução de proteina resultante foi clarificada por centrifugação e filtraçào para produzir 1.040 L de uma solução de proteína clarificada com um teor de proteína de 14,6 g/L. [0148] A solução de extrato de proteína foi reduzida em volume para 45 L por centrifugação em um sistema de ultrafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons. A solução de extrato de proteína foi em seguida diafiltrada em um sistema de diafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons com 450 L de solução de NaCl 0,15 M contendo 0,05% em peso de ácido ascórbico até um volume final de 44 L com um teor de proteína de 225 g/L. [0149] A solução concentrada e diafiltrada a 30°C foi diluída 1:15 em água a 4°C. Uma nuvem branca de micelas de proteína formou-se imediatamente e foi deixada assentar. A água de diluição superior foi removida e a massa precipitada, viscosa, pegajosa (PMM) foi recuperada a partir do fundo do recipiente e seca. Verificou-se que a proteína seca tinha um teor de proteína de 103,2% em peso (N x 6,25)d.b. [0150] 620 L de sobrenadante da formação de micelas foram concentrados em 30 L por concentração em um sistema de ultrafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons. O sobrenadante concentrado foi em seguida diafiltrado em um sistema de diafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons com 100 L de água até um volume final de 27 L com um teor de proteína de 121,8 g/L. [0151] A solução concentrada e diafiltrada foi seca. Verificou-se que a proteína seca tinha um teor de proteína de 100,8% em peso (N x 6,25)d.b. [0152] Amostras do isolado de proteína de canola (CPI) obtido de PMM e do isolado de proteína de canola obtido do sobrenadante foram avaliadas para luminosidade (L) e cromaticidade (a e b) usando um colorímetro Minolta (CR-310) . No espaço do Lab, o valor deslocou-se de 0 para 100, com 100 sendo branco e 0 sendo preto. As coordenadas da cromaticidade a e b, tiveram ambas valores máximos de +60 e -60, +a sendo a direção vermelha, -a sendo a direção verde, +b sendo a direção amarela e -b sendo a direção azul. [0153] A Tabela XXII a seguir mostra os resultados obtidos.
TABELA XXII [0154] Os isolados de proteína de canola apresentaram uma cor mais luminosa (L) e menos amarela (b) que os concentrados produzidos seguindo este procedimento, mas omitindo a adição de ácido ascórbico (como antioxidante) e as etapas de diafiltração (dados não mostrados).
Exemplo 6 [0155] Este Exemplo ilustra o efeito da temperatura sobre a cor dos extratos de proteína a partir de uma farinha tostada a baixa temperatura e uma farinha dessolventizada em ar. [0156] Amostras de 75 g de (a) uma farinha de semente de óleo de canola tostada a baixa temperatura (100°C) (LT) e (b) uma farinha de semente de óleo de canola dessolventizada em ar (20t!C) (Marc) foram adicionadas a amostras de 500 ml de solução de NaCl 0,15 M e temperatura ambiente (RT) , 55UC, 60‘:íC e 65“C, agitadas durante 3 0 minutos enquanto mantendo a temperatura da solução substancialmente constante para fornecer soluções aquosas de proteína. Foram retiradas amostras da solução aquosa de proteína a 5, 10, 15, 20 e 30 minutos para análise. A farinha consumida foi separada por centrifugação a 10.000 xg durante 5 minutos e seca por congelação. [0157] Foram determinadas as absorvências a A330 e A420 para as diversas amostras da solução de proteína. Como já observado acima, a absorvência UV a A330 é indicativa da concentração de fenólicos na solução, enquanto que a absorvência a A420 é uma medição miais direta da cor real. Os dados para as diversas amostras são apresentados nas Tabelas XXIII e XXIV a seguir. TABELA XXIII: Leituras de Absorvência para Extratos de Farinha de Baixa Temperatura TABELA XXIV: Leituras de Absorvência para Extratos de Farinha Marc [0158] Como pode ser observado a partir das Tabelas XXIII e XXIV, a elevação da temperatura de extração não teve efeito significativo sobre a A33G da solução de proteína extraída para cada tipo de farinha testada, mas houve um ligeiro aumento nas leituras de A420 observadas para maiores temperaturas.
Exemplo 7 [0159] Este Exemplo mostra os efeitos de alguns parâmetros sobre a cor de extratos de proteína para algumas farinhas de sémente dé óleo de canola. [0160] Em um primeiro conjunto de experimentos, amostras de 50 g de farinha de semente de óleo de canola (a) que foi tostada a baixa temperatura a 1QQ°C (farinha LT) ou (b) que foi dessolventizada em ar a 20°C (farinha Marc) foram adicionadas a amostras de 500 mL de solução de NaCl 0,05 M ou 0,10 M a temperatura ambiente (2 0 °C) e agitadas durante 15 minutos. A pasta fluida foi centrifugada a 5.000 xg durante 10 minutos para remover farinha consumida, [0161] Em um segundo conjunto de experimentos, 500 mL de água sem sal adicionado foram primeiro aquecidos a 60°C sobre um agitador de placa quente. Em seguida 50 g de farinha de semente de óleo de canola, (a) que tinha sido tostada a baixa temperatura a 10GcC ou (b) que tinha sido dessolventizada em ar a 29°C (farinha Marc), foram adicionadas e agitadas durante 15 minutos enquanto mantendo a temperatura, 0 extrato foi separado da farinha consumida por centrifugaçao a 5.000 xg durante 10 minutos. [0162] Foram determinadas as absorvências a Ά330 e A420 e as concentrações de proteína para as diversas soluções de proteína. Os resultados obtidos são apresentados nas Tabelas XXV.1 e XXV.2 a seguir. TABELA XXV.1: Leituras de Absorvêneia para Extratos TABELA XXV.2: Leituras de Concentração de Proteína para Extratos [0163] Como pode ser observado a partir dos .resultados contidos nas Tabelas XXV.1 e XXV.2, os valores de A330 aumentaram com o aumento da concentração de proteína, enquanto- que a intensidade da cor, -como indicado- por A42Q, não variou significativamente com a concentração de proteína, coincidindo com a observação visual. Estes resultados mostram que, combinado com uma maior produção de proteína, pode ser esperado um produto mais claro a partir da farinha dessolventizada em ar em comparação com farinha tostada a baixa temperatura.
Exemplo 8 [0164] Este Exemplo mostra o efeito da extração de solvente de isolado de proteína de canola sobre a cor do produto. [016-5] Uma mistura de isolados de proteína de canola obtidos de PMM foi formada a partir de três procedimentos de concentração, tais concentrados obtidos de PMM sendo D29-02A C300 (57,9% em peso), D24-02A C300 (34,7% em peso) e D11-02A C300 (7,4% em peso) (Composto 6). Em adição, foi formada uma mistura de concentrados obtidos de sobrenadante a partir de três procedimentos de concentração, tais concentrados obtidos de sobrenadante sendo E29-02A C200 (18,7% em peso), D29-02A C200 (40.1% em peso) e E14-02A C200 (41,2% em peso) (Composto 7). [0166] Os procedimentos específicos utilizados para preparar os isolados de proteína de canola individuais são como segue. [0167] 'a' kg de farinha de canola comercial foi adicionado a 'b' L de solução de NaCl 0,15 M a temperatura ambiente, agitado durante 30 minutos para fornecer uma solução aquosa de proteína com um teor de proteína de 'c' g/L. A farinha de canola residual foi removida e lavada em uma correia de filtro a vácuo. A solução de proteína resultante foi clarificada por centrifugação e filtração para produzir 'd' 1 de uma solução de proteína clarificada com um teor de proteína de 'e' g/L. [0168] Uma alíquota de 'f' L da solução de extrato de proteína foi reduzida em volume para 'g' L por concentração em um sistema de ultrafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 'h' Dalton. A solução de proteína concentrada resultante tinha um teor de proteína de 'i' g/L. [0169] A solução concentrada a 'j'°C foi diluída 'k' em água a 4°C. Uma nuvem branca formou-se imediatamente e foi deixada depositar. A água de diluição superior foi removida e a massa precipitada, viscosa, pegajosa (PMM) foi recuperada a partir do fundo do recipiente em uma produção de M'% em peso da proteína extraída. Verificou-se que a proteína obtida de PMM seca tinha um teor de proteína de 'm'% (N x 6,25)d,b. Ao produto foi dada a designação 'n'. [0170] A Tabela XXVI a seguir dã os valores dos parâmetros 'a' a 'm' .
TABELA XXVI [0171] A água de diluição removida foi reduzida em volume por ultrafiltração usando uma membrana de peso molecular de corte de 'o' Dalton para uma concentração de proteína de 'p' g/L. O concentrado· foi seco. Com a proteína adicional recuperada do sobrenadante, a recuperação total de proteína foi xq'% em peso da proteína extraída. A proteína seca formada tinha um teor de proteína de ’r'% em peso {N x 6,25)d.b. [0172] Ao produto foi dada a designação 's' . A Tabela XXVII ã seguir dã os valores para os parâmetros 'o' a 'r'.
TABELA XXVII [0173] 1,4 kg do Composto 6 foi disperso em uma mistura de 3 L de etanol (desnaturado: 851 de etanol/15% de álcool de madeira) , VWR Canlab D e 3 L de água purificada de osmose reversa (RO). A mistura foi agitada durante 30 minutos usando um agitador suspenso. 0 material sólido foi suspenso a partir do liquido total por centrifugação da amostra em lotes a 8.000 g durante 5 minutos. [0174] Os grânulos foram em seguida novamente dispersos e extraídos em uma mistura adicional de 3 L de etanol e 3 L de água RO durante 30 minutos com agitação. Foi novamente usada centrifugação (8.000 g/5 min.) para coletar a amostra sólida. Os grânulos foram em seguida dispersos em 4 L de etanol em um esforço para remover água das amostras. 0 material sólido foi coletado por centrifugação (8.000 g/5 min.) e novamente disperso em 4 L de etanol fresco. [0175] Foi novamente usada centrifugação (8.000 g/5 min.) para coletar os sólidos. Os grânulos foram quebrados a dispersos em uma folha de cozimento e deixados em uma coifa para secarem. [0176] Este procedimento foi repetido usando 1,4 kg de Composto 7, o qual foi disperso em uma mistura de 4,2 L de etanol e 1,8 L de água purificada de osmose reversa. Os grânulos foram novamente dispersos em uma mistura fresca de 4,2 L de etanol e 1,8 L de água RO. [0177] Os pós de proteína obtidos e as amostras de extrato do solvente foram analisados para teor total de proteína e por HPLC. Os pós de proteína foram, também analisados para teor de umidade. As amostras de extrato de solvente foram também examinadas usando um espectrofotômetro para dar uma indicação do seu teor fenólico (absorvência a 330 nm) e cor visível (absorvência a 420 nm). A cor dos produtos de proteína seca foi determinada usando um colorímetro Minolta CR-310. [0178] A recuperação do Composto 6 extraído de etanol/água foi de 8 6% em peso e para o Composto 7 foi de 80% em peso. As perdas do produto foram devidas à solubilidade no solvente de extração e a Tabela XXVIII a seguir dá o teor de proteína dos extratos de solvente. TABELA XXVIII; Teor de proteína de extratos de solvente [0179] Outras perdas são atribuíveis à perda de material devido ao manuseio das amostras. [0180] As leituras de cor obtidas são apresentadas na Tabela XXIX a seguir. TABELA XXIX: Leituras de cor para amostras de composto antes e depois de extração [0181] Como pode ser observado a partir dos dados na Tabela XXIX, para ambos os Compostos 6 e 7, a extração do isolado de proteína de canola resultou em um aumento em luminosidade (L) , uma diminuição no valor de "a" e uma diminuição no valor de "b". O aumento no valor de L significa que o produto é mais branco e menos preto. A diminuição no valor de "a" corresponde a um deslocamento em cor de vermelho na direção do verde, enquanto que a diminuição no valor de "b" corresponde a um deslocamento em cor de amarelo na direção do azul. A redução em vermelhidão e amarelado das amostras é uma indicação da remoção de compostos fenólicos e/ou dos seus produtos de reação. [0182] A Tabela XXX a seguir fornece as leituras de absorvência para extratos de solvente. TABELA XXX: Leituras e absorvência para extratos de solvente [0183] Como pode ser observado a partir da Tabela XXX, os extratos sào ligeiramente coloridos, indicando extração de corantes do isolado de proteína. [0184] A Tabela XXXI mostra o teor de proteína (N x 6,25. Os valores de percentagem de nitrogênio foram determinados usando um aparelho de Determinação de Nitrogênio Leco FP52D) e o teor de umidade dos isolados de proteína extraídos do solvente. TABELA XXXI: Características dos isolados de proteína extraidos do solvente [0185] Como pode ser observado a partir da Tabela XXXI, os produtos extraídos do solvente tiveram baixa umidade e tiveram um teor de proteína suficientemente elevado para os produtos para serem classifiçados como concentrados.
Exemplo 9 [0186] Este Exemplo ilustra o uso de um antioxidante e adsorvente na produção de um isolado de proteína de canola. [0187] 150 kg de uma farinha de semente de óleo de canola comercial que tinha sido dessolventizada a baixa temperatura (100UC) foram adicionados a 1.000 L de NaCl 0,15 M e misturados durante 30 minutos a temperatura ambiente de 21UC. Depois de 15 minutos de mistura, foi adicionado 0,05% em peso [500 g) de ácido ascórbico à pasta fluida como um antioxidante. [0188] A farinha de canola residual foi removida e lavada em uma correia de filtro a vácuo resultando em 953,5 L de solução de proteína com um teor de proteína de 23,9 g/L. A absorvência UV da solução a 330 nm foi 61,2. [0189] 21,2 kg (2,2% em peso) de Polyclar Super R foram adicionados aos 953,5 L da solução de proteína e deixados misturando durante 1 hora a temperatura ambiente. Em seguida, o Polyclar foi removido pela passagem da solução de proteína através de uma centrífuga de purgação e em seguida prensas de filtro contendo chumaços de filtro de 20 e 0,2 μΜ, respectivamente. A seguir à remoção de Polyclar, 842 L de solução de proteína de canola foram coletados com um teor de proteína de 19,9 g/L e uma absorvência A330 de 33,2. Foi obtida, portanto, uma queda significativa na absorvência A330, com uma perda muito pequena de proteína. [0190] A solução clarificada foi em seguida concentrada para um volume de 30 L com um teor de proteína de 338,4 g/L e uma A330 de 20,4 em um sistema de ultrafiltração que usa membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons. A solução de extrato de proteína concentrada foi diafiltrada em um sistema de diafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons com 300 L de NaCl 0,15 M contendo 0,05% em peso de ácido ascórbico. Os 29,0 L resultantes de solução de proteína de canola concentrada e diafiltrada tinham um teor de proteína de 299, 7 g/L e uma A330 de 25,6. [0191] Em contraste com os resultados observados nos Exemplos 1 a 3 e 5, a diafiltração teve pouco efeito sobre A330, provavelmente porque o Polyclar já tinha removido muito do fenólico livre, da solução de proteína de canola antes da etapa de concentração. [0192] A solução concentrada e diafiltrada a 31°C foi diluída em 15 volumes de água com uma temperatura de 6,4°C. Uma nuvem branca de micelas de proteína formou-se imediatamente e foi deixada sedimentar durante duas horas. A água de diluição superior foi removida e a massa precipitada, viscosa, pegajosa (PMM) (40,6 kg) foi recuperada do fundo do recipiente e seca por pulverização. O isolado de proteína seca tinha um teor de proteína de 98,8% em peso (N x 6,25)d.b. [0193] 440 L de sobrenadante provenientes da formação de micelas e tendo um teor de proteína de 13,3 g/L foram concentrados em 30 L por concentração em um sistema de ultrafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons. 0 sobrenadante concentrado foi em seguida diafiltrado em um sistema de diafiltraçâo usando membranas de peso molecular de corte de 5.000 daltons com 5 volumes de água. A solução resultante tinha um teor de proteína de 161,0 g/L e uma A330 de 10,8. [0194] A solução concentrada e diafiltrada foi seca e verificou-se que a proteína seca tinha um teor de proteína de 95,6% em peso (N x 6,25)d.b. [0195] Amostras do isolado de proteína de canola [CPI) obtido de PMM e do isolado de proteína de canola obtido do sobrenadante foram analisadas para luminosidade (L) e cromaticidade (a e b) usando um colorímetro Minolta CR-31G. [0196] A Tabela XXXII a seguir mostra os resultados obtidos, TABELA XXXII Exemplo 10 [0197] Este Exemplo ilustra o uso de um antioxidante e adsorvente na etapa de extração. [0198] foram realizados experimentos em escala de bancada nos quais foram extraídas amostras da farinha de semente de óleo de canola comercial que foi dessolventizada a 100°C com NaCl 0,15 M durante 30 minutos a uma concentração de 15% em peso. Foram realizadas extrações com e sem a adição de Polyclar Super R em diferentes níveis, a saber 0,51 em peso, 1,0% em. peso, 1,5% em peso, 2,0% em peso, 2,51 em peso, 3,0% em peso, 4,01 em peso e 5,0% em peso e com e sem a adição de 0,51 em peso de ácido ascórbico. A seguir à extração, as soluções foram centrifugadas e em seguida analisadas para teor de fenólicos (absorvência de A330), cor visível (absorvência de A420) e teor de proteína. [0199] Os resultados obtidos com e sem ácido ascórbico são apresentados nas Tabelas XXXIII e XXXIV, respectivamente.
TABELA XXXIII
TABELA XXXIV [0200] Como pode ser observado a partir dos resultados apresentados nas Tabelas XXXIII e XXXIV, foi obtida redução significativa tanto em A330 como em A420 na presença de Polyclar tanto com como sem a presença de ácido ascôrbico. Uma concentração de 2,5% em peso/volume de Polyclar obteve uma redução de 25% na Ά330 e uma redução de 11% na A42Q vistas no controle, quando não foi adicionado ácido áscórbico à extração. Maiores níveis de Polyclar reduziram ainda mais os valores de A330 e A420. Com ácido ascôrbico presente durante a extração, foram observadas reduções de 12% em A330 e 34% em A420 quando foi usado 2,5% em peso/volume de Polyclar. O teor de proteína da solução não foi afetado pela presença ou ausência do Polyclar.
Exemplo 11 [0201] Este Exemplo ilustra o efeito de lavagem, com etanol da farinha de semente de óleo de canola sobre a cor. [0202] Amostras de 10 gramas de farinha de semente de óleo· de canola descascada foram misturadas com 100 ml de etanol e deixou-se misturando durante 30 minutos a 4 5 °C, 4 0 °C e temperatura ambiente, a qual foi regulada com um banho de água de circulação e um recipiente com invólucro. [0203] Depois do período de mistura da 30 minutos, a pasta fluida de farinha/solvente foi vertida através de um filtro para separar a farinha dos extratos. O procedimento foi repetido até que não foi removida mais qualquer cor ou até que as leituras de absorvência A330 e A420 começaram a estabilizar, A farinha de cada etapa de lavagem/extração de solvente foi seca e foram realizadas extrações de proteína de NaCl 0,15 M a temperatura ambiente durante 30 minutos. [0204] A absorvencia UV da solução de extrato foi realizada para cada amostra de extrato. As Tabelas XXXV, XXXVI e XXXVII mostram os valores de A330 e A420 para a extração realizada a temperatura ambiente, 40°C e 45°C, respectivamente.
TABELAXXXV TABELA XXXVI
TABELA XXXVII [0205] Como pode ser observado a partir destes dados, a extração de solventes a menores temperaturas não removeu tanta cor e compostos fenólicos como com temperaturas na faixa de 40°C a 45°C, com a extração a temperatura ambiente cessando para remover contaminantes depois de apenas 6 extrações, enquanto que cada extração a maior temperatura removeu contaminantes até a 10* extração. [0206] O teor de proteína e a absorvência a 330 nm e a 420 nm das soluções de extrato de proteína foram determinados e os resultados aparecem na Tabela XXXVIII a seguir.
TABELA XXXVIII [0207] Como pode ser visto a partir desta Tabela, a perda de proteína pode ser evitada, enquanto que aproximadamente 40% dos compostos fenólicos e 30% do material de absorção de A4 20 são removidos por pré-extração da farinha com metanol a 40°C.
Exemplo 12 [0208] Este Exemplo ilustra a preparação de um isolado de proteína de canela com extração de etanol de farinha. [0209] Onze alíquotas de 600 g de farinha de semente de óleo descascada foram submetidas a quatro extrações de 3 L de etanol usando uma razão de farinha para etanol em peso/volume de 1:5. As extrações foram realizadas durante 30 minutos a 35°C. [0210] A seguir ao tempo de mistura de 30 minutos, deixou-se a pasta fluida sedimentar e O sobrenadante foi vertido. Foram determinadas as absorvências UV a A33Q e A4 2Q para cada extração e foi realizada uma medição do teor de proteína na primeira extração a partir da primeira alíquota de farinha extraída. [0211] A seguir à quarta extração, a farinha foi espalhada em uma vasilha rasa era uma coifa e deixada para secar de um día para outro. Deixou-se que todo o lote de farinha lavada se dessolventízasse na coifa durante mais uma noite antes que os 5,4 kg de farinha extraída seca fossem usados em uma extração por lotes de 50 L. [0212] Com cada extração da amostra, a cor do sobrenadante tornou-se progressivamente mais clara e A330 e A4 20 diminuiram. Em média, foi observada uma redução de 5 vezes em A330 e de 6 vezes em A420. Os valores de absorvência para A42G e A330 respectivamente para os diversos extratos são apresentados nas Tabelas XXXIX e XL a seguir.
TABELA XXXIX; Absorvência a A42Q TABELA XL: Absorvéncia a A330 [0213] Os 5 kg de farinha extraída com etanol foram adicionados a 50 L de NaCl 0, 15 M e misturados durante 30 minutos a uma temperatura ambiente de 20°C com 0,05% em peso de ácido ascórbico adicionado à pasta fluida depois de 15 minutos como um antioxidante. [0214] A farinha de canola residual foi removida e lavada em uma correia de filtro a vácuo. A solução de proteína resultante foi clarificada por filtração através de um filtro de saco de 20 pm seguido por centrifugação a 6.500 rpm durante 5 minutos para produzir 39,6 L de solução de proteína com um teor de proteína de 23,7 g/L. [0215] 37,55 L da solução de proteína clarificada foram concentrados em 3 L usando um sistema de ultrafiltração que utilizou membranas de peso molecular de corte de 10.000 daltons. A solução de proteína concentrada foi diafiltrada em um sistema de diafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 10.000 daltons que usou 24 L (=8 volumes de retido) de NaCl 0,15 M contendo 0,05% em peso de ácido ascórbico. Os 3 L resultantes de solução de proteína de canola concentrada e diafiltrada tinham um teor de proteína de 184 g/L. [0216] A solução concentrada e diafiltrada a 30°C foi diluída em 30 L de água com uma temperatura de 4°C. Uma nuvem branca de micelas de proteína formou-se imediatamente e foi deixada para depositar. O sobrenadante foi removido e a massa precipitada, viscosa, pegajosa (PMM) (5,78 kg) foi removida do fundo do recipiente e seca por pulverização. O isolado de proteína seco tinha um teor de proteína de 101,2% em peso (N x 6,25)d.b. [0217] 26 L de sobrenadante da formação micelar foram concentrados em 3 L por concentração em um sistema de ultrafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 10.000 daltons. O sobrenadante concentrado foi em seguida diafiltrado em um sistema de diafiltração usando membranas de peso molecular de corte de 10.000 daltons com 6 L de água. [0218] A solução concentrada e diafiltrada foi seca e verificou-se que a proteína seca tinha um teor de proteína de 101,3% em peso (N x 6,25)d.b. [0219] Amostras do isolado de proteína de canola (CPI) obtido de PMM e do isolado de proteína de canola obtido do sobrenadante foram analisadas para luminosidade (L) e cromaticidade (a e b) usando um colorímetro Minolta R-310. A Tabela XLI a seguir mostra os resultados obtidos.
TABELA XLI [0220] Estes produtos foram, bastante claros, com os valores de 'a' e 'b' sugerindo níveis relatívamente mais baixos das cores vermelha e amarela.
Sumário Da Invenção [0221] Em resumo desta revelação, a presente invenção propicia a recuperação de isolados de proteína de canola com cor diminuída, pela realização de uma ou mais operações durante a preparação do concentrado projetadas para remover componentes causadores de cor, inibição de oxidaçâo de componentes causadores de cor e a remoção de corantes. São possíveis modificações dentro do âmbito da invenção.

Claims (22)

1. Processo de preparação de um isolado de proteína de canola a partir de farinha de semente de óleo de canola, que compreende: (a) extração da farinha de semente de óleo de canola e realização de solubilização da proteína na farinha de semente de óleo de canola para formar uma solução aquosa de proteína que tem um pH entre 5 e 6,8 pelo uso de uma solução aquosa salina, (b) separação da solução aquosa de proteína a partir da farinha residual de semente de óleo, (c) aumento da concentração de proteína da referida solução aquosa de proteína enquanto mantem a força iônica substancialmente constante pelo uso de uma técnica de membrana seletiva para fornecer uma solução concentrada de proteína, (d) diluição da referida solução concentrada de proteína em água gelada que tem uma temperatura abaixo de 15°C para provocar a formação de micelas discretas de proteína na fase aquosa, (e) sedimentação das micelas de proteína para formar uma massa micelar amorfa, pegajosa, gelatinosa de proteína tipo glúten, e (f) recuperação da massa micelar de proteína a partir do sobrenadante, a massa micelar de proteína tendo um teor de proteína de pelo menos 90% em peso (N x 6,25) em uma base em peso seco, caracterizado pelo fato de que: (1) a referida farinha de semente de óleo de canola é lavada com um álcool, e/ou (2) a solução concentrada de proteína é submetida à diafiltração antes da referida etapa de diluição, e/ou (3) é realizado tingimento da referida massa micelar de proteína e extração do isolado seco de proteína de canola com uma solução aquosa alcoólica, e/ou (4) é realizada pasteurização da solução concentrada de proteína antes da referida etapa de diluição.
2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a referida solução aquosa salina contém um antioxidante que de preferência é sulfito de sódio ou ácido ascórbico, de preferência presente na referida solução aquosa salina em uma quantidade entre 0,01 e 1% em peso.
3. Processo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o álcool usado para lavar a referida farinha de semente de óleo de canola é etanol.
4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a referida etapa de lavagem é realizada por dispersão da farinha de semente de óleo de canola em solvente a uma razão peso/volume entre 1:3 e 1:10, agitação da pasta fluida resultante durante 5 a 60 minutos a uma temperatura entre 15° e 45°C, de preferência entre 15° e 30°C, e separação da farinha de semente de óleo de canola lavada a partir da pasta fluida.
5. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a referida etapa de lavagem é realizada diversas vezes até que não sejam recuperados quaisquer fenólicos adicionais e/ou cor visível.
6. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a referida diafiltração é realizada usando 2 a 20 volumes de solução de diafiltração, de preferência 5 a 10 volumes de solução de diafiltração.
7. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a referida etapa de extração é realizada usando uma solução aquosa salina que tem um pH na faixa de 5 a 6,8 e a referida solução de diafiltração é uma solução aquosa salina que tem a mesma concentração e pH que a solução usada na referida etapa de extração.
8. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a referida diafiltração é realizada utilizando uma membrana que tem um corte de peso molecular na faixa de 3.000 a 50.000 daltons, de preferência 5.000 a 10.000 daltons.
9. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a referida solução de diafiltração contém um antioxidante para pelo menos uma porção da referida etapa de diafiltração, o referido antioxidante podendo ser sulfito de sódio ou ácido ascórbico.
10. Processo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o referido antioxidante é usado em uma quantidade entre 0,01 e 1% em peso.
11. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que a referida etapa de extração é realizada usando uma solução aquosa salina que tem um pH entre 5 e 6,8 e que contém o referido antioxidante.
12. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o referido sobrenadante é concentrado pela realização de ultrafiltração do sobrenadante para fornecer um sobrenadante concentrado, e o sobrenadante concentrado é submetido à diafiltração.
13. Processo, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a referida diafiltração é realizada usando 2 a 20 volumes de solução de diafiltração, de preferência 5 a 10 volumes de água.
14. Processo, de acordo com a reivindicação 12 ou 13, caracterizado pelo fato de que a referida diafiltração é realizada utilizando uma membrana que tem um corte de peso molecular na faixa de 3.000 a 50.000 daltons, de preferência 5.000 a 10.000 daltons.
15. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado pelo fato de que a referida solução de diafiltração contém um antioxidante para pelo menos uma porção da referida etapa de diafiltração, o antioxidante podendo ser sulfito de sódio ou ácido ascórbico, de preferência em uma quantidade entre 0,01 e 1% em peso.
16. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que a referida solução de proteína diafiltrada entra em contato com um agente de adsorção de cor, o qual pode ser polivinilpirrolidona, antes da referida etapa de diluição.
17. Processo, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a referida polivinilpirrolidona é usada em uma quantidade entre 0,5 e 6% em peso, de preferência entre 2 e 3% em peso.
18. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 17, caracterizado pelo fato de que a referida etapa de pasteurização é realizada por aquecimento da solução de proteína diafiltrada a uma temperatura entre 55° e 70°C durante 10 a 15 minutos, de preferência entre 60° e 65°C durante 10 minutos.
19. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 18, caracterizado pelo fato de que a referida solução aquosa alcoólica é uma solução aquosa de etanol que tem uma razão em volume de etanolrágua entre 2:1 e 1:2 e o referido isolado de proteína de canola é extraído por dispersão do isolado de proteína de canola na solução aquosa alcoólica em uma quantidade entre 5 e 25% em peso, mistura da pasta fluida resultante durante 30 a 60 minutos, e separação do isolado de proteína de canola extraído a partir da pasta fluida, e a referida etapa de extração é de preferência repetida até que nenhum fenólico adicional e/ou corante invisível sejam removidos do isolado de proteína de canola.
20. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo fato de que a farinha de semente de óleo de canola é dessolventizada em ar a uma temperatura abaixo de 50°C para remover solvente residual de extração de óleo antes da referida etapa de extração.
21. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo fato de que a semente de óleo de canola é dessolventizada a uma temperatura elevada abaixo de 100°C para remover solvente residual de extração de óleo antes da referida etapa de extração.
22. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, caracterizado pelo fato de que as sementes de canola são tratadas de forma a inativarem mirosinases contidas nas sementes de óleo.
BRPI0311928-9A 2002-06-20 2003-06-20 Processo de preparação de um isolado de proteína de canola BRPI0311928B1 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US38995702P 2002-06-20 2002-06-20
US42398502P 2002-11-06 2002-11-06
PCT/CA2003/000934 WO2004000032A2 (en) 2002-06-20 2003-06-20 Colour reduction in canola protein isolate

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BR0311928A BR0311928A (pt) 2005-05-10
BRPI0311928B1 true BRPI0311928B1 (pt) 2015-07-21

Family

ID=30003131

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BRPI0311928-9A BRPI0311928B1 (pt) 2002-06-20 2003-06-20 Processo de preparação de um isolado de proteína de canola

Country Status (17)

Country Link
US (4) US7678392B2 (pt)
EP (1) EP1513415B1 (pt)
JP (1) JP4384600B2 (pt)
KR (1) KR101156502B1 (pt)
AT (1) ATE430486T1 (pt)
AU (1) AU2003243865B2 (pt)
BR (1) BRPI0311928B1 (pt)
CA (1) CA2489505C (pt)
DE (1) DE60327523D1 (pt)
DK (1) DK1513415T3 (pt)
ES (1) ES2327036T3 (pt)
HK (1) HK1082381A1 (pt)
MX (1) MXPA05000066A (pt)
NZ (2) NZ537342A (pt)
PT (1) PT1513415E (pt)
RU (1) RU2342848C2 (pt)
WO (1) WO2004000032A2 (pt)

Families Citing this family (32)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
NZ551476A (en) * 2004-05-07 2009-04-30 Burcon Nutrascience Mb Corp Protein isolation procedures for reducing phytic acid
DE102004031647A1 (de) * 2004-06-28 2006-01-26 Fachhochschule Fulda vertreten durch den Präsidenten Proteinreiches, pflanzliches Lebensmittel und Verfahren zu seiner Herstellung
KR101267395B1 (ko) * 2005-07-01 2013-06-10 버콘 뉴트라사이언스 (엠비) 코포레이션 카놀라 단백질의 생산
ZA200803448B (en) * 2005-09-21 2009-10-28 Burcon Nutrascience Mb Corp Preparation of canola protein isolate involving isoelectric precipitation
JP5133663B2 (ja) 2007-11-30 2013-01-30 森永製菓株式会社 食品成分抽出方法及び食品検査方法並びに食品検査キット
US8821955B2 (en) 2008-05-16 2014-09-02 Siebte Pmi Verwaltungs Gmbh Protein concentrates and isolates, and processes for the production thereof
US8623445B2 (en) * 2008-05-16 2014-01-07 Bio-Extraction Inc. Protein concentrates and isolates, and processes for the production thereof
US8529981B2 (en) * 2008-05-16 2013-09-10 Bioexx Specialty Proteins Ltd. Protein concentrates and isolates, and processes for the production thereof
DE102008053587A1 (de) * 2008-06-30 2009-12-31 Fraunhofer-Gesellschaft zur Förderung der angewandten Forschung e.V. Verfahren zur Herstellung einer feuchten Proteinmasse und deren Anwendung
US20100036099A1 (en) 2008-07-11 2010-02-11 Martin Schweizer Soluble canola protein isolate production ("nutratein")
CN102088866B (zh) * 2008-07-11 2014-08-13 伯康营养科学(Mb)公司 可溶性卡诺拉蛋白质分离物的生产
MX2011001984A (es) * 2008-08-18 2011-05-10 Burcon Nutrascience Mb Corp Produccion de proteina canola aislada sin tratamiento termico.
CA2730950A1 (en) * 2008-08-18 2010-02-25 Burcon Nutrascience (Mb) Corp. Preparation of canola protein isolate from canola oil seeds ("blendertein")
NZ591364A (en) * 2008-08-19 2013-03-28 Burcon Nutrascience Mb Corp Soluble canola protein isolate production from protein micellar mass
ES2558335T3 (es) * 2009-01-26 2016-02-03 Burcon Nutrascience (Mb) Corp. Producción de productos de proteína de soja solubles a partir de la masa micelar de proteína de soja ("s200ca")
AU2015201548B2 (en) * 2009-01-26 2016-08-18 Burcon Nutrascience (Mb) Corp. PRODUCTION OF SOLUBLE SOY PROTEIN PRODUCT FROM SOY PROTEIN MICELLAR MASS ("S200Ca")
EP3295803B1 (de) * 2009-02-27 2021-02-24 Fraunhofer-Gesellschaft zur Förderung der angewandten Forschung e.V. Proteinpräparate aus sonnenblumensamen und deren herstellung
CN102612322A (zh) 2009-05-14 2012-07-25 伯康营养科学(Mb)公司 无热处理地生产卡诺拉蛋白产物(“C200CaC”)
DE102009040925A1 (de) 2009-09-11 2011-03-31 Teutoburger Ölmühle GmbH & Co. KG Nutzung von geschälten Rapssamen
MX2012003342A (es) * 2009-09-17 2013-01-29 Burcon Nutrascience Mb Corp Producto de proteina canola a partir de un sobrenadante.
HUE034328T2 (en) 2009-11-11 2018-02-28 Siebte Pmi Verwaltungs Gmbh Protein concentrates and isolates, and methods for producing them from flour of fried oil seeds
WO2011057406A1 (en) 2009-11-11 2011-05-19 Bioexx Specialty Proteins Ltd. Protein concentrates and isolates, and processes for the production thereof from macroalgae and/or microalgae
US8404293B2 (en) * 2010-09-23 2013-03-26 Graceland Fruit, Inc. Method for separating and concentrating bioactive phenolics
AU2012276239B2 (en) * 2011-06-29 2016-07-07 Burcon Nutrascience (Mb) Corp. Canola protein product with low phytic acid content ("C702")
EP2783576B1 (en) 2013-03-29 2017-08-09 AB "Linas Agro Group" Rape protein concentrate from mechanically deoiled rapeseed kernel
US20170079287A1 (en) * 2014-05-14 2017-03-23 Nestec S.A. Gluten-free bread
EP3193627B2 (en) 2014-09-18 2023-02-22 DSM IP Assets B.V. Method for producing an oil seed protein mix
US10617133B2 (en) * 2015-04-23 2020-04-14 Nutriati, Inc. Method and system for removing anti-nutritionals from a feed stock
TWI756203B (zh) * 2016-01-27 2022-03-01 加拿大商柏康營養科學公司 非大豆之含油種子蛋白產品(「*810」)之製備
EP3720288B1 (en) * 2017-12-05 2022-01-05 DSM IP Assets B.V. Decolored rapeseed protein isolate
CN111432648A (zh) * 2017-12-05 2020-07-17 帝斯曼知识产权资产管理有限公司 甜油菜籽蛋白质分离物
US11191289B2 (en) 2018-04-30 2021-12-07 Kraft Foods Group Brands Llc Spoonable smoothie and methods of production thereof

Family Cites Families (30)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
DE247835C (pt)
DE148290C (pt)
US3926940A (en) 1970-11-05 1975-12-16 Anderson Clayton & Co Protein recovery process from defatted soybeans using water to reduce amount of miscible solvent
US3732108A (en) 1971-12-17 1973-05-08 Canadian Patents Dev Recovery of and seed meat from thioglucoside-containing oilseed
DE2322462A1 (de) 1973-05-04 1974-11-21 Inst Milchforschung Der Deutsc Verfahren zur gewinnung von proteinen
US3966702A (en) * 1973-07-16 1976-06-29 Ralston Purina Company Process for the production of oilseed isolates
US3971856A (en) * 1975-03-03 1976-07-27 Archer Daniels Midland Company Process for preparing soy protein concentrate
CA1057114A (en) 1975-10-07 1979-06-26 Andrew D. Woyewoda Rapeseed protein detoxification and recovery
CA1028552A (en) 1976-09-30 1978-03-28 Edward D. Murray Protein product and process for preparing same
US4285862A (en) 1976-09-30 1981-08-25 General Foods, Limited Protein isolate product
US4158656A (en) * 1978-02-27 1979-06-19 Canadian Patents And Development Limited Oilseed processing
CA1099576A (en) 1978-03-23 1981-04-21 Chester D. Myers Improved process for isolation of proteins
DD148290A1 (de) * 1980-01-07 1981-05-20 Juergen Brueckner Verfahren zur gewinnung von verfaerbungsstabilen proteinen
US4370267A (en) 1981-08-10 1983-01-25 A. E. Staley Manufacturing Company Fractionation and isolation of 7S and 11S protein from isoelectrically precipitated vegetable protein mixtures
US4410554A (en) 1981-11-12 1983-10-18 Central Soya Company, Inc. Soy protein product and process
US4420425A (en) 1982-08-02 1983-12-13 The Texas A&M University System Method for processing protein from nonbinding oilseed by ultrafiltration and solubilization
NL8600723A (nl) * 1986-03-20 1987-10-16 Pacques Bv Werkwijze voor het zuiveren van afvalwater.
DD247835A1 (de) 1986-04-11 1987-07-22 Adw Ddr Verfahren zur herstellung und stabilisierung von lebensmittel-emulsionen und -schaeumen
US4889921A (en) * 1987-04-29 1989-12-26 The University Of Toronto Innovations Foundation Production of rapeseed protein materials
JP2745346B2 (ja) 1991-06-26 1998-04-28 本田技研工業株式会社 軽車両におけるルーフ装置
JP2720646B2 (ja) 1991-08-12 1998-03-04 不二製油株式会社 7s蛋白の分画法
US5844086A (en) 1996-01-31 1998-12-01 Stilts Corporation Oil seed protein extraction
US6132795A (en) * 1998-03-15 2000-10-17 Protein Technologies International, Inc. Vegetable protein composition containing an isoflavone depleted vegetable protein material with an isoflavone containing material
US6146669A (en) * 1998-05-14 2000-11-14 Cargill Incorporated Method for processing oilseed material
ATE340515T1 (de) * 2000-05-15 2006-10-15 Univ Saskatchewan Fraktionierung und behandlung von ölsaatmehl
DE10035292A1 (de) 2000-07-18 2002-02-21 Mpb Cologne Gmbh Molecular Pla Verfahren zur Gewinnung von Proteinen aus Pflanzen in reiner Form
US20030185811A1 (en) * 2001-02-06 2003-10-02 Steve Teasdale Herbal extract and preparation thereof
KR100934200B1 (ko) * 2001-05-04 2009-12-29 버콘 뉴트라사이언스 (엠비) 코포레이션 오일 시드 단백질 분리체의 제조
WO2002096214A1 (en) * 2001-05-29 2002-12-05 Levente Laszlo Diosady Production of high-quality protein isolates from defatted meals of brassica seeds
US20060205929A1 (en) 2002-06-21 2006-09-14 Radka Milanova Protein extraction from canola oil seed meal

Also Published As

Publication number Publication date
US20100048874A1 (en) 2010-02-25
AU2003243865B2 (en) 2009-06-18
JP4384600B2 (ja) 2009-12-16
DE60327523D1 (de) 2009-06-18
NZ551433A (en) 2008-04-30
CA2489505A1 (en) 2003-12-31
HK1082381A1 (en) 2006-06-09
MXPA05000066A (es) 2005-04-08
WO2004000032A3 (en) 2004-05-21
ATE430486T1 (de) 2009-05-15
DK1513415T3 (da) 2009-07-13
US7678392B2 (en) 2010-03-16
RU2005101219A (ru) 2005-08-10
US20060281904A1 (en) 2006-12-14
NZ537342A (en) 2007-01-26
US7790207B2 (en) 2010-09-07
BR0311928A (pt) 2005-05-10
US20040077838A1 (en) 2004-04-22
US8475853B2 (en) 2013-07-02
RU2342848C2 (ru) 2009-01-10
KR101156502B1 (ko) 2012-06-18
WO2004000032A2 (en) 2003-12-31
KR20050013594A (ko) 2005-02-04
AU2003243865A1 (en) 2004-01-06
ES2327036T3 (es) 2009-10-23
EP1513415A2 (en) 2005-03-16
JP2005529979A (ja) 2005-10-06
EP1513415B1 (en) 2009-05-06
US20130253171A1 (en) 2013-09-26
PT1513415E (pt) 2009-07-14
CA2489505C (en) 2012-04-10

Similar Documents

Publication Publication Date Title
BRPI0311928B1 (pt) Processo de preparação de um isolado de proteína de canola
US8877281B2 (en) Preparation of canola protein isolate involving isoelectric precipitation
US7682646B2 (en) Process for preparation of canola protein isolates
JP2015146827A (ja) 塩化カルシウム抽出を使用した大豆タンパク質製品(「s702/s7300/s7200/s7301」)の製造
BRPI0507742B1 (pt) processo de preparação de um isolado de proteína de canola, e composição alimentícia para aquacultura
BRPI0311991B1 (pt) Processo de preparação de um isolado de proteína de canola
RU2573913C2 (ru) Белковый продукт канолы из супернатана

Legal Events

Date Code Title Description
B08F Application dismissed because of non-payment of annual fees [chapter 8.6 patent gazette]

Free format text: REFERENTE A 8A ANUIDA DE.

B08G Application fees: restoration [chapter 8.7 patent gazette]
B06F Objections, documents and/or translations needed after an examination request according [chapter 6.6 patent gazette]
B11E Dismissal acc. art. 34 of ipl - requirements for examination incomplete
B11M Decision cancelled [chapter 11.13 patent gazette]

Free format text: REF. A RPI NO 2220 DE 23/07/2013.

B06A Patent application procedure suspended [chapter 6.1 patent gazette]
B09A Decision: intention to grant [chapter 9.1 patent gazette]
B16A Patent or certificate of addition of invention granted [chapter 16.1 patent gazette]

Free format text: PRAZO DE VALIDADE: 10 (DEZ) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 21/07/2015, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS.

B15K Others concerning applications: alteration of classification

Ipc: C07K 14/415 (2006.01), A23J 1/14 (2006.01), A23J 3

B21F Lapse acc. art. 78, item iv - on non-payment of the annual fees in time

Free format text: REFERENTE A 21A ANUIDADE.