BRPI0303672B1 - Método para revestir uma unidade de fibras ópticas - Google Patents
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Description
“MÉTODO PARA REVESTIR UMA UNIDADE DE FIBRAS ÓPTICAS” Campo da Invenção [00011 A presente invenção diz respeito a unidades de fibras ópticas que compreendem unia bainha de parede fina e a métodos de fabricar tais unidades de fibras ópticas. A invenção é particularmente direcionada a unidades de fibras ópticas a serem instaladas por técnicas de fibras sopradas.
Fundamentos da Técnica I0()()2j A EP A 0 108 590 apresenta um método de instalar unidades de fibras ópticas ao longo de um conduto ou duto previamente instalado mediante forças de arrasto geradas por um fluxo gasoso soprado ao longo do conduto. [00031 Em geral, é desejável aumentar as distâncias através das quais as unidades de fibras ópticas possam ser sopradas, já que de outra maneira pode ser necessário instalar comprimentos separados de unidade de fibras ópticas, as quais então tenham de ser emendadas entre si. A emenda envolve despesas e tempo, tendo em vista que ela com freqüência necessitará da escavação de buracos em um pavimento (calçada) ou pista de rolamento, de modo a se obter acesso ao conduto, e depois ruptura do conduto antes que a emenda possa ser feita. [00()41 Muitos fatores afetam a distância sobre a qual uma unidade de fibras ópticas possa ser soprada. Dois fatores conhecidos são o atrito entre a bainha e o conduto e o desenvolvimento de cargas estáticas que tendem a fazer com que a bainha adira ao conduto. 10005] A EP A 0 108 590 apresenta a possibilidade de soprar compostos na forma liquida ou dc pó ao longo do conduto antes, ou durante, a instalação, de modo a proporcionar lubrificação à unidade de fibras ópticas, e sugere talco em pó como um lubrificante adequado. A GB-A-2 156 837 também diz respeito a unidades de fibras ópticas a serem instaladas mediante técnicas de instalação de fibras sopradas. Este documento expõe a incorporação de uma substância redutora da aderência no conduto e/ou na bainha da unidade de fibras ópticas. O exemplo dado é o de um conduto de polietileno extrusado, ao qual é adicionado menos do que 3% em volume de um composto comercialmente disponível da BXL Plastics Ltd. de Grangemouth, Stirlingshire, Reino Unido. O composto é conhecido como PZ 146 e compreende um agente de deslizamento, um agente antibloqueio, um agente antiestático e um antioxidante. O agente de deslizamento e o agente antiestático do PZ 146 são tais que eles migram para a superfície do conduto para reduzir o atrito e melhorar a dissipação de cargas elétricas estáticas geradas durante a instalação da unidade de fibras ópticas. Não existe nenhuma apresentação específica de uma substância particular redutora da aderência incorporada em uma bainha. O documento também menciona a possibilidade de se revestir uma bainha com uma substância redutora da aderência, mas não fornece nenhuma revelação de como isto é feito ou de materiais de revestimento adequados. [0006] Outros fatores que afetam as distâncias através das quais as unidades de fibras ópticas possam ser sopradas são o peso da unidade, a diferença entre o diâmetro externo da unidade, e o diâmetro interno do conduto e a rigidez da unidade de fibras ópticas. [0007] Até agora, as unidades de fibras ópticas comercialmente disponíveis (unidades de 2, 4 e 8 fibras) têm contado com uma construção de feixe compacto para prover a rigidez necessária para permitir o sopramento. A bainha de resina compacta para as fibras é tipicamente incrustada com contas de vidro que servem para reduzir o atrito entre a bainha e o conduto. [0008] Uma abordagem para se aumentar as distâncias potenciais do sopramento destas construções deve ser reduzir o diâmetro total do feixe. Entretanto, isto deve reduzir o número de fibras ópticas que possam ser incluídas no feixe. Uma abordagem alternativa deve ser reduzir a espessura da bainha do cabo de fibras ópticas. Entretanto, se a espessura da bainha for reduzida, a inclusão de aditivos lubrificantes ou contas de vidro no material da bainha é problemática e os processos convencionais de revestimento são inadequados para revestir uma bainha de parede fina.
Sumário da Invenção [0009] Um aspecto da invenção fornece uma unidade de fibras ópticas que compreende uma bainha e uma pluralidade de elementos de fibras ópticas frouxamente alojados na dita bainha, referida bainha tendo um revestimento de partículas de material redutor da aderência e uma espessura radial não substancial mente maior do que 0,3 mm. 100010] Preferivelmente dito material redutor da aderência é grafita. [00011 ] Outro aspecto da invenção provê uma instalação que compreende um conduto e pelo menos uma unidade de fibras ópticas, como descrito em qualquer um dos últimos dois parágrafos precedentes, a unidade ou cada uma das referidas unidades de fibras ópticas lendo sido instaladas no referido conduto mediante sopramento da unidade de fibra óptica ao longo do dito conduto. [00012] Outro aspecto da invenção provê um método para revestir uma unidade de fibras ópticas que compreenda urna bainha e uma pluralidade de elementos de fibras ópticas frouxa mente alojados na referida bainha, referido método compreendendo a aplicação de um revestimento líquido compreendendo uma dispersão de partículas de material redutor da aderência à dita bainha e aplicação de calor à unidade de fibras ópticas para produzir um revestimento seco das referidas partículas sobre a referida bainha. [00013] Preferivelmente, o revestimento líquido é aplicado à bainha polimérica à temperatura ambiente. [00014] Preferivelmente, o revestimento líquido compreende partículas de grafita e água. [00015] Outro aspecto da invenção provê uma instalação que compreende um conduto e pelo menos uma unidade de fibras ópticas fabricada de acordo com o método descrito em qualquer um dos últimos três parágrafos precedentes, o conduto ou cada um dos ditos condutos tendo sido instalado por sopramento da unidade de fibras ópticas ao longo do conduto. Breve Descrição dos Desenhos 100016J De modo que a invenção possa ser bem entendida, algumas formas de realização, que são dadas como exemplo apenas, serão agora descritas como referência aos desenhos, em que: [00017] A Figura 1 é uma vista transversal esquemática de uma unidade de fibras ópticas em conformidade com a invenção; [00018] A Figura 2 é uma vista lateral do aparelho para revestir a bainha da unidade de fibras ópticas da Figura 1; e [00019] A Figura 3 é uma vista aumentada de um banho de imersão do aparelho da Figura 2.
Descricão Detalhada da Invenção [00020] Com referência à Figura 1, urna unidade de fibras óptícas 10 compreende uma bainha de parede fina 12 e uma pluralidade de elementos de fibras ópticas 14» A bainha 12 tem um revestimento 16 na forma de substância redutora de aderência, preferivelmente compreendendo partículas de grafita ultrafinas. [00021] Em uma forma de realização preferida, o revestimento 16 compreende partículas de grafita tendo um diâmetro nominal de 1 a 2 mícrons com um valor máximo de 8 mícrons. [00022] Alternativamente, outros materiais redutores da aderência podem ser usados, tais como o dissulfeto de molibdênio de partículas de pol itetrafluoroetíleno {PTFE). [00023] A bainha de parede fina 12 tem uma espessura radial de não mais do que cerca de 0,3 mm, preferivelmente de não mais do que cerca de 0,2 mm. Uma espessura não menor do que cerca de 0,05 mm é preferida, e o mais preferivelmente referida espessura situa-se na região de 0,05 a 0,15 mm.
Em uma forma de realização preferida, a bainha tem um diâmetro externo de 1,35 mm ± 0,05 mm, e um diâmetro interno de 1,1 mm ± 0,05 mm. A bainha pode ser produzida de uma composição polimérica que inclua um material polimérico e, opcionalmente, uma carga inerte. O material polimérico pode ser, por exemplo, uma poliolefina, tal como polietileno, polipropileno, copolímero de etileno-propileno, copolímeros de etileno-vinilacetato (EVA) ou cloreto de polivinila (PVC). Cargas inorgânicas que podem em geral ser usadas são os hidróxidos, os óxidos hidratados, sais ou sais hidratados de metais, em particular de cálcio, de magnésio ou de alumínio, também em mistura com outras cargas inorgânicas, tais como os silicatos. A quantidade de carga inorgânica pode variar, por exemplo, de cerca de 40% a cerca de 90% em peso do peso total da composição polimérica. Aditivos convencionais como estabilizadores, antioxidantes, agentes de processamento e agentes de acoplamento podem ser incorporados na composição polimérica. [00024] A bainha é preferivelmente produzida de PVC ou, mais preferível, de composições poliméricas de halogênio zero de baixa fumaça (LSOH). Composições poliméricas de LSOH adequadas tipicamente compreendem um material poliolefínico (por exemplo, EVA ou misturas de EVA com polietileno) e uma carga inorgânica (por exemplo, hidróxido de alumínio), tipicamente em uma quantidade de cerca de 50 a 70% em peso da composição total. [00025] Na forma de realização preferida, existem doze fibras ópticas 14 contidas na bainha 12. As fibras ópticas 14 podem ser fibras unimodais, fibras de dispersão deslocada (DS), fibras de dispersão não zero (NZD), ou fibras com uma grande área real, e outras, dependendo das exigências da aplicação da unidade de fibras ópticas 10. Se desejável, algumas das fibras ópticas 14 alojadas dentro da bainha podem ser substituídas por fibras de vidro não transmissoras, de modo a manter um total ótimo de fibras dentro da bainha. Os elementos de fibras ópticas 12 podem ser acamados em formação paralela ou trançados ao redor uns dos outros na formação de SZ. [00026] A bainha 12 pode conter dispositivos de bloqueio de água, por exemplo na forma de uma carga semelhante a graxa ou oleosa, tal como, por exemplo, uma composição de enchimento à base de óleo de silício. Altemativamente, o dispositivo de bloqueio de água pode estar na forma de composições em pó intumescíveis em água, por exemplo uma mistura de partículas de poliacrilato e partículas de talco, como descrito no Pedido de Patente Internacional WO 00/58768. [00027] A unidade de fibras ópticas é tipicamente soprada através de um conduto, por exemplo de material polimérico, tal como polietileno, particularmente PE de alta densidade. Opcionalmente, um revestimento de baixo atrito (por exemplo, silício) é disposto dentro do furo. [00028] O diâmetro interno do conduto é tipicamente de cerca de 3 a 4 mm, por exemplo de cerca de 3,5 mm. Conseqüentemente, uma pluralidade de elementos de fibras ópticas (por exemplo três) pode ser soprada através do referido conduto usando-se técnicas de assopro convencionais. [00029] Com referência às Figuras 2 e 3, um mecanismo 50 para aplicar o revestimento 16 à bainha 12 compreende um dispositivo de desenrolamento 52 sobre o qual é montada uma bobina 54 de unidade de fibras ópticas não revestida 10. A unidade de fibras ópticas 10 é levada da bobina 54 para um banho de imersão 56 através de uma correia de transmissão 58. A correia de transmissão 58 é disposta de modo a prover uma tensão de desenrolamento controlado, por exemplo de cerca de 200 g. [00030] Como se observa melhor na Figura 3, o banho de imersão 56 compreende um vaso 60 contendo uma dispersão líquida 62 de material de revestimento redutor da aderência. A unidade de fibras ópticas 10 é dirigida para o vaso 60 através de um cilindro guia 64 e passa sob uma polia 66 de diâmetro relativamente maior, que fica parcialmente submersa no líquido 62, de modo que a unidade de fibras ópticas 10 seja obrigada a passar através do líquido. O revestimento líquido é aplicado à bainha polimérica na temperatura ambiente, isto é, em uma temperatura menor do que 40°C, tipicamente entre 15°C e 30°C. [00031] Um outro cilindro guia 68 é posicionado a jusante da polia 66 e disposto de forma a guiar a unidade de fibras ópticas 10 para um feltro 70, que serve para remover o líquido em excesso da unidade de fibras ópticas. [00032] Uma estação de secagem 80 fica situada a jusante do banho de imersão 56. A estação de secagem 80 compreende um primeiro forno 82 e um segundo forno 84. Cada forno compreende um corpo oco alongado 83, através do qual a unidade de fibras ópticas pode passar, e uma fonte de calor 86. Em uma forma de realização preferida do mecanismo de revestimento 50, a fonte de calor é um insuflador de ar quente 86. Um insuflador adequado para este fim é o Leister CH6065, que tem a potência nominal de 3400 W. Na forma de realização preferida, o comprimento dos corpos alongados é de aproximadamente 0,3 m. [00033] As polias guia respectivas 90, 92 são colocadas adjacentes às extremidades dos fomos 82, 84 e dispostas de tal modo que a unidade de fibras ópticas, tendo passado uma vez através da parte superior do fomo inferior 82 na direção de jusante do mecanismo, é dirigida para cima para o fomo superior 84, através do qual ela passa no curso superior da direção de montante da máquina, antes de ser alimentada para baixo a partir da saída do fomo superior e para o fomo inferior 82 para uma segunda passagem através dele. [00034] Cada um dos fomos 82, 84 é dotado de um dispositivo 98 para monitorar a temperatura dentro do fomo. Este dispositivo de monitoração 98 inclui um sensor adequado de temperatura (não mostrado) e uma apresentação visual para apresentar a temperatura detectada. O dispositivo de monitoração da temperatura pode compreender qualquer sensor, exibidor e conjunto de circuitos adequados, etc., para condicionar o sinal do sensor, tudo isto devendo ser bem conhecido daqueles versados na técnica. Conseqüentemente, nenhuma descrição detalhada do dispositivo de monitoração da temperatura será aqui fornecida. [00035] Um dispositivo de enrolamento 110 é disposto a jusante dos fomos 82, 84 para receber a unidade de fibras ópticas 10 revestida. O dispositivo de enrolamento 110 compreende uma correia acionada 112 que fornece uma tensão de enrolamento controlada, por exemplo de cerca de 200 g. O dispositivo de enrolamento 110 ainda compreende uma montagem adequada para um carretei sobre o qual a unidade de fibras ópticas 10 é enrolada. [00036] De modo a se fabricar uma unidade de fibras ópticas 10, o número necessário de elementos de fibras ópticas 14 é passado através de uma cmzeta de extrusão e a bainha de parede fina 12 é extrusada ao redor dos elementos de fibras. Ao deixar a extmsora, a bainha é esfriada a ar e a unidade de fibras ópticas é enrolada em um carretei. O equipamento em que estes processos são realizados é convencional e conhecido daqueles habilitados na técnica e não serão, portanto, descritos em detalhes neste relatório. O carretei é mais tarde ajustado sobre o dispositivo de desenrolar 52 do mecanismo de revestimento 50, e uma extremidade do enrolamento 54 da unidade de fibras ópticas é alimentada através do mecanismo e para um carretei vazio ajustado no dispositivo de enrolamento 110. [00037] Em uma forma de realização preferida do método de fabricação, o vaso 60 é enchido com um líquido de revestimento 62 que inclui partículas de grafita dispersas ultrafinas. Um produto comercial conhecido como Aquadag Dag® TI44 produzido pela Acheson Colloids Company de Prince Rock, Plymouth 266351 USA é vantajosamente empregado, o qual é uma dispersão concentrada de partículas de grafita ultrafinas em água. Este material é tixotrópico e é normalmente diluído usando-se água mineral destilada ou potável, de modo a se obter uma consistência adequada. Um tensoativo, preferivelmente do tipo não iônico, é preferivelmente acrescentado ao líquido 62, por exemplo em uma quantidade de 0,5 a 5% em peso, para aumentar a qualidade umectante do material da bainha. Preferivelmente, o tensoativo não iônico é um derivado etoxilado de um alquilfenol (Cg-C^). Na forma de realização preferida, 1% em peso de IGEPAL CO/620 (Rhone-Poulenc) foi adicionado. [00038] Os dispositivos de desenrolamento e de enrolamento 54, 110 são operados para prover uma velocidade de linha de 40 m/minuto. Os fomos 82, 84 são ajustados em uma temperatura de 108°C. Após uma fase inicial de um processamento, de modo a manter a temperatura ajustada em 108°C, a potência calorífica fornecida aos insufladores de ar quente tem de ser aumentada para levar em conta a evaporação da água no líquido de revestimento 62. [00039] Sob as condições do processo acima, a temperatura da bainha durante sua primeira passagem através do fomo 82 situa-se por volta dos 38°C. Durante a passagem através do fomo 84, a temperatura da bainha aumenta até aproximadamente 40°C e, durante a segunda passagem através do fomo 82, a temperatura aumenta até aproximadamente 57°C. [00040] Ao deixar o fomo 82 após sua segunda passagem através dele, o teor líquido do revestimento líquido 62 tem-se evaporado, deixando uma camada uniforme 16 partículas ultrafinas de grafita sobre a bainha 12, para prover um revestimento que reduz o atrito entre a bainha e o conduto durante a instalação de sopramento e auxilia na dissipação das cargas elétricas estáticas geradas durante a instalação. Foi observado que este revestimento não produz qualquer variação apreciável nas propriedades transmitidas das fibras. [00041] Até que a unidade de fibras ópticas tenha percorrido do fomo 82 até o dispositivo de enrolamento 110, ela terá esfriado até uma temperatura ao redor de 25°C. Se desejável, um insuflador (não mostrado) pode ser fornecido a jusante dos fomos 82, 84 para auxiliar no resfriamento da unidade de fibras ópticas. [00042] Será entendido que, ao proceder-se a múltiplas passagens através dos fomos 82, 84, o teor líquido do revestimento líquido é evaporado sem que se eleve a temperatura da bainha a um nível que possa danificar as bainha. [00043] Como observado pelos Requerentes, se a temperatura do material polimérico que forma a bainha exceder do ponto de amolecimento do material, mudanças irreversíveis na bainha podem ser produzidas. Por exemplo, a bainha pode deformar-se e tomar-se oval na seção transversal, o que pode por sua vez resultar em uma atenuação do sinal transmitido pelos elementos de fibras ópticas. De modo a evitar referidas mudanças indesejáveis, a temperatura do material polimérico é assim preferivelmente mantida abaixo de sua temperatura de amolecimento. A temperatura de amolecimento pode ser determinada, por exemplo, de acordo com a ASTM D1525-00 (Método de Teste Padrão para a Temperatura de Amolecimento de Vicat de Plásticos). Preferivelmente, a temperatura é mantida aproximadamente 10°C abaixo da temperatura de amolecimento do material polimérico que forma a bainha da unidade de fibras ópticas. [00044] Nas formas de realização desenvolvidas pelos Requerentes, os materiais da bainha eram um halogênio zero de baixa fumaça e um PVC. A temperatura de amolecimento do material polimérico da bainha era de aproximadamente 70°C e, ao fazer passagens múltiplas através das câmaras de secagem conforme descrito, ficou assegurado que a temperatura da bainha não excedia substancialmente aos 60°C. As unidades de fibras ópticas revestidas produzidas pelos Requerentes com o uso deste processo foram dotadas de uma camada uniforme de partículas de grafita ultrafinas e nenhuma deterioração nas propriedades ópticas dos elementos da fibra foi detectada. Observar-se-á que as temperaturas específicas mencionadas acima são dadas como exemplo e podem ser alteradas para adequar o material de que a bainha é produzida. [00045] O uso de uma bainha de parede fina revestida que frouxamente aloje os elementos de fibras ópticas fornece uma unidade de fibras ópticas para instalação por assopro que possui muitos aspectos vantajosos, em comparação com as unidades de fibras ópticas presentemente disponíveis no comércio para instalação de fibras por assopro. Uma vantagem é que o desempenho da unidade em baixa temperatura é melhorado. Isto se dá porque os elementos de fibras ópticas não se acham em contato íntimo com a bainha, de modo que, quando a bainha se contrai quando submetida a baixas temperaturas, o seu desempenho óptico não é afetado. [00046] Uma outra vantagem da bainha de parede fina é que ela permite fácil desobstrução dos elementos de fibras ópticas, tomando desnecessário prover uma corda de rasgar. [00047] Outra vantagem ainda da bainha de parede fina é a flexibilidade melhorada da unidade de fibras ópticas, quando existir uma contagem elevada de fibras. Como anteriormente mencionado, os produtos presentemente disponíveis consistem de um feixe de elementos de fibras ópticas compactamente enfeixados em uma bainha de resina. Um feixe compacto de oito fibras em uma bainha de resina resulta em uma unidade inflexível que pode restringir o desempenho da instalação ao longo das diretrizes difíceis. Com o uso de uma bainha de parede fina revestida, os Requerentes produziram uma unidade de fibras ópticas de doze fibras que possuía flexibilidade e desempenho de instalação melhorados mesmo ao longo de diretrizes difíceis.
Claims (24)
1. Método para revestir uma unidade de fibras ópticas (10) para instalação de fibras sopradas que compreende uma bainha polimérica (12) tendo uma espessura radial não maior do que 0,3 mm e uma pluralidade de elementos de fibras ópticas (14) frouxamente alojados na referida bainha, caracterizado pelo fato de que compreende aplicar um revestimento líquido (62) compreendendo uma dispersão de partículas de material redutor da aderência a uma superfície externa da referida bainha, e aplicar calor à unidade de fibras ópticas para produzir um revestimento seco (16) das ditas partículas sobre a referida bainha, em que referido calor é aplicado de modo tal que a temperatura da referida bainha (12) não exceda a temperatura de amolecimento do material polimérico que forma a referida bainha e em que referida etapa de aplicação de calor compreende passar a unidade de fibras ópticas (10) através de uma pluralidade de câmaras de secagem (82, 84).
2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que referido revestimento líquido é aplicado à bainha polimérica na temperatura ambiente.
3. Método de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o referido revestimento líquido compreende partículas de grafita e água,
4. Método de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que referido calor aplicado à referida unidade de fibras ópticas evapora o teor de água do referido revestimento líquido.
5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que referidas partículas possuem um diâmetro nominal não maior do que 8 mícrons.
6. Método de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que referidas partículas têm um diâmetro nominal médio não maior do que 2 mícrons.
7. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a temperatura da referida bainha (12) é pelo menos 10°C menor do que a temperatura de amolecimento do material polimérico.
8. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que, à medida em que a unidade de fibras ópticas (10) passa através de cada uma das referidas câmaras de secagem (82, 84), substancialmente a mesma quantidade de calor é aplicada à unidade de fibras ópticas.
9. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a unidade de fibras ópticas (10) passa mais do que uma vez através de pelo menos uma das referidas câmaras de secagem (82, 84).
10. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a direção do movimento da unidade de fibras ópticas (10) é diferente quando passa através de uma das referidas câmaras de secagem (82, 84), da direção do movimento quando passa através de uma ou mais das outras câmaras de secagem (82, 84).
11. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que referidas câmaras de secagem (82, 84) têm cada uma um comprimento, o referido comprimento não sendo substancialmente maior do que 0,35 mm e preferivelmente de 0,31 mm aproximadamente.
12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que ainda compreende o uso de um tensoativo para auxiliar na aplicação do referido revestimento líquido à referida bainha (12).
13. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o referido revestimento líquido é aplicado à referida bainha (12) pela passagem da referida unidade de fibras ópticas (10) através de um vaso (60) contendo o referido revestimento líquido (62).
14. Método de acordo com a reivindicação 13, quando dependente de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que referido tensoativo está contido no referido vaso (60).
15. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que referida unidade de fibras ópticas (10) se move substancialmente de forma contínua em uma velocidade de aproximadamente 40 m/minuto durante referidas etapas de revestimento líquido e de aplicação de calor.
16. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que referida bainha (12) tem uma espessura radial não maior do que 0,2 mm.
17. Método de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que referida bainha (12) tem uma espessura radial na faixa de 0,05 a 1,5 mm.
18. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que referido material redutor da aderência (16) é grafita.
19. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que referida bainha (12) é produzida de um material halogênio zero de baixa fumaça.
20. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que referidas partículas (16) têm um diâmetro não maior do que 8 mícrons.
21. Método de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que referidas partículas (16) têm um diâmetro médio não maior do que 2 mícrons.
22. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que referida bainha (12) tem doze elementos de fibras ópticas (14) nela frouxamente alojados.
23. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que referida bainha (12) tem um diâmetro externo de 1,3 mm.
24. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 22, caracterizado pelo fato de que referida bainha (12) tem um diâmetro interno de 1,1 mm.
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