BR112019019900B1

BR112019019900B1 - Sistema para a medição de fricção e método para medição de fricção de cabelo molhado

Info

Publication number: BR112019019900B1
Application number: BR112019019900-4A
Authority: BR
Inventors: Andrew Anthony Howard Barnes; Fraser Ian Bell; Colin Christopher David Giles; Sophia Paraskevi Clare Moghadam; Rongrong Zhou
Original assignee: Unilever Ip Holdings B.V
Priority date: 2017-03-29
Filing date: 2018-03-21
Publication date: 2023-10-03
Also published as: US11105732B2; MX2019011449A; WO2018177849A1; EP3602005A1; CN110520711B; CN110520711A; ZA201906401B; JP2020515837A; BR112019019900A2; US20210123856A1; EA037634B1; JP7039611B2; EA201991934A1; PH12019502206A1; EP3602005B1

Abstract

um sistema para a medição de fricção de um feixe de fibras capilares molhado, caracterizado pelo fato de compreender: i) uma sonda de fricção, que tem uma superfície de contato, a dita sonda equipada com um peso na faixa de 10 a 500 g; ii) um meio para prender o feixe de cabelo; e iii) um banho de água; em que a sonda de fricção é conectada a um analisador de textura; e em que os meios de fixação e a sonda de fricção são posicionados no banho de água abaixo da linha de preenchimento; e em que a superfície de contato da sonda de fricção compreende tensoativo; e um método de medição de fricção de cabelo molhado, com o uso do sistema.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a um sistema e método para medir fricção de cabelo molhado, particularmente em relação ao cabelo que foi tratado com uma composição de tratamento de cabelo e a comparações entre fricção de cabelo tratado com diferentes tratamentos.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] A avaliação da fricção do cabelo fornece informações sobre a condição do cabelo, que pode ser afetada por essas coisas, como o grau de elevação da cutícula, quebra da cutícula, erosão da superfície e deposição de materiais na superfície do cabelo. Também pode fornecer informações sobre a eficácia de tratamentos e materiais para redução de fricção. Isto por sua vez permite a escolha benéfica de produtos que se adequam à condição particular do cabelo.

[003] Há uma série de sistemas e métodos disponíveis para essas avaliações.

[004] Chemical and Physical Behavior of Human Hair, Clarence R. Robbins, 4a Ed., Springer; páginas 439-440, apresenta um resumo das técnicas conhecidas sob o título “Methods for Measuring Friction on Hair Fibers”, incluindo um método atribuído a Scott e Robbins que envolve fixar a extremidade da raiz de uma fibra capilar à célula de carga de um testador de tensão Instron, pesando a ponta e parcialmente envolvendo em torno de dois mandris. Os mandris são fixados a uma cruzeta e como elas se movem para baixo contra a fibra, a tensão friccional é registrada. Diz-se que a fricção varia com a velocidade de esfregação, com as maiores diferenças sendo demonstradas entre tratamentos em baixas velocidades de esfregação. Simulações de penteados de cabelo seco e de cabelo imerso em água são divulgadas com o uso deste método.

[005] Na patente US 20090324529, a força de fricção do cabelo é medida com o uso de um Analisador de Textura (TA), onde a composição é aplicada para 10 g de amostra de cabelo. Após espalhar a composição na amostra de cabelo, e antes e depois de enxaguar em água, a força de fricção entre a amostra de cabelo e uma almofada de poliuretano é medida com o uso do TA.

[006] Divulgamos na patente EP 1652555 a medição de fricção com o uso de um TA e uma sonda de fricção, sob a forma de um cilindro de aço inoxidável, revestido com material de borracha. A mecha de cabelo é montada sobre o TA, as fibras de cabelo sendo alinhadas por penteamento antes de serem presas em uma configuração plana. A sonda de fricção é colocada sobre o cabelo e é aplicada uma carga no contato de fricção de aproximadamente 560 g. A sonda é movida ao longo do cabelo a uma velocidade de 10 mms-1 para medir a fricção entre a sonda e o cabelo. O método é usado para avaliar as propriedades de fricção de cabelo tratado com diferentes condicionadores de cabelo.

[007] No entanto, esses métodos conhecidos carecem de sensibilidade para diferenciar suficientemente alguns tratamentos. Descobrimos que métodos conhecidos não predizem a diferenciação de produtos para o consumidor, particularmente durante a fase de enxágue.

[008] Nós agora descobrimos que a medição da fricção de uma mecha de cabelos debaixo d’água, que utiliza uma sonda de fricção que compreende tensoativo em sua superfície, permite uma medição surpreendentemente sensível que se correlaciona com a diferenciação do consumidor.

DEFINIÇÃO DA INVENÇÃO

[009] Em um primeiro aspecto da invenção, é fornecido um sistema para a medição de fricção de uma mecha de fibras capilares molhado, que compreende: i) uma sonda de fricção, que tem uma superfície de contato, a dita sonda equipada com um peso na faixa de 10 a 500 g; ii) um meio para prender a mecha de cabelo; e iii) um banho-maria; em que a sonda de fricção é conectada a um analisador de textura; e em que os meios de fixação e a sonda de fricção são posicionados no banho-maria abaixo da linha de preenchimento; e em que, a superfície de contato da sonda de fricção compreende tensoativo.

[010] Em um segundo aspecto é fornecido um método para medir fricção de cabelo molhado, com o uso do sistema do primeiro aspecto da invenção, que compreende as etapas de: i) fornecer uma mecha de fibras capilares; ii) alinhar as fibras capilares; iii) prender a mecha de fibras capilares; iv) imergir a mecha de fibras capilares sob a água no banho- maria; v) colocar as fibras capilares em contato com a superfície da sonda de fricção, que é equipada com o peso; vi) mover a sonda ao longo das fibras capilares; e vii) registrar a fricção gerada na etapa vi); em que as etapas v) a vii) ocorrem embaixo d’água; e em que, a superfície de contato da sonda de fricção compreende tensoativo.

[011] Preferencialmente, as etapas vi) a vii) são repetidas sem levantar a sonda do cabelo, até que uma fricção constante seja obtida.

[012] Dessa forma, descobrimos que são captadas diferenças muito pequenas na fricção, que são consistentes com os dados do consumidor.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[013] Realizações da invenção serão agora descritas com referência aos seguintes desenhos não limitantes, em que: A Figura 1 é uma vista em perspectiva do sistema da invenção; A Figura 2 mostra um perfil de fricção imersa para cabelo tratado com o uso de uma sonda de fricção que não compreende tensoativo em sua superfície; A Figura 3 mostra um perfil de fricção imersa para cabelo tratado com o uso de uma sonda de fricção que compreendia tensoativo em sua superfície.

[014] O sistema na Figura 1 compreende uma sonda de fricção (1) que tem uma superfície de contato (2) que compreende tensoativo, equipado com um peso (3), conectada a um Analisador de Textura (4); e que mostra uma mecha de fibras capilares (5) fixada em duas posições ao longo de seu comprimento com um grampo (6); o grampo e a sonda de fricção sendo posicionados em um banho-maria (7) abaixo da linha de preenchimento (8).

[015] As Figuras 1 e 2 são citadas nos Exemplos.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO O MECHA DE FIBRAS CAPILARES

[016] A mecha de fibras capilares está preferencialmente ligada ou colada em uma extremidade. Preferencialmente, a mecha de fibras capilares é uma mecha que compreende preferencialmente de 50 a 5000 fibras capilares, mais preferencialmente de 500 a 2000 fibras capilares.

[017] Preferencialmente, as mechas de cabelo são de 1 a 20 g, em peso, mais preferencialmente 2 a 10 g. Preferencialmente, as mechas são de 10 a 50 cm de comprimento, mais preferencialmente de 15 a 30 cm de comprimento.

A SONDA DE FRICÇÃO

[018] A sonda de fricção tem uma superfície de contato que entra em contato com o cabelo durante o uso. A superfície de contato é preferencialmente a superfície externa da sonda de fricção. A superfície de contato da sonda de fricção compreende tensoativo. Preferencialmente, o nível de tensoativo na sonda de fricção é de 10 μg/cm2 a 1500 μg/cm2, mais preferencialmente 50 μg/cm2 a 1000 μg/cm2, ainda mais preferencialmente 80 μg/cm2 a 500 μg/cm2, com a máxima preferência 100 μg/cm2 a 200 μg/cm2.

[019] O peso da própria sonda de fricção é aproximadamente de 20 a 100 g, preferencialmente de 40 a 80g, mais preferencialmente 60g. A sonda de fricção é ajustada com um peso na faixa de 10 a 500 g, preferencialmente de 50 a 300 g, com a máxima preferência de 100 a 200 g. O peso permite um bom contato entre a sonda e o cabelo.

[020] Preferencialmente, a sonda de fricção compreende um material de borracha, preferencialmente uma borracha sintética, com a máxima preferência Neoprene.

[021] Preferencialmente, a sonda de fricção é um cilindro de aço inoxidável, revestido com o dito material de borracha.

[022] Pode ser adicionado tensoativo à sonda por tratamento com tensoativo aquoso e secagem.

[023] Um método preferencial é, antes do uso, a sonda ser primeiro lavada com uma composição aquosa de tensoativo, que tem uma concentração de tensoativo de 5 a 25%, em peso, da composição aquosa de tensoativo total, e enxaguada com água. A sonda é então embebida em uma solução de tensoativo aquosa diluída de concentração de 10 ppm a 1500 ppm de tensoativo, e seca.

[024] A composição aquosa de tensoativo tem uma concentração de 5 a 25%, em peso, preferencialmente 8 a 20%, em peso, da composição aquosa de tensoativo total, por exemplo, 14%.

[025] Após o tratamento com a composição aquosa de tensoativo, a sonda é enxaguada com água (preferencialmente até que nenhuma sensação escorregadia permaneça) antes de ser embebida em solução de tensoativo aquosa diluída de concentração de 10 ppm a 1500 ppm, preferencialmente 50 a 500 ppm, com a máxima preferência 80 a 200 ppm, por exemplo 140 ppm, preferencialmente por 30 segundos a 5 minutos, mais preferencialmente de 1 minuto a 3 minutos.

[026] A sonda é então seca, preferencialmente por 10 min a 3 horas, com a máxima preferência de 1,5 a 2,5 horas.

[027] Preferencialmente, o tensoativo tanto na composição aquosa de tensoativo como na solução de tensoativo diluída, é um tensoativo aniônico, preferencialmente Lauril Éter Sulfato de Sódio (SLES).

[028] Uma sonda preferencial é primeiro lavada com composição aquosa de tensoativo aniônico, que tem uma concentração de 5 a 25%, em peso, e enxaguada com água, então embebida em solução tensoativo aquosa diluída de concentração de 10 ppm a 1500 ppm por 1 a 3 minutos, e seca por 1,5 a 2,5 horas.

MEIOS DE FIXAÇÃO

[029] A mecha de fibras capilares é presa com um meio de fixação. Preferencialmente, o meio de fixação é um grampo. Preferencialmente, o cabelo é preso em duas posições ao longo de seu comprimento.

O BANHO-MARIA

[030] Os meios de fixação e sonda de fricção são posicionados no banho-maria abaixo da linha de preenchimento.

[031] Preferencialmente, a água é quente, preferencialmente entre 25 e 40°C.

O ANALISADOR DE TEXTURA (TA)

[032] Qualquer analisador de textura adequado pode ser usado, por exemplo, um TA. Analisador de Textura XT2i fornecido pela Stable Micro Systems, Surrey, Reino Unido. O TA capta a fricção do cabelo através da sonda.

[033] A sonda é conectada ao Analisador de Textura.

[034] Sem se ater a qualquer teoria, acredita-se que a presente invenção funciona em uma região entre a “lubrificação marginal” e a “lubrificação hidrodinâmica”. A própria região é normalmente denominada “lubrificação elastohidrodinâmica” e “lubrificação mista”. Na região de lubrificação hidrodinâmica, o fluido isola completamente a superfície de fricção (a sonda e o cabelo), e a fricção interna de fluido sozinha determina características tribológicas. Na região de lubrificação marginal, os efeitos hidrodinâmicos de lubrificantes (por exemplo, a composição para cabelo deixada nas fibras), não influencia significativamente as características tribológicas. Ao contrário, na região de “lubrificação mista”, o fluido (como a viscosidade do fluido), a pressão, as superfícies sólidas, são todos fatores influenciadores. Os inventores observaram que o sistema de acordo com a invenção pode ser usado para diferenciar mesmo pequenas diferenças de fricção no cabelo, resultantes das diferentes composições para tratamento de cabelo. Além disso, a diferença parece correlacionar-se bem com a percepção do consumidor.

O MÉTODO

[035] Preferencialmente, as etapas vi) a vii) do método são repetidas sem levantar a sonda do cabelo, até que uma fricção constante seja obtida. Preferencialmente, as etapas vi) a vii) são repetidas de 15 a 100 vezes, mais preferencialmente de 20 a 60 vezes, com a máxima preferência de 30 a 50 vezes.

[036] Preferencialmente, as etapas iv) a vi) do método são feitas sem abrir os meios de segurança.

[037] A expressão “mover a sonda ao longo das fibras capilares” na Etapa iv) deve ser entendida como significando que a sonda que está deslizando sobre as fibras capilares de uma extremidade à outra extremidade, enquanto a sonda está deslizando, a fibra capilar é mantida estacionária.

[038] As fibras capilares são alinhadas antes do contato com a sonda. Isto é preferencialmente obtido penteando ou escovando o cabelo.

[039] Um método para avaliar a eficácia de redução de fricção de uma composição de tratamento de cabelo, compreende a etapa de tratar um mecha de fibras capilares com uma primeira composição de tratamento de cabelo, antes de realizar o método do primeiro aspecto da invenção. No presente pedido, “tratar” deve ser entendido como significando aplicar a composição para cabelo a um mecha de fibras capilares. Em uma realização preferencial, as fibras capilares são limpas e/ou enxaguadas antes da aplicação da composição para cabelo. Preferencialmente, as fibras capilares são enxaguadas após a aplicação da composição para cabelo, mas antes de serem presas nos meios.

[040] O método pode compreender adicionalmente a etapa de tratar um mecha de fibras capilares com uma segunda composição de tratamento de cabelo, realizando o método do primeiro aspecto da invenção e comparando a fricção do cabelo tratado com a primeira composição de tratamento de cabelo com a fricção do cabelo tratado com a segunda composição de tratamento de cabelo.

A COMPOSIÇÃO DE TRATAMENTO DE CABELO

[041] Composições de tratamento de cabelo preferenciais para uso nos métodos da invenção são composições de enxágue (rinse off).

[042] Composições para tratamento de cabelo preferenciais são selecionados a partir de um xampu, um condicionador de cabelo com enxágue e uma máscara para cabelo.

[043] Condicionadores com enxágue para uso na invenção são condicionadores que são tipicamente deixados no cabelo molhado por 1 a 2 minutos antes de ser enxaguado.

[044] Máscaras para cabelo para uso na presente invenção são tratamentos que são tipicamente deixados no cabelo por 3 a 10 minutos, preferencialmente de 3 a 5 minutos, mais preferencialmente de 4 a 5 minutos, antes de ser enxaguado.

[045] Composições para tratamento para uso no método da presente invenção compreendem preferencialmente agentes de condicionamento. Agentes de condicionamento são preferencialmente selecionado a partir de tensoativos catiônicos, usados isoladamente ou em mistura.

[046] Tensoativos catiônicos úteis nas composições para uso no método da invenção contêm componentes hidrofílicos amino ou amônio quaternário que são carregados positivamente quando dissolvidos na composição aquosa.

[047] Exemplos de tensoativos catiônicos adequados são aqueles que correspondem à fórmula [N (R1) (R2) (R3) (R4)]+ (X)-

[048] em que R1, R2, R3 e R4 são independentemente selecionados a partir de (a) um grupo alifático de 1 a 22 átomos de carbono, ou (b) um grupo aromático, alcóxi, polioxialquileno, alquilamido, hidroxialquila, arila ou alquilarila que tem até 22 átomos de carbono; e X é um ânion formador de sal como os selecionados a partir de radicais halogênio (por exemplo, cloreto, brometo), acetato, citrato, lactato, glicolato, nitrato, fosfato, sulfato e alquilsulfato.

[049] Os grupos alifáticos podem conter, além de átomos de carbono e hidrogênio, ligações éter e outros grupos, como grupos amino. Os grupos alifáticos de cadeia mais longa, por exemplo, aqueles de cerca de 12 carbonos, ou maiores, podem ser saturados ou insaturados.

[050] Tensoativos catiônicos da máxima preferência para composições para uso no método da presente invenção são compostos quaternário de amônio monoalquila em que a cadeia aquila longa é C16 a C22.

[051] Exemplos adequados desses materiais correspondem à fórmula: [N (R5) (R6) (R7) (R8)]+ (X)-

[052] em que R5 é uma cadeia de hidrocarboneto com 16 a 22 átomos de carbono ou uma cadeia hidrocarbila funcionalizada com 16 a 22 átomos de carbono e contendo componentes éter, éster, amido ou amino presentes como substituintes ou como ligações na cadeia de radical, e R6, R7 e R8 são independentemente selecionados a partir de (a) cadeias hidrocarbila de 1 a cerca de 4 átomos de carbono, ou (b) cadeias hidrocarbila funcionalizadas que têm de 1 a cerca de 4 átomos de carbono e contendo um ou mais componentes aromático, éter, éster, amido ou amino presentes como substituintes ou como ligações na cadeia de radical, e X é um ânion formador de sal como aqueles selecionados a partir de radicais halogênio (por exemplo, cloreto, brometo), acetato, citrato, lactato, glicolato, fosfato, nitrato, sulfato e alquilsulfato.

[053] As cadeias hidrocarbila funcionalizadas (b) podem conter adequadamente um ou mais componentes hidrofílicos selecionados a partir de alcóxi (preferencialmente alcóxi C1-C3), polioxialquileno, alquiléster, e combinações dos mesmos.

[054] Preferencialmente, as cadeias de hidrocarboneto R1 têm 16 a 22 átomos de carbono. Elas podem ser derivadas a partir de fontes de óleos que contêm quantidades substanciais de ácidos graxos que têm o comprimento de cadeia hidrocarbila desejado.

[055] Compostos de quaternário de amônio monoalquila típicos da fórmula geral acima para uso em composições para uso no método da invenção incluem: (i) Cloreto de cetil trimetil amônio (comercialmente disponível, por exemplo, como Dehyquart ex BASF); cloreto de beenil trimetil amônio (disponível, por exemplo, como IncroquatTM Behenil, ex Croda) (ii) Compostos de fórmula: [N (R1) (R2) ((CH2CH2O)xH) ((CH2CH2O)y H]+ (X)- em que: x + y é um número inteiro de 2 a 20; R1 é uma cadeia hidrocarbila tendo 16 a 22 átomos de carbono e contendo componentes éter, éster, amido ou amino presentes como substituintes ou como ligações na cadeia de radical; R2 é um grupo alquila C1-C3 ou grupo benzila, preferencialmente metila, e X é um ânion formador de sal como os selecionados a partir de radicais halogênio (por exemplo, cloreto, brometo), acetato, citrato, lactato, glicolato, fosfato, nitrato, sulfato, metossulfato e alquilssulfato; (iii) Compostos de fórmula: [N (R1) (R2) (R3) ((CH2)n OH)]+ (X)- em que: n é um número inteiro de 1 a 4, preferencialmente 2; R1 é uma cadeia hidrocarbila que tem 16 a 22 átomos de carbono; R2 e R3 são independentemente selecionados a partir de grupos alquila C1 - C3, e são preferencialmente metila, e X- é um ânion formador de sal como os selecionados a partir de radicais halogênio (por exemplo, cloreto, brometo), acetato, citrato, lactato, glicolato, fosfato, nitrato, sulfato, alquilssulfato.

[056] Misturas de qualquer um dos tensoativos catiônicos anteriormente mencionados também podem ser adequadas.

[057] Exemplos de tensoativos catiônicos adequados para uso em composições para cabelo para uso no método da invenção incluem cloreto de cetil trimetil amônio, cloreto de beenil trimetil amônio, cloreto de cetil piridínio, cloreto de tetrametil amônio, cloreto de tetraetil amônio, cloreto de octil trimetil amônio, cloreto de dodecil trimetil amônio, cloreto de hexadecil trimetil amônio, cloreto de octil dimetil benzil amônio, cloreto de decil dimetil benzil amônio, cloreto de estearil dimetil benzil amônio, cloreto de didodecil dimetil amônio, cloreto de dioctadecil dimetil amônio, cloreto de sebo trimetil amônio, cloreto de coco trimetil amônio, e os correspondentes hidróxidos dos mesmos. Além disso, tensoativos catiônicos adequados incluem aqueles materiais que têm as designações CTFA Quatérnio-5, Quatérnio-31, Quatérnio-98 e Quatérnio-18. Misturas de qualquer um dos materiais anteriormente mencionados também podem ser adequadas. Um tensoativo catiônico particularmente útil é cloreto de cetil trimetil amônio, comercialmente disponível, por exemplo, como DEHYQUART, ex Henkel.

[058] O nível de tensoativo catiônico é preferencialmente de 0,01 a 10, mais preferencialmente 0,05 a 5, com a máxima preferência 0,1 a 2%, em peso, da composição total.

[059] Um condicionador preferencial compreende uma fase em gel condicionadora. Esses condicionadores e métodos para fabricá-los são descritos nos documentos WO 2014/016354, WO 2014/016353, WO 2012/016352 e WO 2014/016351. Uma composição de condicionamento de cabelo preferencial deste tipo compreende de 0,4 a 8%, em peso, de álcool graxo tendo 8 a 22 carbonos, de 0,1 a 2%, em peso, de componente tensoativo catiônico, água, e em que a composição confere uma Massa de Estiramento de 1 a 250 g para o cabelo tratado com a composição de condicionamento. A Massa de Estiramento é a massa necessária para esticar uma mecha de cabelo através de um pente ou escova.

[060] As composições de condicionamento também podem compreender outros ingredientes opcionais. Esses ingredientes incluem, mas não se limitam a; material graxo, polímeros de deposição e agentes de condicionamento adicionais.

[061] Composições condicionadoras adicionalmente compreendem, de preferência, materiais graxos. Acredita-se que o uso combinado de materiais graxos e tensoativos catiônicos nas composições de condicionamento seja especialmente vantajoso, porque isso leva à formação de uma estrutura lamelar ou fase de cristal líquido, na qual o tensoativo catiônico é disperso.

[062] Por “material de ácidos graxo” entende-se um álcool graxo, um álcool graxo alcoxilado, um ácido graxo ou uma mistura dos mesmos.

[063] Preferencialmente, a cadeia de alquila do material graxo é totalmente saturada.

[064] Materiais graxos representativos compreendem de 8 a 22 átomos de carbono, mais preferencialmente de 16 a 22. Exemplos de alcoóis graxos adequados incluem álcool cetílico, álcool estearílico e misturas dos mesmos. O uso desses materiais também é vantajoso na medida em que contribuem para as propriedades de condicionamento totais das composições.

[065] Alcoóis graxos alcoxilados (por exemplo, alcoxilados ou propoxilados) que têm cerca de 12 a cerca de 18 átomos de carbono na cadeia de alquila podem ser usados no lugar de, ou em adição aos próprios alcoóis graxos. Exemplos adequados incluem éter cetílico de etileno glicol polioxietileno (2) éter estearílico, polioxietileno (4) éter cetílico, e misturas dos mesmos.

[066] O nível de material graxo em condicionadores é adequadamente a partir de 0,01 a 15, preferencialmente a partir de 0,1 a 10, e mais preferencialmente a partir de 0,1 a 5 por cento, em peso, da composição total. A razão, em peso, de tensoativo catiônico para álcool graxo adequadamente é a partir de 10:1 a 1:10, preferencialmente a partir de 4:1 para 1:8, da melhor forma a partir de 1:1 para 1:7, por exemplo 1:3.

[067] Ingredientes de condicionamento adicionais incluem ésteres de alcoóis graxos e ácidos graxos, como palmitato de cetila.

[068] Uma composição de condicionamento para uso na presente invenção pode compreender um líquido micelar estruturado.

[069] O pH de um condicionador que compreende a presente composição é preferencialmente de 3 a 5. Mais preferencialmente o pH da composição é de 4,5 a 5,5.

[070] Onde a composição tem um pH menor que 3,10 é preferencial que esteja sob a forma de uma máscara de condicionamento para tratamento intenso.

[071] Ingredientes de condicionamento adicionais incluem óleos de condicionamento, preferencialmente selecionados a partir de óleo de coco e azeite.

[072] A invenção será agora ilustrada pelos seguintes Exemplos não limitantes.

EXEMPLO 1 COMPOSIÇÕES PARA TRATAMENTO DE CABELO ANTES DA ANÁLISE DE FRICÇÃO

[073] Duas composições condicionadoras de cabelo feitas por diferentes métodos foram usadas para tratar o cabelo antes da análise de fricção usando o aparelho e método da invenção. As composições são dadas na Tabela 1. TABELA 1 COMPOSIÇÕES DE CONDICIONADORES A E B

[074] A Formulação A foi feita adicionando o tensoativo catiônico ao álcool graxo e agitando a 85 °C. Gradualmente, esta mistura foi adicionada à água, tipicamente a 55 °C, de modo que a temperatura da mistura fosse de 60 °C. Esta temperatura foi mantida por 30 minutos com agitação. A mistura foi então resfriada para temperatura ambiente adicionando mais água e outros ingredientes à temperatura ambiente, e pelo uso de resfriamento externo, se necessário, e agitada.

[075] A Formulação B foi feito aquecendo o álcool graxo e tensoativos catiônicos em água a 75 °C, e mantendo por 30 minutos com agitação. A mistura foi então resfriada para temperatura ambiente adicionando mais água e outros ingredientes à temperatura ambiente, e pelo uso de resfriamento externo, se necessário, e agitada.

EXEMPLO 2 AVALIAÇÃO SENSORIAL DE SENSAÇÃO MACIA ÚMIDA DE CABELO TRATADO COM COMPOSIÇÕES A E B

[076] 36 panelistas com cabelo danificado usaram Condicionadores A e B nos seus cabelos durante suas rotinas de lavagem normal. Foi feita a avaliação de maciez a úmido com o uso de uma escala de linha.

[077] Os resultados são mostrados na Tabela 2 abaixo. TABELA 2 SENSAÇÃO ÚMIDA DE MACIEZ SENSORIAL PARA CABELO TRATADO COM CONDICIONADORES A E B

[078] Os dados mostram que os panelistas percebem que a Composição A resulta em cabelo significativamente mais macio a úmido do que a Composição B, feita com o uso de um método diferente.

EXEMPLO 3 TRATAMENTO DE CABELO COM COMPOSIÇÕES A E B, ANTES DE MEDIÇÕES DE FRICÇÃO TA DE ACORDO COM A INVENÇÃO

[079] O cabelo usado foi o cabelo castanho escuro europeu, em mechas de 5 g de peso e 6 polegadas de comprimento.

[080] O cabelo foi tratado com as Composições A e B da seguinte forma.

[081] O cabelo foi primeiro tratado com um xampu de limpeza usando o seguinte método.

[082] As fibras capilares foram mantidas sob água corrente por 30 segundos, aplicado xampu em uma dose de 0,1 mL de xampu por 1g de cabelo e esfregado no cabelo por 30 segundos. O excesso de espuma foi removido mantendo sob água corrente por 30 segundos e o estágio de xampu repetido. O cabelo foi enxaguado sob água corrente por 1 minuto.

[083] O cabelo molhado foi, em seguida, tratado com o Condicionador A ou B com o uso do seguinte método.

[084] Foi aplicado condicionador ao cabelo molhado em uma dose de 0,2 mL de condicionador por 1g de cabelo e massageado no cabelo por 1 minuto. O cabelo foi enxaguado sob água corrente por 1 minuto e o excesso de água removido.

EXEMPLO 4 MEDIÇÃO DE FRICÇÃO DE CABELO TRATADO COM COMPOSIÇÕES A E B

[085] A fricção foi medida com o uso do aparelho e método da invenção da seguinte forma.

[086] A fricção foi medida com o uso de um TA. Analisador de Textura XT2i fornecido pela Stable Micro Systems, Surrey, Reino Unido. A sonda de fricção era um cilindro de aço inoxidável, que foi revestido com material de borracha. Em um teste, a sonda de fricção tinha tensoativo em sua superfície externa (contato) e em outro teste, não. A carga sobre o contato de fricção foi de aproximadamente 138 g. Quando em uso, foi obtida uma área de contato entre a superfície externa da sonda de fricção e o cabelo de 1,0 cm2.

[087] O tensoativo foi adicionado à sonda da seguinte forma.

[088] A sonda foi primeiro lavada com uma composição aquosa de Lauril Éter Sulfato de Sódio (SLES) a uma concentração de 14%, em peso, da composição aquosa de tensoativo total, e enxaguada com água. A sonda foi então embebida em uma solução diluída de SLES tendo uma concentração de 14 ppm, por 2 minutos, e, em seguida, seca por 2 horas.

[089] A metodologia usada para avaliar as propriedades de fricção de cabelo tratado com Condicionadores A e B foi da seguinte forma.

[090] A mecha de cabelo foi montada de forma segura sobre o analisador de textura, as fibras de cabelo sendo alinhadas por penteamento antes de serem presas em uma configuração plana. O cabelo foi imerso no banho-maria. A sonda de fricção foi colocada sobre o cabelo e movida ao longo do cabelo a uma velocidade de 10 mms-1 para medir a fricção entre a sonda e o cabelo. A medição foi repetida 30 vezes.

[091] Os valores de fricção relatados abaixo são de histerese de fricção em unidades de g.mm, obtidos integrando a força total de fricção medida sobre a distância total percorrida pela sonda, com e contra a cutícula.

[092] A medida de fricção imersa nas mechas de cabelo tratadas com Condicionadores A e B usando sondas tratadas com tensoativo ou não, são dadas na Tabela 3, e mostradas graficamente na Figura 2 e Figura 3. TABELA 3 MEDIÇÕES DE FRICÇÃO IMERSA PARA CABELO TRATADO COM CONDICIONADORES A E B QUANDO A SONDA DE FRICÇÃO COMPREENDEU TENSOATIVO EM SUA SUPERFÍCIE, E QUANDO A SONDA NÃO COMPREENDEU TENSOATIVO EM SUA SUPERFÍCIE

[093] Os dados na Tabela são apresentados graficamente nas Figuras 2 e 3.

[094] A Figura 2 mostra o perfil de fricção imerso para cabelo tratado com Condicionadores A e B quando a sonda de fricção não compreende tensoativo em sua superfície.

[095] A Figura 3 mostra o perfil de fricção imerso para cabelo tratado com Condicionadores A e B quando a sonda de fricção compreende tensoativo em sua superfície.

[096] Será visto que quando a sonda de teste não foi pré-tratada com tensoativo, conforme mostrado na Figura 2, o Condicionador A e Condicionador B não podem ser diferenciados, ao contrário da avaliação sensorial correspondente. No entanto, quando é usada a sonda que compreende tensoativo, o efeito dos dois condicionadores é diferenciado, e correlaciona-se com a avaliação do panelista mostrado na Tabela 2 do Exemplo 2.

EXEMPLO 5 MEDIÇÃO DE FRICÇÃO POR SONDA EQUIPADA COM DIFERENTES PESOS

[097] A Composição A foi usado para tratar as fibras de cabelo conforme descrito no Exemplo 1. Todas as sondas compreendem tensoativo antes do uso. Todos os outros detalhes experimentais são conforme descritos no Exemplo 4, exceto que a sonda é equipada com pesos de 0g (sem peso), 138g e 1000g, respectivamente.

[098] Após 30 medições, a fricção média registrada para a sonda equipado com 138g de peso é de 133,18 g mm, em boa concordância com os dados obtidos na Tabela 3. A fricção média registrada para a sonda equipada com 1000 g de peso é encontrada artificialmente aumentada para 216.22 g mm. Além disso, esta alta fricção provocou dificuldades em repetir as medições, pois o cabelo escorregava constantemente do grampo, e flutuavam na água. Por outro lado, nenhum peso sobre a sonda diminuiu significativamente a fricção. Nenhum dado significativo pode ser registrado.

Claims

1. SISTEMA PARA A MEDIÇÃO DE FRICÇÃO, de uma mecha de fibras capilares (5) molhadas, caracterizado por compreender: (i) uma sonda de fricção (1), que tem uma superfície de contato (2), dita sonda (1) equipada com um peso (3) na faixa de 10 a 500 g; (ii) um meio (6) para prender a mecha de cabelo (5); e (iii) um banho-maria (7); em que a sonda de fricção (1) é conectada a um analisador de textura (4); e em que os meios de fixação (6) e a sonda de fricção (1) são posicionados no banho-maria (7) abaixo da linha de preenchimento (8); e em que, a superfície de contato (2) da sonda de fricção (1), compreende tensoativo.

2. SISTEMA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo nível de tensoativo na sonda de fricção (1) ser de 10 μg/cm2 a 1500 μg/cm2.

3. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelo peso (3) estar na faixa de 10 g a 500 g.

4. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pela sonda de fricção (1) compreender um material de borracha.

5. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela sonda de fricção (1) ser primeiro lavada com uma composição aquosa de tensoativo, que tem uma concentração de tensoativo de 5 a 25%, em peso, da composição aquosa de tensoativo total, e enxaguada com água, antes de ser embebida em uma solução de tensoativo aquosa diluída de concentração a partir de 10 ppm a 1500 ppm de tensoativo, e seca.

6. MÉTODO PARA MEDIÇÃO DE FRICÇÃO DE CABELO MOLHADO, com o uso do sistema, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por compreender as etapas de: (i) fornecer uma mecha de fibras capilares (5); (ii) alinhar as fibras capilares (5); (iii) prender a mecha de fibras capilares (5); (iv) imergir a mecha de fibras capilares (5) sob a água no banho- maria (7); (v) colocar as fibras capilares (5) em contato com a superfície (2) da sonda de fricção (1), que é equipada com o peso (3); (vi) mover a sonda (1) ao longo das fibras capilares (5); e (vii) registrar a fricção gerada na etapa (vi); em que as etapas (v) a (vii) ocorrem embaixo d’água (8); e em que, a superfície de contato (2) da sonda de fricção (1), compreende tensoativo.

7. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelas etapas (vi) a (vii) serem repetidas de 15 a 100 vezes.

8. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 7, caracterizado por compreender a etapa de tratar a mecha de fibras capilares (5) com uma primeira composição de tratamento de cabelo.

9. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender as etapas de tratar uma mecha de fibras capilares (5) com uma segunda composição de tratamento de cabelo, e comparar a fricção do cabelo tratado com a primeira composição de tratamento de cabelo com a fricção do cabelo tratado com a segunda composição de tratamento de cabelo.