BR112019000493B1

BR112019000493B1 - Dispositivo de vedação hermética para embalagens contendo produtos alimentícios

Info

Publication number: BR112019000493B1
Application number: BR112019000493-9A
Authority: BR
Inventors: Massimo Scrivani
Original assignee: Azionaria Costruzioni Macchine Automatiche A.C.M.A. S.P.A.
Priority date: 2016-07-11
Filing date: 2017-07-11
Publication date: 2022-11-29
Also published as: US10894373B2; CN109661351A; WO2018011715A1; US20200180234A1; IT201600071546A1; EP3481731A1; EP3481731B1; JP2019523183A; CN109661351B; JP7077299B2; BR112019000493A2; ES2848560T3

Abstract

A presente invenção refere-se a um dispositivo de vedação (1), que constitui o objeto da presente invenção, para embalagens (100) contendo produtos alimentícios, que compreende uma unidade (2) para agarrar e/ou alimentar uma peça (Sp) de material flexível fino formando um filme utilizado para cobrir e pelo menos parcialmente vedar o produto alimentício; um elemento de vedação (5) que compreende um reostato (6) com um corpo anular (7) e dois terminais (8) que se estendem a partir do corpo anular (7) e passível de ser conectado a um gerador de tensão (10) capaz de gerar e manter uma diferença de potencial elétrico nas extremidades dos dois terminais (8), de tal maneira a fazer com que flua ao longo do reostato (6) uma corrente elétrica capaz de aquecer o corpo anular (7) a uma temperatura de vedação pré-determinada. Cada terminal (8) tem no ponto de sua conexão ao corpo anular (7) do reostato (6) uma seção transversal cuja a área de superfície (S') é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal (8).

Description

Campo técnico

[001] A presente invenção refere-se a um dispositivo de vedação hermética para embalagens que contenham produtos alimentícios.

[002] Os termos utilizados no presente relatório descritivo para descrever e reivindicar a presente invenção têm os seguintes significados: - Pacote significa: envelope envoltório; recipiente; cápsula. - Elemento de vedação e cobertura significa tampa; cobertura; cobrir para vedar; e filme para vedação e cobertura.

[003] O termo "produtos alimentícios" é utilizado para designar doces, chocolates, bombons, lanches, pastilhas e cápsulas para café ou para conter produtos para infusão.

Antecedentes da Invenção

[004] As cápsulas utilizadas para a preparação de infusões são do tipo de uso único e geralmente compreendem um recipiente utilizado para manter uma porção de uma substância aromática e providas com uma tampa perfurável através da qual adiciona-se água, e uma parte inferior, através do qual é dispensada a bebida produzida pelo efeito da infusão da água com a substância aromática presente no recipiente.

[005] As máquinas de embalagem do estado da técnica para a fabricação de cápsulas compreendem, de forma muito breve, uma linha de transporte para mover os recipientes ao longo de um trajeto pré-determinado em uma direção de alimentação.

[006] Em uma primeira estação ao longo do trajeto de alimentação está localizado um sistema, onde provido, para a alimentação de uma trama contínua de material de folha que está localizado, pelo menos em parte, acima da linha de transporte do recipiente e a partir do qual revestimentos inferiores de cápsula são cortados e inseridos nos recipientes.

[007] Nesta estação, cada revestimento inferior é cortado a partir da trama, alimentado para baixo e inserido no respectivo recipiente. Quando previsto, na mesma estação, o revestimento inferior é selado ao recipiente.

[008] Em seguida, em uma estação de enchimento, os recipientes são enchidos com uma quantidade adequadamente medida da substância aromática.

[009] A jusante da estação de enchimento ao longo da direção de alimentação, as máquinas do estado da técnica compreendem uma estação para fechamento das cápsulas em que uma tampa é aplicada a cada recipiente.

[0010] Substancialmente do mesmo modo que com os revestimentos inferiores, a estação de fechamento é normalmente provida de um sistema para a alimentação de uma trama contínua de filme, o qual está localizado, pelo menos em parte, acima da linha de transporte do recipiente e a partir do qual as tampas são cortadas e aplicadas à boca na parte superior de cada recipiente.

[0011] Cada tampa é cortada a partir da trama, alimentada para baixo e aplicada e selada ao respectivo recipiente.

[0012] De um modo geral, para aplicar ambas as tampas e, se provido, os revestimentos inferiores, as operações acima mencionadas são executadas por meios de acionamento os quais são equipados com facas para cortar as tampas ou os forros inferiores, com elementos de agarrar para manter as tampas ou os forros inferiores e, se necessário, com selantes. Os meios de acionamento, espaçados ao mesmo espaçamento que os recipientes a serem processados compreendem, cada um, basicamente uma haste móvel entre uma posição elevada e uma posição rebaixada para aplicação/posicionamento do forro inferior ou a tampa no interior ou sobre o recipiente. Em uma posição intermediária entre as posições de extremidade, como mencionado, o forro inferior ou a tampa é cortada a partir da respectiva trama contínua.

[0013] Um exemplo de uma máquina para a fabricação de cápsulas é descrito no pedido de patente BO2013A000390 em nome da mesma Depositante do presente pedido.

[0014] Essa máquina compreende estações de corte e estações de vedação. Existem também meios de transferência que operam entre as estações de corte e as estações de vedação para transferir as peças de trama que formarão as tampas de cápsula.

[0015] Embalagens para produtos alimentícios podem também incluir invólucros para alimentos tais como chocolates, doces e afins.

[0016] A Depositante verificou que a máquina tem baixa eficiência devido ao fato de que as peças de trama têm de ser transferidas a partir da estação de corte para a estação de vedação e que as estações de vedação têm baixa eficiência na medida em que são baseadas em calor gerado pelo efeito Joule. Com efeito, um primeiro inconveniente das estações de vedação do estado da técnica é que a temperatura de vedação não é constante ao longo de toda a superfície de vedação. Um outro inconveniente é devido à impossibilidade de se combinar a necessidade de operar a altas temperaturas de vedação, enquanto ao mesmo tempo limita os vazamentos. Com efeito, enquanto que, por um lado o aumento da corrente de operação permite aumentar a temperatura de vedação, por outro lado, os vazamentos de circuito são diretamente proporcionais ao quadrado da mesma corrente de operação.

Descrição Resumida da invenção

[0017] Neste contexto, o principal objetivo técnico da presente invenção consiste em superar as desvantagens acima mencionadas.

[0018] Um objetivo da presente invenção consiste em propor um dispositivo para a vedação de embalagens de produtos alimentícios, tais como cápsulas ou pastilhas que contêm substâncias aromáticas para infusões que é, ao mesmo tempo, eficiente e capaz de conciliar as necessidades opostas para otimizar ambas a vedação e a eficiência elétrica.

[0019] Outro objetivo da presente invenção consiste em propor um dispositivo para a vedação de cápsulas ou pastilhas contendo substâncias aromáticas para infusões, que é compacto e capaz de aprimorar a eficiência da máquina como um todo.

[0020] Outro objetivo da presente invenção consiste em propor um dispositivo para vedar hermeticamente doces, chocolates e similares.

[0021] A finalidade técnica e os objetivos especificados são substancialmente alcançados por um dispositivo para a vedação de cápsulas contendo substâncias aromáticas para infusões compreendendo as características técnicas descritas em uma ou mais das reivindicações anexas.

Breve Descrição dos Desenhos

[0022] Características adicionais da presente invenção e as suas vantagens são mais evidentes na descrição não limitativa abaixo, com referência a uma realização preferida, mas não exclusiva, de um dispositivo de vedação, tal como ilustrado nos desenhos anexos, em que:

[0023] A Figura 1 é uma vista em perspectiva explodida de um dispositivo de acordo com a presente invenção para hermeticamente vedar embalagens que contêm produtos alimentícios.

[0024] A Figura 2 mostra o dispositivo de vedação da Figura 1, quando montado, em uma vista frontal, esquemática e parcialmente em seção transversal.

[0025] A Figura 3 mostra a seção transversal através da linha III-III da Figura 2.

[0026] As Figuras 4 a 7 ilustram um reostato do dispositivo de vedação da Figura 1 nas vistas esquemáticas laterais, frontais, superiores e em perspectiva, respectivamente.

[0027] A Figura 8 ilustra o detalhe A da Figura 7 em uma vista esquemática ampliada.

[0028] As Figuras 9 a 12 ilustram o dispositivo de vedação da Figura 3 em uma sequência de configurações para vedar hermeticamente uma cápsula de café.

[0029] A Figura 13 ilustra um detalhe da Figura 12 em uma vista esquemática ampliada.

[0030] As Figuras 14 a 18 ilustram um dispositivo de acordo com a presente invenção para hermeticamente vedar embalagens que contêm produtos alimentícios, em particular, doces, chocolates e produtos semelhantes.

Descrição Detalhada da Invenção

[0031] Com referência às Figuras 1 a 3, o número (1) indica um dispositivo de acordo com a presente invenção para vedar cápsulas (100) contendo substâncias aromáticas para infusões.

[0032] A título de exemplo, a Figura 13 mostra uma cápsula (100) basicamente compreendendo um recipiente (101), por exemplo, em forma de copo. O recipiente (101) tem uma boca de enchimento (102) e um fundo (103), através do qual é dispensada a bebida produzida durante o uso da cápsula (100) por efeito da infusão da água com uma substância aromática presente no recipiente e não ilustrada.

[0033] As cápsulas de referência (100) são de uso único e as cápsulas ainda compreendem uma tampa perfurável (104) através da qual adiciona-se água e que é aplicada por meio de vedação. As cápsulas (100) podem também compreender um forro inferior (105), por exemplo, um elemento de filtro, posicionado, no exemplo ilustrado, no fundo (103) do recipiente (101).

[0034] O recipiente (101) tem uma extremidade livre (106) que define a boca (102) na qual a tampa (104) é aplicada e vedada.

[0035] A tampa (104) é feita a partir de uma trama W de material flexível a partir da qual uma peça (Sp) de material flexível fino é cortada. A forma da tampa pode variar em particular como uma função da forma do recipiente (101) e do bocal (102). De modo geral, a tampa tem a forma de um disco, mas realizações alternativas são imagináveis.

[0036] O dispositivo de vedação (1) compreende uma unidade de preensão (2), por exemplo, operando por sucção. Mais especificamente, a unidade de preensão (2) é um copo de sucção provido de um duto de sucção (3).

[0037] A unidade de preensão (2) estende-se e é móvel ao longo de um eixo longitudinal (4) para apanhar e segurar a peça (Sp) de filme de material flexível utilizado para fazer a tampa (104) da cápsula (100).

[0038] O dispositivo de vedação (1) compreende também um elemento de vedação (5), que compreende um reostato (6) com um corpo anular (7) e dois terminais (8) que se estendem a partir do corpo anular (7). O corpo anular (7), de preferência, tem uma forma planar, isto é, que tem uma superfície anular superior (7a) e uma superfície anular inferior (7b), ambas de forma anular e repousando em planos paralelos.

[0039] A unidade de preensão (2) está disposta de forma coaxial com o corpo anular (7) do reostato (6) e atravessa-o ao longo do eixo longitudinal (4).

[0040] As Figuras 4 a 7 ilustram uma realização possível do reostato (6). A forma do corpo anular (7) que, no exemplo ilustrado, é circular, depende da forma da tampa (104) e da cápsula (100).

[0041] Os terminais (8) podem ser conectáveis a um gerador de tensão capaz de gerar e manter uma diferença de potencial elétrico ΔV nas extremidades dos dois terminais, de forma a causar um fluxo ao longo do reostato (6) de uma corrente elétrica capaz de aquecer o corpo anular (7) e uma temperatura de vedação pré-determinada. O numeral (9) indica esquematicamente as conexões elétricas para o gerador de tensão (10) que faz parte do elemento de vedação.

[0042] Como mostrado em mais detalhes na Figura 8, cada terminal (8) tem no ponto de sua conexão ao corpo anular (7) do reostato (6) um corte transversal S1 cuja área de superfície é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal.

[0043] Deve notar-se que o corpo anular (7) do reostato (6) destina-se a entrar em contato com a peça (Sp) de filme posicionado com a sua borda exterior em contato com a borda exterior livre (106) da boca (102) da cápsula (100) para um intervalo pré-determinado de tempo longo o suficiente para vedar a peça (Sp) de filme ao longo da extremidade da cápsula, fechando, desse modo, a cápsula.

[0044] Com referência à Figura 8, o ponto de contato de cada terminal (8) com o corpo anular (7) do reostato (6) define um nó elétrico (11), onde a corrente i é dividida em duas correntes secundárias i1 e i2 que fluem ao longo do corpo anular (7) e encontram-se no outro terminal. Mais especificamente, a Figura 8 mostra uma vista em perspectiva de um nó (11) do reostato, destacando as superfícies S', S1 e S2 em que a corrente flui.

[0045] A superfície S' é a superfície de uma seção transversal de um dos dois terminais do reostato. O outro terminal e o nó correspondente são semelhantes em forma. Como é evidente a partir desta figura, S1 < S'.

[0046] As duas superfícies S2 são as seções transversais do corpo anular (7).

[0047] Em cada nó (11) a porção do terminal residente em torno da seção transversal S1, cuja a área de superfície é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal, define uma resistência elétrica pré-determinada R1 que é a maior das medidas em qualquer outra seção transversal do respectivo terminal.

[0048] Com efeito, como é conhecido, a resistência R é o inverso da condutância elétrica G e é definida como se segue: R = 1/G = L/oS = pL/S em que o é a condutividade elétrica (cuja inversa p é a resistividade elétrica), L é a distância entre os pontos através do qual a resistência é medida (logo, o comprimento do reostato), S é a área da seção transversal perpendicular à direção da corrente.

[0049] Segue-se, portanto, que a resistência R' oferecida pela superfície S' para o fluxo de corrente i é menor do que a resistência R1 oferecida pela superfície S1 e a resistência R2 oferecida pela superfície S2, uma vez que quanto menor a superfície, maior é a resistência.

[0050] Na porção do terminal residente em torno da seção S1 transversal cuja área de superfície é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal, o efeito Joule produz uma temperatura que é mais alta do que aquela que pode ser produzida em qualquer outro ponto do terminal.

[0051] Com efeito, aumentando o valor da resistência aumenta o valor da potência que pode ser convertida em calor por efeito Joule de acordo com a relação conhecida P = RI2.

[0052] O efeito de redução da área da superfície transversal dos terminais nos seus pontos de conexão com o corpo anular (7) permite manter o corpo anular (7) do reostato na temperatura de vedação necessária, sem aumentar a corrente i.

[0053] Assim, reduzindo a seção transversal dos terminais nos seus pontos de conexão com o corpo anular (7) aumenta o calor no nó (11), o que contrasta com o efeito de resfriamento que ocorreria no nó se as superfícies de encontro no nó (ou seja, as superfícies transversais do corpo anular (7) e as superfícies transversais de terminal (8)) fossem adicionadas. Além disso, a corrente i no nó (11) está dividida em duas correntes i1 e i2 que fluem para a esquerda e para a direita da superfície S1, respectivamente, e que são capazes de manter o corpo anular (7) do reostato na temperatura de vedação necessária.

[0054] Isto permite prevenir o resfriamento excessivo no nó, o que limita o valor da corrente i e evita o aumento de vazamentos que são diretamente proporcionais ao quadrado da própria corrente i.

[0055] Em adição ao acima descrito, deve notar-se que, no contexto do nó (11), os comprimentos são insignificantes e, assim, a resistência relacionada é diretamente influenciada apenas pelo valor da seção transversal S1. Ao contrário, o comprimento do corpo anular (7) é não só não insignificante, mas também maior do que as outras partes do reostato, assim, ainda mais e de forma significativa aumentando a temperatura de vedação que pode ser obtida nas mesmas condições de corrente utilizada.

[0056] Com referência às figuras, os terminais (8) têm um estiramento linear (8a) para a conexão mecânica a uma manga de suporte (12) e para a conexão elétrica para o gerador de voltagem (10). O estiramento linear (8a) se estende perpendicularmente à forma planar do corpo anular (7) e é, de preferência, fornecida com ranhuras (8c) para o fixar à manga (12).

[0057] Cada terminal (8) também tem uma extensão de ligação (8b) disposta em um ângulo para o estiramento linear (8a) e para a forma plana do corpo anular (7). De preferência, a seção transversal S' do estiramento linear (8a) é constante, ao passo que a seção transversal do estiramento de conexão (8b) diminui ao seu valor mínimo S1 no ponto de conexão ao corpo anular (7).

[0058] A manga (12) define uma cavidade de passagem (13) que se estende ao longo do eixo longitudinal (4) e no interior do qual a unidade de preensão (2) está disposta de forma coaxial. Mais especificamente, a unidade de preensão (2) é móvel ao longo do eixo longitudinal (4) em relação à manga (12) por meio de dispositivos de movimento não ilustrados. Com referência às Figuras 9 a 12, a unidade de preensão (2) é móvel no interior da manga (12) entre uma posição elevada, ilustrada na Figura 11, e uma posição rebaixada, ilustrada na Figura 10, onde se pega na peça (Sp) logo após ela ter sido cortada.

[0059] A posição levantada, como se tornará mais claro conforme esta descrição continua, corresponde a uma posição de vedação. Em outras palavras, a unidade de preensão (2) é móvel ao longo do eixo longitudinal (4) em relação ao reostato (6) (ligado à manga (12)), entre uma posição elevada e uma posição rebaixada.

[0060] O dispositivo de vedação (1) compreende também uma lâmina (14) disposta de forma coaxial com a unidade de preensão (2) e com o corpo anular (7) do reostato. Mais especificamente, a lâmina (14) é tubular e a unidade de preensão (2) está localizada dentro da própria lâmina. A lâmina (14) é concebida para cortar a partir da trama W de material flexível a peça (Sp) de filme que é para ser apanhada pela unidade de preensão (2). Mais especificamente, a lâmina (14) é montada sobre um suporte (15) e é móvel ao longo do eixo longitudinal (4) que representa, assim, uma direção de corte, de preferência vertical e perpendicularmente à trama W. A lâmina é móvel entre uma posição de repouso elevada, ilustrada na Figura 9, e uma posição de corte rebaixada, ilustrada na Figura 10. Mais especificamente, as lâminas (14) interceptam a trama W ao longo do seu percurso de alimentação P na respectiva posição rebaixada.

[0061] De preferência, o suporte (15) e o elemento de vedação (5) que compreendem um reostato (6) se movem como um ao longo do eixo longitudinal (4) durante o movimento da lâmina de corte (14), tal como descrito abaixo.

[0062] O dispositivo de vedação (1) de acordo com a presente invenção é aplicável a uma máquina para a fabricação de cápsulas (100), não ilustrada, que compreende, por exemplo, meios para mover os recipientes ao longo de um percurso pré-determinado. A máquina pode também compreender meios para movimentar a trama W de material flexível ao longo do percurso de alimentação pré-determinado P.

[0063] As Figuras 9 a 12 ilustram a sequência de corte e de vedação, seguido pelo dispositivo de vedação (1) na máquina para a fabricação de cápsulas (100).

[0064] Durante uma etapa de funcionamento da máquina, o dispositivo de vedação (1) pode ser posicionado acima da trama W, como ilustrado, por exemplo, na Figura 9, onde tanto a unidade de preensão (2) e a lâmina (14) se encontram na posição levantada.

[0065] Depois disso, o dispositivo de vedação (1) pode operar no percurso P da trama W para cortar a peça (Sp). Esta etapa de funcionamento está ilustrada, por exemplo, na Figura 10, onde a lâmina (14) (em conjunto com o suporte (15)) atingiu a posição de corte reduzido durante a etapa de corte, a trama W pode ser parada ou o dispositivo de vedação (1) pode se mover ao longo do caminho P sincronicamente com a trama W. A Figura 10 também mostra que quando a unidade de preensão (2) atinge a posição mais baixa, ele pega preensão da peça (Sp).

[0066] A máquina pode compreender uma matriz, não ilustrada, agindo em conjunto com a lâmina (14) para dar a trama W um corte limpo.

[0067] Em seguida, tal como ilustrado por exemplo na Figura 11, a unidade de preensão (2) é levantada em relação à lâmina (14) e o reostato (6), de modo a trazer a superfície superior da peça (Sp) em contato com a (7a) da superfície inferior do corpo anular (7).

[0068] Em uma etapa subsequente ilustrada, por exemplo, na Figura 12, um recipiente (101) é colocado sob o dispositivo de vedação (1) e a superfície inferior da peça (Sp) é colocada em contato com a extremidade livre (106) que define a boca de enchimento (102). Esta posição corresponde à posição de vedação ilustrada em mais detalhes na Figura 13.

[0069] De um modo vantajoso, o dispositivo de vedação de acordo com a presente invenção é eficiente e capaz de reconciliar as necessidades opostas para otimizar ambas a vedação e a eficiência elétrica. Mais especificamente, os terminais com seções transversais variáveis são utilizados para evitar resfriamento excessivo no nó, de modo a combinar a necessidade de operar a altas temperaturas de vedação por um lado com a necessidade de limitar os vazamentos em outro. Além disso, a combinação de reostato e lâmina permite aprimorar a eficiência da máquina, uma vez que não há necessidade de transferências intermediárias das peças de filme, as quais permanecem associadas com a mesma unidade de preensão a partir do momento em que são cortados até o momento em que são selados.

[0070] Nas Figuras 14 a 18, o numeral (16) indica um produto alimentício, tal como, por exemplo, um chocolate, um doce ou um produto similar.

[0071] A unidade de preensão (2) é um copo de sucção (17) para pegar e alimentar uma peça (Sp) de material flexível fino formando um filme utilizado para cobrir e vedar pelo menos parcialmente um chocolate (16).

[0072] A embalagem consiste em um invólucro (18) envolvido em torno do chocolate (16).

[0073] O invólucro compreende uma folha (19) de material de embalagem destinado a receber, em uma das suas faces, o chocolate (16).

[0074] Uma série de folhas (19) são alimentadas e feitas avançar sobre uma correia transportadora (20).

[0075] A unidade de preensão (2) coloca a peça (Sp) de material flexível sobre o chocolate (16).

[0076] Como ilustrado na figura e exatamente da mesma maneira como no caso das cápsulas (100), o corpo anular (7) do reostato (6) destina-se a entrar em contato com a peça (Sp) de filme que, com a extremidade do mesmo em torno do produto (16), está em contato com a face da folha (19) sobre a qual o chocolate (16) é posicionado.

[0077] A descrição anterior de todas as características do elemento de vedação (5) fornecidas com o reostato (6) cujo o corpo anular (7) é passível de conexão ao gerador de tensão (10) também se aplica à realização ilustrada nas Figuras 14 a 18.

[0078] O corpo anular (7) é, assim, fornecido com os dois terminais (8) que, quando conectados ao mesmo gerador de tensão (10), permitirão que este último gere e mantenha uma diferença de potencial elétrico nas extremidades dos dois terminais (8), de tal maneira a fazer com que flua ao longo do reostato (6) uma corrente elétrica capaz de aquecer o corpo anular (7) e uma temperatura de vedação pré-determinada.

[0079] O corpo anular (7) do reostato (6) destina-se a entrar em contato com a peça de filme Sp posicionada em contato com uma porção pré-determinada da embalagem - na prática, ao longo da extremidade em torno do chocolate (16) - por um período pré- determinado de tempo longo o suficiente para vedar a peça (Sp) de filme para a folha (19), de modo a vedar hermeticamente o produto entre a embalagem - isto é, a folha (19) - e a peça de filme Sp.

[0080] Uma vez que a peça (Sp) é hermeticamente selada em volta e envolve o chocolate (16) dentro dela, a folha (19) é dobrada em torno do grupo que consiste no chocolate e na peça (Sp), de tal forma a se obter um invólucro (18) que constitui a embalagem (100).

[0081] Deve-se notar que o corpo anular (7) do reostato (6) pode ter diferentes diâmetros internos, de modo que ele pode ser colocado em torno do produto alimentício (16) sem o tocar ou danificar durante as operações de vedação acima descritas.

[0082] É também evidente que o corpo anular (7) pode ter formas diferentes, tais como, por exemplo, triangular, retangular ou quadrada.

Claims

1. DISPOSITIVO DE VEDAÇÃO HERMÉTICA (1) PARA EMBALAGENS (100) CONTENDO PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, compreendendo uma unidade de preensão (2) para agarrar e/ou alimentar uma peça (Sp) de material flexível fino formando um filme utilizado para cobrir e pelo menos parcialmente vedar um produto alimentício na embalagem; caracterizado por compreender um elemento de vedação (5) que compreende um reostato (6) com um corpo anular (7) e dois terminais (8) que se estendem a partir do corpo anular (7) e passiveis de serem conectados a um gerador de tensão (10) capaz de gerar e manter um diferencial de potencial elétrico nas extremidades dos dois terminais (8), de tal maneira a fazer com que flua ao longo do reostato (6) uma corrente elétrica capaz de aquecer o corpo anular (7) a uma temperatura de vedação pré- determinada; cada terminal (8) tem no ponto de sua conexão ao corpo anular (7) do reostato (6) uma seção transversal cuja a superfície de área (S') é menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos de terminal (8); o corpo anular (7) do reostato (6) se destina a entrar em contato com a peça (Sp) de filme posicionado em contato com uma porção pré-determinada da embalagem para um comprimento pré- determinado de tempo longo o suficiente para vedar a peça (Sp) de filme ao longo da embalagem, de modo a vedar hermeticamente o produto entre a embalagem e a peça (Sp) de filme, em que o dispositivo de vedação hermética compreende uma manga de suporte (12) e os terminais (8) compreendem um estiramento linear (8a) para conexão mecânica à manga de suporte (12) e pra conexão elétrica ao gerador de tensão, o reostato (6) estando associado à manga (12).

2. DISPOSITIVO DE VEDAÇÃO HERMÉTICA (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os pacotes serem cápsulas (100) que contêm substâncias aromáticas para infusões, compreendendo uma unidade (2) para agarrar e/ou alimentar uma peça (Sp) de material flexível fino formando um filme usado para fabricar a tampa (104) de uma cápsula em forma de copo (100) com uma borda livre (106) definindo a boca de enchimento (102); um elemento de vedação (5) que compreende um reostato (6) com um corpo anular (7) e dois terminais (8) que se estendem a partir do corpo anular (7) e passível de ser conectado a um gerador de tensão (10) capaz de gerar e manter um diferencial de potencial elétrico nas extremidades dos dois terminais (8), de tal maneira a fazer com que flua ao longo do reostato (6) uma corrente elétrica capaz de aquecer o corpo anular (7) a uma temperatura de vedação pré-determinada; cada terminal (8) tem no ponto de sua conexão ao corpo anular (7) do reostato (6) uma seção transversal cuja área de superfície (S') é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal (8); o corpo anular (7) do reostato (6) se destina a entrar em contato com a peça (Sp) de filme posicionado com a sua extremidade exterior em contato com a extremidade livre (106) da boca (102) da cápsula (100) para um comprimento pré- determinado de tempo longo o suficiente para vedar a peça (Sp) de filme ao longo da extremidade da cápsula, fechando, assim, a cápsula.

3. DISPOSITIVO DE VEDAÇÃO HERMÉTICA (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as embalagens (100) serem invólucros individuais, cada um embalado em torno de um produto alimentício, tal como chocolate, um doce ou similares, compreendendo uma folha de material de embalagem destinado a receber um de tal produto em uma face desta e compreendendo uma unidade (2) para agarrar e/ou alimentar uma peça (Sp) de material flexível fino de filme utilizado para fabricar um elemento para cobertura e vedação do produto alimentício na folha de material de embalagem; um elemento de vedação (5) que compreende um reostato (6) com um corpo anular (7) e dois terminais (8) que se estendem a partir do corpo anular (7) e passível de ser conectado a um gerador de tensão (10) capaz de gerar e manter um diferencial de potencial elétrico nas extremidades dos dois terminais (8), de tal maneira a fazer com que flua ao longo do reostato (6) uma corrente elétrica capaz de aquecer o corpo anular (7) a uma temperatura de vedação pré-determinada; cada terminal (8) tem no ponto de sua conexão ao corpo anular (7) do reostato (6) uma seção transversal cuja a área de superfície (S') é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal (8); o corpo anular (7) do reostato (6) é formado de tal forma que o produto coberto com a cobertura e o elemento de vedação podem passar através do reostato, que é destinado a circundar a base do produto e entrar em contato com a peça (Sp) de filme posicionado em contato com a folha do material de embalagem por uma período pré- determinado de tempo suficiente para vedar a peça (Sp) do filme sobre a folha de material de embalagem por todo o seu comprimento em torno da base do próprio produto.

4. DISPOSITIVO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por compreender uma lâmina (14) montada de forma coaxial com a unidade de preensão (2) e com o corpo anular (7) do reostato (6), a lâmina (14) sendo destinada a cortar a partir de uma trama (W) do material flexível a peça (Sp) de filme que será apanhado pela unidade de preensão (2).

5. DISPOSITIVO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por, no ponto de contato de cada terminal (8) com o corpo anular (7) do reostato (6) um nó elétrico (11) ser definido onde a corrente (i) é dividida em duas correntes secundárias (i1, i2), que fluem ao longo do corpo anular (7) e se encontram no outro terminal (8); em cada nó (11) da porção do terminal (8) que reside em torno da seção transversal cuja a área de superfície (S') é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal define uma resistência elétrica pré-determinada (R') que é a maior das medidas em qualquer outra seção transversal do respectivo terminal.

6. DISPOSITIVO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por, na porção de terminal (8) que reside em torno da seção transversal cuja a área de superfície (S') é a menor em comparação com as seções transversais em todos os outros pontos do terminal, o efeito Joule produz uma temperatura que é mais alta do que a que pode ser produzida em qualquer outro ponto do terminal.