BR112018007503B1 - Método para controlar um sistema de compressão a vapor em um estado inundado - Google Patents

Método para controlar um sistema de compressão a vapor em um estado inundado Download PDF

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Abstract

MÉTODO PARA CONTROLAR UM SISTEMA DE COMPRESSÃO A VAPOR EM UM ESTADO INUNDADO. A presente invenção refere-se a um método para controlar um sistema de compressão a vapor (1). O sistema de compressão a vapor (1) compreende um ejetor (6) e um dispositivo de separação de líquido (10) dispostos em uma linha de sucção. Pelo menos um evaporador (9) pode ser operado em um estado inundado. Uma taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) é detectada, e é determinado se a taxa de fluxo é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) (9) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido (10). Caso seja determinado que a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) é insuficiente para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) (9), a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) é aumentada e/ou uma taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) (9) para o dispositivo de separação de líquido (10) é diminuída.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção refere-se a um método para controlar um sistema de compressão a vapor que compreende pelo menos um evaporador que é operado em um estado inundado. O método da invenção assegura que o sistema de compressão a vapor seja operado de uma maneira energeticamente eficiente, sem arriscar que o refrigerante líquido alcance o compressor.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] Em um sistema de compressão a vapor, tal como um sistema de refrigeração, um sistema de ar condicionado, uma bomba de aquecimento etc., um meio fluido, tal como refrigerante, é alternativamente comprimido por meio de um ou mais compressores e expandido por meio de um ou mais dispositivos de expansão, e a troca de calor entre o meio fluido e o ambiente ocorre em um ou mais trocadores de calor de rejeição de calor, por exemplo, na forma de condensadores ou refrigeradores a gás e em um ou mais trocadores de calor de absorção de calor, por exemplo, na forma de evaporadores.
[003] Quando o refrigerante atravessa um evaporador disposto em um sistema de compressão a vapor, o refrigerante é pelo menos parcialmente evaporado enquanto a troca de calor ocorre com o ambiente ou com um fluxo de fluido secundário através do evaporador, de tal modo que o calor seja absorvido pelo refrigerante que atravessa o evaporador. A transferência de calor entre o refrigerante e o ambiente ou o fluxo de fluido secundário é mais eficiente ao longo de uma parte do evaporador que contém refrigerante líquido. Consequentemente, é desejável operar o sistema de compressão a vapor de tal modo que o refrigerante líquido esteja presente em uma parte tão grande quanto possível do evaporador, preferencialmente ao longo de todo o evapo- rador.
[004] Contudo, se o refrigerante líquido alcançar a unidade de compressor, há um risco de que o compressor (ou compressores) da unidade de compressor seja danificado. A fim de evitar isso, é necessário operar o sistema de compressão a vapor de tal modo que o refrigerante líquido não possa atravessar o evaporador ou assegurar que qualquer refrigerante líquido que atravessa o evaporador seja removido da linha de sucção e, desse modo, impedido de alcançar a unidade de compressor.
[005] O documento número WO 2012/168544 A1 divulga um circuito de refrigeração de múltiplos evaporadores que compreende pelo menos um compressor, um condensador ou refrigerador a gás, uma primeira válvula de estrangulamento, um separador de líquido/vapor, uma válvula de limitação de pressão, um dispositivo de detecção de nível de líquido, pelo menos um evaporador e um receptor de sucção. No circuito de refrigeração, pelo menos um ejetor que compreende uma porta de sucção é incluído em paralelo à primeira válvula de estrangulamento. O sistema de refrigeração é adaptado para conduzir o líquido frio do receptor de sucção para a porta de sucção do ejetor. Uma primeira válvula de controle na linha do receptor de sucção até a porta de sucção do ejetor pode ser aberta, com base em um sinal de nível máximo gerado pelo dispositivo de detecção de nível de líquido, sempre que o nível de refrigerante líquido no receptor de sucção estiver acima de um nível máximo estabelecido.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[006] É um objetivo das modalidades da invenção fornecer um método para controlar um sistema de compressão a vapor de um modo energeticamente eficiente, sem arriscar que o refrigerante líquido alcance a unidade de compressor.
[007] A invenção fornece um método para controlar um sistema de compressão a vapor, sendo que o sistema de compressão a vapor compreende uma unidade de compressor, um trocador de calor de rejeição de calor, um ejetor, um receptor, pelo menos um dispositivo de expansão e pelo menos um evaporador dispostos em uma trajetória de refrigerante, sendo que o sistema de compressão a vapor compreende adicionalmente um dispositivo de separação de líquido disposto em uma linha de sucção do sistema de compressão a vapor, o dispositivo de separação de líquido compreende uma saída gasosa conectada à entrada da unidade de compressor e uma saída de líquido conectada a uma entrada secundária do ejetor, sendo que o método compreende as etapas de: - permitir que pelo menos um evaporador seja operado em um estado inundado, - detectar uma taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor e determinar se a taxa de fluxo é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido, e - no caso de ser determinado que a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor é insuficiente para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido, aumentar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor, e/ou diminuir uma taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) para o dispositivo de separação de líquido.
[008] O método de acordo com a invenção se destina ao controle de um sistema de compressão a vapor. No presente contexto o termo "sistema de compressão a vapor" deve ser interpretado com o significado de que qualquer sistema em que um fluxo de meio fluido, tal como refrigerante, circula e é alternativamente comprimido e expandido, o que fornece, desse modo, refrigeração ou aquecimento de um volume. Assim, o sistema de compressão a vapor pode ser um sistema de refrigeração, um sistema de ar condicionado, uma bomba de calor, etc.
[009] O sistema de compressão a vapor compreende uma unidade de compressor que compreende um ou mais compressores, um trocador de calor de rejeição de calor, um ejetor, um receptor, pelo menos um dispositivo de expansão e pelo menos um evaporador disposto em uma trajetória de refrigerante. Cada dispositivo de expansão é disposto para abastecer um evaporador com refrigerante. O trocador de calor de rejeição de calor poderia, por exemplo, estar na forma de um condensador, em que o refrigerante é pelo menos parcialmente condensado, ou na forma de um refrigerador de gás, em que o refrigerante é resfriado, mas permanece em um estado transcrítico ou gasoso. O dispositivo (ou dispositivos) de expansão poderia, por exemplo, estar na forma de válvula (ou válvulas) de expansão.
[0010] O sistema de compressão a vapor compreende adicionalmente um dispositivo de separação de líquido disposto em uma linha de sucção do sistema de compressão a vapor, isto é, em uma parte da trajetória de refrigerante que interconecta a saída (ou saídas) do eva- porador (ou evaporadores) e a entrada da unidade de compressor. O dispositivo de separação de líquido compreende uma saída gasosa conectada à entrada da unidade de compressor e uma saída de líquido conectada a uma entrada secundária do ejetor. Assim, o dispositivo de separação de líquido recebe refrigerante da saída (ou saídas) do evaporador (ou evaporadores) e separa o refrigerante recebido em uma parte líquida e uma parte gasosa. A parte líquida do refrigerante é suprida à entrada secundária do ejetor e pelo menos parte da parte gasosa do refrigerante pode ser suprida à entrada da unidade de compressor. Não se exclui que uma parte ou toda a parte gasosa do refrigerante possa ser suprida à entrada secundária do ejetor, junto com a parte líquida do refrigerante. Contudo, a parte líquida do refrigerante não é suprida à entrada da unidade de compressor. Consequentemente, o dispositivo de separação de líquido assegura que qualquer refrigerante líquido que sai do evaporador (ou evaporadores) e entra na linha de sucção seja impedido de alcançar a unidade de compressor.
[0011] De acordo com o método da invenção, pelo menos um evaporador pode ser operado em um estado inundado. Consequentemente, o refrigerante líquido pode atravessar pelo menos um dos eva- poradores e entrar na linha de sucção. Conforme descrito acima, esse refrigerante líquido é separado do refrigerante gasoso no dispositivo de separação de líquido a fim de evitar que o mesmo alcance a unidade de compressor.
[0012] Em seguida, a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor é detectada e é determinado se a taxa de fluxo é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido. Assim, um fluxo de refrigerante mais ou menos contínuo do dispositivo de separação de líquido em direção à entrada secundária do ejetor pode estar presente, isto é, o ejetor pode estar operando mais ou menos continuamente. Contudo, a taxa de fluxo desse fluxo de refrigerante pode ser variável.
[0013] Se a quantidade de refrigerante líquido que entra na linha de sucção e, desse modo, no dispositivo de separação de líquido do evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado excede a quantidade de refrigerante que flui do dispositivo de separação de líquido em direção à entrada secundária do ejetor, então, o refrigerante líquido acumulará no dispositivo de separação de líquido. Isso é aceitável por um período de tempo limitado, mas se a situação continua, o dispositivo de separação de líquido será eventualmente preenchido por refrigerante líquido e não será mais possível evitar que o refrigerante líquido alcance a unidade de compressor. Isso é indesejável, visto que causa dano ao compressor (ou compressores) da unidade de compressor.
[0014] Consequentemente, caso a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do eje- tor seja insuficiente para remover o refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido, há um risco de que a situação descrita acima ocorra e precauções precisam ser tomadas a fim de evitar isso. Assim, quando isso é detectado, a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor é aumentada e/ou uma taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) para o dispositivo de separação de líquido é diminuída. No primeiro caso, a quantidade de refrigerante que flui do dispositivo de separação de líquido em direção à entrada secundária do ejetor é aumentada, o que permite que o refrigerante líquido suprido pelo evaporador (ou evaporadores) seja removido do dispositivo de separação de líquido. No último caso, a quantidade de refrigerante líquido suprida para o dispositivo de separação de líquido pelo evaporador (ou evaporadores) é reduzida, o que permite que o refrigerante líquido seja removido do dispositivo de separação de líquido em direção à entrada secundária do ejetor na taxa de fluxo atual. Em qualquer caso, o acúmulo de refrigerante líquido no dispositivo de separação de líquido é evitado.
[0015] Assim, quando um sistema de compressão a vapor é con- trolado de acordo com o método de acordo com a invenção, pelo menos alguns dos evaporadores podem operar em um estado inundado, o que aprimora a transferência de calor do evaporador (ou evaporado- res), enquanto o refrigerante líquido é eficientemente impedido de alcançar o compressor (ou compressores) da unidade de compressor.
[0016] A etapa de aumentar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor pode compreender reduzir uma pressão prevalecente dentro do receptor. Quando a pressão prevalecente dentro do receptor é reduzida, a diferença de pressão pelo ejetor, isto é, a diferença de pressão entre o refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor e entra na entrada primária do ejetor e o refrigerante que sai do ejetor e entra no receptor, é aumentada. Isso aumenta a capacidade do ejetor de acionar o fluxo de refrigerante secundário no ejetor, isto é, o fluxo de refrigerante que entra no ejetor através da entrada secundária. Desse modo, a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor é aumentada.
[0017] A pressão prevalecente dentro do receptor poderia, por exemplo, ser diminuída através do aumento de uma capacidade de compressor alocada para comprimir o refrigerante recebido da saída gasosa do receptor.
[0018] Alternativa ou adicionalmente, a etapa de aumentar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor pode compreender aumentar uma pressão de refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor e entra em uma entrada primária do ejetor. Aumentar a pressão de refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor também aumentará a diferença de pressão pelo ejetor, o que resulta em um aumento no fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor, conforme descrito acima.
[0019] A pressão de refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor poderia, por exemplo, ser aumentada através da diminuição de um grau de abertura da entrada primária do ejetor. Alternativa ou adicionalmente, a pressão de refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor poderia ser aumentada através da diminuição de um fluxo de fluido secundário pelo trocador de calor de rejeição de calor, por exemplo, através da redução de uma velocidade de um ventilador de um fluxo de ar secundário pelo trocador de calor de rejeição de calor ou através do ajuste de uma bomba que aciona um fluxo de líquido secundário pelo trocador de calor de rejeição de calor.
[0020] A etapa de reduzir a taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) para o dispositivo de separação de líquido pode compreender evitar que pelo menos algum evaporador (ou evaporadores) seja operado em um estado inundado. Quando pelo menos alguns evaporadores que anteriormente podiam ser operados em um estado inundado são impedidos de fazerem o mesmo, espera- se que a quantidade total de refrigerante líquido que é suprida à linha de sucção e, assim, ao dispositivo de separação de líquido, do evapo- rador (ou evaporadores) seja reduzida. Por exemplo, todos os evapo- radores podem ser impedidos de serem operados em um estado inundado. Nesse caso, o refrigerante líquido não pode mais atravessar qualquer um dos evaporadores, isto é, nenhum refrigerante líquido entra na linha de sucção e, portanto, no dispositivo de separação de líquido, e a quantidade de refrigerante líquido no dispositivo de separação de líquido não é aumentada, independentemente da taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor.
[0021] O evaporador (ou evaporadores) pode, por exemplo, ser impedido de operar em um estado inundado através do aumento de um valor de ponto de ajuste ou um limite inferior para o superaquecimento de refrigerante que sai do evaporador (ou evaporadores) e, subsequentemente, controlar o suprimento de refrigerante para o eva- porador (ou evaporadores) de acordo com o valor de ponto de ajuste ou limite inferior aumentado.
[0022] O superaquecimento de refrigerante que sai de um evapo- rador é a diferença de temperatura entre a temperatura de refrigerante que sai do evaporador e do ponto de condensação do refrigerante que sai do evaporador. Assim, um alto valor de superaquecimento indica que todo o refrigerante líquido suprido ao evaporador é evaporado bem antes de o mesmo alcançar a saída do evaporador. Conforme descrito acima, isso resulta em uma transferência de calor relativamente baixa no evaporador. Contudo, apenas o refrigerante gasoso atravessa o evaporador. De modo similar, nenhum superaquecimento indica que o refrigerante líquido está presente por todo o comprimento do evaporador, isto é, que o evaporador é operado em um estado inundado. Assim, selecionar um ponto de ajuste positivo para o valor de superaquecimento evitará que o evaporador seja operado em um estado inundado.
[0023] Como uma alternativa, o evaporador (ou evaporadores) pode ser impedido de operar em um estado inundado através da redução de um grau de abertura máximo permissível do dispositivo (ou dispositivos) de expansão. Isso limitará o suprimento de refrigerante ao eva- porador (ou evaporadores), o que reduz a quantidade de refrigerante líquido que atravessa o evaporador (ou evaporadores), entrando na linha de sucção e sendo suprida para o dispositivo de separação de líquido.
[0024] Alternativa ou adicionalmente, a etapa de reduzir o refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) para um dispositivo de separação de líquido pode compreender diminuir uma pressão preva- lecente na linha de sucção do sistema de compressão a vapor. Quando a pressão prevalecente na linha de sucção é diminuída, a pressão do refrigerante que atravessa o evaporador (ou evaporadores) também é diminuída. Assim, o ponto de condensação do refrigerante também é diminuído, o que leva uma grande porção do refrigerante a evaporar enquanto atravessa o evaporador (ou evaporadores). Consequentemente, a quantidade de refrigerante líquido que atravessa o evapora- dor (ou evaporadores) é diminuída.
[0025] A etapa de detectar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor pode compreender medir a taxa de fluxo por meio de um comutador de fluxo e/ou um sensor de fluxo. O comutador de fluxo e/ou sensor de fluxo pode vantajosamente ser disposto na parte da trajetória de refrigerante que interconecta o dispositivo de separação de líquido e a entrada secundária do ejetor.
[0026] A etapa de determinar se a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do eje- tor é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido pode compreender medir uma temperatura de refrigerante na linha de sucção. Isso poderia, por exemplo, incluir monitorar a temperatura de sucção para os compressores a fim de estabelecer se a mesma está ou se aproxima da saturação (isto é, o ponto de condensação). Se esse for o caso, é mais provável que a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do ejetor seja insuficiente para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado.
[0027] Como uma alternativa, as variações de temperatura podem ser monitoradas e analisadas. Ao analisar o comportamento de medi- ção de temperatura (análise de sinal), é possível determinar se o líquido está presente na linha de sucção.
[0028] Como uma alternativa, no caso em que um trocador de calor de linha de sucção é disposto na linha de sucção, a fim de fazer com que pelo menos uma parte do refrigerante líquido que entra na linha de sucção evapore, uma ou mais temperaturas adequadas para estabelecer um equilíbrio de calor do trocador de calor de linha de sucção podem ser medidas.
[0029] O trocador de calor de linha de sucção pode ser disposto entre a saída gasosa do dispositivo de separação de líquido e a entrada do compressor, e o mesmo pode ser disposto para fornecer troca de calor entre o refrigerante que flui nessa parte da trajetória de refrigerante e um fluxo secundário de um meio de fluido mais quente, por exemplo, o refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor. Consequentemente, o refrigerante que flui do dispositivo de separação de líquido em direção à unidade de compressor é aquecido ao atravessar o trocador de calor de linha de sucção. Os fluxos de massa através de tal trocador de calor de linha de sucção podem ser derivados da capacidade de compressor atual.
[0030] O fluxo de massa secundário é resfriado de acordo com as temperaturas medidas e a equação a seguir:
Figure img0001
em que Cp, sec é a capacidade de aquecimento do fluxo secundário, ta é a temperatura de entrada do fluxo secundário e tb é a temperatura de saída do fluxo secundário.
[0031] De modo similar, a temperatura primária, tB, pode ser prevista com o uso da equação a seguir:
Figure img0002
em que Cp, pri é a capacidade de aquecimento do fluxo primário, tA é a temperatura de entrada do fluxo primário e tB é a temperatura de saída do fluxo primário.
[0032] Se a temperatura prevista for maior do que a temperatura efetiva medida, isso significa que uma parte da energia transferida do lado secundário é usada para evaporar líquido e é possível calcular quanto.
[0033] A etapa de determinar se a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido para a entrada secundária do eje- tor é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido pode ser realizada com base nas características do ejetor. Por exemplo, um modelo muito simples poderia ser usado, em que a temperatura de refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor é monitorada. No caso de a temperatura diminuir abaixo de determinado valor limite, isso é uma indicação de que o ejetor não está mais funcionando.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0034] A invenção será descrita agora com referência aos desenhos anexos em que a Figura 1 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor que é controlado de acordo com o método de acordo com uma primeira modalidade da invenção, a Figura 2 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor que é controlado de acordo com um método de acordo com uma segunda modalidade da invenção, a Figura 3 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor que é controlado de acordo com um método de acordo com uma terceira modalidade da invenção, e a Figura 4 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor que é controlado de acordo com um método de acordo com uma quarta modalidade da invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DOS DESENHOS
[0035] A Figura 1 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor 1 que é controlado de acordo com o método de acordo com uma primeira modalidade da invenção. O sistema de compressão a vapor 1 compreende uma unidade de compressor 2 que compreende um número de compressores 3, 4, três dos quais são mostrados, um trocador de calor de rejeição de calor 5, um ejetor 6, um receptor 7, um dispositivo de expansão 8, na forma de uma válvula de expansão, um evaporador 9 e um dispositivo de separação de líquido 10 dispostos em uma trajetória de refrigerante.
[0036] Dois dos compressores mostrados 3 são conectados a uma saída gasosa 11 do dispositivo de separação de líquido 10. Consequentemente, o refrigerante gasoso que sai do evaporador 9 pode ser suprido a esses compressores 3 através do dispositivo de separação de líquido 10. O terceiro compressor 4 é conectado a uma saída gasosa 12 do receptor 7. Consequentemente, o refrigerante gasoso pode ser suprido diretamente a partir do receptor 7 a esse compressor 4.
[0037] O refrigerante que flui na trajetória de refrigerante é comprimido pelos compressores 3, 4 da unidade de compressor 2. O refrigerante comprimido é suprido ao trocador de calor de rejeição de calor 5, em que a troca de calor ocorre de tal modo que o calor é rejeitado do refrigerante.
[0038] O refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor 5 é suprido a uma entrada primária 13 do ejetor 6 antes de ser suprido ao receptor 7. Quando passa pelo ejetor 6, o refrigerante é submetido à expansão. Desse modo, a pressão do refrigerante é reduzida e o refrigerante que é suprido ao receptor 7 está em um estado líquido e gasoso misturado.
[0039] No receptor 7 o refrigerante é separado em uma parte líquida e uma parte gasosa. A parte líquida do refrigerante é suprida ao evaporador 9 através de uma saída de líquido 14 do receptor 7 e do dispositivo de expansão 8. No evaporador 9, a parte líquida do refrigerante é pelo menos parcialmente evaporada, enquanto a troca de calor ocorre de tal modo que o calor seja absorvido pelo refrigerante.
[0040] O evaporador 9 pode ser operado em um estado inundado, isto é, de tal modo que refrigerante líquido esteja presente ao longo do comprimento inteiro do evaporador 9. Desse modo, uma parte do refrigerante que atravessa o evaporador 9 e entra na linha de sucção pode estar em um estado líquido.
[0041] O refrigerante que sai do evaporador 9 é recebido no dispositivo de separação de líquido 10, onde o refrigerante é separado em uma parte líquida e uma parte gasosa. A parte líquida do refrigerante é suprida a uma entrada secundária 15 do ejetor 6 através de uma saída de líquido 16 do dispositivo de separação de líquido 10. Pelo menos uma parte do refrigerante gasoso pode ser suprida aos compressores 3 da unidade de compressor 2 através da saída gasosa 11 do dispositivo de separação de líquido 10. Contudo, não se exclui que pelo menos uma parte do refrigerante gasoso seja suprida à entrada secundária 15 do ejetor 6 através da saída de líquido 16 do dispositivo de separação de líquido 10.
[0042] Consequentemente, o dispositivo de separação de líquido 10 assegura que qualquer refrigerante líquido que atravessa o evapo- rador 9 seja impedido de alcançar os compressores 3, 4 da unidade de compressor 2. Em vez disso tal refrigerante líquido é suprido para a entrada secundária 15 do ejetor 6.
[0043] A parte gasosa do refrigerante no receptor 7 pode ser suprida ao compressor 4. Ademais, uma parte do refrigerante gasoso no receptor 7 pode ser suprida aos compressores 3 através de uma válvula de desvio 17. Abrir a válvula de desvio 17 aumenta a capacidade do compressor que está disponível para comprimir o refrigerante rece- bido da saída gasosa 12 do receptor 7.
[0044] De acordo com o método da invenção, uma taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido 10 para a entrada secundária 15 do ejetor 6 é detectada. Adicionalmente, é determinado se a taxa de fluxo é suficiente ou não para remover o refrigerante líquido que pode atravessar o evaporador 9 e entrar no dispositivo de separação de líquido 10.
[0045] Se a taxa de fluxo for insuficiente para remover o refrigerante líquido produzido pelo evaporador 9, então, o refrigerante líquido acumulará no dispositivo de separação de líquido 10, eventualmente resultando no fluxo do refrigerante líquido em direção à unidade de compressor 2 através da saída gasosa 11 do dispositivo de separação de líquido 10. Isso é indesejável, visto que pode causar danos aos compressores 3, 4.
[0046] Portanto, quando se determina que a taxa de fluxo é insuficiente para remover o refrigerante líquido produzido pelo evaporador 9, a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido 10 para a entrada secundária 15 do ejetor 6 é aumentada e/ou uma taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador 9 para o dispositivo de separação de líquido 10 é diminuída. Assim, assegura-se que a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido 10 para a entrada secundária 15 do ejetor 6 seja suficiente para remover o refrigerante líquido produzido pelo evaporador 9 e o acúmulo de refrigerante líquido no dispositivo de separação de líquido 10 é evitado.
[0047] A taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido 10 para a entrada secundária 15 do ejetor 6 poderia, por exemplo, ser aumentada através da diminuição de uma pressão prevalecente dentro do receptor 7 e/ou através do aumento de uma pressão de refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor 5 e entra na entrada primária 13 do ejetor 6. Isso foi descrito em detalhes acima.
[0048] A taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador 9 para o dispositivo de separação de líquido 10 poderia, por exemplo, ser diminuída evitando-se que o evaporador 9 opere em um estado inundado ou através da diminuição de uma pressão prevalecente na linha de sucção. Isso foi descrito em detalhes acima.
[0049] A Figura 2 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor 1 que é controlado de acordo com um método de acordo com uma segunda modalidade da invenção. O sistema de compressão a vapor 1 da Figura 2 é muito similar ao sistema de compressão a vapor 1 da Figura 1 e o mesmo não será, portanto, descrito em detalhes aqui.
[0050] No sistema de compressão a vapor 1 da Figura 2, um sensor de fluxo 18 é disposto na parte da trajetória de refrigerante que in- terconecta a saída de líquido 16 do dispositivo de separação de líquido 10 e a entrada secundária 15 do ejetor 6. O sensor de fluxo 18 é usado para detectar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido 10 para a entrada secundária 15 do ejetor 6. Ademais, um comutador de fluxo poderia ser disposto nessa parte da trajetória de refrigerante, ou o sensor de fluxo 18 poderia ser substituído por um comutador de fluxo.
[0051] A Figura 3 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor 1 que é controlado de acordo com um método de acordo com uma terceira modalidade da invenção. O sistema de compressão a vapor 1 da Figura 3 é muito similar aos sistemas de compressão a vapor 1 das Figuras 1 e 2 e, portanto, não será descrito em detalhes aqui.
[0052] No sistema de compressão a vapor 1 da Figura 3, apenas dois compressores 3 são mostrados na unidade de compressor 2. Ambos os compressores 3 são conectados à saída gasosa 11 do dis- positivo de separação de líquido 10. Consequentemente, o refrigerante gasoso do receptor 7 pode apenas ser suprido para a unidade de compressor 2 através da válvula de desvio 17.
[0053] A Figura 4 é uma vista diagramática de um sistema de compressão a vapor 1 que é controlado de acordo com um método de acordo com uma quarta modalidade da invenção. O sistema de compressão a vapor 1 da Figura 4 é muito similar aos sistemas de compressão a vapor 1 das Figuras 1 a 3 e, portanto, não será descrito em detalhes aqui.
[0054] Na unidade de compressor 2 do sistema de compressão a vapor 1 da Figura 4, um compressor 3 é mostrado conectado à saída gasosa 11 do dispositivo de separação de líquido 10 e um compressor 4 é mostrado conectado à saída gasosa 12 do receptor 7. Um terceiro compressor 19 é mostrado como dotado de uma válvula de três vias 20 que permite que o compressor 19 seja seletivamente conectado à saída gasosa 11 do dispositivo de separação de líquido 10 ao à saída gasosa 12 do receptor 7. Assim, uma parte da capacidade de compressor da unidade de compressor 2 pode ser alterada entre "capacidade principal de compressor", isto é, quando o compressor 19 está conectado à saída gasosa 11 do dispositivo de separação de líquido 10, e "capacidade de receptor de compressor", isto é, quando o compressor 19 está conectado à saída gasosa 12 do receptor 7. Assim, é possível ajustar a pressão prevalecente dentro do receptor 7 e, portanto, a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido 10 para a entrada secundária 15 do ejetor 6, através da operação da válvula de três vias 20, aumentando ou diminuindo, assim, a quantidade de capacidade de compressor disponível para comprimir o refrigerante recebido da saída gasosa 12 do receptor 7.
[0055] Ademais, o sistema de compressão a vapor 1 da Figura 4 compreende três dispositivos de expansão 8a, 8b, 8c e três evapora- dores 9a, 9b, 9c, dispostos fluidamente em paralelo na trajetória de refrigerante. Cada um dos dispositivos de expansão 8a, 8b, 8c é disposto para controlar um fluxo de refrigerante para um dos evaporado- res 9a, 9b, 9c.
[0056] Ao controlar o sistema de compressão a vapor 1 da Figura 4, todos os evaporadores 9a, 9b, 9c podem ser operados em um estado inundado, ou apenas alguns dos evaporadores 9a, 9b, 9c podem ser operados em um estado inundado.

Claims (8)

1. Método para controlar um sistema de compressão a vapor (1), caracterizado pelo fato de que o sistema de compressão a vapor (1) compreende uma unidade de compressor (2), um trocador de calor de rejeição de calor (5), um ejetor (6), um receptor (7), pelo menos um dispositivo de expansão (8) e pelo menos um evaporador (9) dispostos em uma trajetória de refrigerante, sendo que o sistema de compressão a vapor (1) compreende adicionalmente um dispositivo de separação de líquido (10) disposto em uma linha de sucção do sistema de compressão a vapor (1), o dispositivo de separação de líquido (10) compreende uma saída gasosa (11) conectada à entrada da unidade de compressor (2) e uma saída de líquido (16) conectada a uma entrada secundária (15) do ejetor (6), sendo que o método compreende as etapas de: - permitir que pelo menos um evaporador (9) seja operado em um estado inundado, - detectar uma taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) e determinar se a taxa de fluxo é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) (9) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido (10), e - caso seja determinado que a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) é insuficiente para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) (9) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação (10), aumentar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) e/ou diminuir uma taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) (9) para o dispositivo de separação de líquido (10).
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa de aumentar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) compreende reduzir uma pressão prevalecente dentro do receptor (7).
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a etapa de aumentar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) compreende aumentar uma pressão de refrigerante que sai do trocador de calor de rejeição de calor (5) e entra em uma entrada primária (13) do ejetor (6).
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a etapa de reduzir a taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) (9) para o dispositivo de separação de líquido (10) compreende evitar que pelo menos algum evaporador (ou alguns evaporadores) (9) seja operado em um estado inundado.
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a etapa de reduzir a taxa de fluxo de refrigerante líquido do evaporador (ou evaporadores) (9) para o dispositivo de separação de líquido (10) compreende diminuir uma pressão prevalecente na linha de sucção do sistema de compressão a vapor (1).
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a etapa de detectar a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) compreende medir a taxa de fluxo por meio de um comutador de fluxo e/ou um sensor de fluxo (18).
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a etapa de determinar se a taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para a entrada secundária (15) do ejetor (6) é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou eva- poradores) (9) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido (10) compreende medir uma temperatura de refrigerante na linha de sucção.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a etapa de determinar se uma taxa de fluxo de refrigerante do dispositivo de separação de líquido (10) para uma entrada secundária (15) do ejetor (6) é suficiente ou não para remover refrigerante líquido produzido pelo evaporador (ou evaporadores) (9) que pode ser operado em um estado inundado do dispositivo de separação de líquido (10) é realizada com base nas características do ejetor (6).
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