BR112017015523B1 - Corpo auricular, dispositivo de proteção auditiva e kit - Google Patents

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Abstract

A presente invenção se refere a um corpo auricular com uma corneta acús-tica convoluta e um dispositivo de proteção auditiva que inclui o corpo auricular. A corneta acústica convoluta, que é configurada para receber ondas sonoras trans-portadas pelo ar através de uma primeira abertura de recepção de som, e para emitir ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma segunda abertura de emissão de som, sendo que a primeira abertura de recepção de som é maior na área em se-ção transversal que a segunda abertura de emissão de som.

Description

Antecedentes
[001] Dispositivos de proteção auditiva são frequentemente usados em, por exemplo, aplicações industriais, militares e recreativas.
Sumário
[002] Em um sumário geral, a presente invenção revela um corpo auricular que compreende uma corneta acústica convoluta; e, um dispositivo de proteção auditiva que inclui tal corpo auricular. Esses e outros aspectos ficarão evidentes a partir da descrição detalhada a seguir. Entretanto, em nenhuma situação este su-mário deve ser considerado como limitador do assunto reivindicado, quer este as-sunto seja apresentado nas reivindicações do pedido conforme inicialmente depo-sitado ou nas reivindicações que forem alteradas ou apresentadas de outro modo posteriormente.
Breve descrição dos desenhos
[003] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de um dispositivo de proteção auditiva exemplificador que inclui um corpo auricular exemplificador, conforme revelado aqui.
[004] A Figura 2 é uma vista explodida em perspectiva alternativa do disposi-tivo da Figura 1.
[005] A Figura 3 é uma vista em perspectiva de um corpo auricular exemplifi- cador, com o corpo mostrado em transparência parcial para revelar uma corneta acústica convoluta exemplificadora.
[006] A Figura 4 é uma vista do corpo auricular exemplificador da Figura 3, vista ao longo de um eixo para dentro-para fora do corpo auricular, e mostrada em transparência parcial.
[007] A Figura 5 é uma vista em seção transversal do corpo auricular exemplificador da Figura 3.
[008] A Figura 6 é uma vista lateral de uma orelha humana representativa.
[009] A Figura 7 é uma vista lateral de um dispositivo de proteção auditiva exemplificador revelado na presente invenção, conforme ajustado em uma orelha humana.
[010] A Figura 8 apresenta os dados de perda de inserção para um Exemplo de Trabalho de dispositivo de proteção auditiva l, em comparação com um dispositivo de proteção auditiva convencional.
[011] Números de referência similares nas várias figuras indicam elementos similares. Alguns elementos podem estar presentes em múltiplos idênticos ou equivalentes; nesses casos, somente um ou mais elementos representativos podem estar representados por um número de referência, mas deve-se compreender que tais números de referência se aplicam a todos os tais elementos idênticos. Salvo indicação em contrário, todas as figuras e desenhos neste documento não estão em escala e são selecionados com o propósito de ilustrar diferentes modalidades da invenção. Em particular, as dimensões dos vários componentes são mostradas somente em termos ilustrativos e não se deve inferir uma relação entre as dimensões dos vários componentes a partir dos desenhos, a não ser quando indicado de tal forma.
Descrição detalhada
[012] Para clareza da descrição do dispositivo revelado na presente invenção e sua colocação e funcionamento em uma orelha humana, a terminologia a seguir será aplicada. (Muitas descrições apresentadas na presente invenção dizem respeito a uma orelha humana direita, conforme visto nas Figuras, e a um dispositivo ajustado à mesma; deve-se compreender que as descrições correspondentes se aplicam a uma orelha esquerda e a um dispositivo similar ajustado à mesma.) Como usado aqui, “para dentro” significa em direção ao ouvido interno da orelha à qual o dispositivo é encaixado; “para fora” significa para longe do ouvido interno da orelha a qual o dispositivo é encaixado. Um eixo para dentro-para fora IOa (conforme visto, por exemplo, nas Figuras 2, 4 e 5) de um corpo auricular significa um eixo que é orientado, ao menos de modo geral, ao longo desta direção quando o corpo é encaixado na orelha de um usuário. “Radialmente para dentro” e “radialmente para fora” significam, respectivamente, radialmente para dentro na direção do, e radialmente para fora na direção oposta ao eixo (isto é, em uma direção, ao menos de modo geral, ortogonal a esse eixo). Os termos “em sentido horário” e “em sentido anti-horário” têm seu significado habitual. Termos como superior, para cima, topo, acima e similares; e inferior, para baixo, fundo, abaixo e similares; têm seu significado habitual com referência a um eixo que passa em geral acima e abaixo da orelha humana (por exemplo, um lóbulo da orelha está na parte de baixo da orelha humana).
[013] Conforme usado aqui como um modificador de uma propriedade ou de um atributo, o termo “de modo geral”, exceto onde definido especificamente em con-trário, significa que a propriedade ou o atributo seriam prontamente passíveis de reconhecimento por um versado na técnica, sem a necessidade de um alto grau de aproximação (por exemplo, dentro de ± 20%, para propriedades quantificáveis). O termo “substancialmente”, exceto onde definido especificamente em contrário, significa até um alto grau de aproximação (por exemplo, dentro de +/- 10% para propriedades quantificáveis). O termo “essencialmente” significa até um grau de aproximação muito alto (por exemplo, dentro de mais ou menos 2% para propriedades quantificáveis); será entendido que a frase “ao menos essencialmente” inclui o caso específico de uma correlação “exata”. Entretanto, mesmo uma correlação “exata”, ou qualquer outra caracterização que utiliza termos como, por exemplo, inalterado, igual, idêntico, uniforme, constante, e similares, será entendida como estando dentro das tolerâncias normais ou erros de medição aplicáveis à circunstância específica, ao invés de exigir precisão absoluta ou uma correlação perfeita. Todas as referências a parâmetros numéricos na presente invenção (dimensões, razões, e assim por diante) são entendidas como sendo calculáveis (exceto onde especificado em contrário) mediante o uso de valores médios derivados de inúmeras medições de parâmetros, particularmente no caso de um parâmetro que é variável.
[014] Como mostrado na modalidade exemplificadora na Figura 1, a presente invenção revela um dispositivo de proteção auditiva 1 que é adequado para ser encaixado na concha de uma orelha humana. Em ao menos algumas modalidades, o dispositivo 1 é um dispositivo passivo, que será distinguido de um dispositivo de proteção auditiva eletrônico. Conforme mostrado nas Figuras 1 e 2, o dispositivo 1 é compreendido de dois componentes principais - fone intra-auricular 40 e corpo auricular 10. O corpo auricular 10 está configurado (isto é, formatado e dimensionado) para se alojar na concha da orelha de um usuário humano, e está configurado para receber sons transportados pelo ar que passam para dentro de, e através de, uma corneta acústica convoluta 20 (mais facilmente vista nas Figuras 3 e 4), e é então emitido a partir da mesma para ser recebido pelo fone intra-auricular 40. O fone intra-auricular 40 está configurado (por exemplo, ele é formatado e dimensionado, e compreende um material de maciez adequada) para se encaixar no canal do ouvido da orelha do usuário (tal terminologia representa amplamente que ao menos uma porção do fone intra-auricular 40 se encaixa em uma porção externa do canal do ouvido e não implica que a totalidade do fone intra-auricular 40 deva se encaixar no canal do ouvido). Em ao menos algumas modalidades o fone intra-auricular 40 é fixado de modo removível ao corpo auricular 10, de modo que o fone intra-auricular 40 pode ser removido e limpo, ou substituído, se for desejado. Em outras modalidades, o fone intra-auricular 40 pode ser suprido juntamente com o corpo auricular 10, por exemplo, fixado de modo não removível ao mesmo.
[015] Um corpo auricular 10 exemplificador é mostrado nas Figuras 1 e 2 (em combinação com um fone intra-auricular 40) e em uma vista isolada nas Figuras de 3 a 5. O corpo auricular 10 compreende uma carcaça 11 que pode ser compreendida de, por exemplo, um material polimérico moldado. Em algumas modalidades, a carcaça 11 pode ser formada pelo acoplamento de duas partes de carcaça principais juntas, por exemplo, as partes de carcaça principais interna e externa. Em outras modalidades, a carcaça 11 (e, por exemplo, todo o corpo auricular 10) pode compreender uma única entidade, por exemplo, produzida por impressão 3D. A carcaça 11, ao menos parcial-mente, define um interior 22 (visto, por exemplo, na Figura 5), no qual é fornecida uma corneta acústica convoluta 20, descrita em maiores detalhes mais adiante. Deve-se enfatizar que a vista em seção transversal da Figura 5 é meramente uma representação idealizada, na qual a maioria das porções do interior do corpo auricular 22, exceto a corneta acústica 20, são mostradas de maneira sólida. Isso é feito para facilidade de visualização da corneta acústica 20; em muitas modalidades o interior 22 do corpo auricular 10 pode compreender um ou mais espaços livres em adição aos espaços livres que proporcionam coletivamente a corneta acústica 20. Estes espaços livres podem, por exemplo, fornecer espaço para outros componentes ou recursos, conforme discutido mais adiante na presente invenção.
[016] Em ao menos algumas modalidades, o alojamento 11 pode compreen-der um material rígido ou semi-rígido, por exemplo, um material que não é tão macio e deformável como o material do fone intra-auricular 40. Em várias modalidades, a carcaça 11 pode ser compreendida de um material polimérico orgânico (por exemplo, uma resina termoplástica de modelagem por injeção) com uma dureza de ao menos cerca de 70, 80, 90 ou 100 em uma escala Shore A.
Corneta acústica
[017] O corpo auricular 10 compreende uma corneta acústica 20, conforme visto na modalidade exemplificadora nas Figuras de 3 a 5. Por definição, uma cor-neta acústica compreende uma primeira abertura de recepção de som 13 (isto é, uma entrada) e uma segunda abertura de emissão de som 17 (isto é, uma saída, como visto, por exemplo, na Figura 5) que estão conectadas de maneira fluida uma com a outra, de modo que o som transportado pelo ar que entra através da entrada pode passar através da corneta e ser emitida a partir da saída. Por definição, a entrada de recepção de som 13 tem uma área maior do que a saída de emissão de som 17, de modo que a entrada 13 funciona como uma “boca” da corneta enquanto a saída 17 funciona como uma “garganta” da corneta.
[018] Em algumas modalidades, a entrada de recepção de som 13 é, ao me-nos de modo geral, uma abertura voltada para fora (conforme evidenciado, por exem-plo, nas Figuras 1 e 3, e particularmente na Figura 5), o que significa que ela está voltada, ao menos de modo geral, para fora ao longo do eixo para dentro-para fora IOa do corpo auricular 10. Em outras modalidades, a entrada de recepção de som 13 pode ser, ao menos de modo geral, uma abertura voltada para dentro. Em ao menos algumas modalidades, a saída de emissão de som 17 é, ao menos de modo geral, uma abertura voltada para dentro (observando-se que na modalidade exemplificadora da Figura 5, a saída 17 está, de modo geral, voltada para dentro, ainda que a um pequeno ângulo para longe do eixo para dentro-para fora IOa).
[019] Uma corneta acústica 20 é uma corneta convoluta, com o termo con- voluta tendo seu significado comum; isto é, a corneta 20 segue uma trajetória (ao longo do comprimento da corneta de entrada 13 até a saída 17) que é, por exemplo, ao menos genericamente tortuosa, em formato de serpentina, enrolada ou es- piralada. Tal corneta convoluta (conforme visto mais facilmente na modalidade exemplificadora das Figuras 3 e 4) é diferente, por exemplo, de uma corneta “em forma de grampo (hairpin)” que, ao longo de seu comprimento, compreende apenas uma única porção nitidamente flexionada, com o restante do comprimento da corneta sendo relativamente reto.
[020] Em algumas modalidades, a corneta acústica 20 pode ser uma corneta helicoidal, o que significa que ao menos uma porção significativa (ou seja, ao menos cerca de 35%) do comprimento da corneta 20 exibe uma trajetória helicoidal que se move em uma direção para dentro ao percorrer o comprimento da corneta da entrada 13 até a saída 17. Tal trajetória de corneta helicoidal é diferente de uma trajetória em espiral ao menos substancialmente plana, na qual a maior parte da ou essencialmente toda a trajetória está em um plano que está em um local relativamente constante ao longo do eixo IOa. Em modalidades adicionais nas quais a corneta acústica 20 é uma corneta helicoidal, ao menos 40, 50, 60, 70, ou 80 por cento do comprimento da trajetória da corneta apresenta uma trajetória helicoidal.
[021] Com o propósito de medir o comprimento da trajetória (ou qualquer outra caracterização da corneta 20), a “trajetória” da corneta 20 é traçada ao longo da linha central da corneta 20, da entrada 13 até a saída 17. (Conforme discutido mais adiante em maiores detalhes, e conforme será evidente, por exemplo, na Figura 5, a saída 17 da corneta 20 não precisa ser necessariamente a mesma abertura que a abertura de emissão de som (12 na Figura 5) através da qual som transportado pelo ar deixa o corpo auricular 10.) Para o simples caso de uma corneta na qual a área da seção transversal da corneta é circular ao longo do comprimento da corneta, tal trajetória poderia ser simplesmente um traço na linha central que segue a corneta da entrada até a saída, conectando os centros geométricos de cada seção transversal circular sucessiva ao longo do comprimento da corneta. Para outros formatos (por exemplo, quadrados, retângulos, triângulos isósceles e similares) tal trajetória seguiria, de modo similar, o centro geométrico de cada seção transversal sucessiva ao longo do comprimento da corneta. Por exemplo, para formatos irregulares, triângulos não isósceles, e assim por diante, o centroide (baricentro) de cada fatia transversal sucessiva da corneta pode ser utilizado para estabelecer a trajetória. Se uma corneta varia em formato na seção transversal ao longo de seu comprimento, quaisquer um destes podem ser usados em combinação, conforme necessário.
[022] Em algumas modalidades, a corneta acústica 20 pode apresentar ao menos um recurso de passagem inferior. Um recurso de passagem inferior é um no qual, quando a corneta é vista a partir do lado para fora em direção ao lado para dentro ao longo do eixo para dentro-para fora IOa como na Figura 4, ao menos uma porção de uma área em seção transversal de uma porção para dentro da corneta fica interiormente sob ao menos uma porção de uma área da seção transversal de uma porção para fora da corneta (e é separado do mesmo por parte do volume do interior 22 do corpo auricular 10 que não é parte da corneta acústica). Ou seja, quando vista desta maneira, tal porção para dentro da corneta passa ao menos parcialmente para dentro sob a porção para fora da corneta. Dois destes recursos de passagem inferior 18 e 19 são visíveis nas Figuras 3 e 5, e especialmente na Figura 4. Em várias modalidades, a corneta acústica 20 pode ter nenhum, um, dois, três, quatro, ou mais recursos de passagem inferior.
Abertura(s) deslocada(s)
[023] Em algumas modalidades, a segunda abertura de emissão de som (saí-da) 17 da corneta convoluta 20 pode ser uma abertura deslocada. Por isso entende-se que, quando vista ao longo do eixo para dentro-para fora IOa do corpo auricular, a abertura (saída) 17 da corneta 20 não se sobrepõe ao centro geométrico (centroide) do corpo auricular 10. A vista (ao longo do eixo para dentro-para fora) da Figura 4 re-vela, portanto, que a saída exemplificadora 17, como mostrada aqui, é uma abertura deslocada. Será apreciado que uma saída da corneta que é deslocada dessa forma (ao contrário de, por exemplo, uma saída da corneta situada substancialmente no centro geométrico de um corpo auricular) possa permitir vantajosamente que um corpo auricular maior (e, dessa forma, uma corneta maior e/ou mais longa) seja usado, sem que qualquer porção do corpo auricular fique sobre alguma porção (por exemplo, o trago e/ou antítrago) da orelha do usuário, o que pode causar desconforto.
[024] Em algumas modalidades, a primeira abertura de emissão de som (en-trada) 13 da corneta convoluta 20 pode ser uma abertura deslocada. Por isso enten-de-se que, quando vista ao longo do eixo para dentro-para fora IOa do corpo auricu-lar, a abertura (entrada) 13 da corneta 20 não se sobrepõe ao centro geométrico (centroide) do corpo auricular 10. Em algumas modalidades, a entrada 13 e a saída 17 estão dispostas de modo que a corneta 20 assume a forma de uma espiral deslo-cada. Isto significa que (quando vista ao longo do eixo para dentro-para fora) ne-nhuma porção da saída 17 se sobrepõe a qualquer porção da entrada 13. A vista da Figura 4 revela, portanto, que a corneta exemplificadora 20, conforme mostrado aqui, está sob a forma de uma espiral deslocada.
[025] Em algumas modalidades, a corneta acústica 20 pode assumir a forma de uma espiral excêntrica, quando vista ao longo do eixo para dentro-para fora do corpo auricular. Por excêntrico entende-se que o espaçamento entre segmentos con- centricamente vizinhos (conforme medido entre as linhas centrais supracitadas dos segmentos) da corneta não é constante. A corneta exemplificadora da Figura 4 é, portanto, vista como tomando a forma de uma espiral excêntrica e deslocada. Será reconhecido que tais disposições podem permitir vantajosamente que haja, por exemplo, um espaço no interior 22 do corpo auricular 10 para componentes internos, mecanismos e similares (por exemplo, componentes associados a uma válvula 25, conforme discutido mais adiante neste documento). Em algumas modalidades, a corneta 20, quando vista ao longo de um eixo para dentro-para fora do corpo auricular, pode (conforme determinado ao se acompanhar a trajetória da linha central da corneta descrita acima) produzir ao menos 0,5, 0,8, 1,0, 1,2, ou 1,4 revoluções ao longo do comprimento entre a entrada 13 e a saída 17. Em modalidades adicionais, a corneta 20 pode executar menos que 2,0, 1,8, ou 1,6 revoluções ao longo deste comprimento (a corneta exemplificadora da Figura 4 parece executar aproximadamente 1,5 revoluções).
[026] Os versados na técnica irão apreciar que a corneta acústica 20 pode permitir vantajosamente que o som transportado pelo ar de ao menos certas fre-quências pode ser recebido (coletado) pela entrada 13 e transmitido ao longo do comprimento da corneta 20 para deixar a corneta 20 através da saída 17. A diminui-ção da área de seção transversal da corneta 20 irá estabelecer que as ondas sono- ras aumentam em intensidade durante a viagem ao longo da corneta 20. O forneci-mento de uma corneta acústica 20 em um corpo auricular pode, dessa forma, para ao menos certas frequências, deslocar ao menos parcialmente a perda de inserção que, com frequência, ocorre quando o corpo auricular é inserido na concha, perturbando assim o efeito de coleta de som natural do ouvido externo.
[027] Assim, o efeito de corneta é obtido fornecendo-se uma entrada de corneta 13 que é maior do que a saída de corneta 17. Em várias modalidades, a área da primeira abertura de recepção de som (entrada) 13 pode ser maior que a área da segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 150 a cerca de 1400. Em modalidades adicionais, a área de entrada pode ser maior que aquela de saída por uma percentagem incremental de cerca de 200 a cerca de 1000, ou de cerca de 250 a cerca de 600. A porcentagem incremental é calculada com o uso de uma abertura de saída menor como uma base. Por exemplo, dada uma abertura com uma área de 37,0 mm2 e uma saída com uma área de 2,7 mm2, a abertura seria maior em área do que a saída por uma percentagem incremental de (37,0 - 2,7)/2,7, ou cerca de 1270. (Em termos exatos, a área de entrada 13, para uso em tais cálculos, será a área eficaz, excluindo-se qualquer área obstruída por materiais sólidos como, por exemplo, uma malha ou tela que não é acusticamente transparente a frequências de som de interesse, conforme discutido em maiores detalhes mais adiante).
[028] Em várias modalidades, a área de entrada 13 da corneta pode ser de ao menos cerca de 25, 30, ou 35 mm2. Em modalidades adicionais, a área de entrada 13 da corneta pode ser de ao menos cerca de 50, 45, ou 40 mm2. Em várias modalidades, a área de saída 17 da corneta pode ser de ao menos cerca de 1,5, 2,0, ou 2,5 mm2. Em modalidades adicionais, a área de saída 17 da corneta pode ser de ao menos cerca de 4,0, 3,5, ou 3,0 mm2. Em várias modalidades, o comprimento da corneta 20 da entrada 13 até a saída 17 pode ser de ao menos cerca de 3,0, 3,5, 3,8, ou 4,0 cm. Em modalidades adicionais, o comprimento da corneta 20 pode ser de no máximo cerca de 5,5, 5,0, 4,5, 4,2, ou 4,0 cm.
[029] O fato de que a saída 17 é menor que a entrada 13 resultará em uma corneta 20 que exibe um afunilamento. Em várias modalidades, a corneta 20 pode exibir um afunilamento geral (medido ao longo de todo o comprimento da corneta) que é uma porcentagem incremental de ao menos cerca de 50, 100, 150, 200, 250, 300, ou 350 por centímetro de comprimento da corneta. Em modalidades adicionais, a corneta 20 pode exibir um afunilamento geral que é, no máximo, uma porcentagem incremental de cerca de 450, 400, 350, ou 300 por centímetro do comprimento da cor-neta. A título de exemplo específico, uma corneta com uma área de entrada de 37,0 mm2 e uma área de saída de 2,7 mm2, e com um comprimento de 4 cm, deve apresentar um afunilamento incremental de ([37,0 - 2,7]/ 2,7)/4, ou uma porcentagem incremental de cerca de 320 por cm de comprimento da corneta. Naturalmente, o afu-nilamento local em qualquer ponto específico ao longo do comprimento da corneta 20 pode variar a partir do afunilamento geral. Ou seja, em alguns casos o afunilamento pode ser mais pronunciado em alguns locais, e menos pronunciado em outros locais. Uma versão exemplificadora disto seria um design no qual a corneta 20 exibe algumas (por exemplo, quatro, três, duas, ou até mesmo uma) alterações de incremento na área ao longo do comprimento da corneta 20. Embora tais designs estejam dentro do escopo de uma corneta acústica, conforme apresentado aqui, em outras modalidades a corneta 20 pode apresentar um afunilamento ao menos substancialmente constante, o que significa que o afunilamento local está dentro de mais ou menos 10% do afunilamento médio geral, ao longo de ao menos uma porção substancial (isto é, 80%) do comprimento da trajetória. Neste contexto, um afunilamento constante não inclui o caso específico de um afunilamento zero ou próximo a zero (isto é, uma porcentagem incremental menor que 10 por cm de comprimento da corneta). Em modalidades específicas, a corneta 20 é afunilada uniformemente, o que significa que conforme o comprimento da corneta 20 é percorrido da entrada 13 até a saída 17, a área da cor-neta não aumenta em qualquer ponto ao longo do comprimento da corneta. Embora possa ser conveniente que a corneta 20 tenha um formato ao menos genericamente circular em qualquer um dos ou em todos os locais ao longo do comprimento da cor-neta 20, o formato não é particularmente limitado, e, em qualquer dado local ao longo de seu comprimento, a corneta 20 pode ter qualquer formato adequado (por exemplo, quadrado, retangular, oval, triangular, irregular, e assim por diante). Em várias modalidades, a corneta 20 pode ter um formato que corresponde, ao menos genericamente, substancialmente, ou essencialmente, a uma corneta cônica, uma corneta exponencial, ou uma corneta tractriz.
[030] Em ao menos algumas modalidades, a entrada 13 e a saída 17 são as únicas aberturas (pelas quais ondas sonoras transportadas pelo ar podem entrar na ou sair da corneta 20) na corneta 20. A saída da corneta 17, por definição, é a ex-tremidade para dentro da corneta 20. Conforme observado em outro ponto da pre-sente invenção, a saída da corneta 17 pode não corresponder necessariamente a uma abertura mais para dentro e/ou terminal do corpo auricular 10 (por exemplo, no design exemplificador mostrado na Figura 5, a saída da corneta 17 é diferente da saída de emissão de som 12 do corpo auricular 10, a saída 12 estando situada em um local mais para dentro do corpo auricular 10).
[031] Em algumas modalidades, a entrada da corneta 13 pode ser uma abertura substancialmente desobstruída, o que significa que não mais que 20% da área potencialmente disponível da abertura é obstruída por um material impermeável ao ar (por exemplo, por porções sólidas de uma tela, malha, placa perfurada, ou similar, ou por algum outro item). Em modalidades adicionais, a entrada da corneta 13 é uma abertura desobstruída, o que significa que nenhuma porção da área potencialmente disponível da abertura é obstruída por um material impermeável ao ar. Na modalidade exemplifi- cadora mostrada nas Figuras 1 e 4, a entrada 13 é uma abertura desobstruída, uma vez que nenhuma porção da área potencialmente disponível total (isto é, a área delimitada pela borda circular que define a abertura 13) é obstruída. Tais modalidades podem ser contrastadas com, por exemplo, designs nos quais uma porção significativa, ou mesmo a maior parte da área potencialmente disponível de uma abertura é obstruída. Um exemplo específico de uma abertura obstruída seria uma abertura na qual um elemento cilíndrico é posicionado no interior de boa parte da abertura, de modo que a área útil da abertura que está disponível para a coleta de ondas sonoras é um anel, que tem uma área muito menor do que aquela que estaria disponível se toda a área da abertura fosse utilizada.
[032] Será reconhecido que um design de corneta convoluta, conforme reve-lado na presente invenção, pode permitir que um comprimento de corneta relativa-mente longo seja obtido, mesmo com um corpo auricular que é relativamente discreto em tamanho e aparência e que é, em particular, de perfil relativamente baixo (isto é, ele não se projeta significativamente para fora da concha). Esse comprimento de cor-neta relativamente longo, em combinação com um afunilamento, conforme descrito aqui, pode fazer com que a corneta acústica 20 apresente uma frequência de corte (abaixo da qual pouco ou nenhum som pode ser efetivamente coletado e/ou intensificado) na faixa de cerca de 2 KHz. Isso pode fornecer uma corneta acústica 20 que pode amplificar seletivamente sons em faixas de comprimento de onda que são mais úteis, por exemplo, para inteligibilidade da fala humana; ou seja, sons na faixa de, por exemplo, 2 KHz ou mais. (Em termos exatos, a corneta 20 pode não ser considerada como um “amplificador” de tais sons acima do que seria ouvido na ausência do corpo auricular 10 na orelha do usuário; ao invés disso, a corneta 20 ajuda a compensar a perda de inserção que ocorre mediante a colocação do corpo auricular na orelha, interrompendo assim a habilidade de obtenção e coleta de som natural do ouvido externo).
[033] Em modalidades específicas, o uso de um recurso de atenuação sonora dependente de nível (por exemplo, um filtro acústico dependente de nível conforme dis- cutido mais adiante aqui) em combinação com a corneta 20 em um dispositivo de proteção auditiva 1, pode fazer com que o dispositivo 1 possa permitir uma inteligibilidade de fala humana aprimorada, enquanto ainda permite que o dispositivo 1 proteja adequadamente o usuário de sons altos. Também, conforme observado mais adiante na presente invenção, em modalidades adicionais, uma válvula em algum local ao longo da trajetória acústica completa através do dispositivo 1 pode, se for desejado, permitir que o dispositivo 1 seja convertido de modo reversível em um protetor de ouvido “fechado” (por exemplo, se o usuário está em um ambiente no qual sons de intensidade relativamente alta estão frequentemente ou constantemente presentes, e, dessa forma, no qual o bloqueio de som mais alto possível é desejado).
[034] O corpo auricular 10 compreende uma saída 12 de emissão de som transportado pelo ar voltada ao menos de modo geral para dentro (mais facilmente vista nas Figuras 2 e 5), que pode ser convenientemente fornecida em um local que permite que uma abertura de recepção de som primária 42 da passagem 41 do fone intra- auricular 40 seja acoplada acusticamente a mesma. Por “acusticamente acoplada” entende-se que a saída 12 do corpo auricular 10 e a abertura de recepção de som primária 42 do fone intra-auricular 40 estão conectadas de modo fluido uma à outra, de modo que as ondas sonoras emitidas a partir da saída 12 são capazes de se deslocar (por exemplo, diretamente) a partir das mesmas para uma abertura 42. Em uma modalidade exemplificadora mais facilmente vista nas Figuras 2 e 5, a saída 12 pode ser fornecida próxima à extremidade terminal de uma protuberância oca 14 (por exemplo, coluna) que se estende para dentro (quando o dispositivo 1 é encaixado na orelha de um usuário), de modo que, quando a extremidade para fora 46 do fone intra-auricular 40 é encaixado na protuberância 14, a saída 12 do corpo auricular 40 e a abertura do fone intra- auricular 40 ficam alinhados um ao outro e em posição próxima um ao outro. (Em muitas modalidades, a extremidade para fora 46 do fone intra-auricular 40 pode ser pressionada contra a protuberância 14, por exemplo, para fornecer uma conexão segura atra- vés de um encaixe por compressão, de modo que, em termos exatos, a abertura 42 do fone intra-auricular 40 que recebe o som emitido a partir da saída 12 pode estar situada de alguma forma para dentro ao longo da passagem 41 do fone intra-auricular 40, ao invés de estar na terminação para fora da passagem 41). Em algumas modalidades, a protuberância 14 do corpo auricular 10 pode ser da mesma composição e propriedades (por exemplo, feita do mesmo material) que a carcaça 11 do corpo auricular 10. Em modalidades especificas, a saliência 14 pode ser uma porção integral da carcaça 11 (cuja condição abrange o caso em que a saliência 14 é uma porção integral de uma parte principal da carcaça, no exemplo específico, aquela carcaça 11 é formada pelo acoplamento conjunto de duas partes principais da carcaça).
[035] Em algumas modalidades, o fone intra-auricular 40 pode ser fixado ao corpo auricular 10 (por exemplo, a extremidade externa 46 do fone intra-auricular é fixada à protuberância 14 do corpo auricular 10) de forma removível. Isso significa que um usuário pode, manualmente (ou seja, apenas com os dedos, sem o uso de nenhuma ferramenta especial como alicates, chaves de fenda, pé de cabra etc.) separar o fone intra-auricular 40 do corpo auricular 10 para, por exemplo, limpar o fone intra- auricular 40, substitui-la por uma nova ou por uma limpa etc. Na modalidade específica mostrada nas Figuras 1 e 2, a fixação de forma removível do fone intra-auricular 40 ao corpo auricular 10 pode ser fornecida por um ajuste por atrito de uma porção anular do corpo principal 43 do fone intra-auricular na superfície radialmente externa da saliência (coluna) 14. (Aqui e em outros lugares, o termo “anular” é usado amplamente e não implica ou exige uma geometria estritamente ou mesmo substancialmente circular). Deve-se considerar, entretanto, que qualquer método adequado de fixação de modo removível do fone intra-auricular 40 ao corpo auricular 10 pode ser usado.
[036] Em ao menos algumas modalidades, o dispositivo 1 pode incluir ao me-nos um recurso 23 físico (isto é, não eletrônico) de atenuação sonora dependente de nível. Tal recurso irá, ao menos a algumas frequências, atenuar som de alta intensi- dade mais do que irá atenuar som de baixa intensidade. Tal recurso pode assumir a forma de, por exemplo, um ou mais orifícios, restrições, ou obstruções em algum local ao longo do comprimento de uma passagem de transmissão de som alongada, tal recurso fornecendo uma área em seção transversal significativamente reduzida para a passagem de som através do mesmo, quando comparado ao diâmetro médio da passagem 41. Tal recurso de atenuação sonora dependente de nível pode estar situado em qualquer passagem de transmissão de som adequada, por exemplo, em qualquer ponto ao longo do comprimento da corneta acústica 20, ou em qualquer ponto ao longo do comprimento da passagem 41 do fone intra-auricular 40. Entretanto, em modalidades específicas, pode ser vantajoso situar tal recurso 23 entre a segunda abertura (saída) de emissão de som 17 da corneta acústica 20 e a abertura de recepção de som primária 42 do fone intra-auricular de modo que qualquer som transportado pelo ar que é emitido a partir da saída 17 da corneta acústica, deve encontrar o recurso físico de atenuação sonora dependente de nível antes de alcançar a abertura de recepção de som primária 42 do fone intra-auricular. Tal disposição é mostrada na modalidade exemplificadora da Figura 5. No design exemplificador da Figura 5, o recurso físico de atenuação sonora dependente de nível é um filtro acústico dependente de nível 23, que é adaptado a uma câmara 24 definida, ao menos parcialmente, pelas superfícies moldadas no interior da coluna protuberante 14 do corpo auricular 10. Em configurações deste tipo geral, som transportado pelo ar que é emitido a partir da segunda abertura de emissão de som 17 da corneta acústica 20 deve passar através do filtro acústico 23, de modo a sair do corpo auricular 10 (através da saída 12) para alcançar a abertura de recepção de som primária 42 do fone intra-auricular 40.
[037] Qualquer filtro acústico dependente de nível adequado pode ser usado. Vários filtros acústicos potencialmente adequados são descritos em detalhes, por exemplo, nas patentes US n°s 6148821, 6070693, 6068079, e 5936208, e na publica-ção de pedido de patente US n° 2014/0190494. Na modalidade específica mostrada na Figura 5, o filtro acústico 23 é uma entidade oca, geralmente em formato de tambor, com uma abertura de diâmetro relativamente pequeno em ao menos uma de suas ex-tremidades, que é encaixado (por exemplo, encaixado por compressão, e/ou preso por um adesivo ou quaisquer outros meios) na câmara 24.
[038] Em modalidades específicas, um recurso de atenuação sonora depen-dente de nível (por exemplo, um filtro acústico) situado na posição descrita acima é o único recurso que está presente no dispositivo 1. Ou seja, em algumas modalidades nenhum recurso ou recursos de atenuação sonora dependente de nível estão presentes na passagem 41 do fone intra-auricular 40. Por exemplo, em algumas modalidades, a passagem 41 pode ser, por exemplo, um conduto oco com um diâmetro médio (ou diâmetro equivalente) que não varia além de, por exemplo, mais ou menos de 20% ao longo de seu comprimento. De modo similar, em algumas modalidades, nenhum recurso ou recursos de atenuação sonora dependente de nível estão situados em qualquer ponto ao longo do comprimento da corneta acústica 20.
[039] Os versados na técnica compreenderão que no design exemplificador mostrado na Figura 5 a saída 17 descrita acima representa a extremidade para dentro da corneta acústica 20; a câmara 24 e o filtro acústico 23 da presente invenção não são parte da corneta acústica 20 (a passagem 41 do fone intra-auricular 40 também não é). Os versados na técnica irão entender adicionalmente que tal disposição é diferente dos designs nos quais um filtro/amortecedor acústico é aparentemente colocado em algum ponto dentro do comprimento de uma corneta acústica (por exemplo, entre o ponto médio e dois terços ao longo do comprimento da corneta). O versado na técnica irá apreciar que posicionar um filtro/amortecedor acústico dentro do comprimento da corneta acústica pode afetar desvantajosamente o funcionamento da corneta (e, de fato, pode dividir efetivamente a corneta em duas cornetas separadas em série, com resultados desvantajosos). O versado na técnica irá entender, portanto, que posicionar qualquer recurso físico de atenuação sonora dependente de nível (por exemplo, um filtro acústi- co), conforme apresentado na presente invenção, pode permitir vantajosamente que a corneta acústica 20 seja usada até sua eficácia máxima.
[040] Se for desejado, o corpo auricular 10 pode compreender ao menos uma válvula 25 que pode ser atuada para fechar parcial ou completamente a corneta acústica 20, de modo que nenhum som transmitido pelo ar pode ser transmitido através da mesma. Tal válvula pode ser de qualquer tipo adequado (por exemplo, uma válvula que compreende um elemento que pode ser aberto ou fechado por des-lizamento, flexão, e/ou rotação parcial em torno de um pivô (por exemplo, dobradiça). Tal válvula pode estar situada em qualquer posição ao longo do comprimento da corneta acústica 20. Em algumas modalidades, tal válvula pode estar situada adja-cente à segunda abertura (saída) de emissão de som 17 da corneta acústica 20 (como na representação exemplificadora da Figura 2).
[041] A válvula 25 pode ser acionada, por exemplo, por uma chave mecânica 21 de qualquer tipo adequado (por exemplo, uma chave basculante, uma chave des-lizante, uma chave giratória, uma chave tipo botão, e assim por diante). Tal chave mecânica pode estar em qualquer local adequado da carcaça 11 do corpo auricular 10. Em algumas modalidades, a chave 21 pode estar convenientemente localizada na superfície voltada para fora 16 do corpo auricular 10, de modo que ela pode ser operada sem a necessidade de se remover o dispositivo 1 da orelha. Em modalida-des específicas, a válvula 25 pode estar situada na segunda abertura de emissão de som 17 da corneta acústica 20, enquanto a chave 21 está situada na superfície vol-tada para fora 16 do corpo auricular 10 (ou seja, em um local que é remoto em rela-ção à válvula 25). Em tais modalidades, a chave 21 e a válvula 25 podem ser aco-pladas de modo operacional uma à outra, por exemplo, por meio de uma ou mais varetas impulsoras, cabos, ou similares, de modo a facilitar a operação da válvula 21 pela chave 25. Será apreciado que o design convolucionado da corneta acústica 20, por exemplo, em combinação com o fornecimento de espaços livres adicionais no interior 22 do corpo auricular 10, possa facilitar vantajosamente tais disposições.
[042] Em geral, a carcaça 11 do corpo auricular 10 pode ser configurada de modo a reduzir (por exemplo, ao menos prevenir substancialmente) a entrada de som ambiente transportado pelo ar para o interior 22 do corpo auricular 10, exceto através da trajetória desejada fornecida pela corneta acústica 20. Isso pode ser feito, por exemplo, minimizando-se o número e a dimensão de qualquer abertura contínua na carcaça 11. Assim, em algumas modalidades, o corpo auricular 10 não tem quaisquer aberturas (não tampadas) que levam ao interior 22 do corpo auricular 10 além da primeira abertura de recepção de som 13 da corneta acústica 20, e a saída de emissão de som 12 do corpo auricular 10.
[043] Em detalhes adicionais, qualquer local da carcaça 11 na qual uma abertura contínua pode ser necessária para acomodar um componente como, por exemplo, uma chave, tal componente pode ser unido a sua abertura contínua de modo que ele tampa ao menos substancialmente a abertura (por exemplo, para formar uma vedação justa). Para auxiliar nisto, qualquer guarnição, selante, adesivo, ou similar adequado pode ser usado na montagem de qualquer tal componente para uma abertura contínua na carcaça 11. (De modo similar, se duas ou mais peças da carcaça são unidas umas às outras para formar a carcaça 11, qualquer guarnição, selante, adesivo, ou similares podem ser usados para efeito similar.) Além disso, em ao menos algumas modalidades, a corneta acústica 20 pode ser configurada de modo que ela não compreende outras aberturas além da entrada 13 e da saída 17 supracitadas. Então, qualquer estática transportada pelo ar que pode penetrar no interior 22 do corpo auricular 10 pode ser ao menos substancialmente impedida de entrar na corneta acústica 20. Da mesma forma, qualquer estática transportada pelo ar que pode penetrar ao redor do lado externo do corpo auricular 10 pode ser ao menos substancialmente impedida (por meio da oclusão externa supracitada alcançada pelo fone intra-auricular 40) de fluir ao redor da parte externa do fone intra-auricular 40 para alcançar o ouvido interno do usuário. Ainda adicionalmente, uma vedação justa entre o fone intra-auricular 40 e, por exemplo, a protuberância 14 do corpo auricular 10 pode evitar, ao menos substancialmente, que qualquer estática transportada pelo ar, que possa penetrar ao redor do lado externo do corpo auricular 10, penetre na passagem interna 41 do fone intra- auricular 40. Tais disposições, obtidas por qualquer meio, podem estabelecer que, por exemplo, ao menos substancialmente todos os sons transportados pelo ar que alcançam o ouvido interno de um usuário são sons que entraram na corneta acústica 20 através da entrada 13 da mesma, e passaram através da corneta acústica 20 com resultados vantajosos, conforme discutido neste documento.
[044] Se for desejado, qualquer elemento protetor adequado pode ser posi-cionado fora de ao menos uma porção de entrada 13 da corneta, por exemplo, para minimizar a entrada de detritos na corneta 20. Tal elemento protetor pode ser, por exemplo, uma malha, tela, placa perfurada, etc, e pode ser produzido a partir de qualquer material adequado. Ele pode ser removível e limpável e/ou substituível, se for desejado. Se os materiais sólidos do elemento protetor são, por exemplo, dimen-sionados e dispostos de modo que o elemento é ao menos substancialmente trans-parente acusticamente, o elemento pode ser ignorado, por exemplo, para finalidades de cálculo da área da abertura 13 (isto é, a área geral ou nominal pode ser usada). Entretanto, se os materiais sólidos do elemento protetor tiverem um efeito não des-prezível sobre a transmissão de som transportado pelo ar, a área “eficaz” da abertura 13, modificada, por exemplo, em vista da % de área aberta de qualquer elemento protetor que bloqueia uma porção da abertura, pode ser usada em tais cálculos.
[045] Um fone intra-auricular exemplificador 40 é mostrado na Figura 1 e em vista isolada na Figura 2. O fone intra-auricular 40 compreende uma passagem contí-nua 41 que se estende através do fone intra-auricular 40 da extremidade para fora 46 até a extremidade para dentro 47, e permite a passagem de som transportado pelo ar através do mesmo. Em ao menos algumas modalidades, a passagem contínua 41 é uma passagem contínua interna, o que significa que, por todo o seu comprimento, a passagem 41 é radialmente cercada por material do fone intra-auricular 40 (ao invés de ser, por exemplo, uma ranhura ou um canal que é aberto para uma superfície radialmente mais externa do fone intra-auricular 40). A passagem contínua 41 (que pode ser, ao menos de modo geral, alinhada a um eixo longo do fone intra-auricular 40, por exemplo, conforme representado na Figura 2) compreende uma abertura de recepção de som primária (por exemplo, a abertura 42 representada na Figura 2) que, quando o fone intra-auricular 40 é fixado ao corpo auricular 10, recebe o som transportado pelo ar a partir do corpo auricular 10. A passagem contínua 41 compreende, ainda, uma segunda abertura de emissão de som 45 que está voltada para o ouvido interno do usuário, de modo que sons transportados pelo ar podem ser transmitidos através da passagem contínua interna 41 e direcionados a partir da mesma para o interior do ouvido interno do usuário.
[046] Em ao menos algumas modalidades, o encaixe de ao menos uma porção do fone intra-auricular 40 a ao menos uma porção do canal do ouvido fecha externamente o canal do ouvido. Fechar externamente significa que ao menos algumas superfícies radialmente externas (por exemplo, superfícies 51) do fone intra-auricular estão em contato suficiente com as porções das paredes do canal do ouvido para substancialmente evitar que o som ambiente transportado pelo ar se desloque ao longo do canal do ouvido em um espaço de outra forma existente entre o fone intra-auricular e as paredes do canal do ouvido, de forma a alcançar o ouvido interno. Isso pode estabelecer que ao menos substancialmente todos, ou essencialmente todos os, sons transportados pelo ar que alcançam o ouvido interno, o fazem por meio da passagem contínua 41 interna (e, dessa forma, passam através da corneta acústica do corpo auricular, conforme discutido acima). O fone intra-auricular 40 pode ser firmemente encaixado ao corpo auricular 10 (por exemplo, de uma forma ao menos substancialmente à prova de vaza- mentos) para estabelecer adicionalmente que qualquer som transportado pelo ar que alcança o ouvido interno passou através da corneta acústica do corpo auricular, novamente conforme observado acima.
[047] Em maiores detalhes, por fone intra-auricular entende-se um corpo no qual ao menos as porções principais do mesmo são compressíveis e/ou deformáveis de modo resiliente ao menos em uma direção radialmente para dentro, de modo que, quando o fone intra-auricular é inserido no canal do ouvido, ao menos algumas porções do fone intra-auricular são resilientemente forçadas radialmente para fora, de modo que ao menos algumas superfícies radialmente externas do fone intra-auricular são mantidas contra as porções das paredes do canal do ouvido para substancial ou completamente eliminar qualquer vão de ar entre as mesmas. O fone intra-auricular 40 compreende um eixo longo L que, quando o dispositivo 1 é encaixado na orelha de um usuário humano, tipicamente estará ao menos alinhado, de modo geral, ao eixo longo da porção do canal do ouvido no qual o fone intra-auricular é encaixado. O fone intra-auricular 40 compreende uma extremidade para fora 46 e uma extremidade para dentro 47 (ou permanente ou removível), sendo que a extremidade 46 é a extremidade que está fixada ao corpo auricular 10 e a extremidade 47 é a extremidade que reside mais próxima ao ouvido interno do usuário. O fone intra-auricular 40 pode ser compreendido de qualquer material ou materiais adequado(s), em qualquer configuração geométrica adequada. Em algumas modalidades, o fone intra-auricular 40 pode ser compreendido de um material polimérico orgânico compressível e/ou deformável, por exemplo, um material adequado plástico moldado. Em modalidades de um primeiro tipo geral, a compressibi- lidade resiliente desejada do fone intra-auricular pode ser fornecida apenas por propriedades do material polimérico orgânico, ao invés de, por exemplo, qualquer design geométrico específico. Por exemplo, em algumas modalidades, o fone intra-auricular 40 pode consistir de um corpo principal em geral cilíndrico e/ou afunilado, compreendido, por exemplo, de uma espuma resilientemente compressível. Em modalidades de um segundo tipo geral, a compressibilidade resiliente desejada pode ser fornecida ou intensificada pelo design geométrico de ao menos alguns dos componentes do fone intra- auricular. Por exemplo, conforme mostrado de maneira exemplificadora nas Figuras 1 e 2, um fone intra-auricular 40 pode compreender um corpo principal 43 (por exemplo, tronco) que compreende um ou mais flanges que se projetam radialmente para fora 44 produzidos a partir de um material resilientemente deformável. A inserção de tal fone intra-auricular no canal do ouvido pode resultar na deformação de tais flanges (por exemplo, serem deslocados para trás na direção da extremidade para fora 46 do fone intra-auricular), com o deslocamento resiliente desejado das superfícies dos flanges contra as paredes do canal do ouvido sendo alcançado dessa forma. Em modalidades específicas, um ou mais flanges 44 podem ser fornecidos já em uma configuração deslocada para trás (alargada ou tipo sino) mesmo antes de serem inseridos no canal do ouvido (conforme mostrado no modo exemplificador nas Figuras 1 e 2). Em modalidades particulares, tais flanges podem ser ao menos em geral semi-hemisféricos em formato. Deve-se considerar que em modalidades deste segundo tipo geral, pode não ser necessário que todo o ou até mesmo algum material a partir do qual o fone intra- auricular 40 é feito, seja significantemente compressível, contanto que ao menos certos componentes (por exemplo, flanges) do fone intra-auricular sejam resilientemente deformáveis e fornecidos em formatos geométricos que permitam que tal deformação forneça o deslocamento resiliente das superfícies de tais componentes contra as paredes do canal do ouvido.
[048] Em algumas modalidades (quer o fone intra-auricular 40 compreenda flanges ou não), o fone intra-auricular 40 (por exemplo, o corpo principal 43 e qual-quer flange que possa estar presente) pode consistir em uma única peça (por exemplo, moldada) de material polimérico orgânico, por exemplo, um material resi-lientemente compressível e/ou deformável. Em outras modalidades, o fone intra- auricular 40 pode compreender, por exemplo, um corpo principal que não é neces- sariamente resiliente e/ou compressível, mas radialmente se move para fora do corpo principal no qual são montados um ou mais flanges resilientemente deformáveis, uma ou mais camadas anulares de um material resilientemente compressível ou similares. (Deve-se considerar que, em designs do tipo geral mostrado nas Figuras 1 a 3, pode ser desejável que, ao menos a porção externa do corpo principal 43 do fone intra-auricular 40 possa ser resilientemente deformável para facilitar, por exemplo, o ajuste por extensão de uma abertura externa (por exemplo, 42) do fone intra-auricular 40 sobre a saliência 14 do corpo auricular 10).
[049] Em algumas modalidades, o fone intra-auricular 40 exibe um formato alargado com extremidade interna 47 (que está voltada para dentro da orelha) sendo uma extremidade estreita, quer quando o fone intra-auricular 40 está na forma de uma peça única, ou quando tal formato alargado é fornecido gradual por uma pluralidade de flanges de diferentes diâmetros. Embora três flanges (44a, 44b e 44c), cada qual com superfícies de contato com a parede do canal do ouvido, sejam mostrados nas Figuras 1 e 2, qualquer número de flanges pode ser usado. Deve-se considerar que uma ampla variedade de disposições é possível e que os designs específicos representados nas Figuras 1 e 2 são meramente modalidades exemplificadoras. Em várias modalidades, uma porção resilientemente deformável e/ou compressível do fone intra-auricular 40 (ou a totalidade da mesma) pode ser feita de um material que exibe uma dureza menor que cerca de 50, 45, 40, 35, 30, 25 ou 20 em uma escala Shore A. Em modalidades específicas, tal fone intra-auricular ou uma porção da mesma, pode ser feita de um material que exibe uma dureza de a partir de cerca de 30 a cerca de 40 em uma escala Shore. Qualquer que seja o design específico do fone intra-auricular 40, ao menos alguma porção do fone intra-auricular 40 pode convenientemente ser escolhida para ter um diâmetro radial que (quando os componentes do fone intra-auricular 40 estiverem em um estado não deformado e/ou não comprimidos) seja, ao menos de alguma forma, maior que o diâmetro médio do canal do ouvido externo de um humano adulto para garantir que a inserção do fone intra-auricular 40 dentro do canal do ouvido atingirá o deslocamento resiliente de superfícies desejado do fone intra-auricular contra as paredes do canal do ouvido. Embora tenha sido descrito em detalhes um estilo exemplificador de fone intra-auricular, é enfatizado que o corpo auricular descrito aqui com uma corneta acústica convoluta pode ser usado com qualquer tipo de fone intra-auricular adequado, de qualquer design adequado, e feito de qualquer material adequado.
Fisiologia da orelha e ajuste do dispositivo na orelha
[050] A fisiologia e as características de uma orelha humana serão breve-mente resumidas de modo que o ajuste do presente dispositivo na orelha de um usuário possa ser descrito com precisão em detalhes. Com referência à Figura 6, a orelha humana externa 100 inclui uma estrutura ampla 101 chamada de a aurícula. A aurícula 101 inclui uma aba exterior proeminente curvada 103 chamada hélice, que dá origem a uma região de base superior 111 chamada ramo da hélice e que se estende a partir de lá em sentido anti-horário ao longo da borda radialmente externa da aurícula. Radialmente para dentro da hélice 103 encontra-se outra proeminência curvada 107 chamada de anti-hélice, que se estende a partir de uma região de base superior 112 chamada de ramo da anti-hélice, em geral em sentido anti-horário para circunferencialmente e forma parcial cercar uma depressão com formato de tigela 106 conhecida como a concha. A concha 106 é ao menos parcialmente dividida pelo ramo da hélice 111, em uma parte inferior 109 chamada de concha cava e uma parte superior 115 chamada de concha cimba. As regiões mais internas da concha 106 levam ao canal do ouvido 104 que é de alguma forma uma passagem circular ou oval (em seção transversal) que leva ao tímpano e ao ouvido interno.
[051] A anti-hélice 107 exibe uma aba que se volta radialmente para dentro 113 que, ao longo de ao menos uma parte ou de todo seu comprimento, pode projetar-se ligeira e radialmente para dentro para fornecer um rebordo ou flange que ligeira e radialmente pende sobre a borda externa da concha 106. A porção mais interior da anti- hélice 107 (por exemplo, a porção 116, como mostrada na Figura 6) se torna o antítrago 108, que é uma proeminência que se estende radialmente para dentro sobre a borda da concha cava (e que tipicamente exibe um rebordo que se estende radialmente para dentro mais pronunciado do que a anti-hélice 107). Ao longo da porção inferior da concha cava do antítrago encontra-se outra proeminência que se estende radialmente para dentro 105 chamada trago, que (de modo similar ao antítrago) tipicamente exibe um rebordo mais pronunciado do que a anti-hélice e que pode, muitas vezes, ligeiramente cobrir a parte externa de uma porção do canal do ouvido 104.
[052] O dispositivo 1, conforme revelado aqui, é configurado (dimensionado e conformado) de modo que o dispositivo 1 pode ser mantido em posição de maneira segura e confortável na orelha de um usuário. Enquanto que em algumas modalidades ao menos o corpo auricular 10 pode ser personalizado para se ajustar a uma orelha específica do usuário, em outras modalidades o encaixe e a retenção do dispositivo 1 na orelha do usuário podem ser alcançados sem a necessidade do dispositivo 1 ser personalizado para se encaixar na orelha deste usuário específico. Dessa forma, em algumas modalidades, o dispositivo 1 (e o corpo auricular 10 e o fone intra-auricular 40 do mesmo) não é um dispositivo personalizado (por exemplo, um dispositivo no qual qualquer porção de qualquer componente é feita de acordo com um molde ou imagem 3-D da orelha de um usuário específico). Além disso, em ao menos algumas modalidades, o corpo auricular 10 é ao menos semi-rígido ou rígido, e não é significativamente compressível, ou deformável de qualquer maneira pelo usuário durante operação normal do dispositivo 1.
[053] Em ao menos algumas modalidades, um dispositivo 1 pode estar con-figurado de modo a se encaixar na orelha direita de um usuário, e pode também se encaixar na orelha esquerda do usuário. Em tais modalidades, não é necessário for-necer corpos auriculares 10 configurados de formas diferentes (por exemplo, forma-tados) para serem usados nas orelhas direita e esquerda de um usuário; ao invés disso, um par de dispositivos formatados identicamente pode ser fornecido. Em ou-tras modalidades, os corpos auriculares 10 podem ser fornecidos em formatos um pouco diferentes, para a orelha direita e a orelha esquerda.
[054] Em algumas modalidades pode ser útil fornecer um corpo auricular com um grau relativamente de simetria bilateral em seu formato geral. Por exemplo, o corpo auricular 10 pode exibir simetria bilateral suficiente (isto é, quando visto ao longo do eixo para dentro-para fora IOa do corpo auricular) para se encaixar confor-tavelmente em uma orelha direita ou uma orelha esquerda, conforme desejado. De-ve-se notar, contudo, que desejar que o formato geral do corpo auricular 10 tenha uma simetria bilateral relativamente alta, não implica que o posicionamento de vários recursos (em particular, a entrada da corneta 13 e a protuberância 14) deva neces-sariamente apresentar simetria bilateral. Também não impede a presença de assi-metrias locais pequenas no formato do corpo auricular 10, contanto que a simetria bilateral suficiente do formato geral do corpo auricular 10 seja mantida.
[055] O grau de simetria bilateral geral do formato do corpo auricular 10 pode ser medido tomando-se a área projetada do corpo auricular 10 em um plano que é substancialmente perpendicular ao eixo para dentro-para fora IOa do corpo auricular 10, e identificando-se um eixo de simetria que corta, ao menos de modo geral, um eixo longo da área projetada, e que divide a área projetada em duas áreas parciais (por exemplo, ligeiramente iguais). Uma das áreas parciais pode, então, ser girada ao redor do eixo de simetria para a outra área parcial (por exemplo, como se estivesse dobrando a área projetada ao longo do eixo de simetria para trazer uma área parcial sobre a outra área parcial). A porcentagem das suas áreas que as duas aéreas parci-ais compartilham em comum pode ser medida e representa o grau de simetria bilateral existente. Por um corpo auricular que tem um formato, ao menos de modo geral, bilateralmente simétrico entende-se que duas áreas parciais geradas e medidas deste modo compartilham ao menos 70% das suas áreas em comum. (A simetria bilateral de um corpo auricular 10 exemplificador pode ser mais facilmente observada na vista da Figura 4.) Em várias modalidades, o corpo auricular 10 pode compreender uma simetria bilateral de ao menos cerca de 80, 90, 95 ou 98%.
[056] Em ao menos algumas modalidades, o corpo auricular 10 pode exibir um formato ao menos genericamente oval (quando visto ao longo do eixo longo do fone intra-auricular 40). A terminologia “genericamente oval” inclui formatos ovais, elipsais, retangulares com um ou mais cantos arredondados, em forma de gota etc. Na modalidade específica ilustrada nas Figuras de 1 a 5, o corpo auricular 10 tem um formato genericamente oval, sendo que a extremidade 31 (na qual o fone intra-auricular 40 é fixado) é um pouco mais estreita que a extremidade oposta 32 (dessa forma, o corpo auricular 10 tem o formato aproximado de gota, com uma extremidade 31 afunilada e uma extremidade rombuda 32, nesta modalidade).
[057] Os formatos desses tipos gerais podem possibilitar que uma ou mais superfícies do corpo auricular 10 se encontrem estreitamente adjacentes a (e em al-gumas modalidades, façam contato com) uma superfície de um componente de orelha que define ao menos uma porção do perímetro radialmente externo da concha 106. Tais componentes de orelha podem incluir, por exemplo, qualquer ou todos dentre o trago 105, o antítrago 108 e porções da aba que se voltam radialmente para dentro 113 da anti-hélice 107. Tais disposições podem servir (por exemplo, em combinação com o ajuste do fone intra-auricular 40 no canal do ouvido 104) para reter o dispositivo 1 de modo seguro e, ainda assim, confortável na concha 106 de uma orelha humana. Isso é ilustrado de modo exemplificador na Figura 7, que mostra um corpo auricular exemplificador 10 (com fone intra-auricular 40 e canal de orelha 104 omitidos desta vista para facilidade de apresentação) assentado na orelha direita de um usuário humano.
[058] As dimensões e formato do corpo auricular 11 são, dessa forma, confi-gurados para que o corpo auricular 11 possa ser ajustado à concha 106 (em modali- dades específicas, à concha cava 109) de uma orelha humana. Por exemplo, a su-perfície interna 15 do corpo auricular 10 pode ser formatada de modo que, quando o dispositivo 1 é encaixado na orelha, uma parte ou a maior parte da área da superfície interna 15 pode entrar em contato com superfícies (pele) que definem os limites internos da concha 106. (Embora mostrada como relativamente plana nas represen-tações exemplificadoras das Figuras 2 e 5, em algumas modalidades a superfície 15 pode apresentar um formato curvo (por exemplo, convexo).) E, como mencionado acima, uma ou mais superfícies de contato do corpo auricular 10 (por exemplo, a superfície 35, conforme mostrado nas Figuras 1 e 2) podem ser fornecidas (ou sepa-radas ou estendendo-se de maneira contínua) ao redor de ao menos uma porção do perímetro do corpo auricular 10, a qual entra em contato com a superfície ou super-fícies que são configuradas de modo que, quando o dispositivo 1 é encaixado na orelha de um usuário, ao menos uma superfície de contato entra em contato com uma superfície (pele) de um componente da orelha que define ao menos uma por-ção do perímetro radialmente externo da concha 106 (por exemplo, da concha cava 109).
[059] Em algumas modalidades, o corpo auricular 10 pode ser dimensionado e conformado de modo que ao menos uma superfície de contato genericamente vol-tada para fora ou radialmente voltada para fora (por exemplo, a superfície 35) do corpo auricular 10 é capaz de se encaixar ao menos parcialmente para dentro na parte de baixo de (e em algumas modalidades, entrar em contato com) uma superfície voltada para dentro de uma borda que se projeta radialmente para dentro (por exemplo, rebordo) de um componente de orelha que define uma porção do perímetro radialmente externo da concha. Dessa forma, em algumas modalidades, o corpo auricular 10 pode compreender várias superfícies de contato que são respectiva-mente configuradas para residir em proximidade radialmente para dentro, e/ou pro-ximidade para dentro, a uma superfície radialmente voltada para dentro (por exem- plo, um rebordo que se projeta radialmente para dentro) do trago 105, do antítrago 108, e/ou de uma porção 116 da anti-hélice que é adjacente ao antítrago. (Neste contexto, uma porção da anti-hélice que está próxima do antítrago representa uma porção que está dentro cerca de 25 mm da parte que se projeta radialmente para a parte mais interna do antítrago, medida em sentido anti-horário ao redor da anti- hélice.) Tal configuração é mostrada na ilustração exemplificadora da Figura 7, na qual uma superfície de contato adjacente à extremidade rombuda 32 do corpo auri-cular 10 passa por baixo e para dentro de, e pode entrar em contato com, uma porção de um rebordo do antítrago 108. De modo similar, uma superfície de contato da extremidade afunilada 31 do corpo auricular 10 passa por baixo e para dentro de, e pode entrar em contato com, uma porção de um rebordo do trago 105. Para vários usuários, a extremidade afunilada 31 do corpo auricular 10 sendo “inserida sob” o rebordo do trago 105 desta maneira pode ser um mecanismo primário no qual a sus-tentação do corpo auricular 10 na concha é habilitada ou aprimorada. Entretanto, enfatiza-se que, dependendo do formato específico dos componentes da orelha de um usuário específico, qualquer superfície de contato individual (ou porção da mes-ma) ou corpo auricular 10 pode ou não necessariamente entrar em contato com a superfície (pele) de qualquer componente da orelha específico (que define ao menos uma porção do perímetro radialmente externo da concha da orelha daquele usuário).
[060] Dessa forma, em resumo, em algumas modalidades o corpo auricular 10 pode ser configurado de modo que o dispositivo 1 pode ser mantido em posição em uma orelha humana por ao menos uma superfície de contato do corpo auricular 10 do dispositivo 1 que é adjacente a (por exemplo, em contato com) uma superfície da pele que define ao menos uma porção do perímetro radialmente externo da concha 106, em combinação com o encaixe do fone intra-auricular 40 no canal do ouvido 104. (Tais disposições podem ser distinguidas das disposições nas quais um dispositivo é substancialmente ou essencialmente suportado e mantido no lugar na orelha apenas pelo encaixe de um fone intra-auricular do dispositivo no canal do ouvido.) Em modali-dades adicionais, o corpo auricular 10 pode estar configurado de modo que o dispositivo 1 pode ser mantido em posição em uma orelha humana, ao menos em parte, por duas ou mais superfícies de contato do corpo auricular 10 (por exemplo, em diferentes locais ao longo do perímetro radialmente externo do corpo auricular 11) que são adjacentes (por exemplo, entram em contato com) às respectivas superfícies da pele que definem ao menos uma porção do perímetro radialmente externo da concha 106. Em várias modalidades, quando o dispositivo 1 é encaixado na orelha de um usuário, duas dessas áreas de contato entre as superfícies de contato do corpo auricular 10 e as superfícies dos componentes da orelha que definem as porções do perímetro radialmente externo da concha 106 podem ser espaçadas ao redor do perímetro do corpo auricular 10, com uma separação circunferencial de ao menos 120, 140 ou 160 graus (tanto em sentido horário como em sentido anti-horário). Tal disposição é mostrada em modalidade exemplificadora na Figura 7 com duas tais áreas de contato (com uma porção do trago e com uma porção do antítrago, respectivamente) tendo uma separação circunferencial considerada na faixa de cerca de 130 graus.
[061] Enquanto que em algumas modalidades o ajuste do fone intra- auricular 40 no canal do ouvido 104 pode aumentar os efeitos acima em relação ao encaixe seguro do dispositivo 1 na orelha humana, o fornecimento de ao menos uma superfície de contato (e, particularmente, duas ou mais destas superfícies) ao redor do perímetro do corpo auricular 10 pode possibilitar um encaixe menos agressivo do fone intra-auricular 40 no canal do ouvido (ou seja, o fone intra- auricular 40 pode não precisar ser encaixado tão profundamente no canal do ouvi-do), fornecendo, dessa forma, maior conforto ao usuário ao mesmo tempo em que ainda possibilita que o dispositivo 1 seja mantido no lugar de maneira segura. Ou seja, em tais modalidades, o fone intra-auricular 40 pode somente precisar ser ajustado ao canal do ouvido a uma extensão suficiente para fornecer o fechamento externo mencionado anteriormente, ao invés de servir como mecanismo primário para segurar o dispositivo 1 na orelha. Dessa forma, em algumas modalidades, o dispositivo 1 pode ser mantido parcial, substancial ou completamente no lugar na orelha mediante um encaixe por compressão do corpo auricular 10 do dispositivo 1, entre porções de componentes definindo o perímetro radialmente externo da concha, por exemplo, entre qualquer combinação dentre um trago, um antítrago e/ou uma porção de uma anti-hélice que está próxima ao antítrago, de uma orelha de um usuário.
[062] Em algumas modalidades, a dimensão para dentro-para fora do corpo auricular 10 (isto é, a distância média entre a superfície voltada para dentro 15 e a superfície voltada para fora 16 pode ser mantida em nível mínimo, de modo que ne-nhuma porção do corpo auricular 10 se estenda para fora além de um plano imagi-nário que coincide com o limite mais externo da anti-hélice. Isso pode fazer com que o dispositivo 1 possa ser confortavelmente usado, mesmo quando um usuário estiver dormindo (por exemplo, de modo que o dispositivo 1 não se projete muito para fora e que a posição da cabeça do usuário e da orelha em contato com um travesseiro possa fazer com que o dispositivo 1 exerça uma força desconfortável na orelha do usuário). Em ao menos algumas modalidades, quando o dispositivo 1 está ajustado à orelha do usuário, todas as partes do corpo auricular 10 podem estar em geral, substancial ou completamente situadas dentro da concha cava. Em particular, em algumas modalidades o corpo auricular 10 não compreenderá qualquer saliência que, quando o dispositivo 1 está ajustado à orelha do usuário, se estenda para cima para dentro da concha cimba (por exemplo, no modo de uma saliência arqueada que segue e/ou repousa radialmente para dentro da borda ou da concha cimba).
[063] Em algumas modalidades, um ângulo de deslocamento pode estar pre-sente entre o eixo longo L do fone intra-auricular 40 e o corpo auricular 10 (especifi-camente, entre o eixo longo L do fone intra-auricular 40 e o eixo para dentro-para fora IOa do corpo auricular 10). Tal ângulo de deslocamento pode proporcionar maior con-forto do dispositivo 1 quando encaixado na orelha do usuário. Dessa forma, o design exemplificador mostrado nas Figuras de 1 a 5 fornece um ângulo de deslocamento na faixa de aproximadamente de 10 a 15 graus. Em várias modalidades, tal ângulo de deslocamento pode ser de ao menos cerca de 6, 8 ou 10 graus. Em modalidades adicionais, tal ângulo de deslocamento pode ser de no máximo cerca de 18, 16 ou 14 graus. Em muitas modalidades, a orientação do eixo longo L do fone intra-auricular 40 pode ser ditada pela orientação de uma estrutura de montagem (por exemplo, protuberância 14) do corpo auricular 10 no qual o fone intra-auricular 40 é montado. Dessa forma, em muitas modalidades, tal ângulo de deslocamento pode ser determinado, por exemplo, pelo ângulo no qual a protuberância 14 se estende para fora a partir do corpo auricular 10, como no caso da modalidade exemplificadora melhor vista na Figura 5.
[064] As discussões acima devem ser interpretadas levando-se em consideração o fato de que existe alguma variação no formato das orelhas humanas. Dessa forma, as descrições fornecidas aqui de ajuste do dispositivo 1 em uma orelha humana, por exemplo, uma concha, serão compreendidas como aplicadas a adultos com geometrias de orelha e características que seriam consideradas por um audiologista como sendo representativas da média da população adulta de humanos. Nota-se que o dispositivo 1 (especialmente, o corpo auricular 10 e/ou o fone intra-auricular 40 do mesmo) pode ser fornecido em múltiplos formatos, sendo que, para qualquer dispositivo 1, as descrições acima são válidas para ao menos a população humana específica para a qual a dimensão do dispositivo 1 é configurada. Em modalidades específicas, o ajuste do dispositivo 1 na concha, conforme descrito aqui, pode ser avaliado com relação ao ajuste do dispositivo 1 em uma orelha artificial (ou seja, uma aurícula artificial moldada de plástico) adequada para o uso nos métodos de teste traçados pelo ANSI S12.42 (Methods for the Measurement of Insertion Loss of Hearing Protection Devices in Conti nuous or Impulsive Noise Using Microphone-in-Real-Ear or Acoustic Test Fixture Procedures) como especificado em 2010. Um exemplo específico de tais orelhas artificiais são aquelas disponíveis sob a designação comercial KB0077 (esquerda) e KB0078 (direita), junto à G.R.A.S. Sound & Vibration A/S (Holte, Dinamarca), para uso com o acessório para teste acústico G.R.A.S. 45CB. Dessa forma, em modalidades específicas, o corpo auricular 10 é configurado para ter ao menos uma superfície de contato que é configurada para entrar em contato com uma superfície da “pele” que define ao menos uma porção do perímetro radialmente externo da concha de uma orelha artificial, que cumpre com as exigências para uso com método de teste ANSI S12.42.
[065] Embora o corpo auricular 10 e o fone intra-auricular 40 tenham sido descritos acima em uma configuração na qual eles são combinados para formar um dispositivo de proteção auditiva 1, é enfatizado que, em ao menos algumas modali-dades, o corpo auricular 10 pode ser fornecido sem um fone intra-auricular fixado no mesmo. Ou seja, um corpo auricular 10 pode ser suprido a um usuário que pode, então, utilizá-lo em combinação com qualquer fone intra-auricular adequado. Além disso, em algumas modalidades, ao menos um corpo auricular e ao menos um fone intra-auricular podem ser embalados juntos, por exemplo, sob a forma de um kit. Tal kit pode incluir instruções de uso (observando-se que tais instruções podem ser ins-truções virtuais, por exemplo, sob a forma de um website listado que pode ser visita-do para se ler ou carregar um guia de usuário ou similar).
[066] Embora as discussões acima estejam voltadas principalmente para um dispositivo de proteção auditiva passivo, em outras modalidades um corpo auricular, conforme descrito na presente invenção, pode ser usado em um dispositivo de prote-ção auditiva eletrônico. Esse seria um dispositivo que impede substancialmente que o som ambiente transportado pelo ar entre no canal do ouvido, e que inclui componentes eletrônicos que recebem som ambiente transportado pelo ar, convertem o som em sinais eletrônicos, processam os sinais eletrônicos, convertem os sinais eletrônicos processados em som processado e, então, emitem o som processado para dentro do canal do ouvido. É enfatizado, entretanto, que um corpo auricular que compreende uma corneta acústica convoluta, conforme apresentado na presente invenção, é configurado para uso em um dispositivo (passivo ou eletrônico) de proteção auditiva, tal dispositivo sendo diferente de um dispositivo de auxílio auditivo passivo ou eletrônico (por exemplo, aparelhos auditivos, cornetas acústicas e similares).
[067] Nota-se que nas discussões da presente invenção, vários dispositivos, componentes e disposições foram caracterizados por, por exemplo, “substan-cialmente evitar” a passagem de ondas de som transportadas pelo ar. Deve-se en-tender que tal terminologia não exige que tal dispositivo, componente ou disposição necessariamente forneça uma barreira absoluta para o som transportado pelo ar. Ao invés disso, a única exigência assinalada por esta terminologia é que todos os tais componentes e disposições coletivamente forneçam propriedades de barreira suficiente ao som transportado pelo ar para que o dispositivo 1, compreendendo um fone intra-auricular 40 e um corpo auricular 10 conforme revelado aqui, seja capaz de funcionar conforme revelado aqui.
Lista de modalidades exemplificadoras
[068] A modalidade 1 é um corpo auricular que é configurado para residir na concha do ouvido de um usuário, e que compreende uma corneta acústica con- voluta configurada para receber ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma primeira abertura de recepção de som, e para emitir ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma segunda abertura de emissão de som, sendo que a primeira abertura de recepção de som tem área em seção transversal maior do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 150 a cerca de 1600; sendo que a segunda abertura de emissão de som é uma abertura deslocada; e sendo que a primeira abertura de recepção de som e a segunda abertura de emissão de som são conectadas de maneira fluida entre si, de modo a fornecer a corneta acústica convoluta; e, sendo que o corpo auricular é configurado para aceitar um fone intra-auricular que é fixável ao mesmo, o fone intra-auricular estando configurado para se encaixar no canal do ouvido de um usuário, e o corpo auricular e o fone intra-auricular sendo combinados para fornecer um dispositivo de proteção auditiva passivo.
[069] A modalidade 2 é o corpo auricular da modalidade 1, no qual a primeira abertura de recepção de som é maior em área do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 200 a cerca de 1000. A modalidade 3 é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades 1 e 2, no qual a primeira abertura de recepção de som é uma abertura ao menos genericamente voltada para fora. A modalidade 4 é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades de 1 a 3, no qual a corneta acústica convoluta compreende um comprimento, da primeira abertura de recepção de som até a segunda abertura de emissão de som, de cerca de 3 cm a cerca de 5 cm. A modalidade 5 é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades de 1 a 4, no qual a corneta acústica convoluta está sob a forma de uma espiral deslocada, na qual nenhuma porção da segunda abertura de emissão de som da corneta acústica convoluta está em relação sobreposta com qualquer porção da primeira abertura de recepção de som da corneta acústica convoluta.
[070] A modalidade 6 é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades de 1 a 5, no qual a corneta acústica convoluta apresenta um afunilamento geral na faixa de cerca de 50 a cerca de 400 alterações de porcentagem incremental, por centímetro de comprimento da corneta. A modalidade 7 é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades de 1 a 6, no qual a corneta acústica convoluta apresenta um afunilamento que é ao menos substancialmente constante ao longo de ao menos cerca de 80% do comprimento da corneta acústica convoluta. A modalidade 8 é o corpo auricular de acordo com qualquer uma das modalidades de 1 a 7, no qual a área em seção transversal da primeira abertura de recepção de som da corneta acústica convoluta situa-se na faixa de cerca de 30 a 45 mm quadrados. A modalidade 9 é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades de 1 a 8, no qual a corneta acústica convoluta apresenta um ou dois recursos de passagem inferior.
[071] A modalidade 10 é o corpo auricular de acordo com qualquer uma das modalidades de 1 a 9, no qual o corpo auricular tem um formato simétrico ao menos genericamente bilateral quando visto ao longo de um eixo para dentro-para fora do corpo auricular. A modalidade 11 é o corpo auricular de qualquer uma das modalida-des de 1 a 10, no qual o corpo auricular apresenta um eixo longo que é orientado de modo ao menos substancialmente ortogonal em direção a um eixo para dentro-para fora do corpo auricular. A modalidade 12 é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades de 1 a 11, o qual compreende uma chave mecânica situada em uma fa-ce voltada para fora do corpo auricular, tal chave mecânica estando conectada de modo operacional a uma válvula, de modo que a chave mecânica pode ser usada para fechar ao menos parcialmente a válvula, de modo a bloquear ao menos parcialmente a transmissão de sons transportados pelo ar através da corneta acústica convoluta. A modalidade 13 é o corpo auricular da modalidade 12, no qual a válvula está situada adjacente à segunda abertura de emissão de som da corneta acústica.
[072] A modalidade 14 é um dispositivo de proteção auditiva passivo que está configurado para se encaixar em uma orelha de um usuário, que compreende: uma corneta acústica convoluta que está configurada para receber ondas sonoras trans-portadas pelo ar através de uma primeira abertura de recepção de som, e para emitir ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma segunda abertura de emissão de som, sendo que a primeira abertura de recepção de som é maior na área em seção transversal do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 150 a cerca de 1400; sendo que a segunda abertura de emissão de som é uma abertura deslocada; e sendo que a primeira abertura de recepção de som e a segunda abertura de emissão de som são conectadas de maneira fluida entre si, de modo a fornecer a corneta acústica convoluta; e, um fone intra-auricular configurado para se encaixar no canal do ouvido da orelha de um usuário, o fone in- tra-auricular sendo fixado ao corpo auricular e compreendendo uma passagem contí-nua de transmissão de sons transportados pelo ar com uma abertura de recepção de sons primária que está configurada para receber sons transportados pelo ar que pas-saram através da corneta convoluta do corpo auricular, e com uma segunda abertura de emissão de sons voltada em direção ao ouvido interno do usuário.
[073] A modalidade 15 é o dispositivo da modalidade 14, no qual o dispositivo compreende um recurso físico de atenuação sonora dependente de nível que está situado entre a segunda abertura de emissão de som da corneta acústica e a primeira abertura de recepção de som do fone intra-auricular, de modo que qualquer som transportado pelo ar que é emitido a partir da segunda abertura de emissão de som da corneta acústica deve encontrar o recurso físico de atenuação sonora dependente de nível antes de alcançar a abertura de recepção de som primária do fone intra- auricular. A modalidade 16 é o dispositivo da modalidade 15, no qual o recurso físico de atenuação sonora dependente de nível é um filtro acústico que é encaixado em uma câmara definida, ao menos parcialmente, pelas superfícies moldadas no interior de uma coluna protuberante do corpo auricular, e através do qual o som que é emitido a partir da segunda abertura de emissão de som da corneta acústica deve passar para alcançar a abertura de recepção de som primária do fone intra-auricular.
[074] A modalidade 17 é o dispositivo de qualquer uma das modalidades de 14 a 16, no qual o corpo auricular compreende ao menos uma superfície de contato que está configurada de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha de um usuário, a ao menos uma superfície de contato entra em contato com a superfície da pele de um componente de orelha que define ao menos uma porção de um perímetro radialmente externo da concha da orelha de um usuário. A modalidade 18 é o dispositivo da modalidade 17, no qual a ao menos uma superfície de contato do corpo auricu lar é configurada de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha de um usuário, a ao menos uma superfície de contato do corpo auricular entra em contato com ao menos uma dentre uma superfície da pele de um trago, um antítrago, e uma porção de uma anti-hélice que é adjacente ao antítrago, da orelha de um usuário. A modalidade 19 é o dispositivo da modalidade 18, no qual o corpo auricular é configu-rado de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha do usuário, o dispositivo é mantido na orelha, ao menos em parte, por um encaixe por compressão do corpo auricular do dispositivo, com ao menos quaisquer dois dentre um trago, um antítrago, e uma porção de uma anti-hélice que é adjacente ao antítrago, da orelha de um usuário.
[075] A modalidade 20 é o dispositivo de qualquer uma das modalidades de 14 a 19, no qual o corpo auricular é configurado de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha do usuário, o corpo auricular fica ao menos substancialmente na cavidade de concha da orelha de um usuário. A modalidade 21 é o dispositivo da modalidade 20, no qual o corpo auricular é configurado de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha do usuário, ao menos substancialmente nenhuma porção do corpo auricular se estende para dentro da concha cimba da orelha do usuário. A modalidade 22 é o dispositivo de qualquer uma das modalidades de 14 a 21, no qual o corpo auricular é configurado de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha do usuário, ao menos substancialmente nenhuma porção do corpo auricular se estende para fora, ao longo de um eixo para dentro-para fora do corpo auricular, da concha do ouvido do usuário. A modalidade 23 é o dispositivo da modalidade 14, o qual compreende o corpo auricular das modalidades de 1 a 13.
[076] A modalidade 24 é um kit que compreende: ao menos um corpo auricu-lar configurado para residir na concha da orelha de um usuário e que compreende uma corneta acústica convoluta que está configurada para receber ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma primeira abertura de recepção de som, e para emitir ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma segunda abertura de emissão de som, sendo que a primeira abertura de recepção de som é maior na área em seção transversal do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 150 a cerca de 1400; sendo que a segunda abertura de emissão de som é uma abertura deslocada; e sendo que a primeira abertura de recepção de som e a segunda abertura de emissão de som são conectadas de maneira fluida entre si, de modo a fornecer a corneta acústica convoluta; e, ao menos um fone intra-auricular configurado para ser encaixado no canal do ouvido da orelha do usuário, o fone intra-auricular sendo adicionalmente configurado para ser fixável ao corpo auricular. A modalidade 25 é o kit da modalidade 24, no qual o ao menos um corpo auricular é o corpo auricular de qualquer uma das modalidades de 1 a 13.
Exemplo
[077] Um corpo auricular exemplificador funcional foi produzido por métodos de prototipagem rápida (estereolitografia), de um design genericamente similar aquele mostrado nas Figuras de 1 a 5. Neste protótipo, o corpo auricular tinha uma estrutura de outro modo sólida (feita de plástico) compreendendo uma corneta acústica helicoidal convoluta similar ao layout visto mais facilmente na Figura 4. A corneta tinha uma entrada não obstruída circular voltada para fora de 37 mm2 de área, uma saída genericamente voltada para dentro de aproximadamente 2,7 mm2 de área, e um comprimento de trajetória de aproximadamente 4 cm. O corpo auricular compreendia uma protuberância de design similar aquele visto mais facilmente nas Figuras 2 e 5, na qual a protuberância incluía uma câmara na qual foi colocado um filtro acústico dependente de nível do tipo usado no produto de proteção auditiva disponível junto à 3M Company, sob a designação comercial COMBAT ARMS EARPLUGS. Um fone intra-auricular de tipo genericamente similar aquele representado nas Figuras 1 e 2 foi encaixado por pressão sobre a protuberância do corpo auricular para formar um dispositivo de proteção auditiva passivo exemplificador funcional. O dispositivo de proteção auditiva foi posicionado na orelha de um manequim KEMAR G.R.A.S. 45CB. A perda de inserção (medida em relação ao manequim G.R.A.S. 45CB na ausência do protótipo do dispositivo de proteção auditiva) foi medida por métodos convencionais (utilizando-se ruído rosa) e é apresentada na Figura 8.
[078] Para comparação, a perda de inserção foi medida de modo similar para um dispositivo de proteção auditiva passivo convencional (que não incluía qualquer tipo de corneta acústica, mas que incluía o mesmo filtro acústico que foi usado no exemplo funcional, e que também usou o mesmo fone intra-auricular que foi usado no exemplo funcional). É evidente que o exemplo funcional exibiu uma perda de in-serção significativamente menor que o dispositivo de proteção auditiva convencional, particularmente a uma faixa de frequências acima de aproximadamente 2000 Hz.
[079] Os exemplos anteriormente mencionados foram fornecidos somente por uma questão de clareza de entendimento, e nenhuma limitação desnecessária deve ser inferida dos mesmos. Os testes e os resultados de testes descritos nos exemplos destinam-se somente a ser ilustrativos, e não preditivos, e pode-se esperar que variações nos procedimentos de teste produzam diferentes resultados. Todos os valores quantitativos na seção Exemplos devem ser entendidos como aproximações em vista das tolerâncias comumente conhecidas e envolvidas nos procedimentos utilizados. Ficará evidente aos versados na técnica que elementos, estruturas, características, detalhes e configurações exemplificadores específicos, entre outros, que são revelados na presente invenção, podem ser modificados e/ou combinados em numerosas modalidades. (Em particular, qualquer dos elementos mencionados de forma positiva neste relatório descritivo como alternativas, podem ser explicitamente incluídos nas reivindicações ou excluídos das reivindicações, em qualquer combinação, conforme desejado). Todas essas variações e combinações são contempladas pelo inventor como dentro dos limites da invenção concebida, não meramente aqueles desenhos representativos que foram escolhidos para servir como ilustrações exemplificadoras. Assim, o escopo da presente invenção não deve ficar limitado às estruturas ilustrativas específicas aqui descritas mas, em vez disso, estende-se ao menos às estruturas descritas pela linguagem das reivin-dicações, bem como aos equivalentes daquelas estruturas. Na medida em que houver conflito ou discrepância entre o presente relatório descritivo e a revelação em qualquer documento incorporado a título de referência neste documento, este relatório descritivo prevalecerá.

Claims (15)

1. Corpo auricular configurado para residir na concha da orelha de um usu-ário, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende uma corneta acústica con- voluta que está configurada para receber ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma primeira abertura de recepção de som, e para emitir ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma segunda abertura de emissão de som, sendo que a primeira abertura de recepção de som é maior na área em seção transversal do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 150 a cerca de 1600; sendo que a segunda abertura de emissão de som é uma abertura deslocada; e sendo que a primeira abertura de recepção de som e a segunda abertura de emissão de som são conectadas de maneira fluida entre si, de modo a fornecer a corneta acústica convoluta; e sendo que o corpo auricular está configurado para aceitar um fone intra- auricular que é fixável ao mesmo, estando o fone intra-auricular configurado para se encaixar no canal do ouvido de um usuário, e o corpo auricular e o fone intra- auricular sendo combinados para fornecer um dispositivo de proteção auditiva pas-sivo.
2. Corpo auricular, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira abertura de recepção de som é maior em área do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 200 a cerca de 1000.
3. Corpo auricular, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira abertura de recepção de som é uma abertura ao menos genericamente voltada para fora.
4. Corpo auricular, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a corneta acústica convoluta está sob a forma de uma espiral des- locada, na qual nenhuma porção da segunda abertura de emissão de som da cor-neta acústica convoluta está em relação sobreposta com qualquer porção da primeira abertura de recepção de som da corneta acústica convoluta.
5. Corpo auricular, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a corneta acústica convoluta apresenta um afunilamento geral na faixa de cerca de 50 a cerca de 400 alterações de porcentagem incremental, por centímetro de comprimento da corneta.
6. Corpo auricular, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a corneta acústica convoluta apresenta um ou dois recursos de passagem inferior.
7. Corpo auricular, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de compreender uma chave mecânica situada em uma face voltada para fora do corpo auricular, tal chave mecânica estando conectada de modo operacional a uma válvula, de modo que a chave mecânica pode ser usada para fechar ao menos parcialmente a válvula, de modo a bloquear ao menos parcialmente a transmissão de sons transportados pelo ar através da corneta acústica convoluta.
8. Corpo auricular, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que a válvula está situada adjacente à segunda abertura de emissão de som da corneta acústica.
9. Dispositivo de proteção auditiva passivo configurado para se encaixar na orelha de um usuário humano, CARACTERIZADO pelo fato de compreender: um corpo auricular configurado para residir na concha da orelha de um usuário e que compreende uma corneta acústica convoluta que está configurada para receber ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma primeira abertura de recepção de som, e para emitir ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma segunda abertura de emissão de som, sendo que a primeira abertura de recepção de som é maior na área em se- ção transversal do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 150 a cerca de 1400; sendo que a segunda abertura de emissão de som é uma abertura deslocada; e sendo que a primeira abertura de recepção de som e a segunda abertura de emissão de som são conectadas de maneira fluida entre si, de modo a fornecer a corneta acústica convoluta; e um fone intra-auricular configurado para se encaixar no canal do ouvido da orelha de um usuário, o fone intra-auricular sendo fixado ao corpo auricular e com-preendendo uma passagem contínua de transmissão de sons transportados pelo ar com uma abertura de recepção de som primária que está configurada para receber sons transportados pelo ar que passaram através da corneta convoluta do corpo auricular, e com uma segunda abertura de emissão de sons voltada em direção ao ouvido interno do usuário.
10. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADO pelo fato de que o dispositivo compreende um recurso físico de atenuação sonora dependente de nível que está situado entre a segunda abertura de emissão de som da corneta acústica e a abertura de recepção de som primária do fone intra- auricular, de modo que qualquer som transportado pelo ar que é emitido a partir da segunda abertura de emissão de som da corneta acústica deve encontrar o recurso físico de atenuação sonora dependente de nível antes de alcançar a abertura de recepção de som primária do fone intra-auricular.
11. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADO pelo fato de que o corpo auricular compreende ao menos uma superfície de contato que está configurada de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha de um usuário, a ao menos uma superfície de contato entra em contato com a superfície da pele de um componente de orelha que define ao menos uma porção de um perímetro radialmente externo da concha da orelha de um usuário.
12. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADO pelo fato de que a ao menos uma superfície de contato do corpo auricular é configurada de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha de um usuário, a ao menos uma superfície de contato do corpo auricular entra em contato com ao menos uma dentre uma superfície da pele de um trago, um antítrago, e uma porção de uma anti-hélice que é adjacente ao antítrago, da orelha de um usuário.
13. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADO pelo fato de que o corpo auricular é configurado de modo que, quando o dispositivo é encaixado na orelha do usuário, o dispositivo é mantido na orelha, ao menos em parte, por um encaixe por compressão do corpo auricular do dispositivo, com ao menos quaisquer dois dentre um trago, um antítrago, e uma porção de uma anti-hélice que é adjacente ao antítrago, da orelha de um usuário.
14. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADO pelo fato de que o corpo auricular é configurado de modo que, quando o dispositivo e encaixado na orelha do usuário, o corpo auricular fica ao menos substancialmente na cavidade da concha.
15. Kit, CARACTERIZADO pelo fato de compreender: ao menos um corpo auricular configurado para residir na concha da orelha de um usuário e que compreende uma corneta acústica convoluta que está confi-gurada para receber ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma primeira abertura de recepção de som, e para emitir ondas sonoras transportadas pelo ar através de uma segunda abertura de emissão de som, sendo que a primeira abertura de recepção de som é maior na área em seção transversal do que a segunda abertura de emissão de som por uma porcentagem incremental de cerca de 150 a cerca de 1400; sendo que a segunda abertura de emissão de som é uma abertura deslocada; e sendo que a primeira abertura de recepção de som e a segunda abertura de emissão de som são conectadas de maneira fluida entre si, de modo a fornecer a corneta acústica convoluta; e ao menos um fone intra-auricular configurado para ser encaixado no canal do ouvido da orelha do usuário, o fone intra-auricular sendo adicionalmente confi-gurado para ser fixável ao corpo auricular.
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