BR112016019994B1 - Método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada, método para a produção de um par personalizado de lentes oftálmicas progressivas e lente oftálmica progressiva personalizada - Google Patents

Método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada, método para a produção de um par personalizado de lentes oftálmicas progressivas e lente oftálmica progressiva personalizada Download PDF

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Abstract

método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada um método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada destinada a um paciente tendo uma prescrição para um olho correspondendo à referida lente, o método compreendendo as etapas seguintes: a) o fornecimento de um desenho inicial da lente oftálmica progressiva tendo uma linha meridiana; b) o fornecimento de dados de convergência binocular ao paciente; e c) a modificação do desenho inicial de modo que a posição da linha meridiana se desloque lateralmente com respeito ao referido desenho inicial, para corresponder aos dados de convergência fornecidos na etapa b), para a referida prescrição, e o desenho modificado como resultado da etapa c) é usado para as lentes personalizadas, em que a etapa b) compreende as seguintes subetapas: b1) o fornecimento de um estímulo visual em um plano sagital do paciente; e b2) a movimentação do estímulo visual dentro do plano sagital entre uma distância máxima predeterminada e uma distância mínima predeterminada.

Description

CAMPO TÉCNICO DO INVENTO
[0001] O invento se refere a um método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada e a uma lente oftálmica progressiva personalizada diretamente obtida com esse método.
ANTECENDENTES DO INVENTO
[0002] O desenho atual das lentes oftálmicas e particularmente das lentes progressivas não tem em consideração a capacidade de convergência natural específica de cada indivíduo. Na realidade, supõe que o plano de acomodação do objeto corresponde perfeitamente ao plano de convergência.
[0003] Todavia, não é raro observar um deslocamento entre esses dois planos devido a um atraso de convergência por exemplo. Esse deslocamento pode provocar fadiga visual e sintomas de desconforto, como por exemplo visão turvada e dores de cabeça.
[0004] A medição dinâmica da amplitude de convergência permite quantificar a capacidade natural de um indivíduo e caracterizar esse deslocamento. Além disso, pode igualmente destacar uma dissinergia oculomotora, em que um olho é mais rápido que o outro.
[0005] Começando desde essa situação, um objetivo do presente invento consiste em levar eficientemente em consideração a existência de uma diferença entre o plano de convergência e o plano de acomodação do objeto, como por exemplo um atraso de convergência ao projetar uma superfície progressiva.
SUMÁRIO DO INVENTO
[0006] Para cumprir esse objetivo ou outros, o presente invento propõe um método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada destinada a um paciente tendo uma prescrição para um olho correspondendo à referida lente, o método compreendendo as etapas seguintes: a) o fornecimento de um desenho inicial da lente oftálmica progressiva tendo uma linha meridiana; b) o fornecimento de dados de convergência binocular para o paciente; e c) a modificação do desenho inicial de modo que a posição da linha meridiana se desloque lateralmente com respeito ao referido desenho inicial, para corresponder aos dados de convergência fornecidos na etapa b), para a referida prescrição, e o desenho modificado como resultado da etapa c) é usado para a lente personalizada, em que a etapa b) compreende as seguintes subetapas: b1) o fornecimento de um estímulo visual em um plano sa- gital do paciente; e b2) a movimentação do estímulo visual dentro do plano sagital entre uma distância máxima predeterminada e uma distância mínima predeterminada.
[0007] Consequentemente, o invento consiste na adaptação do perfil espacial da linha meridiana de uma lenta oftálmica progressiva de acordo com a capacidade de convergência real do paciente, melhorando assim a congruência dos campos visuais e aumentando portanto o conforto visual do paciente.
[0008] De acordo com uma outra funcionalidade do invento, a eta pa b) compreende igualmente as seguintes subetapas: b3) a determinação, por pelo menos uma distância do estímulo visual entre as distâncias máxima e mínima predeterminadas, de um ângulo de azimute existente para um eixo ocular do olho do pa- ciente quando o paciente está olhando para o estímulo visual situado à referida distância de estímulo visual; e b4) o cálculo, para cada ângulo de azimute determinado na etapa b3), de uma distância de convergência.
[0009] Em seguida, a atribuição de cada distância de convergência à distância de estímulo visual correspondente forma os dados de con-vergência usados na etapa c). [00010] O método de acordo com o invento pode possivelmente incluir ainda uma ou mais das seguintes funcionalidades: - a linha meridiana é deslocada na etapa c) de modo a intersectar o eixo ocular do olho do paciente quando o paciente está olhando para o estímulo visual situado à referida distância de estímulo visual, e o desenho inicial após a modificação na etapa c) produz para a referida distância de estímulo visual uma potência de refração média inicialmente produzida em uma direção do olhar fixo intersectando a linha meridiana pelo desenho inicial antes da modificação na etapa c) e para a referida distância de estímulo visual; - a subetapa b3) é realizada para uma pluralidade de distâncias de estímulo visual entre as distâncias máxima e mínima predeterminadas; - a subetapa b3) é realizada com o paciente sem lentes of-tálmicas, e a etapa c) inclui levar em consideração um desvio de direção do olhar fixo produzido pela lente oftálmica progressiva quando corresponde à prescrição; - uma altura do estímulo visual no plano sagital varia como uma função pelo menos da referida distância de estímulo visual; - a distância máxima predeterminada é substancialmente igual a 2 m e a distância mínima predeterminada é substancialmente igual a 20 cm; - o estímulo visual é movido a uma velocidade constante durante a subetapa b2); a velocidade constante do estímulo visual permite o melhoramento da repetibilidade de medição. - o estímulo visual é movido a uma velocidade compreendida entre 0,05 m/s e 0,3 m/s; essa variação de velocidade permite o uso da convergência em condições naturais. - a etapa c) compreende a implementação de um processo de otimização para o deslocamento da linha meridiana na lateral em relação ao desenho inicial; - a etapa c) compreende as seguintes subetapas: - 1) para o desenho inicial, a obtenção das respectivas dis-tribuições para uma potência de refração média PPO(α, β) e um módulo de astigmatismo resultante ASR(α, β); - 2) desde as referidas distribuições, e para uma pluralidade de direções de olhar fixo intersectando a linha meridiana como existe antes da etapa c), nos ângulos de redução α, de obtenção de ângulos de azimute βmer(α); - 3) respectivamente para as referidas direções do olhar fixo, a determinação de valores do ângulo de azimute alvo com base nos dados de convergência fornecidos na etapa b); - 4) com base no desenho inicial, a formação de um desenho alvo compreendendo, para uma pluralidade de direções do olhar fixo, pelo menos um dos seguintes valores: - uma potência de refração média PPOalvo(α, β) de modo que PPOalvo(α, β) = PPO(α, β - βmer_alvo(α) + βmer(α)); e - um módulo de astigmatismo resultante ASRalvo(α, β) de modo que ASRalvo(α, β) = ASR(α, β - βmer_alvo(α) + βmer(α)); e - 5) a otimização de um desenho de lente de teste com respeito ao desenho alvo, e o desenho de lente de teste como resultado da otimização formando o desenho modificado; - a linha meridiana do desenho inicial é determinada des de um conjunto de direções de olhar fixo por uma lente oftálmica progressiva que é providenciada com o referido desenho inicial, onde um módulo de astigmatismo resultante é mínimo na variação de um ângulo de azimute β no ângulo de redução constante α; - o método compreende ainda uma etapa d) de fabricação da lente oftálmica progressiva personalizada com base no desenho da lente personalizada; e - o paciente tem um valor de quebra igual ou inferior a um limiar predeterminado.
[0010] O presente invento propõe igualmente um método para a produção de um par personalizado de lentes oftálmicas progressivas destinadas para um paciente tendo uma prescrição para cada olho, em que um método como descrito acima é efetuado para cada lente do par separadamente.
[0011] Convenientemente, os métodos do invento podem ser im plementados usando meios de computador.
[0012] O presente invento propõe ainda uma lente oftálmica pro gressiva personalizada diretamente obtida com um método como mencionado acima.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0013] Essas e outras funcionalidades e vantagens do invento irão se tornar evidentes desde o relatório descrito abaixo, que é providenciado somente para fins de ilustração sem induzir nenhuma limitação, e com base nos desenhos apensos listados em seguida: - as Figuras 1 e 2 ilustram esquematicamente sistemas ópticos de olho e lente; - a Figura 3 ilustra um traçado de raio desde o centro de rotação do olho; - a Figura 4 é um diagrama ilustrando diferentes etapas de um método de acordo com o invento; - a Figura 5 é uma vista esquemática ilustrando a convergência real de um paciente tendo um atraso de convergência; - a Figura 6 é um gráfico representando a evolução de um ângulo de azimute de acordo com uma distância onde um estímulo visual se encontra para um paciente tendo um atraso de convergência e para um paciente não tendo nenhum atraso de convergência; - a Figura 7 é uma vista esquemática ilustrando o movimento de um estímulo visual no plano sagital de um paciente; - as Figuras 8a e 8b são mapas de potência de refração média e astigmatismo resultante respectivamente para uma lente direita tendo um desenho inicial e um desenho modificado de acordo com o invento; - a Figura 9 é uma vista esquemática ilustrando como um ângulo de azimute alvo é determinado para um paciente tendo um atraso de convergência; - as Figuras 10a e 10b são gráficos ilustrando uma potência de refração média e astigmatismo resultante respectivamente como uma função de um ângulo de azimute e em um ângulo de redução igual a 0° para os desenhos inicial e modificado das Figuras 8a e 8b; e - as Figuras 11a a 13b são gráficos idênticos aos gráficos das Figuras 10a e 10b em um ângulo de redução igual a 10°, 20° e 30° respectivamente.
[0014] As mesmas notações usadas em Figuras diferentes têm os mesmos significados.
DEFINIÇÕES
[0015] As seguintes definições são fornecidas para descrever o presente invento.
[0016] Os "dados de prescrição" são conhecidos na técnica. Os dados de prescrição se referem a um ou mais dados obtidos para o paciente e indicando para cada olho uma potência de refração média da visão de longe PFV prescrita, e/ou um valor de astigmatismo CYLFV prescrito e/ou uma adição A prescrita adequada para a correção da ametropia e/ou presbiopia de cada olho. A potência de refração média PFV é obtida somando meio valor do valor de astigmatismo CYLFV prescrito ao valor de esfera SPHFV prescrito: PFV = SPHFV + CYLFV/2. Em seguida, a potência de refração média para cada olho relativamente à visão próxima (de perto) é obtida somando a adição A prescrita à potência de refração média da visão de longe PFV prescrita para o mesmo olho: PNV = PFV + A. No caso de uma prescrição para lentes progressivas, os dados de prescrição compreendem dados do paciente indicando para cada olho valores para SPHFV, CYLFV e A.
[0017] Uma "direção do olhar fixo" pode ser identificada por um par de valores de ângulo (α,β), em que os referidos valores de ângulo são medidos com relação a eixos de referência centrados no centro de rotação do olho (CRE - Center of Rotation of the Eye). Mais precisamente, a Figura 1 representa uma vista em perspectiva de um sistema desses ilustrando parâmetros α e β usados para definir uma direção do olhar fixo. A Figura 2 é uma vista no plano vertical paralelo em relação ao eixo antero-posterior da cabeça do paciente e passando pelo centro de rotação do olho quando o parâmetro β é igual a 0. O centro de rotação do olho é identificado como Q’. O eixo Q’F’, ilustrado na Figura 2 em uma linha pontilhada/tracejada, corresponde ao eixo horizontal passando pelo centro de rotação do olho e se estendendo na frente do paciente, ou seja o eixo Q’F’ correspondendo à direção primária do olhar fixo. Esse eixo corta a superfície frontal da lente em um ponto denominado cruz de ajustamento, que está presente nas lentes, para permitir o posicionamento das lentes em uma armação por um oculista. A cruz de ajustamento corresponde a um ângulo de redução α de 0° e um ângulo de azimute β de 0°. O ponto de intersecção da superfí- cie posterior da lente e do eixo Q’F’ corresponde ao ponto O. O pode ser a cruz de ajustamento se estiver localizado na superfície posterior. Uma esfera do vértice, do centro Q’, e do raio q’, que está interceptando a superfície posterior da lente em um ponto do eixo horizontal. Como exemplos, um valor de raio q’ de 25,5 mm corresponde a um valor normal e fornece resultados satisfatórios ao usar as lentes.
[0018] Uma determinada direção do olhar fixo, representada por uma linha sólida na Figura 1, corresponde a uma posição do olho em rotação em torno de Q’ e para um ponto J (consulte a Figura 2) da esfera do vértice; o ângulo β corresponde ao ângulo formado entre o eixo Q’F’ e a projeção da linha reta Q’J no plano horizontal compreendendo o eixo Q’F’; esse ângulo aparece no esquema da Figura 1. O ângulo α corresponde ao ângulo formado entre o eixo Q’J e a projeção da linha reta Q’J no plano horizontal compreendendo o eixo Q’F’; esse ângulo aparece no esquema das Figuras 1 e 2. Uma determinada perspetiva do olhar fixo corresponde assim a um ponto J da esfera do vértice ou a um par (α, β). Quanto mais o valor do ângulo de redução do olhar fixo for positivo, mais o olhar fixo é reduzido, e quanto mais o valor for negativo, mais o olhar fixo é aumentado.
[0019] Em uma determinada direção do olhar fixo, a imagem de um ponto M no espaço do objeto, situada a uma determinada distância do objeto, é formada entre dois pontos S e T correspondendo a distâncias mínima e máxima JS e JT, que seriam os comprimentos focais locais sagitais e tangenciais. A imagem de um ponto no espaço do objeto no infinito é formada no ponto F’. A distância D corresponde ao comprimento focal posterior da lente.
[0020] Na lente, para cada direção do olhar fixo (α, β), são defini dos uma potência de refração PPOα,β, um módulo de astigmatismo Astα,β e um eixo Axeα,β desse astigmatismo, e um módulo de astigmatismo resultante (igualmente denominado residual ou indesejado) Asrα,β.
[0021] "Ergorama" é uma função associando a cada direção do olhar fixo a distância habitual de um ponto do objeto. Tipicamente, na visão de longe seguindo a direção primária do olhar fixo, o ponto do objeto se encontra no infinito. Na visão de perto, seguindo uma direção do olhar fixo essencialmente correspondendo a um ângulo α da ordem de 35° e a um ângulo β da ordem de 5° no valor absoluto em direção ao lado nasal, a distância do objeto é da ordem de 30 a 50 cm. Para mais detalhes relativamente a uma possível definição de um ergora- ma, pode ser considerada a patente US-A-6,318,859. Esse documento descreve um ergorama, sua definição e respectivo método de modelagem. Para um método do invento, os pontos podem se encontrar no infinito ou não. O ergorama pode ser uma função da ametropia do paciente.
[0022] Usando esses elementos, é possível definir a potência ópti ca e o astigmatismo de um paciente, em cada direção do olhar fixo. É considerado um ponto do objeto M a uma distância do objeto fornecida pelo ergorama para uma direção do olhar fixo (α,β). Uma proximidade do objeto ProxO é definida para o ponto M no raio luminoso correspondente no espaço do objeto como o inverso da distância MJ entre o ponto M e o ponto J da esfera do vértice: ProxO=1/MJ
[0023] Isso permite calcular a proximidade do objeto no alcance da aproximação de uma lente fina relativamente a todos os pontos da esfera do vértice, que é usada para a determinação do ergorama. Para uma lente real, a proximidade do objeto pode ser considerada como o inverso da distância entre o ponto do objeto e a superfície frontal da lente, no raio luminoso correspondente.
[0024] Para a mesma direção do olhar fixo (α,β), é formada a ima gem de um ponto M tendo uma determinada proximidade do objeto entre dois pontos S e T que correspondem respectivamente às distâncias focais mínima e máxima (que seriam distâncias focais sagitais e tangenciais). A quantidade Prox I é denominada proximidade da imagem do ponto M:
Figure img0001
[0025] A potência óptica é igualmente denominada potência de refração.
[0026] Por analogia com o caso de uma lente fina, pode portanto ser definida, para uma determinada direção do olhar fixo e para uma determinada proximidade do objeto, ou seja para um ponto do espaço do objeto no raio luminoso correspondente, uma potência óptica PPO como a soma da proximidade da imagem e da proximidade do objeto. PPO = Pr oxO + Pr oxI
[0027] Com as mesmas notações, é definido um astigmatismo Ast para cada direção do olhar fixo e para uma determinada proximidade do objeto como:
Figure img0002
[0028] Essa definição corresponde ao astigmatismo de um feixe de raios criado pela lente.
[0029] A Figura 3 representa uma vista em perspectiva de uma configuração em que os parâmetros α e β não correspondem a zero. O efeito de rotação do olho pode assim ser ilustrado mostrando uma ar-mação fixa {x, y, z} e uma armação {xm, ym, zm} associada ao olho. A armação {x, y, z} tem sua origem no ponto Q’. O eixo x corresponde ao eixo Q’O e é orientado desde a lente em direção ao olho. O eixo y é vertical e orientado no sentido ascendente. O eixo z é de modo que a armação {x, y, z} seja ortonormal e direta. A armação {xm, ym, zm} se encontra associada ao olho e o seu centro corresponde ao ponto Q’. O eixo xm corresponde à direção do olhar fixo JQ’. Desse modo, para uma direção primária do olhar fixo, as duas armações {x, y, z} e {xm, ym, zm} são as mesmas. Por motivos de simplicidade, o termo "lente" é usado na descrição, mas tem de ser compreendido como o "sistema de ergorama-olho-lente".
[0030] Os valores em termos ópticos podem ser expressados para direções de olhar fixo. As direções de olhar fixo são habitualmente for-necidas pelo respectivo grau de redução e azimute em uma armação cuja origem é o centro de rotação do olho. Quando a lente é montada na frente do olho, um ponto denominado cruz de ajustamento é colocado diante da pupila ou diante do centro de rotação Q’ do olho para uma direção primária do olhar fixo. A direção primária do olhar fixo corresponde à situação em que um paciente está olhando em frente. Na armação escolhida, a cruz de ajustamento corresponde assim a um ângulo de redução α de 0° e um ângulo de azimute β de 0° independente da superfície da lente onde a cruz de ajustamento se encontra posicionada - superfície posterior ou superfície frontal.
DESCRIÇÃO DETALHADA DO INVENTO
[0031] A Figura 4 ilustra diferentes etapas de um método de acor do com o invento para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada destinada a um paciente tendo uma prescrição para um olho correspondendo à referida lente.
[0032] Como mencionado acima, o invento tem como objetivo o ajustamento do perfil espacial da linha meridiana da lente de acordo com a capacidade de convergência real do paciente de modo a facilitar os movimentos de vergência e melhorar o desempenho binocular.
[0033] Por consequência, o método compreende uma etapa b) de fornecimento de dados de convergência binocular para o paciente me-dindo a trajetória de convergência do paciente.
[0034] Para esse fim, a etapa b) compreende uma subetapa b1) de fornecimento de um estímulo visual em um plano sagital do pacien- te.
[0035] Vantajosamente, o estímulo visual é um estímulo do ponto. Pode ser um objeto real ou uma fonte de luz, bem como um estímulo virtual produzido por uma óptica apropriada.
[0036] Como ilustrado na Figura 5, o paciente que sofre de um atraso de convergência não converge em um plano de acomodação normal com o plano sagital e onde o estímulo visual se encontra locali-zado, mas converge ligeiramente atrás desse plano de acomodação, em um chamado plano de convergência igualmente normal para o plano sagital.
[0037] Nessa Figura, ambos os olhos do paciente são ilustrados como convergindo de modo similar, nomeadamente com o mesmo ângulo de convergência βconv. Todavia, esse nem sempre é o caso e ambos os olhos podem convergir diferentemente um do outro, com ângulos de convergência respectivos que podem ser diferentes. É por isso que, ao produzir um par personalizado de lentes oftálmicas progressivas destinadas a um paciente tendo uma prescrição para cada olho, o método do invento é efetuado para cada lente do par separadamente. Todavia, deve ser compreendido que a etapa b) de fornecimento de dados de convergência binocular ao paciente medindo a trajetória de convergência do paciente pode ser realizada para ambos os olhos em simultâneo, ou seja em uma única operação.
[0038] A etapa b) compreende ainda uma subetapa b2) de movi mentação do estímulo visual dentro do plano sagital entre uma distância máxima predeterminada dmáx e uma distância mínima predeterminada dmín.
[0039] Por exemplo, dmáx é substancialmente igual a 2 m e dmín é substancialmente igual a 20 cm. A origem dos eixos coordenados se encontra na intersecção da linha unindo os dois centros de rotação do olho e o plano sagital.
[0040] Em uma modalidade do invento, o estímulo visual pode ser movido a uma velocidade constante vestím durante a subetapa b2).
[0041] Vantajosamente, vestím é compreendido entre 0,05 m/s e 0,3 m/s.
[0042] Em seguida, a etapa b) compreende uma subetapa b3) de determinação, para pelo menos uma distância destím do estímulo visual entre dmáx e dmín, de um ângulo de azimute βconv existente para um eixo ocular do olho do paciente quando o paciente está olhando para o es-tímulo visual situado em destím. O eixo ocular deriva do centro de rotação do olho.
[0043] A subetapa b3) é por exemplo efetuada com um dispositivo de rastreamento do olho.
[0044] Preferivelmente, a subetapa b3) é realizada para uma plu ralidade de distâncias de estímulo visual destím entre dmáx e dmín.
[0045] Em uma modalidade do invento, a subetapa b3) é realizada com o paciente sem lentes oftálmicas de modo a aplicar a convergência natural do paciente.
[0046] Em uma variante, a subetapa b3) pode ser efetuada com o paciente usando uma lente oftálmica progressiva correspondendo à prescrição.
[0047] A Figura 6 é um gráfico ilustrando a evolução de βconv como uma função de destím. É igualmente representada a evolução de βθstim que corresponde a um ângulo de azimute experienciado se o paciente não tiver nenhum atraso de convergência, ou seja o paciente conver-gindo realmente no plano de acomodação.
[0048] Deve se notar que a altura do estímulo visual no plano sagi- tal varia igualmente como uma função da distância de estímulo visual destím. Como ilustrado na Figura 7, a direção do olhar fixo reduz de visão de longe para visão de perto. Por exemplo, a altura y pode ser igual a 0 para destím = dmáx e igual a -15 mm para destím = dmín.
[0049] A etapa b) compreende ainda uma subetapa b4) de cálculo, para cada ângulo de azimute βconv determinado na subetapa b3), de uma distância de convergência dconv. dconv é fornecido para a fórmula seguinte: dconv = MPD/tan(βconv) em que MPD corresponde à distância pupilar monocular do paciente para o olho em consideração.
[0050] Consequentemente, os dados de convergência d conv(destím) são formados mediante uma atribuição de cada distância de conver-gência dconv à distância de estímulo visual correspondente destím.
[0051] Com referência novamente à Figura 4, o método compre ende uma etapa a) de fornecimento de um desenho inicial de lente of-tálmica progressiva tendo uma linha meridiana ML.
[0052] A linha meridiana ML do desenho inicial corresponde à lo calização onde o astigmatismo resultante é mínimo dentro dos cortes transversais horizontais do desenho inicial, nomeadamente na variação de um ângulo de azimute β no ângulo de redução constante α.
[0053] Em alternativa, a posição da linha meridiana ML pode ser definida para cada ângulo de redução α considerando o meio dos dois valores β onde o astigmatismo resultante é igual a 0,5 D. Em outras palavras, a linha meridiana se encontra no meio das isocurvas do as-tigmatismo resultante de 0,5 D para um determinado valor α.
[0054] O método compreende ainda uma etapa c) de modificação do desenho inicial de modo que a posição da linha meridiana ML se desloque lateralmente com respeito ao referido desenho inicial, para a correspondência dos dados de convergência dconv(destím) providencia-dos na etapa b), para a referida prescrição, e o desenho modificado como resultado da etapa c) é usado para a lente personalizada.
[0055] A etapa c) compreende uma subetapa c1) para o desenho inicial de obtenção de distribuições respectivas para uma potência de refração média PPO(α, β) e um módulo de astigmatismo resultante ASR(α, β), com um ergorama e em condições de uso normais ou per-sonalizadas.
[0056] As condições de uso normais podem ser as habituais que são conhecidas na técnica. Em particular, a lente é montada em uma armação de óculos (não ilustrado) de modo que a superfície traseira da lente possa se situar a uma distância de cerca de 25,5 mm em relação ao centro de rotação do olho. O ângulo pantoscópico pode ser de 8°, com a extremidade superior da lente apoiada na frente em relação à face do paciente. O ângulo de tração pode ter um valor médio de cerca de 5°, esse ângulo correspondendo a uma inclinação da lente em torno de um eixo vertical de modo que a extremidade temporal da lente se desloque para trás com respeito à sua extremidade nasal. As condições de uso personalizadas podem igualmente ser usadas.
[0057] As Figuras 8a e 8b são mapas de potência de refração mé dia e astigmatismo resultante respectivamente para uma lente direita tendo uma potência de refração média de visão de longe prescrita de 0 dioptrias e uma adição ADD prescrita de 2,00 dioptrias, o desenho inicial sendo representado por linhas contínuas.
[0058] A etapa c) compreende ainda uma subetapa de c2) desde as referidas distribuições, e para uma pluralidade de direções de olhar fixo intersectando a linha meridiana ML como existe antes da etapa c), nos ângulos de redução α, de obtenção de ângulos de azimute βmer(α).
[0059] Os ângulos de azimute βmer(α) correspondendo à linha me ridiana ML são obtidos simplesmente lendo os mapas.
[0060] A etapa c) compreende ainda uma subetapa c3) respecti vamente para as referidas direções de olhar fixo, ou seja para as dire-ções de olhar fixo intersectando a linha meridiana ML como existe antes da etapa c) de determinação dos valores do ângulo de azimute alvo βmer_alvo(α) com base nos dados de convergência dconv(destím) provi- denciados na etapa b).
[0061] Mais precisamente, desde os ângulos de azimute βmer(α) correspondendo à linha meridiana ML e desde o mapa de potência de refração média, é obtida a potência de refração média na linha meridiana ML nos ângulos de redução α, que depois fornece diretamente a distância correspondente do ponto do objeto que é visto rapidamente de acordo com a fórmula seguinte: destim(α)=1/(PPO(α, βmer(α))-PPO(ponto de visão de longe)) + derc-lente em que PPO(α, β) corresponde à potência de refração média da lente para a direção (α, β), e derc-lente corresponde à distância do centro de rotação do olho em relação à superfície traseira da lente.
[0062] Esse ponto do objeto tem de ser identificado com o estímu lo visual, de modo que a distância de estímulo visual destím corresponda à distância de visão nítida pelo desenho inicial.
[0063] Em uma variante, é obtida a distância do ponto do objeto, e desse modo destím, desde um ergorama e desde o ângulo de redução α correspondente ao ângulo de azimute βmer(α) na linha meridiana ML. Como explicado acima, um ergorama é uma função associando a dis-tância habitual de um ponto de objeto a cada direção do olhar fixo, e uma direção do olhar fixo pode ser identificada por um par de valores de ângulo (α,β).
[0064] Em seguida, desde a distância de estímulo visual destím e desde os dados de convergência dconv(destím) providenciados na etapa b), é obtida a distância de convergência dconv.
[0065] Em seguida, os valores de ângulo de azimute alvo βmer_alvo(α) são determinados pelo traçado de raio como ilustrado na Figura 9, considerando condições de uso normais ou personalizadas. O raio é originado no centro de rotação do olho com um ângulo de redução α, passa pela lente e cruza o plano sagital a uma distância dconv. O ângulo de azimute desse raio corresponde a βmer_alvo.
[0066] As condições de uso personalizadas compreendem a dis tância entre a superfície traseira da lente e o centro de rotação do olho, os ângulos pantoscópico e de tração.
[0067] Como ilustrado, o traçado de raio leva em consideração um desvio de direção do olhar fixo produzido pela lente oftálmica progressiva quando correspondendo à prescrição.
[0068] No caso em que a capacidade de convergência real do pa ciente é medida na etapa b) com o paciente usando uma lente oftálmica progressiva correspondendo à prescrição, então βmer_alvo(α) é igual a βconv.
[0069] A etapa c) compreende ainda uma subetapa c4) com base no desenho inicial de formação de um desenho alvo compreendendo, para uma pluralidade de direções de olhar fixo (α, β), pelo menos um dos seguintes valores: - uma potência de refração média PPOalvo(α, β) de modo que PPOalvo(α, β) = PPO(α, β - βmer_alvo(α) + βmer(α)); e - um módulo de astigmatismo resultante ASRalvo(α, β) de modo que ASRalvo(α, β) = ASR(α, β - βmer_alvo(α) + βmer(α)).
[0070] Essa transformação de desenho efetua um deslocamento lateral para cada direção do olhar fixo, o deslocamento lateral sendo dependente do valor de ângulo de redução, de modo que a linha meri-diana seja movida desde a sua posição no desenho inicial para uma nova posição correspondendo aos dados de convergência recolhidos para o usuário.
[0071] Em seguida, a etapa c) compreende a implementação de um processo de otimização para a determinação de uma lente de teste correspondendo ao desenho alvo acima.
[0072] Em particular, a etapa c) compreende uma subetapa c5) de otimização de um desenho de lente de teste com respeito ao desenho alvo, e o desenho de lente de teste como resultado da otimização forma o desenho modificado. Em outras palavras, a otimização consiste no fornecimento de uma lente de teste, que pode ser igual à lente inicial, mas não necessariamente, e em seguida de modificação da lente de teste para minimizar a diferença entre o desenho da lente de teste e o desenho alvo. A lente de teste resultante dessa otimização forma a lente personalizada.
[0073] As distribuições de potência de refração média e astigma tismo resultante para o desenho modificado são representadas em linhas pontilhadas nas Figuras 10a e 10b respectivamente, correspondendo ao desenho inicial igualmente representado nas mesmas figuras. O deslocamento lateral das isocurvas como resultado do invento pode ser observado relativamente a valores de ângulo de redução positivos.
[0074] As Figuras 10a e 10b são gráficos ilustrando a potência de refração média e o astigmatismo resultante respectivamente como uma função de um ângulo de azimute β e em um ângulo de redução α igual a 0°, para os desenhos inicial (linha contínua) e modificado (linha pontilhada).
[0075] As Figuras 11a a 13b são gráficos idênticos aos gráficos das Figuras 10a e 10b em um ângulo de redução α igual a 10°, 20° e 30° respectivamente.
[0076] O método pode finalmente compreender uma etapa d) de fabricação da lente oftálmica progressiva personalizada com base no desenho de lente personalizada.
[0077] O invento tem especial interesse por pacientes que têm uma capacidade de convergência suficiente, em particular por pacientes tendo uma capacidade de convergência considerada normal.
[0078] A capacidade de convergência pode ser avaliada pela me- dição de Ponto Próximo de Convergência (PPC). O valor de quebra corresponde à distância, no plano sagital do paciente, entre a raiz do nariz e o ponto mais próximo que pode ser visto binocularmente, e o valor de recuperação corresponde à distância onde os olhos podem recuperar a fixação binocular.
[0079] Assim, a implementação do invento para um paciente pode se submeter ao respectivo valor de quebra sendo menor que um valor de limiar predeterminado. Desse modo, a medição do valor de quebra do paciente pode formar uma etapa inicial do método do invento.
[0080] Geralmente, a capacidade de convergência é considerada como sendo normal quando o valor de quebra é igual ou inferior a 20 cm, de um ponto de vista clínico, ou abaixo da distância individual para leitura.
[0081] O invento propõe assim um método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada destinada a um paciente, garantindo que o perfil espacial da linha meridiana corresponde à capacidade de convergência real do paciente, de modo a melhorar a congruência dos campos visuais e aumentar o conforto visual.

Claims (15)

1. Método para a produção de uma lente oftálmica pro-gressiva personalizada destinada a um paciente tendo uma prescrição para um olho correspondendo à referida lente, o método caracterizado pelo fato de que compreende as etapas seguintes: a) fornecer um desenho inicial da lente oftálmica progressiva tendo uma linha meridiana (ML); b) fornecer dados de convergência binocular ao paciente; e c) modificar o desenho inicial de modo que a posição da linha meridiana (ML) se desloque lateralmente com respeito ao referido desenho inicial, para corresponder aos dados de convergência fornecidos na etapa b), para a referida prescrição, e o desenho modificado como resultado da etapa c) é usado para a lente personalizada, em que a etapa b) compreende as seguintes subetapas: b1) fornecer um estímulo visual em um plano sagital do pa-ciente; b2) movimentar o estímulo visual dentro do plano sagital entre uma distância máxima (dmáx) predeterminada e uma distância mínima predeterminada (d mín); b3) determinar, por pelo menos uma distância (destím) do es-tímulo visual entre as distâncias máxima e mínima (dmáx, dmín) prede-terminadas, um ângulo de azimute (βconv) existente para um eixo ocular do olho do paciente quando o paciente está olhando para o estímulo visual situado à referida distância de estímulo visual (destím); e b4) calcular, para cada ângulo de azimute (βconv) determi-nado na etapa b3), uma distância de convergência (dconv), e uma atribuição de cada distância de convergência (dconv) à distância de estímulo visual (destím) correspondente forma os dados de convergência (dconv(destím)) usados na etapa c).
2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a linha meridiana (ML) é deslocada na etapa c) de modo a intersectar o eixo ocular do olho do paciente quando o paciente está olhando para o estímulo visual situado à referida distância de estímulo visual (destím), e o desenho inicial após a modificação na etapa c) produz para a referida distância de estímulo visual (destím) uma potência de refração média inicialmente produzida em uma direção do olhar fixo intersectando a linha meridiana, pelo desenho inicial antes da modificação na etapa c) e para a referida distância de estímulo visual (destím).
3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracte-rizado pelo fato de que a subetapa b3) é realizada para uma pluralidade de distâncias de estímulo visual (destím) entre as distâncias máxima e mínima (dmáx, dmín) predeterminadas.
4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a subetapa b3) é realizada com o paciente não usando lentes oftálmicas, e a etapa c) inclui levar em consideração um desvio de direção do olhar fixo produzido pela lente oftálmica progressiva quando corresponde à prescrição.
5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que uma altura do estímulo visual no plano sagital varia como uma função pelo menos da referida distância de estímulo visual (destím).
6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a distância máxima (dmáx) predeterminada é substancialmente igual a 2 m e a distância mínima (dmín) predeterminada é substancialmente igual a 20 cm.
7. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o estímulo visual é movido a uma velocidade constante (vestím) durante a subetapa b2).
8. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o estímulo visual é movido a uma velocidade (vestím) compreendida entre 0,05 m/s e 0,3 m/s.
9. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a etapa c) compreende a implementação de um processo de otimização para o deslocamento da linha meridiana (ML) lateralmente desde o desenho inicial.
10. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a etapa c) compreende as seguintes subetapas: - 1) para o desenho inicial, a obtenção das respectivas dis-tribuições para uma potência de refração média PPO(α, β) e um módulo de astigmatismo resultante ASR(α, β); c2) desde as referidas distribuições, e para uma pluralidade de direções de olhar fixo intersectando a linha meridiana (ML) como existe antes da etapa c), nos ângulos de redução α, de obtenção de ângulos de azimute βmer(α); c3) respectivamente para as referidas direções de olhar fixo, a determinação de valores do ângulo de azimute alvo (βmer_alvo(α)) com base nos dados de convergência fornecidos na etapa b); c4) com base no desenho inicial, a formação de um desenho alvo compreendendo, para uma pluralidade de direções de olhar fixo (α, β), pelo menos um dos seguintes valores: - uma potência de refração média PPOalvo(α, β), de modo que PPOalvo(α, β) = PPO(α, β - βmer_alvo(α) + βmer(α)); e - um módulo de astigmatismo resultante ASRalvo(α, β), de modo que ASRalvo(α, β) = ASR(α, β - βmer_alvo(α) + βmer(α)); e c5) a otimização de um desenho de lente de teste com res-peito ao desenho alvo, e o desenho de lente de teste como resultado da otimização formando o desenho modificado;
11. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que a linha meridiana (ML) do desenho inicial é determinada desde um conjunto de direções de olhar fixo por uma lente oftálmica progressiva que é providenciada com o referido desenho inicial, onde um módulo de astigmatismo resultante é mínimo na variação de um ângulo de azimute β no ângulo de redução constante α.
12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma etapa d) de fabricação da lente oftálmica progressiva personalizada com base no desenho de lente personalizada.
13. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que o paciente tem um valor de quebra igual ou inferior a um limiar predeterminado.
14. Método para a produção de um par personalizado de lentes oftálmicas progressivas destinadas a um paciente tendo uma prescrição para cada olho, caracterizado pelo fato de que um método como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 13 é efetuado para cada lente do par separadamente.
15. Lente oftálmica progressiva personalizada caracterizada pelo fato de que é diretamente obtida com um método como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 14.
BR112016019994-4A 2014-04-03 2015-03-31 Método para a produção de uma lente oftálmica progressiva personalizada, método para a produção de um par personalizado de lentes oftálmicas progressivas e lente oftálmica progressiva personalizada BR112016019994B1 (pt)

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