BR112015019458A2 - par de lentes oftálmicas progressivas - Google Patents

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Abstract

par de lentes oftálmicas progressivas. a presente invenção refere-se a um par de lentes oftálmicas progressivas (1, 2) que encontra condições especiais para aprimorar a visão binocular de um usuário, enquanto evita desconforto para visão periférica. uma primeira dentre as ditas condições relaciona-se com valores de altura de campos de visão afastada, campos de visão intermediária e/ou campos de visão próxima, para indicar que os ditos campos são diferentes o suficiente em termos de altura entre ambas as lentes. uma segunda dentre as ditas condições estabelece um valor máximo para a diferença relativa em gradiente de potência média de refração entre ambas as lentes.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PAR DE LENTES OFTÁLMICAS PROGRESSIVAS".
CAMPO DA TÉCNICA DA INVENÇÃO A invenção refere-se a um par de lentes oftálmicas pro- gressivas, e a um método para fornecer tal par de lentes a um usuário. No contexto da presente invenção, um par de lentes oftál- micas significa dois óculos que são destinados a serem fornecidos a um único e exclusivo usuário quando ambos os óculos são montados em uma armação de óculos. Cada lente do par é, portanto, dedicado a corrigir tanto uma ametropia quanto uma presbiopia de um dos olhos do usuário de acordo com uma prescrição oftálmica obtida para esse olho. As visões tanto do olho direito quanto do olho esquerdo são des- se modo corrigidas, simultaneamente. A invenção se refere especificamente a fornecer visão bi- nocular aprimorada ao usuário, selecionando-se apropriadamente as lentes progressivas a serem pareadas.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO As lentes progressivas oftálmicas permitem a visão aguça- da de objetos que são localizadas em distâncias variadas na frente do usuário de lente, sendo que o usuário é presbiópico. Para esse propó- sito, cada lente oftálmica progressiva tem uma potência média de re- fração que varia ao longo de uma linha meridiana da lente. Aqui, a li- nha meridiana corresponde à direção de olhar prolongado principal usada pelo usuário para observar em distâncias variadas. As distân- cias de visão podem ser definidas com o uso de um ergorama. Como regra geral, a distância de visão diminui de mais do que 2 metros para uma direção de visão em olhar prolongado distante, para cerca de 40 centímetros para uma direção de visão em olhar prolongado aproxi- mada que é orientada abaixo da direção de visão em olhar prolongado distante.
Porém, fora da linha meridiana, uma lente oftálmica pro- gressiva tem valores de potência média de refração e valores de as- tigmatismo resultantes que não são iguais àqueles na linha meridiana em valor de altura constante para o ângulo descendente da direção de olhar prolongado.
Como consequência, as potências ópticas que são realmente produzidas por cada lente não correspondem exatamente à prescrição fora da linha meridiana e fora das zonas de lente dedica- das, respectivamente, à visão afastada e à visão próxima.
Muitos es- forços foram gastos por anos para aumentar as áreas de visão distan- te e/ou próxima em combinação com a redução dos desvios de corre- ção fora dessas áreas e a linha meridiana.
Mas esses aprimoramentos se referem a otimizar cada lente separadamente.
Adicionalmente, foi constatado que a visão binocular do usuário pode ser aprimorada selecionando-se apropriadamente ambas as lentes que pertencem a um par único e exclusivo, cada um com um projeto de lente diferente.
Por exemplo, o documento FR 2 704 327 propõe selecionar uma das lentes progressivas oftálmicas do par com uma grande zona de visão afastada, e a outra lente progressiva oftál- mica do par com uma grande zona de visão próxima.
Como conse- quência, a lente com grande zona de visão afastada tem uma zona de visão próxima reduzida, e aquela com grande zona de visão próxima tem uma zona de visão afastada reduzida.
Mas a visão binocular per- mite que o usuário selecione aquele dos seus olhos que tem visão mais aguçada para cada binocular direção de olhar prolongado.
Desse modo, cada uma das maiores zonas de visão distante e próxima entre ambas as lentes parece ser realmente eficaz para fornecer visão bino- cular aguçada, enquanto as menores zonas de visão distante e próxi- ma são úteis em fornecer percepção de visão estereoscópica.
O documento US 7.083.277 revela outro exemplo de par de lentes em que ambas as lentes são diferentes em larguras de campo de visão distante e aproximada. No entanto, desconforto de visão ainda pode aparecer quando ambas as lentes do par são desse modo selecionadas com diferentes projetos. Em particular, tal desconforto se refere a direções periféricas de olhar prolongado em relação às linhas meridianas das lentes. Partindo dessa situação, um objetivo da presente invenção consiste em aprimorar a visão binocular de um usuário de lentes pro- gressivas oftálmicas, evitando ao mesmo tempo desconforto para a visão periférica.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO Para atender esse ou outros objetivos, a presente invenção propõe um par de lentes oftálmicas progressivas, nos quais cada lente tem uma potência média de refração de visão afastada prescrita, uma adição prescrita que é comum a ambas as lentes do par e, em condi- ções de uso da lente por um usuário, uma linha principal, uma cruz de fixação e uma potência média de refração para cada direção de olhar prolongado através da lente que corresponde a um ângulo descenden- te α e um ângulo de azimute β em relação a um sistema de coordena- das ciclópico. A linha principal de cada lente corresponde às direções de olhar prolongado para as quais um astigmatismo resultante é míni- mo como uma função do ângulo de azimute β, e a um valor constante para o ângulo descendente α. Além disso, o ângulo descendente α é medido a partir da direção de olhar prolongado através da cruz de fi- xação, com valores positives para baixo. Cada lente possui adicionalmente: - uma primeira altura, que é definida como uma diferença do ângulo descendente α entre uma direção de olhar prolongado na linha principal onde a potência média de refração equivale à potência média de refração de visão afastada prescrita mais 10% da adição prescrita, e a direção de olhar prolongado através da cruz de fixação; e - uma segunda altura que é definida como uma diferença entre o ângulo descendente α igual a 36° e uma direção de olhar pro- longado na linha principal onde a potência media de refração equivale à potência média de refração de visão afastada prescrita mais 85% da adição prescrita; A primeira altura quantifica o nível da lente numa direção vertical nas condições de uso, no qual a potência média de refração começa a aumentar.
A segunda altura quantifica uma dispersão da zona de vi- são próxima na direção vertical, acima da direção de olhar prolongado correspondendo ao valor de 36° para o ângulo descendente α.
De acordo com um primeiro recurso da invenção, o par tem pelo menos um dentre uma diferença entre as primeiras alturas das duas lentes superior a 8° em valor absoluto, e uma diferença entre as segundas alturas das duas lentes superior a 5° em valor absoluto.
Es- se primeiro recurso indica que pelo menos uma das dispersões da zo- na de visão afastada e da zona de visão próxima na direção vertical é diferente entre ambas as lentes.
Assim, uma zona de visão aguçada que é aumentada verticalmente para um dos dois olhos é proporciona- da ao usuário para visão afastada ou próxima.
Isso proporciona ao usuário um campo de visão percebida grande para cada zona de visão em visão binocular.
Além disso, um gradiente de potência média de refração máxima é definido para cada lente, para direções de olhar prolongado que correspondem a uma direção de olhar prolongado ciclópica que é compreendida: no interior de uma zona centralizada na direção de olhar prolongado ciclópica que corresponde a uma direção de olhar prolon- gado que passa através do ponto de referência de prisma desta lente e que contém todas as direções de olhar prolongado ciclópicas de mo- do a respeitar a seguinte desigualdade (|α|² + |β|²)1/2 ≤ 40°, e fora de uma zona óptica central, sendo que esta zona ópti- ca central compreende a linha principal ML_min (αmin, β min) das dire- ções ciclópicas para as quais, para cada ângulo αmin, o astigmatismo resultante alcança seu mínimo, a zona óptica central sendo delimitada em qualquer lado da linha principal pelas direções de olhar prolongado ciclópicas cujo ângulo de azimute é igual a β min ± 5°. Então, de acordo com um segundo recurso da invenção, uma diferença relativa no gradiente de potência média de refração máxima entre ambas as lentes do par é menor ou igual a 0,08 no valor absoluto.
Esse segundo recurso ajusta uma condição limítrofe em re- lação ao gradiente de potência média de refração, para que ambas as lentes não tenham respectivos projetos na parte periférica que são muito diferentes umas das outras, o que pode causar desconforto ao usuário.
Em particular, isso evita designar uma lente com projeto rígido a um dos olhos do usuário junto com outra lente com projeto macio ao outro dos olhos do usuário.
Portanto, a invenção consiste em uma combinação vantajo- sa de dois recursos que fornecem uma visão binocular aprimorada com o uso de um par de lentes progressivas especialmente seleciona- das, garantindo ao mesmo tempo conforto na visão periférica.
No contexto da invenção, os sistemas de coordenada cicló- pico indicam qualquer sistema de coordenada adequado para identifi- car uma direção de olhar prolongado que é originária de um ponto lo- calizado entre ambos os olhos do usuário, e que é orientada em dire- ção um objeto atualmente observado pelo usuário.
Tal direção é de- nominada direção de olhar prolongado ciclópica, e direções separadas de olhar prolongado, respectivamente, para ambos os olhos podem ser derivadas da direção de olhar prolongado ciclópica.
Porém, ao ca-
racterizar um par de lentes de acordo com a invenção sem que um usuário dessas lentes seja individualmente identificado, o sistema de coordenadas ciclópico a ser usado é definido por uma distância de se- paração que é igual a 64 mm (milímetros) entre ambas as pupilas de um usuário padrão, e para um olho ciclópico que é localizado na posi- ção intermediária entre ambos os olhos desse usuário padrão.
De acordo com um primeiro aprimoramento opcional da in- venção, a diferença entre as primeiras alturas das duas lentes pode ser superior a 12° em valor absoluto, e/ou a diferença entre as segun- das alturas das duas lentes pode ser superior a 10° em valor absoluto.
Desse modo, a visão binocular do usuário pode ser adicionalmente aprimorada.
De acordo com um segundo aprimoramento opcional da in- venção, a diferença relativa entre as duas lentes no gradiente de po- tência média de refração máxima pode ser inferior a 0,025 em valor absoluto.
Desta forma, o conforto na visão periférica pode ser adicio- nalmente aprimorado.
Opcionalmente, a diferença entre as primeiras alturas das duas lentes e aquela entre as segundas alturas das duas lentes pode ser substancialmente iguais uma às outras em valor absoluto e têm sinais opostos.
Posteriormente, uma das duas lentes tem uma zona de visão afastada que é aumentada em comparação às outras lentes, e esta última lente tem uma zona de visão próxima que é aumentada em comparação com a primeira lente.
Além disso, ambos os aumentos de zona são similares em extensão.
A invenção pode ser aplicada de modo vantajoso quando uma diferença absoluta na potência média de refração de visão afas- tada prescrita entre ambas as lentes é menor ou igual a 1,0 de diop- tria.
Fora desses casos, aberrações ópticas como desvio de potência ou astigmatismo resultante pode não ser totalmente dominadas como para cada zona de visão, de modo que a diferença de projeto entre ambas as lentes conforme fornecido pela presente invenção possam aparecer totalmente.
De modo similar, a invenção pode ser aplicada de modo vantajoso quando uma diferença absoluta nos valores de astigmatismo prescritos entre ambas as lentes é menor ou igual a 1,0 de dioptria.
A presente invenção também propõe um método para for- necer um par de lentes oftálmicas progressivas a um usuário identifi- cado, em que o método compreende as seguintes etapas: /1/ para o usuário ao qual ambas as lentes são dedicadas: - obter prescrições para ambos os olhos que incluem uma potência média de refração de visão afastada prescrita e uma adição ADD prescrita que é comum a ambas as lentes do par; - obter um valor para uma distância de separação entre ambas as pupilas do usuário, e uma posição de um olho ciclópico para esse usuário; e - definir um sistema de coordenadas ciclópico para o usuá- rio, com base na distância de separação de pupila e na posição de olho ciclópico; /2/ para cada lente em condições de uso padrão da lente pelo usuário, determinar a linha principal, a cruz de fixação, a potência média de refração para cada direção de olhar prolongado, e definir as primeiras e segundas alturas como acima, assim como o gradiente de potência média de refração máxima para a lente; /3/ otimizar pelo menos uma lente do par de modo que pelo menos uma dentre a diferença entre as primeiras alturas das duas len- tes seja fixada num valor superior a 8° em valor absoluto, e a diferença entre as segundas alturas das duas lentes seja fixada num valor supe- rior a 5° em valor absoluto, e de modo que a diferença relativa entre as duas lentes no gradiente de potência média de refração máxima seja fixada num valor inferior a 0,08 em valor absoluto; e /4/ fabricar ambas as lentes do par de acordo com um re- sultado de otimização da etapa /3/. De forma conveniente, o processo de otimização da etapa /4/ pode ser implementado com o uso de meios computacionais. Em algumas implementações de um método da invenção, a etapa /3/ pode ser baseada nos dados vinculados ao usuário. Esses dados vinculados ao usuário podem ser obtidos por si antes da etapa /3/, por exemplo, em um mesmo tempo que a etapa /1/ é realizada. Possivelmente, ambas as lentes podem ser simétricas uma em relação à outra, de acordo com os lados direito e esquerdo nas condições de uso, mas um projeto de lente é deslocado verticalmente para uma das lentes em relação à outra lente, com um comprimento de deslocamento que não é zero. Desta forma, apenas um projeto de lente é de fato necessário para obter ambas as lentes do par.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS Esses e outros recursos e vantagens da invenção se torna- rão evidentes a partir do relatório descritivo detalhado abaixo, que é fornecido somente para fins de ilustração sem induzir nenhuma limita- ção, e com base nos desenhos anexos agora listados: As Figuras 1a a 1c ilustram parâmetros ópticos relaciona- dos a um par de lentes de acordo com a invenção; A Figura 2 é um diagrama para ilustrar uma implementação particular da invenção; As Figuras 3a e 3b são mapas de potência média de refra- ção, respectivamente, para uma lente direita e uma lente esquerda de um par de acordo com uma modalidade da invenção; As Figuras 3c e 3d são mapas de astigmatismo resultante, respectivamente, para a lente direita e a lente esquerda das Figuras 3a e 3b; e
As Figuras 4a a 4d correspondem, respectivamente, às Fi- guras 3a a 3d para outra modalidade da invenção. As mesmas notações usadas em figuras diferentes dessas figuras têm os mesmos significados.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO A Figura 1a é uma vista em perspectiva que representa ambas as lentes de um par nas condições conforme o uso para um usuário, e A Figura 1c é uma vista plana das lentes com parâmetros em relação ao sistema de coordenadas ciclópico. Na Figura 1a, a referência OR indica o olho direito 10 do usuário equipado com a lente 1, e referência OL indica o olho esquer- do 20 do mesmo usuário equipado com a lente 2. Portanto, ambas as lentes 1 e 2 são usadas simultaneamente pelo usuário para fornecer ao mesmo uma visão binocular corrigida. As condições de uso para ambas as lentes 1 e 2 podem ser as usuais que são conhecidas na técnica. Em particular, ambas as len- tes 1 e 2 são montadas em conjunto dentro de uma armação de óculos (não mostradas) de modo que a superfície traseira de cada lente pos- sa ser localizada em uma distância de cerca de 25,5 mm (milímetro) a partir do centro de rotação do olho correspondente. ROR e ROL indicam, respectivamente, os centros de rotação dos olhos 10 e 20. O ângulo pantoscópico para cada lente 1 e 2 pode ser 8° (gra u), com cada bor- da de topo de lente inclinada a frente em relação à face do usuário. O ângulo de enrolamento de cada lente 1 e 2 pode ter um valor médio de cerca de 5°, sendo que ângulo corresponde a uma inc linação de cada lente em torno de um eixo geométrico de modo que a borda temporal da lente é deslocada para trás em relação a sua borda nasal. As lentes progressivas compreendem micromarcações que se tornaram obrigatórias por um padrão ISO 8980-2 harmonizado pu- blicado em 01/02/2004 (ISO 8980-2:2004). Marcações temporárias também podem ser aplicadas na superfície da lente, indicando posi- ções de pontos de controle na lente, tais como um ponto de controle para a visão afastada, um ponto de controle para visão próxima, um ponto de referência de prisma PRP e uma cruz de fixação FC, por exemplo.
Se as marcações temporárias estiverem ausentes ou forem apagadas, é sempre possível que uma pessoa versada localize os pontos de controle na lente com o uso de um gráfico de montagem e das micromarcações permanentes.
De fato, o item 7.1 c) do padrão ISO 8980-2 especifica que o nome do fabricante precisa ser perma- nentemente indicado na lente de adição progressiva, e o item 8,1 do mesmo padrão ISO 8980-2 indica informações adicionais que preci- sam ser indicadas na embalagem da lente ou documentos anexos.
As mesmas se referem ao Artigo 6 do ISO 14889:2003 para citar essas informações adicionais ou informações que precisam estar disponíveis na solicitação ao fabricante da lente.
Essa última compreende regras de alinhamento de lente para recuperar os locais de todos os pontos de referência e pontos de medição que podem ser marcados de forma não permanente na lente, incluindo a cruz de fixação, o ponto de refe- rência de prisma, a visão afastada ponto de controle, a direção de vi- são em olhar prolongado aproximada (item 6.2 f) de ISO 14889 refe- rindo-se novamente ao item 7.2 a) a e) de ISO 8980-2). Portanto, to- dos esses pontos são definidos de modo não ambíguo para qualquer lente oftálmica progressiva, a partir do projeto inicial e a fabricação dessa lente, e não podem ser selecionados de modo diferente ao examinar essa lente posteriormente.
O ponto de referência de prisma PRP é considerado, aqui, no ponto intermediário do segmento reto que conecta as micromarca- ções similares a círculos.
Quando a lente é montada na frente do olho, a cruz de fixação é colocada antes da pupila ou antes do centro de ro- tação de olho do olho para uma direção primária de olhar prolongado.
A direção primária de olhar prolongado corresponde à situação em que um usuário olha para a frente.
Na armação escolhida, a cruz de fixa- ção FC corresponde desse modo a um ângulo descendente α de 0° e um ângulo de azimute β de 0°. Então, cada lente pode ser montada dentro da armação de óculos de modo que a direção de olhar prolongado de cada olho 10, passe através da cruz de fixação FC da lente 1, 2 correspondente quando o usuário aproximadamente olha horizontalmente em um obje- to localizado na frente e distante do mesmo, com a cabeça do próprio usuário aproximadamente vertical.
GFC indica essa direção de olhar prolongado, que é comumente chamada direção primária de olhar pro- longado.
Adicionalmente para cada uma das lentes 1, 2, GPRP indica a direção de olhar prolongado que passa através do ponto de referência de prisma PRP dessa lente.
N e T indicam, respectivamente, o lado nasal e o lado tem- poral de cada lente 1, 2. Ambos os lados nasal e temporal são separa- dos um do outro por uma linha meridiana ML dentro de cada lente.
Dentro de cada lente, a linha meridiana ML é o rastreamento da dire- ção de olhar prolongado do olho correspondente quando o usuário olha sucessivamente para objetos localizados em distâncias variadas à sua frente, conforme definido por um ergorama.
Para determinar es- sa linha meridiana ML por traçado de raios, pode-se considerar que para cada direção de olhar prolongado, o usuário olha para um objeto localizado na distância dada pelo ergorama e contida no plano sagital do usuário.
Em geral, fabricantes corresponderão essa linha meridiana ML de uma lente oftálmica com aproximadamente a linha ML_min que contém as direções de olhar prolongado que corresponde ao mínimo de astigmatismo resultante, ou na linha que está localizada na distân- cia quase igual a partir de duas direções de olhar prolongado através da lente, respectivamente, no lado nasal e no lado temporal, com os mesmos os valores para o ângulo descendente e também os mesmos valores para o astigmatismo resultante.
De acordo com o sistema de coordenadas monocular, cada linha meridiana ML ou cada linha ML_min é contida em um plano vertical acima da cruz de fixação FC, e defletidas em direção ao lado nasal N abaixo da cruz de fixação FC.
De acordo com o sistema de coordenadas ciclópico, a linha meridiana ML é contida em um plano vertical para cada lente que contém a cruz de fixação FC.
A linha ML_min é chamada de linha principal para cada lente.
Cada lente 1, 2 é selecionada com base em uma prescrição obtida para o usuário e indicando uma potência média de refração de visão afastada prescrita SPH_MVL, um valor de astigmatismo prescrito CYLVL e uma adição ADD prescrita adequada para corrigir a ametropia e presbiopia de cada olho.
A potência média de refração é obtida so- mando-se o meio-valor do astigmatismo prescrito à esfera prescrita: SPH_MVL = SPHVL + CYLVL/2. Para a presente invenção, a adição ADD prescrita é igual para ambos os olhos 10 e 20. Então, a potência média de refração para cada olho para visão próxima é obtida soman- do-se a adição ADD prescrita à potência média de refração de visão afastada SPH_MVL prescrita para o mesmo olho: SPH_MVP = SPH_MVL + ADD.
Para cada lente, a potência média de refração de visão afasta- da prescrita SPH_MVL é produzida para uma direção de olhar prolon- gado que cruza a superfície frontal da lente em uma visão afastada ponto de controle VL.
Por exemplo, essa visão afastada do ponto de controle VL pode estar localizada de modo que a direção de olhar pro- longado correspondente esteja 8° acima da direção d e olhar prolonga- do GFC dentro de um plano vertical comum.
Também para cada lente 1, 2 separadamente, a potência média de refração de visão próxima calculada SPH_MVP é produzida para uma direção de olhar prolongado para o qual o ângulo descen-
dente é positivo, ou seja, abaixo da cruz de fixação FC.
Para as im- plantações de invenção que são descritas aqui, uma direção de visão em olhar prolongado aproximada GVP é definida sobre uma linha meri- diana ML em que a potência média de refração alcançou 100% da adi- ção ADD prescrita, em relação à potência média de refração de visão afastada prescrita.
Geralmente, para uma lente progressiva regular, 85% da adição prescrita é alcançada entre 22° e 26° a partir da cruz de fixação FC, e geralmente a 24° abaixo da cruz de fixação FC, e 100% da adição prescrita é alcançada entre 34° e 38 ° da cruz de fixa- ção FC, e geralmente a 36° abaixo da cruz de fixaçã o FC.
A interseção de GVP com a superfície frontal é chamada ponto de visão próxima VP e não corresponde necessariamente ao ponto de visão próxima de controle conforme indicado pelo fabricante da lente.
Qualquer direção de olhar prolongado G através de uma das lentes 1, 2 é originária do centro de rotação ROR ou ROL do olho correspondente 10 ou 20, respectivamente.
A mesma é identificada com o uso de um valor de ângulo descendente αm e um valor de ângu- lo de azimute β m.
De fato, o ângulo descendente αm e o ângulo de azimute β m conforme logo definido se referem a cada lente separadamente, mas não são adequados para descrever a visão binocular e analisar os de- sempenhos de visão binocular.
Então os ângulos αm e β m definidos acima que se referem à visão monocular para cada olho devem ser substituídos por um sistema angular comum que define as respectivas direções de olhar prolongado de ambos os olhos ao operar em conjun- to para a visão binocular.
A Figura 1b ilustra a definição de tal sistema adequado para a visão binocular, conforme conhecido a partir do do- cumento WO 2011/061267, por exemplo.
Os centros de rotação ROL e ROR de ambos os olhos são representados como antes, e um olho ciclópico indicado CE é definido no segmento reto que conecta ROL e ROR. O local do olho ciclópico CE entre ambos os centros de rotação ROL e ROR pode ser determinado de várias maneiras alternativas. O mesmo pode estar na posição inter- mediária entre ROL e ROR, ou deslocada ao longo desse segmento de- pendendo do usuário. Em particular, o elemento versado em oftálmica conhece métodos para determinar o local do olho ciclópico CE a partir de medições realizadas no usuário. Tal método pode ser baseado na medição de uma dominância entre o olho direito 10 e o olho esquerdo
20. Uma taxa de dominância compreendida entre -1 e +1 pode ser de- terminada para o usuário dessa maneira. O olho ciclópico CE é então sobreposto com o olho direito centro de rotação ROR quando o valor medido da taxa de dominância se iguala a -1, e o mesmo é sobreposto com o olho esquerdo centro de rotação ROL quando a taxa de domi- nância medida se iguala a +1. Então, para um valor medido da taxa de dominância que é intermediária entre -1 e +1, o olho ciclópico CE é movido de ROR a ROL proporcionalmente ao valor medido. Quando o usuário olha para um ponto de objeto OP contido em seu ambiente visual, uma direção de olhar prolongado ciclópica GCE conecta o olho ciclópico CE ao ponto de objeto OP. Essa direção de olhar prolongado ciclópica GCE é identificada por si com o uso de um ângulo descendente α e um ângulo de azimute β definido como antes, mas com o olho ciclópico CE usado como o ápice de ângulo. Então, valores de ângulo descendente e valores de ângulo de azimute são definidos por ambos os olhos, respectivamente, αR e β R para o olho direito 10 e αL e β L para o olho esquerdo 20, que corresponde às respectivas direções de olhar prolongado dos olhos quando o usuário olha para o ponto de objeto OP através das lentes 1 e 2. Desse modo, as respectivas direções de olhar prolongado dos olhos 10 e 20 para a visão binocular são definidas pelos valores de α e β em relação à dire- ção de olhar prolongado ciclópica. Esses valores são usados para os mapas das Figuras 2a a 2d.
De acordo com o sistema de coordenadas ciclópico, as direções de olhar prolongado que são orientadas para baixo em relação à cruz de fixação FC têm valores positivos para o ângulo descendente α, e as direções de olhar prolongado que são ori- entadas em direção ao lado direito de acordo com o ponto de vista do usuário em relação à cruz de fixação FC ou a linha meridiana ML têm valores negativos para o ângulo de azimute β.
Ambos os ângulos α e β são zero para a direção de olhar prolongado GFC.
Cada lente 1, 2 é de tipo progressivo para correção de presbiopia.
Então a mesma produz uma potência média de refração PPOα, β e um astigmatismo de lente ASTα, β que variam continuamente dependendo da direção de olhar prolongado G através da lente.
Então os valores de PPOα, β- e ASTα, β- variam como duas funções dos valo- res de α- e β-ângulo para cada lente 1, 2. O astigmatismo resultante ASRα, β de uma lente para qualquer direção de olhar prolongado G através dessa lente é a diferença entre o valor real de astigmatismo ASTα, β da lente para essa direção de olhar prolongado e o astigmatis- mo prescrito para a mesma lente.
O mesmo também é comumente chamado de astigmatismo indesejado.
Para cada uma das lentes 1 e 2, independentemente, duas direções de olhar prolongado indicadas G1 e G2 são ambas definidas na linha principal ML_min.
A direção de olhar prolongado G1 corres- ponde à potência média de refração de visão afastada prescrita au- mentada em 10% da adição prescrita.
A direção de olhar prolongado G2 corresponde à potência média de refração de visão afastada pres- crita aumentada em 85% da adição prescrita.
Portanto, a direção de olhar prolongado G2 aparece abaixo da direção de olhar G1. α1 e α2 denotam os respectivos valores do ângulo descendente para as dire- ções de olhar prolongado G1 e G2 no sistema de coordenadas ciclópi- co.
Com referência à Figura 1c, são definidos os dois pares de altura abaixo: as primeras alturas: chamadas V_OR_VL para a lente direi- ta 1 e V_OL_VL para a lente esquerda 2, e igual a α1 para a lente de interesse; e as segundas alturas: chamadas de V_OR_VP para a lente direita 1 e V_OL_VP para a lente esquerda 2, e igual a 36° - α2 para a lente de interesse.
Posteriormente, as seguintes diferenças de altura são cal- culadas, para quantificar as discrepâncias entre ambas as lentes 1 e 2: diferença das primeiras alturas: Delta_V_VL = V_OR_VL - V_OL_VL diferença das segundas alturas: Delta_V_VP = V_OR_VP - V_OL_VP A Figura 2 ilustra uma modalidade simples da invenção, onde o projeto de lente progressiva na superfície frontal de uma das lentes 1 e 2 é deslocado na direção vertical em relação à outra lente.
Antes do deslocamento, ambas as lentes podem ter o mesmo projeto.
A Figura 2 é um diagrama que indica os valores médios de esfera ao longo da linha meridiana ML para ambas as lentes 1 e 2, como uma função de uma coordenada de comprimento em milímetros ao longo da linha meridiana ML na superfície frontal das lentes.
O valor zero da coordenada de comprimento na linha meridiana ML está no ponto de referência de prisma (PRP). A cruz de fixação FC está posicionada a +4 mm acima do ponto de referência de prisma (PRP), e valores posi- tivos para a coordenada de comprimento são referentes a acima da cruz de fixação.
O deslocamento de projeto entre ambas as lentes é 3 mm, correspondendo a um deslocamento no ângulo descendente α de cerca de 6°. Para fácil compreensão, as respectivas curvas de pro- gressão de ambas as lentes são sobrepostas no mesmo diagrama na
Figura 2, com o comprimento de translação de 3 mm entre as mesmas na direção vertical.
O ponto zero do diagrama corresponde à localiza- ção da cruz de fixação que é efetiva para cada lente quando fixadas numa armação de óculos de modo a produzir o deslocamento de pro- jeto de 3 mm.
Portanto, para esta primeira modalidade da invenção, Delta_V_VL = -6° e Delta_V_VP = +6°. As notações 10% e 85% no diagrama indicam, respectivamente, os pontos em cada curva que cor- respondem às direções de olhar prolongado G1 e G2, para a lente 1 ou 2 referentes a esta curva.
Obviamente, modalidades da invenção similares àquelas da Figura 2 podem ser obtidas para qualquer valor de comprimento para a translação de projeto vertical que é implementada para uma lente do par em relação à outra lente.
Para implementar a invenção, o compri- mento de translação vertical é suficiente para produzir um desloca- mento angular superior a 5° entre as respectivas direções de olhar pro- longado G2 de ambas as lentes.
Quando o comprimento de translação vertical também é suficiente para produzir um deslocamento angular superior a 8° entre as respectivas direções de olhar prolongado G1 de ambas as lentes, então ambos os critérios de altura que estão envolvi- dos na invenção são preenchidos simultaneamente.
Em outra modalidade exemplificativa da invenção caracteri- zada pelos mapas das Figuras 3a a 3d, a potência média de refração de visão afastada prescrita é 0,0 de dioptria tanto para a lente direita 1 quanto para a lente esquerda 2. A adição ADD prescrita é 2,0 dióptri- cas para ambas as lentes 1 e 2. A partir dos mapas das Figuras 3a e 3b, os respectivos valores de ângulo descendente α1 e α2 para as di- reções de olhar prolongado G1 e G2 são: para a lente direita 1: α1 = 0,3° e α2 = 20,4° para a lente esquerda 2: α1 = 10,3° e α2 = 28,7° Portanto, para a lente direita 1:
V_OR_VL = 0,3° V_OR_VP = 15,6° e para a lente esquerda 2: V_OL_VL = 10,3° V_OL_VP = 7,3° Portanto, as diferenças de altura são: a diferença das primeiras alturas: Delta_V_VL = -10,0° a diferença das segundas alturas: Delta_V_VP = 8,3° Para cada uma das lentes 1 e 2 separadamente, um canal é definido por cada lente 1, 2 como o ajuste de todas as direções de olhar prolongado que são separadas da linha ML_min por menos do que 5° no ângulo de azimute β de acordo com o sistema de coordena- das ciclópico.
Os limites laterais do canal são indicados em linhas quebradas nas Figuras 3a a 3d e o próprio canal indicado CH.
Um gradiente de potência média de refração também é cal- culado para cada direção de olhar prolongado G através de qualquer uma das lentes 1 e 2, independentemente de uma outra lente.
O mesmo é o módulo do vetor bidimensional com o primeiro componente igual ao α-derivado da potência média de refração, ou seja, o derivati- vo de PPOα, β em relação ao ângulo descendente α, e segundo com- ponente igual ao β-derivado da potência média de refração PPOα, β . Ambos os derivados são calculados para a mesma direção de olhar prolongado G para obter a gradiente de potência média de refração em relação essa direção de olhar prolongado.
Então, um gradiente de potência média de refração máxima é determinado para cada uma das lentes 1 e 2 separadamente, fora do canal CH correspondente, mas com uma distância angular de menos do que 40° a partir da direção de olhar prolongado GPRP.
Nos mapas das Figuras 3a a 3d, os círculos indicados CC correspondem a todas as direções de olhar prolongado que são separadas exatamente em
40° na distância angular da direção de olhar prolon gado GPRP.
Portan- to, o gradiente de potência média de refração máxima é analisado pa- ra cada uma das lentes 1 e 2 no interior do círculo CC mas fora do ca- nal CH.
O mesmo pode ser indicado Max_Grad_PPOα, β_OR para a lente direita 1 e Max_Grad_PPOα, β_OL para a lente esquerda 2. Para a lente 1 e a partir da Figura 3a, o gradiente de potên- cia média de refração máxima Max_Grad_PPOα, β_OR, é 0,986 diop- tria/°, produzido para α = 40° e β = 24°. Para a lente 2 e a partir da Figura 3b, o gradiente de potên- cia média de refração máxima Max_Grad_PPOα, β_OL, é 0,965 diop- tria/°, produzido para α = 34° e β = 24°. Portanto, a diferença relativa no gradiente de potência mé- dia de refração máxima entre ambas as lentes 1 e 2, ou seja Ra- tio_Grad = (Max_Grad_PPOα, β_OR - Max_Grad_PPOα, β_OL)/
(Max_Grad_PPOα, β_OR + Max_Grad_PPOα, β_OL), é 0,011, desse modo menor do que 0,08 no valor absoluto.
Em ainda outra modalidade exemplificativa da invenção, que é caracterizada pelos mapas das Figuras 4a a 4d, a potência mé- dia de refração de visão afastada prescrita é novamente 0,0 de dioptria tanto para a lente direita 1 quanto para a lente esquerda 2, e a adição ADD prescrita comum é novamente 2,0 dióptricas.
A partir dos mapas das Figuras 4a e 4b, os respectivos valores de ângulo descendente α1 e α2 para as direções de olhar prolongado G1 e G2 são: para a lente direita 1: α1 = 6,9° e α2 = 31,1° para a lente esquerda 2: α1 = 1,0° e α2 = 22,3° Portanto, para a lente direita 1: V_OR_VL = 6,9° V_OR_VP = 4,9° e para a lente esquerda 2: V_OL_VL = 1,0°
V_OL_VP = 13,7° Portanto, as diferenças de altura são: a diferença das primeiras alturas: Delta_V_VL = 5,9° a diferença das segundas alturas: Delta_V_VP = -8,8° Além disso, a diferença relativa no gradiente de potência média de refração máxima entre ambas as lentes 1 e 2 para esta últi- ma modalidade, ou seja Ratio_Grad = (Max_Grad_PPOα, β_OR - Max_Grad_PPOα, β_OL)/(Max_Grad_PPOα, β_OR + Max_Grad_PPOα, β_OL), é 0,035 no valor absoluto.
Um par de lentes progressivas oftálmicas de acordo com a invenção pode ser projetado otimizando-se pelo menos uma das len- tes 1 e 2 em relação a pelo menos uma das diferenças de altura e a diferença relativa no gradiente de potência média de refração máxima entre ambas as lentes.
Tal otimização pode ser realizada através da implementação de meios computacionais de forma bem conhecida na técnica.
Em particular, pelo menos uma função de mérito pode ser usada para quantificar uma combinação de desvios cada um entre um valor real para um parâmetro de projeto e um valor-alvo para este pa- râmetro.
Para implementar a invenção, cada uma das diferenças nas primeiras e/ou segundas alturas entre ambas as lentes pode ser con- siderada como um parâmetro de projeto para a etapa de otimização.
Ademais, a etapa de otimização pode levar em considera- ção dados adicionais tais como dados vinculados ao usuário.
Nas primeiras implantações de método de projeto, a etapa de otimização pode compreender as seguintes subetapas: - obter pelo menos um dado vinculado ao usuário; - com base nestes dados vinculados ao usuário, determinar um dos olhos do usuário as um olho principal ou determinar um valor de uma taxa de dominância para ambos os olhos; - obter uma relação entre um parâmetro de modulação para pelo menos uma das diferenças nas primeiras alturas e segundas altu- ras entre ambas as lentes por um lado, e o olho principal ou valor da taxa de dominância por outro lado; e - realizar a otimização com o uso do parâmetro de modula- ção para pelo menos uma das diferenças nas primeiras alturas e se- gundas alturas.
Dados vinculados ao usuário significam quaisquer dados relacionados ao usuário ou uma combinação dos mesmos, tais como dados ligados a pelo menos um olho do usuário, dados ligados a me- dições optométricas realizadas no usuário ou dados ligados ao estilo de vida, postura ou destreza manual do usuário.
Em tais primeiras implantações, dados ligados ao olho sig- nificam qualquer um dos seguintes dados ou qualquer combinação de diversos dos mesmos: - dados de prescrição tais como potência óptica prescrita, astigmatismo prescrito com módulo e orientação de eixo geométrico, potência média também chamada esfera média e igual à potência óp- tica prescrita adicionada à metade do astigmatismo prescrito, prisma prescrito com valor e orientação, etc.; - dados relacionados às aberrações de grau elevado do olho; - dados relacionados à biometria do olho tais como a posi- ção do centro de rotação de olho, a córnea, a pupila ou o diâmetro de pupila; - dados binoculares relacionados ao comportamento bino- cular de ambos os olhos, e permitindo identificar um dos olhos como o olho principal: qual dos olhos é o dominante, o de visão, o olho com a melhor acuidade, o olho preferencial, o olho com a maior ou a menor quantidade de aberração de grau elevado, o olho que é mais sensível a embaçamento e/ou contraste, etc.
"Dominância ocular" é definida, por exemplo, em Dictionary of visual science, 4a edição, D.
Cline, HW Hofstetter, JR Griffin. "Visual acuity" se refere à agudeza ou nitidez de visão, que depende, por sua vez, da agudeza do foco retinal dentro do olho e a sensitividade da ca- pacidade interpretativa do cérebro. "Sensibilidade a embaçamento" representa a perda de acuidade produzida por um desfoco introduzido na frente do olho. "Sensibilidade de contraste" se refere à capacidade de detectar contraste, e pode ser determinada medindo-se o nível de contraste mínimo que pode ser detectado.
Quando dados ligados ao olho são usados, um dos olhos do usuário pode ser determinado como o olho principal ou um valor de uma taxa de dominância para ambos os olhos pode ser determinada.
Quando dados de prescrição são usados, o olho principal pode ser aquele dentre os olhos que tem o menor valor de potência média, no valor absoluto.
Quando dados binoculares são usados, o olho principal po- de ser o olho dominante ou aquele dentre os olhos que é mais sensí- vel a embaçamento ou tem melhor acuidade.
Então, a lente com o maior valor para a primeira altura, ou seja, a lente que corresponde ao valor maior dentre V_OR_VL e V_OL_VL, pode ser atribuída ao olho principal.
O parâmetro de modulação pode ser um parâmetro de peso usado para as diferenças de altura em questão na função de mérito envolvida no processo de otimização.
Alternativamente, o mesmo po- de ser um parâmetro de distribuição de alvos de projeto.
A própria etapa de otimização pode ser implantada por computador.
Mas a mesma também pode envolver uma seleção de um molde semiacabado para cada olho, entre moldes que têm respectivos projetos diferentes um do outro, mas que correspondem à adição prescrita.
Então, a face de cada molde selecionado oposto ao dotado do projeto desejado é usinada a fim de produzir a potência óptica e astigmatismo prescritas para o olho em questão.
Quando dados ligados a medições optométricas são usa- dos, um dos olhos do usuário pode ser determinado como o olho prin- cipal ou um valor de uma taxa de dominância para ambos os olhos pode ser determinado.
Dados ligados ao estilo de vida do usuário significam dados relacionados a empregos e hobbies do usuário.
Diferentes usuários, no entanto, tipicamente têm diferentes requisitos de uso de lente, sen- do que alguns dos quais são relacionados às atividades vocacionais e avocacionais do usuário.
Diferentes atividades vocacionais e avocaci- onais podem abranger diferentes faixas de demandas acomodativas devido, por exemplo, à variação nos requisitos de distância de trabalho da atividade e à natureza e movimento relativo dos alvos visuais asso- ciados à atividade.
Desse modo, diferentes atividades podem garantir diferentes considerações na seleção de um projeto de lente apropria- do.
Dados ligados ao estilo de vida podem ser obtidos por métodos tais como entrevistas e pesquisas em um optometrista, uma loja ou similares.
Quando dados ligados ao estilo de vida são usados, um dos olhos do usuário pode ser determinado como o olho principal ou um valor de uma taxa de dominância para ambos os olhos pode ser determinado.
Particularmente, quando dados ligados ao estilo de vida são segmentados, um dos olhos do usuário pode ser determinado co- mo o olho principal.
Se os dados ligados ao estilo de vida se referirem a um critério contínuo, um valor de uma taxa de dominância para am- bos os olhos pode ser determinado.
Dados ligados ao estilo de vida são usados de forma vantajosa em combinação com outros dados vin- culados ao usuário, particularmente dados ligados à postura ou des- treza manual.
Dados ligados à postura do usuário significam dados relaci- onados às posições e orientações de partes do corpo (cabeça, tronco, etc.) do usuário para realizar uma tarefa (leitura, gravação, tela de ob- servação de computador, etc.) em determinadas condições ambientais (posições relativas e orientações de objetos). A partir da postura ado- tada por um indivíduo, pode-se derivar conhecimento de distâncias de objeto observado como uma função da direção de olhar prolongado (ergorama). Quando dados ligados à postura são usados, um dos olhos do usuário pode ser determinado como o olho principal ou um valor de uma taxa de dominância para ambos os olhos pode ser determinada.
Particularmente, quando dados ligados à postura são segmentados, por exemplo, se um objeto for visualizado tanto no lado esquerdo co- mo no lado direito do plano sagital do usuário, um dos olhos do usuá- rio pode ser determinado como o olho principal.
Se dados ligados à postura se referirem a um critério contínuo, por exemplo, a distância do objeto ao plano sagital, um valor de uma taxa de dominância para ambos os olhos pode ser determinado.
Quando dados ligados à postura são usados em combina- ção com dados ligados ao estilo de vida, por exemplo, se o usuário realizar principalmente tarefas de visão próxima e se sua postura for tal que os objetos visualizados na visão próxima estão principalmente no lado direito de seu plano sagital, então o projeto da lente do olho direito pode ter uma altura maior em visão próxima do que aquela da lente do olho esquerdo.
Dados ligados à destreza manual do usuário significam da- dos relacionados à lateralidade manual, ou lateralidade, do usuário.
Pessoas destras e pessoas canhotas se comportam de modo muito diferente ao executar determinadas tarefas de visão próxima.
A tarefa de visão próxima específica de escrever em uma folha de papel é ge-
ralmente considerada para determinar a lateralidade.
A lateralidade de uma pessoa pode ser desse modo definida pela mão usada para es- crever em uma folha de papel, ou mais precisamente, calculando-se uma pontuação de destreza manual que consiste em fazer perguntas acerca da mão usada em tarefas do dia a dia.
O Inventário de Destre- za Manual de Edinburgh (Edinburgh Handeness Inventory) é um exemplo de tal maneira de determinar uma pontuação de destreza manual (Oldfield R.C. (1971), "The assessment e analysis of hande- ness: The Edinburgh Inventory", Neuropsychologia, volume 9, páginas 97 a 113). Quando dados ligados à destreza manual são usados, um dos olhos do usuário pode ser determinado como o olho principal.
Quando dados ligados à destreza manual são usados em combinação com dados ligados ao estilo de vida, por exemplo, se o usuário realizar principalmente tarefas de visão próxima e se o mesmo for destro, então o projeto da lente do olho direito pode ter uma altura maior na visão próxima do que aquela da lente do olho esquerdo.
Em segundas implantações de método de projeto, a etapa de otimização pode compreender as seguintes subetapas: - obter projetos-alvo, respectivamente, para ambas as len- tes do par; - com base nos dados vinculados ao usuário, determinar um dos olhos do usuário como um olho principal ou determinar um va- lor de uma taxa de dominância para ambos os olhos; - obter uma relação entre um parâmetro de modulação para pelo menos uma das diferenças nas primeiras alturas e segundas altu- ras entre ambas as lentes por um lado, e o dito olho principal ou valor da taxa de dominância por outro lado; - modificar os projetos-alvo com o uso do parâmetro de modulação para pelo menos uma das diferenças das primeiras alturas e segundas alturas; e - realizar a otimização com o uso dos projetos-alvo modifi- cados.
A diferença entre a primeira e a segunda implantações de método de projeto se refere ao uso do parâmetro de modulação duran- te o próprio processo de otimização para a primeira implantação, en- quanto o mesmo é usado para definir o alvo de otimização para a se- gunda implantação.

Claims (8)

REIVINDICAÇÕES
1. Par de lentes oftálmicas progressivas (1, 2), caracteriza- do pelo fato de que cada lente tem uma potência média de refração de visão afastada (SPH_MVL) prescrita, uma adição (ADD) prescrita que é co- mum a ambas as lentes do par e, em condições de uso da lente por um usuário, uma linha principal (ML_min), uma cruz de fixação (FC) e uma potência média de refração (PPOα, β) para cada direção de olhar prolongado (G) através da lente correspondente a um ângulo descen- dente α e um ângulo de azimute β em relação a um sistema de coor- denadas ciclópico, o dito sistema de coordenadas ciclópico é definido por uma distância de separação igual a 64 mm entre ambas as pupilas de um usuário das lentes e por um olho ciclópico situado em posição inter- mediária entre ambos os olhos do usuário, a linha principal (ML_min) para cada lente (1, 2) correspon- de a direções de olhar prolongado (G) para as quais um astigmatismo resultante é mínimo como uma função do ângulo de azimute β, e num valor constante para o ângulo descendente α, e o ângulo descendente α é medido a partir da direção de olhar prolongado (GFC) através da cruz de fixação (FC), com valores positivos para baixo, cada lente (1, 2) tendo, ainda: - uma primeira altura (V_OR_VL, V_OL_VL) definida como uma diferença no ângulo descendente α entre uma direção de olhar prolongado (G) na linha principal (ML_min) onde a potência média de refração (PPOα, β ) equivale à potência média de refração de visão afas- tada prescrita mais 10% da adição prescrita (SPH_MVL + 10%*ADD), e a direção de olhar prolongado (GFC) através da cruz de fixação (FC); e - uma segunda altura (V_OR_VP, V_OL_VP) definida como uma diferença do ângulo descendente α entre 36° e uma direção de olhar prolongado (G), na linha principal (ML_min) onde a potência mé- dia de refração (PPOα, β ) equivale à potência média de refração de vi- são afastada prescrita mais 85% da adição prescrita (SPH_MVL + 85%*ADD), e em que o par tem pelo menos um dentre uma diferença entre as primeiras alturas das duas lentes (Delta_V_VL) superior a 8° em valor absoluto, e uma diferença entre as segundas alturas das du- as lentes (Delta_V_VP) superior a 5° em valor absoluto, e para cada lente (1, 2), um gradiente de potência média de refração máxima (Max_Grad_PPOα, β _OR, Max_Grad_PPOα, β _OL) é definido para direções de olhar prolongado (G) correspondendo a uma direção de olhar prolongado ciclópica que é compreendida: * no interior de uma zona centralizada na direção de olhar prolongado ciclópica que corresponde a uma direção de olhar prolon- gado (GPRP) que passa através do ponto de referência de prisma (PRP) da dita lente e que contém todas as direções de olhar prolonga- do ciclópicas (G) de modo a respeitar a seguinte desigualdade (|α|² + |β|²)1/2 ≤ 40°, e * fora de uma zona óptica central, sendo que a dita zona óptica central compreende a linha principal (ML_min (αmin, β min)) de di- reções ciclópicas para as quais, para cada ângulo αmin, o astigmatismo resultante alcança seu mínimo, sendo que a zona óptica central é de- limitada em qualquer lado da linha principal por direções de olhar pro- longado ciclópicas cujo ângulo de azimute é igual a β min ± 5°, e uma diferença relativa entre as duas lentes no gradiente de potência média de refração máxima (Ratio_Grad) é inferior a 0,08 em valor absoluto.
2. Par de lentes oftálmicas progressivas, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o par tem pelo menos uma dentre a diferença entre as primeiras alturas das duas lentes (Del- ta_V_VL) superior a 12° em valor absoluto, e a diferença entre as se- gundas alturas das duas lentes (Delta_V_VP) superior a 10° em valor absoluto.
3. Par de lentes oftálmicas progressivas, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a diferença relativa entre as duas lentes no gradiente de potência média de refração máxima (Ratio_Grad) é inferior a 0,025 em valor absoluto.
4. Par de lentes oftálmicas progressivas, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a diferença entre as primeiras alturas das duas lentes (Delta_V_VL) e a diferença entre as segundas alturas das duas lentes (Delta_V_VP) são substancialmente iguais entre si em valor absoluto e têm sinais opostos.
5. Método para fornecer um par de lentes oftálmicas pro- gressivas (1, 2) a um usuário identificado, caracterizado pelo fato de que o dito método compreende as etapas a seguir: /1/ para o usuário de ambas as lentes: - obter prescrições para ambos os olhos que incluem uma potência média de refração de visão afastada (SPH_MVL) prescrita e uma adição (ADD) prescrita para cada uma das duas lentes (1, 2), sendo que a dita adição prescrita é comum a ambas as lentes do par; - obter um valor para uma distância de separação entre ambas as pupilas do usuário, e uma posição de um olho ciclópico para o usuário; e - definir um sistema de coordenadas ciclópico para o usuá- rio, com base na distância de separação de pupila e na posição de olho ciclópico; /2/ para cada lente (1, 2) com uso padrão da lente pelo usuário: - determinar uma linha principal (ML_min), uma cruz de fi- xação (FC) e uma potência média de refração (PPOα, β) para cada di- reção de olhar prolongado (G) através da lente que corresponda a um ângulo descendente α e um ângulo de azimute β num sistema de co- ordenadas ciclópico, em que a linha principal (ML_min) para cada lente (1, 2) corresponde a direções de olhar prolongado (G) para os quais um as- tigmatismo resultante é mínimo como uma função do ângulo de azimu- te β, e um valor constante para o ângulo descendente α, e o ângulo descendente α é medido a partir da direção de olhar prolongado (GFC) através da cruz de fixação (FC) com valores positivos para baixo; - definir uma primeira altura (V_OR_VL, V_OL_VL) como uma diferença no ângulo descendente α entre uma direção de olhar prolongado (G) na linha principal (ML_min) onde a potência média de refração (PPOα, β ) equivale à potência média de refração de visão afas- tada prescrita mais 10% da adição prescrita (SPH_MVL + 10%*ADD), e a direção de olhar prolongado (GFC) através da cruz de fixação (FC); - definir uma segunda altura (V_OR_VP, V_OL_VP) como uma diferença do ângulo descendente α entre 36° e uma direção de olhar prolongado (G), na linha principal (ML_min) onde a potência mé- dia de refração (PPOα,β ) equivale à potência média de refração de vi- são afastada prescrita mais 85% da adição prescrita (SPH_MVL + 85%*ADD); - definir um gradiente de potência média de refração máxi- ma (Max_Grad_PPOα, β _OR, Max_Grad_PPOα, β _OL) para direções de olhar prolongado (G) que correspondem a uma direção de olhar pro- longado ciclópica que é compreendida: * no interior de uma zona centralizada na direção de olhar prolongado ciclópica que corresponde a uma direção de olhar prolon- gado (GPRP) que passa através do ponto de referência de prisma (PRP) da dita lente e que contém todas as direções de olhar prolonga- do ciclópicas (G) de modo a respeitar a seguinte desigualdade (|α|² + |β|²)1/2 ≤ 40°, e * fora de uma zona óptica central, sendo que a dita zona óptica central compreende uma linha principal ML_min (αmin, β min) de direções ciclópicas para as quais, para cada ângulo αmin, o astigma- tismo resultante alcança seu mínimo, sendo que a zona óptica central é delimitada em qualquer lado da linha principal por direções de olhar prolongado ciclópicas cujo ângulo de azimute é igual a β min ± 5°; /3/ otimizar pelo menos uma lente (1, 2) do par, de modo que pelo menos uma dentre uma diferença entre as primeiras alturas das duas lentes (Delta_V_VL) seja fixada em um valor superior a 8° em valor absoluto, e uma diferença entre as segundas alturas das du- as lentes (Delta_V_VP) seja fixada num valor superior a 5° em valor absoluto, e de modo que uma diferença relativa entre as duas lentes no gradiente de potência média de refração máxima (Ratio_Grad) seja fixada num valor inferior a 0,08 em valor absoluto; e /4/ fabricar ambas as lentes (1, 2) do par em concordância com um resultado de otimização da etapa /3/.
6. Método de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que ambas as lentes (1, 2) são simétricas uma em relação à outra, de acordo com os lados direito e esquerdo nas condições de uso, mas um projeto de lente é deslocado verticalmente para uma das lentes em relação à outra lente, com um comprimento de deslocamen- to que não é zero.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações ou 6, caracterizado pelo fato de que a etapa /3/ compreende:
- obter pelo menos um dado vinculado ao usuário; - com base nos ditos dados vinculados ao usuário, determi- nar um dos olhos do usuário como um olho principal ou determinar um valor de uma taxa de dominância para ambos os olhos; - obter uma relação entre um parâmetro de modulação para pelo menos uma das diferenças das primeiras alturas e das segundas alturas entre ambas as lentes (1, 2) por um lado, e o dito olho principal ou valor da taxa de dominância por outro lado; e - realizar a otimização com o uso do parâmetro de modula- ção para pelo menos uma das diferenças das primeiras alturas e das segundas alturas.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações ou 6, caracterizado pelo fato de que a etapa /3/ compreende: - obter projetos-alvo, respectivamente, para ambas as len- tes do par; - com base nos dados vinculados ao usuário, determinar um dos olhos do usuário como um olho principal ou determinar um va- lor de uma taxa de dominância para ambos os olhos; - obter uma relação entre um parâmetro de modulação para pelo menos uma das diferenças das primeiras alturas e das segundas alturas entre ambas as lentes (1, 2) por um lado, e o dito olho principal ou valor da taxa de dominância por outro lado; - modificar os projetos-alvo com o uso do parâmetro de modulação para pelo menos uma das diferenças das primeiras alturas e das segundas alturas; e - realizar a otimização com o uso dos projetos-alvo modifi- cados.
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