BR112017018416B1 - Método implementado por meios de computador para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, método para determinação do plano focal de imagem, conjunto de lentes oftálmicas e sistema para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado - Google Patents

Método implementado por meios de computador para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, método para determinação do plano focal de imagem, conjunto de lentes oftálmicas e sistema para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado Download PDF

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Abstract

MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE UMA LENTE OFTÁLMICA TENDO ASTIGMATISMO INDESEJADO. Um método para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado. Um método para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, a lente oftálmica sendo adaptada a uma pessoa, em que o método compreende: uma etapa de fornecimento de dados de prescrição da pessoa, durante a qual são fornecidos dados de prescrição da pessoa indicativos da prescrição oftálmica da pessoa, uma etapa de fornecimento de dados focais da pessoa, durante a qual são fornecidos dados focais da pessoa indicativos do plano focal de imagem preferido da pessoa, uma etapa de determinação da lente oftálmica, durante a qual a lente oftálmica é determinada com base na prescrição da pessoa e nos dados focais da pessoa, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para a pessoa.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A invenção se relaciona com um método, por exemplo, implementado por meios de computador, para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, a lente oftálmica sendo adaptada a um usuário. A invenção se relaciona ainda com um conjunto de lentes oftálmicas e com um sistema para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado e sendo adaptada a um usuário.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] Usualmente, na determinação de uma lente oftálmica adaptada a um usuário, são considerados dados de prescrição. As lentes oftálmicas, em particular lentes oftálmicas adicionais progressivas, podem compreender astigmatismo indesejado resultante do desenho óptico da lente oftálmica. O criador da lente pode modificar o desenho óptico de modo a tentar reduzir o astigmatismo indesejado, mas em alguns casos esse astigmatismo indesejado não pode ser totalmente evitado ou a redução do astigmatismo indesejado requer a redução do desempenho óptico da lente óptica.
[003] Por consequência, é necessário um método para a determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado e adaptada a um usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário.
[004] Um objetivo da presente invenção é fornecer um método assim.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[005] Para isso, a invenção propõe um método, por exemplo, implementado por meios de computador, para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, a lente oftálmica sendo adaptada a um usuário, em que o método compreende: - uma etapa de fornecimento de dados de prescrição do usuário, durante a qual são fornecidos dados de prescrição do usuário indicativos da prescrição oftálmica do usuário, - uma etapa de fornecimento de dados focais do usuário, durante a qual são fornecidos dados focais do usuário indicativos do plano focal de imagem preferido do usuário, - uma etapa de determinação da lente oftálmica, durante a qual é determinada a lente oftálmica com base na prescrição do usuário e nos dados focais do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário.
[006] Vantajosamente, a determinação da lente oftálmica com base nos dados focais do usuário permite a redução do impacto do astigmatismo indesejado para o usuário.
[007] Os inventores descobriram que a posição do plano focal de imagem preferido do usuário, quando a lente oftálmica tem astigmatismo indesejado, nem sempre corresponde ao círculo de confusão mínima.
[008] Na verdade, os inventores observaram que a posição do plano focal de imagem preferido do usuário se move, por exemplo, de acordo com a ametropia do usuário, dentro do intervalo de Sturm.
[009] O método de acordo com a invenção propõe considerar esse efeito para limitar o impacto do astigmatismo indesejado para o usuário, estendendo assim o campo subjetivo de visão e/ou a acuidade visual do usuário quando usa uma lente tendo astigmatismo indesejado.
[0010] De acordo com outras modalidades que podem ser consideradas sozinhas ou em conjunto: - durante a etapa de determinação da lente oftálmica, a potência esférica da lente oftálmica em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi) é determinada com base na prescrição do usuário e na posição do plano focal de imagem preferido do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário; e/ou - durante a etapa de determinação da lente oftálmica, a potência esférica da lente oftálmica é determinada de modo que a distância entre o plano focal de imagem preferido do usuário e a retina do usuário seja reduzida; e/ou - a lente oftálmica tem um astigmatismo indesejado de eixo horizontal em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi), e durante a etapa de determinação da lente oftálmica para a, pelo menos uma, direção do olhar fixo (αi,βi): o a potência esférica da lente oftálmica é aumentada em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência vertical; e o a potência esférica da lente oftálmica é reduzida em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência horizontal; e/ou - a lente oftálmica tem um astigmatismo indesejado de eixo vertical em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi), e durante a etapa de determinação da lente oftálmica para a, pelo menos uma, direção do olhar fixo (αi,βi): o a potência esférica da lente oftálmica é reduzida em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência vertical; e o a potência esférica da lente oftálmica é aumentada em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência horizontal; e/ou - o método compreende ainda: o uma etapa de fornecimento da função óptica inicial Fi, durante a qual é fornecida uma função óptica inicial compreendendo para cada direção do olhar fixo (αi,βi) de um conjunto de direções do olhar fixo S ((α1,β1); (α2,β2); ...; (αn,βn)) um valor de astigmatismo indesejado ASRi e um valor de potência esférica Pi, o uma etapa de determinação da função óptica alvo, durante a qual é determinada uma função óptica alvo Ft compreendendo para cada direção do olhar fixo (αi,βi) de um conjunto de direções do olhar fixo S ((α1,β1); (α2,β2); ...; (αn,βn)) um valor-alvo de astigmatismo indesejado ASRt e um valor-alvo de potência esférica Pt com ASRt= ASRi e Pt=Pi + Corr, Corr sendo um valor corretivo de potência esférica baseado pelo menos nos dados focais do usuário; e durante a etapa de determinação da lente oftálmica, é determinada a lente oftálmica com base na função óptica alvo, e/ou - a função óptica inicial Fi é determinada com base na prescrição oftálmica do usuário; e/ou - os dados de prescrição do usuário compreendem um valor de prescrição de cilindro, e o valor corretivo de potência esférica Corr é determinado com base pelo menos no valor de prescrição de cilindro; e/ou - os dados de prescrição do usuário compreendem um valor de eixo de prescrição de cilindro, e o valor corretivo de potência esférica Corr é determinado com base pelo menos no valor de eixo de prescrição de cilindro; e/ou - os dados de prescrição do usuário compreendem um valor de prescrição de esfera, e o valor corretivo de potência esférica Corr é determinado com base pelo menos no valor de prescrição de esfera. [0010] De acordo com um outro aspecto, a invenção se relaciona com um método para determinação do plano focal de imagem preferido do usuário ao usar uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, o método compreendendo: - uma etapa de fornecimento de lente oftálmica, durante a qual é fornecida ao usuário uma lente óptica tendo eixo e potência de cilindro controlada, - uma etapa de determinação da posição de plano focal de imagem preferido do usuário, durante a qual a posição do plano focal de imagem preferido do usuário é determinada ajustando a posição do plano de imagem até ser alcançada a posição indicada pelo usuário como preferida.
[0011] A invenção se relaciona ainda com um conjunto de lentes oftálmicas tendo a mesma prescrição, o conjunto de lentes oftálmicas compreendendo pelo menos uma primeira lente oftálmica e uma segunda lente oftálmica, em que: - para cada direção do olhar fixo (αi,βi), a diferença de astigmatismo indesejado entre a primeira e a segunda lentes oftálmicas é igual ou inferior a 0,12 D, e - em um grupo de direções do olhar fixo correspondendo a cada uma entre as primeira e segunda lentes oftálmicas, para um astigmatismo indesejado superior a 0,75 D, a diferença de potência esférica entre a primeira e a segunda lentes oftálmicas é igual ou superior a 0,12 D.
[0012] A invenção se relaciona igualmente com um sistema para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado adaptada a um usuário, compreendendo: - um meio legível por computador não transitório; - instruções de programa armazenadas no meio legível por computador não transitório e executáveis pelo menos por um processador para: o a recepção de dados de prescrição do usuário indicativos da prescrição oftálmica do usuário, o a recepção de dados focais do usuário indicativos do plano focal de imagem preferido do usuário, o a determinação da lente oftálmica com base na prescrição do usuário e nos dados focais do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário.
[0013] A invenção se relaciona ainda com um produto de programa de computador compreendendo uma ou mais sequências armazenadas de instruções que se encontram acessíveis a um processador e que, quando executadas pelo processador, fazem com que o processador realize as etapas dos métodos de acordo com a invenção.
[0014] A invenção se relaciona igualmente com um meio de armazenamento legível por computador tendo um programa gravado no mesmo; em que o programa faz com que o computador execute o método do invenção.
[0015] A invenção se relaciona ainda com um dispositivo compreendendo um processador adaptado para armazenar uma ou mais sequências de instruções e para realizar pelo menos uma das etapas do método de acordo com a invenção.
[0016] Salvo indicação específica em contrário, como é evidente desde as seguintes descrições, é entendido que em todo o relatório descritivo as descrições utilizando termos como “computação”, “cálculo” ou afins se referem à ação e/ou aos processos de um computador ou sistema de computação, ou dispositivo de computação eletrônico similar, que manipulam e/ou transformam dados representados como quantidades físicas, como por exemplo, eletrônicas, dentro dos registros e/ou das memórias do sistema de computação em outros dados similarmente representados como quantidades físicas dentro das memórias, dos registros ou de outros dispositivos de armazenamento, transmissão ou apresentação de informações do sistema de computação.
[0017] As modalidades da presente invenção podem incluir aparelhos para a execução das operações aqui apresentadas. Esses aparelhos podem ser especialmente construídos para os efeitos desejados ou podem compreender um computador de uso geral ou Processador de Sinais Digitais (“DSP”), seletivamente ativado ou reconfigurado por um programa de computador armazenado no computador. Esse programa de computador pode ser armazenado em um meio de armazenamento legível por computador, como por exemplo, mas não se limitando a, qualquer tipo de disco incluindo disquetes, discos ópticos, CD-ROMs, discos magnéticos-ópticos, memórias somente de leitura (ROMs), memórias de acesso aleatório (RAMs), memórias somente de leitura programáveis eletricamente (EPROMs), memórias somente de leitura programáveis e apagáveis eletricamente (EEPROMs), cartões magnéticos ou ópticos, ou qualquer outro tipo de meios adequados para o armazenamento de instruções eletrônicas e que podem ser acoplados em um barramento de sistema de computador.
[0018] Os processos e as demonstrações aqui apresentados não se encontram inerentemente relacionados com qualquer computador ou outro aparelho específico. Vários sistemas de uso geral podem ser usados com programas de acordo com os ensinamentos aqui apresentados, ou pode se mostrar conveniente construir um aparelho mais especializado para executar o método desejado. A estrutura desejada para uma variedade desses sistemas será apresentada na descrição abaixo. Além disso, as modalidades da presente invenção não são descritas com referência a qualquer linguagem de programação específica. Será entendido que pode ser usada uma variedade de linguagens de programação para implementar os ensinamentos das invenções como aqui descrito.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0019] As modalidades da invenção serão agora descritas, somente como exemplo, e com referência aos seguintes desenhos nos quais: - a Figura 1 ilustra o eixo de astigmatismo Y de uma lente na convenção TABO; - a Figura 2 ilustra o eixo de cilindro YAX em uma convenção usada para caracterizar uma superfície asférica; - as Figuras 3 e 4 mostram esquematicamente sistemas ópticos de olho e lente; - a Figura 5 mostra um traçado de raio desde o centro de rotação do olho; - as Figuras 6 e 7 mostram zonas de visão de campo de uma lente; - a Figura 8 é uma ilustração de um fluxograma de uma modalidade do método de acordo com a invenção; e - a Figura 9 ilustra o fragmento de luz desfocado produzido por uma lente esferotórica dentro do intervalo de Sturm; - a Figura 10 representa o valor da movimentação obtido como uma função do valor absoluto da potência esférica da prescrição; - a Figura 11 representa o valor de movimentação obtido como uma função do valor do cilindro da prescrição de grupos astigmáticos; e - as Figuras 12 a 14 ilustram exemplos de implementação do método de acordo com a invenção.
[0020] No sentido da invenção, uma função óptica corresponde a uma função fornecendo para cada direção do olhar fixo o efeito de uma lente óptica no raio de luz passando pela lente óptica.
[0021] A função óptica pode compreender função dióptrica, absorção de luz, capacidade de polarização, reforço de capacidade de contraste etc...
[0022] A função dióptrica corresponde à potência de lente óptica (potência média, astigmatismo etc.) como uma função da direção do olhar fixo.
[0023] A expressão “desenho óptico” é uma expressão muito usada conhecida do perito na técnica no domínio oftálmico para designar o conjunto de parâmetros permitindo definir uma função dióptrica de uma lente oftálmica; cada criador de lente oftálmica tem seus próprios desenhos, particularmente para lentes oftálmicas progressivas. Por exemplo, um “desenho” de lente oftálmica progressiva resulta de uma otimização de uma superfície progressiva, de modo a restaurar a capacidade de um presbíope de ver claramente a todas as distâncias, mas igualmente respeitar otimamente todas as funções visuais fisiológicas, como por exemplo, visão foveal, visão extrafoveal, visão binocular, e minimizar astigmatismos indesejados. Por exemplo, um desenho de lente progressiva compreende: - um perfil de potência ao longo das direções do olhar fixo (linha meridiana) usado pelo usuário que usa a lente durante atividades diárias, - distribuições de potências (potência média, astigmatismo,...) nos lados da lente, ou seja, longe da direção principal do olhar fixo.
[0024] Essas características ópticas fazem parte dos “desenhos” definidos e calculados por criadores de lente oftálmica e que incluem lentes progressivas.
[0025] Embora a invenção não seja limitado a lentes progressivas, a expressão usada é ilustrada nas figuras 1 a 10 para uma lente progressiva. O perito na arte pode adaptar as definições no caso de lentes de visão única.
[0026] Uma lente progressiva compreende pelo menos uma, mas preferencialmente duas superfícies asféricas simétricas de forma não rotativa, por exemplo, mas não se limitando a, superfície progressiva, superfície regressiva, superfícies tóricas ou atóricas.
[0027] Como é conhecido, uma curvatura mínima CURVmín é definida a qualquer momento em uma superfície asférica pela fórmula:
Figure img0001
em que Rmáx corresponde ao raio máximo local de curvatura, expressado em metros, e CURVmín é expressado em dioptrias.
[0028] Similarmente, uma curvatura máxima CURVmáx pode ser definida a qualquer momento em uma superfície asférica pela fórmula:
Figure img0002
em que Rmín corresponde ao raio mínimo local de curvatura, expressado em metros, e CURVmáx é expressado em dioptrias.
[0029] É possível notar que, quando a superfície é localmente esférica, o raio mínimo local de curvatura Rmín e o raio máximo local de curvatura Rmáx são iguais e, conformemente, as curvaturas mínima e máxima CURVmín e CURVmáx são igualmente idênticas. Quando a superfície é asférica, o raio mínimo local de curvatura Rmín e o raio máximo local de curvatura Rmáx são diferentes.
[0030] Desde essas expressões das curvaturas mínima e máxima CURVmín e CURVmáx, podem ser deduzidas as esferas mínima e máxima identificadas como SPHmín e SPHmáx de acordo com o tipo de superfície considerada.
[0031] Quando a superfície considerada corresponde à superfície lateral do objeto (igualmente referida como a superfície frontal), as expressões são as seguintes:
Figure img0003
em que n corresponde ao índice do material constituinte da lente.
[0032] Se a superfície considerada corresponder a uma superfície lateral do globo ocular (igualmente referida como a superfície traseira), as expressões são as seguintes:
Figure img0004
em que n corresponde ao índice do material constituinte da lente.
[0033] Como é bem conhecido, uma esfera média SPHmédia a qualquer momento em uma superfície asférica pode igualmente ser definida pela fórmula:
Figure img0005
[0034] Por consequência, a expressão da esfera média depende da superfície considerada: se a superfície corresponder à superfície lateral do objeto,
Figure img0006
se a superfície corresponder a uma superfície lateral do globo ocular,
Figure img0007
um cilindro CYL é igualmente definido pela fórmula
Figure img0008
[0035] As características de qualquer face asférica da lente podem ser expressas pelos cilindros e pelas esferas médias locais. Uma superfície pode ser considerada como localmente asférica quando o cilindro tem pelo menos 0,25 dioptrias.
[0036] Para uma superfície asférica, pode ser ainda definido um eixo de cilindro local YAX. A Figura 1 ilustra o eixo de astigmatismo Y como definido na convenção TABO e a figura 2 ilustra o eixo de cilindro YAX em uma convenção definida para caracterizar uma superfície asférica.
[0037] O eixo de cilindro YAX corresponde ao ângulo de orientação da curvatura máxima CURVmáx com relação a um eixo de referência e no sentido escolhido de rotação. Na convenção definida acima, o eixo de referência é horizontal (o ângulo desse eixo de referência corresponde a 0°) e o sentido de rotação é em sentido anti-horário para cada olho, olhando para o usuário (0°<YAX<180°). Por consequência, um valor de eixo para o eixo de cilindro YAX de +45° representa um eixo orientado obliquamente que, olhando para o usuário, se estende desde o quadrante situado acima à direita do quadrante situado abaixo à esquerda.
[0038] Além do mais, uma lente multifocal progressiva pode igualmente ser definida por características ópticas, levando em consideração a situação do usuário que usa as lentes.
[0039] As Figuras 3 e 4 são ilustrações diagramáticas de sistemas ópticos de olho e lente, mostrando assim as definições usadas na descrição. Mais precisamente, a figura 3 representa uma vista em perspectiva de um sistema desses ilustrando parâmetros α e β usados para definir uma direção do olhar fixo. A Figura 4 é uma vista no plano vertical paralelo em relação ao eixo antero-posterior da cabeça do usuário e passando pelo centro de rotação do olho no caso em que o parâmetro β é igual a 0.
[0040] O centro de rotação do olho é identificado como Q’. O eixo Q’F’, mostrado na Figura 4 em uma linha pontilhada/tracejada, corresponde ao eixo horizontal passando pelo centro de rotação do olho e se estendendo na frente do usuário, ou seja, eixo Q’F’ correspondendo à visão primária do olhar fixo. Esse eixo corta a superfície asférica da lente em um ponto denominado cruz de ajustamento, que está presente nas lentes para permitir o posicionamento das lentes em uma armação por um oculista. O ponto de interseção da superfície posterior da lente e o eixo Q’F’ correspondem ao ponto O. O pode é a cruz de ajustamento se estiver na superfície posterior. Uma esfera do ápice, do centro Q’, e do raio q’, é tangencial em relação à superfície posterior da lente em um ponto do eixo horizontal. Como exemplos, um valor de raio q’ de 25,5 mm corresponde a um valor normal e fornece resultados satisfatórios ao usar as lentes.
[0041] Uma determinada direção do olhar fixo, representada por uma linha sólida na figura 3, corresponde a uma posição do olho em rotação em torno de Q’ e até um ponto J da esfera do ápice; o ângulo β corresponde ao ângulo formado entre o eixo Q’F’ e a projeção da linha reta Q’J no plano horizontal compreendendo o eixo Q’F’; esse ângulo aparece no esquema da figura 3. O ângulo α corresponde ao ângulo formado entre o eixo Q’J e a projeção da linha reta Q’J no plano horizontal compreendendo o eixo Q’F’; esse ângulo aparece no esquema das Figuras 3 e 4. Uma determinada visão do olhar fixo corresponde assim a um ponto J da esfera do ápice ou a um par (α, β). Quanto mais o valor do ângulo de redução do olhar fixo for positivo, mais o olhar fixo é reduzido, e quanto mais o valor for negativo, mais o olhar fixo é aumentado.
[0042] Em uma determinada direção do olhar fixo, a imagem de um ponto M no espaço do objeto, situada a uma determinada distância do objeto, é formada entre dois pontos S e T correspondendo a distâncias mínima e máxima JS e JT, que seriam os comprimentos focais locais sagitais e tangenciais. É formada a imagem de um ponto no espaço do objeto no infinito, no ponto F’. A distância D corresponde ao plano frontal posterior da lente.
[0043] O ergorama é uma função associando a cada direção do olhar fixo a distância habitual de um ponto do objeto. Tipicamente, na visão de longe seguindo a direção primária do olhar fixo, o ponto do objeto se encontra no infinito. Na visão de perto, seguindo uma direção do olhar fixo essencialmente correspondendo a um ângulo α na ordem de 35° e a um ângulo β na ordem de 5° no valor absoluto em direção ao lado nasal, a distância do objeto é na ordem de 30 a 50 cm. Para mais detalhes relativamente a uma possível definição de um ergorama, pode ser considerada a patente US-A-6,318,859. Esse documento descreve um ergorama, sua definição e respectivo método de modelagem. Para um método da invenção, os pontos podem se encontrar no infinito ou não. O ergorama pode ser uma função da ametropia do usuário ou da adição do usuário.
[0044] Usando esses elementos, é possível definir a potência óptica e o astigmatismo de um usuário em cada direção do olhar fixo. É considerado um ponto do objeto M em uma distância do objeto fornecida pelo ergorama para uma direção do olhar fixo (α,β). Uma proximidade do objeto ProxO é definida para o ponto M no raio luminoso correspondente no espaço do objeto como o inverso da distância MJ entre o ponto M e o ponto J da esfera do ápice: ProxO=1/MJ
[0045] Isso permite calcular a proximidade do objeto em uma aproximação de lente fina relativamente a todos os pontos da esfera do ápice, que é usada para a determinação do ergorama. Para uma lente real, a proximidade do objeto pode ser considerada como o inverso da distância entre o ponto do objeto e a superfície frontal da lente, no raio luminoso correspondente.
[0046] Para a mesma direção do olhar fixo (α,β), a imagem de um ponto M tendo uma determinada proximidade do objeto é formada entre dois pontos S e T que correspondem respectivamente às distâncias focais mínima e máxima (que seriam distâncias focais sagitais e tangenciais). A quantidade ProxI é denominada proximidade da imagem do ponto M:
Figure img0009
[0047] Por analogia com o caso de uma lente fina pode, portanto, ser definida, para uma determinada direção do olhar fixo e para uma determinada proximidade do objeto, ou seja para um ponto do espaço do objeto no raio luminoso correspondente, uma potência óptica Pui como a soma da proximidade da imagem e da proximidade do objeto.
Figure img0010
[0048] Com as mesmas notações, é definido um astigmatismo Ast para cada direção do olhar fixo e para uma determinada proximidade do objeto como:
Figure img0011
[0049] Essa definição corresponde ao astigmatismo de um feixe de raios criado pela lente. É possível notar que a definição fornece, na direção primária do olhar fixo, o valor clássico de astigmatismo. O ângulo de astigmatismo, usualmente denominado eixo, corresponde ao ângulo Y- O ângulo Y é medido na armação {Q’, xm, ym, zm} associada ao olho. O mesmo corresponde ao ângulo com o qual a imagem S ou Té formada dependendo da convenção usada com relação à direção Zm no plano {Q’, zm, ym}.
[0050] As possíveis definições da potência óptica e do astigmatismo da lente, nas condições de uso, podem assim ser calculadas como explicado no artigo por B. Bourdoncle et al., intitulado “Ray tracing through progressive ophthalmic lenses”, 1990 International Lens Design Conference, D.T. Moore ed., Proc. Soc. Photo. Opt. Instrum. Eng.
[0051] A Figura 5 representa uma vista em perspectiva de uma configuração em que os parâmetros α e β não correspondem a zero. O efeito de rotação do olho pode assim ser ilustrado mostrando uma armação fixa {x, y, z} e uma armação {xm, ym, Zm} associada ao olho. A armação {x, y, z} tem sua origem no ponto Q’. O eixo x corresponde ao eixo Q’O e é orientado desde a lente em direção ao olho. O eixo y é vertical e orientado no sentido ascendente. O eixo z é de modo que a armação {x, y, z} seja ortonormal e direta. A armação {xm, ym, zm} se encontra associada ao olho e o seu centro corresponde ao ponto Q’. O eixo xm corresponde à direção do olhar fixo JQ’. Desse modo, para uma direção primária do olhar fixo, as duas armações {x, y, z} e {xm, ym, zm} são as mesmas. É sabido que as propriedades de uma lente podem ser expressadas em diversas formas diferentes e especialmente na superfície e opticamente. Uma caracterização de superfície é assim equivalente a uma caracterização óptica. No caso de um vidro de lente, somente pode ser usada uma caracterização de superfície. É preciso compreender que uma caracterização óptica requer que a lente tenha sido feita à máquina segundo a prescrição do usuário. Em oposição, no caso de uma lente oftálmica, a caracterização pode ser de uma superfície ou um tipo óptico, ambas as caracterizações permitindo descrever o mesmo objeto desde dois pontos de vista diferentes. Sempre que a caracterização da lente for do tipo óptico, a mesma se refere ao sistema ergorama-olho-lente descrito acima. Por motivos de simplicidade, o termo “lente” é usado na descrição, mas tem de ser compreendido como o “sistema de ergorama-olho-lente”.
[0052] Os valores em termos ópticos podem ser expressados para direções do olhar fixo. As direções do olhar fixo são habitualmente fornecidas pelo respectivo grau de redução e azimute em uma armação cuja origem é o centro de rotação do olho. Quando a lente é montada na frente do olho, um ponto denominado cruz de ajustamento é colocado diante da pupila ou diante do centro de rotação Q’ do olho para uma direção primário do olhar fixo. A direção primária do olhar fixo corresponde à situação em que um usuário está olhando em frente. Na armação escolhida, a cruz de ajustamento corresponde assim a um ângulo de redução α de 0° e um ângulo de azimute β de 0° independente da superfície da lente onde a cruz de ajustamento se encontra posicionada, superfície posterior ou superfície frontal.
[0053] A descrição acima feita com referência às figuras 3 a 5 foi fornecida para visão central. Na visão periférica, uma vez que a direção do olhar fixo é fixa, é considerado o centro da pupila em vez do centro de rotação do olho, e são consideradas direções do raio periférico em vez de direções do olhar fixo. Quando é considerada a visão periférica, o ângulo α e o ângulo β correspondem a direções do raio em vez de a direções do olhar fixo.
[0054] No resto da descrição, podem ser usados termos como “cima”, “baixo”, “horizontal”, “vertical”, “acima”, “abaixo” ou outras palavras indicando posição relativa. Esses termos devem ser compreendidos nas condições de uso da lente. Especialmente, a parte “superior” da lente corresponde a um ângulo de redução negativo □ <0° e a parte “inferior” da lente corresponde a um ângulo de redução positivo □ >0°. Similarmente, a parte “superior" da superfície de uma lente, ou de um vidro de lente semiacabado, corresponde a um valor positivo ao longo do eixo y, e preferencialmente a um valor ao longo do eixo y superior ao valor y na cruz de ajustamento, e a parte “inferior” da superfície de uma lente, ou de um vidro de lente semiacabado, corresponde a um valor negativo ao longo do eixo y na armação, e preferencialmente a um valor ao longo do eixo y inferior ao valor y na cruz de ajustamento.
[0055] As condições de uso devem ser compreendidas como a posição da lente oftálmica com relação ao olho de um usuário, por exemplo, definida por um ângulo pantoscópico, uma distância da córnea até a lente, uma distância da pupila até a córnea, uma distância do CRE até a pupila, uma distância do CRE até a lente e um ângulo de tração.
[0056] A distância da córnea até à lente corresponde à distância ao longo do eixo visual do olho na posição primária (usualmente considerada como sendo a horizontal) entre a córnea e a superfície traseira da lente; por exemplo, igual a 12 mm.
[0057] A distância da pupila até a córnea corresponde à distância ao longo do eixo visual do olho entre as respectivas pupila e córnea; usualmente igual a 2 mm.
[0058] A distância do CRE até à pupila corresponde à distância ao longo do eixo visual do olho entre o respectivo centro de rotação (CRE) e a córnea; por exemplo, igual a 11,5 mm.
[0059] A distância do CRE até a lente corresponde à distância ao longo do eixo visual do olho na posição primária (usualmente considerada como sendo a horizontal) entre o CRE do olho e a superfície traseira da lente; por exemplo, igual a 25,5 mm.
[0060] O ângulo pantoscópico corresponde ao ângulo no plano vertical, na interseção entre a superfície traseira da lente e o eixo visual do olho na posição primária (usualmente considerada como sendo a horizontal), entre a superfície normal e traseira da lente e o eixo visual do olho na posição primária; por exemplo, igual a -8°.
[0061] O ângulo de tração corresponde ao ângulo no plano horizontal, na interseção entre a superfície traseira da lente e o eixo visual do olho na posição primária (usualmente considerada como sendo a horizontal), entre a superfície normal e traseira da lente e o eixo visual do olho na posição primária; por exemplo, igual a 0°.
[0062] Um exemplo de condição de uso pode ser definido por um ângulo pantoscópico de -8°, uma distância da córnea até à lente de 12 mm, uma distância da pupila até à córnea de 2 mm, uma distância do CRE até à pupila de 11,5 mm, uma distância do CRE até à lente de 25,5 mm e um ângulo de tração de 0°.
[0063] É possível usar outras condições. As condições de uso podem ser calculadas desde um programa de traçado de raio, para uma determinada lente.
[0064] Como indicado anteriormente, as direções do olhar fixo são usualmente definidas desde o centro de rotação do olho do usuário.
[0065] As zonas de campo visual observadas através de uma lente são ilustradas esquematicamente nas figuras 6 e 7. A lente compreende uma zona de visão de longe 26 situada na parte superior da lente, uma zona de visão de perto 28 situada na parte inferior da lente e uma zona intermédia 30 situada na parte inferior da lente entre a zona de visão de longe 26 e a zona de visão de perto 28. A lente tem igualmente um meridiano principal 32 passando pelas três zonas e definindo um lado nasal e um lado temporal.
[0066] Para efeitos da invenção, a linha meridiana 32 de uma lente progressiva é definida como se segue: para cada redução da visão de um ângulo α = α1 entre a direção do olhar fixo correspondendo à cruz de ajustamento e uma direção do olhar fixo se encontrando na zona de visão de perto, é procurada a direção do olhar fixo (OI, β1) para a qual o astigmatismo residual local é mínimo. Desse modo, todas as direções do olhar fixo definidas dessa maneira formam a linha meridiana do sistema ergorama-olho-lente. A linha meridiana da lente representa o lócus de direções médias do olhar fixo de um usuário quando a mesma está olhando das visões de longe para de perto. A linha meridiana 32 de uma superfície da lente é definida como se segue: cada direção do olhar fixo (α, β) pertencendo à linha meridiana óptica da lente cruza a superfície em um ponto (x, y). A linha meridiana da superfície corresponde ao conjunto de pontos correspondendo às direções do olhar fixo da linha meridiana da lente.
[0067] Como mostrado na figura 7, o meridiano 32 separa a lente em uma área nasal e uma área temporal. Como esperado, a área nasal corresponde à área da lente que se encontra entre o meridiano e o nariz do usuário, ao passo que a área temporal corresponde à área que se encontra entre o meridiano e a têmpora do usuário. A área nasal é identificada como Área_nasal e a área temporal é identificada como Área_temporal, como aparecerá no resto da descrição.
[0068] O invenção se relaciona com um método, por exemplo, implementado por meios de computador, para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, a lente oftálmica sendo adaptada a um usuário.
[0069] Como representado na figura 8, o método de acordo com a invenção compreende pelo menos: - uma etapa de fornecimento de dados de prescrição do usuário S1, - uma etapa de fornecimento de dados focais do usuário S2 e - uma etapa de determinação da lente oftálmica S3.
[0070] Durante a etapa de fornecimento de dados de prescrição do usuário S1, são fornecidos dados de prescrição do usuário indicativos da prescrição oftálmica do usuário. Tipicamente, é fornecida a prescrição oftálmica do usuário. Em alternativa, podem ser fornecidas informações permitindo a determinação dessa prescrição oftálmica, por exemplo pode ser fornecida uma indicação permitindo a determinação da prescrição oftálmica do usuário desde uma base de dados.
[0071] A prescrição oftálmica de um usuário é um conjunto de características ópticas de potência óptica, de astigmatismo e, quando relevante, de adição determinadas por um oftalmologista, de modo a corrigir os defeitos de visão de um indivíduo, por exemplo, por meio de uma lente posicionada em frente do olho. De um modo geral, a prescrição de uma lente de adição progressiva compreende valores de potência esférica e de astigmatismo no ponto de distância-visão e, quando apropriado, um valor de adição.
[0072] De acordo com uma modalidade da invenção, a prescrição do usuário compreende um valor de prescrição de cilindro e/ou um valor de eixo de prescrição de cilindro e/ou um valor de prescrição de esfera.
[0073] Durante a etapa de fornecimento de dados focais do usuário S2, são fornecidos dados focais do usuário indicativos do plano focal de imagem preferido do usuário. Tipicamente, é fornecido o plano focal de imagem preferido do usuário, em particular a posição do plano focal de imagem preferido do usuário. Em alternativa, podem ser fornecidas informações permitindo a determinação desse plano focal de imagem preferido do usuário, por exemplo, pode ser fornecida uma indicação permitindo a determinação do plano focal de imagem preferido do usuário em uma base de dados.
[0074] Como indicado anteriormente, essa posição do plano focal de imagem preferido do usuário pode ser qualquer posição dentro do intervalo de Sturm.
[0075] Como ilustrado na figura 9, o formato do fragmento de luz desfocado produzido por uma lente esferotórica varia dentro do intervalo de Sturm desde uma linha vertical, até elipses verticais, até um círculo, até elipses horizontais e depois até uma linha horizontal.
[0076] A Figura 9 mostra o feixe de raios através do intervalo de Sturm na presença de ID de astigmatismo, bem como a imagem resultante de um objeto pontual para vários planos focais correspondendo a uma diferente movimentação de desfocagem. O gráfico de barras horizontal corresponde ao plano focal de imagem média obtido experimentalmente para 5 grupos diferentes de pacientes. A posição de referência (movimentação de desfocagem 0) corresponde ao círculo de confusão mínima. Quando um paciente prefere uma posição do plano focal de imagem correspondendo a uma imagem vertical resultante (devido a uma melhor focalização de raios horizontais comparados com raios verticais, como é o caso na parte esquerda da figura), se diz que o paciente tem uma preferência vertical (relativamente aos pacientes dos grupos 1 e 4 e a um grupo 3 de extensão menor). Quando um paciente prefere uma posição do plano focal de imagem correspondendo a uma imagem horizontal resultante (devido a uma melhor focalização de raios verticais comparados com raios horizontais, como é o caso na parte direita da figura), se diz que o paciente tem uma preferência horizontal (relativamente aos pacientes do grupo 5). Os pacientes do grupo 2 preferem uma posição do plano focal de imagem quase no círculo de confusão mínima significando que não têm nenhuma preferência de orientação.
[0077] O plano focal de imagem preferido do usuário ao usar uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado pode ser determinado por um método de acordo com a invenção. O método compreende: - uma etapa de fornecimento de “astigmatismo indesejado”, - uma etapa de determinação da posição de plano focal de imagem preferido do usuário.
[0078] Um meio de geração de astigmatismo de uma quantidade específica é fornecido ao usuário durante a etapa de fornecimento de “astigmatismo indesejado”. Esse astigmatismo é fornecido além de uma eventual correção de astigmatismo correspondendo à prescrição do usuário, criando assim o equivalente de um astigmatismo indesejado.
[0079] Uma lente óptica tendo potência de cilindro controlada pode ser usada para fornecer “astigmatismo indesejado” ao usuário durante a etapa de fornecimento de “astigmatismo indesejado”. Por exemplo, pode ser usado um valor de 1 D, horizontal ou vertical. Em alternativa, pode ser usado qualquer outro valor e qualquer outra orientação.
[0080] Durante a etapa de determinação da posição de plano focal de imagem preferido do usuário, a posição do plano focal de imagem preferido do usuário é determinada ajustando a posição do plano de imagem até ser alcançada a posição indicada pelo usuário como preferida. A posição do plano de imagem pode ser ajustada por exemplo, modificando a potência esférica fornecida ao usuário.
[0081] A etapa de determinação da posição de plano focal de imagem preferido do usuário pode ser repetida sem o astigmatismo indesejado fornecido para determinar a posição de referência. A diferença entre as duas posições pode ser fornecida relativamente aos dados focais do usuário indicativos do plano focal de imagem preferido do usuário.
[0082] A diferença entre a potência esférica medida com e sem astigmatismo indesejado fornecido corresponde aos dados focais do usuário (WFD).
[0083] O ajustamento da posição do plano de imagem pode ser efetuado controlando a potência esférica da lente óptica.
[0084] Mais geralmente, para determinar os dados focais do usuário, é necessário/a: - uma forma de gerar astigmatismo, como por exemplo, um astigmatismo 1D de vidro de teste em 0°, ou um sistema ativo, como por exemplo, lentes ativas ou espelho deformável ou um foróptero, - um meio de variação do foco, como por exemplo, lentes de teste, um sistema de Badal compreendendo um espelho plano móvel e uma lente, um sistema ativo com uma lente de potência variável ou um espelho deformável, um deslocamento do objeto sendo observado, e - um retorno do paciente, quer subjetivo (controle direto ou de preferência do desenvolvimento) quer objetivo (medição direta de acomodação).
Configuração experimental usada pelos inventores
[0085] Um espelho deformável eletromagnético (52 atuadores e um curso de 50 μm; MIRAO, Imagine Eyes, França) foi usado para induzir astigmatismo e corrigir a aberração do paciente. A correção do foco foi alcançada por meio de um sistema de Badal montado em um estágio de motor linear.
Método de procura do melhor foco
[0086] Foi usado um algoritmo de procura do melhor foco, com base em níveis intercalados. O algoritmo se baseia em um método eficiente de etapas aleatórias, onde o paciente reporta (usando dois botões em um teclado) se uma imagem em escala de cinza apresentada no display aparece mais desfocada ou mais nítida que a imagem precedente. O número máximo de ensaios em cada nível foi de 30, e o melhor foco foi selecionado após um número máximo de 11 inversões. Quatro níveis se encontram intercalados com diferentes valores iniciais [- 0,75 D, - 0,50 D, +0,50 D, +0,75 D] desde uma definição de foco inicial. As respostas do paciente podem ser para além do intervalo fornecido pelas definições iniciais. O melhor foco é definido como a média das últimas 8 inversões. As posições do foco durante o ensaio são automaticamente definidas por meio do sistema de Badal motorizado, de acordo com as respostas do paciente. Para cada condição experimental, a procura do melhor foco foi efetuada usando quatro tipos de imagem diferentes (letra E preta oblíqua em um fundo branco; uma imagem de um rosto; uma paisagem urbana; e uma imagem de frutos).
Protocolo experimental
[0087] O astigmatismo foi sempre induzido pela mesma quantidade (+1 D) e no foco isotrópico do intervalo de Sturm. Os pacientes foram submetidos à dilatação com 1% de tropicamida, duas gotas com 10 min de intervalo no início da experiência e depois a cada 60 min para assegurar uma acomodação paralisada durante as medições. Após a dilatação, a pupila natural do olho se alinhou com o eixo óptico do instrumento, com a estabilização garantida pelo uso de uma forma impressa de dentadura. O espelho deformável foi definido para compensar as aberrações naturais do paciente. O paciente efetuou uma definição de foco subjetivo manual subsequente. Essa definição foi usada como uma linha de base para a procura do melhor foco com base no nível. Esse melhor foco com base no nível foi repetido nas aberrações corrigidas com e sem “astigmatismo indesejado” induzido. O mesmo procedimento foi repetido para as quatro imagens diferentes usadas na experiência.
[0088] Durante a etapa de determinação da lente oftálmica S3, a lente oftálmica é determinada com base na prescrição do usuário e nos dados focais do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário.
[0089] De acordo com uma modalidade da invenção, a potência esférica da lente oftálmica é determinada com base na prescrição do usuário e na posição do plano focal de imagem preferido do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário.
[0090] Por exemplo, para cada direção do olhar fixo (αi,βi) para a qual a lente oftálmica tem astigmatismo indesejado, a potência esférica da lente oftálmica é determinada para que a distância entre o plano focal de imagem preferido do usuário e a retina do usuário seja reduzida. Preferencialmente, para cada direção do olhar fixo (αi,βi) para a qual a lente oftálmica tem astigmatismo indesejado, a potência esférica da lente oftálmica é determinada para que o plano focal de imagem preferido do usuário corresponda à retina do usuário.
[0091] Retina significa quaisquer superfícies opticamente conjugadas com a retina. Igualmente, pode ser a retina real do paciente. Em um caso assim, a redução da distância entre o plano focal de imagem preferido do usuário e a retina do usuário tem de levar em consideração a geometria do olho do usuário ou um modelo do mesmo. Vantajosamente, o cálculo pode ser efetuado para superfícies conjugadas com a retina fora do olho. Essas superfícies são representadas na figura 4 pelas esferas passando pelo ponto F’. Essas superfícies derivam geralmente da prescrição. Em um caso assim, a redução da distância com o plano focal de imagem preferido do usuário é alcançada sem a necessidade da geometria ou de um modelo do olho.
[0092] De acordo com uma modalidade da invenção, em que a lente oftálmica tem um astigmatismo indesejado de eixo horizontal em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi), durante a etapa de determinação da lente oftálmica para a, pelo menos uma, direção do olhar fixo (αi,βi): - a potência esférica da lente oftálmica é aumentada em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência vertical; e - a potência esférica da lente oftálmica é reduzida em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência horizontal.
[0093] Essa modalidade deve ser compreendida com uma convenção de cilindro positivo, em que o astigmatismo é indicado em potência positiva. As direções horizontal e vertical devem ser compreendidas como definido na convenção Tabo.
[0094] De acordo com uma modalidade da invenção, em que a lente oftálmica tem um astigmatismo indesejado de eixo vertical em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi), durante a etapa de determinação da lente oftálmica para a, pelo menos uma, direção do olhar fixo (αi,βi): - a potência esférica da lente oftálmica é reduzida em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência vertical; e - a potência esférica da lente oftálmica é aumentada em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência horizontal.
[0095] Essa modalidade deve ser compreendida com uma convenção de cilindro positivo, em que o astigmatismo é indicado em potência positiva. As direções horizontal e vertical devem ser compreendidas como definido na convenção Tabo.
[0096] Como ilustrado na figura 8, de acordo com uma modalidade do invenção, o método pode ainda compreender antes da etapa de determinação da lente oftálmica S3: - uma etapa de fornecimento da função óptica inicial Fi S21, e - uma etapa de determinação da função óptica alvo S22.
[0097] Durante a etapa de fornecimento da função óptica inicial Fi, é fornecida uma função óptica inicial. A função óptica inicial compreende para cada direção do olhar fixo (αi,βi) de um conjunto de direções do olhar fixo S ((α1,β1); (α2,β2); ...; (αn,βn)) pelo menos um valor de astigmatismo indesejado ASRi e um valor de potência esférica Pi. Tipicamente, a função óptica inicial é determinada com base na prescrição oftálmica do usuário usando métodos de determinação de desenho óptico existentes.
[0098] Durante a etapa de determinação da função óptica alvo, é determinada uma função óptica alvo Ft. A função óptica alvo compreende para cada direção do olhar fixo (αi,βi) de um conjunto de direções do olhar fixo S ((α1,β1); (α2,β2); ...; (αn,βn)) um valor-alvo de astigmatismo indesejado ASRt e um valor-alvo de potência esférica Pt com ASRt= ASRi e Pt=Pi + Corr, Corr sendo um valor corretivo de potência esférica com base pelo menos nos dados focais do usuário fornecidos durante a etapa de fornecimento de dados focais do usuário.
[0099] Durante a etapa de determinação da lente oftálmica, a lente oftálmica é determinada com base na função óptica alvo.
[00100] O valor corretivo de potência esférica Corr pode ser definido como uma função de um alvo de astigmatismo indesejado, o alvo de astigmatismo indesejado definido como a diferença entre o astigmatismo da lente oftálmica e o astigmatismo da prescrição oftálmica do usuário, Corr = f(CYLcib), por exemplo Corr=CYLcib.
[00101] Essa função pode igualmente ser ponderada por uma função dos dados focais do usuário (WFD), Corr = f(CYLcib)*g(WFD).
[00102] Por exemplo, se a diferença entre as duas posições como medido no exemplo da etapa S2 com e sem um astigmatismo indesejado ASTmes for fornecida para os dados focais do usuário indicativos do plano focal de imagem preferido do usuário, g(WFD)=WFD/ASTmes.
[00103] Os inventores mostraram que os pacientes moveram o seu plano focal preferido na presença de astigmatismo de um valor dependente da respectiva prescrição. Na verdade, os 5 grupos de pacientes representados na Figura 9 correspondem a grupos de limitação particulares: G1: emetrópico, G2: miópico, G3: hiperópico, G4: astigmatismo em 0° (horizontal), G5: astigmatismo 90° (vertical em Tabo). O resultado observado indica que os emetrópicos têm uma preferência vertical na presença de astigmatismo, os ametropes permanecem junto do círculo de confusão mínima correspondendo a uma movimentação de zero desde o melhor foco sem astigmatismo, e os grupos de astigmatismo se movem em direções opostas, correspondendo a uma preferência tendo uma direção relacionada com o respectivo astigmatismo natural.
[00104] Mais especificamente, a movimentação pode ser estimada como linearmente proporcional em relação à prescrição de ametropia e astigmatismo dos pacientes como ilustrado nas Figuras 10 e 11.
[00105] A Figura 10 representa o valor da movimentação obtido como uma função do valor absoluto da potência esférica da prescrição dos pacientes.
[00106] A Figura 11 representa o valor de movimentação obtido como uma função do valor do cilindro da prescrição de cada um dos dois grupos astigmáticos.
[00107] É observado que a movimentação medida da posição do plano preferido pode ser aproximada por funções da prescrição do usuário.
[00108] Por exemplo, para uma prescrição oftálmica definida por (SPH, CylRX, axeRx) e alvo de astigmatismo indesejado definido por (CYLcib, axecib), o valor corretivo de potência esférica Corr pode ser definido como: Corr = f(CYLcib)*g( | SPH|, CylRX, axeRx, axecib)
[00109] A função g pode ser comparada com um coeficiente de sensibilidade, personalizável para cado usuário desde pelo menos uma medição de Corr para um determinado valor de cilindro.
[00110] Os inventores estabeleceram a seguinte fórmula com base nos resultados experimentais: Corr=-CYLcib*{(-0,175+0,056*|SPH|)*cos(2*[axecib- axeRx]))+0,1*CYLRx*cos(2*[axecib-axeRx])} se 0,056*|SPH|<0,175 e Corr=-CYLcib*{0,1*CYLRx*cos(2*[axecib-axeRx])} se 0,056*|SPH|>0,175
[00111] As Figuras 12a e 12b mostram funcionalidades de uma adição progressiva padrão de 2 D de adição.
[00112] A Figura 12a mostra linhas de potência esférica igual, ou seja, linhas formadas por pontos para os quais a potência esférica tem um valor idêntico. O eixo x e o eixo y fornecem as coordenadas correspondendo ao ângulo de visão (αi,βi) em graus.
[00113] A Figura 12b mostra, usando os mesmos eixos da figura 12b, linhas de cilindro igual, e as setas na figura 12b mostram a direção do eixo.
[00114] A Figura 13a mostra linhas de potência esférica igual com uma movimentação de potência esférica determinada usando um método do invenção com base nos valores de astigmatismo representados na figura 12b.
[00115] A Figura 13b mostra a movimentação de potência esférica, subtraindo a potência esférica da figura 13a com a figura 12a. O cilindro e o astigmatismo da nova lente oftálmica são inalterados.
[00116] A Figura 14 mostra um exemplo de movimentação de potência esférica determinado para uma lente oftálmica inicial correspondendo a uma prescrição de SPH=-4D, CYLRx=-1D axeRx=90°
[00117] Uma vez que |SPH|>3,125 D, é calculado o valor corretivo de potência esférica: Corr=-CYLcib *{0,1*CYLRx*cos(2*[axecib-axeRx])} ou seja, Corr= -0,1*CYLcib*cos(2*axecib)
[00118] A invenção se relaciona igualmente com um conjunto de lentes oftálmicas tendo a mesma prescrição, ou seja, adaptadas para fornecer a mesma correção oftálmica, o conjunto de lentes oftálmicas compreendendo pelo menos uma primeira lente oftálmica e uma segunda lente oftálmica.
[00119] Para cada direção do olhar fixo (αi,βi), a diferença de astigmatismo indesejado entre as primeira e segunda lentes oftálmicas é igual ou inferior a 0,12 D. Em outras palavras, para cada direção do olhar fixo (αi,βi), o astigmatismo indesejado é substancialmente o mesmo para as primeira e segunda lentes oftálmicas.
[00120] Em um grupo de direções do olhar fixo correspondendo a cada uma entre as primeira e segunda lentes oftálmicas, para um astigmatismo indesejado superior a 0,75 D, a diferença de potência esférica entre as primeira e segunda lentes oftálmicas é igual ou superior a 0,12 D. Em outras palavras, uma das lentes oftálmicas foi adaptada de acordo com o método do invenção, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário, ao passo que a outra foi determinada sem adaptar a potência esférica para reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário.
[00121] A invenção foi descrita acima com a ajuda de modalidades sem limitação do conceito inventivo geral.
[00122] Muitas outras modificações e variações surgirão aos peritos na técnica depois de fazerem referência às modalidades ilustrativas anteriores, que são fornecidas somente como exemplo e que não pretendem limitar o escopo da invenção, isso sendo determinado somente pelas reivindicações apensas.
[00123] Nas reivindicações, a palavra “compreendendo” não exclui outros elementos ou outras etapas, e o artigo indefinido “um” ou “uma” não exclui uma pluralidade. O simples fato de diferentes funcionalidades serem recitadas em reivindicações dependentes mutuamente diferentes não indica que uma combinação dessas funcionalidades não possa ser vantajosamente usada. Quaisquer sinais de referência nas reivindicações não devem ser interpretados como limitando o escopo da invenção.

Claims (10)

1. Método implementado por meios de computador para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado, a lente oftálmica sendo adaptada a um usuário, o método caracterizado pelo fato de que compreende: - uma etapa (S1) de fornecimento de dados de prescrição do usuário, durante a qual são fornecidos dados de prescrição do usuário indicativos da prescrição oftálmica do usuário, - uma etapa (S2) de fornecimento de dados focais do usuário, durante a qual são fornecidos dados focais do usuário indicativos da posição do plano focal de imagem preferido do usuário, o plano focal de imagem preferido do usuário correspondendo à posição da retina dentro do intervalo de Sturm na qual o impacto de astigmatismo indesejado é minimizado, - uma etapa (S3) de determinação da lente oftálmica, durante a qual a lente oftálmica é determinada com base na prescrição do usuário e nos dados focais do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário .
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que durante a etapa de determinação da lente oftálmica, a potência esférica da lente oftálmica em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi) é determinada com base na prescrição do usuário e na posição do plano focal de imagem preferido do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário .
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que durante a etapa de determinação da lente oftálmica, a potência esférica da lente oftálmica é determinada para que a distância entre o plano focal de imagem preferido do usuário e a retina do usuário seja reduzida.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a lente oftálmica tem um astigmatismo indesejado de eixo horizontal em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi), e durante a etapa de determinação da lente oftálmica para a, pelo menos uma, direção do olhar fixo (αi,βi): - a potência esférica da lente oftálmica é aumentada em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência vertical; e - a potência esférica da lente oftálmica é reduzida em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência horizontal.
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a lente oftálmica tem um astigmatismo indesejado de eixo vertical em pelo menos uma direção do olhar fixo (αi,βi), e durante a etapa de determinação da lente oftálmica para a, pelo menos uma, direção do olhar fixo (αi,βi): - a potência esférica da lente oftálmica é reduzida em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência vertical; e - a potência esférica da lente oftálmica é aumentada em relação à potência esférica com base na prescrição oftálmica do usuário quando o plano focal de imagem preferido do usuário corresponde a uma preferência horizontal.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o método compreende ainda: - uma etapa (S21) de fornecimento da função óptica inicial Fi, durante a qual é fornecida uma função óptica inicial compreendendo para cada direção do olhar fixo (αi,βi) de um conjunto de direções do olhar fixo S ((α1,β1); (α2,β2); ...; (αn,βn)) um valor de astigmatismo indesejado ASRi e um valor de potência esférica Pi, - uma etapa (S22) de determinação da função óptica alvo, durante a qual uma função óptica alvo Ft compreendendo para cada direção do olhar fixo (αi,βi) de um conjunto de direções do olhar fixo S ((α1,β1); (α2,β2); ...; (αn,βn)) um valor-alvo de astigmatismo indesejado ASRt e um valor-alvo de potência esférica Pt é determinado com ASRt= ASRi e Pt=Pi + Corr, Corr sendo um valor corretivo de potência esférica baseado pelo menos nos dados focais do usuário; e durante a etapa de determinação da lente oftálmica, a lente oftálmica é determinada com base na função óptica alvo.
7. Método, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que os dados de prescrição do usuário compreendem um valor de prescrição de cilindro, e o valor corretivo de potência esférica Corr é determinado com base pelo menos no valor de prescrição de cilindro.
8. Método, de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracterizado pelo fato de que os dados de prescrição do usuário compreendem um valor de eixo de prescrição de cilindro e o valor corretivo de potência esférica Corr é determinado com base pelo menos no valor de eixo de prescrição de cilindro.
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 8, caracterizado pelo fato de que os dados de prescrição do usuário compreendem um valor de prescrição de esfera e o valor corretivo de potência esférica Corr é determinado com base pelo menos no valor de prescrição de esfera.
10. Sistema para determinação de uma lente oftálmica tendo astigmatismo indesejado adaptado a um usuário, caracterizado pelo fato de que compreende: um meio legível por computador não transitório; instruções de programa armazenadas no meio legível por computador não transitório e executáveis pelo menos por um processador para: a recepção de dados de prescrição do usuário indicativos da prescrição oftálmica do usuário, a recepção de dados focais do usuário indicativos da posição do plano focal de imagem preferido do usuário, o plano focal de imagem preferido do usuário correspondendo à posição da retina dentro do intervalo de Sturm na qual o impacto de astigmatismo indesejado é minimizado, a determinação da lente oftálmica com base na prescrição do usuário e nos dados focais do usuário, de modo a reduzir o impacto do astigmatismo indesejado da lente oftálmica para o usuário.
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