BR112013029629B1

BR112013029629B1 - Dispositivo de injeção

Info

Publication number: BR112013029629B1
Application number: BR112013029629-1A
Authority: BR
Inventors: Richard Cronenberg
Original assignee: Becton, Dickinson And Company
Priority date: 2011-05-18
Filing date: 2011-05-18
Publication date: 2021-08-31
Also published as: WO2012158136A1; CA3037381A1; EP2709696A4; BR112013029629A2; US20140081239A1; ES2931328T3; EP2709696A1; CA3037363C; CA3037365A1; CA3037363A1; MX2013013314A; EP2709696B1; CN103619380B; CA2836234C; CN103619380A; MX339740B; CN106860975A; CA3037381C; CA3037365C; JP2014516688A

Abstract

DISPOSITIVO DE INJEÇÃO Um dispositivo de injeção (100), incluindo uma base (104), um corpo deslizante (116) conectado de forma deslizável à base (104), uma agulha de extremidade dupla (120) fixa ao corpo deslizante (116), um elemento de propensão (124) para propender de forma próxima o corpo deslizante (116) com relação à abse (104) e para retrair a agulha (120) para dentro do dispositivo (100) subseqüente à ativação do dispositivo (100), um cartucho de medicamento (128) para reter um medicamento, deslizavelmente conectado ao corpo deslizante (116), e um tampão (132) disposto de forma deslizável no cartucho de medicamento (128). A base (104) tem uma extremidade próxima (108) e uma superfície (164) disposta em uma extremidade distal (112) da mesma para contatar a pele de um paciente. A base (104) tem também um primeiro mecanismo de travamento. O corpo deslizante (116) tem uma característica de travamento e um segundo mecanismo de travamento. O segundo mecanismo de travamento trava o cartucho de medicamento (128) em relação ao corpo de deslizamento (116) após término de deslocamento do cartucho de medicamento (128) em relação ao corpo deslizante (116). O primeiro mecanismo de travamento e a característica de travamento interagem para travar o elemento de deslizamento (116) em relação à base subseqüente à retração da agulha (120) para dentro do dispositivo (100).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se genericamente a um dispositivo de injeção para dispensar um medicamento, e mais particularmente a um dispositivo de injeção de uso único, de baixo custo.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Vários dispositivos de injeção são conhecidos na técnica. Muitos desses dis-positivos de injeção, entretanto, exigem treinamento médico para uso adequado. Além disso, muitos desses dispositivos de injeção são caros. Desse modo, há necessidade de fornecer um dispositivo de injeção intuitivo, de baixo custo que possa ser adequadamente utilizado por pessoas não treinadas ou com treinamento mínimo para auto-injeção ou injeção de outros. Por exemplo, tal dispositivo necessitado poderia ser utilizado para inoculações em áreas em desenvolvimento do mundo onde tratamento médico é de difícil obtenção, ou para um pai inocular um filho.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[003] Um aspecto da presente invenção é fornecer um dispositivo de injeção de baixo custo. Outro aspecto da presente invenção é fornecer um dispositivo de injeção intuitivo que possa adequadamente utilizado por pessoas não treinadas ou com treinamento mínimo para auto-injeção ou injeção de outros.

[004] O acima e/ou outros aspectos da presente invenção são obtidos por fornecer um dispositivo de injeção, incluindo uma base, um corpo deslizante conectado de forma des- lizável à base, uma agulha de extremidade dupla fixa ao corpo deslizante, um elemento de apoio (“biasing member”) para apoiar de forma próxima o corpo deslizante com relação à base, e para retrair a agulha para dentro dispositivo subsequente à ativação do dispositivo, um cartucho de medicamento para reter um medicamento, deslizavelmente conectado ao corpo deslizante, e um batente disposto deslizavelmente no cartucho de medicamento. A base tem uma extremidade próxima e uma superfície disposta em uma extremidade distal da mesma para contatar a pele de um paciente. A base tem também um primeiro mecanismo de travamento. O corpo deslizante tem uma característica de travamento e um segundo mecanismo de travamento. O segundo mecanismo de travamento trava o cartucho de medi-camento em relação ao corpo deslizante após término do deslocamento do cartucho de me-dicamento em relação ao corpo deslizante. O primeiro mecanismo de travamento e a carac-terística de travamento interagem para travar o elemento deslizante em relação à base sub-sequente à retração da agulha para dentro do dispositivo.

[005] O acima e/ou outros aspectos da presente invenção são também obtidos por fornecer um dispositivo de injeção, incluindo uma base tendo uma extremidade próxima e uma superfície disposta em uma extremidade distal da mesma para contatar a pele de um paciente, a base compreendendo uma pluralidade de aletas inclinadas (“angled lips”) e uma pluralidade de nervuras axiais, cada pluralidade sendo disposta circunferencialmente em torno de um interior da base, um corpo deslizante conectado de forma deslizável à base, o corpo deslizante compreendendo uma nervura de retenção que se projeta radialmente para dentro e uma pluralidade de pernas em balanço, pendentes de forma distal, dispostas cir- cunferencialmente, cada perna tendo um par de pés que se projetam circunferencialmente a partir de uma extremidade distal da mesma, e uma agulha de extremidade dupla fixa ao cor-po deslizante. O dispositivo também inclui um elemento de apoio para apoiar de forma pró-xima o corpo deslizante com relação à base, e para retrair a agulha para dentro do dispositivo subsequente à ativação do dispositivo, um cartucho de medicamento para reter um medi-camento, o cartucho de medicamento sendo deslizavelmente conectado ao corpo de desli-zamento e tendo uma aleta de cartucho que se projeta radialmente para fora a partir de uma extremidade distal da mesma, a aleta de cartucho sendo disposta adjacente à nervura de retenção antes da ativação do dispositivo, e um batente deslizavelmente disposto no cartucho de medicamento. Uma força aplicada ao cartucho de medicamento para deslocar a ale- ta de cartucho distalmente além da aleta de retenção excede uma força aplicada ao cartucho de medicamento para deslocar os pés de forma distal além das aletas inclinadas e acio- nar a agulha para dentro da pele de um paciente.

[006] O acima e/ou outros aspectos da presente invenção são também obtidos por fornecer um método para injetar um medicamento em um paciente utilizando um dispositivo de injeção tendo uma base, um corpo deslizante conectado de forma deslizável à base, uma agulha de extremidade dupla fixa ao corpo deslizante, um elemento de apoio, um cartucho de medicamento para reter um medicamento, o cartucho de medicamento sendo conectado de forma deslizável ao corpo deslizante, e um batente disposto de forma deslizável no cartucho de medicamento. O método inclui comprimir o cartucho de medicamento em direção à pele do paciente/local de injeção para deslocar sequencialmente de forma distal o corpo deslizante em relação à base, inserir a agulha no paciente, e comprimir a mola, perfurar o batente com a agulha para estabelecer comunicação de fluido entre a agulha e o cartucho de medicamento, e deslocar de forma próxima o batente em relação ao cartucho de medicamento para ejetar o medicamento a partir do cartucho de medicamento. O método também inclui, subsequente à ejetar o medicamento a partir do cartucho de medicamento, cessar a pressão no cartucho de medicamento para deslocar sequencialmente de forma próxima o corpo deslizante em relação à base para retirar a agulha do paciente devido à força da mola, e travar o elemento de deslizamento em relação à base para evitar reutilização do dispositivo.

[007] Aspectos adicionais e/ou outros e vantagens da presente invenção serão ex-postas em parte na descrição que segue e em parte, serão evidentes a partir da descrição ou podem ser aprendidas pela prática da invenção.

Breve descrição dos desenhos

[008] Os acima e/ou outros aspectos e vantagens de modalidades da invenção serão mais prontamente reconhecidos a partir da seguinte descrição detalhada, tomada em combinação com os desenhos em anexo, nos quais: - A figura 1 é uma vista em perspectiva de um dispositivo de injeção de acordo com uma modalidade da presente invenção; - A figura 2 é uma vista detalhada em perspectiva do dispositivo da figura 1; - As figuras 3 e 4 são vistas em perspectiva de uma base do dispositivo da figura 1; - As figuras 5 e 6 são vistas em perspectiva de um corpo deslizante do dispositivo da figura 1; - A figura 7 é uma vista em seção transversal que ilustra um estado pré-ativado do dispositivo da figura 1; e - As figuras 8-11 são vistas em seção transversal que ilustram operação do dispositivo da figura 1.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODALIDADES EXEMPLARES

[009] Será agora feita referência em detalhe às modalidades da presente invenção, cujos exemplos são ilustrados nos desenhos em anexo, em que numerais de referência si-milares se referem aos elementos similares do início ao fim. As descrições dessas modali-dades exemplificam a presente invenção por se referir aos desenhos.

[010] A figura 1 é uma vista em perspectiva de um dispositivo de injeção 100 de acordo com uma modalidade da presente invenção e a figura 2 é uma vista detalhada em perspectiva do dispositivo 100. Como mostrado nas figuras 1 e 2, o dispositivo de injeção 100 inclui uma base 104 que tem uma extremidade próxima 108 e uma extremidade distal 112, um corpo deslizante conectado deslizavelmente à base 104, uma agulha com extremidade dupla 120 fixa ao corpo deslizante 116, e um elemento de apoio 124 (como uma mola) para apoiar de forma próxima o corpo deslizante 116 em relação à base 104 e, como será discutido em maior detalhe abaixo, para retrair a agulha 120 para dentro do dispositivo 100 subsequente à ativação do mesmo.

[011] O dispositivo 100 também inclui um cartucho de medicamento 128 para reter o medicamento. O cartucho de medicamento 128 é deslizavelmente conectado ao corpo de deslizamento 116. De acordo com uma modalidade, o cartucho de medicamento 128 é feito de vidro. De acordo com outra modalidade, o cartucho de medicamento 128 é feito de um material de plástico transparente que não reage com o medicamento. Os exemplos de tal material de plástico incluem, porém não são limitados a, polímero de olefina cíclica (COP) e copolímero de olefina cíclica (COC). Um exemplo de um COC é disponível da Zeon Chemi-cals, L.P., de Louisville, Kentucky sob a designação “BD CCP Resin” e é listado pela U.S. Food and Drug Administration como DMF no. 16368.

[012] Além disso, o dispositivo inclui um batente 132 deslizavelmente disposto no cartucho de medicamento 128 para reter o medicamento no cartucho de medicamento 128 e expelir o medicamento a partir do cartucho de medicamento 128. Em combinação, o cartu-cho de medicamento 128 e o batente 132 disposto no mesmo definem uma câmara de me-dicamento entre os mesmos. De acordo com uma modalidade, o batente 132 é feito de um material elastomérico, como borracha, que não reage com o medicamento.

[013] Em uma modalidade, o cartucho de medicamento 128 é pré-montado no res-tante do dispositivo 100, e o dispositivo inteiro 100 é fornecido ao usuário em embalagem estéril, por exemplo, um copo com um topo de folha. De acordo com outra modalidade, um cartucho de medicamento pré-cheio 128 (incluindo o batente 132) é fornecido separadamente a partir do restante do dispositivo 100. Em tal modalidade, o cartucho de medicamento 128 pode ser montado no restante do dispositivo 100 no momento da injeção, e desse modo, é seletivamente conectável ao corpo deslizante 116, como descrito em maior detalhe abaixo. O espaço de refrigeração pode ser valioso em áreas em desenvolvimento do mundo. Para medicamento que necessite ser refrigerado, tal desenho provê uso mais eficiente do espaço de refrigeração porque somente o cartucho de medicamento 128 é refrigerado, não o dispositivo inteiro 100.

[014] As figuras 3 e 4 são vistas em perspectiva respectivas de extremidades próxima e distal 108 e 112 da base 104. Como mostrado na figura 3, a base 104 tem uma pluralidade de aletas inclinadas 136 dispostas circunferencialmente em torno do interior da base 104. Cada das aletas inclinadas 136 projeta radialmente para dentro, e é inclinada distal- mente com relação à base 104. Além disso, cada aleta inclinada 136 tem uma superfície inclinada próxima 140 e uma superfície inclinada distal 144. A base 104 também inclui uma pluralidade de nervuras axiais 148 circunferencialmente dispostas em torno do interior da base 104. As nervuras axiais 148 são separadas de forma distal das aletas inclinadas 136 para definir um espaço de travamento 152 entre as mesmas. De acordo com uma modalida-de, um par de nervuras axiais 148 corresponde a cada aleta inclinada 136 e nervuras indivi-duais 148 do par são circunferencialmente dispostas em lados opostos da aleta inclinada correspondente 136. Coletivamente, as aletas inclinadas 136 e as nervuras axiais 148 (bem como o espaço de travamento 152 disposto entre as mesmas) formam um primeiro meca-nismo de travamento, que é discutido em maior detalhe abaixo.

[015] A base 104 inclui adicionalmente um ressalto central 156 com um furo central 160 através do qual a agulha 120 move. Além disso, como será descrito em maior detalhe abaixo, de acordo com uma modalidade, a base 104 inclui uma pluralidade de nervuras de travamento de base 158 para conectar o corpo deslizante 116 e a base 104 antes da ativação do dispositivo 100.

[016] Como mostrado na figura 4, a extremidade distal da base 112 tem uma super-fície 164 para contatar a pele de um paciente. De acordo com uma modalidade, a superfície 164 é plana. De acordo com outra modalidade, a superfície 164 é côncava, ou em abóboda de forma próxima, por exemplo, para contatar estavelmente a pele do paciente. Uma pessoa versada na técnica entenderá que a superfície 164 pode ser convexa, ter outro formato, ou ter uma pluralidade de formatos sem se afastar do escopo da invenção. De acordo com uma modalidade, pelo menos uma porção da superfície 164 tem um adesivo disposto sobre a mesma para aderir temporariamente o dispositivo 100 à pele do paciente. Tal porção adesiva pode ser coberta, por exemplo, por uma cobertura de papel que é removida antes do uso do dispositivo 100.

[017] A figura 5 é uma vista em perspectiva de extremidades próximas do corpo des-lizante 116 e agulha 120, e a figura 6 é uma vista em perspectiva das extremidades ditais do corpo deslizante 116 e agulha 120. De acordo com uma modalidade, a agulha 120 é fixa ao corpo deslizante 116. Em outras palavras, a agulha 120 não desloca em relação ao corpo deslizante 116. Os métodos para fixar a agulha 120 ao corpo deslizante 116 incluem cola, epóxi, moldagem por inserção, e estampagem, utilizando, por exemplo, energia ultrassônica ou calor. Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que outros métodos de fixar a agulha 120 ao corpo deslizante 116 podem ser empregados sem se afastar do escopo da invenção.

[018] Como mostrado nas figuras 5-7, o corpo deslizante 116 inclui uma pluralidade de pernas em balanço, pendentes de forma distal, dispostas circunferencialmente 168. De acordo com uma modalidade, cada perna 168 tem um par de pés 172 circunferencialmente projetando a partir de uma extremidade distal da mesma. De acordo com uma modalidade, como mostrado nas figuras 5 e 6 (embora mais claramente mostrado na figura 11), superfí-cies próximas 176 dos pés 172 são inclinadas para corresponder ao ângulo das superfícies inclinadas distais 144 das aletas inclinadas 136. Coletivamente, as pernas 168 e os pés 172 formam uma característica de travamento, que é discutida em maior detalhe abaixo.

[019] Para montar o corpo deslizante 116 com a base 104, primeiramente, o elemento de apoio 124 é inserido na base 104 em torno do ressalto central 156. Subsequentemente, o corpo deslizante é inserido de forma distal na base 104 (sobre o elemento de apoio 124) até que as pernas 168 e/ou os pés 172 deformem elasticamente radialmente para dentro e os pés 172 passem de forma distal as nervuras de travamento de base 158. Subsequentemente, as pernas 168 e/ou os pés 172 recuam radialmente para fora para contatar a parede interna da base 104. De acordo com uma modalidade, as nervuras de travamento de base 158 são inclinadas para corresponder ao ângulo das superfícies próximas 176 dos pés 172. Devido aos ângulos correspondentes, após os pés 172 passarem de forma distal as nervuras de travamento de base 158, as nervuras de travamento de base 158 engatam as superfícies próximas 176 dos pés 172 (devido à força do elemento de apoio 124, que apoia o corpo deslizante 116 de forma próxima em relação à base 104) para evitar movimento próximo dos pés 172 além das nervuras de travamento de base 158. Tal estado montado é mostrado, por exemplo, na figura 7.

[020] Com referência novamente à figura 5, o corpo deslizante 116 inclui adicional- mente uma porção central 180 que tem um ressalto receptor de batente 184 disposto centralmente na mesma. As paredes da porção central 180 formam um canal de cartucho para receber de forma deslizável o cartucho de medicamento 128. Além disso, como mostrado na figura 6, a porção central 180 tem uma abertura 188 em uma extremidade distal da mesma para receber o ressalto central 156 da base 104 e o elemento de apoio 124. Com referência às figuras 5 e 7, a porção central 180 tem uma série de nervuras dispostas na mesma, especificamente, uma nervura de conexão 192, uma nervura de retenção 196, e uma nervura de travamento 200. Como discutido em maior detalhe abaixo, a nervura de travamento 200 forma um segundo mecanismo de travamento. Durante operação do dispositivo 100, as nervuras 192, 196, e 200 interagem com uma aleta de cartucho 204, que se projeta radialmente para fora a partir da extremidade distal do cartucho de medicamento 128. De acordo com uma modalidade, as nervuras 192, 196 e 200 são anulares.

[021] De acordo com outra modalidade, a nervura de conexão 192, por exemplo, inclui uma pluralidade de nervuras de conexão 192 espaçadas circunferencialmente entre si em torno da porção central 180. Em outras palavras, em vez de um anel sólido, a pluralidade de nervuras de conexão 192 é disposta para formar um conjunto segmentado com espaços entre os segmentos. Tal modalidade pode reduzir a quantidade de força necessária para avançar de forma distal a aleta do cartucho 204 além das nervuras de conexão 192. Por exemplo, se o cartucho de medicamento 128 for feito de vidro, e desse modo, é relativamen-te inflexível, a força reduzida exigida para avançar a aleta de cartucho 204 além da plurali-dade de nervuras de conexão distintas 192 pode ser vantajosa. Independente da escolha de materiais para o cartucho de medicamento 128, no entanto, uma pessoa versada na técnica reconhecerá que várias combinações de anéis anulares e segmentos de anel podem ser respectivamente utilizadas para as nervuras 192, 196, e 200 sem se afastar do escopo da invenção.

[022] Para fixar o cartucho de medicamento 128 ao corpo deslizante 116, um usuário insere o cartucho de medicamento 128 na porção central 180 do corpo deslizante 116 até que a aleta de cartucho 204 passe pela nervura de conexão 192 e venha a se apoiar contra a nervura de retenção 196, como mostrado na figura 7. Nesse estado pré-ativado, a aleta de cartucho 204 é disposta entre a nervura de conexão 192 e a nervura de retenção 196 e os pés 172 são dispostos adjacentes às aletas inclinadas 136, como mostrado nas figuras 7. Nesse estado, o corpo deslizante 116 está em uma primeira posição ou posição pré-ativada, na qual a agulha 120 é disposta totalmente no dispositivo 100. De acordo com uma modali-dade, a força exigida para deslocar de forma distal a aleta de cartucho 204 além da aleta de retenção 196 é maior do que a força exigida para deslocar de forma distal a aleta de cartucho 204 além da aleta de conexão 192. Tal modalidade provê facilidade de conexão do cartucho de medicamento 128 com o corpo deslizante 116, porém evita ativação inadvertida do dispositivo 100 durante conexão. De acordo com uma modalidade, a nervura de retenção 196 se projeta radialmente para dentro mais distante do que a nervura de conexão 192 para fornecer o diferencial de força. De acordo com outra modalidade, a nervura de retenção 196 é menos flexível do que a nervura de conexão 192 para fornecer o diferencial de força.

[023] A operação do dispositivo 100 será descrita agora com relação às figuras 7-11. Após montar o dispositivo 100 (ou remover o dispositivo pré-montado 100 a partir de sua embalagem) e utilizar um chumaço de algodão para desinfetar um local de injeção na pele do paciente 208, o usuário pressiona o dispositivo pré-ativado 100 (figura 7) contra a pele do paciente 208 e pressiona para baixo (isto é, de forma distal) o cartucho de medicamento 128. A força exigida para deslocar de forma distal a aleta de cartucho 204 em relação à nervura de retenção 196 é maior do que a força exigida para deslocar de forma distal os pés 172 em relação às aletas inclinadas 136. Adicionalmente, a força exigida para deslocar de forma distal a aleta de cartucho 204 em relação à nervura de retenção 196 é maior do que a força exigida para comprimir o elemento de apoio 124 e perfurar a pele do paciente 208 com a extremidade distal da agulha 120. Por conseguinte, como mostrado na figura 8, quando o usuário pressiona para baixo o cartucho de medicamento 128, a força é transferida para o corpo deslizante 116 e as pernas 168 e/ou os pés 172 deformam elasticamente radialmente para dentro, desse modo permitindo que os pés 172 passem de forma distal as aletas incli-nadas 136. As pernas 168 e/ou os pés 172 então recuam radialmente para fora e deslizam de forma distal ao longo das nervuras axiais 148. Além disso, o corpo deslizante 116 comprime o elemento de apoio 124 e aciona a agulha 120 até uma profundidade predeterminada na pele do paciente 208. Nessa segunda posição ou posição ativada do corpo deslizante 116, uma porção da agulha 120 estende para fora do dispositivo 100.

[024] À medida que o usuário continua a pressionar o cartucho de medicamento 128, a aleta do cartucho 204 passa de forma distal pela nervura de retenção 196 e o cartucho de medicamento 128 e o batente deslocam de forma distal no canal de cartucho, assentando o batente 132 no ressalto receptor de batente 184. Essa ação também perfura o batente 132 com a extremidade próxima da agulha 120, desse modo estabelecendo comunicação de fluido entre o medicamento e a agulha 120, como mostrado na figura 9. Desse modo, o batente 132 é seletivamente perfurável pela agulha 120 para estabelecer comunicação com o medicamento. À medida que o usuário continua a calcar para baixo o cartucho de medicamento 128, como mostrado na figura 10, o cartucho de medicamento 128 desloca de forma distal no canal de cartucho em relação ao batente 132 e o corpo deslizante 116, desse modo expelindo o medicamento a partir da câmara de medicamento, através da agulha 120, e para dentro do paciente.

[025] A nervura de travamento 200 é disposta na extremidade distal do canal de car-tucho de modo que quando o cartucho de medicamento 128 atinja a extremidade de seu curso distal (figura 10), a aleta de cartucho 204 passa de forma distal da nervura de trava- mento 200, desse modo travando o cartucho de medicamento 128 em relação ao corpo des-lizante 116. Isto é, o segundo mecanismo de travamento (nervura de travamento 200) engata a aleta de cartucho 204 e evita movimento do cartucho de medicamento 128 com relação ao corpo deslizante 116. Dito de outro modo, o segundo mecanismo de travamento trava o cartucho de medicamento 128 em relação ao corpo deslizante 116 após término do deslo-camento do cartucho medicamento 128 em relação ao corpo deslizante 116. Como utilizado aqui, o travamento de um elemento em relação ao outro elemento evita deslocamento relativo subsequente dos dois elementos. Como mostrado adicionalmente na figura 10, de acordo com uma modalidade, quando o cartucho de medicamento 128 atinge a extremidade de seu curso distal, a superfície próxima do cartucho de medicamento é substancialmente plana com a superfície próxima do corpo deslizante 116. Tal configuração evita que um usuário acesse uma aquisição no cartucho de medicamento 128, e desse modo evita tentativa de deslocar de forma próxima o cartucho de medicamento 128 em relação ao corpo deslizante 116.

[026] Como mostrado na figura 11, subsequente à administração do medicamento ao paciente, o usuário libera o cartucho de medicamento 128 e o corpo deslizante 116 (e o cartucho de medicamento 128 travado no mesmo) move de forma próxima com relação à base 104 devido à força do elemento de apoio 124, desse modo retirando a agulha 120 a partir do paciente e dispondo a agulha 120 totalmente no interior do dispositivo 100. Mais especificamente, à medida que o corpo deslizante 116 move de forma próxima os pés 172 deslizam de forma próxima ao longo das nervuras axiais 148. Após passar pelas extremida-des próximas das nervuras axiais 148, as pernas 168 e/ou os pés 172 recuam radialmente para fora para dentro dos espaços de travamento 152 e as superfícies próximas 176 dos pés 172 engatam as superfícies inclinadas distais 144 das aletas inclinadas 136, desse modo travando o corpo deslizante 116 em relação à base 104. Em outras palavras, a superfície inclinada distal 144 evita movimento próximo dos pés 172 e as extremidades próximas das nervuras axiais 148 evitam movimento distal dos pés 172. Dito de outro modo, o primeiro mecanismo de travamento e a característica de travamento interagem para travar o elemento de deslizamento 116 em relação à base 104 subsequente à retração da agulha 120 para dentro do dispositivo 100. Nessa terceira posição ou posição travada do elemento deslizante 116, a agulha 120 é novamente retraída totalmente no dispositivo 100. A terceira posição do corpo deslizante 116 é deslocada de forma distal em relação à primeira posição.

[027] Embora somente algumas modalidades exemplares da presente invenção te- nham sido descritas em detalhe acima, aqueles versados na técnica reconhecerão prontamente que muitas modificações são possíveis nas modalidades exemplares sem se afastar materialmente dos ensinamentos novos e vantagens da presente invenção. Por conseguinte, todas essas modificações pretendem estar incluídas no escopo das reivindicações apenas e equivalentes das mesmas.

Claims

1. Dispositivo de injeção (100), que compreende: uma base (104) tendo uma extremidade proximal e uma superfície (164) disposta em uma extremidade distal da mesma ; um corpo deslizante (116) conectado deslizavelmente à base (104); uma agulha de extremidade dupla (120) fixa ao corpo deslizante (116); um elemento de apoio (124); um cartucho de medicamento (128) configurado para reter um medicamento, conec-tado deslizavelmente ao corpo deslizante (116); e um batente (132) deslizavelmente disposto no cartucho de medicamento (128); CARACTERIZADO pelo fato de que: a base (104) compreende um primeiro mecanismo de travamento (136, 148, 152); o corpo deslizante (116) compreende uma característica de travamento (168, 172) e um segundo mecanismo de travamento (200); o elemento de apoio para apoiar de forma proximal o corpo deslizante (116) com re-lação à base (104), e para retrair a agulha (120) para dentro do dispositivo subsequente à ativação do dispositivo; o segundo mecanismo de travamento (200) trava o cartucho de medicamento (128) em relação ao corpo deslizante (116) após término do deslocamento do cartucho de medi-camento (128) em relação ao corpo deslizante (116); em que o primeiro mecanismo de travamento (136, 148, 152) e a característica de travamento (168, 172) interagem para travar o elemento de deslizamento em relação à base (104) subsequente à retração da agulha (120) para dentro do dispositivo.

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o corpo deslizante (116) é móvel a partir de uma primeira posição na qual a agulha (120) é disposta totalmente no dispositivo, para uma segunda posição na qual uma porção da agu-lha (120) estende para fora do dispositivo, e para uma terceira posição na qual a agulha (120) é retraída totalmente no interior do dispositivo, em que a terceira posição é deslocada de forma distal em relação à primeira posição.

3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o cartucho de medicamento (128) é conectável ao corpo deslizante (116).

4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o batente é perfurável pela agulha (120) para estabelecer comunicação com o medicamento.

5. Dispositivo de injeção, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o primeiro mecanismo de travamento (136, 148, 152) compreende: uma pluralidade de aletas inclinadas (136) dispostas circunferencialmente em torno do interior da base (104), as aletas inclinadas (136) se projetando radialmente para dentro e sendo inclinadas de forma distal, cada aleta inclinada tendo uma superfície inclinada proximal (140) e uma superfície inclinada distal (144); e uma pluralidade de nervuras axiais (148) dispostas circunferencialmente em torno do interior da base (104), as nervuras sendo separadas de forma distal das aletas inclinadas (136) para definir um espaço de travamento (152) entre as mesmas.

6. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADO pelo fato de que a pluralidade de nervuras axiais (148) compreende um par de nervuras axiais (148) correspondendo a cada aleta inclinada, cada par de nervuras axiais (148) sendo circunferencial- mente disposta em lados opostos da aleta inclinada correspondente.

7. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADO pelo fato de que a característica de travamento (168, 172) do corpo deslizante (116) compreende uma pluralidade de pernas em balanço (168), pendentes de forma distal, circunferencialmente dispostas, cada perna (168) tendo um par de pés (172) circunferencialmente se projetando a partir de uma extremidade distal da mesma.

8. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que em que as superfícies proximal respectivas dos pés (172) são anguladas e correspondem ao ângulo das superfícies anguladas distais respectivas das aletas inclinadas (136).

9. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que à medida que o corpo deslizante (116) se move a partir de uma primeira posição, na qual a agulha (120) é disposta totalmente no interior do dispositivo, até uma segunda posição na qual uma porção da agulha se estende para fora do dispositivo, os pés (172) engatam a su-perfície angulada proximal (140) da aleta inclinada, defletindo radialmente para dentro as pernas (168) e apoiando as pernas radialmente para fora, e uma vez que os pés (172) se movem distalmente além da aleta inclinada, os pés (172) se movem radialmente para fora para engatar e deslizar ao longo das nervuras axiais (148).

10. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADO pelo fato de que à medida que o corpo deslizante (116) se move a partir da segunda posição para uma terceira posição, na qual a agulha (120) é retraída totalmente no interior do dispositivo, os pés (172) deslizam ao longo das nervuras axiais (148) até atingir extremidades proximais dos mesmos e então se movem radialmente para fora para dentro do espaço de travamento (152).

11. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o cartucho de medicamento (128) compreende uma aleta de cartucho (204) que se pro-jeta radialmente para fora a partir de uma extremidade distal do mesmo; e o segundo mecanismo de travamento (200) do corpo deslizante (116) compreende uma nervura de travamento (200) que se projeta radialmente para dentro, a nervura de tra- vamento (200) sendo disposta adjacente a uma extremidade distal de um canal de cartucho do corpo deslizante (116) no qual o cartucho de medicamento (128) se desloca; e em que após conclusão do deslocamento do cartucho de medicamento (128) em re-lação ao corpo deslizante (116), a aleta de cartucho (204) passa de forma distal da nervura de travamento (200) e a nervura de travamento (200) trava o cartucho de medicamento (128) em relação ao corpo deslizante (116).

12. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADO pelo fato de que o canal de cartucho compreende: uma nervura de conexão (192) que se projeta radialmente para dentro; e uma nervura de retenção (196) que se projeta radialmente para dentro e sendo dis- talmente disposta em relação à nervura de conexão (192); em que a aleta de cartucho (204) passa de forma distal pela nervura de conexão (192) para conectar o cartucho de medicamento (128) ao corpo deslizante (116); em que após a aleta de cartucho (204) passar de forma distal pela nervura de retenção (196), a agulha (120) perfura o batente; e em que uma força exigida para deslocar de forma distal a aleta de cartucho (204) além da nervura de retenção (196) é maior do que uma força exigida para deslocar de forma distal a aleta de cartucho (204) além da nervura de conexão (192).

13. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a base (104) compreende uma pluralidade de aletas inclinadas (136) e uma pluralidade de nervuras axiais (148), cada pluralidade sendo disposta circunferencialmente em torno do interior da base (104); o corpo deslizante (116) compreende uma nervura de retenção (196) que se projeta radialmente para dentro e uma pluralidade de pernas em balanço, pendentes de forma distal, dispostas circunferencialmente, cada perna tendo um par de pés (172) circunferencial- mente se projetando a partir de uma extremidade distal da mesma; e o cartucho de medicamento (128) tendo uma aleta de cartucho (204) que se projeta radialmente para fora a partir de uma extremidade distal do mesmo, a aleta de cartucho (204) sendo disposta adjacente à nervura de retenção (196) antes da ativação do dispositivo; em que o engate entre a aleta de cartucho (204) e a aleta de retenção é maior do que o engate entre os pés (172) e as aletas inclinadas (136).

14. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 13, CARACTERIZADO pelo fato de que: cada aleta inclinada tem uma superfície inclinada proximal (140) e uma superfície in-clinada distal (144); e a pluralidade de nervuras axiais (148) é distalmente separada das aletas inclinadas (136) para definir um espaço de travamento (152) entre as mesmas.

15. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADO pelo fato de que as superfícies proximais respectivas dos pés (172) são anguladas e correspondem ao ângulo das superfícies inclinadas distais respectivas das aletas inclinadas (136).

16. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 15, CARACTERIZADO pelo fato de que a pluralidade de nervuras axiais (148) compreende um par de nervuras axiais (148) cor-respondendo a cada aleta inclinada, cada par de nervuras axiais (148) sendo circunferenci- almente disposta em lados opostos da aleta inclinada correspondente.

17. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 16, CARACTERIZADO pelo fato de que à medida que o corpo deslizante (116) se move a partir de uma posição pré-ativada na qual a agulha (120) é disposta totalmente dentro do dispositivo para uma posição ativada na qual uma porção da agulha se estende para fora do dispositivo, os pés (172) engatam as superfícies inclinadas proximais das aletas inclinadas (136), defletindo radialmente para dentro as pernas e apoiando as pernas radialmente para fora, e uma vez que os pés (172) se movem distalmente além da aleta inclinada, os pés (172) se movem radialmente para fora e engatam e deslizam ao longo das nervuras axiais (148).

18. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 17, CARACTERIZADO pelo fato de que à medida que o corpo deslizante (116) se move da posição ativada para uma posição travada, na qual a agulha (120) é retraída totalmente no interior do dispositivo, os pés (172) deslizam ao longo das nervuras axiais (148) até atingir as extremidades proximais dos mesmos e então se movem radialmente para fora para dentro do espaço de travamento (152).

19. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 18, CARACTERIZADO pelo fato de que: o corpo deslizante (116) compreende uma nervura de travamento (200) que se projeta radialmente para dentro, a nervura de travamento (200) sendo disposta adjacente a uma extremidade distal de um canal de cartucho do corpo deslizante (116) no qual o cartucho de medicamento (128) se desloca; em que após término do deslocamento do cartucho de medicamento (128) em relação ao corpo deslizante (116), a aleta de cartucho (204) passa distalmente pela nervura de travamento (200) e a nervura de travamento (200) trava o cartucho de medicamento (128) em relação ao corpo deslizante (116).