BR112012016532B1

BR112012016532B1 - dispositivo de dosagem e processo para a dosagem de líquidos

Info

Publication number: BR112012016532B1
Application number: BR112012016532A
Authority: BR
Inventors: Auer Dirk
Original assignee: Elopak Systems
Priority date: 2010-01-27
Filing date: 2011-01-26
Publication date: 2019-09-10
Also published as: BR112012016532A2; WO2011092188A1; RU2541293C2; US20120291898A1; EP2528851B1; RU2012136549A; CN102791612A; DE102010006005A1; EP2528851A1; US10472218B2; CN102791612B

Abstract

dispositivo de dosagem e processo para a dosagem de líquidos. a invenção refere-se a um dispositivo de dosagem com uma entrada para um líquido que deve ser vertido para um recipiente em forma de dose, em particular uma bebida. o dispositivo compreende um suporte de válvula, um elemento de bloqueio que atua em conjunto com o suporte de válvula e um ponto de descarga para o líquido. para reduzir a formação de espuma durante o processo de envase líquido para o recipiente, de acordo com a invenção, o elemento de bloqueio pode ser colocado em uma primeira e em uma segunda posição de abertura, em que a área de seção transversal de fluxo entre o suporte da válvula e o elemento de bloqueio é maior na segunda posição de abertura do que a primeira posição de abertura. além disso, a invenção refere-se a um processo de dosagem que compreende a alimentação de um líquido para uma válvula, que é colocada em uma primeira e depois em uma segunda posição de abertura.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para: “DISPOSITIVO DE DOSAGEM E PROCESSO PARA A DOSAGEM DE LÍQUIDOS”.

A invenção refere-se a um dispositivo de controle de fluxo de líquido, em particular a um dispositivo de dosagem, com uma entrada para um líquido que será vertido, especialmente em forma de dose, incluindo um suporte de válvula, um elemento de bloqueio que atua em conjunto com o suporte de válvula e um ponto de descarga para o líquido. Além disso, a invenção refere-se a um processo, em particular para um método de dosagem para a saída do líquido.

Estes tipos de dispositivos de dosagem e métodos de dosagem podem ser empregados, por exemplo, para o envase rápido de recipientes, especialmente de embalagens de materiais compósitos (embalagens cartonadas e revestimentos de PE), com um líquido (leite e sumos). Durante o envase com um desses líquidos, deve prestar-se atenção para que seja evitada a formação de espuma. Isto é especialmente importante, porque as extremidades superiores das embalagens de material compósito são dobradas e fechadas por soldagem após o processo de envase. Se durante o envase se formar espuma, as superfícies interiores das extremidades superiores da embalagem que criam a junção da solda ficam úmidas. Devido a este umedecimento, podem ocorrer falhas de aderência e de estanqueidade nos bordos da embalagem, porque a zona umedecida impede a união adequada do revestimento PE.

Se se pretender encher um líquido que contenha vitamina C, não deve existir ar na parte superior da embalagem envasada. O ar reagiría com a vitamina C e isso impediría o armazenamento prolongado e em boas condições do líquido na embalagem fechada. Se se formar espuma, não será possível manter a parte superior da embalagem livre de ar.

Devido aos motivos mencionados anteriormente, existe a tareia de evitar, dentro do possível, a formação de espuma durante o envase de líquidos em recipientes.

Se o líquido for envasado em queda livre diretamente em um recipiente, a formação acentuada de espuma é inevitável devido ao impacto do líquido no fundo do recipiente. Já durante o fluxo de envase, formam-se turbulências, nomeadamente estreitamentos, que não permitem um fluxo de envase calmo do líquido.

Para reduzir a formação de espuma, foram desenvolvidos pontos de descarga em forma de tubos, criando um fluxo o mais possível laminar no jato de envase. Os pontos de descarga incluem vários tubos finos através dos quais o líquido é conduzido até à embalagem. Por cima da saída está disposto um corpo da válvula, que permite interromper ou liberar o influxo do líquido ou o jato de envase a partir de um reservatório. Contudo, demonstrou-se que através do atrito do líquido nas paredes interiores dos tubos, os jatos individuais eram ainda demasiado turbulentos.

Um outro desenvolvimento consiste em um corpo cilíndrico com pequenos orifícios

2/10 paralelos ao eixo que está disposto no ponto de descarga do dispositivo em conformidade com o seu gênero. No compartimento estreito não se forma praticamente nenhuma turbulência, de modo que o líquido pode fluir maioritariamente de forma calma. Um dispositivo de dosagem com um corpo cilíndrico deste tipo é descrito, por exemplo, na patente EP 0754 144 B1. Não obstante, durante a dosagem de líquidos para embalagens, a formação de espuma não é suficientemente suprimida através das medidas conhecidas.

Para prevenir a formação de espuma em um líquido que é vertido, a patente EP 1588948 A2 divulga a utilização de um bico de envase de líquido com uma entrada para um líquido, que engloba um suporte de válvula e um elemento de bloqueio cônico que atua juntamente com o suporte de válvula, bem como um ponto de descarga para o líquido. O elemento de bloqueio pode ser colocado em uma primeira e em uma segunda posição de abertura, em que a área de seção transversal de fluxo entre o suporte da válvula e o elemento de bloqueio e o ângulo de saída do líquido em relação ao recipiente que vai ser envasado são diferentes nas duas posições de abertura.

A patente GB 2308174 A divulga uma válvula de saída de líquido para um volume de envase exato de líquidos para os recipientes. Em um corpo cilíndrico com uma entrada para o líquido estão dispostos, de forma concêntrica do exterior para o interior, um pistão de imersão, um pistão de gotejamento, bem como um pistão de gota, que fecham a abertura de descarga da válvula de saída de líquido. O pistão de gota interior está unido a um cilindro de ar comprimido por meio de uma haste do pistão como sistema de acionamento. Entre o pistão de gota e o pistão de gotejamento que está disposto concentricamente, encontra-se uma mola. Entre o pistão de gotejamento e o pistão de imersão que o circunda, encontra-se uma segunda mola. Por fim, o pistão de imersão apoia-se através de uma terceira mola do lado oposto da caixa da válvula de descarga do líquido. Os pistões têm seções de parede inclinadas e adequadas na área da abertura de descarga. Com a ajuda da haste do pistão, é possível abrir e fechar os pistões, acoplados com molas entre si, dependendo da posição de curso da haste do pistão. Para envasar um líquido, primeiro abre-se totalmente o pistão de imersão exterior juntamente com o pistão de gotejamento correspondente, bem como o pistão de gota, de modo que grande parte do líquido é vertida por uma fenda anular entre o pistão de imersão exterior e a abertura de descarga que serve de suporte de válvula (aproximadamente 95 %). Para envasar o restante líquido, a haste do pistão é erguida após o fecho da válvula de descarga do líquido, de modo que apenas o pistão de gota central ou o pistão de gota, bem como o pistão de gotejamento que o circunda são erguidos, para que a restante quantidade de líquido seja gotejada para o recipiente.

A patente DE 22 09 772 A divulga um dispositivo de controle de fluxo de líquido com uma abertura para um líquido, como, por exemplo, tinta. O dispositivo de controle de fluxo de líquido inclui uma peça de bloqueio móvel com um tucho de válvula que se encontra

3/10 em uma cabeça de envase, que pode ser aplicado com uma superfície circunferencial no suporte de descarga da cabeça de envase. No interior da peça de bloqueio existe um pistão de válvula, que pode ser colocado no suporte de válvula de uma abertura de descarga central no fundo da peça de bloqueio. O pistão de válvula move-se para a frente e para trás, dentro da peça de bloqueio com a ajuda de uma placa de pistão em que se aplica uma mola em cima e um meio de pressão temporário. Primeiro, a peça de bloqueio libera ao máximo o ponto de descarga do suporte de saída. Logo que a maior parte do volume de envase tiver sido vertido para o recipiente a encher, o tucho de válvula desce até a peça de bloqueio se encontrar com toda a sua superfície circunferencial a uma distância reduzida em relação ao suporte de válvula da descarga, de modo que o líquido a ser envasado apenas possa escoar através de uma fenda anular entre a peça de bloqueio e o suporte de válvula. Depois, a peça de bloqueio é prensada firmemente no suporte de válvula. Ao mesmo tempo, o pistão de válvula continua a ser mantido na sua posição de abertura através de ar comprimido contra o efeito da mola. O líquido a ser envasado pode agora ser vertido para o recipiente a envasar apenas em quantidades reduzidas através da abertura de descarga central. Logo que tiver sido atingido o peso correto no recipiente, o pistão de válvula é movido repentinamente para baixo em direção ao suporte de válvula com a ajuda da mola de pressão, sendo totalmente interrompida a entrada de líquido.

No contexto deste estado da técnica, a invenção tem a tarefa de disponibilizar um dispositivo de controle e de fluxo de líquido, em particular um dispositivo de dosagem, e um processo de controle e de fluxo de líquido, que durante a saída do líquido, especialmente durante a dosagem para embalagens, reduza de forma eficaz a formação de espuma. Após conclusão do envase, o dispositivo de controle e de fluxo de líquido deve evitar com métodos simples um gotejamento posterior do líquido.

A solução reside, entre outros, no reconhecimento de que um jato de envase turbulento e a consequente formação de espuma são gerados pela própria dosagem. Para garantir uma quantidade de envase permanentemente uniforme, no estado da técnica a abertura e o fecho da válvula ocorrem de forma abrupta. A quebra ou ruptura abrupta do jato de envase resulta em um jato de envase turbulento.

Em detalhe, a tarefa é solucionada pelas características da reivindicação 1 com um dispositivo de controle e de fluxo de líquido, em particular com um dispositivo de dosagem do tipo mencionado no início.

Do ponto de vista do processo, a tarefa é solucionada por um processo de controle e de fluxo de líquido, especialmente de um processo de dosagem com as características da reivindicação 5.

Ao colocar o elemento de bloqueio inicialmente em uma primeira posição de abertura e depois em uma segunda posição de abertura, ambas com uma área de seção

4/10 transversal de fluxo de tamanho diferente, inicialmente irá fluir uma pequena quantidade de líquido para o recipiente que irá cobrir o seu fundo. Só quando o fundo do recipiente estiver coberto com uma primeira quantidade de líquido, a segunda posição de abertura do elemento de bloqueio permite a saída de um jato de líquido abundante para o recipiente. Devido à entrada gradual do líquido, reduz-se a formação de salpicos durante o envase do líquido e a formação de espuma.

O elemento de bloqueio com uma primeira e uma segunda posição de abertura apresenta uma primeira e uma segunda peça móvel, independentes entre si, em que na direção de fluxo do líquido através do dispositivo de dosagem, a primeira peça está circundada pela segunda peça e as peças estão dispostas de modo que a abertura da primeira peça coloca o elemento de bloqueio na primeira posição de abertura e a abertura da segunda peça coloca o elemento de bloqueio na segunda posição de abertura.

De acordo com a invenção, para tornar o jato menos turbulento no ponto de descarga do dispositivo de dosagem, é disposta uma saída cilíndrica com várias passagens adjacentes dispostas em direção ao eixo conhecido, por exemplo, da patente EP 0278560 A1. A parte frontal da saída, de preferência plana, virada para o elemento de bloqueio, forma simultaneamente pelo menos uma peça constituinte do suporte de válvula, em que a primeira e a segunda peça do elemento de bloqueio estão dispostas de forma selante em vários orifícios das passagens da saída.

A abertura ou o fecho em duas etapas do elemento de bloqueio, em que inicialmente a primeira peça no centro da saída libera várias passagens e depois a segunda peça libera várias aberturas concêntricas em relação às aberturas dispostas centralmente na saída, resulta em uma dosagem com pouca espuma e sem salpicos do líquido. Em vários orifícios da saída é possível colocar quer uma primeira, quer uma segunda peça de forma selante em relação ao dispositivo.

A formação de espuma é evitada, ao manter-se reduzida a velocidade de fluxo do líquido na saída, em conjunto com um início e fim de fluxo sem salpicos. A invenção aproveita o comportamento de fluxo do líquido nas passagens da saída para evitar a formação de espuma:

Nos tubos em que passa o fluxo, faz-se essencialmente a distinção entre fluxos laminados e fluxos turbulentos. No fluxo laminado, a distribuição de velocidade decorre de acordo com uma parábola, em que a velocidade máxima se situa no eixo do tubo. No fluxo turbulento, a distribuição da velocidade é mais uniforme. O fluxo laminar ou turbulento pode ser determinado através do coeficiente de Reynolds. Re < 2000 corresponde a um fluxo laminar, Re > 3000 corresponde a um fluxo turbulento. A fórmula para determinar o coeficiente de Reynolds é a seguinte:

Re = v_m x d / v

5/10 v_m: Velocidade média d : Diâmetro interior do tubo v: Viscosidade dinâmica

A velocidade média resulta da divisão do fluxo de volume do líquido através da área de seção transversal do tubo. Um fluxo de volume do líquido pode ser guiado com uma velocidade média uniforme, quer por um tubo único de grandes dimensões, ou por vários tubos de dimensões menores, mas com o mesmo valor da área de seção transversal. Se o líquido passar por vários tubos, para cada um dos tubos individuais resulta um coeficiente de Reynolds inferior do que com a utilização de um único tubo de grandes dimensões. Desta forma, através da quantidade e da seção transversal do fluxo, especialmente do diâmetro das passagens na saída, é possível influenciar o perfil de fluxo durante o processo de envase.

Em particular, na fase inicial do processo de envase, é pretendido um perfil de fluxo laminar na saída das passagens da saída. O jato inicia-se suavemente em forma de parábola característica do fluxo laminar, que permite uma chegada suave do líquido ao fundo do recipiente. Para não destruir a vantagem do fluxo laminar, na fase inicial não são abertas todas as passagens da saída em simultâneo; apenas são abertas as passagens centrais em cujos orifícios pode ser colocada a primeira peça do elemento de bloqueio.

Em seguida, as passagens que circundam as passagens centrais, em cujos orifícios é colocada a segunda peça do elemento de bloqueio, são liberadas.

Para fechar as passagens, a sequência ocorre por ordem inversa.

As seções transversais das passagens na saída são dimensionadas de modo que se possa evitar que as passagens individuais fiquem vazias depois de colocar as peças selantes do elemento de bloqueio nos orifícios, condicionado pelo efeito de capilaridade do líquido. Na fase inicial do processo de envase, é alcançado novamente um fluxo mais suave. Através do levantamento da primeira peça do suporte de válvula e da abertura das passagens suspende-se o efeito de capilaridade. O restante líquido que se encontra nas passagens começa a esvaziar apenas por força da gravidade. Ao mesmo tempo, o líquido aumenta gradualmente o seu fluxo por cima do elemento de bloqueio nas passagens agora liberadas. Se as passagens foram novamente fechadas nos seus orifícios pelas peças do elemento de bloqueio, o abastecimento de líquido é interrompido nas passagens. Logo que o equilíbrio de forças entre as forças de capilaridade e a pressão atmosférica exterior estiver compensado, o jato de envase é parado. Um gotejamento posterior ou um esvaziamento descontrolado do líquido depois de encerrar o elemento de bloqueio é evitado eficazmente através do efeito de capilaridade dentro das passagens na saída e do elemento de bloqueio que assenta de forma selante.

Para ser possível ajustar o diâmetro das passagens para diferentes tipos de

6/10 envase, especialmente com líquidos de viscosidades diferentes, bem como, velocidades de envase diferentes, a saída é preferentemente fixada de forma móvel no ponto de descarga do dispositivo de dosagem.

Para distribuir inicialmente uma quantidade reduzida de líquido no fundo do recipiente, se possível uniformemente, uma realização vantajosa do dispositivo de dosagem prevê, que uma primeira superfície da primeira peça e uma segunda superfície da segunda peça do elemento de bloqueio se situem em lados opostos e as superfícies sejam dispostas de modo que durante a abertura da primeira peça se forme uma fenda anular entre a primeira e a segunda peça. A seção transversal de fluxo, que é liberada pela fenda anular relativamente estreita, é significativamente mais pequena do que a seção transversal de fluxo entre o suporte de válvula e o elemento de bloqueio na segunda posição de abertura. Conseqüentemente, apenas uma quantidade pequena de líquido com uma energia relativamente reduzida é lançada para o fundo do recipiente de forma uniforme, em que se reduz também a formação de salpicos e de espuma.

Desta forma se consegue obter um aumento gradual do jato de líquido entre a primeira e a segunda posição de abertura, que diminui a distância entre a primeira superfície da primeira peça e a segunda superfície da segunda peça, em direção ao fluxo do líquido pelo dispositivo, de modo que durante a abertura da primeira peça, a seção transversal do fluxo liberado aumente continuamente através da fenda anular. Assim, o fluxo de envase que aumenta gradualmente evita mais eficazmente a formação de salpicos e de espuma.

O elemento de bloqueio composto por duas peças, pode atuar com apenas um sistema de acionamento, quando a primeira peça está ligada a um meio de transmissão de força para a abertura do elemento de bloqueio e a segunda peça está acoplada à primeira peça de modo que a segunda peça do elemento de bloqueio fica em repouso no suporte de válvula até que seja alcançada a primeira posição de abertura.

Em conjunto com uma seção transversal de fluxo que aumenta continuamente através da abertura da primeira peça, é possível regular um perfil de pressão do jato de envase através do controle da velocidade do meio de transmissão de força, que é ajustado idealmente para o líquido que deve ser envasado.

A seguir, a invenção é descrita detalhadamente com um exemplo de aplicação de um dispositivo de dosagem de acordo com a invenção. As figuras apresentam:

Figura 1 o corte da vista lateral de um dispositivo de dosagem de acordo com a invenção, bem como

Figuras 2-5 o dispositivo de dosagem de acordo com a figura 1 com posições diferentes do elemento de bloqueio de duas peças.

Um dispositivo de dosagem 1 que compreende, entre outros, uma caixa de válvula 2, que está disposto sobre um painel de cobertura 3 de um reservatório. No reservatório que

7/10 não está ilustrado, são envasados recipientes, em particular embalagens de material compósito, com um líquido, por exemplo, sumo. O ponto de descarga 4 do dispositivo de dosagem 1 está alinhado com uma passagem 5 com uma seção transversal do ponto de descarga correspondente no painel de cobertura 3. Por baixo do painel de cobertura 3 está disposta concentricamente em relação ao ponto de descarga 4 do dispositivo de dosagem 1, uma saída cilíndrica 6 conhecida. A saída 6 pode também ser fixada diretamente no dispositivo de dosagem 1.

A saída 6 está funcionalmente dividida em uma saída central 7 e em uma saída lateral 8 que a circunda. Quer a saída central 7 quer também a saída lateral 8 são formadas por várias passagens 9 cilíndricas, preferentemente circular-cilíndricas, dispostas umas ao lado das outras em direção ao eixo da saída 6.

Na caixa da válvula 2 existe um elemento de bloqueio móvel composto por duas peças, que apresenta como primeira peça um pistão 10 central e como segunda peça apresenta um corpo da válvula 11 circular que circunda o pistão 10.

O pistão 10 e o corpo da válvula 11 apresentam respectivamente uma placa selante 12 central frontal ou uma placa selante circular 13, que no estado fechado do elemento de bloqueio assentam de forma selante em conjunto com o lado superior 14 da saída 6. O lado superior 14 forma assim simultaneamente o suporte de válvula para o elemento de bloqueio. Naturalmente que o suporte de válvula pode também ser parte integrante da caixa de válvula 2, por exemplo, como uma alma direcionada para o interior que circunda o ponto de descarga 4, em que assenta o bordo exterior da placa selante circular 13.

O pistão central 10 está ligado com uma haste de controle 15 para a abertura e o fecho do elemento de bloqueio. A haste de controle 15 está ligada a um sistema de acionamento linear que não se encontra ilustrado. O corpo da válvula 11 circular está acoplado ao pistão 10.

O pistão 10 apresenta por cima da placa selante central 12 uma seção executada como um arrastador 16, cuja transição para a seção que se encontra por cima do pistão 10 com um diâmetro mais pequeno, forma um ombro circunferencial 17.

O corpo da válvula 11 apresenta em torno da sua abertura central 18, uma bucha de arrastamento 19 que está disposta em torno do pistão 10 e que se direciona para cima, que apresenta na sua extremidade superior um batente 20 que atua em conjunto com o ombro 17. Desta forma, a bucha de arrastamento 19 acopla o corpo da válvula 11 ao pistão 10. A bucha de arrastamento 19 apresenta ao longo de toda a sua circunferência várias passagens 21.

Do lado oposto da superfície essencialmente cilíndrica, preferentemente, circularcilíndrica do arrastador 16, que se estende essencialmente na vertical, no pistão 10, situa-se uma superfície 23 direcionada para cima, divergente, preferentemente de seção cônica do

8/10 corpo da válvula 11. Do lado oposto da superfície essencialmente vertical do arrastador 16 no pistão 10 encontra-se uma superfície inclinada 23 na vertical do lado oposto do ângulo agudo α do corpo da válvula 11, de modo que ao abrir o pistão 10 se forma uma fenda anular 24 entre o pistão 10 e o corpo da válvula 11. Além disso, na segunda posição de abertura do dispositivo de dosagem 1 ilustrada na figura 1 é liberada uma fenda anular 25 maior entre a placa de selagem 13 do corpo da válvula 11 e o lado superior 14 da saída 16.

Para que o pistão 10 e o corpo da válvula 11 tenham sempre uma posição definida entre si em cada posição do elemento de bloqueio e a placa de selagem circular 13 vede corretamente as passagens 9 na saída 6, foi desenvolvida uma mola de pressão 26, que se apóia por um lado na parte superior do corpo da válvula 11 e por outro lado em uma arruela de pressão 27 disposta na seção superior do pistão 10.

Por fim, o compartimento formado pela caixa de válvula 2 com uma entrada 28 para o líquido que será envasado está ligado com um reservatório que não se encontra ilustrado.

Para ativar o pistão 10 e o corpo da válvula 11 acoplado, o pistão 10 está ligado com uma haste de controle 15, que passa por uma tampa de caixa 29 com uma guia deslizante 30. Para evitar a entrada de sujidade e a saída de líquido através da guia deslizante 30, entre a caixa de válvula 2 e o pistão 10 estende-se uma membrana 31 que assegura uma selagem hermética do compartimento de válvula do lado oposto da guia deslizante 30.

O modo de funcionamento do dispositivo de dosagem 1 está ilustrado nas figuras 2 até 5:

Na figura 2, o dispositivo de dosagem 1 está fechado. O pistão 10 e o corpo da válvula 11 encontram-se na posição inferior de fecho e formam juntamente com as placas de selagem 12, 13 uma unidade selante, que cobre a saída central e a saída lateral 7, 8. O líquido que se encontra no compartimento da válvula não pode fluir para o recipiente que vai ser envasado.

Na figura 3, o pistão 10 esta sendo elevado. Agora, uma primeira, pequena quantidade de líquido, que se encontra nas passagens 21 da bucha de arrastamento 19 do pistão 10, pode ser vertida pela pequena fenda anular 24 e pela saída central 7 para o recipiente.

A velocidade com que o pistão 10 é elevado para a primeira posição de abertura do elemento de bloqueio, ilustrado na figura 4, e posteriormente é outra vez baixado para a posição de fecho, é variável, se for desejado. Desta forma, em ligação com a superfície inclinada 23 do corpo da válvula 11 que se encontra por baixo do ângulo (a) é possível criar uma abertura controlada, redutora de pressão. Desta forma, se alcança no início, uma redução do impacto do líquido no fundo do recipiente durante o processo de envase.

Quando for alcançada a primeira posição de abertura, o fundo do recipiente está

9/10 coberto com uma primeira camada de líquido e o arrastador 16 do pistão 10 vai ao encontro do seu ombro 17 no batente 20 da bucha de arrastamento 19 do corpo da válvula 11,

No movimento ascendente, o ombro 17 do pistão 10 leva o corpo da válvula 11 da sua posição inferior de fecho para cima, ou seja, para a segunda posição de abertura do 5 elemento de bloqueio, ilustrada na figura 5. Desta forma, o lado superior 14 da saída 6 é liberado em toda a sua extensão, de modo que o líquido possa agora ser vertido para o recipiente, aumentando gradualmente a sua força até ao máximo e possa fluir através da fenda anular grande 24, 25 para o recipiente, até a haste de controle 15, mover novamente o pistão 10 para baixo.

No movimento descendente, primeiro o corpo da válvula 11 é pressionado pela mola de pressão 26 para o lado superior 14 da saída 6 (Fig. 4), em que o fluxo de envase é novamente reduzido pela ordem inversa. No movimento descendente subsequente do pistão 10 para a posição de fecho (Fig. 2), a velocidade de fluxo do líquido que passa pela abertura central 18 do pistão 10 que submerge é continuamente reduzida, porque a superfície inclinada 23 que limita a abertura central 18, sob o ângulo (a) reduz continuamente a pequena fenda 24 com a submersão do pistão 10. Conseqüentemente, o processo de envase desenrola-se de forma suave e sem salpicos.

LISTA DE REFERÊNCIAS

N°	Designação	N°	Designação
1	Dispositivo de dosagem	29	Tampa da caixa
2	Caixa da válvula	30	Guia deslizante
3	Painel de cobertura	31
4	Ponto de descarga	32
5	Passagem	33
6	Saída	34
7	Saída central	35
8	Saída lateral	36
9	Passagem	37
10	Pistão	38
11	Corpo da válvula	39
12	Placa de selagem central	40
13	Placa de selagem circular	41
14	Lado superior	42
15	Haste de controle	43
16	Arrastador	44
17	Ombro	45
18	Abertura central	46

10/10

19	Bucha de arrastamento	47
20	Batente	48
21	Passagem	49
22	Primeira área	50
23	Superfície inclinada	51
24	Fenda anular pequena	52
25	Fenda anular grande	53
26	Mola de pressão	54
27	Arruela de pressão	55
28	Entrada	56

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Dispositivo de controle e de fluxo de líquido com uma entrada (28) para o líquido, que compreende um suporte de válvula (14), um elemento de bloqueio (10, 11) que atua em conjunto com o suporte de válvula e um ponto de descarga (4) para o líquido, em que;

- o elemento de bloqueio (10, 11) pode ser colocado em uma primeira e uma segunda posição de abertura,

- na segunda posição de abertura, a área de seção transversal de fluxo entre o suporte de válvula (14) e o elemento de bloqueio (10, 11) é maior do que na primeira posição de abertura,

- o elemento de bloqueio (10, 11) apresenta uma primeira e uma segunda peça (10, 11) que são móveis independentemente uma da outra, em que na direção de fluxo do líquido pelo dispositivo de controle e de fluxo do líquido (1), a primeira peça (10) está circundada pela segunda peça (11) e as peças estão dispostas de modo que a abertura da primeira peça (10) do elemento de bloqueio na primeira posição de abertura e a abertura da segunda peça (11) coloca o elemento de bloqueio na segunda posição de abertura, caracterizado por

- no ponto de descarga (4) está disposto uma saída cilíndrica (6) com várias passagens (9) dispostas umas ao lado das outras em direção ao eixo e

- a parte frontal da saída (6) virada para o elemento de bloqueio (10, 11) forma pelo menos uma peça constituinte do suporte de válvula (14), em que a primeira e a segunda peça (10, 11) do elemento de bloqueio (10,11) estão dispostas de forma selante nos orifícios das passagens (9) na saída (6).

2. Dispositivo de controle e de fluxo de líquido de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma primeira superfície (16) da primeira peça (10) e uma segunda superfície (23) da segunda peça (11) do elemento de bloqueio (10, 11) se situarem em lados opostos e as superfícies serem dispostas de modo que durante a abertura da primeira peça (10) se forme uma fenda anular (24) entre a primeira e a segunda peça (10, 11).

3. Dispositivo de controle e de fluxo de líquido de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por na direção de fluxo do líquido através do dispositivo (1), a distância entre as superfícies (16, 23) reduzir de modo que durante a abertura da primeira peça (10), o fluxo da seção transversal liberado através da fenda anular (24) aumente continuamente.

Petição 870190037950, de 22/04/2019, pág. 7/8

4. Dispositivo de controle e de fluxo de líquido de acordo com uma das reivindicações 1 até 3, caracterizado por a primeira peça (10) estar ligada a um meio de transmissão de força (15) para a abertura do elemento de bloqueio (10, 11) e a segunda peça (11) estar acoplada à primeira peça (10) de modo que a segunda peça (11) do elemento de fecho ficar em repouso no suporte de válvula (14) até que seja alcançada a primeira posição de abertura.

5. Processo de controle de fluxo de líquido que compreende a alimentação de um líquido a um dispositivo de controle de líquido conforme definido em qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, que é inicialemtne colocada em uma primeira e depois em uma segunda posição de abertura, caracterizado por na segunda posição de abertura, a área de seção transversal de fluxo da válvula do dispositivo de controle de fluxo é maior do que na primeira posição de abertura e a abertura do dispositivo de controlo de fluxo de líquido aciona uma distribuição do líquido, em que na direção de fluxo do líquido através do dispositivo de controle de fluxo de líquido, a área de seção transversal de fluxo na primeira posição de abertura é circundada pela área transversal de fluxo adicional na segunda posição de abertura, onde o líquido distribuído pelo dispositivo de controle de fluxo líquido é conduzido através de uma peça de saída uma pluralidade de passagens dispostas umas ao lado das outras na direção axial.

6. Processo de controle e de fluxo de líquido de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por durante a abertura do dispositivo de controle de fluxo líquido na primeira posição de abertura, a área de seção transversal de fluxo liberada é continuamente aumentada.