“EIXO ROSQUEADO, E, MÉTODO PARA FORMAR UM EIXO ROSCADO” Campo Técnico [001] Esta divulgação se refere a parafusos esféricos, em particular um eixo de parafuso esférico roscado compósito. Arranjos particularmente preferidos podem ser usados em aplicações de aeronaves, tal como atuadores de aeronaves.
Fundamentos [002] Parafusos esféricos são atuadores lineares que compreendem um eixo rosqueado extemamente e uma porca rosqueada intemamente. As ranhuras formadas por estas roscas recebem mancais de esferas que podem rolar dentro das ranhuras e transmitir forças entre o eixo e a porca. Os parafusos esféricos são usados para mudar o movimento de rotação em movimento linear. Por exemplo, a rotação da porca, embora evitando rotação do eixo, resultará em movimento de translação do eixo. Os mancais de esferas asseguram baixo atrito.
[003] Os parafusos esféricos são tipicamente formados de metais ou plásticos. Parafusos esféricos são tipicamente usados em aplicações de alta precisão e são fabricados com tolerâncias muito estreitas e, portanto, metal é tipicamente preferido, pelo menos para formar a rosca e ranhuras que formam a pista da esfera. Metal também é preferido para fornecer grandes transferências de carga axial. No entanto, metais são pesados e isto pode ser um problema em aplicações de longa duração. Plásticos fornecem parafusos esféricos com um peso reduzido, mas eles são limitados em transferência de carga axial e, assim, não podem ser usados em aplicações de alta carga. Sumário [004] De acordo com esta divulgação, é proporcionado um eixo roscado para um parafuso esférico compreendendo: um eixo de material polimérico reforçado com fibra; e uma nervura helicoidal formada numa superfície externa do referido eixo, a referida nervura helicoidal sendo formada de um material polimérico reforçado com fibra compreendendo uma pluralidade de fibras helicoidais enroladas em tomo do eixo no mesmo sentido e agrupadas para formar a nervura.
[005] O eixo de material polimérico reforçado com fibra pode ser formado de qualquer maneira adequada. Nos exemplos preferidos, ele é um eixo oco, por exemplo, como resultado da formação em tomo de um mandril. [006] Eixos compósitos são tipicamente formados de alguma forma de fibra ou polímero encerrado dentro de uma matriz, tal como resina. Um exemplo é Polímero Reforçado com Fibra de Carbono (CFRP). Outro é Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (GFRP). Estruturas enroladas em filamentos são tipicamente formadas enrolando filamentos, tal como fibras de carbono em tomo de um mandril de forma helicoidal, de modo a construir um eixo em forma de tubo. O ângulo do enrolamento helicoidal influencia as propriedades do eixo. Por exemplo, enrolamentos que se aproximam de 45 graus têm propriedades torcionais mais altas e aqueles mais altos que 45 graus têm propriedades maiores na direção do arco. Cerca de 45 graus é geralmente ideal para transmissão de torque. Outras técnicas para fabricar PMCs incluem técnicas de trançagem, colocação de fibra (incluindo AFP), técnicas de enrolamento de prepreg e métodos de pultrusão. O método de formar a camada compósita de base do eixo roscado não é particularmente importante. Será apreciado que várias camadas de polímero reforçado com fibra podem ser depositadas antes da formação da nervura helicoidal, com diferentes camadas tendo diferentes propriedades. Por exemplo, o ângulo de fibra pode ser variado entre camadas para dar propriedades diferentes, tal como resistência à flexão ou resistência ao impacto.
[007] A nervura helicoidal formada de fibras helicoidais agrupadas, todas enroladas com o mesmo sentido, proporciona excelente capacidade de carga axial, uma vez que as fibras passam continuamente de ponta a ponta do eixo e podem, assim, transmitir carga de ponta a ponta. Isto adiciona resistência muito maior do que um eixo formado apenas de plástico. A capacidade de transporte de carga da nervura helicoidal enrolada de fibra pode, de fato, se aproximar de fios de metal existentes, embora ainda sendo mais leve em peso. O eixo de fibra também exibirá melhores características em termos de resistência à flexão e empenamento, particularmente em aplicações de comprimento longo.
[008] Será apreciado que, quando a nervura helicoidal forma uma espiral elevada em tomo do eixo, ela forma também uma ranhura passando paralela à nervura, a ranhura estando entre partes elevadas adjacentes da nervura formada por voltas sucessivas da nervura helicoidal em tomo do eixo. [009] Agrupar as fibras juntas assegura que, como um todo, a pluralidade de fibras forme uma nervura helicoidal em vez de espalhar uniformemente para formar uma camada plana em tomo do eixo.
[0010] Será apreciado que a nervura helicoidal é formada apenas de fibras enroladas com um sentido de rotação. É uma prática normal quando enrolando camadas de polímero reforçado com fibra enrolar fibras em sentidos opostos, de modo a formar cruzamentos. Isto é feito tipicamente passando o dispensador de fibra para frente e para trás axialmente ao longo do comprimento do mandril enquanto girando o mandril continuamente em uma direção. A nervura helicoidal é formada sem colocar quaisquer fibras no sentido de rotação oposto, de modo que não haja cruzamentos. Isto é o que permite a construção de uma estrutura de nervura e ranhura.
[0011] Será apreciado que as fibras helicoidais da nervura, de preferência, passam substancialmente paralelas umas às outras em tomo do eixo, isto é, cada fibra helicoidal da nervura é colocada substancialmente com o mesmo ângulo de hélice que todas as outras fibras de nervura. As fibras serão, evidentemente, desviadas axialmente umas das outras e/ou formadas com um diâmetro de hélice diferente (quando os enrolamentos ficam radialmente mais para fora do eixo geométrico do eixo), mas de preferência todos têm substancialmente o mesmo ângulo de hélice. Será apreciado que alguma variação no ângulo de hélice será aceitável dentro de certos limites de tolerância.
[0012] Qualquer tipo de reforço de fibra pode ser usado e um tipo adequado pode ser selecionado dependendo dos requisitos particulares de uso e resistência. Em exemplos particularmente preferidos, as fibras helicoidais são fibras de vidro ou fibras de carbono. Fibras de vidro são mais baratas. As fibras de carbono têm maior resistência de carga axial e densidade mais baixa e, portanto, são preferidas na maioria dos casos.
[0013] A nervura helicoidal de polímero reforçado com fibra pode por si própria proporcionar a superfície externa do eixo roscado se ela for formada suficientemente lisa e uniforme. No entanto, é normal esperar que seja necessária alguma suavização ou usinagem a fim de fornecer um produto acabado. Este será particularmente o caso dos parafusos esféricos, pois eles são frequentemente dispositivos de precisão que exigem dimensões razoavelmente exatas e uma ranhura lisa para formar uma pista de esfera de baixa fricção. Como as fibras helicoidais da nervura helicoidal fornecem a resistência de carga axial, é desejável não danificar essas fibras por qualquer tipo de usinagem ou esmerilhamento, pois isso reduziría a resistência. Assim, o eixo roscado compreende, de preferência, ainda, uma camada externa de material polimérico reforçado com fibra, formado sobre o eixo e a nervura helicoidal. Esta camada externa proporciona uma cobertura total sobre a nervura helicoidal (e quaisquer partes intervenientes da camada de base do eixo que não tenham sido cobertas pela nervura) e proporciona uma camada protetora sobre o topo das fibras de nervura. Esta camada pode ser enrolada seja como fibra helicoidal (enrolada para trás e para frente e em ambos os sentidos de rotação, como é normal para formar uma camada de cobertura total) com qualquer ângulo de fibra adequado, ou ela pode ser enrolada como fibra de aro (com ângulo próximo a 90 graus em relação ao eixo geométrico do eixo). O último (ou um enrolamento helicoidal de alto ângulo) pode ser preferido para evitar problemas de ligação de fibra que podem surgir da colocação de fibra através de duas voltas adjacentes da nervura.
[0014] Esta camada protetora não é crítica para a resistência da peça e, portanto, pode ser desgastada a fim de fornecer um acabamento superficial desejado. Por isso, em alguns exemplos preferidos, a camada externa de polímero reforçado com fibra foi moldada e/ou suavizada por um processo de remoção de material. Processos de remoção de material adequados podem incluir usinagem, esmerilhamento e/ou polimento. Estes processos podem ser usados para finalizar o perfil desejado da nervura e da ranhura. Os processos de remoção de material apenas removem material até uma profundidade menor que a espessura da camada de fibra externa, de modo a não arriscar cortar fios helicoidais subjacentes da nervura helicoidal que fornecem a resistência de carga axial.
[0015] De preferência, o eixo roscado compreende ainda um revestimento superior de material duro. Este revestimento superior pode ser aplicado no topo da nervura helicoidal ou no topo da camada de fibra externa, se presente, de modo que ele forme a camada mais externa do eixo. O revestimento superior duro fornece resistência ao desgaste e resistência ao impacto e fornece uma superfície de baixa fricção que pode agir como uma pista de esfera para um parafuso esférico. Materiais preferidos incluem cromo duro ou cerâmica. Em alguns exemplos, o revestimento superior tem, de preferência, uma dureza maior que 60 Rockwell C. No entanto, será apreciado que isto é muito dependente da aplicação e dependerá, por exemplo, dos materiais usados para os mancais de esferas e a porca esférica, bem como das forças esperadas que serão geradas em uso. Qualquer revestimento superior aplicado ao eixo roscado precisará ser suficientemente bem ligado ao compósito subjacente para evitar qualquer separação dos dois materiais. Se necessário, uma ou mais camadas adicionais de ligação podem ser interpostas entre o compósito e o revestimento superior.
[0016] Como discutido acima, uma ranhura helicoidal é formada entrelaçada com a nervura helicoidal. O ângulo de hélice da nervura, isto é, o ângulo em relação ao eixo geométrico do eixo, pode ser variado de acordo com os requisitos de projeto, mas será determinado em grande parte pela função da aplicação particular, por exemplo, os requisitos de precisão e velocidade de ajuste. O ângulo de hélice da nervura também determina o ângulo de hélice da ranhura. A largura da nervura (junto com o ângulo de hélice) determinará a largura da ranhura e pode ser ajustada adequadamente a partir do perfil desejado de ranhura. Por exemplo, a ranhura helicoidal pode ser moldada de modo a receber mancais de esferas, formando assim uma pista de esfera como parte de um parafuso esférico. A ranhura pode ser semicircular em seção transversal (seção transversal tomada perpendicularmente às fibras da nervura helicoidal) [0017] A forma da ranhura é determinada pela forma dos lados da nervura. Isto pode ser determinado durante o enrolamento das fibras da nervura, uma vez que podem ser agrupadas numa variedade de formas diferentes. Em alguns exemplos preferidos, as fibras da nervura são agrupadas de modo a formar uma seção transversal substancialmente piramidal ou trapezoidal (de novo a seção transversal tomada é perpendicular às fibras de nervura) com superfícies laterais inclinadas formando os lados da ranhura. A largura da nervura e a agudez da inclinação dos lados da nervura também podem ser selecionadas de modo a formar a forma de ranhura desejada (ou aproximadamente a forma de ranhura desejada com os toques de acabamento sendo fornecidos por usinagem, esmerilhamento ou polimento conforme necessário).
[0018] Em alguns exemplos preferidos, a nervura helicoidal tem uma superfície externa radialmente plana. A superfície externa plana é particularmente útil para parafusos esféricos com uma porca esférica que se move axialmente ao longo da superfície externa do eixo roscado (suportado por mancais de esferas passando na ranhura helicoidal).
[0019] A descrição acima é baseada em um projeto de rosca de início simples no qual uma ranhura é formada entre voltas adjacentes da mesma nervura helicoidal. No entanto, o eixo roscado pode ter igualmente bem um projeto de múltiplos inícios com uma pluralidade de nervuras helicoidais intercaladas entre si. Por exemplo, o eixo roscado pode compreender duas ou mais nervuras helicoidais passando paralelas umas às outras e entrelaçadas umas com as outras. Em tais casos, uma pluralidade de ranhuras helicoidais também será formada. Cada ranhura será formada entre duas nervuras helicoidais diferentes, mas os princípios são de outro modo idênticos.
[0020] De acordo com um aspecto adicional, esta divulgação proporciona um método para formar um eixo roscado para um parafuso esférico compreendendo: enrolar fibras numa superfície externa de um mandril de modo a formar uma camada de base de material polimérico reforçado com fibra sobre uma superfície externa de um mandril; enrolar uma pluralidade de fibras helicoidais em tomo da camada de base no mesmo sentido e num grupo de modo a formar uma nervura helicoidal na camada de base.
[0021] Todas as características preferidas descritas acima se aplicam igualmente ao método de fabricação.
[0022] A camada de base pode ser enrolada passando um dispensador de fibra axialmente para frente e para trás ao longo do mandril, enquanto girando o mandril continuamente num sentido de rotação. Este é o procedimento normal para formar um tubo de polímero reforçado com fibra em um mandril. O ângulo da fibra pode ser variado de acordo com preferências de projeto e, assim, a camada pode ser enrolada ou angulada em espiral ou uma combinação das duas (pode, de fato, compreender múltiplas camadas de diferentes ângulos de fibra).
[0023] A nervura helicoidal pode ser formada passando um dispensador de fibra axialmente para trás e para frente ao longo do mandril e em que quando o dispensador de fibra está se movendo numa primeira direção axial, o mandril é girado num primeiro sentido de rotação e quando o distribuidor de fibra está se movendo uma segunda direção axial oposta à primeira direção axial, o mandril é girado num segundo sentido de rotação oposto ao primeiro sentido de rotação. Esta técnica exige comutação da direção de rotação do mandril toda vez que o dispensador de fibra mudar de direção, mas ela resulta em todas as fibras sendo enroladas em hélices com o mesmo sentido, isto é, no sentido horário ou anti-horário (quando visto de uma direção comum).
[0024] Será apreciado que um processo alternativo poderia ser passar o dispensador de fibra apenas numa direção, cortar a fibra e voltar o dispensador de fibra para a posição de início de novo. Isto não exigiría mudar a direção de rotação do mandril, mas é um processo mais trabalhoso e demorado.
[0025] Como discutido acima, o método pode ainda compreender enrolar fibras em tomo da nervura helicoidal e da camada de base, de modo a formar uma camada exterior de material polimérico reforçado com fibra. A camada externa pode ser formada passando um dispensador de fibra axialmente para frente e para trás ao longo do mandril, enquanto girando o mandril continuamente num sentido de rotação.
[0026] O método pode adicionalmente compreender formar um revestimento superior, por exemplo, de material duro no topo da nervura helicoidal ou camada de fibra externo. O método pode também compreender adicionalmente usar um processo de remoção de material para remover material da camada de fibra externa, assim formando e/ou suavizando a superfície do eixo e da ranhura.
Breve descrição dos desenhos [0027] Um ou mais exemplos não limitantes serão agora descritos, a título de exemplo apenas, e com referência às figuras anexas nas quais: [0028] A Fig. 1 mostra uma seção transversal através de um eixo de parafuso esférico compósito; e [0029] A Fig. 2 mostra uma vista lateral do eixo da Fig. 1;
[0030] A Fig. 3 mostra uma vista lateral de parte de um eixo de parafuso esférico e porca esférica;
[0031] A Fig. 4 ilustra um aparelho de fabricação; e [0032] As Figs. 5a e 5b são vistas adicionais de um eixo de parafuso esférico.
[0033] A Fig. 1 mostra uma seção transversal feita através de uma parte de um eixo de parafuso esférico compósito 1. O eixo oco 1 é feito de material polimérico reforçado com fibra de carbono (CFRP). O eixo 1 tem uma camada de base 2 formando sua superfície radialmente interna, a camada de base 2 sendo formada de uma ou mais camadas de CFRP, quer enroladas em arco quer enroladas helicoidalmente. A camada de base 2 é um tubo cilíndrico de CFRP formado passando um dispensador de fibra para frente e para trás ao longo do comprimento de um mandril enquanto girando o mandril continuamente na mesma direção de rotação. Assim, a camada de base 2 é formada de uma pluralidade de hélices de fibra enroladas em sentidos opostos, de modo que elas formem pontos de cruzamento e juntas formem uma camada de cobertura total.
[0034] No topo da camada de base 2 é formada uma nervura crista helicoidal 3 de polímero reforçado com fibra. Esta nervura helicoidal 3 é formada de modo que uma ranhura helicoidal contínua 4 seja criada entre voltas adjacentes da nervura 3. A nervura helicoidal 3 mostrada na Fig. 1 é um fio de início simples, isto é, uma única hélice, mas será apreciado que um fio de múltiplos inícios pode ser facilmente formado intercalando duas ou mais nervuras 3. A ranhura 4 proporciona a área da superfície de rolamento para um rolamento de esferas a rodar como parte de um arranjo de fusos de esferas. Os mancais de esferas transferem carga axial entre o parafuso e uma porca esférica colocada em tomo do eixo de parafuso 1.
[0035] A nervura helicoidal 3 é formada de um grande número de fibras 5, cada uma das quais é enrolada numa hélice em tomo da camada de base 2 no mesmo sentido de rotação. As fibras 5 são agmpadas juntas de modo que elas se acumulem em uma projeção (tendo uma certa altura radial acima da camada de base 2) ao longo de algumas partes da superfície externa da camada de base, embora deixando outras partes da superfície externa da camada de base não acumuladas (isto é, formando a ranhura 4). Conforme mostrado na Fig. 1, o agrupamento forma uma forma de seção transversal da nervura helicoidal 3 que é trapezoidal com uma superfície externa plana 6 virada radialmente para fora e assim voltada para a porca esférica em uso, e duas superfícies laterais inclinadas 7 que formam a forma geral da ranhura 4. [0036] A nervura helicoidal 3 é formada passando um dispensador de fibra para frente e para trás ao longo do eixo do mandril da mesma maneira que para a camada de base 2, mas em vez de girar o mandril continuamente na mesma direção, a direção de rotação do mandril é mudada cada vez que a direção do dispensador de fibra é mudada. Deste modo, uma fibra 5 colocada durante o movimento para frente do dispensador pode ser colocada paralelamente a uma fibra 5 colocada durante o movimento inverso do distribuidor, isto é, as hélices destas duas fibras são substancialmente as mesmas e quanto mais dessas fibras 5 são colocadas pelo mesmo processo e agrupadas juntas, a nervura helicoidal 3 é acumulada, em vez de uma camada cilíndrica mais uniforme, tal como é formada pelo processo de formação da camada de base 2.
[0037] No topo da nervura helicoidal 3 (e também no topo de quaisquer partes expostas da camada de base 2), é formada uma camada adicional 8 de material polimérico reforçado com fibra. Esta camada superior 8 pode ser formada do mesmo modo que a camada de base 2, nomeadamente passando um dispensador de fibra para frente e para trás enquanto girando o mandril continuamente na mesma direção de rotação. A camada superior 8 proporciona uma superfície que pode ser desgastada de modo a acabar e moldar a ranhura 4 até uma forma precisa, por exemplo, para ser adequada para uso como uma pista de esfera de um parafuso esférico. A usinagem ou o esmerilhamento da camada superior 8 apenas corta as fibras nessa camada e não perturba as fibras fornecedoras de resistência 5 da nervura helicoidal 3, as quais são assim deixadas intactas de modo a proporcionar a capacidade máxima de carga axial.
[0038] Depois de usinar, esmerilhar e/ou polir a camada superior 8, é adicionado um revestimento superior de proteção duro 9 para proporcionar uma superfície lisa, dura e de baixo atrito que é resistente ao desgaste durante o uso e que proporciona uma operação suave, precisa do parafuso esférico. [0039] Quando o eixo todo 1 é formado de material compósito, ele é leve (muito mais leve do que um eixo de metal ou parcialmente de metal) enquanto as fibras helicoidais 5 que formam a nervura helicoidal 3 e, assim, a superfície de transporte de carga do eixo de parafuso esférico 1 são muito mais fortes do que é possível com plásticos simples.
[0040] Adicionalmente, o eixo compósito fornece melhores características para dobramento ou empenamento de eixo em aplicações de comprimento longo (por exemplo, acima de 1,5 m).
[0041] A Fig. 3 mostra uma vista lateral de parte de um eixo de parafuso esférico 1 com uma porca esférica 10 (mostrada em seção transversal para fins ilustrativos) em tomo do eixo 1. Os mancais de esferas 11 passam na ranhura 4, bem como numa rosca de parafuso interna correspondente 12 na porca esférica 10, desse modo transferindo força entre o eixo 1 e a porca esférica 10. Um caminho de retomo de esfera formado dentro da porca esférica 10 (não mostrada na Fig. 3) permite ciciar as esferas de maneira conhecida.
[0042] A Fig. 4 ilustra um aparelho de fabricação compreendendo um mandril 20 em tomo do qual é formada a camada de base cilíndrica 2. O dispensador de fibra 21 dispensa a fibra 22 que é puxada em tomo do mandril 20 por rotação dos mesmos. O dispensador de fibra pode se mover axialmente para frente e para trás, conforme ilustrado pelas setas 23. O mandril 20 pode ser girado em ambos os sentidos de rotação como ilustrado pela seta de duas pontas 24.
[0043] A Tabela 1 mostra como a direção axial do dispensador de fibra está relacionada com o sentido de rotação do mandril para cada uma das três camadas principais do eixo de parafuso esférico 1. Será apreciado que para fazer cada camada as duas linhas correspondentes da Tabela 1 são repetidas várias vezes.
Tabela 1: [0044] A título de ilustração adicional, a Fig. 5a mostra uma vista em perspectiva de um eixo de parafuso esférico compósito 1 e a Fig. 5b mostra uma meia seção do eixo de parafuso esférico 1.
[0045] O parafuso esférico descrito acima encontrará aplicação particular em equipamentos de aeronaves devido à sua alta resistência e leveza. No entanto, será apreciado que ele é igualmente aplicável a outras áreas da tecnologia. Adicionalmente, embora o parafuso tenha sido descrito em relação ao uso em parafusos esféricos, será apreciado que a mesma técnica pode ser usada para criar qualquer outro parafuso de transporte de carga de material compósito.
REIVINDICAÇÕES