BR102015026738B1

BR102015026738B1 - Conjunto de âncora para ancorar um tendão a um osso

Info

Publication number: BR102015026738B1
Application number: BR102015026738-0A
Authority: BR
Inventors: Gerome Miller; David R. Diduch; Mark H. Getelman; Jacob A. Marks; Matthew J. Ravenscroft; Mehmet Z. Sengun; Howard C. Tang; Gregory R. Whittaker; Paul P. Weitzel
Original assignee: Depuy Synthes Products, Inc
Priority date: 2014-10-23
Filing date: 2015-10-21
Publication date: 2022-01-11
Also published as: CA2910091A1; EP3020370B1; US20160113756A1; BR102015026738A2; CN105662504B; AU2020200357A1; CN110711003A; US11576769B2; AU2020200357B2; EP3020370A3; JP2016083361A; CN105662504A; EP3842011A3; US10856966B2; US20210059808A1; EP3020370A2; JP6797522B2; EP3842011A2; CN110711003B; EP3842011B1

Abstract

implantes de tenodese do bíceps e ferramentas de aplicação. a presente invenção refere-se a métodos e dispositivos para ancorar um ligamento ou tendão a um osso. em uma modalidade, é apresentado um implante cirúrgico tendo uma bainha, e um expansor que é recebido no interior da bainha. são apresentadas, também, várias ferramentas de aplicação, inclusive um insersor de bainha e um condutor. em uso, o insersor de bainha pode ser usado para posicionar um tendão no interior de um orifício ósseo preparado, e pode ser usado para conduzir a bainha, com um fio-guia acoplado à mesma, para dentro do orifício ósseo. o condutor pode ser usado para conduzir o expansor para dentro da bainha. um carregador pode, opcionalmente, ser usado para carregar o condutor e o expansor no fio-guia acoplado à bainha implantada.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA AOS PEDIDOS RELACIONADOS

[001] O presente pedido reivindica a prioridade ao pedido provisório US n° 62/067.701, depositado em 23 de outubro de 2014 e intitulado "Biceps Tenodesis Implants and Delivery Devices", o qual está aqui incorporado, a título de referência, em sua totalidade.

CAMPO DA INVENÇÃO

[002] São apresentados métodos e dispositivos cirúrgicos para ancoramento de tecidos a osso e, mais particularmente, são apresentados implantes cirúrgicos, ferramentas de aplicação e métodos para fixação de um tendão do bíceps ao úmero.

ANTECEDENTES

[003] Distúrbios da cabeça longa do tendão do bíceps são uma fonte comum de dor no ombro e podem ocorrer em associação com outros diagnósticos, como lacerações do manguito rotador, lacerações anteriores e posteriores do labro superior, síndrome de colisão e lesões capsulares, ou podem estar presentes como uma fonte isolada de dor no ombro. As opções de tratamento para distúrbios da cabeça longa do bíceps (CLB) continuam a evoluir e podem incluir tenodese da CLB. Em um procedimento de tenodese, uma sutura é passada através da base da CLB para localizar a CLB no espaço subacromial, e para proporcionar controle proximal durante a dissecação. Uma vez posicionada a sutura, a CLB é cortada perto do ligamento glenóide. Um medidor de tamanho pode ser usado para medir o tamanho do tendão e, assim, determinar o parafuso ósseo adequadamente dimensionado. Uma vez selecionado o parafuso, um orifício ósseo é perfurado, e um garfo para tendão é então usada para empurrar o tendão para baixo e para dentro do orifício ósseo. Um parafuso ósseo é então aplicado ao orifício ósseo para ancorar o tendão no interior do orifício ósseo.

[004] Embora os procedimentos atuais possam oferecer um meio eficaz para ancoramento de um tendão a um osso, os mesmos podem padecer de várias desvantagens. Por exemplo, os procedimentos atuais exigem o uso de numerosas ferramentas, o que pode levar a um procedimento prolongado e a custos aumentados. O uso de um parafuso pode, também, aumentar o risco de danos ao tendão, já que a rotação do parafuso para dentro do osso pode rasgar ou cortar através do tendão. Além disso, pode ser difícil manter a tensão desejada no tendão enquanto o parafuso está sendo implantado, já que o tendão pode ficar desalinhado ou pode deslizar durante a inserção do parafu-so. Qualquer tensão aplicada ao tendão durante a inserção da âncora pode, também, fazer com que a âncora recue para fora do orifício ósseo.

[005] Consequentemente, existe uma necessidade por métodos e dispositivos aprimorados para ancoramento de tecido a osso e, em particular, para realização de uma tenodese do bíceps.

SUMÁRIO

[006] São apresentados vários implantes, ferramentas e métodos para fixação de um tendão a um osso. Em uma modalidade, é apresentado um conjunto de âncora para ancoramento de um tendão a um osso, e inclui uma bainha tendo uma extremidade distal substancialmente sólida com ao menos duas paredes laterais se estendendo pro- ximalmente a partir da mesma, e separadas por ao menos uma primeira e uma segunda fendas. As paredes laterais podem ter roscas formadas em uma superfície interna das mesmas, e as paredes laterais podem definir um lúmen interno entre si. A extremidade distal sólida da bainha pode ter um recurso de encaixe. O conjunto de âncora pode incluir, adicionalmente, um fio-guia tendo uma ponta distal configurada para encaixar-se de modo liberável ao recurso de encaixe na bainha. Em uma modalidade, o recurso de encaixe pode ser um orifício ros- queado formado na bainha, e a ponta distal no fio-guia pode ser ros- queada para encaixar-se por rosqueamento ao orifício rosqueado. O fio-guia pode se estender proximalmente a partir da bainha, quando encaixado à mesma. O conjunto de âncora pode incluir, adicionalmente, um expansor que pode ter uma configuração cilíndrica genericamente alongada, de modo que o expansor é configurado para ser recebido no interior do lúmen interno da bainha. Em uma modalidade, o expansor pode ter roscas formadas sobre uma superfície externa da mesma, que pode encaixar-se de maneira rosqueável às roscas formadas sobre a superfície interna das ao menos duas paredes laterais. O expansor pode incluir, adicionalmente, um lúmen que se estende através do mesmo para receber o fio-guia.

[007] Em algumas modalidades, a bainha do conjunto de âncora pode incluir ao menos uma aba antiachatamento formada sobre ao menos uma dentre as paredes laterais adjacentes a uma das fendas. A pelo menos uma aba pode ser configurada para limitar o movimento das paredes laterais uma em direção à outra. Em algumas modalidades, as paredes laterais podem ter uma espessura aumentada em uma porção média das mesmas, em comparação com as porções proximal e distal das mesmas. Em outras modalidades, as paredes laterais podem incluir nervuras se estendendo radialmente em torno das mesmas. Por exemplo, as nervuras sobre uma primeira parede lateral da âncora podem ser anguladas distalmente, e as nervuras sobre uma segunda parede lateral oposta da âncora podem ser anguladas proxi- malmente.

[008] A bainha pode, também, incluir ao menos uma aba antia- fundamento estendendo-se radialmente para fora a partir de uma extremidade mais proximal da mesma. A aba antiafundamento pode ser configurada para limitar uma profundidade de inserção da bainha em um orifício ósseo. A bainha pode, também, incluir ao menos uma aba de retenção se estendendo radialmente para fora a partir da bainha, a uma distância predeterminada da aba antiafundamento. A distância pode ser configurada de modo que a aba antiafundamento possa ser posicionada sobre uma superfície proximal do osso cortical, e a aba de retenção possa ser posicionada sobre uma superfície distal do osso cortical. Em uma modalidade exemplificadora, a distância pode ser maior que cerca de 0,5 mm.

[009] Em algumas modalidades, o conjunto de âncora pode incluir uma bainha que pode ter uma extremidade côncava voltada para a parte distal para assentamento de um tendão. Em algumas modalidades, o conjunto de âncora pode incluir uma bainha que pode ter uma extremidade convexa voltada para a parte proximal.

[010] Em outros aspectos, a primeira e a segunda fendas podem ter, cada uma, uma porção proximal, uma porção distal e uma região de transição estendendo-se entre as porções proximal e distal. As porções proximal e distal podem ter cada qual uma largura constante, e a região de transição pode ter uma largura que se afunila para dentro em uma direção distal. Em uma modalidade exemplificadora, um comprimento da região de transição pode ser substancialmente igual a uma largura da porção proximal.

[011] Em uma outra modalidade, é apresentado um método para ancorar um tendão a um osso. O método pode incluir posicionar uma extremidade distal de uma bainha sobre um tendão que se estende através de um orifício ósseo. A bainha pode ter um fio-guia unido à mesma e se estendendo proximalmente a partir da mesma. A bainha, com o fio-guia unido à mesma, pode ser avançada para dentro do orifício ósseo para fazer com que o tendão avance para dentro do orifício ósseo e se estenda entre a bainha e o orifício ósseo. Um expansor ca- nulado pode ser avançado ao longo do fio-guia e para dentro da bai- nha, para fazer com que a bainha se expanda para fora de modo a ancorar o tendão no interior do orifício ósseo.

[012] O método pode incluir avançar a bainha para dentro do ori fício ósseo mediante o uso de uma ferramenta de inserção que tem o fio-guia se estendendo através da mesma. O método pode incluir adicionalmente as etapas de, após avançar a bainha, manipular a ferramenta de inserção para liberar o fio-guia de uma garra do fio-guia na ferramenta de inserção, e remover a ferramenta de inserção do fio- guia. Em uma outra modalidade, quando o expansor está totalmente inserido na bainha, o expansor e a bainha podem estar em contato cir- cunferencial total ao longo de uma maior parte de um comprimento dos mesmos. Em uma outra modalidade, o expansor pode ser avançado de maneira não giratória para dentro da bainha ou, alternativa-mente, uma porção distal do expansor pode ser avançada de maneira não giratória para dentro da bainha, e uma porção proximal do expan- sor pode ser rosqueada de maneira giratória para dentro da bainha.

[013] Em outros aspectos, o método pode incluir avançar o ex- pansor ao longo do fio-guia, mediante o uso de uma ferramenta de condução. A ferramenta de condução pode incluir uma haste externa tendo pinos opostos em uma extremidade distal da mesma, os quais são posicionados no interior de fendas opostas formadas na bainha. A ferramenta de condução pode incluir, adicionalmente, uma haste interna se estendendo através da haste externa e engatada ao expansor. A haste interna pode ser girada para avançar o expansor para dentro da bainha, enquanto os pinos na haste externa mantêm a bainha substancialmente estacionária. A ferramenta de condução pode ser removida do fio-guia e da bainha, deixando a bainha e o expansor implantados no osso.

[014] Em uma outra modalidade, é apresentado um conjunto de âncora para ancorar um tendão a um osso, e inclui uma bainha e um expansor rosqueado. A bainha pode ter um corpo com ao menos duas paredes laterais se estendendo proximalmente a partir do mesmo. As paredes laterais podem ser separadas por ao menos uma primeira e uma segunda fendas, e as paredes laterais podem definir um lúmen interno entre si. As paredes laterais podem incluir, adicionalmente, roscas formadas sobre uma superfície interna das mesmas. O expan- sor rosqueado pode ser configurado para ser recebido entre as pelo menos duas paredes laterais, e para se unir de maneira rosqueável às roscas formadas sobre a superfície interna das paredes laterais. A bainha e o expansor rosqueado podem ser configurados de modo que, quando o expansor está totalmente rosqueado na bainha, uma porção média da parede lateral se expande para fora por uma distância que é maior que uma distância pela qual as porções proximal e distal das paredes laterais se expandem para fora. A porção média define, assim, uma dimensão externa máxima da bainha para ancorar a bainha no interior de um orifício ósseo.

[015] Em algumas modalidades, a porção média das pelo menos duas paredes laterais pode ter uma espessura que é maior que uma espessura das porções proximal e distal das pelo menos duas paredes laterais. Em algumas modalidades, o expansor do conjunto de âncora pode ter um diâmetro menor, e as roscas no expansor definem um diâmetro maior. Um diâmetro menor do expansor pode fazer com que as paredes laterais da bainha se expandam para fora. Em outras modalidades, um diâmetro maior ou tanto um diâmetro menor como um maior podem fazer com que as paredes laterais da bainha se expandam para fora. Em algumas modalidades, o expansor do conjunto de âncora pode incluir uma porção cilíndrica proximal com um diâmetro substancialmente constante, e uma porção distal afunilada com um diâmetro que diminui distalmente.

[016] Em outros aspectos, é apresentado um método para anco- rar um tendão a um osso. O método pode incluir posicionar uma extremidade distal de uma bainha sobre um tendão que se estende através de um orifício ósseo. A bainha pode ser avançada para dentro do orifício ósseo, para fazer com que o tendão seja avançado para dentro do orifício ósseo. Um expansor pode ser inserido em um lúmen interno da bainha, de modo que o expansor faça com que as porções proximal, média e distal da bainha se expandam para fora. A porção média da bainha pode se expandir para fora por uma distância que é maior que uma distância pela qual se expandem para fora as porções proximal e distal da bainha. A porção média pode, assim, definir uma dimensão externa máxima da bainha que evita que a bainha recue para fora do orifício ósseo.

[017] Em outros aspectos, a bainha pode ter roscas formadas sobre uma superfície interna da mesma. O expansor pode incluir, adi-cionalmente, roscas formadas sobre uma superfície interna do mesmo. O expansor pode ser inserido na bainha mediante a rotação do expan- sor em relação à bainha, para rosquear o expansor na bainha. O ex- pansor pode ter um diâmetro menor, e as roscas no expansor podem definir um diâmetro maior. O diâmetro menor do expansor pode fazer com que a bainha se expanda para fora. Em outras modalidades, o diâmetro maior ou tanto o diâmetro menor como o maior do expansor podem fazer com que a bainha se expanda para fora.

[018] Em uma outra modalidade, é apresentado um conjunto de âncora para ancorar um tendão a um osso. O conjunto de âncora pode incluir uma bainha tendo uma extremidade distal substancialmente sólida, e pelo menos duas paredes laterais se estendendo proximalmen- te a partir da extremidade distal. As paredes laterais podem ser separadas por ao menos uma primeira e uma segunda fendas, e as paredes laterais podem definir um lúmen interno entre si. A bainha pode incluir, adicionalmente, ao menos uma aba antiafundamento se esten- dendo a partir de uma extremidade mais proximal da bainha adjacente às fendas. A aba antiafundamento pode ser configurada para evitar a inserção excessiva da bainha em um orifício ósseo. A bainha pode incluir, adicionalmente, ao menos uma aba de retenção se estendendo a partir da bainha, em um local distal à aba antiafundamento. A aba de retenção pode ser posicionada a uma distância da aba antiafundamen- to. A distância pode ser configurada de modo que, quando a aba antia- fundamento estiver sobre uma superfície proximal de um osso cortical, a aba de retenção se estenderá por baixo de uma superfície distal do osso cortical. O conjunto de âncora pode incluir, adicionalmente, um expansor rosqueado que pode ser recebido entre as pelo menos duas paredes laterais na bainha, para fazer com que a bainha se expanda e se engate ao osso cortical.

[019] Em algumas modalidades, a pelo menos uma aba antiafun- damento pode incluir um par de abas antiafundamento, e a pelo menos uma aba de retenção pode incluir um par de abas de retenção. Em algumas modalidades, a pelo menos uma aba antiafundamento pode se estender radialmente para fora por uma distância que é maior que uma distância pela qual se estende radialmente para fora a pelo menos uma aba de retenção. Em algumas modalidades, a pelo menos uma aba antiafundamento pode ser co-planar à pelo menos uma aba de retenção. Em algumas modalidades, a distância entre a aba antia- fundamento e a aba de retenção pode ser maior que cerca de 0,5 mm e, com mais preferência, pode estar na faixa de cerca de 1,0 mm a 2,0 mm.

[020] Em outros aspectos, é apresentado um método para anco rar um tendão a um osso. O método pode incluir posicionar uma extremidade distal de uma bainha sobre um tendão que se estende através de um orifício ósseo em um osso. A bainha pode ser avançada para dentro do orifício ósseo, de modo que o tendão seja avançado para dentro do orifício ósseo. Ao menos uma aba antiafundamento es-tendendo-se a partir de lados opostos de uma extremidade mais proximal da bainha podem estar em posição limítrofe contra uma superfície do osso, para limitar uma profundidade de inserção da bainha no orifício ósseo. Ao menos uma aba de retenção estendendo-se a partir da bainha em uma localização distal à aba antiafundamento pode se estender por baixo de uma superfície do osso. Um expansor pode ser inserido na bainha para fazer com que a bainha se expanda para fora. A aba de retenção pode se expandir até um diâmetro que é maior que um diâmetro do orifício ósseo para, assim, impedir a remoção da bainha do orifício ósseo, ancorando assim o tendão no interior do orifício ósseo.

[021] Em uma modalidade, a aba antiafundamento pode se es tender radialmente para fora por uma distância que é maior que uma distância pela qual se estende radialmente para fora a aba de retenção. A aba de retenção pode ser inserida no orifício ósseo enquanto a aba antiafundamento pode ser impedida de ser inserida no orifício ósseo. O osso pode ser, por exemplo, osso cortical. O osso pode ter uma espessura de ao menos 0,5 mm, e a aba antiafundamento pode ser posicionada a uma distância de ao menos 0,5 mm de distância da aba de retenção, para receber o osso entre as mesmas.

[022] Em uma outra modalidade, é apresentada uma ferramenta de inserção de âncora tendo um primeiro corpo alongado, com primeiro e segundo pinos se estendendo distalmente a partir de uma extremidade distal do mesmo e configurados para se estenderem ao longo de fendas opostas formadas em uma bainha de um conjunto de âncora. O conjunto de âncora pode, também, incluir um segundo corpo alongado disposto de maneira deslizante em relação ao primeiro corpo alongado. O conjunto de âncora pode, também, incluir um conjunto de cabo acoplado a uma extremidade proximal de cada um dentre o pri- meiro e o segundo corpos alongados. O conjunto de cabo pode ser configurado de modo que o primeiro corpo alongado tenha uma primeira e uma segunda faixas de movimento. O primeiro corpo alongado na primeira faixa de movimento pode ser móvel entre uma primeira posição, na qual o primeiro e o segundo pinos se estendem distalmente para além do segundo corpo alongado, e uma segunda posição, na qual o primeiro e o segundo pinos são retidos no interior do segundo corpo alongado. O primeiro corpo alongado na segunda faixa de movimento pode ser móvel da segunda posição para uma terceira posição, na qual o primeiro corpo alongado está configurado para fazer com que um fio-guia se estendendo através do primeiro corpo alongado e encaixado ao conjunto de cabo seja desengatado e liberado do conjunto de cabo.

[023] Em certas modalidades, o primeiro corpo alongado pode ser uma haste interna e o segundo corpo alongado pode ser uma haste externa disposta em redor da haste interna. Em algumas modalidades, o segundo corpo alongado pode incluir uma extremidade distal fechada tendo um orifício central formado em seu interior para receber um fio-guia. O segundo corpo alongado pode incluir, adicionalmente, uma primeira e uma segunda fendas formadas no mesmo e se estendendo radialmente para fora a partir do orifício central, para receber os pinos. Em uma outra modalidade, uma porção distal do segundo corpo alongado pode incluir uma primeira e uma segunda concavidades formadas em paredes laterais externas opostas da mesma. Em uma outra modalidade, o primeiro e o segundo corpos alongados podem ser configurados para serem travados um ao outro de modo liberável, de modo a impedir o movimento do primeiro e do segundo corpos alongados um em relação ao outro.

[024] Em certas modalidades, o conjunto de cabo pode incluir um primeiro elemento de alteração que aplica uma primeira força de alte- ração, que precisa ser superada para mover o primeiro corpo alongado da primeira posição para a segunda posição, e o conjunto de cabo inclui um segundo elemento de alteração que aplica uma segunda força de alteração que precisa ser superada para mover o primeiro corpo alongado da segunda posição para a terceira posição. A segunda força de alteração pode ser maior que a primeira força de alteração. O conjunto de cabo pode, também, incluir um elemento de garra do fio- guia, que pode ser configurado para se engatar a uma extremidade proximal de um fio-guia acoplado a uma bainha de um conjunto de âncora, e se estender através do primeiro corpo alongado. Em outras modalidades, o conjunto de cabo pode incluir um atuador acoplado ao primeiro corpo alongado, e configurado para mover o primeiro corpo alongado através das primeira e segunda faixas de movimento. Em outras modalidades, o conjunto de cabo pode incluir um primeiro cabo encaixado ao segundo corpo alongado e tendo um elemento de engate formado no mesmo para engate a um fio-guia. O conjunto de cabo pode incluir, adicionalmente, um segundo cabo encaixado ao primeiro corpo alongado, para mover o primeiro corpo alongado em relação ao segundo corpo alongado.

[025] Em uma outra modalidade, é apresentado um sistema de ancoramento de tendão. O sistema pode incluir um conjunto de âncora tendo uma bainha com ao menos duas paredes laterais ao menos parcialmente separadas pelas ao menos primeira e segunda fendas. As paredes laterais podem definir um lúmen interno entre si. O conjunto de âncora pode incluir, adicionalmente, um expansor que pode ser recebido no interior do lúmen interno da bainha. O sistema pode incluir, também, uma ferramenta de inserção que pode ter uma haste externa com um lúmen interno se estendendo através da mesma, e uma haste interna tendo um primeiro e um segundo pinos formados em uma extremidade distal da mesma. Os pinos podem ser dimensionados para se estenderem ao longo da primeira e da segunda fendas na bainha, e para se estenderem distalmente para além de uma extremidade distal da bainha. A ferramenta de inserção pode, também, incluir um conjunto de cabo acoplado a uma extremidade proximal das hastes interna e externa. O conjunto de cabo pode ter um atuador configurado para mover axialmente a haste interna em relação à haste externa para, assim, mover os pinos entre uma posição estendida, na qual os pinos se estendem distalmente para além de uma extremidade distal da haste externa, e uma posição retraída, na qual os pinos são retraídos para dentro da extremidade distal da haste externa.

[026] Em certas modalidades, haste externa pode ter uma extre midade distal fechada tendo um orifício central formado em seu interior para receber um fio-guia. A haste externa pode incluir, também, uma primeira e uma segunda fendas formadas na mesma e se estendendo radialmente para fora a partir do orifício central, para receber os primeiro e segundo pinos. Em algumas modalidades, um fio-guia pode ser encaixado na bainha, e um elemento de garra do fio-guia, no conjunto de cabo, pode ser configurado para se engatar a uma extremidade proximal do fio-guia. Em outras modalidades, o primeiro e o segundo pinos podem incluir um conector se estendendo entre os mesmos, ao longo de uma porção proximal dos pinos, e o conector pode ter um lúmen central se estendendo através do mesmo. Em ainda outra mo-dalidade, a bainha pode incluir ao menos uma aba antiafundamento se estendendo radialmente para fora a partir de uma extremidade mais proximal da mesma, e uma superfície voltada para o lado distal da haste externa pode incluir ao menos uma reentrância formada na mesma para assentar a pelo menos uma aba antiafundamento.

[027] Em outros aspectos, o atuador pode mover-se entre uma posição distal no conjunto de cabo, em que os pinos se estendem dis- talmente para além da extremidade distal da haste externa, e uma po- sição proximal no conjunto de cabo, em que os pinos são retraídos para dentro da extremidade distal da haste externa. Em certas modalidades, o atuador pode ser forçado para a posição distal.

[028] É apresentado, também, um método para ancorar um ten dão a um osso. O método pode incluir fixar uma bainha a uma ferramenta de inserção, de modo que um par de pinos em uma extremidade distal de uma haste interna da ferramenta de inserção se estenda ao longo das fendas opostas formadas na bainha. O método pode incluir manipular um atuador em um conjunto de cabo da ferramenta de inserção, para retrair o par de pinos para dentro de uma haste externa da ferramenta de inserção e, com os pinos retraídos, manipular o conjunto de cabo para avançar a bainha através do tecido. Após a bainha ter sido avançada através do tecido, o atuador pode ser manipulado para fazer com que os pinos se estendam ao longo das fendas opostas formadas na bainha, e se estendam distalmente para além de uma extremidade distal da bainha. O método pode incluir, adicionalmente, posicionar o tendão entre o par de pinos, e manipular o conjunto de cabo para avançar os pinos, com o tendão entre as mesmas, e a bainha para dentro de um orifício ósseo. A ferramenta de inserção pode ser removida, de modo que a âncora e o tendão permaneçam no orifício ósseo. Em algumas modalidades o método pode incluir, adicionalmente, inserir um expansor na bainha, para fazer com que a bainha se expanda para fora, de modo a ancorar o tendão no interior do orifício ósseo.

[029] Em certas modalidades, o método pode incluir medir um tamanho de um tendão a ser ancorado ao osso, mediante o posicionamento do tendão entre o par de pinos na extremidade distal da haste interna da ferramenta de inserção. Em algumas modalidades, medir o tamanho de um tendão pode incluir medir um tendão usando uma primeira ferramenta de inserção tendo um par de pinos espaçados por uma primeira distância, e medir o tendão usando uma segunda ferramenta de inserção tendo um par de pinos espaçados por uma segunda distância.

[030] Em outros aspectos, a fixação da bainha ao dispositivo de inserção pode incluir avançar um fio-guia encaixado à bainha proxi- malmente para dentro de uma extremidade distal da haste interna da ferramenta de inserção, para fazer com que o fio-guia se encaixe a uma garra do fio-guia no conjunto de cabo da ferramenta de inserção. Em algumas modalidades, a remoção do dispositivo de inserção pode incluir, adicionalmente, manipular o atuador para fazer com que a garra do fio-guia libere o fio-guia.

[031] Em outro aspecto, é fornecida uma ferramenta de condução de âncora. A ferramenta de condução de âncora pode incluir uma haste externa tendo primeiro e segundo pinos se estendendo distalmente a partir de uma extremidade distal da mesma. O primeiro e o segundo pinos podem ser configurados para se estenderem para dentro de fendas opostas, formadas em uma bainha de um conjunto de âncora. A ferramenta de condução de âncora pode, também, incluir uma haste interna se estendendo através da haste externa e tendo uma extremidade distal configurada para encaixe a um expansor de um conjunto de âncora. Um conjunto de cabo pode ser acoplado a uma extremidade proximal das hastes interna e externa. O conjunto de cabo pode incluir um atuador configurado para girar a haste interna em relação à haste externa, para conduzir um expansor acoplado a uma extremidade distal da haste interna para dentro de uma bainha acoplada aos primeiro e segundo pinos da haste externa. A haste externa pode ser configurada para manter a bainha em uma posição substancialmente fixa durante a rotação da haste interna. Em algumas modalidades, o atuador pode incluir um pegador em uma extremidade proximal da haste interna, e o conjunto de cabo pode incluir um cabo estacionário em uma extremidade proximal da haste externa.

[032] Em certas modalidades, a haste externa pode incluir jane las de visualização opostas formadas em uma porção distal da mesma, e/ou recortes opostos formados na extremidade distal da mesma, para assentar um tendão. Em algumas modalidades, a haste externa pode se mover livremente de maneira giratória em relação à haste interna, e a translação axial da haste externa em relação à haste interna pode ser limitada a uma distância predeterminada. Em algumas modalidades, ao menos uma dentre as hastes interna e externa pode incluir ao menos uma marcação para indicar quando um expansor está completamente assentado no interior de uma bainha.

[033] Em um outro aspecto, é apresentado um sistema de anco- ramento de tendão, que inclui um conjunto de âncora e um conjunto de dispositivo de inserção. O conjunto de âncora pode incluir uma bainha tendo uma bainha tendo uma configuração cilíndrica genericamente alongada com ao menos duas paredes laterais ao menos parcialmente separadas pelas ao menos primeira e segunda fendas. As paredes laterais podem definir um lúmen interno entre si. O conjunto de âncora pode, também, incluir um expansor configurado para ser recebido no interior do lúmen interno da bainha. O conjunto de dispositivo de inserção pode incluir uma haste externa tendo primeiro e segundo pinos formados em uma extremidade distal da mesma. Os pinos podem ser dimensionados para serem recebidos no interior da primeira e da segunda fendas na bainha. O conjunto de dispositivo de inserção pode incluir, adicionalmente, uma haste interna se estendendo através da haste externa e tendo uma extremidade distal configurada para encaixe ao expansor. Um conjunto de cabo pode ser acoplado a uma extremidade proximal das hastes interna e externa. O conjunto de cabo pode ter um atuador configurado para girar a haste interna de modo a conduzir o expansor para dentro da bainha, enquanto os pinos da has- te externa mantêm a bainha em uma posição substancialmente fixa.

[034] Em certas modalidades, o sistema de ancoramento de ten dão pode incluir um carregador tendo uma rota se estendendo através do mesmo, entre as extremidades proximal e distal do mesmo, para assentar o expansor e uma porção distal da haste externa. O carregador pode incluir uma extremidade distal afunilada.

[035] Em algumas modalidades, os pinos têm um comprimento que é menor que um comprimento das primeira e segunda fendas, de modo que os pinos se estendem apenas parcialmente em seu interior. Em algumas modalidades, o atuador pode incluir um pegador em uma extremidade proximal da haste interna, e o conjunto de cabo pode incluir um cabo estacionário em uma extremidade proximal da haste externa. Em algumas modalidades, marcações podem ser formadas em ao menos uma dentre as hastes interna e externa para indicar quando o expansor está completamente assentado no interior da bainha.

[036] Em algumas modalidades, a haste externa pode incluir ja nelas de visualização opostas formadas em uma porção distal da mesma, e/ou recortes opostos formados na extremidade distal da mesma, para assentar um tendão. Em algumas modalidades, a haste externa pode se mover livremente de maneira giratória em relação à haste interna, e a translação axial da haste externa em relação à haste interna é limitada a uma distância predeterminada.

[037] Em um outro aspecto, é apresentado um método para a ancoramento de um tendão ao osso. O método pode incluir avançar uma bainha e um tendão para dentro de um orifício ósseo no osso, de modo que o tendão se estenda entre a bainha e o orifício ósseo. Um par de pinos em uma extremidade distal de uma haste externa de uma ferramenta de condução pode ser inserido em fendas opostas formadas na bainha implantada no orifício ósseo. O método pode incluir, também, manipular um atuador em um conjunto de cabo da ferramen- ta de condução, para girar uma haste interna, se estendendo através da haste externa para, assim, avançar um expansor acoplado a uma extremidade distal da haste interna para dentro da bainha. O par de pinos na haste externa pode manter a bainha substancialmente estacionária enquanto a haste interna gira o expansor para dentro da bainha. Em algumas modalidades, os pinos podem evitar que as paredes laterais da bainha se achatem radialmente para dentro.

[038] Em algumas modalidades, a haste interna pode girar livremente em relação à haste externa, e o movimento axial da haste interna para avançar o expansor para dentro da bainha ser limitada a uma distância predeterminada. Em outras modalidades, a haste interna pode ser canulada para receber um fio-guia acoplado à bainha, de modo que o fio-guia alinhe axialmente a haste interna e a haste externa em relação à bainha.

[039] Em algumas modalidades, abas na bainha limitam uma pro fundidade de inserção da bainha no orifício ósseo. Em algumas modalidades, a haste externa pode incluir recortes opostos formados em uma extremidade distal da mesma. O tendão pode se estender para dentro dos recortes opostos, quando os pinos são inseridos nas fendas, de modo que a haste externa fique posicionada contra uma superfície do osso.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[040] A invenção será mais amplamente compreendida a partir da descrição detalhada apresentada em conjunto com os desenhos anexos, em que:

[041] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de um sistema de tenodese do bíceps tendo um dispositivo de inserção de bainha, uma bainha, uma ferramenta de condução e um parafuso expansor;

[042] A Figura 2 é uma vista em perspectiva lateral da bainha da Figura 1;

[043] A Figura 3 é uma outra vista em perspectiva lateral da bai nha da Figura 1;

[044] A Figura 4 é uma vista superior da bainha da Figura 1;

[045] A Figura 5A é uma vista em perspectiva da bainha da Figura 1, mostrada com um fio-guia para união à mesma;

[046] A Figura 5B é uma vista em perspectiva lateral da bainha e do fio-guia da Figura 5A, mostrados unidos;

[047] A Figura 6 é uma vista em seção transversal da bainha da Figura 1;

[048] A Figura 7 é uma outra vista em seção transversal da bai nha da Figura 1;

[049] A Figura 8A é uma vista em perspectiva lateral do parafuso expansor da Figura 1;

[050] A Figura 8B é uma vista em perspectiva lateral de uma ou tra modalidade de um expansor que está configurado para ser parcialmente avançado de maneira não giratória para dentro de um orifício ósseo e, então, avançado de maneira giratória para dentro do orifício ósseo;

[051] A Figura 8C é uma vista em perspectiva lateral de uma ou tra modalidade de um expansor que está configurado para ser avançado de maneira não giratória para dentro de um orifício ósseo;

[052] A Figura 9 é uma vista em perspectiva em seção transver sal do parafuso expansor da Figura 1;

[053] A Figura 10 é uma vista em perspectiva da ferramenta de inserção da Figura 1;

[054] A Figura 11A é uma vista em perspectiva explodida da ferramenta de inserção da Figura 1;

[055] A Figura 11B é uma vista em perspectiva de uma modalidade de um mecanismo de travamento para uso com a ferramenta de inserção da Figura 1;

[056] A Figura 11C é uma vista lateral do mecanismo de trava-mento da Figura 11B;

[057] A Figura 12A é uma vista em perspectiva parcialmente transparente de um garfo distal da ferramenta de inserção da Figura 1;

[058] A Figura 12B é uma vista de extremidade do garfo distal da ferramenta de inserção da Figura 1;

[059] A Figura 12C ilustra uma outra modalidade de uma ferra menta de inserção tendo um garfo com pinos deformáveis, mostrando a ferramenta a ponto de ser inserida através de um orifício ósseo no osso;

[060] A Figura 12D ilustra a ferramenta de inserção da Figura 12C inserida através do orifício ósseo para fazer com que os pinos do garfo se curvem para fora.

[061] A Figura 13 é uma vista em perspectiva do garfo distal e de uma porção da haste externa da ferramenta de inserção da Figura 1;

[062] A Figura 14A é uma vista em perspectiva do fio-guia da Fi gura 5A se estendendo a partir da haste externa da ferramenta de inserção da Figura 1;

[063] A Figura 14B é uma vista em perspectiva de uma extremi dade distal de uma haste externa de uma ferramenta de inserção de acordo com uma outra modalidade;

[064] A Figura 14C é uma vista lateral da haste externa da Figura 14B, tendo uma bainha acoplada à mesma;

[065] A Figura 15 é uma vista em perspectiva mostrando a bai nha da Figura 1 montada sobre o garfo distal da ferramenta de inserção da Figura 1;

[066] A Figura 16A é uma vista lateral de uma ferramenta de in serção de tamanho pequeno;

[067] A Figura 16B é uma vista lateral de uma ferramenta de in serção de tamanho grande;

[068] A Figura 17A é uma vista lateral da ferramenta de inserção da Figura 1, mostrando a ferramenta de inserção em uma posição inicial;

[069] A Figura 17B é uma vista lateral da ferramenta de inserção da Figura 17A, mostrando um gatilho puxado proximalmente para retrair um garfo distal de uma haste externa da ferramenta;

[070] A Figura 17C é uma vista lateral da ferramenta de inserção da Figura 17B, mostrando o gatilho puxado ainda mais proximalmente para liberar um fio-guia do engate de união com a ferramenta de inserção;

[071] A Figura 18 é uma vista em perspectiva lateral da ferramen ta de condução da Figura 1;

[072] A Figura 19 é uma vista explodida transparente do aciona- dor de ferramenta da Figura 18;

[073] A Figura 20 é uma vista em perspectiva transparente de um pegador e um cabo da ferramenta de inserção da Figura 18;

[074] A Figura 21 é uma vista em perspectiva de uma extremida de distal de uma haste externa da ferramenta de condução da Figura 18;

[075] A Figura 22 é uma vista lateral da extremidade distal da haste externa da Figura 21;

[076] A Figura 23 é uma outra vista lateral da extremidade distal da haste externa da Figura 21;

[077] A Figura 24A é uma vista lateral da ferramenta de condu ção da Figura 1, mostrando a ferramenta de condução em uma posição inicial;

[078] A Figura 24B é uma vista lateral da ferramenta de condu ção da Figura 24A, mostrando a haste externa movida distalmente em relação à haste interna;

[079] A Figura 24C é uma vista lateral da ferramenta de condu- ção da Figura 24B, mostrando a haste externa movida ainda mais dis- talmente em relação à haste interna;

[080] A Figura 25 é uma vista em perspectiva de uma modalidade de um carregador, mostrado tendo o parafuso expansor e a ferramenta de condução da Figura 1 acoplados ao mesmo;

[081] A Figura 26A é uma vista lateral do carregador da Figura 25;

[082] A Figura 26B é uma vista frontal do carregador da Figura 26A, mostrando o parafuso expansor da Figura 1 a ponto de ser recebido em seu interior;

[083] A Figura 26C é uma vista frontal do carregador e do parafu so expansor da Figura 26B, mostrados na configuração encaixada e sendo guiados sobre um fio-guia;

[084] A Figura 26D ilustra o carregador, o parafuso expansor e o fio-guia da Figura 26C, mostrando o carregador removido que deixa o parafuso expansor posicionado sobre o fio-guia;

[085] A Figura 27A é uma vista em lateral de uma modalidade de um dispositivo de medição de tendão;

[086] A Figura 27B é uma vista lateral de uma extremidade distal de uma outra modalidade de um dispositivo de medição de tendão;

[087] A Figura 28 é uma vista lateral de uma outra modalidade de um dispositivo de medição de tendão;

[088] A Figura 29 é uma vista lateral de uma outra modalidade de um dispositivo de medição de tendão;

[089] A Figura 30 é uma outra vista lateral do dispositivo de me dição de tendão da Figura 29;

[090] A Figura 31 é uma vista lateral de uma extremidade distal do dispositivo de medição de tendão da Figura 29;

[091] A Figura 32 é uma vista lateral de uma combinação de fio- guia e dispositivo para perfuração de orifício ósseo, de acordo com uma outra modalidade;

[092] A Figura 33A é uma vista lateral de uma modalidade de uma combinação de dispositivo de medição de tendão e de perfuração de orifício ósseo, mostrando um garfo retraído no interior da extremidade distal;

[093] A Figura 33B é uma vista lateral do dispositivo da Figura 33A, mostrando o garfo se estendendo parcialmente a partir da extremidade distal;

[094] A Figura 33C é uma vista lateral do dispositivo da Figura 33A, mostrando o garfo se estendendo completamente a partir da extremidade distal;

[095] A Figura 34A é uma vista lateral de uma outra modalidade de um dispositivo de medição de tendão;

[096] A Figura 34B é uma vista lateral de uma porção distal do dispositivo de medição de tendão da Figura 34A, mostrado em posição adjacente a um tendão a ser medido;

[097] A Figura 34C é uma vista lateral da porção distal do dispo sitivo de medição de tendão e do tendão da Figura 34B, mostrando o dispositivo de medição medindo o tendão;

[098] A Figura 35 é uma vista superior de uma outra modalidade de um dispositivo de preparação de orifício ósseo;

[099] A Figura 36 é uma vista lateral do dispositivo de preparação de orifício ósseo da Figura 35;

[0100] A Figura 37 é uma vista de extremidade de uma ponta do dispositivo da Figura 35;

[0101] A Figura 38 é uma vista lateral de uma modalidade de uma ponta angulada de um dispositivo de preparação de orifício ósseo;

[0102] A Figura 39 é uma vista lateral de uma modalidade de uma ponta de borda arredondada de um dispositivo de preparação de orifício ósseo;

[0103] A Figura 40A é uma vista em perspectiva de uma porção distal da ferramenta de inserção da Figura 1, mostrada medindo um tendão a ser ancorado ao osso;

[0104] A Figura 40B é uma vista em perspectiva da porção distal da ferramenta de inserção da Figura 40A, com a bainha da Figura 1 sendo carregada na ferramenta de inserção;

[0105] A Figura 40C é uma vista em perspectiva da ferramenta de inserção e da bainha da Figura 40B, mostrando o conjunto sendo usado para enfiar um tendão em um orifício ósseo no osso;

[0106] A Figura 40D é uma vista em perspectiva da bainha e da ferramenta de inserção de bainha da Figura 40C, mostrando a bainha totalmente inserida no orifício ósseo;

[0107] A Figura 40E é uma vista em perspectiva da bainha da Fi gura 40D, mostrando a ferramenta de inserção removida, deixando o fio-guia acoplado à bainha implantada;

[0108] A Figura 41A é uma vista em perspectiva do parafuso ex- pansor da Figura 1, carregado no fio-guia da Figura 40E;

[0109] A Figura 41B é uma vista em perspectiva do parafuso ex- pansor da Figura 41A, mostrando a ferramenta de condução da Figura 1 sendo avançada sobre o fio-guia;

[0110] A Figura 41C é uma vista em perspectiva da ferramenta de condução e do parafuso expansor da Figura 41B, com a ferramenta de condução engatada ao parafuso expansor;

[0111] A Figura 41D é uma vista em perspectiva da ferramenta de condução e do parafuso expansor da Figura 41C, mostrando uma haste externa da ferramenta de condução avançada distalmente para posicionar os pinos da haste externa no interior das fendas da bainha;

[0112] A Figura 41E é uma vista em perspectiva da ferramenta de condução e do parafuso expansor da Figura 41D, mostrando o parafuso expansor completamente conduzido para dentro da bainha;

[0113] A Figura 41F é uma vista em perspectiva da ferramenta de condução e do parafuso expansor da Figura 41E, mostrando a ferramenta de condução removida, deixando o fio-guia se estendendo a partir do parafuso expansor disposto no interior da bainha;

[0114] A Figura 41G é uma vista em perspectiva da bainha e do parafuso expansor da Figura 41F, mostrando o fio-guia sendo removido do implante;

[0115] A Figura 42A é uma vista superior de uma outra modalida de de uma bainha tendo abas antiafundamento;

[0116] A Figura 42B é uma vista em perspectiva lateral da bainha da Figura 42A;

[0117] A Figura 42C é uma vista em perspectiva lateral da bainha da Figura 42A, disposta em um orifício ósseo e mostrada ancorando um tendão ao osso;

[0118] A Figura 42D é uma vista superior da bainha e do tendão da Figura 42C;

[0119] A Figura 43A é uma vista superior de uma outra modalida de de uma bainha tendo um flange proximal;

[0120] A Figura 43B é uma vista em perspectiva lateral da bainha da Figura 43A;

[0121] A Figura 43C é uma vista em perspectiva lateral da bainha da Figura 43A, disposta em um orifício ósseo e mostrada ancorando um tendão ao osso; e

[0122] A Figura 43D é uma vista superior da bainha e do tendão da Figura 43C.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0123] Certas modalidades exemplificadoras serão agora descritas para propiciar o entendimento geral dos princípios da estrutura, da função, da fabricação e do uso dos dispositivos e métodos aqui revelados. Um ou mais exemplos dessas modalidades estão ilustrados nos desenhos anexos. Os versados na técnica entenderão que os dispositivos e os métodos especificamente descritos na presente invenção e ilustrados nos desenhos anexos são modalidades exemplares não limitadoras, e que o escopo da presente invenção é definido somente pelas reivindicações. As características ilustradas ou descritas em relação a uma modalidade exemplificadora podem ser combinadas com as características de outras modalidades. Tais modificações e variações destinam-se a estar incluídas dentro do escopo da presente invenção.

[0124] Ao longo de todo este relatório descritivo, os termos "várias modalidades", "algumas modalidades", "uma modalidade" ou "a modalidade", ou similares, significam que um recurso, uma estrutura ou uma característica específico(a) descrito(a) em conjunto com a modalidade é incluído(a) em pelo menos uma modalidade. Portanto, a aparição das frases "em várias modalidades", "em algumas modalidades," "em uma (1) modalidade," ou "em uma modalidade", ou similares, em lugares do início ao fim do relatório descritivo não estão necessariamente todas referindo-se à mesma modalidade. Além disso, os recursos, estruturas ou características em particular podem ser combinado(a)s de qualquer maneira adequada em uma ou mais modalidades. Portanto, os recursos, estruturas ou características em particular ilustrado(a)s ou descrito(a)s em conjunto com uma modalidade podem ser combina- do(a)s, no todo ou em parte, com as estruturas dos recursos ou das características de uma ou mais outras modalidades, sem limitação.

[0125] Será entendido que os termos "proximal" e "distal" podem ser usados em todo o relatório descritivo com referência a um médico manipulando uma extremidade de um instrumento usado para tratar um paciente. O termo "proximal" refere-se a porção do instrumento mais próxima do médico e o termo "distal" refere-se a porção localizada mais afastada do médico. Deve-se considerar ainda que, para exa- tidão e clareza, termos espaciais como "vertical", "horizontal", "para cima" e "para baixo" podem ser usados na presente invenção com respeito às modalidades ilustradas. Entretanto, instrumentos cirúrgicos podem ser usados em muitas orientações e posições, e não se pretende que esses termos sejam limitadores e absolutos.

[0126] Em geral, são apresentados métodos e dispositivos para ancorar um ligamento ou tendão a um osso. Em uma modalidade exemplificadora, os métodos e dispositivos são usados para realizar uma tenodese do bíceps, porém o versado na técnica entenderá que os dispositivos e métodos podem ser usados em vários procedimentos, e para ancorar qualquer tecido a um osso. Em uma modalidade, é apresentado um implante cirúrgico tendo uma bainha, e um expansor que é recebido no interior da bainha. São apresentadas, também, várias ferramentas de aplicação, inclusive um insersor de bainha e um condutor. Em uso, o insersor de bainha pode ser usado para posicionar um tendão no interior de um orifício ósseo preparado, e pode ser usado para conduzir a bainha, com um fio-guia acoplado à mesma, para dentro do orifício ósseo. O condutor pode ser usado para conduzir o expansor para dentro da bainha. Um carregador pode, opcional-mente, ser usado para carregar o condutor e o expansor no fio-guia acoplado à bainha implantada.

[0127] O versado na técnica entenderá que os implantes cirúrgicos, as ferramentas de aplicação e os métodos aqui apresentados podem ser usados com uma variedade de dispositivos cirúrgicos, inclusive dispositivos de medição, brocas, malhos, etc.

[0128] As modalidades aqui descritas se referem genericamente a sistemas e métodos para realização de cirurgia de tenodese do bíceps. Em algumas modalidades, o sistema pode incluir quaisquer um ou mais dentre os seguintes componentes: um conjunto de âncora ou um implante tendo uma bainha e um expansor; uma ferramenta de in- serção de bainha; uma ferramenta de condução; e um carregador. Os componentes do sistema podem reduzir o número de etapas necessárias para executar uma tenodese do bíceps, e podem fazê-lo com mínimo risco de lesão ao tendão.

[0129] A Figura 1 ilustra uma modalidade de um sistema de teno-dese do bíceps que inclui uma ferramenta de inserção de bainha 300, uma bainha 100 acoplada a uma extremidade distal da ferramenta de inserção de bainha 300, uma ferramenta de condução 400, e um ex- pansor sob a forma de um parafuso 200 acoplado a uma extremidade distal da ferramenta de condução 400. Embora não seja mostrado na Figura 1, o sistema pode também incluir um carregador configurado para se encaixar de modo removível à ferramenta de condução 200 e ao parafuso 400, bem como a vários outros dispositivos, como ferramentas para preparação do osso e dispositivo de medição.

[0130] Os aparelhos e métodos aqui descritos podem ter várias vantagens sobre as técnicas existentes para realização de tenodese de bíceps. Em particular, a totalidade do procedimento de preparo da fixação pode ser simples e direto, e exige que um cirurgião execute apenas algumas etapas rápidas para fixar no osso a estrutura de implante, inclusive a bainha e o expansor. Pode ser evitado um risco de danificar o tendão durante a rotação do expansor ou qualquer outra técnica que exija a rotação de um componente em contato direto com o tendão. Como resultado, um risco de causar trauma ao tendão pode ser reduzido e o tempo necessário para preparar e fixar o tendão pode ser significativamente reduzido, o que pode facilitar a cirurgia e mitigar a inconveniência ao paciente. Além disso, as técnicas descritas podem ajudar a poupar custos referentes a sala de operação.

Implante

[0131] A Figura 2 ilustra com mais detalhes a bainha implantável da Figura 1. Em geral, a bainha é configurada para acomodar um ten- dão em redor de si, e para receber um expansor em seu interior, o que é eficaz para fazer com que a bainha se expanda para dentro do osso de modo a ancorar o tendão no interior de um orifício ósseo. A bainha pode ser formada a partir de qualquer material biocompatível, e pode, opcionalmente, ser bio-absorvível.

[0132] Embora o formato e a configuração da bainha possa variar,em uma modalidade exemplificadora a bainha 100 tem um formato cilíndrico genericamente alongado, com uma geometria em seção transversal circular ou oval. A bainha 100 tem uma extremidade proximal 100p e uma extremidade distal 100d, conforme mostrado na Figura 2. Conforme mostrado na vista lateral da bainha 100 na Figura 3, a bainha 100 pode ser uma bainha dividida, com uma primeira parede lateral 112a e uma segunda parede lateral 112b que estão conectadas na extremidade distal 100d e que são separadas pelas primeira e segunda fendas alongadas 114a e 114b se estendendo entre as mesmas. As fendas alongadas 114a e 114b podem se estender a partir da ex-tremidade proximal 100p, e podem terminar próximo à extremidade distal 100d. As fendas 114a e 114b têm, de preferência, um formato para assentar um elemento de garfo na ferramenta de inserção de bainha, conforme será discutido com mais detalhes abaixo. Na modalidade ilustrada, a largura das fendas 114a e 114b diminui em uma direção de proximal para distal. Conforme adicionalmente mostrado na Figura 2, a extremidade distal 100d da bainha 100 pode ser sólida e fechada, porém uma superfície interna 116 pode incluir um orifício 120 formado na mesma, que é configurado para receber um fio-guia 140 em seu interior. O orifício 120 é, de preferência, um orifício cego que é rosqueado para encaixe com uma ponta rosqueada do fio-guia 140, porém o orifício pode, opcionalmente, se estender totalmente através da extremidade distal.

[0133] Conforme mostrado na Figura 3, as fendas alongadas 114a e 114b formadas nas paredes laterais 112a e 112b da bainha 100 pode permitir a expansão da bainha. As fendas 114a e 114b entre as paredes laterais 112a e 112b da bainha 100 têm, de preferência, uma largura que é maior que uma largura dos garfos (discutidos abaixo), de modo que as paredes laterais 112a e 112b possam achatar-se para dentro, em direção ao garfo, para permitir que o tendão e a bainha 100 sejam empurrados para dentro do orifício ósseo. Por exemplo, as fendas 114a e 114b em estado de repouso podem ter uma largura que é maior que a largura do garfo, para permitir que as paredes laterais 112a e 112b da bainha 100 se movam radialmente para dentro, em direção ao garfo, por uma primeira distância até uma posição achatada. As paredes laterais podem, também, ser configuradas para fletir-se e mover-se radialmente para fora, afastando-se da posição de repouso por uma segunda distância até uma posição expandida. Em uma modalidade exemplificadora, a bainha 100 é configurada de modo a ter um estado de repouso em que as primeira e segunda distâncias são iguais. Esse tipo de configuração pode ser vantajoso, já que as paredes laterais 112a e 112b se movem a partir de uma posição de repouso média, em vez de ter a posição de repouso na posição expandida e precisar que a bainha se flexione através tanto da primeira como da segunda distâncias. Em uso, antes da implantação as paredes laterais 112a e 112b podem ter uma curvatura que pode ser semicircular. Quando a bainha 100 é inserida no orifício ósseo, as paredes laterais 112a e 112b podem achatar-se em uma orientação oval. Quando a bainha é expandida pelo expansor, as paredes laterais podem se expandir em uma orientação circular, o que pode ajudar a obter uma compressão uniforme ao redor de toda a bainha 100.

[0134] Em algumas modalidades, a bainha pode ser formada tendo uma espessura de parede variada. Conforme mostrado na Figura 6, um diâmetro externo Do da bainha pode ser substancialmente cons- tante ao longo da porção proximal, e pode afunilar-se distalmente para dentro ao longo da porção distal, para facilitar a inserção. O lúmen interno da bainha 100 pode ter tanto um diâmetro interno menor D1 como um diâmetro interno maior D2. O diâmetro interno maior D2 (e, opcionalmente, o diâmetro interno menor D1) da bainha 100 pode afunilar-se distalmente para dentro a partir da extremidade proximal 100p, em direção à extremidade distal 100d, de modo que uma espessura das paredes laterais 112a e 112b em uma porção média 100 m da bainha 100 seja maior que uma espessura na extremidade proximal 100p e na extremidade distal 100d da bainha. Como resultado, quando o parafuso 200 é inserido na bainha 100, uma porção média 100 m da bainha 100, isto é, uma porção da bainha que é colocada sob o córtex, pode se expandir até um diâmetro que é maior que um diâmetro da bainha 100 na extremidade proximal 100p, isto é, uma porção da bainha posicionada no interior do córtex. A expansão da porção média 100 m "ancora", assim, a bainha 100 para impedir a retração da bainha 100 de volta através da abertura do orifício ósseo.

[0135] Conforme mostrado na Figura 2, a bainha 100 pode incluir,também, uma superfície voltada para o lado distal que é côncava ou em formato de sela para assentar-se o tendão sobre a mesma. Essa superfície pode ser usada para ajudar na retenção do tendão durante a inserção ou imersão do tendão e da bainha 100 no orifício ósseo. Esse recurso pode ser usado em conjunto com, ou independentemente de, outros recursos de retenção de tendão.

[0136] Conforme adicionalmente mostrado, a bainha pode incluir uma superfície proximal convexa sobre cada parede lateral 112a e 112b. O formato convexo oferece uma borda arredondada que pode ajudar a evitar danos a qualquer tecido em contato com a bainha.

[0137] A bainha 100 pode incluir, também, várias características de superfície formadas sobre a mesma para facilitar o engate ao osso. Em uma modalidade, a bainha 100 pode ter recursos de superfície, como nervuras 106a, 106b, 106c, 106d e 106e, e cada nervura pode ser uniplanar, de modo a permitir que a bainha seja inserida no osso sem a necessidade de rotação da bainha. Uma porção distal 102 da bainha pode ser isenta de recursos de superfície. Embora sejam mostradas nervuras, o versado na técnica entenderá que a bainha pode incluir vários recursos de superfície para engate ao osso, como roscas, dentes ou outras protuberâncias.

[0138] Conforme indicado acima e adicionalmente mostrado na Figura 7, o interior da bainha 100 pode ter um orifício 120 formado na ponta distal sólida da bainha 100. O orifício 120 pode ser configurado para receber o fio-guia 140. A bainha 100 pode ser pré-embalada no fio-guia 140, para otimizar a facilidade de uso durante o procedimento cirúrgico. Em uma modalidade exemplificadora, conforme mostrado na Figura 11A, o fio-guia 140 tem um comprimento predeterminado que é suficiente para permitir que o fio-guia se encaixe à bainha e se estenda totalmente através da, e para dentro da, porção de cabo de cada um dentre o dispositivo de inserção e o dispositivo de condução. O fio- guia pode também ter uma ponta distal rosqueada 142 que é configurada para encaixar-se às roscas (não mostradas) formadas no orifício 120 na bainha 100. Em uma modalidade, o orifício 120 é um orifício cego, de modo que o fio-guia 140 não se projeta através da extremidade distal 100d e fica retido dentro da bainha 100. Em uma modalidade alternativa, o orifício pode se estender totalmente através da ponta distal, permitindo assim que o fio-guia 140 se projete através da extremidade da bainha 100.

[0139] Conforme adicionalmente mostrado na Figura 7, a bainha 100 pode incluir recursos formados sobre a superfície interna das paredes laterais 112a e 112b. Por exemplo, as paredes laterais 112a e 112b podem incluir roscas 124 formadas sobre as superfície voltadas para dentro das mesmas, para encaixe rosqueado com o parafuso 200. Em algumas modalidades, as roscas podem se estender ao longo de uma porção do interior das paredes laterais 112a e 112b, ou completamente ao longo do interior das paredes laterais 112a e 112b. Recursos internos adicionais podem incluir, mas não se limitam a, cristas, elementos de engate ou detentores que poderiam ser usados para ajudar a bainha 100 a puxar ou engatar o parafuso 200 em sua posição final. Em uma modalidade exemplificadora, as roscas 124 são conformadas para coincidir com as roscas no parafuso 200 quando a bainha 100 está no estado expandido, não no estado de repouso, conforme será discutido com mais detalhes abaixo.

[0140] Em algumas modalidades, a bainha 100 pode incluir abas antiafundamento formadas na extremidade proximal 100p. Por exemplo, as Figuras de 2 a 7 ilustram quatro abas antiafundamento, 110a, 110b, 110c e 110d, cada qual tendo uma configuração genericamente retangular e que se estendem radialmente para fora a partir de uma extremidade proximal 100p da bainha 100, para impedir a inserção excessiva da bainha 100 no orifício ósseo. Em particular, a primeira e a segunda abas antiafundamento 110a e 110b se estendem a partir de lados opostos da primeira parede lateral 112a, e a quarta e a quinta abas antiafundamento 110c e 110d se estendem a partir de lados opostos da segunda parede lateral 112b. As abas antiafundamento 110a, 110b, 110c e 110d estão, portanto, dispostas em posição adjacente às fendas 114a e 114b. As abas antiafundamento 110 de preferência se estendem radialmente para fora a partir da bainha 100, para além de uma dimensão ou um diâmetro externo máximo da bainha, de modo a agir como um bloqueio que limita a profundidade de inserção da bainha em um orifício ósseo.

[0141] As Figuras de 42A a 42D ilustram uma outra modalidade de uma bainha 150 tendo abas antiafundamento 156a, 156b, 156c e 156d formadas em uma extremidade proximal superior 150p. Por exemplo, a Figura 42A é uma vista superior de uma bainha tendo dois pares de abas antiafundamento 156a, 156b, 156c e 156d, que se estendem radialmente para fora a partir de lados opostos da bainha 150. Em particular, conforme mostrado na Figura 42B, a primeira e a segunda abas 156a e 156c se estendem a partir de lados opostos de uma primeira parede lateral 158a, e a quarta e a quinta abas 156b e 156d se estendem a partir de lados opostos de uma segunda parede lateral 158b. As abas 156a, 156b, 156c e 156d estão dispostas em posição adjacente às fendas 154a e 154b que separam as paredes laterais 158a e 158b. Os pinos bifurcados da ferramenta de inserção, discutidos com mais detalhes abaixo, podem se encaixar com as fendas 154a e 154b para inserir a bainha 150 no orifício ósseo. Em uso, conforme mostrado na Figura 42C, a superfície de topo 152 da bainha 150 ou a extremidade proximal 150p está configurada para permanecer acima da superfície de topo do osso 500. Conforme mostrado na Figura 42D, as abas anti- afundamento 156a, 156b, 156c e 156d estarão em posição limítrofe à superfície de topo do osso, se estendendo para além do orifício ósseo para limitar a profundidade de inserção da bainha 150 no orifício ósseo. As abas de 156a a 156d são, de preferência, orientadas de modo que fiquem posicionadas em lados opostos do tendão, isto é, em uma direção perpendicular ao tendão. Por exemplo, a primeira e a segunda abas 156a e 156b podem estar em posição próxima ao lado esquerdo do tendão 600l, e a terceira e a quarta abas 156c e 156d podem estar em posição próxima ao lado direito do tendão 600r. As abas antiafun- damento 156a, 156b, 156c e 156d podem comprimir o tendão contra o osso para facilitar o ancoramento do tendão ao osso.

[0142] As Figuras de 43A a 43D ilustram uma outra modalidade de uma bainha 160 tendo um recurso antiafundamento. Nesta modalidade, a extremidade proximal 160p da bainha 160 inclui os flanges pro- ximais 162a e 162b se estendendo radialmente para fora a partir da superfície proximal 168 de cada parede lateral. Em particular, o primeiro e o segundo flanges proximais 162a e 162b podem se estender a partir de lados opostos para além do diâmetro 160D da bainha 160. Conforme mostrado na Figura 43B, a bainha 160 pode incluir fendas alongadas opostas 164a e 164b se estendendo a partir da extremidade proximal 160p em direção à extremidade distal 160d. As fendas alongadas 164a e 164b podem terminar em posição próxima à ponta distal sólida 166, e podem ser configurados para serem acoplados a uma ferramenta de inserção, conforme será discutido com mais detalhes abaixo. Conforme mostrado nas Figuras 42A e 42B, o primeiro flange 162a pode se estender entre a primeira e a segunda fendas alongadas 164a e 164b, se estendendo circunferencialmente em redor do perímetro da superfície proximal 168 da primeira parede lateral 170a. O segundo flange proximal 162b pode se estender entre a primeira e a segunda fendas alongadas 164a e 164b, se estendendo cir- cunferencialmente em redor do perímetro da superfície proximal 168 da segunda parede lateral 170b. Cada um dos flanges 162a e 162b pode ter um formato genericamente semicircular ou oblongo. Conforme mostrado pela Figura 43C, quando a bainha é implantada em um orifício ósseo, o tendão 600 ficará engatado entre os flanges proximais 162a e 162b e a superfície do osso. Os flanges proximais 162a e 162b podem, assim, ser posicionados na superfície de topo do tendão 600 cobrindo o osso. Os flanges proximais 162a e 162b podem ser formados a partir de um material flexível, e podem ser configurados para proporcionar alívio ao tendão mediante flexão. Conforme mostrado na Figura 43D, as bordas externas 172b e 147b dos flanges proximais 162a e 162b podem fletir-se para cima e na direção contrária à superfície do osso, enquanto as bordas internas 172a e 174a dos flanges proximais 162a e 162b, situadas em posição próxima às fendas alon- gadas 164a e 164b, podem fletir-se para baixo em direção ao orifício ósseo, pressionando o tendão 600 no lugar. Nesta modalidade, os flanges 162a e 162b estão orientados em linha com o tendão, de modo que o primeiro flange 162a se estende através do tendão ao longo de um lado do orifício ósseo, isto é, o lado distal, e o segundo flange 162b se estende através do tendão ao longo do lado oposto do orifício ósseo, isto é, o lado proximal.

[0143] Novamente com referência à modalidade da Figura 2, a bainha 100 pode incluir, adicionalmente, abas de retenção cortical 108a e 108b, posicionadas ao longo da seção central da bainha 100, por exemplo em um local apenas distal à extremidade proximal 100p. As abas de retenção cortical 108a e 108b são, de preferência, posicionadas a cerca de 2 mm da extremidade mais proximal de modo que as abas de retenção cortical 108a e 108b fiquem posicionadas um pouco além do osso cortical e dentro do tecido ósseo esponjoso quando a bainha 100 é implantada em um orifício ósseo. As abas de retenção cortical 108a e 108b podem ser dimensionadas para corresponder a um diâmetro do orifício ósseo. Isso permite que as abas de retenção cortical 108a e 108b sejam passadas para dentro do orifício ósseo. Em outras palavras, as abas de retenção cortical 108a e 108b podem ter um diâmetro externo que é igual a ou menor que uma dimensão ou um diâmetro externo máximo da bainha 100. Uma vez implantada e após a inserção do parafuso na bainha 100, a bainha se expandirá para fazer com que as abas de retenção cortical 108a e 108b, ou ao menos um canto externo das mesmas, se estenda sob a superfície do córtex para impedir que sejam puxadas para fora, travando assim a bainha 100 no osso. Na modalidade ilustrada, a bainha 100 inclui quatro abas de retenção cortical 108a, 108b, 108c e 108d, com duas em lados opostos de cada parede lateral 112a e 112b. Entretanto, a bainha 100 pode incluir qualquer número de abas de retenção cortical 108a e 108b.

[0144] Conforme mostrado na Figura 4, a bainha 100 pode incluir também abas antiachatamento 128a, 128b, 128c e 128d integralmente formadas ou posicionadas nas paredes interiores 126a e 126b para impedir o achatamento das paredes 126a e 126b para além de uma posição predeterminada. Na modalidade ilustrada, uma borda de cada uma dentre a primeira e a segunda paredes laterais 112a e 112b, se estendendo em posição adjacente às primeira e segunda fendas alongadas 114a e 114b, definem quatro abas antiachatamento. As abas podem se mover uma em direção à outra, mas agem como um bloqueio para impedir que as paredes laterais 112a e 112b se achatem totalmente. As abas 128a, 128b, 128c e 128d podem, assim, permitir que as paredes laterais se achatem uma em direção à outra quando a bainha 100 e o tendão são inseridos no osso, mas antes da conclusão do procedimento e a inserção do parafuso 200.

[0145] Conforme indicado acima, a bainha 100 é configurada para receber em seu interior um parafuso 200 que é eficaz para expandir a bainha 100 para ancorar a bainha 100 e o ligamento acoplado à mesma no interior de um orifício ósseo. Conforme mostrado na Figura 8A, em uma modalidade o parafuso 200 pode ter um formato genericamente cilíndrico com um diâmetro menor constante D1 ao longo de ao menos uma porção proximal 200p e, de preferência, ao longo da maior parte do comprimento, por exemplo, mais da metade do comprimento total. Uma porção distal 200d do parafuso 200 pode afunilar-se distal- mente para dentro até um diâmetro reduzido na extremidade mais distal. O parafuso 200 pode ter roscas 202 formadas ao longo do mesmo e se estendendo ao longo da totalidade de seu comprimento, para facilitar o engate à bainha 100. O parafuso 200 pode ser totalmente canu- lado para permitir que o parafuso 200 seja aplicado sobre um fio-guia 140, e o parafuso 200 pode ter uma superfície plana voltada para o lado proximal 206 e uma superfície plana voltada para o lado distal 208. A superfície proximal 206 e a superfície distal 208, porém, podem ter vários formatos, e o formato pode ser configurado para conformar- se à superfície da bainha e/ou do osso. Conforme adicionalmente mostrado nas Figuras 8A e 9, o lúmen interno 210 pode ter um diâmetro que é dimensionado para receber um fio-guia. Ao menos uma porção proximal do lúmen interno 210 pode ser conformada para receber uma ferramenta de condução. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 8A, a porção proximal 200p pode ter um orifício hexagonal para receber uma ferramenta de condução hexagonal.

[0146] Novamente com referência à Figura 1, o parafuso 200 pode ser inserido na bainha 100 durante o uso. Mediante a inserção na bainha 100, o parafuso 200 pode fazer com que a bainha 100 se expanda. Em uma modalidade exemplificadora, as roscas 202 no parafuso 200 têm uma altura Ht (Figura 8) que é menor que uma altura Hg (Figura 6) das roscas internas 124 formadas na bainha 100. Essa configuração permitirá que o diâmetro menor D1 do parafuso 200 entre em contato com o diâmetro menor interno D1 (Figura 6) da bainha 100 e, assim, cause a expansão da bainha 100. Como resultado, as roscas 202 não são dimensionadas para causar expansão da bainha 100 e, em vez disso, o diâmetro menor do parafuso 200 causa a expansão. Adicionalmente, o parafuso 200 pode ser formatado para fazer com que a porção média mais espessa da bainha 100 se expanda radialmente para fora por uma distância que é maior que a extremidade proximal 100p e a extremidade distal 100d da bainha, de modo que a porção média 100 m forma o diâmetro maior da bainha 100 no estado expandido, conforme anteriormente discutido em relação à Figura 7.

[0147] O versado na técnica entenderá que o expansor pode ter uma variedade de outras configurações, e o expansor pode ser configurado para ser inserido na bainha de modo não giratório, inserido na bainha de modo giratório, ou ser inserido na bainha de modo parcialmente não giratório e parcialmente giratório. A Figura 8B ilustra uma modalidade de um expansor 220 que é configurado para ser inserido na bainha de modo parcialmente não giratório e, então, inserido na bainha de modo giratório. Em particular, o expansor 220 inclui uma porção proximal 220p tendo roscas 222 formadas sobre a mesma, e uma porção distal 220d que não é rosqueada e é isenta de recursos de superfície. O comprimento das porções proximal e distal 220p e 220d pode variar mas, em uma modalidade exemplificadora, cada por-ção tem cerca de metade do comprimento total do expansor 220. A porção proximal ilustrada 220p tem um formato genericamente cilíndrico com um diâmetro menor constante D1, e a porção distal 220d do expansor 220 se afunila distalmente para dentro, até um diâmetro reduzido na extremidade mais distal. O expansor 220 pode ser totalmente canulado para permitir que o expansor 220 seja aplicado sobre um fio-guia 140, e o expansor 220 pode ter uma superfície plana voltada para o lado proximal 226 e uma superfície plana voltada para o lado distal 228. Em uso, a porção distal não rosqueada 220d do expansor 220 pode ser avançada de modo não giratório para dentro da bainha 100. Uma vez que a porção distal 220d esteja completamente disposta no interior da bainha 100, o expansor 220 pode, então, ser girado para rosquear a porção proximal 220p na bainha. A bainha pode incluir roscas correspondentes ao longo de toda uma superfície interna da mesma, ou ao longo de uma porção proximal da superfície interna da mesma, para encaixe com as roscas 222 no expansor 220.

[0148] A Figura 8C ilustra uma outra modalidade de um expansor 240 que está configurado para ser avançado de modo não giratório para dentro de uma bainha. Em geral, o expansor 240 tem um formato genericamente cilíndrico com um diâmetro menor constante D1 ao longo de uma porção proximal 240p e uma barriga convexa ao longo de uma porção média 240m até uma porção distal 240d. A porção distal 240d do expansor 240 é afunilada distalmente para dentro, até um diâmetro reduzido na extremidade mais distal. A porção média 240m e a porção distal 240d podem ser isentas de quaisquer recursos de superfície, e podem ser relativamente lisas. A porção proximal 240p, por outro lado, pode incluir uma ou mais nervuras ou flanges 242 formados sobre a mesma e se estendendo circunferencialmente ao redor da mesma. Na modalidade ilustrada, a porção proximal 240p inclui duas nervuras 242 formadas sobre a mesma e longitudinalmente espaçadas. Cada nervura 242 inclui uma superfície plana voltada para a parte proximal 242p e uma parede lateral externa tendo uma porção proximal com diâmetro constante 242c e uma porção distal afunilada 242t. As nervuras 242 têm um diâmetro externo que é maior que o diâmetro interno menor do expansor 240. O expansor 240 pode ser totalmente canulado para permitir que o expansor 240 seja aplicado sobre um fio- guia 140, e o expansor 240 pode ter uma superfície plana voltada para o lado proximal 246 e uma superfície plana voltada para o lado distal 248. Em uso, o expansor 240 pode ser avançado de modo não giratório para dentro da bainha 100. As nervuras 242 sobre a porção proximal 240 pode fazer com que a bainha se expanda para fora, ancorando assim a bainha no interior do orifício ósseo.

Dispositivo de inserção de bainha

[0149] São apresentadas, também, várias ferramentas de inserção, para inserir a bainha 100 e/ou o parafuso 200 em um orifício ósseo. A ferramenta de inserção pode, também, ser usada para executar várias outras funções em conexão com a inserção da bainha em um orifício ósseo. Por exemplo, a ferramenta de inserção de âncora pode ser eficaz para medir inicialmente um tamanho de um tendão. Podem ser obtidas múltiplas ferramentas de inserção tendo tamanhos diferentes, com os tamanhos correspondendo à bainha e ao parafuso ade- quadamente dimensionados para uso com as mesmas. A ferramenta de inserção pode, também, ser configurada para inserir, ou "introduzir" um tendão em um orifício ósseo pré-perfurado, e para manter o tendão no interior do orifício ósseo enquanto se aplica uma bainha 100 no orifício ósseo. A ferramenta de inserção pode, adicionalmente, ser configurada para receber em seu interior um fio-guia 140, que é acoplado à bainha 100. Isso pode permitir que a bainha 100, com o fio-guia 140 encaixado à mesma, seja aplicada em um orifício ósseo, e o fio-guia 140 pode então permanecer com a bainha 100 e facilitar a aplicação de um expansor no interior da bainha. Em certas modalidades exem- plificadoras, a ferramenta de inserção pode ser configurada para engatar fixamente o fio-guia 140, de modo a impedir o movimento do mesmo durante a introdução do tendão e durante a aplicação da bainha 100, e pode ser configurada para liberar seletivamente o fio-guia 140 uma vez que a bainha 100 esteja implantada, para permitir que a ferramenta seja removida do fio-guia 140, deixando a bainha 100 implantada com o fio-guia 140 se estendendo a partir da mesma.

[0150] As Figuras de 10 a 17 ilustram uma modalidade exemplifi-cadora de uma ferramenta de inserção de bainha 300 e vários componentes e recursos da mesma. Conforme mostrado, a ferramenta de inserção de bainha 300 geralmente inclui um componente externo tendo um cabo 302 com uma haste externa 306 se estendendo a partir do mesmo e um componente interno que inclui um gatilho 304 que está acoplado de maneira deslizante ao cabo 302, e uma haste interna 310 se estendendo a partir do gatilho 304 e através da haste externa 306. A haste interna 310 inclui recursos para interação com a bainha. A ferramenta de inserção de bainha 300 pode também incluir recursos dispostos no interior do cabo 302 para controlar o movimento das hastes interna e externa, 310 e 306, uma em relação à outra, conforme será discutido com mais detalhes abaixo.

[0151] O cabo 302 pode ter uma variedade de configurações mas,na modalidade ilustrada, o cabo 302 no componente externo tem uma configuração cilíndrica genericamente alongada para facilitar o manuseio do mesmo. O cabo 302 pode ter um orifício se estendendo através do mesmo a partir da extremidade distal 302d e terminando em posição apenas distal à extremidade mais proximal. Em outras modalidades, entretanto, o orifício pode se estender através da extremidade proximal do cabo 302. O orifício pode ser configurado para receber vários componentes para controlar o movimento das hastes interna e externa, uma em relação à outra. Uma porção distal do orifício pode receber a extremidade proximal da haste externa 306 para encaixar a haste no cabo. O cabo 302 pode incluir, adicionalmente, recortes longitudinais alongados 338a e 338b, formados em paredes laterais opostas do mesmo, e em comunicação com o lúmen interno. Os recortes 338a e 338b podem permitir que o gatilho 304 no componente interno se estenda através do mesmo e se mova de maneira deslizante ao longo do mesmo.

[0152] O gatilho 304 pode, também, ter várias configurações mas,conforme mostrado, o gatilho 304 tem geralmente um formato de T e inclui superfícies de preensão voltadas para o lado distal 340a e 340b. O gatilho 304 se estende lateralmente para fora a partir de lados opostos do gatilho 302, através dos recortes 338a e 338b e, assim, permite que um usuário coloque a extremidade proximal 300p do cabo 302 em sua palma e segure o gatilho 304 com dois dedos para puxar proxi- malmente o gatilho 304. O gatilho pode, portanto, deslizar proximal- mente e distalmente em relação ao cabo. Conforme adicionalmente mostrado na Figura 11A, o gatilho 304 pode ser encaixado de modo fixo à, ou integralmente formado na, extremidade proximal da haste interna 310. Como resultado, o movimento do gatilho 304 em relação ao cabo 302 move a haste interna 310 em relação à haste externa 306.

[0153] Conforme indicado acima, o cabo pode incluir recursos adi cionais para controlar o movimento dos componentes internos e externos, um em relação ao outro. Conforme mostrado na Figura 11A, o cabo 302 inclui um elemento de deslocamento principal 314, por exemplo uma mola, disposto em seu interior e configurado para aplicar uma força de alteração distal ao gatilho 304. O elemento de deslocamento principal 314 empurra, assim, o gatilho 304 e portanto a haste interna 310 distalmente. Para mover o gatilho 304 e a haste interna 310 proximalmente em relação ao cabo 302 e à haste externa 306, a força de alteração precisa ser superada para causar a compressão do elemento de deslocamento principal 314. Em uma modalidade exem- plificadora, uma primeira força pode ser aplicada para mover o gatilho 304 em uma direção proximal ao longo de uma primeira faixa de movimento, isto é, uma primeira distância, para causar uma compressão ao menos parcial do elemento de deslocamento principal 314. O gatilho 304 pode, também, mover-se mais proximalmente ao longo de uma segunda faixa de movimento, isto é, uma segunda distância, porém o cabo 302 pode ser configurado para impedir o movimento proximal para além da primeira faixa de movimento, exceto quando uma segunda força é aplicada ao gatilho 304, com a segunda força sendo maior que a primeira força. O segundo elemento de deslocamento 318, por exemplo uma mola, pode fornecer a segunda força para movimento proximal para além da primeira faixa de movimento. Conforme mostrado na Figura 11A, o elemento de deslocamento secundário 318 está situado em posição proximal ao elemento de deslocamento primário 314.

[0154] O cabo pode, também, incluir um recurso para engatar o fio-guia encaixado à bainha. Em uma modalidade, um retentor de fio- guia ou uma garra de fio-guia 316 pode estar disposto entre os ele- mentos de deslocamento primário e secundário, 314 e 318. O retentor do fio-guia 316 pode incluir um orifício 342 formado em seu interior, que é configurado para receber uma extremidade proximal do fio-guia 140 encaixado à bainha 100. O orifício 342 é, de preferência, dimensionado para engatar-se ao fio-guia 140 mediante encaixe por compressão, para manter o fio-guia 140 em uma posição fixa. Em uma modalidade, o retentor do fio-guia 316 pode ser formado a partir de um material compressível para engatar-se ao fio-guia. O versado na técnica entenderá, entretanto, que outras técnicas podem ser usadas para engatar o fio-guia. A garra do fio-guia pode mover-se axialmente no interior do cabo, e o movimento proximal até uma certa posição pode fazer com que a garra do fio-guia libere o fio-guia. O elemento de deslocamento secundário 318 pode aplicar a força de alteração distalmente orientada ao retentor do fio-guia 316, para impedir o movimento proximal do retentor do fio-guia até que a segunda força seja aplicada, para fazer com que o retentor se mova proximalmente e libere o fio-guia.

[0155] Para permitir que o elemento de deslocamento secundário aplique uma força secundária, a extremidade proximal do elemento de deslocamento secundário 318 pode definir uma superfície de apoio. Em particular, conforme mostrado, o cabo 302 pode incluir um elemento mais proximal, por exemplo um êmbolo do cabo 320, que fica em contiguidade à superfície interna mais proximal do cabo 302, e que permite que o elemento de deslocamento secundário 318 seja comprimido entre este e o retentor do fio-guia 316. Em uso, quando o gatilho 304 é movido proximalmente por uma primeira distância, através da primeira faixa de movimento, o elemento de deslocamento primário 314 comprime. O elemento de deslocamento secundário 318 aplica uma força de alteração ao retentor do fio-guia 316 que é suficiente para impedir o movimento proximal do retentor do fio-guia 316 e, portanto, para resistir ao movimento do gatilho 304 para além da primeira faixa de movimento. Quando desejado, uma força maior pode ser aplicada para mover o gatilho 304 mais proximalmente através da segunda faixa de movimento. A força maior precisa ser suficiente para superar a força de alteração do elemento de deslocamento secundário 318. Quando o gatilho 304 é movido mais proximalmente, para além da primeira faixa de movimento e através da segunda faixa de movimento, o retentor do fio-guia 316 se move proximalmente para fazer com que o elemento de deslocamento secundário 318 exerça compressão. Conforme será discutido com mais detalhes abaixo, o movimento proximal do retentor do fio-guia 316 liberará o fio-guia 140, pois a conexão de encaixe entre a bainha 100 e o fio-guia 140, e a contiguidade da bainha 100 contra a extremidade distal da haste externa 306, impedira o fio-guia 140 de se mover proximalmente com o retentor do fio-guia 316. A ferramenta de inserção de bainha 300 pode, assim, ser removida, deixando o fio-guia 140 para trás.

[0156] O versado na técnica entenderá que o cabo pode incluir outros recursos, como um mecanismo de travamento, para travar de modo liberável os componentes internos e externos de um para outro. A título de exemplo não-limitador, as Figuras 11B e 11C ilustram uma modalidade de um mecanismo de travamento que poderia estar situado no cabo 302 e configurado para se engatar a uma porção proximal da haste interna 310. O mecanismo de travamento inclui uma trava 914 que pode ser disposta em vários locais no cabo 302. A trava 914 está, geralmente, sob a forma de uma haste alongada tendo um recorte formado na mesma. O recorte inclui um pino longitudinalmente estendido que é configurado para ser movido para dentro e para fora de um orifício na extremidade proximal da haste interna 310. Quando a trava 914 é empurrada em direção a um lado do cabo 302 e o pino se estende através de um orifício, a haste interna está impedida de se mover. Ao contrário, quando a trava 914 é empurrada em direção ao outro lado do cabo, de modo que o pino seja removido do orifício, a haste interna está livre para se mover. Consequentemente, quando em uma posição travada, a trava 914 impede o movimento proximal do atuador e trava as hastes interna e externa, impedindo que se movam longitudinalmente uma em relação à outra. Quando na posição destravada, o atuador e a haste interna 310 pode mover-se proximalmente em relação ao cabo 302 e à haste externa 306. O versado na técnica entenderá que uma variedade de outros mecanismos de travamento conhecidos na técnica podem ser usados para travar os componentes internos e externos um em relação ao outro.

[0157] Conforme indicado acima, a haste interna 310 está acoplada ao, e se estende a partir do, gatilho 304, e pode ter um formato cilíndrico genericamente alongado com um garfo 308 em uma extremidade distal 300d da mesma. O garfo 308 pode funcionar tanto para medir um tendão como para facilitar a inserção do tendão e da bainha 100 em um orifício ósseo. A Figura 12A é uma vista ampliada transparente do garfo 308, e a Figura 12B é uma vista de extremidade do garfo 308. Conforme mostrado, o garfo 308 inclui o primeiro e o segundo pinos alongados 324a e 324b, que se estendem longitudinalmente ao longo de lados opostos de uma porção central cilíndrica 328. Cada um dos pinos alongados 324a e 324b pode ter um formato em seção transversal genericamente quadrado ou retangular, e os pinos 324a e 324b podem ser acoplados à porção central cilíndrica 328 por meio de conectores 326 se estendendo longitudinalmente ao longo de todo o comprimento da extremidade distal. Os conectores 326 podem ter uma largura Wc que é menor que uma largura Wp dos pinos 324a e 324b. A porção central 328 pode incluir um orifício de fio-guia 330, ou uma canaleta se estendendo através da mesma e dimensionada para receber de maneira deslizante o fio-guia 140 encaixado à bainha 100. O par de pinos 324a e 324b pode se estender distalmente para além dos conectores |326 e da porção central 328 por uma distância predeterminada D para, assim, definir uma reentrância em formato de U 322 entre o par de pinos 324a e 324b. A reentrância em formato de U 322 pode ser configurada para receber a bainha 100 em seu interior, com os pinos 324a e 324b se estendendo para dentro dos recortes da parede lateral oposta na bainha 100. Em uma modalidade, a reentrância em formato de U 322 pode incluir uma protuberância em formato de cone, formada em seu interior para oferecer suporte à bainha 100. A protuberância pode ter uma porção cilíndrica proximal com uma porção distal afunilada cujo diâmetro diminui distalmente.

[0158] O versado na técnica entenderá que o primeiro e o Segundo pinos alongados do garfo podem ter uma variedade de outras configurações. As Figuras 12C e 12D ilustram uma modalidade de uma ferramenta de inserção que é similar à ferramenta de inserção 300 e inclui uma haste externa 306' e uma haste interna (não mostrada) com um garfo 308' na extremidade distal da mesma. Nesta modalidade, o garfo 308' tem pinos 324' que são deformáveis e que podem ser configuradas para curvar ou fletir para fora em uma configuração genericamente convexa. A haste interna e o garfo 308' podem ser configurados para serem travados em relação à haste externa 306' e, em uso, esse tipo de configuração pode ajudar a introduzir completamente uma bainha em um orifício ósseo raso, onde o comprimento da bainha é menor que a profundidade do orifício no osso, mas o comprimento total dos garfos de inserção retráteis estendidos e travados é mais longo que a profundidade do orifício no osso. Em particular, a Figura 12C ilustra pinos 324' tendo uma configuração genericamente linear. Uma vez inserido através de um orifício ósseo H e para dentro do osso B, o garfo de inserção retrátil estendido e travado 308' pode ter um comprimento que permite que os pinos 324' estejam em contiguidade contra uma superfície interna oposta do osso B. Os pinos 324' podem, as- sim, deformar-se e curvar-se para fora, conforme mostrado na Figura 12D. A expansão para fora dos pinos 324' ocorrerá abaixo do córtex próximo, contra a parede cortical mais interior, ajudando assim a ancorar a bainha (não mostrada) totalmente rente no interior do orifício ósseo.

[0159] A Figura 13 ilustra o garfo 308 se estendendo a partir da extremidade distal da haste externa 306. Conforme mostrado, a haste externa 306 tem um diâmetro externo Db que é maior que uma largura máxima Wp dos pinos 324a e 324b. Esse tipo de configuração permitirá que a extremidade proximal da bainha fique em contiguidade com a extremidade distal da haste externa 306 quando o garfo 308 é inserido na bainha 100.

[0160] Conforme indicado acima, a haste interna pode mover-se axialmente em relação à haste externa para retrair e estender o garfo para dentro e para fora da haste externa 306. Conforme mostrado na Figura 14A, a superfície da extremidade voltada para a parte distal do cilindro 306d pode incluir um recorte 336 formado no mesmo que é conformado para corresponder ao formato do garfo 308 na haste interna 310. O recorte 336 permite, assim, que o garfo 308 seja totalmente retraído para dentro da haste externa 306, conforme mostrado na Figura 14A, e também permite que o fio-guia 140 seja recebido em seu interior. Quanto totalmente montado, o fio-guia 140 e a bainha 100 encaixada ao mesmo podem ser deslizados em uma direção proximal para dentro da extremidade distal da haste externa 306. O fio-guia 140 pode ser movido proximalmente até que a extremidade proximal do fio- guia 140 seja recebida no interior do, e engatada ao, retentor do fio- guia 316 no cabo 302. A bainha ficará em contiguidade com a extremidade distal do cilindro para impedir movimento proximal adicional da bainha e do fio-guia.

[0161] Em uma outra modalidade, mostrada nas Figuras 14B e 14C, a haste externa 306'' pode incluir recortes ou reentrâncias 307'' que são configurados para assentar as abas antiafundamento sobre a extremidade proximal da bainha 100. As reentrâncias 307'' podem ser formadas sobre lados opostos do recorte 336'' para permitir que as abas antiafundamento na bainha permaneçam sem a extremidade distal da haste externa 306''. Conforme adicionalmente mostrado nas Figuras 14A e 14B, a haste externa 306'' pode opcionalmente incluir recursos para facilitar a inserção percutânea da haste externa 306'' através do tecido. Por exemplo, uma concavidade 308'' (somente uma é mostrada) pode ser formada em lados opostos da haste externa 306'' adjacente à extremidade distal, para reduzir o perfil da haste externa e, assim, facilitar a inserção da extremidade distal através do tecido. A concavidade 308'' em cada parede lateral pode também assentar o tendão, proporcionando alívio ao tendão durante o avanço da bainha para dentro do orifício ósseo.

[0162] A Figura 15 ilustra a bainha 100 carregada sobre a extremidade distal do dispositivo de inserção. Conforme mostrado, a haste externa 306 pode ter um diâmetro 306d que é maior que o diâmetro principal das nervuras na bainha 100, e que é maior que uma largura máxima entre os pinos 324a e 324b sobre o garfo da ferramenta de inserção. O diâmetro externo da haste externa 306 pode ser dimensionado em relação à largura das abas antiafundamento 110a, 110b, 110c e 110d, de modo que a extremidade distal da haste externa 306d possa, assim, operar em conjunto com as abas antiafundamento 110a, 110b, 110c e 110d na bainha 100, para impedir a inserção excessiva da bainha 100 no osso, já que tanto a haste externa 306 como as abas antiafundamento 110a, 110b, 110c e 110d podem estar em contiguidade com a superfície do osso quando a bainha é inserida em um ori-fício ósseo adequadamente dimensionado. O orifício ósseo é, de preferência, fresado mediante o uso de uma broca que é dimensionada para corresponder ao tamanho selecionado da ferramenta de inserção de bainha 300. Em particular, o orifício ósseo pode ser fresado para ter um diâmetro que é ligeiramente maior que o diâmetro das nervuras 106a, 106b, 106c, 106d e 106e na bainha 100, porém menor que a largura máxima das abas antiafundamento 110a, 110b, 110c e 110d na bainha 100. A extremidade distal da haste externa 306 impedirá, também, o movimento proximal da bainha 100 em relação à ferramenta de inserção, mantendo assim a bainha e o fio-guia fixados à mesma em uma posição fixa, conforme será discutido abaixo.

[0163] Em uma modalidade, o dispositivo de inserção de bainha pode ser obtido em múltiplos tamanhos que correspondem ao tamanho do tendão e da âncora. As Figuras 16A e 16B ilustram o dispositivo de inserção de bainha das Figuras 10 e 11A, com a Figura 16A mostrando uma ferramenta de inserção de bainha de tamanho pequeno 300s e a Figura 16B mostrando uma ferramenta de inserção de bainha de tamanho grande 300l, conforme fica evidente pelo tamanho aumentado da haste externa 306 l e do garfo 308l. As Figuras de 17A a 17C ilustram o uso do dispositivo de inserção. Na Figura 17A, o garfo 308 está na posição de repouso inicial, se estendendo a partir da haste externa 306. Na Figura 17B, o garfo 308 é mostrado totalmente retraído para dentro da haste externa 306, com o gatilho 304 movido proximalmente através da primeira faixa de movimentos. A Figura 17C mostra a retração completa do garfo 308 no interior da haste externa 306, e ilustra que o movimento proximal adicional através da segunda faixa de movimento pode liberar o fio-guia 140. A ferramenta de inserção de bainha 300 é, de preferência, inserida percutaneamente através do tecido, com o garfo 308 na posição totalmente retraída.

Dispositivo de condução

[0164] São apresentados, também, vários dispositivos de condução para conduzir um expansor para dentro da bainha, uma vez que a bainha esteja implantada em um orifício ósseo. As Figuras 18 e 19 ilustram uma modalidade exemplificadora de uma ferramenta de condução 400. Conforme mostrado, a ferramenta de condução 400 inclui, geralmente, um cabo de condução 402 que tem uma haste interna 410 se estendendo distalmente a partir do mesmo, e um pegador 404 tendo uma haste externa 406 se estendendo distalmente a partir do mesmo. A haste interna 410 se estende através do pegador 404 e a haste externa 406, com o cabo de condução 402 posicionado próximo ao pegador 404. Um garfo anti-rotação 408 está situado em uma extremidade distal da haste externa 406 e pode ser configurado para impedir a rotação da bainha 100, já que a haste interna 410 é usada para rosquear o parafuso 200 na bainha 100. A haste interna 410 pode incluir uma canaleta do fio-guia 430 se estendendo através do mesmo para permitir que o fio-guia 140, encaixado à bainha 100, seja recebido em seu interior.

[0165] O cabo do inseridor 402 e a haste interna 410 podem ter uma variedade de configurações. Na modalidade ilustrada, o cabo de condução 402 tem uma configuração cilíndrica genericamente alongada para facilitar a empunhadura do mesmo. Um orifício 403 pode se estender através do cabo e pode incluir uma porção proximal 403a que é dimensionada para receber o fio-guia, e uma porção distal ampliada 403b para receber uma extremidade proximal da haste interna 410. A haste interna 410 é, de preferência, fixamente encaixada a, ou integralmente formada com, o cabo de condução 402. Conforme mostrado na Figura 19, a extremidade proximal 410p da haste interna 410 inclui parafusos de encaixe 418a, 418b e 418c para encaixar de modo seguro e fixo a haste interna 410 ao cabo de condução 402. Entretanto, podem ser usadas outras técnicas, como vários mecanismos de engate mecânico, soldagem, adesivos, etc.

[0166] A haste interna 410 pode ter uma configuração cilíndrica genericamente alongada com uma extremidade distal 410d que é configurada para se encaixar a um expansor, como o parafuso 200. Por exemplo, a extremidade distal 410d pode incluir uma ponta de condução 432 formada na mesma por engate ao parafuso 200. Na modalidade ilustrada, a ponta de condução 432 tem uma configuração hexagonal para se estender para dentro de uma chave de soquete hexagonal correspondente formada no parafuso para permitir, assim, que a haste interna 410 gire o parafuso 200. Em outras modalidades, podem ser usados outros formatos alternativos que se encaixam de modo não giratório. A haste interna 410 pode incluir, adicionalmente, uma canale- ta de fio-guia 430 se estendendo através do mesmo para permitir que o parafuso 200 e a haste interna 410 sejam avançados de maneira deslizante sobre o fio-guia 140 encaixado à bainha 100, conforme será discutido com mais detalhes, abaixo.

[0167] O pegador 404 e a haste externa 406 podem, também, ter uma variedade de configurações mas, conforme mostrado nas Figuras 18 e 19, o pegador 404 é genericamente cilíndrico, com primeiro e segundo indicadores ou abas de alinhamento opostos 414a e 414b. As abas 414a e 414b podem ser alinhadas com os pinos 424a e 424b no garfo anti-rotação 408, discutido abaixo, para indicar a posição dos pinos 424a e 424b a um usuário empunhando o pegador 404. A haste externa 406 pode ter uma configuração cilíndrica genericamente alongada, com uma extremidade proximal 406p que é recebida no interior de um lúmen interno que se estende através do pegador 404. A extremidade proximal 406p da haste externa 406 pode ser fixamente encaixada ao pegador 404 mediante o uso de parafusos de encaixe 412a e 412b, ou outras técnicas de encaixe.

[0168] Conforme indicado acima, a haste externa 406 e o pegador 404 podem ser dispostos de maneira deslizante sobre a haste interna 410. Em uma modalidade exemplificadora, a haste externa 406 e a haste interna 410 podem girar livremente uma em relação à outra, porém o movimento longitudinal da haste interna 410 e da haste externa 406 uma em relação à outra é limitado. Conforme mostrado na Figura 19, a haste interna 410 pode incluir pinos de bloqueio 416a e 416b dispostos sobre as mesmas e projetando-se radialmente para fora a partir dos lados opostos das mesmas. Os pinos de bloqueio 416a e 416b podem estar situados em posição apenas distal à extremidade proximal da haste interna 410. Quando o pegador 404 está disposto sobre a haste interna 410, os pinos de bloqueio 416a e 416b podem ser posicionados no interior do lúmen interno 434, se estendendo atra-vés do pegador 404. Os pinos de bloqueio 416a e 416b e o pegador 404 podem ser configurados de modo que os pinos de bloqueio 416a e 416b somente permitam que o pegador 404 deslize proximalmente e distalmente por uma distância predeterminada. Em particular, o pegador 404 pode incluir uma região de diâmetro reduzido 428d adjacente à extremidade distal, que limita o movimento distal dos pinos 416a e 416b, e uma região de diâmetro reduzido 428p adjacente à extremidade proximal, que limita o movimento proximal dos pinos. A região de diâmetro reduzido proximal 428p pode, porém, incluir fendas para pinos opostas 420a e 420b, formadas na mesma para permitir que os pinos 416a e 416b passe através das mesmas quando adequadamente alinhados com as fendas 420a e 420b. Esse tipo de configuração permite que o pegador 404 e a haste externa 406 sejam removidos da haste interna 410 e do cabo de condução 402, por exemplo para limpeza.

[0169] Conforme indicado acima, a extremidade distal 406d da haste externa 406 pode incluir um garfo anti-rotação 408 tendo primeiro e segundo pinos distais opostas 424a e 424b, se estendendo dis- talmente a partir de lados opostos da haste externa 406. Os pinos 424a e 424b podem ser configurados para que se estendam para den- tro das fendas das paredes laterais na bainha 100, para impedir a rotação da bainha 100 quando a haste interna 410 é girada para conduzir o parafuso 200 para dentro da bainha 100. As Figuras de 21 a 23 ilustram com mais detalhes os pinos 424a e 424b. Conforme mostrado, cada pino tem uma configuração genericamente triangular, e se estende a partir de uma parede lateral semicilíndrica. Os pinos podem, portanto, se estender para dentro das fendas na bainha 100, enquanto a parede lateral fica em contiguidade a uma superfície de extremidade proximal da bainha. Esse tipo de configuração limitará a inserção da ferramenta de condução 400 para dentro da bainha 100.

[0170] Conforme adicionalmente mostrado nas Figuras de 21 a 23, a haste externa 406 pode incluir, também, recursos para facilitar a vi-sualização do parafuso 200 acoplado à ferramenta de condução 400 e disposto no interior da haste externa 406. Por exemplo, a haste externa 406 pode incluir uma ou mais janelas de visualização ou janelas de visibilidade 426, formadas na mesma em um local adjacente à extremidade distal. As janelas de visualização 426 na modalidade ilustrada estão sob a forma de recortes ovais alongados formados através de ambas as paredes laterais, em lados opostos da haste e em alinhamento com os pinos 424a e 424b. Entretanto, as janelas de visualização podem estar em vários locais e podem ter várias configurações para permitir a visibilidade dentro do lúmen interno. Conforme adicionalmente mostrado, a haste externa 406 pode também incluir recortes para tendão 422a e 422b, posicionados em lados opostos da haste externa 406 e deslocados em relação aos pinos 424a e 424b e às janelas de visibilidade 426 em cerca de 90 graus. Os recortes para tendão 422a e 422b pode permitir que um tendão enrolado em torno da bainha 100 para projetar-se para dentro dos recortes, se necessário.

[0171] Em uso, conforme mostrada nas Figuras 24A e 24C, o parafuso pode ser encaixado à ponta de condução 432 na haste interna 410. O garfo anti-rotação 408 pode ser avançado sobre o parafuso 200, de modo que o garfo anti-rotação 408 possa se estender para dentro das fendas na bainha 100 para impedir a rotação da bainha durante a inserção do parafuso na bainha. Quando os pinos estão assentados no interior das fendas na bainha, o cabo de condução 402 pode ser girado em relação ao pegador 404 para, assim, girar a haste interna 410 no interior da haste externa 406. A haste interna 410 irá, portanto, girar e conduzir o parafuso 200 para dentro da bainha 100 enquanto a haste externa 406 mantém a bainha 100 estacionária e impede que a mesma gire. Esse tipo de configuração é particularmente vantajoso, já que impede a rotação do tendão, pois o tendão está posicionado em redor da bainha. Além disso, o garfo anti-rotação 408 pode, também, ser eficaz para impedir que a bainha 100 retorne para fora do túnel durante a inserção do parafuso 200. Sem o garfo anti- rotação 408, o tendão pode ter uma tendência a puxar a bainha para fora do orifício ósseo. O garfo anti-rotação 408 pode, assim, ser usado para empurrar a bainha para dentro do orifício ósseo até que as abas antiafundamento na bainha repousem contra a superfície do osso.

[0172] O dispositivo de condução pode incluir, também, marcações para facilitar o uso. Por exemplo, uma ou mais linhas feitas a laser podem ser formadas nas hastes interna e/ou externa para indicar a posição da haste externa em relação à haste interna, indicando assim a posição do parafuso em relação à bainha. Na modalidade ilustrada, uma primeira marcação, sob a forma de uma faixa gravada a laser 407, se estende em redor da porção de extremidade distal da haste externa 406 sobre a ferramenta de inserção, conforme mostrado na Figura 21. Uma segunda marcação, sob a forma de uma faixa gravada a laser 411, se estende em redor da porção de extremidade distal da haste interna 410, conforme mostrado na Figura 19. O alinhamento da faixa 411, na haste interna, com a faixa 407, na haste externa, indicará que o parafuso expansor está totalmente inserido na bainha. Um par de marcações pode, também ou alternativamente, ser formado na porção proximal do dispositivo. Conforme mostrado na Figura 19, a haste interna 410 pode incluir um par de marcações, sob a forma de faixas gravadas a laser 413 e 415, que estão situados em posição distal do cabo de condução 402. A faixa distal 415 se alinhará com a superfície de extremidade proximal do pegador 404 quando o dispositivo estiver na configuração inicial, antes de conduzir o parafuso expansor para dentro da bainha. A faixa distal 413, quando alinhada com a superfície da extremidade proximal do pegador 404, indicará que o parafuso ex- pansor está totalmente inserido na bainha.

Carregador

[0173] A ferramenta de condução 400 pode também ser opcionalmente usada com um cartucho carregador de parafuso 500 para facilitar o carregamento do parafuso 200 sobre o fio-guia para aplicar o parafuso à bainha. A Figura 25 ilustra uma modalidade de um cartucho carregador de parafuso 500. O cartucho carregador de parafuso 500 pode ser formado a partir de vários materiais, como metal ou um plástico moldado, e pode ter vários formatos e configurações. Na modalidade ilustrada, o cartucho carregador de parafuso 500 inclui uma porção proximal 500p com abas 502 formadas na mesma para facilitar a preensão, e uma porção distal 500d que tem o formado de um funil 504 que está cortado quase na metade. O cartucho carregador de parafuso 500 pode, assim, ter um lado genericamente mais plano, conforme mostrado. Um canal alongado 506 pode ser formado na porção proximal 500p, e pode se estender em direção ao funil 504, e pode se comunicar com o funil 504. A canaleta 506 pode ser conformada para assentar o parafuso 200 e, opcionalmente, uma porção distal da ferramenta de condução 400, inclusive o garfo anti-rotação 408. Por exemplo, o cartucho carregador de parafuso 500 pode assentar o pa- rafuso 200 e o garfo anti-rotação 408 sobre a haste externa, de modo que a haste externa esteja em sua posição mais proximal e seja impedida de fazer qualquer movimento adicional. Esse tipo de configuração pode ajudar a impedir a rotação e a translação axial das hastes interna e externa da ferramenta de condução, quando o carregador e o ex- pansor estão encaixados à mesma. Isso pode ser particularmente desejável para embalar e impedir o movimento durante o transporte, até o uso do dispositivo. O parafuso 200 pode ser mantido no interior da canaleta 506 mediante encaixe por pressão, ou mediante o uso de outras técnicas conhecidas na técnica. Quando o parafuso 200 é assentado no interior da canaleta 506, a canaleta do fio-guia (não mostrada), estendendo-se através do parafuso 200, pode se alinhar com a abertura do funil 504. Em uso, o fio-guia pode, portanto, ser inserido no funil 504, o que irá, assim, guiar o fio-guia para dentro do parafuso 200 para facilidade de inserção.

[0174] As Figuras de 26A a 26D ilustram o uso do cartucho carregador de parafuso 500 para carregar o parafuso no fio-guia. A Figura 26A é uma vista lateral do cartucho carregador de parafuso 500, mostrando o parafuso 200 em seu interior. Conforme mostrado na Figura 26B, o parafuso 200 pode simplesmente ser carregado lateralmente na canaleta 506. Conforme mostrado na Figura 26C, o funil 504 pode receber e guiar o fio-guia 140 para dentro do parafuso 200. Conforme mostrado na Figura 26D, uma vez que o parafuso 200 seja avançado ao longo do fio-guia 140, as abas 502 no cartucho carregador de parafuso 500 podem ser seguradas e usadas para puxar de volta o cartucho carregador de parafuso 500, e desengatar o cartucho carregador de parafuso 500 do parafuso 200. O carregador pode ser descartado ou, opcionalmente, esterilizado e reutilizado. Os componentes podem, opcionalmente, ser transportados com o parafuso e o carregador pré- carregados na ferramenta de condução.

Medidor de tamanho de tendão

[0175] Conforme explicado acima, o garfo no dispositivo de inserção pode ser usado para medir um tamanho de um tendão a ser ancorado. Em outras modalidades, uma ferramenta separada pode, adicional ou alternativamente, ser usada para medir um tendão. As Figuras de 27A a 31 incluem várias modalidades para medição do tamanho de um tendão. Na modalidade da Figura 27A, o medidor de tamanho de tendão 710 inclui, geralmente, um cabo 711 com uma haste 712 se estendendo distalmente a partir do mesmo. Uma extremidade distal da haste 712 inclui um medidor de tamanho 713 tendo vários recortes formados no mesmo, cada qual com um tamanho diferente. Um tendão pode ser posicionado no interior de cada recorte, até que o tamanho do tendão corresponda ao tamanho do recorte. Marcações (não mostradas) podem ser dispostas na ferramenta para indicar ou o tamanho do tendão, ou o tamanho do implante e do conjunto de ferra-mentas a ser usado em conexão com um procedimento de ancora- mento de tendão. A Figura 27B ilustra um medidor de tamanho 714 similar, porém os recortes estão alinhados axialmente ao longo da extremidade distal, em vez de posicionados em uma orientação circular como na modalidade da Figura 27A.

[0176] A Figura 28 ilustra uma outra modalidade de um dispositivo de medição de tendão 720 que é similar ao dispositivo da Figura 27A, mas que inclui uma laçada de fio metálico retrátil 723 em uma extremidade distal do mesmo. Um pegador 724 no cabo 721 pode ser deslizado proximalmente e distalmente para ajustar um tamanho da laçada 723. Um tendão pode, assim, ser posicionado no interior da laçada, e uma vez ajustado para corresponder ao tamanho do tendão, o dispositivo pode indicar o tamanho ao usuário.

[0177] As Figuras de 29 a 31 ilustram uma outra modalidade de um dispositivo de medição de tendão 730 que é similar ao dispositivo da Figura 28, mas em vez de usar uma laçada de fio metálico ajustá- vel, o dispositivo 730 inclui um braço ajustável 733 que se move em relação a um braço estacionário 734, para permitir que seja medido um tamanho de um tendão.

[0178] Em outras modalidades, é apresentada uma combinação de dispositivo de medição de tendão e dispositivo de preparação de orifício ósseo. As Figuras 32 a 33C ilustram vários outros dispositivos para determinar o tamanho do tendão e/ou para fresar um orifício ósseo. Na Figura 32, é apresentada uma combinação de fio-guia e ferramenta para fresar osso 760. Em geral, o dispositivo tem uma haste com uma extremidade distal sob a forma de um mandril para fresar um orifício ósseo, e um fio-guia se estende através da haste. As Figuras de 33A a 33C ilustram um dispositivo que é similar ao dispositivo da Figura 32, mas que está sob a forma de uma combinação de mandril e ferramenta de medição de tamanho 770. Em particular, o mandril inclui um medidor de tamanho bifurcado 772 disposto sobre o mesmo de maneira deslizante. Como o medidor de tamanho bifurcado 772 se estende a partir da extremidade distal do mandril, o garfo se expande em tamanho para medir tendões de diferentes tamanhos. O dispositivo pode incluir marcações ou outros recursos em uma extremidade proximal (não mostrados) para indicar o tamanho do tendão medido e/ou o tamanho do implante e do conjunto de ferramentas a ser usado com o tendão.

[0179] Em uma outra modalidade, conforme mostrado nas Figuras de 34A a 34C, é apresentado um dispositivo de medição de tendão 780 que tem um calibrador 780 para medir o tamanho de um tendão. O dispositivo 780 inclui um cabo 781 que tem uma haste alongada 782 se estendendo distalmente a partir do mesmo, com o calibrador 780 formado sobre a extremidade distal do mesmo. Em uso, o calibrador 780 pode ser inserido e pressionado sobre o tendão do bíceps no local de fresa e introdução, conforme mostrado nas figuras de 34B a 34C. Se o tendão se comprime a uma largura do calibrador 780, o tendão precisa de um conjunto de ferramentas e implante de tamanho pequeno. Se o tendão se comprime e é maior que o calibrador 780, conforme mostrado na Figura 34C, então o mesmo precisa de um conjunto de ferramentas e implante de tamanho grande.

[0180] As Figuras de 35 a 37 ilustram uma outra modalidade de um dispositivo 810 que pode ser usado para preparar um orifício ósseo. O dispositivo 810 inclui um cabo 812 genericamente em formato de L, tendo primeira e segunda hastes, 814 e 816, estendendo-se a partir das extremidades opostas do mesmo. Cada haste pode incluir um cortador de orifícios ósseos 814a e 816a, formado em uma extremidade distal da mesma. Embora o formato dos cortadores de orifícios ósseos 814a e 816a possa variar, em uma modalidade exemplificado- ra, conforme mostrado na Figura 37, cada cortador pode ter uma configuração genericamente triangular com cantos truncados. Um dos cortadores, por exemplo o cortador 814a, pode ter um primeiro tamanho, e o outro cortador, por exemplo 816a, pode ter um segundo tamanho que difere do primeiro tamanho. Por exemplo, os cortadores podem ser fornecidos em tamanhos pequenos e grandes, que correspondem a tamanhos pequenos e grandes de implantes e ferramentas. O usuário pode, assim, selecionar a haste e o cortador tendo um tamanho adequado. Conforme indicado acima, os cortadores podem ter uma variedade de configurações. As Figuras de 38 a 39 ilustram configurações adicionais de ponta de corte para formar um orifício ósseo com um formato desejado. Na Figura 38, o dispositivo de corte 824 inclui uma ponta que tem uma protuberância 824b se estendendo a partir de um lado da mesma para formar um entalhe em uma extremidade proximal de um orifício ósseo. O dispositivo pode, opcionalmente, incluir duas protuberâncias para formar dois entalhes. Na Figura 39, o corta- dor 826b no dispositivo 826 tem uma configuração que forma uma borda arredondada no topo do orifício ósseo.

Método

[0181] Os vários implantes e dispositivos aqui revelados podem ser usados para realizar uma variedade de procedimentos nos quais é desejável ancorar tecido a ossos. As Figuras de 40A a 40E ilustram um método exemplificador para realização de uma cirurgia de tenode- se do bíceps. Embora o método seja descrito em conexão com o sistema da Figura 1, o versado na técnica entenderá que o método pode ser realizado com o uso de várias âncoras e ferramentas, e que pode ser realizado para ancorar qualquer tecido a qualquer osso.

[0182] Em um procedimento de tenodese de bíceps, é obtido um tendão do bíceps, por exemplo com o uso de sutura, e um tamanho do tendão precisa ser determinado para permitir que um cirurgião selecione implante e ferramentas adequadamente dimensionados. Isso pode ser obtido mediante o uso da ferramenta de inserção de bainha 300. Em particular, com o garfo da haste interna totalmente retraído para dentro da haste externa, a ferramenta de inserção de bainha 300 pode ser passada através de tecido e colocada em posição adjacente ao tendão e ao local de implante. Conforme mostrado na Figura 40A, o garfo na ferramenta de inserção de bainha 300 pode ser manipulado para posicionar o tendão 600 no interior do garfo. Se múltiplas ferramentas de inserção estiverem disponíveis, a menor ferramenta é, de preferência, usada primeiro e o tendão é posicionado entre os garfos na extremidade distal. Se o tendão couber, então será usado o implante (bainha e parafuso) que tiver um tamanho correspondente ao tamanho da ferramenta de inserção de bainha. Se o tendão for muito grande e não couber entre os pinos do garfo, o próximo tamanho de ferramenta de inserção pode ser usado para, novamente, medir o tendão. Em uma modalidade exemplificadora, é apresentado um kit tendo um dispositivo de inserção de bainha pequeno e um grande (bainha e parafuso), bem como uma chave de parafuso pequena e uma grande, e um carregador pequeno e um grande. Após dimensionar adequadamente o tendão, o mandril de tamanho adequado pode ser usado para fresar um orifício no osso, por exemplo o úmero.

[0183] Podem ser usados vários dispositivos de preparação de orifício ósseo. Durante um procedimento de tenodese de bíceps, a preparação inadequada do orifício ósseo, inclusive bordas ásperas ou irregulares, podem causar danos ao tendão, inclusive ruptura ou trauma. Em algumas modalidades, pode ser usada uma ferramenta com extremidade dupla ou tripla, que rompe a borda da abertura no osso com um quarto de volta para a frente e para trás. Por exemplo, a ferramenta das Figuras de 35 a 36 pode ser inserida de modo percutâ- neo, e a ponta com tamanho adequado pode ser selecionada, inserida no orifício ósseo e girada à mão para formar uma abertura de orifício ósseo, conforme mostrado na Figura 37. Alternativamente, o dispositivo da Figura 38 ou da Figura 39 pode ser usado para criar uma superfície em ângulo no interior do orifício ósseo. A superfícies em ângulo pode oferecer um meio alternativo de preparação do orifício ósseo que pode mitigar o potencial para ruptura ou rasgamento do tendão em uma borda afiada do osso.

[0184] Após o orifício ósseo ter sido preparado, o tendão pode ser introduzido no orifício ósseo com o uso da ferramenta de inserção com tamanho adequado. A bainha e o fio-guia podem ser carregados na ferramenta de inserção antes de introduzir o tendão. Conforme mostrado na Figura 40B, o fio-guia 140 pode ser rosqueado no orifício interno na bainha 100, o qual pode ser carregado na extremidade distal da ferramenta de inserção de bainha 300. Isso pode ser obtido avançando-se a extremidade proximal do fio-guia 140 para dentro da extremidade distal da ferramenta de inserção de bainha 300, e movendo- se o fio-guia 140 proximalmente até que o fio-guia 140 esteja encaixado por pressão no interior do retentor do fio-guia no cabo. O fio-guia e a bainha, ou o fio-guia, a bainha e a ferramenta de inserção, podem ser opcionalmente pré-embalados em conjunto, em uma configuração acoplada.

[0185] As Figuras de 40C a 40E ilustram várias etapas de inserção da bainha 100 e do tendão 600 no orifício ósseo 602. Por exemplo, o garfo 308 pode ser retraído puxando-se proximalmente o gatilho através da primeira faixa de movimento, para permitir a inserção percutâ- nea através da pele. A ponta da bainha pode servir como um obturador para passar a bainha e a ferramenta de inserção através do tecido. Uma vez atravessado o tecido, o operador pode liberar o gatilho para permitir que o garfo 308 se estenda distalmente para fora da haste externa. O garfo 308 pode ser posicionado em torno do tendão 600. Uma sutura pode ser usada para tensionar o tendão, e os garfos podem ser colocados em posição proximal ou distal ao orifício com o tendão entre si. A bainha repousará, assim, contra o tendão. O garfo 308, com o tendão preso pelo mesmo pode, então, ser deslizado de volta em direção ao orifício 602 e introduzido no orifício 602, conforme mostrado na Figura 40C. O diâmetro do orifício ósseo pode ser dimensionado para permitir que o garfo 308 e a bainha sejam facilmente inseridos no mesmo. Alguma resistência pode ser encontrada devido ao tendão estar enrolado em torno da bainha. Como a haste externa da ferramenta de inserção de bainha 300 é superdimensionada em comparação com o túnel 602, a haste externa será impedida de entrar no orifício ósseo 602. Se for encontrada resistência, a extremidade proximal da ferramenta de inserção pode ser batida com um malho. O osso cortical tem, tipicamente, apenas de 1 mm a 2 mm de espessura. Ao bater com o malho, o objetivo é perfurar as abas de retenção cortical para dentro do orifício, até que as abas antiafundamento da bainha 100 es- tejam em contiguidade com a superfície do osso, de modo que seja evitada a inserção excessiva da bainha no orifício. As abas de retenção cortical são, de preferência, dimensionadas de modo a não cortar através do osso quando inseridas através do mesmo. Durante o processo de inserção, o garfo 308 continua prendendo o tendão 600 firmemente contra o osso 602. Quando a bainha 100 estiver totalmente inserida, as abas antiafundamento e a extremidade distal da haste externa repousarão contra o osso, conforme mostrado na Figura 40D, e as abas de retenção cortical se estenderão abaixo do osso cortical. A ferramenta de inserção de bainha 300 pode ser removida puxando-se o gatilho através da primeira faixa de movimento para retrair o garfo, e ainda mais proximalmente através da segunda faixa de movimento pa-ra, assim, liberar o fio-guia 140 do cabo. A ferramenta de inserção de bainha 300 pode, então, ser deslizada para fora do fio-guia 140, deixando a bainha 100 no orifício ósseo 602 com o fio-guia 140 se estendendo a partir do mesmo, conforme mostrado na Figura 40E.

[0186] Uma vez que a ferramenta de inserção de bainha 300 tenha sido removida, o parafuso 200 pode ser conduzido para dentro da bainha 100 mediante o uso da ferramenta de condução 400. O parafuso 200 pode ser carregado na ferramenta de condução 400 mediante o uso do cartucho carregador ou, conforme indicado acima, o parafuso, o carregador e o dispositivo de condução podem ser pré-embalados em uma configuração de conjunto completo. Conforme discutido acima, a aba carregadora tem uma ponta distal afunilada para ajudar no posicionamento do fio-guia no parafuso 200. O funil pode, portanto, ser avançado sobre o fio-guia que é fixado à bainha implantada. O funil guiará, desse modo, o fio-guia para dentro do parafuso, que pode ser deslizado por uma distância ao longo do fio-guia. Se for desejado, o condutor do parafuso pode ser avançado sobre o fio-guia em conjunto com o parafuso. O carregador pode, então, ser removido e a ferramen- ta de condução 400 pode ser usado para avançar o parafuso 200 para dentro da bainha 100, conforme mostrada nas Figuras de 41A a 41C. Os pinos na haste externa da ferramenta de condução 400 se estenderão para dentro das fendas na bainha 100, conforme mostrado na Figura 41D. A ferramenta de condução 400 pode manter a bainha 100 no interior do orifício ósseo 602, impedindo que retorne para fora durante a inserção do parafuso 200. As janelas de visualização, opostas uma à outra e alinhadas com os dentes podem facilitar a visualização do parafuso, e os recortes laterais deslocados em relação às janelas de visualização podem receber o tendão, de modo a permitir que a haste externa repouse contra a bainha, conforme mostrado na Figura 41D. Em algumas modalidades, a haste externa poderia ser formada a partir de um material transparente para permitir a visualização através da mesma.

[0187] Uma vez que a ferramenta de condução 400 esteja apoiada com a haste externa repousando contra o osso, o cabo da haste externa é mantido estacionário, enquanto o pegador da haste interna é girado para conduzir o parafuso 200 para dentro da bainha 100, conforme mostrado na Figura 41E. Em uma modalidade, conforme discutido acima, a haste pode ter duas linhas marcadas a laser, uma na haste interna e a outra na haste externa. Quando elas estão alinhadas, o parafuso 200 estará totalmente inserido. A extremidade proximal da haste interna pode, também, ter uma linha que se alinhará com o pegador na haste externa para indicar a total inserção do parafuso 200 na bainha 100. A linha pode ser particularmente útil quando o procedimento é realizado sem um escopo (por exemplo, sub-peitoral durante procedimento mini-aberto). Quando o parafuso 200 estiver totalmente inserido na bainha 100, o parafuso fará com que a bainha se expanda radialmente para fora, para se engatar ao tendão entre a bainha e o orifício ósseo, e para assim ancorar a bainha e o tendão no interior do orifício ósseo. As nervuras sobre a superfície externa da bainha podem engatar-se ao osso para impedir que retornem para fora. A porção média expandida da bainha, bem como as abas retentoras cor- ticais, podem também ajudar a reter a bainha no interior do orifício ósseo. Conforme mostrado nas Figuras de 41F a 41G, uma vez que o parafuso 200 esteja totalmente inserido no orifício ósseo, a ferramenta de condução 400 pode ser deslizada para fora do fio-guia 140. O fio- guia 140 pode ser removido, por exemplo, curvando-se a extremidade proximal e girando o fio-guia 140 para desrosquear o mesmo da bainha 100.

[0188] O versado na técnica entenderá que os métodos e disposi tivos para tenodese do bíceps aqui revelados podem ser usados em uma variedade de procedimentos cirúrgicos para trauma ou danos a um tendão sendo fixado a um osso por meio de um orifício ósseo. A presente invenção tem, também, aplicações em cirurgias convencionais de reparo de articulações.

[0189] Os dispositivos aqui descritos podem ser projetados para serem descartados após um único uso, ou podem ser projetados para serem usados múltiplas vezes. Em qualquer dos casos, entretanto, o dispositivo pode ser recondicionado para reuso após pelo menos um uso. O recondicionamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguida de limpeza ou substituição de peças específicas e posterior remontagem. Em particular, o dispositivo pode ser desmontado e qualquer número de peças ou partes específicas do dispositivo podem ser seletivamente substituídas ou removidas, em qualquer combinação. Na limpeza e/ou substituição de partes específicas, o dispositivo pode ser remontado para uso subsequente na instalação de recondicionamento, ou por uma equipe cirúrgica, imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Os versados na técnica entenderão que o recondicionamento de um dispositivo po- de usar uma variedade de técnicas para desmontar, limpar/substituir e remontar. O uso de tais técnicas e o dispositivo recondicionado resultante estão dentro do escopo do presente pedido.

[0190] De forma preferencial, a presente invenção descrita aqui será processada antes da cirurgia. Primeiramente, um instrumento novo ou usado é obtido e, se necessário, limpo. O instrumento pode ser, então, esterilizado. Em uma técnica de esterilização, o instrumento é disposto em um recipiente fechado e selado, tal como uma bolsa plástica ou de TYVEK. O recipiente e o instrumento são, então, colocados em um campo de radiação que pode penetrar no recipiente, tal como radiação gama, raios X ou elétrons de alta energia. A radiação extermina bactérias no instrumento e no recipiente. O instrumento esterilizado pode ser, então, armazenado em um recipiente estéril. O recipiente vedado mantém o instrumento estéril até que este seja aberto na instalação médica.

[0191] É preferido que o dispositivo seja esterilizado. Isto pode ser realizado por qualquer número de formas conhecidas daqueles versados na técnica incluindo radiação beta ou gama, óxido de etileno ou vapor.

[0192] Os versados na técnica irão compreender outras caracterís ticas e vantagens da invenção com base nas modalidades descritas acima. Consequentemente, a invenção não deve ser limitada pelo que foi particularmente mostrado e descrito, exceto conforme indicado pelas reivindicações anexas. Todas as publicações e referências citadas estão expressamente aqui incorporadas em sua totalidade a título de referência.

Claims

1. Conjunto de âncora para ancorar um tendão a um osso, caracterizado pelo fato de que compreende: uma bainha (100) tendo uma extremidade distal sólida (100d), com ao menos duas paredes laterais (112a, 112b) estendendo-se proximalmente a partir da mesma e separadas por ao menos uma primeira e uma segunda fendas (114a, 114b), em que as paredes laterais (112a, 112b) definem um lúmen interno entre si, e em que a extremidade distal sólida (100d) da bainha (100) tem um recurso de união; um fio-guia (140) tendo uma ponta distal (142) configurada para unir-se de modo liberável ao recurso de união na bainha (100), fixando desse modo de maneira liberável o fio-guia (140) na bainha (100), em que o fio-guia (140) se estende proximalmente a partir da bainha (100), quando unido à mesma; e um expansor (200, 220, 240) tendo uma configuração cilíndrica genericamente alongada e configurada para ser recebida no interior do lúmen interno da bainha (100), em que o expansor (200, 220, 240) tem um lúmen (210) que se estende através do mesmo para receber o fio-guia (140).

2. Conjunto de âncora, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o recurso de união compreende um orifício rosqueado (120) formado na bainha (100), e em que a ponta distal (142) no fio-guia (140) é rosqueada para engatar de maneira rosqueável o orifício rosqueado (120).

3. Conjunto de âncora, de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a bainha (100) inclui ao menos uma aba antiachatamento (128a, 128b, 128c, 128d) formada sobre ao menos uma dentre as paredes laterais (112a, 112b) adjacente a uma dentre a primeira e a segunda fendas (114a, 114b), em que a pelo menos uma aba antiachatamento (128a, 128b, 128c, 128d) está configurada para limitar o movimento das paredes laterais (112a, 112b) uma em direção à outra.

4. Conjunto de âncora, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 - 3, caracterizado pelo fato de que a bainha (100) inclui pelo menos uma aba antiafundamento (156a, 156b, 156c, 156d) estendendo-se radialmente para fora a partir de uma extremidade mais proximal (100p) da mesma, e configurada para limitar uma profundidade de inserção da bainha (100) em um orifício ósseo.

5. Conjunto de âncora, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a bainha (100) inclui ao menos uma aba de retenção (108a, 108b) estendendo-se radialmente para fora a partir da bainha (100), a uma distância predeterminada a partir da pelo menos uma aba antiafundamento (156a, 156b, 156c, 156d), em que a distância é configurada de modo que a pelo menos uma aba antiafun- damento (156a, 156b, 156c, 156d) possa ser posicionada sobre uma superfície proximal de osso cortical, e a pelo menos uma aba de retenção (108a, 108b) possa ser posicionada sobre uma superfície distal do osso cortical.

6. Conjunto de âncora, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que uma extremidade voltada para a parte distal (132) da bainha (100) é côncava para assentamento de um tendão.

7. Conjunto de âncora, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que uma extremidade voltada para a parte proximal da bainha (100) é convexa.

8. Conjunto de âncora, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que as paredes laterais (112a, 112b) têm uma espessura aumentada em uma porção média das mesmas, em comparação com as porções proximal e distal das mesmas.

9. Conjunto de âncora, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que as paredes laterais (112a, 112b) incluem nervuras (106a, 106b, 106c, 106d, 106e) estendendo-se radialmente em redor das mesmas.

10. Conjunto de âncora, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que as nervuras (106a, 106b, 106c, 106d, 106e) sobre uma primeira parede lateral (112a) da bainha (100) são anguladas distalmente, e as nervuras (106a, 106b, 106c, 106d, 106e) em uma segunda parede lateral oposta (112b) da bainha (100) são anguladas proximalmente.

11. Conjunto de âncora, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que as paredes laterais (112a, 112b) da bainha (100) têm roscas (124) formadas sobre uma superfície interna das mesmas, e o expansor (200, 220, 240) inclui roscas (202, 222) formadas sobre uma superfície externa do mesmo, para unir-se de maneira rosqueável às roscas (124) formadas sobre a superfície interna das pelo menos duas paredes laterais (112a, 112b).

12. Conjunto de âncora, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que cada uma dentre a primeira e a segunda fendas (114a, 114b) tem uma porção proximal, uma porção distal e uma região de transição estendendo-se entre as porções proximal e distal, em que cada uma dentre as porções proximal e distal tem uma largura constante, e em que a região de transição tem uma largura que se afunila para dentro em uma direção distal.

13. Conjunto de âncora, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o comprimento da região de transição é igual a largura da porção proximal.