BR102012031754A2 - Instrumento para cirurgia a jato de água - Google Patents

Abstract

INSTRUMENTO PARA CIRURGIA A JATO DE ÁGUA. A presente invenção refere-se a um instrumento cirúrgico (10, 110, 210, 310) que está disposto para realizar operações cirúrgica com jato de água compreende um bocal (18) que pode ser deslocado por meio de um acionador hidráulico (23) fora de uma posição retraída ou passiva para uma posição dianteira ou ativa. A atuação é realizada por meio de um fluido hidráulico que é fornecido à cabeça do instrumento (11) via um tubo (20) e/ou uma mangueira (43). O fluído, por exemplo, uma solução de cloreto de sódio que será injetada ao tecido pode ser usada como o fluido hidráulico que é fornecido ao bocal (18). Preferivelmente, a corrente de HF pode ser adicionalmente aplicada ao bocal (18). A referida corrente de HF pode ser conduzida ao bocal via uma linha (30) que se estende através do elemento condutor de fluido (15) ou via eletrólito aí presente.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "INSTRUMEN- TO PARA CIRURGIA A JATO DE ÁGUA".

A invenção refere-se a um instrumento cirúrgico para cirurgia a jato de água, opcionalmente combinado com cirurgia de alta freqüência (HF).

A Publicação EP 0 530 400 B1 apresenta um instrumento para

cirurgia de alta freqüência e corte e coagulação com uma corrente de HF1 em que este instrumento compreende uma haste flexível tendo em sua ponta um eletrodo de HF retrátil, conformado em agulha. É obtido um cabo estendendo-se pela haste, para movimento mecânico e para fornecimento de energia ao dito eletrodo. O cabo é usado para o suprimento elétrico do eletrodo, bem como para transmissão de um movimento mecânico para o eletrodo.

Da publicação EP 0 536 440 B1 ficou revelado ainda o desenho da haste como um elemento condutor de fluido através do qual, os fluidos de lavagem podem ser fornecidos para o eletrodo de HF podendo ainda ser utilizado para a operação de sucção.

Além disso, a publicação CA 2497897 A1 revela um instrumento endoscópico dotado de tesouras presas em sua extremidade distai. Este último é atuado por meio de cilindros de fluido que são ligados via meios condutores de fluido para um membro de atuação hidráulica na extremidade proximal.

Além disso, foi revelado da publicação E 10 2009 017 636 A1 o emprego de uma disposição de jato de fluido compreendendo em sua extremidade distai, um bocal para realizar uma dissecção e/ou injeção sem agulha num tecido. Além disso, ficou revelado a partir desta publicação, a obtenção dessa disposição de jato de fluido com um eletrodo de HF para realizar medidas de tratamento adicionais como, por exemplo, o corte e/ou coagulação do tecido por meio de corrente de HF. Em operação o cirurgião pode injetar, seletivamente, jatos de fluido ou corrente de HF ao tecido, de modo a iniciar o desejado efeito, em cujo caso, entretanto, ele não precisa trocar o instrumento a cada vez para conseguir isto, encurtando desse modo, o tempo de operação e simplificando o manuseio do instrumento. Constitui o objeto da invenção, aperfeiçoar um instrumento cirúrgico para fluidos aumentando sua confiabilidade de manuseio.

Este objeto pode ser alcançado com o instrumento de acordo com a reivindicação 1: O instrumento de acordo com a invenção compreende uma parte

superior do instrumento que apoia um bocal móvel. Este bocal pode ser deslocado para trás e para frente entre uma primeira posição e uma segunda posição. Preferivelmente, este movimento é um movimento linear. Contudo, diferentes movimentos, por exemplo, movimentos em pivô, ou movimentos giratórios também são possíveis. As duas posições podem ser uma posição ativa e uma posição passiva. A capacidade de deslocamento do bocal entre uma posição ativa e uma posição ativa torna possível ao bocal ser orientado para uma posição protegida, por exemplo, quando ele está sendo posicionado numa cavidade do corpo do paciente ou no tecido do paciente. Por conseguinte, o bocal pode ser configurado como uma agulha extremamente fina. Não há perigo pelo fato da agulha poder dobrar- se ou quebrar no tecido quando o instrumento está sendo posicionado e quando a agulha está em sua posição protegida, por exemplo, numa posição retrátil (posição passiva). Para realização de um tratamento, o bocal pode ser levado para

uma posição ativa. Por exemplo, um bocal conformado em agulha pode então ser deslocado para frente na direção longitudinal e assim, ficar livre e exposto no tecido. Neste caso, o bocal pode agir como um eletrodo de HF, por exemplo, de modo a injetar uma corrente de HF ao tecido e levar a efeito a desejada ação cirúrgica. Também é possível o uso do bocal para ejetar um jato de água. De preferência, isto é realizado também na posição deslocada para frente, ou seja, na posição ativa.

Alternativamente, uma injeção de jato de água também é possível com o bocal na posição retraída, situando-se esta modalidade no escopo de várias opções de modalidade.

De acordo com a invenção o bocal está em conexão com um atuador hidráulico, por meio do qual, o bocal pode ser deslocado para trás e para frente entre pelo menos duas posições, ou seja, entre uma posição ativa e uma posição ativa. O atuador hidráulico compreende uma câmara para fluido que é carregada com um fluido hidráulico. A câmara de fluido proposta dentro ou sobre a parte superior do instrumento comunica-se com um elemento condutor de fluido, por exemplo, um tubo ou uma mangueira ou uma combinação dos dois, com um corpo conector do instrumento. Deste último, o fluido hidráulico é transportado através do elemento condutor de fluido para o atuador, que, a seguir, desloca o bocal para a posição ativa ou para a posição passiva. De preferência, o atuador fica disposto para deslocamento do

bocal para a posição ativa embora este possa ser movido param sua posição retraída ou posição passiva por meio de um meio de molas. Isto se aplica, particularmente, quando o bocal é suportado de modo a ficar linearmente deslocável. Preferivelmente, o bocal é suportado para se deslocar na posição linear ao longo da direção do jato definido pelo dito bocal. Caso o bocal tenha o formato de uma agulha, ele é deslocado ao longo de sua direção longitudinal.

De preferência, o atuador hidráulico pode ser planejado como uma unidade de êmbolo/cilindro. Entretanto, outros atuadores também são possíveis, por exemplo, arranjos em balão, ou outros semelhantes, os quais fazem a troca de uma pressão de fluido ou de volume de fluido para um movimento mecânico.

O movimento acionador assim obtido pode ser um movimento de pressionamento, um movimento de sustentação ou um movimento de puxar. De preferência, um fluido em geral reconhecido como

fisiologicamente seguro é obtido como o meio hidráulico, por exemplo, como solução de cloreto de sódio, preferivelmente, uma solução fisiológica de sal de cozinha. Este pode ser o fluido que vai ser ejetado pelo bocal ou ainda um fluido transportado em canais separados. A pressão de fluido varia por meio de um dispositivo regulador para a atuação hidráulica do atuador. Este dispositivo regulador pode ser atuado, por exemplo, manualmente ou ele pode ainda consistir de outros meios técnicos, como bombas ou semelhante. O bocal pode Ser ligado a uma fonte de corrente de alta freqüência. A corrente de HF (ou a voltagem de HF) pode ser realizada via meios condutores elétricos adequados do corpo conector do instrumento para a parte principal do instrumento e daí, particularmente, para o bocal que então, atua como o eletrodo. Opcionalmente, é ainda possível obter eletrodos separados. Para condução elétrica um fio metálico isolado ou não pode estender-se pelo elemento condutor de fluido. Contudo, é ainda possível utilizar o fluido hidráulico presente no elemento condutor de fluido como o condutor elétrico, particularmente, quando o dito fluido é um eletrólito, por exemplo, uma solução de NaCI. Neste aspecto, é possível construir instrumentos altamente flexíveis e muito delgados para cirurgia a jato de água, e, em particular, para a cirurgia combinada de jato de água/elétrica.

Preferivelmente, o bocal possui um canal de bocal comunicando- se com a câmara de fluido e, portanto, com o (primeiro) elemento condutor de fluido. Contudo, é ainda possível obter-se um segundo elemento condutor de fluido que fornece fluido para o bocal, enquanto que o outro (primeiro) elemento condutor de fluido é empregado apenas para a atuação do atuador. Os dois elementos condutores de fluido podem ficar dispostos em posição coaxial em relação entre si (um no outro) ou ainda, de outro modo, podem ficar dispostos em paralelo entre si.

Preferivelmente, o bocal está em associação com uma válvula, que é capaz de liberar ou bloquear a conexão do elemento que alimenta a condução fluida para o bocal. Esta válvula pode ser acionada eletricamente ou hidraulicamente. Por exemplo, esta válvula pode ser acionada pela voltagem de HF fornecida, podendo ainda ser acionada por meio de uma voltagem direta que é superimposta na voltagem de HF. Alternativamente, uma voltagem de controle pode ser aplicada para a válvula via uma linha separada. Além disso, a válvula pode ser acionada pela pressão de fluido que é aplicada ao bocal e/ou ao acionador hidráulico. Detalhes adicionais das modalidades vantajosas da invenção

são o assunto da descrição ou das reivindicações ou dos desenhos ilustrados: A Figura 1 é um segmento longitudinal esquemático de uma primeira modalidade de um instrumento para cirurgia combinada de jato de água e HF; e

Figuras 2 e 4 tratam-se de representações esquemáticas, cada qual em seção longitudinal, de modalidades adicionais de instrumentos de cirurgia combinada de jato de água / HF.

A figura 1 é uma representação esquemática de um instrumento sendo pelo menos adequado para realizar operações por cirurgia de jato de água. O instrumento 10 compreende uma cabeça de instrumento 11 que se trata da extremidade distai do instrumento 10, visualizado da perspectiva do cirurgião. A extremidade proximal do instrumento 10 é um corpo conector do instrumento 12 que pode abrigar elementos atuantes 13, 14 para a atuação ou não do instrumento 10. O corpo conector do instrumento 12 pode ser planejado como um grampo ou de outro modo. Um elemento condutor de fluido 15 fica disposto entre o corpo

conector de instrumento 12, referido corpo conector representa a extremidade proximal do instrumento 10 e a cabeça do instrumento 11. Por exemplo, o dito elemento condutor de fluido compreende uma mangueira flexível 16, um tubo rígido ou flexível, ou uma combinação de segmentos de mangueira e de tubo, ou outros meios, referidos meios encerrando um canal 17 que pode conter um fluido. O fluido se trata de um fluido hidráulico. No presente caso, o fluido de preferência, é uma solução de cloreto de sódio, por exemplo, uma solução fisiológica de sal de cozinha. Um bocal 18 é proposto na cabeça do instrumento 11, dito bocal estando apoiado de modo a se deslocar numa direção longitudinal, conforme está indicado por uma seta 19.

De preferência, o bocal 18 está associado com um tubo similar a uma agulha alongado 20, em cujo caso, um corpo de bocal 21 pode ficar disposto na extremidade do dito tubo. Preferivelmente, o bocal 18 é disposto para obter um jato fino de fluido capaz de separar camadas de tecido umas das outras ou de perfurá-las e assim, poder injetar fluido ao tecido. O jato de fluido pode ser laminar ou turbulento, por exemplo, cônico ou de formato diferencial. Preferivelmente, o tubo 20 consiste de metal.

O bocal 18 pode ser deslocado entre uma posição retraída, inativa, e deslocado para frente, posição ativa ao longo da direção S do jato. A figura 1 mostra a posição retraída em que o bocal 18 está parcialmente retraído para a cabeça do instrumento 11.0 bocal 18 pode ser movido axialmente da cabeça do instrumento 11. Na figura 1, uma posição deslocada frontalmente, ativa é indicada por linhas tracejadas 22.

Um atuador hidráulico 23 é proposto de modo a deslocar o bocal 18 para a cabeça do instrumento 11. Esse atuador consiste, por exemplo, de um êmbolo metálico 24, beirando pelo menos um lado de uma câmara de fluido 25. Preferivelmente, a câmara de fluido 25 consiste de um material eletricamente isolante, preferivelmente um material sintético, ou é diferentemente isolado em relação ao lado externo.

Nesta modalidade exemplar, por exemplo, a câmara de fluido 25 é uma câmara cilíndrica, por exemplo, com uma seção transversal circular. O êmbolo deslocável 24 estancado nesta camada de fluido 25 fica, de preferência, conectado no modo rígido ao bocal 18 e ao tubo 20, respectivamente, cujo tubo pode ser visualizado - tanto quanto a haste do pistão. Opcionalmente o pistão 24 está associado com um meio de molas 26, por exemplo, na forma de uma mola helicoidal 27, que força o pistão 24, e assim, o bocal, 18, na posição retraída ou passiva. Um canal do bocal 28 estende-se através do bocal 18 e do tubo 20, respectivamente, bem como através do pistão 24, pelo que o fluido para ser ejetado pelo bocal 18 atinge o orifício do bocal através do dito canal. Opcionalmente, contudo, e preferivelmente, o bocal 18 está

associado com um válvula de controle 29. Essa válvula compreende pelo menos dois ajustes de válvula, ou seja, válvula fechada e aberta. A válvula 29 fica interposta entre o canal de bocal 28 e o canal 17. Na presente modalidade exemplar, a dita válvula é controlada por meio de uma linha elétrica 30, estendendo-se esta linha, através do canal 17 da cabeça do instrumento 11 para o corpo conector do instrumento 12. A linha 30 pode ser um fio flexível isolante. Contudo a linha 30 também pode ser um condutor elétrico flexível não isolante, que fica em contato elétrico com o eletrólito presente no canal 17.

O corpo conector do instrumento 12 compreende um dispositivo regulador 21 podendo tratar-se de um dispositivo de bomba, o qual, quando acionado, fica de preferência, disposto para deslocar uma quantidade especificada previamente de fluido e para transporte desse fluido através do canal 17 para a cabeça do instrumento 11. Por exemplo, este dispositivo regulador 31 é representado por um êmbolo 32 que fica deslizavelmente apoiado num furo, onde esse êmbolo pode ser usado para fornecer uma pressão P2 à coluna de fluido posicionada no canal 17. O elemento acionador 13 pode ser usado, por exemplo, para deslizar o êmbolo 32 para trás e para frente, sendo o dito elemento acionador manualmente operado pelo cirurgião. Contudo, é também possível propor outros dispositivos atuantes como magnetos do tipo retirada ou semelhantes. O instrumento 10 está conectado a um aparelho que não está

mostrado de modo específico na figura 1. Este aparelho compreende um dispositivo na forma de um dispositivo de bomba 33 estando esquematica- mente ilustrado na Figura 1, dito dispositivo de bomba usado para trans- portar o fluido, por exemplo, solução de NaCI para introdução ao bocal 34 de um primeiro suprimento 34 para o corpo do conector de instrumento 12 e daí via elemento condutor de fluido 15 - para a cabeça do instrumento 11 e, portanto para o bocal 18. Para o controle do fluxo de alimentação de fluido para o canal ou ao interior deste 17, pode ser obtida uma válvula que pode ser aberta por meio de um elemento atuante 14, por exemplo, manualmente. O dispositivo de bomba 33, preferivelmente, utiliza uma pressão de transporte Pi disposta para gerar o jato de fluido que sai do bocal 18.

A linha 30 pode ser usada para conectar a válvula 14 à válvula 29 de modo a controlar a válvula 29. Deste modo, a válvula 29 pode ser aberta sempre que o respectivo fluido for deslocado sob pressão ao canal 17 por meio do elemento atuante 14.

Opcionalmente, o instrumento 10 pode, além disso, atuar como um instrumento cirúrgico de HF, e, para realizar isto, estar conectado a uma fone de energia de HF ou uma fonte de voltagem de HF. Essa fonte de voltagem de HF 36 pode constituir-se parte de um aparelho que não está ilustrado, de modo específico, dito aparelho suprindo o instrumento 10 com energia de HF. A fonte de voltagem de HF 36 está conectada a um eletrodo neutro 37, por um lado, estando o eletrodo neutro, de preferência, conectado a um eletrodo neutro 37, por outro lado, o dito eletrodo neutro estando preferivelmente, conectado ao paciente em uma grande superfície, e ao corpo do conector de instrumento 12, por outro lado, pelo que, a voltagem de HF é conduzida à cabeça do instrumento 11 via dito corpo de conector de instrumento. Novamente, isto pode ser realizado pela linha 30, estendendo- se através do elemento condutor de fluido 15. Alternativamente, a linha 30 também pode ser embutida na parede do elemento condutor de fluido 15.

Em uso cirúrgico, pelo menos a cabeça do instrumento 11 e parte do elemento condutor de fluido 15 da cabeça do instrumento 10 são inseridos na cavidade do corpo ou ao tecido de um paciente, podendo isto ser feito por endoscopia, por laparoscopia, ou ainda no campo cirúrgico aberto. Quando o instrumento 10 está sendo inserido, o bocal 18 está na posição retraída em que o tubo fino semelhante à agulha 20 é posicionado, pelo menos parcialmente protegido no interior da cabeça do instrumento 11 Quando o bocal 18 deve ser acionado, ele é deslocado para a

posição dianteira. Para tanto, o cirurgião aciona o elemento atuante 13. Nesse aspecto, o cirurgião desloca o êmbolo 32 para frente, de modo a deslocar fluido. Em outras palavras: O dispositivo regulador 31 (ou outro dispositivo de bomba adequado) é ativado e assim, empurra o êmbolo 24 - via acoplamento da coluna de fluido no canal 17 - contra a força do meio de molas 26 na direção distai. O bocal 18 que foi deslocado para frente até este ponto, pode agora ser ativado eletricamente ou ainda fluir tecnicamente.

Para a atuação elétrica, o gerador de HF 36 é atuado, por exemplo, por um interruptor de pé ou mão ou outros, de modo que o bocal 18 injeta uma corrente de HF - e sua camisa externa ou em partes da mesma e/ou em sua superfície frontal - para o tecido. Na figura 1, lado esquerdo, esta corrente está indicada por setas divergentes Ihf- O meio condutor de fluido 14 é acionado por atuação técnica de fluido. Para tanto, eletrólitos adicionais, por exemplo, solução de NaCI1 são transportados ao canal 17. Ao mesmo tempo, a válvula 29 é aberta via linha 30, de modo que um jato de fluido possa sair do bocal 18 e ocasionar o desejado efeito. Ao mesmo tempo, o cirurgião deve prender o elemento acionador 13 na posição deslocada par a frente ou travar esse elemento na posição frontal.

A válvula 29 pode ser acionada seletivamente, dependente de vários eventos, sendo controlado via diferentes mecanismos. Dependendo da modalidade, a linha 30, por exemplo, pode ser uma linha de múltiplos fios. A seguir, um primeiro fio fica disposto para atuação da válvula 29, por exemplo, como função da atuação do elemento 14 ou para abertura da válvula 35. que neste ponto pode atuar como um interruptor. Alternativamen- te a válvula 29 pode ser controlada via um elemento acionador separado. A figura 2 mostra uma modalidade modificada do instrumento

100 de acordo com a invenção. Até o ponto em que elementos estruturais ou funcionalmente idênticos ou similares sejam obtidos, é feita referência à descrição supra usando os mesmos sinais de referência. Diferente da modalidade supracitada, a linha 30 aqui fica disposta apenas para o controle da válvula 29. A linha 30 pode ser, portanto uma linha de fio único, que é controlada, por exemplo, por um interruptor 39 de pressão de fluido, colocado com a finalidade de detectar se a pressão de fluido existente no canal 17 está ou não excedendo um limite de pressão prévio. A figura 2 mostra o interruptor de pressão de fluido 39 simbolicamente combinado com a válvula de teste 35. Alternativamente, um interruptor separado pode ser obtido, que responde à atuação do elemento atuante 14.

Na modalidade exemplar da figura 2, o fluido eletricamente condutor presente no canal 17 fica disposto para suprir corrente de HF ao bocal 18.

Preferivelmente, o fluido hidráulico é uma solução fisiológica de

sal de cozinha apresentando suficiente condutividade elétrica. No corpo do conector do instrumento 12, essa solução de sal de cozinha está em conexão elétrica com uma linha fornecedora de corrente HF 40 e, na cabeça do instrumento 11, sendo que essa solução de sal de cozinha está em conexão com o êmbolo 24 e assim, com o bocal 18. Além disso, a Figura 2 mostra um interruptor 41 para o controle da fonte de voltagem de HF 36. O interruptor 41 está mostrado simbolicamente como um interruptor na linha 40. Alternativamente, contudo, esse interruptor, pode controlar ainda, direta- mente a fonte de HF 36.

A figura 3 mostra uma outra modalidade modificada do instru- mento 210. Até o ponto em que seus elementos possuam as mesmas características estruturais e/ou funcionais como os elementos das modali- dades supra descritas, é feita referência à descrição acima usando os sinais de referencia já introduzidos. A característica principal do instrumento 210 é a atuação da válvula 29, pela pressão hidráulica existente no canal 17. A fonte de HF para o êmbolo 24 e daí ao bocal 18 pode ser religada, como demonstrado, pelo eletrólito (como na figura 2) ou ainda via uma linha não ilustrada (como na Figura 1). A válvula 29 está configurada de modo tal, a abrir a conexão entre o canal 17 e o canal do bocal 28, quando a pressão hidráulica no canal 17 excede um valor limite. Caso o cirurgião acione o instrumento 210 pela ação do elemento atuante 14, o dispositivo de bomba 33 transporta fluido a alta pressão para o canal 17 e abre a válvula 29 logo que suficiente pressão tenha-se acumulado, como resultado disso, um jato forte são do bocal 18 na direção S. Nesse aspecto, o bocal 18 permanece na posição atuada, em deslocamento dianteiro. Após fechar a válvula 35, por exemplo, quando o operador libera o elemento atuante 14, a válvula 29 se fecha, caso este em que o bocal 18 permanece deslocado para a frente, desde que o êmbolo 32 seja mantido na posição deslocada para a frente.

Caso o cirurgião ou operador libere o elemento atuante 13, a mola 27 empurra o êmbolo 24 de volta para a posição retraída. Assim, o êmbolo 32 também retorna para sua posição retraída direita como ilustrado na Figura 3.

Uma outra modalidade possível do instrumento de acordo com a invenção é mostrada como instrumento 310 na figura 4. Este instrumento 310 não necessita de uma válvula 29. Além do primeiro elemento condutor de fluido 15 o referido instrumento compreende um segundo elemento condutor de fluido 42 configurado, por exemplo, como uma mangueira 543. O elemento condutor de fluido 42 pode estender-se através do canal 17 do primeiro elemento condutor de fluido. O elemento condutor de fluido 42 pode ser ligado ao êmbolo 24 ou uma extensão desse elemento condutor de fluido. O canal interno 44 do elemento condutor de fluido 42, portanto, comunica-se com o canal do bocal 28. A extremidade proximal do elemento condutor de fluido 42 pode ser ligada ao dispositivo de bomba 33 por meio de uma válvula controlada pelo elemento atuante 14, e, por exemplo, por meio da válvula de teste 35. Nesta modalidade, a válvula de teste 35 é opcional. Entretanto, neste caso, o canal 17 é disposto apenas para acionar o êmbolo 24 ou um outro atuador 23, o canal 44 é obtido para suprimento ao bocal 18. A alimentação (opcional) da corrente HF ao bocal 18 pode ocorrer, como visto na Figura 4, via eletrólito condutor no canal 17, ou ainda, por exemplo, como na Figura 1, via um condutor elétrico separado. O último, por sua vez, pode ficar disposto na parede da mangueira 16 ou estender-se através do canal interno 17. É ainda possível combinar a linha não ilustrada especificamente com a mangueira interna 43. Diferente disto, a descrição anterior se aplica igualmente.

Um instrumento cirúrgico, 10, 110, 210, 310 disposto para realizar operações cirúrgica com jato de água compreende um bocal 18 que pode ser deslocado por meio de um acionador hidráulico 23 fora de uma posição retraída ou passiva para uma posição dianteira ou ativa. A atuação é realizada por meio de um fluido hidráulico fornecido à cabeça do instrumento 11 via um tubo 20 e/ou uma mangueira 43. O fluido, por exemplo, uma solução de cloreto de sódio que será injetada ao tecido pode ser usado como o fluido hidráulico fornecido ao bocal 18. Preferivelmente, a corrente de HF pode ser, além disso, aplicada ao bocal 18. Referida corrente de HF pode ser conduzida ao bocal via uma

linha que se estende através do elemento condutor de fluido 15 ou via eletró- lito aí presente. Relação de números de referência

10, 100, 210, 310 Instrumento

11 Cabeça do instrumento

12 Conector

13,14 Elementosatuantes

Primeiro elemento condutor de fluido

16 Mangueira

17 Canal

18 Bocal

19 Seta

Tubo

21 Corpo de bocal

22 linhas tracejadas - posição ativa do bocal 18

23 Atuador

24 êmbolo

Camara de fluido

26 Meios de mola

27 Mola helicoidal

28 Canal de bocal 29,29a Valvula

Linha

31 Dispositivo regulador

32 Êmbolo

33 Dispositivo de bomba

34 Suprimento

Válvula de teste

36 Fonte de voltagem de HF

37 Eletrodo neutro

39 Interruptor de pressão

40 Linha

41 Interruptor

42 Segundo elemento condutor de fluido

43 Mangueira

44 Canal de 42

S Direação do jato

Claims (15)

1. Instrumento cirúrgico (10, 100, 210, 310) para cirurgia a jato de água, que compreende uma cabeça de instrumento (11) contendo um bocal deslocavelmente suportado (18), um atuador (23) disposto na cabeça do instrumento (11) e estando ligado ao bocal (18) e compreendendo uma câmara para fluido (25), um primeiro elemento condutor de fluido (15) que está em comunicação fluida com a câmara de fluido (25) e por meio do qual a cabeça de instrumento (11) está em conexão com um corpo conector do instrumento (12).

2. Instrumento de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do bocal (18) ser linearmente suportado de modo a ficar deslocável ao longo de uma direção de jato (S) indicada pelo dito bocal.

3. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato do atuador (23) e/ou bocal (18) ser deslocado para uma posição retraída pelos meios de mola (26).

4. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato do dispositivo regulador (31) para atuação hidráulica do atuador ser obtido no ou sobre o corpo conector do instrumento (12).

5. Instrumento de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato do dispositivo regulador (31) ser uma bomba.

6. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato do bocal (18) ser conectado a uma fonte (36) para corrente de alta freqüência.

7. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de uma linha elétrica (3) estender-se do corpo conector do instrumento (12) para o bocal (18).

8. Instrumento de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato da linha elétrica (30) ser um eletrólito presente no primeiro elemen- to condutor de fluido (15).

9. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato do bocal (18) compreender um canal de bocal (28) e que a câmara de fluido (25) está em comunicação fluida com o canal de bocal (28).

10. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato do bocal (18) compreender um canal de bocal (28) e de que a câmara de fluido (25) está em comunicação fluida com um segundo elemento condutor de fluido (42).

11. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato do primeiro elemento condutor de fluido (15) comunicar-se com um dispositivo de bomba (33) para um fluido que está sob pressão.

12. Instrumento de acordo com a reivindicação 10, caracteri- zado pelo fato do segundo elemento condutor de fluido (42) comunicar-se com dispositivo de bomba (33) para um fluido que está sob pressão.

13. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato do bocal (18) estar ligado a uma válvula (29) disposta na cabeça do instrumento (11).

14. Instrumento de acordo com a reivindicação 13, caracteri- zado pelo fato da válvula (29) poder ser eletricamente controlada.

15. Instrumento de acordo com a reivindicação 13, caracteri- zado pelo fato da válvula (29) poder ser hidraulicamente controlada.