Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "DISPOSITI- VO DE VÁLVULA E MÉTODO DE CONEXÃO DE UM RECIPIENTE DE MATERIAL FLUIDO A UM RECEPTÁCULO".
A presente invenção refere-se a um dispositivo de válvula e a um método de conexão de um recipiente preenchido com material fluido, tal como fertilizantes, pesticidas ou similares, a um receptáculo, por exemplo, um dispositivo aplicador para dispensa do material.
É conhecido o provimento de dispositivos de dispensa ou dispo- sitivos de aplicação para distribuição de fertilizantes ou pesticidas em um campo. Os recipientes do fertilizante ou pesticida podem ser providos para ligação a um dispositivo aplicador ou de dispensa, de tal forma que, quando o recipiente se encontrar vazio, possa ser removido e substituído com um recipiente cheio.
É preferível que usuários do dispositivo de dispensa não entrem em contato com o material nos recipientes.
A EP - A - 0389919 divulga um sistema de válvula para controle de fluxo de um agente de tratamento agrícola, a partir de um recipiente para o material, a uma câmara de recebimento ou funil de enchimento. O recipi- ente possui uma válvula de dispensa de material e a câmara ou funil apre- senta válvula de recebimento de material. A válvula de dispensa e a válvula de recebimento se encontram adaptadas para serem acopladas e desaco- pladas de tal forma que, quando acopladas, ambas as válvulas se encon- trem abertas para permitir o fluxo do material a partir do recipiente até o funil e, quando desacopladas, ambas as válvulas ficam inclinadas em uma posi- ção fechada.
Embora este sistema impeça que o usuário entre em contato com o material no recipiente, este é relativamente complexo e dispendioso.
A EP - A - 0685155 divulga um dispositivo de válvula, compre- endendo um alojamento cilíndrico no qual um membro de válvula cilíndrico pode ser deslocado de forma axial. O alojamento inclui um assento de vál- vula em torno de uma extremidade interna de uma passagem de fluxo e o membro cilíndrico de válvula apresenta um disco de válvula, que se veda seletivamente com o assentamento de válvula. Em particular, devido a um sulco de excêntrico, a rotação relativa dos dois cilindros leva os mesmos a se moverem em direção ou para além um do outro, e com isso fechando e abrindo a válvula.
Este dispositivo de válvula ainda apresenta algumas desvanta- gens. Em particular, este requer que as duas metades do dispositivo de vál- vula se movam axialmente, o que, por sua vez, exige que o recipiente se mova axialmente em relação ao receptáculo ao qual se encontra unido. Do mesmo modo, o fechamento da válvula pode ser difícil quando a placa de válvula deve se mover de encontro a um peso de material fluido. A passa- gem de escoamento para o material fluido se limita ao espaço periférico em torno do disco de válvula, quando este é movido para além do assento de válvula.
Trata-se de um objeto da presente invenção proporcionar um dispositivo de válvula alternativo, que seja relativamente simples e que ob- tenha uma abertura e um fechamento automáticos quando unido ao desta- cado de um receptáculo.
De acordo com a presente invenção, se proporciona um disposi- tivo de válvula para conexão de um recipiente preenchido com material flui- do a um receptáculo e para dispensa de um material fluido a partir do recipi- ente ao interior do receptáculo, o dispositivo de válvula incluindo uma luva externa, apresentando uma primeira extremidade a ser segura ao orifício de um recipiente, uma segunda extremidade para ligação liberável ao receptá- culo e paredes definindo uma passagem de suporte geralmente cilíndrica, que se estende a partir da referida primeira extremidade até a referida se- gunda extremidade, e uma luva interna no interior da passagem de suporte, apresentando paredes definindo uma superfície geralmente externa, adja- cente às paredes da luva externa, de forma a suportar de maneira rotativa a luva interna e definindo uma passagem de escoamento interna, um membro de válvula de borboleta no interior da passagem de escoamento, apresen- tando um primeiro e uma segunda ponta de pivô, diametralmente opostos, que se estendem pelo menos para o interior das paredes da luva interna sendo rotativamente suportados pelas paredes em uma dentre as luvas in- terna e externa, fato pelo qual as paredes das luvas interna e externa são configuradas de forma a interagirem com pelo menos a primeira ponta de pivô de forma a que a rotação relativa das luvas interna e externa leve o membro de válvula de borboleta a girar entre um estado fechado, no qual o membro de válvula de borboleta fecha a passagem de escoamento através do preenchimento substancial de uma seção transversal interna da passa- gem de escoamento e um estado aberto, no qual a passagem de escoa- mento se encontra aberta.
Assim sendo, o membro de válvula pode ser proporcionado no interior ou de forma adjacente ao orifício de um recipiente e normalmente apresenta o membro de válvula de borboleta no estado fechado. Por meio da rotação das luvas interna e externa em relação uma a outra, por exem- pio, como parte de um engate do dispositivo de válvula com o receptáculo para o material fluido, a primeira a ponta de pivô e, portanto, o membro de válvula de borboleta, são girados a uma posição aberta para permitir o fluxo através do dispositivo de válvula.
Em utilização, uma vez que o recipiente foi conectado ao recep- táculo, utilizando-se o dispositivo de válvula, o material fluido pode ser dis- pensado em sua totalidade ao interior do receptáculo e então, o dispositivo de válvula e o recipiente destacados. No entanto, em uma aplicação preferi- da, o recipiente e o dispositivo de válvula são deixados conectados, até que mais material seja necessário. Desta forma, o receptáculo não precisa rece- ber a totalidade do material fluido de uma só vez, este sendo suprido a partir do recipiente, de acordo com a necessidade.
Não é exigido nenhum movimento axial para abertura e fecha- mento da válvula e com a válvula de borboleta completamente aberta, a úni- ca restrição ao fluxo é a espessura da válvula de borboleta propriamente dita. Além disso, por meio da propriedade da válvula de borboleta, de uma lateral se mover em uma direção oposta à outra lateral, o movimento da vál- vula de encontro ao material fluido se torna mais fácil, uma vez que o mate- rial flui a partir de uma lateral da passagem para a outra.
O material fluido, de preferência, é de forma sólida, por exem- plo, de formato granular, mas pode também ser líquido caso a válvula seja planejada para vedar de forma apropriada.
A válvula de borboleta propriamente dita, de preferência, com- preende um membro similar a uma placa, apresentando um formato corres- pondente à área de seção transversal interna da luva interna. Esta, de prefe- rência, é circular, mas pode ser quadrada ou apresentar qualquer outro for- mato em seção transversal. O membro similar a uma placa pode apresentar um formato correspondente a uma área de seção transversal que é angula- da, isto é, não perpendicular, ao eixo da luva interna, de forma que não pos- sa girar no interior da luva interna, além de sua posição. A válvula de borbo- leta inclui, então, um eixo de rotação aproximadamente através de sua me- tade e em seu próprio local.
As primeira e segunda pontas de pivô podem ser suportados de forma rotativa na luva externa e passar através de aberturas na luva interna, configurada de tal forma a girar a válvula de borboleta, neste caso, as pon- tas de pivô não necessitam se estender diretamente através da luva externa, mas podem ser suportadas nas porções designadas.
Por outro lado, as primeira e segunda pontas de pivô podem ser suportadas de forma rotativa pela luva interna. Neste caso, apenas a primei- ra ponta de pivô deve passar através da luva interna, de forma a interagir com a luva externa, a segunda ponta de pivô podendo ser meramente su- portada pela porção designada nas paredes da luva interna.
A luva de interação pode apresentar paredes de qualquer forma- to apropriado para girar a primeira ponta de pivô. Por exemplo, uma abertura alongada apresentando dentes ao longo de uma superfície pode interagir com dentes providos em torno da periferia externa da primeira ponta de pi- vô. Alternativamente, uma face de extremidade da primeira ponta de pivô pode ser provida com uma fenda que se estende de forma radial, interagin- do com um pino ou provida com um pino em manivela, interagindo com uma fenda. Preferivelmente1 as paredes da outra dentre as luvas interna e externa incluem uma abertura em perfil e a primeira ponta de pivô se esten- de para o interior da abertura em perfil e inclui um membro excêntrico, de tal forma que a rotação relativa das luvas interna e externa leva à interação do membro excêntrico e da abertura em perfil a girarem o membro de válvula de borboleta entre os estados fechado e aberto.
Evidentemente, a abertura em perfil pode ser provida na luva interna ou externa, considerando que as primeira e segunda pontas de pivô sejam suportadas de forma rotativa pela outra dentre as luvas interna e ex- terna.
Preferivelmente1 o membro excêntrico se estende de forma radi- al da primeira ponta de pivô.
Desta forma, o movimento lateral aplicado ao membro excêntri- co irá levar ao movimento rotativo da primeira ponta de pivô e do membro de válvula de borboleta.
De preferência, a abertura em perfil geralmente é de formato trapezoidal, apresentando uma longa porção que se estende de forma cir- cunferente em relação à passagem de suporte geralmente cilíndrica, ao lon- go da qual a primeira ponta de pivô se move em relação à rotação das luvas interna e externa e uma curta porção que se estende pela circunferência em relação à passagem de suporte geralmente cilíndrica, para o interior da qual o membro excêntrico se estende, o membro excêntrico sendo defletido pe- las paredes da outra dentre as luvas interna e externa, unindo as porções longa e curta, de forma a girar o membro de válvula de borboleta.
Assim sendo, é provida uma abertura alongada, trapezoidal, em uma direção de circunferência das luvas interna e externa. Enquanto a parte giratória da primeira ponta de pivô fica livre para se mover ao longo da tota- lidade do comprimento da porção longa, o membro excêntrico que se esten- de de forma radial fica restrito a mover apenas pelo comprimento da porção curta. Adicionalmente, a parte giratória da primeira ponta de pivô se move a partir de uma extremidade da porção longa para a outra, em algum ponto, o membro excêntrico indo entrar em contato com uma parede de extremidade da abertura em perfil, sendo impedido de se mover, e adicionalmente, girar a primeira ponta de pivô.
Em uma concretização preferida a ser descrita, a porção curta fica posicionada de forma simétrica em relação ao centro da porção longa.
No entanto, por meio da angulação do membro excêntrico, de maneira dife- rente em relação ao membro de válvula de borboleta, também é possível que a porção curta fique deslocada para uma lateral com relação à porção longa.
Preferivelmente, as primeira e segunda pontas de pivô opostas ficam montadas de forma rotativa nas paredes da luva interna e as paredes da luva interna incluem pelo menos um primeiro furo atravessante, para um suporte rotativo da primeira ponta de pivô, as paredes da luva externa inclu- indo a abertura em perfil e a primeira ponta de pivô se estendendo através do referido furo atravessante ao interior da abertura em perfil.
Desta forma, a luva interna, através da qual passa o material fluido, apresenta uma superfície relativamente ininterrupta, apenas reque- rendo um furo atravessante para a primeira ponta de pivô e uma porção de suporte denteada para a segunda ponta de pivô. Além disso, como será descrito abaixo, se torna possível operar a válvula de borboleta de maneira automática, como parte de uma adaptação em baioneta.
Preferivelmente, pelo menos uma dentre as primeira e segunda ponta de pivô se estende além da periferia da luva externa, de forma a con- figurar um pino de baioneta para interação com um sulco de baioneta de um receptáculo.
Assim sendo, quando o dispositivo de válvula é inserido na a- daptação fêmea da baioneta e girada, ambas as pontas de pivô que configu- ram os pinos de baioneta são impedidos de se movimentarem, enquanto a luva externa é girada. Desta forma, a luva interna e a primeira ponta de pivô são giradas, em relação à luva externa, de tal forma que a primeira ponta de pivô interage com a luva externa, de forma a abrir ou fechar o membro de válvula de borboleta.
Evidentemente, as pontas de pivô poderiam ser inseridas em sulcos na adaptação fêmea de baioneta do receptáculo, diferentes dos sul- cos em formato de L para segurança do dispositivo de válvula no local, con- siderando que estes sulcos restrinjam o movimento das pontas de pivô, de forma a causar uma rotação relativa entre as pontas de pivô e a luva interna, com a luva externa.
Como alternativa, as paredes da luva externa, de preferência, incluem uma primeira abertura que se estende de forma circunferente, a luva interna incluindo um primeiro pino em baioneta que se estende através da abertura para interação com um sulco em baioneta de um receptáculo, e extensão em circunferência da abertura sendo suficiente para permitir uma rotação relativa das luvas interna e externa para levar o membro de válvula de borboleta a girar, entre os estados fechado e aberto.
Assim sendo, de forma similar ao descrito acima, quando inseri- do em uma adaptação em baioneta fêmea, o pino em baioneta irá ser restri- to em seu movimento, de tal forma que a luva externa irá ser girada em rela- ção à luva interna. De forma similar, o pino em baioneta pode engatar sulcos outros que não os sulcos em formato de L da adaptação em baioneta.
Preferivelmente, as paredes da luva externa incluem uma se- gunda abertura que se estende pela circunferência e a luva interna inclui um segundo pino em baioneta, que se estende através da segunda abertura para interação com um sulco em baioneta de um receptáculo, a extensão de circunferência da segunda abertura sendo suficiente para permitir uma rota- ção relativa das luvas interna e externa para levar o membro de válvula de borboleta a girar entre os estados aberto e fechado.
Desta maneira, para uma adaptação em baioneta, incluindo dois pinos em baioneta, ambos os pinos em baioneta podem ser providos na luva interna.
Preferivelmente, as primeira e segunda aberturas ficam diame- tralmente opostas e os primeiro e segundo pinos em baioneta ficam diame- tralmente opostos.
Esta é a forma de arranjo preferida para uma adaptação em baioneta com dois pinos. Preferivelmente, o dispositivo de válvula ainda inclui um eixo de atuação, no qual a luva interna inclui um par de aberturas de suporte, dia- metralmente opostas, para suporte do eixo de atuação entre as mesmas, o eixo de atuação se estendendo para o exterior das aberturas de suporte de maneira a formar os primeiro e segundo pinos de baioneta.
O eixo de atuação pode ficar posicionado de forma paralela com, e realmente deslocado do eixo do membro de válvula de borboleta e, com um espaçamento apropriado entre estes, podendo ser utilizado como anteparo para o membro de válvula de borboleta.
Adicionalmente, preferivelmente, a primeira abertura fica alinha- da de forma axial em relação à abertura em perfil e o centro do primeiro pino em baioneta fica axialmente alinhado em relação ao centro da primeira pon- ta de pivô.
As paredes da outra dentre as luvas interna e externa e as pri- meiras pontas de pivô são configuradas de forma a interagirem com movi- mento perdido, de tal forma que o membro de válvula de borboleta seja gi- rado entre os estados fechado e aberto, apenas após alguma rotação relati- va intermediária das luvas interna e externa.
Com o arranjo em baioneta discutido acima, se assegura que os pinos de baioneta sejam completamente engatados, antes do membro de válvula de borboleta ser aberto.
Assim sendo, as luvas interna e externa podem ser relativamen- te rotativas, apenas entre duas orientações relativamente predeterminadas e o membro de válvula de borboleta girando entre os estados fechado e aber- to, apenas quando as luvas interna e externa se aproximam e se encontram na vizinhança de orientações relativamente predeterminadas.
Evidentemente, um arranjo em baioneta para o dispositivo de válvula irá, ele mesmo, introduzir algum movimento perdido, uma vez que a luva externa não irá girar em relação à luva interna, até que os pinos de bai- oneta alcancem a extremidade dos canais de baioneta, com isso assegu- rando que o dispositivo de válvula seja seguro ao receptáculo.
As paredes das luvas externas podem ainda definir uma superfí- cie geralmente cilíndrica, para adaptação a um receptáculo.
Assim sendo, a adaptação de baioneta pode se constituir da superfície externa da luva externa.
No entanto, o dispositivo de válvula pode compreender ainda um alojamento externo no interior do qual fica suportada a luva externa.
O alojamento externo pode cobrir apenas parte da luva externa, por exemplo, para ocultar partes, tais como a abertura em perfil, interagindo com a primeira ponta de pivô.
No entanto, o alojamento pode incluir uma superfície externa geralmente cilíndrica, para adaptação a um receptáculo. Neste caso, os pi- nos de baioneta que provêm das luvas interna e externa se projetam através do alojamento.
Em uma concretização preferida, as luvas interna e externa são ambas geralmente corpos cilíndricos e coaxiais.
A presente invenção ainda proporciona um recipiente preenchi- do com um material fluido, apresentando um orifício adaptado com um dis- positivo de válvula, conforme descrito acima.
Do mesmo modo, de acordo com a presente invenção, propor- ciona-se um método para conectar um recipiente de material fluido a um receptáculo incluindo as etapas de proporcionar uma saída do recipiente e do receptáculo com, respectivamente, correspondentemente adaptações de baioneta macho e fêmea, proporcionar um dispositivo de válvula na saída para conectar o recipiente preenchido com material fluido ao receptáculo e para dispensar o material fluido a partir do recipiente ao interior do receptá- culo, e girar o dispositivo de válvula para abrir e fechar a saída de acordo com a rotação relativa da saída e em pelo menos um pino de baioneta da adaptação de baioneta macho.
A presente invenção será mais claramente entendida a partir da seguinte descrição, desenvolvia a guisa apenas de exemplo, com referência aos desenhos em anexo, nos quais:
A Figura 1 ilustra um dispositivo de válvula, concretizando a pre- sente invenção; A Figura 2 ilustra uma seção transversal, através do dispositivo de válvula da Figura 1, seguro em um orifício de um recipiente e adaptado ao receptáculo;
A Figura 3 ilustra a luva externa do dispositivo da Figura 1;
A Figura 4 ilustra a luva interna do dispositivo da Figura 1;
A Figura 5 ilustra o membro de válvula de borboleta do dispositi- vo da Figura 1 ;
A Figura 6 ilustra o eixo de atuação do dispositivo da Figura 1;
As Figuras 7(a) a (c) ilustram a operação de um membro de vál- vula de borboleta, com rotação relativa das luvas interna e externa;
A Figura 8 ilustra um receptáculo ao qual o dispositivo da Figura 1 pode ser adaptado; e
A Figura 9 ilustra uma capa para o dispositivo de válvula da Fi- gura 1.
A descrição a seguir refere-se a uma concretização preferida. No entanto, deve ser considerado a partir das alternativas discutidas acima que outras formas de apresentação também são possíveis.
Como ilustrado nas Figuras 1 e 2, o dispositivo de válvula com- preende uma luva externa 2, que se estende a partir de uma primeira extre- midade 2a, até uma segunda extremidade 2b. A primeira extremidade 2a se encontra provida com qualquer perfil apropriado 4 para adaptação ao orifício de um recipiente.
Como ilustrado na Figura 2, as paredes 6 de um receptáculo encontram a primeira extremidade 2a da luva externa 2, adjacente ao perfil em circunferência 4. Uma faixa em perfil correspondente 5 é posicionada então em torno do perfil 4 e da aba 7 do recipiente, de tal forma a segurar o dispositivo de válvula no local. Assim sendo, o dispositivo de válvula é provi- do em forma de alimentação de saída para o recipiente. A faixa 5, de prefe- rência, é expansível e provida com um mecanismo sobre o centro para pega do perfil 4 e da aba 7. Desta forma, o recipiente pode ser separado de forma fácil do dispositivo de válvula para preenchimento, embora alguma forma de etiqueta de segurança possa ser incluída para impedir uma liberação não autorizada da faixa 5.
Evidentemente, a primeira extremidade 2a pode ser segura ao recipiente de qualquer maneira conveniente. Por exemplo, a atuação em conjunto de roscas de parafusos pode ser provida no dispositivo de válvula e no recipiente.
A luva externa 2 se encontra provida de uma passagem de su- porte cilíndrica 8, no interior da qual a luva interna 10 fica suportada de for- ma rotativa. Como ilustrado, uma passagem de escoamento 11 é provida no interior da luva interna 10, para fluxo do material a partir do recipiente, atra- vés das luvas interna e externa.
A luva externa 2 inclui uma região interna parcialmente cônica 12, para condução do material ao interior da passagem de escoamento 11, no interior da luva interna 10.
Como ilustrado na Figura 4, a luva interna 10 inclui um primeiro furo atravessante 14. Isso ocorre para suporte da primeira extremidade de pivô 20 para uma válvula de borboleta 16, como ilustrado na Figura 5. Em- bora não ilustrado, de forma oposta ao primeiro furo atravessante 14, atra- vés de um diâmetro do cilindro de luva interna 8, um segundo orifício e pas- sagem ou, pelo menos uma porção circular denteada, também são providos para suporte da segunda extremidade de pivô 22 da válvula de borboleta 16.
Como ilustrado, a válvula de borboleta 16 apresenta um membro geralmente similar a uma placa 18, apresentando um formato e uma dimen- são para preencher a área de seção transversal interna da luva interna 10. No interior do plano do membro similar a uma placa 18 e através do centro do membro, se provê um eixo de rotação. Em particular, uma primeira ponta de pivô 20 é provida em uma extremidade do eixo e a segunda ponta de pivô 22 é provida na outra extremidade.
A válvula de borboleta 16 fica montada na luva interna 10, com a primeira ponta de pivô 20 se projetando através do primeiro furo atravessan- te 14 e de forma rotativa para ser suportado naquele local e a segunda pon- ta de pivô inserida ao ou através do segundo furo atravessante (não ilustra- do) ou denteado para ser suportado de forma rotativa pelo mesmo. Assim sendo, como ilustrado na Figura 2, a válvula de borboleta 16 fica suportada de forma rotativa no interior da luva 10. Na posição ilus- trada na Figura 2, um fluxo (indicado pelas setas) se torna possível através do dispositivo de válvula. No entanto, por meio da rotação da válvula de borboleta 16 até que esta se encontre em um plano aproximadamente per- pendicular ao eixo das luvas interna e externa, o membro similar a uma pla- ca 18 da válvula de borboleta 16, preenche a seção transversal interna da luva interna 10, de forma a impedir o fluxo do material.
Em uma concretização preferida, como será discutido abaixo, o membro similar a uma placa pode ser levemente elíptico, de tal forma que este preencha a seção transversal interna, antes de alcançar a orientação perpendicular. Desta forma, as paredes da luva interna impedem uma rota- ção adicional da válvula de borboleta.
Alternativamente, anteparos apropriados podem ser incluídos nas luvas internas.
Como ilustrado nas Figuras 1 e 3, a luva externa 2 se encontra provida com uma abertura em perfil 24. A abertura em perfil 24 ilustrada se estende completamente através da parede da luva externa 2. No entanto, também é possível que a abertura perfilada se estenda apenas parcialmente ao interior da parede da luva externa 2, de tal forma que fique oculta do ex- terior.
Assim sendo, como ilustrado na Figura 1, com a válvula de bor- boleta 16 montada na luva interna 10, a primeira ponta de pivô 20 se esten- de ao interior da abertura em perfil 24 da luva externa 2.
Como mencionado acima, a luva interna 10 é giratória em rela- ção à luva externa 2. Como resultado, quando a luva interna 10 é girada em relação à luva externa 2, a primeira ponta de pivô 20 se move na circunfe- rência da luva externa no interior da abertura em perfil 24.
Como ilustrado nas Figuras 1 e 5, a primeira ponta de pivô 20 se encontra provida com um membro excêntrico que se estende radialmente 26. Este também fica localizado no interior da abertura em perfil 26 da luva externa 2. A abertura em perfil 24 pode ser considerada como compreen- dendo duas porções, especificamente, uma porção longa 24a e uma porção curta 24b. A primeira ponta de pivô 20, propriamente dita e, em particular, o eixo de rotação da válvula de borboleta 16 ficam localizados no interior da porção longa 24a, ao mesmo tempo em que o membro excêntrico 26 se es- tende radialmente a partir da primeira ponta de pivô 20 para o interior da porção curta 24b.
As Figuras 7(a) a (c) ilustram o efeito da rotação da luva externa 2 em relação à luva interna 10. Na verdade, nestas Figuras, a luva interna 10 e, adicionalmente, o eixo de rotação da válvula de borboleta 16 perma- necem na mesma posição, enquanto que a luva externa 2 é girada.
Na Figura 7(a), a válvula de borboleta 16 se encontra em estado fechado no interior da luva interna 10. A válvula de borboleta propriamente dita, fica adjacente às paredes da luva interna 10 e adicionalmente não pode girar da forma anti-horária, como ilustrado. Além disso, o membro excêntrico 26 fica adjacente ou se encosta em uma primeira parede de extremidade 28a, unindo as porções longa 24a e curta 24b, de tal forma que a válvula de borboleta não possa girar em sentido horário, como ilustrado.
Quando a luva externa 2 é girada, o membro excêntrico 26 é liberado do contato com a primeira parede de extremidade 28a, de tal forma que a válvula de borboleta 16 possa girar em sentido horário, como ilustra- do.
À medida que a válvula externa 2 é adicionalmente girada, a primeira ponta de pivô 20 se move ao longo da totalidade da extensão da porção longa 24a. No entanto, o membro excêntrico 26 encontra a parede de extremidade 28b, unindo as porções longas e as porções curtas 24b. A- dicionalmente, o contato entre o membro excêntrico 26 e a parede de ex- tremidade 28b levam a primeira ponta de pivô 20 e a válvula de borboleta 16 a serem giradas para a posição da Figura 7(b) e então, para o estado aberto ilustrado na Figura 7(c). Na concretização ilustrada, a válvula de borboleta 16 se encosta em um eixo de atuação 36, a ser descrito abaixo. Isso impede uma rotação em sentido horário, adicional. Evidentemente, qualquer outro anteparo adequado também pode ser utilizado.
Quando a luva externa 2 é girada na direção oposta, o membro excêntrico 26 irá, de forma similar, entrar em contato com a parede de ex- tremidade 28a, de tal forma que a primeira ponta de pivô 20 e a válvula de borboleta 16 girem para o estado fechado, ilustrado na Figura 7(a).
Na concretização ilustrada, a porção curta 24b apresenta um comprimento maior do que a largura do membro excêntrico 26. Adicional- mente, alguma rotação da luva externa 2 se torna possível, sem qualquer interação entre o membro excêntrico 26 e as paredes de extremidade 28a e 28b. Isso introduz algum movimento perdido à operação do dispositivo.
Quando da rotação da luva externa 2, a partir da posição ilustra- da na Figura 7(a), a válvula 16 irá, primeiro, permanecer segundo a orienta- ção ilustrada na Figura 7(a), em particular, no estado fechado. Será apenas quando o membro excêntrico 26 entrar em contato com a parede de extre- midade 28b que a primeira ponta de pivô 20 e a válvula de borboleta 16 irão girar para a posição ilustrada na Figura 7(b).
Retornando-se à Figura 4, uma primeira abertura de suporte 30 se encontra provida na parede da luva interna 8, diametralmente oposta à segunda abertura de suporte 32. Um eixo de atuação 36, como ilustrado na Figura 6 se encontra montado através das aberturas de suporte 30, 32, de forma a se projetar a partir de cada lateral.
Aberturas que se estendem pela circunferência 38 e 40 se en- contram providas na luva externa 2 para recebimento das extremidades do eixo de atuação 36. Na realidade, as extremidades do eixo de atuação 36 se estendem para além da superfície externa da luva externa 2, de forma a configurarem pinos de baioneta projetantes.
O dispositivo de válvula se designa à utilização com um receptá- culo 42, como ilustrado na Figura 8. O receptáculo 42 pode configurar parte de um dispositivo para aplicação ou um dispositivo para dispensa. Este in- clui uma adaptação em baioneta fêmea, apresentando uma abertura cilíndri- ca 44, para recebimento da luva externa 2 e um orifício de escoamento, de forma a permitir que o material flua a partir do dispositivo de válvula, através do receptáculo 42.
A adaptação em baioneta fêmea se encontra construída de uma maneira conhecida, em particular com dois canais opostos, em formato de L, 46, 48.
Assim sendo, a luva externa 2 fica inserida axialmente ao interi- or da abertura cilíndrica 44 do receptáculo 42, com as extremidades do eixo de atuação 36 nos canais em formato de L 46, 48.
Quando o dispositivo de válvula é primeiro inserido axialmente no receptáculo 42, a válvula de borboleta 16 fica na posição indicada na Fi- gura 7(a). À medida em que o dispositivo de válvula é então girado, as ex- tremidades estendidas do eixo de atuação 36, se movem ao longo da parte em circunferência dos canais em formato de L 46, 48, de forma a segurar o dispositivo de válvula (e adicionalmente o recipiente ao qual é unido) ao re- ceptáculo, por meio da adaptação em baioneta. No entanto, à medida que o usuário continua a girar o dispositivo de válvula em relação ao receptáculo, as extremidades do eixo de atuação 36 se encostam às extremidades dos canais em formato de L 46, 48, de forma que estes e a luva interna 10 se- jam impedidos de uma rotação adicional. Como resultado uma rotação adi- cional do dispositivo de válvula (o que se dará por meio da luva externa 2 ou do recipiente ao qual se encontra unido) irá levar a luva externa 2 a girar em relação à luva interna 10. Adicionalmente, como explicado acima, a válvula de borboleta 16 será movida a partir do estado fechado da Figura 7(a) para os estados abertos da Figura 7(c).
Conforme ilustrado na Figura 2, por meio da localização do eixo de atuação 36 a uma distância apropriada do eixo da válvula de borboleta, uma utilização vantajosa do eixo de atuação 36 irá impedir que a válvula de borboleta 16 gire adicionalmente. De outra forma, o eixo de atuação 36 po- deria ser substituído pelos pinos em baioneta, que meramente se estendem das paredes da luva interna 10.
Embora não se encontre ilustrado, um alojamento externo pode ser provido para ocultar a abertura em perfil. Quando o alojamento externo se estende sobre a totalidade do comprimento externo da luva externa 2, não é necessário que a superfície externa da luva externa 2 seja cilíndrica, uma vez que a superfície externa do alojamento pode tomar um formato ci- líndrico e constituir parte da superfície de baioneta para inserção em um re- ceptáculo. Neste caso, as extremidades do eixo de atuação 36 deveriam se estender através do alojamento, de forma a poderem se engatar aos canais 46, 48, do receptáculo.
A Figura 9 ilustra uma capa 50 para adaptação sobre o disposi- tivo de válvula, a partir da segunda extremidade 2b.
Em utilização, quando o material é suprido em um recipiente, apresentando um dispositivo de válvula unido ao mesmo, se propõe o pro- vimento de uma capa, tal como a ilustrada na Figura 9, para impedir que o dispositivo de válvula seja violado, enquanto em transição.
A capa 50 inclui uma parede externa 52 para recebimento da luva externa 2. A parede externa 52 inclui um par de canais em recesso, diametralmente opostos 54, para recebimento dos pinos de baioneta, consti- tuídos nas extremidades do eixo de atuação 36. Adicionalmente, deve ser observado que o dispositivo de válvula pode ser inserido na capa 50 com sua segunda extremidade 2b, à frente.
No interior da parede externa 52 se encontra uma parede cilín- drica concêntrica 56, a qual se estende ao interior da passagem de escoa- mento 11, no interior da luva interna 10. De preferência, a parede 56 se en- contra dimensionada para entrar em contato com a superfície interna da lu- va interna 10, de forma a manter o dispositivo de válvula de forma segura.
Como ilustrado, são providas fendas diametralmente opostas 58, na parede 56, de forma a permitir a inserção da parede 56 sobre o eixo de atuação 36. Em outras palavras, o dispositivo de válvula fica inserido na capa 50, o eixo de atuação 36 movendo as fendas 58 para cima.
Finalmente, deve ser observado que uma etiqueta de segurança 60 é provida em uma periferia externa da parede externa 52. Uma etiqueta similar, não ilustrada, pode ser provida na parede externa da luva externa 2. As posições relativas da etiqueta de vedação 60 e a etiqueta equivalente na luva externa 2 são tais que, quando o dispositivo de válvula se encontra a- daptado na capa 50, as duas etiquetas se encostam uma na outra em uma direção de circunferência, de forma a impedir que a capa 50 seja girada em relação à luva externa 2, na direção requerida, para abrir a válvula de borbo- leta 16.
Adicionalmente, com a capa 50 adaptada ao dispositivo de vál- vula, não é possível abrir a válvula de borboleta 16.
A extensão axial da parede interna 56 é tal que, com a capa 50 adaptada ao dispositivo de válvula, a extremidade distai 57 da parede 56 se encosta ao membro similar a uma placa 18 da válvula de borboleta 16, de forma a impedir que a válvula de borboleta 16 seja aberta. Adicionalmente, quando a válvula de borboleta 16 é levemente angulada, quando em sua posição fechada, a extremidade distai 57 pode constituir um ângulo corres- pondente.
Como ilustrado, a etiqueta de vedação 60 inclui um furo atraves- sante 62. A etiqueta correspondente da luva externa 2 pode incluir um furo atravessante similar. Se torna então possível prover uma etiqueta de segu- rança através dos furos atravessantes, que requerem corte para sua remo- ção. Desta forma, é possível impedir a remoção da capa 50 e a abertura da borboleta 16, sem corte da etiqueta de segurança, além do provimento de uma indicação clara de que o dispositivo foi violado.
Preferivelmente, a parede externa 52 se estende pela totalidade do comprimento da luva externa 2, de forma a impedir qualquer violação, em particular, com as extremidades da válvula de borboleta 16.