PT99837A - Processo para a preparacao de composicoes farmaceuticas contendo interferao alfa e metodo para administracao de interferao alfa por inalacao oral para tratar asma e doencas pulmonares proliferativas nao malignas - Google Patents
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Description
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FUNDAMENTO DO INVENTO
Este invento está relacionado com composições farmacêuticas compreendendo interferão alfa humano de DNA recorabinante (rhIFN-α) como ingrediente activo para tratar ou prevenir asma ou doenças pulmonares proliferativas não malignas. O invento também está relacionado com a utilização de rhIFN-α para fazer um medicamento para o tratamento ou prevenção de asma ou doenças pulmonares proliferativas não malignas assim como com um método para o tratamento e/ou prevenção de asma ou de uma doença pulmonar proliferativa não maligna através da administração oral a um mamífero necessitado de tal tratamento e/ou prevenção de uma quantidade de rhIFN-α eficaz para tal tratamento. O interferão alfa humano é uma mistura natural de pelo menos onze compostos incluindo os designados por interferão alfa-1 e interferão alfa-2.
Conhece-se uma série de espécies de interferão alfa ou componentes, as quais são geralmente designadas por um número e letra a seguir à letra grega alfa. 0 interferão alfa-1 é uma espécie considerada para utilização neste invento tal como as espécies designadas interferões humanos alfa-2. Segundo USAN, os interferões humanos alfa-2 de DNA recombinante são designados Interferão Alfa-2, os quais podem ser obtidos como descrito em Rubenstein, Biochem. Biophys. Acta (1982), 695, 5-16 e Interferão Alfa-2b. 0 Interferão Alfa-2b é a espécie preferida para usar neste invento e é um interferão humano alfa de DNA recombinante (daqui em diante "rhlFN-a"). Um outro rhIFN-α adequado incluído no âmbito deste invento é o interferão humano alfa-2a de DNA recombinante.
0 interferão humano alfa-2b pode ser produzido em bactérias e outros microorganismos usando técnicas de DNA recom-binante incluindo as divulgadas em Nagata et al. Nature. (1980) 284. 316-329; Patente Europeia 32134 e Patente U.S. NS 4,289,690. Várias espécies de interferão alfa estão descritas na patente U.S. 4,503,035. É conhecida a administração parenteral de rhIFN-α para tratar leucemia das células cabeludas, sarcoma de Kaposi relacionado com AIDS e hepatite assim como intralesionalmente para tratar condilomata acuminata. Vários grupos de investigadores documentaram que o lFN-α administrado parenteralmente não se acumula na mucosa nasofaríngica, orofaríngica ou vias respiratórias ou no parênquima do pulmão em concentrações suficientes ou durante períodos de tempo suficientes para ser eficaz contra infecções virais respiratórias.
Recentemente, mostrou-se que o interferão alfa de leucócitos humanos não recombinante (daqui em diante "hlFN-a") pode ser dado a mamíferos por inalação para proporcionar concentrações locais elevadas no pulmão e no tecido de mucosas das vias respiratórias. A instilação de hIFN-α para dentro dos brônquios de pulmões de coelhos sujeitos a perfusão resultou em concentrações mensuráveis no soro [V. Bocci et al., Antiviral Res. (1984) Vol. 4, 211-220]. rhIFN-α administrado intranasalmente numa dose de 5 milhões de unidades evitou a transmissão de rinovírus dentro de famílias (Douglas, et al., NEJM (1986), Vol. 314, pp65-70. Num estudo chinês, o interferão-α (hIFN-α) dado intranasalmente e intra-oralmente numa dose de 700-1600 unidades/dia foi eficaz no tratamento de influenza, bronquiolite virai dos síncicios ϊ ϊ
respiratórios e bronquite asmática (Jia-xiong, et al., Chin Med Jj, 100:162-166, 1987).
No homem, hIFN-α foi inalado por doentes com cancro avançado das células não pequenas do pulmão em doses até 120 milhões de Unidades Internacionais ("IU"). Kinnula et al., descreve no J. Interferona Res. (1989), Vol. 9, 419-23 que o hIFN-α inalado resultou em concentração no soro e os efeitos secundários (e.g. febre, dor de cabeça, sintomas do tipo influen-za e nausea) semelhante aos observados após administração sistémica de hIFN-α assim como obstrução reversível das vias respiratórias mas não foi observada actividade contra o cancro do pulmão. O IFN-α inalado também foi administrado a doentes sofrendo de carcinoma broncoalveolar mas não foi demonstrada actividade contra o carcinoma broncoalveolar [V. Kinnula et al., J. Interfon Res.. (1988) Vol. 8, Supl. 1 pll5]. C.W. White, Semin. Hematol.. (1990) Vol. 27 (3, Supl. 4), 15-22, descreve que o rhIFN-α parenteral foi usado para tratar doentes com hemangiomatose pulmonar assim como outras variantes de doença hemangiomatosa tais como hamangioendoetelio-mas. J. Pene et al., Proc. Natl. Acad. Sei USA (1988) Vol. 85, 6880-6884 descreve que o IFN-α pode suprimir, in vitro. a produção de IgE a partir de células mononucleares do sangue periférico humano. G. Souillet et al., The Lancet. Junho 17, 1989 pl384 descreve que a administração subcutânea com êxito do IFN-α a um único doente com síndroma de hiper IgE (i.e. níveis IgE marcadamente elevados) indica que tal administração parenteral de IFN-α pode ter potencial aplicação no tratamento de casos graves de alergia associados a níveis de IgE no soro bruscamente aumentados. B. Burrows et al., NEJM (1989) Vol. 320, 271-276 ί
descreve que a asma tem uma base alérgica e está invariavelmente associada a níveis elevados de IgE. No entanto, nenhuma destas referências descreve este invento.
Existe ainda a necessidade de composições farmacêuticas de rhIFN-α para o tratamento e/ou prevenção de asma e doenças pulmonares proliferativas não malignas.
SUMÁRIO DO INVENTO
Este invento proporciona composições farmacêuticas para o tratamento ou prevenção de asma ou tratamento de doenças pulmonares proliferativas não malignas que compreende uma quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante eficaz para tais fins.
Este invento também proporciona uma utilização de interferão alfa humano de DNA recombinante para a obtenção de um medicamento para tratar ou prevenir asma ou doenças pulmonares proliferativas não malignas.
Este invento proporciona um método para o tratamento de asma num mamífero com asma que se caracteriza pela administração oral via inalação a tal mamífero de uma quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante eficaz para tal tratamento.
Este invento também proporciona um método para a prevenção de asma num mamífero atingido por doença obstrutiva reversível das vias respiratórias ou broncospasmo induzido por exercício que se caracteriza pela administração oral via inalação a tal mamífero de uma quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante eficaz para tal prevenção.
Este invento proporciona um método para o tratamento de doença pulmonar proliferativa não maligna num mamífero sofrendo de tal doença proliferativa que se caracteriza pela administração oral via inalação a tal mamífero de uma quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante eficaz para tal tratamento. Este invento também proporciona um método de prevenção de uma doença pulmonar proliferativa não maligna num mamífero susceptível, o qual se caracteriza pela administração oral via inalação a tal mamífero de uma quantidade de interferão alfa humano recombinante eficaz para tal prevenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DO INVENTO 0 termo "asma" conforme aqui é usado inclui qualquer condição asmática marcada por ataques frequentes de dispneia paroxismal (i.e. doença obstrutiva reversível das vias respiratórias) com respiração ruidosa devido a contracção espasmódica dos brônquios (os chamados "broncospasmos"). As condições asmáticas que podem ser tratadas ou evitadas de acordo com este invento incluem asma alérgica e alergia bronquica caracterizadas por manifestações em pessoas sensibilizadas provocadas por uma variedade de factores incluindo exercício, especialmente exercício vigoroso ("broncospasmo induzido por exercício"), partículas irritantes (pólen, poeira, algodão, pêlos de gato) assim como pressões psicológicas. As composições farmacêuticas deste invento são particularmente úteis na prevenção do estabelecimento de asma em mamíferos e.g. humanos atingidos por doença obstrutiva reversível das vias respiratórias e broncospasmo induzido por exercício. o interferão alfa humano de DNA recombinante (rhIFN-a) administrado oralmente via inalação para tratar asma de acordo com este invento pode ser usado como monoterapia ou como terapia 7 adjunta usada juntamente com outros tratamentos, e.g. broncodila-tadores para tratar asma. 0 termo "doença proliferativa não maligna" tal como aqui é usado em referência ao sistema pulmonar significa um ou mais de (1) Alveolite, como seja alveolite alérgica extrínseca e toxicidade por drogas tais como as causadas e.g. por agentes citotóxicos e/ou de alquilação; (2) Vasculite como seja granulo-matose de Wegener, granulomatose alérgica, hemangiomatose pulmonar e hemosiderose pulmonar (3) doenças imunológicas tais como Sindroma de Goodpasture; e (4) doenças intersticiais tais como doenças vasculares do colagénio (e.g., SLE, artrite reumatóide, seleoderma e dermatomiosite, fibrose pulmonar idiopática, pneumonia eosinofilica crónica, granuloma eosinofilico e saroidose). A eficácia da terapia com interferão pode ser clinica-mente demonstrado em mamíferos, e.g. humanos atingidos por doenças proliferativas não malignas ou susceptíveis a elas ou usando os seguintes critérios de entrada: (1) um resultado de Karnofsky de 60%; (2) função pulmonar adequada para ser submetido a tratamento necessário por inalação satisfatoriamente conforme evidenciado por (a) volume de expiração forçado num segundo (FEV^) superior ou igual a 50% e (b) uma capacidade vital forçada (FVC) superior ou igual a 50% do valor previsto e; (3) sem infecções sistémicas graves e/ou febre. O interferão alfa humano de DNA recombinante (rhIFN-a) administrado oralmente por inalação com este invento pode ser usado como monoterapia ou como terapia conjunta com outros tratamentos e.g., quimioterapia ou imunoterapia para tratar doenças proliferativas não malignas.
0 interferão alfa humano de DNA recombinante ("rhIFN-α") é administrado oralmente por inalação de acordo com este invento como uma composição farmacêutica para o tratamento e/ou prevenção de asma ou doenças pulmonares não malignas contendo rhIFN-α que pode ser dissolvido ou disperso num veículo farmacêuticamente aceitável adequado para usar num nebulizador e/ou num inalador com medidor de dose. Veículos farmaceuticamente aceitáveis incluem por exemplo, água, soro fisiológico, etanol e similares que formam uma solução de rhIFN-α ou suspensão adequada para administração oral via inalação de acordo com este invento. Caso se pretenda, as composições farmacêuticas de rhIFN-α úteis neste invento podem conter também pequenas quantidades de substâncias auxiliares não tóxicas tais como agentes de fusão, agentes emulsionantes, preservativos, estabilizantes e agentes tamponantes de pH. A preparação destas composições farmacêuticas é bem conhecida dos familiarizados com a matéria; ver por exemplo Remington's Pharmaceutical Sciences Mack Publishing Co., Easton PA 15â Edição (1975).
Uma composição farmacêutica preferida de rhIFN-α para usar de acordo com este invento é o Intron A, marca de interferão disponível em solução da Schering-Plough Corporation, Kenilworth, New Jersey. Esta composição comercial Intron A de rhIFN-α contem glicina, fosfato de sódio di- e mono-básico como tampão e albumina sérica bovina. Outras composições farmacêuticas de rhIFN-α preferidas incluem quaisquer soluções aquosas isotóni-cas estéreis, e.g. soro fisiológico tamponado com fosfatos a pH 7,3 que pode também conter agentes auxiliares não tóxicos farmaceuticamente aceitáveis tais como estabilizantes e/ou tensioacti-vos e a quantidade pretendida de rhIFN-α. A concentração de rhIFN-α na composição farmacêutica pode ser ajustada por diluição com 0,9% de soro fisiológico ants da administração oral via inalação. A inalação de drogas pela utilização de nebulizadores e 9 9
inaladores de dose controlada são bem conhecidos. Ver por exemplo Remington, ibid. no capítulo 99, páginmas 1910-1912. Nebulizado-res úteis incluem o nebulizador Spira Electro 4, fabricado por Hameenlinman Tyoeskus, Hameenlinna, Finlândia, cuja utilização é aqui descrita por Kinnula et al., no J. of Interferon Research (1989) Vol. 9 na página 420. Inaladores de dose controlada úteis assim como sistemas de libertação de drogas úteis que ajudam a libertação oral de medicações aerossolizadas a partir dos inaladores de dose controlada para os pulmões incluem sistemas de libertação de drogas INHAL-AID e INSPIREASE disponíveis na Schering-Ploug Corporation, Kenilworth, New Jersey assim como os descritos no Physicians Desk Reference, Edição 1990 para usar como broncodilatadores. A saída do nebulizador ou do inalador de dose controlada para o tratamento e/ou prevenção de asma de acordo com este invento deverá produzir de forma consistente e reprodutível partículas e/ou gotícuias tendo um diâmetro aerodi-nânico médio de massa (M.M.A.D.) de aproximadamente 2,0 microns, de preferência tendo um M.M.A.D. de aproximadamente 2,0 e menos de aproximadamente 8 microns e mais preferencialmente tendo um M.M.A.D. entre aproximadamente 2,0 e 5,0 microns. As partículas e/ou gotícuias administradas oralmente contendo rhIFN-α tendo um M.M.A.D. na gama entre cerca de 2,0 e menos de aproximadamente 8 microns são adequados para o depósito nas vias respiratórias periféricas e pulmões e assim maximiza os efeitos benéficos do rhIFN-α inalado. As gotículas e partículas tendo uma M.M.A.D. superior a 8 microns ficam retidas nas vias respiratórias superiores; e as que têm um M.M.A.D. inferior a cerca de 0,5 microns tendem a comportar-se como um gás e são exaladas. A saída do nebulizador ou do inalador de dose controlada para o tratamento e/ou prevenção de doenças pulmonares não malignas de acordo com este invento deverão produzir de forma consistente e reprodutível partículas e/ou gotículas tendo um diâmetro aerodinâmico médio de massa (M.M.A.D.) acima de 0,5 microns, de preferência tendo um 10 10
Μ.Μ.A.D. entre cerca de 0,5 e menos de aproximadamente 8 microns e mais preferencialmente tendo um M.M.A.D. entre cerca de 1,0 e cerca de 3,0 microns. As partículas e/ou gotículas administradas oralmente contendo rhlFN-α tendo um M.M.A.D. na gama entre cerca de e cerca de 8 microns são adequadas para o depósito nas vias respiratórias periféricas e pulmões e portante maximiza os efeitos benéficos do rhIFN-α inalado. As gotículas e partículas tendo um M.M.A.D. superior a 8 microns ficam retidas nas vias respiratórias superiores; e as que têm um M.M.A.D. inferior a cerca de 0,5 microns tendem a comportar-se como um gás e são exaladas.
No entanto, as gotículas e/ou partículas de rhIFN-a tendo o M.M.A.D. preferido tem uma energia de superfície elevada e tendem a aglomerar. A adição de um tensioactivo, de preferência um líquido não volátil solúvel no propelente usado nos nebuliza-dores ou inaladores de dose controlada é desejável para minimizar tal aglomeração. A quantidade eficaz de rhIFN-α para o tratamento e/ou prevenção de asma de acordo com este invento reside numa gama de g dosagem diária de rhIFN-α entre cerca de 0,25 x 10 unidades g internacionais (UI) e cerca de 2 x 10 UI por dia, de preferência 6 6 cerca de 1 x 10 UI e cerca de 2 x 10 UI por dia e mais prefe- g rencialmente cerca de l x 10 UI. O rhIFN-α pode ser administrado diariamente em doses individuais simples ou divididas. Para evitar o broncospasmo induzido pelo exercício, o rhIFN-α pode ser administrado 15 minutos antes do exercício. A quantidade eficaz de rhIFN-α para o tratamento e/ou prevenção de doença pulmonar proliferativa não maligna de acordo com este invento está numa gama de dosagem de rhIFN-α entre cerca
6 6 de 0,5 x 10 unidades internacionais (UI) e cerca de 8 x 10 UI
X 106 UI de rhIFN-α por dia, preferencialmente entre cèrca de 0,5 e cerca de 5 x 10° UI de rhIFN-apor dia, mais preferencialmente entre cerca de 1,0 x 10 UI e cerca de 3,0 x 10 UI de rhIFN-α por dia. 0 rhIFN-α pode ser administrado diariamente em doses simples ou divididas.
Com base na avaliação do médico assistente, a quantidade de rhIFN-α administrada e o regime de tratamento usado dependerão certamente da idade, sexo e história médica do doente a ser tratado, da gravidade da asma específica ou da doença asmática ou pulmonar não maligna e a tolerância do doente ao regime de tratamento conforme evidenciado pela toxicidade local (e.g. irritação nasal e/ou hemorregias e por efeitos secundários sistémicos (e.g. febre, pancitopenia, depressão CNS, irritação gastrointestinal e enzimas do fígado elevadas).
Segue-se uma descrição do protocolo clínico a ser utilizado para o tratamento e prevenção de asma ou condições asmáticas especialmente doenças obstrutivas reversíveis das vias respiratórias e broncospasmo induzido por exercício.
PROGRAMAÇÃO DO ESTUDO
Antes de estarem envolvidos, todos os doentes foram examinados e a sua doença diagnosticada clinicamente usando raios X ao tórax e um electrocardiograma, análises hematológicas e ao sangue. Mediu-se a função pulmonar incluindo o fluxo do pico expiratório (PEF), volume expiratõrio forçado num segundo (FEV^) e capacidade vital forçada (FVC). Foram medidos sintomas subjec-tivos e objectivos incluindo o número e gravidade de tossidelas, encurtamento da respiração assim como temperatura do corpo, pressão sanguínea e batimento cardíaco. 12
CONCENTRAÇÕES DE rhIFN-α NO SORÒ
As concentrações de rhIFN-α no soro foram determinadas utilizando ensaios imuno-radiométricos comerciais (Abbot Diagnostics and Centocor, respectivamente) ou pela redução de placas do vírus da estomatite vesicular (VSV) em culturas de . 1 HEp9. As medições foram realizadas antes da inalação e / hr, 1 Z 1 . ^ hr, 1 /2, 4 hr, 6 hr, 12 hr e 24 hr apos inalação.
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E CRITÉRIOS DE RESPOSTA PARA A ASMA
Cada um dos doentes foi cuidadosamente controlado relativamente a sinais precoces de toxicidade assim como evidência da eficácia clínica ao longo do tratamento e numa base regular a partir deste. Os métodos de avaliação incluem exame frequente pelo médico, um protocolo regular de procedimentos laboratoriais incluindo análises químicas hematológicas e do soro e estudos de função pulmonar. A toxicidade foi graduada de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde para a graduação de toxicidade aguda e subaguda.
Outros critérios de resposta incluem realce de sintomas subjectivos e objectivos especialmente uma redução significativa (1) em (a) número e gravidade de tossidelas e/ou (b) brevidade da respiração e (2) um aumento em (a) capacidade pulmonar e/ou (b) capacidade de exercício e (3) uma redução em terapias adjuntas ou concomitantes.
Sintomas e efeitos secundários objectivos da terapia com rhIFN-α incluindo alterações na temperatura do corpo, obstrução das vias respiratórias e sintomas do tipo gripe são também medidos. 13
Espera-se um aumento na função pulmonar por administração oral de rhIFN-α a doentes necessitados de tratamento.
Segue-se uma descrição do protocolo clínico a ser utilizado para o tratamento e prevenção de doenças do pulmão.
PROGRAMAÇÃO DO ESTUDO
Antes de estarem envolvidos, todos os doentes foram examinados e a sua doença diagnosticada clinicamente usando raios X ao tórax, tumografia computarizada, EKG, análises químicas hematológicas e ao sangue. Foram realizados estudos de coagulação incluindo determinação do fibrinogénio total, PTT, PT, TT e produtos de degradação da fibrina. Mediu-se o estado da actuação de Karnofsky, função pulmonar incluindo fluxo expiratório no pico (PEF), volume expiratório forçado num segundo (FEV^) e capacidade vital forçada (FVC). Mediram-se os sintomas subjectivos e objec-tivos incluindo o número e gravidade das tossidelas, brevidade da respiração, dor e especturação com sangue assim como temperatura do corpo, pressão sanguínea e velocidade cardíaca.
CONCENTRAÇÕES DE rhIFN-α NO SORO
As concentrações de rhIFN-α no soro foram determinadas utilizando ensaios imuno-radiométricos comerciais (Abbot Diagnostics and Centocor, respectivamente) ou pela redução de placas do vírus da estomatite vesicular (VSV) em culturas de HEp2· As medições foram realizadas antes da inalação e 2 hr, 5 hr, 10 hr, 15 hr e 24 hr após inalação.
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E CRITÉRIOS DE RESPOSTA PARA
DOENÇA PULMONAR PROLIFERATIVA NÃO-MALIGNA
Cada um dos doentes foi bem controlado relativamente a sinais precoces de toxicidade assim como evidência radiogrãfica da eficácia clínica ao longo do tratamento e numa base regular a partir de então. Os métodos de avaliação incluem exame médico frequente, um protocolo regular para realização de procedimentos laboratoriais incluindo estudos hematológicos, análises químicas do soro, função pulmonar e estudos de coagulação. Os estudos radiográficos incluem raios X ao tórax e varrimento CT conforme adequado. A toxicidade foi graduada de acordo com as recomendações da Organização Mundial de saúde para a graduação da toxicidade aguda e subaguda. 0 estado de actuação foi graduado de zero a quatro com incapacidade completa sendo definido como quatro. A resposta clínica primária diferirá do estado específico da doença e incluirá, mas não está limitado ao aparecimento do raios X ao tórax, melhoramentos na função pulmonar, melhoramentos na quantidade de saturação de oxigénio no sangue e no gradiente alveolar--arterial. Estes melhoramentos podem ser acompanhados por aumentos na tolerância ao exercício, reduções na actividade sistémica da doença conforme medido por um exame físico compreensivo do doente e resultados de testes laboratoriais (e.g., velocidade de sedimentação de eritrócitos) e reduções na terapia concomitante, e.g. corticosteróides ou agentes imuno-supressores.
Os sintomas e efeitos secundários objectivos da terapia com rhIFN-α incluindo alterações da temperatura do corpo, obstrução das vias respiratórias e sintomas tipo gripe foram também medidos.
Espera-se uma melhoria na função pulmonar pela administração oral de rhIFN-α a doentes necessitados de tal tratamento.
Claims (1)
- REIVINDICAÇÕES: Ia. - Processo para a preparação de uma composição farmacêutica para o tratamento ou prevenção de asma ou de uma doença pulmonar proliferativa não maligna num animal com asma ou com uma doença pulmonar, caracterizado por se incluir na referida composição uma quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante adequada para tal fim, em que o interferão alfa humano de DNA recombinante é administrado através de um nebuli-zador ou através de um inalador de dose controlada. 2 £. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o interferão alfa humano de DNA recombinante ser interferão alfa-2a ou interferão alfa-2b. 3 -. - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante estar na gama de cerca de 0#25 x 10^ UI a cerca de 2 x 10 UI/dia. 4ã. - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o produto do nebulizador estar na forma de partículas de uma solução aquosa de interferão alfa humano recombinante tendo um diâmetro aerodinâmico mássico médio entre cerca de 2,0 e cerca de 5,0 micron. 5 s. - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações la 3, caracterizado por o produto do inalador de dose controlada estar na forma de partículas de uma solução aquosa de interferão alfa humano recombinante tendo um diâmetro aerodinâmico mássico médio entre cerca de 2,0 e cerca de 5,0 micron. - 16 -6§. - Método para a prevenção de asma num mamífero atingido pela doença das vias respiratórias ou por broncoespasmo reversível obstructivo induzido por exercício, ou para o tratamento de asma ou de uma doença pulmonar proliferativa não maligna, num mamífero que sofra de asma ou de uma doença proliferativa, caracterizado por compreender a administração oral por inalação a tal mamífero de uma quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante eficaz para tal prevenção, em que o interferão alfa humano de DNA recombinante é administrado através de um nebulizador ou através de um inalador de dose controlada. 7a. - Método de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o interferão alfa humano de DNA recombinante ser interferão alfa-2a ou interferão alfa-2b. 8a. - Método de qualquer uma das reivindicações 6 e 7, caracterizado por a quantidade de interferão alfa humano de DNA recombinante estar na gama de cerca de 0,25 x 10 UI a cerca de 2 x 10 Ul/dia. 9a. - Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 8, caracterizado por o produto do nebulizador estar na forma de partículas de uma solução aquosa de interferão alfa humano recombinante tendo um diâmetro aerodinâmico mássico médio entre cerca de 2,0 e cerca de 5,0 micron. 10a. - Método de qualquer uma das reivindicações 6 a 8, caracterizado por o produto do inalador de dose controlada estar na forma de partículas de uma solução aquosa de interferão alfa 17 - 1 * 17 - 1 * médio humano recombinante tendo um diâmetro aerodinâmico mãssico entre cerca de 2,0 e cerca de 5,0 micron. Lisboa, 18 de Dezembro de 1991 )J· PEREIRA OA cruz Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VtCTOR CORDON, 10-A 3« 1JKJ0 LISBOA >
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