PT99659A - Processo para preparacao de composicoes farmaceuticas com actividade imuno-supressora contendo xantinas - Google Patents

Processo para preparacao de composicoes farmaceuticas com actividade imuno-supressora contendo xantinas Download PDF

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PT99659A
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xanthines
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PT99659A
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William J Novick Jr
James A Bianco
Jack W Singer
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Hoechst Roussel Pharma
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    • A61K31/495Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins having six-membered rings with two or more nitrogen atoms as the only ring heteroatoms, e.g. piperazine or tetrazines
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Description

I
X
Descrição referente à patente de invenção de HOECHST-ROUSSEL PHARMA-CEUTICALS INCORPORATED, norte-americana, industrial e comercial, estabelecida em Route 202-206 North, Somerville, NJ 08876, Estados Unidos da América, (inventores: James A. Bianco, Jack W. Singer e William J. Novick, Jr., residentes nos Estados Unidos da América), para "PROCESSO PARA PREPARAÇÃO DE COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS COM ACTIVIDADE IMUNO-SUPRESSORA CONTENDO XANTINAS"
DESCRIÇÃO
A presente invenção refere-se ao uso de xantinas como agentes imuno-supressores em mamíferos. Numa forma de execução da presente invenção, as xantinas suprimem a activaçao dos linfocitas em mamíferos. Uma outra forma de execução da presente invenção refere-se ao uso das xantinas para inibir os efeitos associados as doenças auto-imunes do ser humano. 0 sistema imunologico dos vertebrados protege-os contra microrganismos causadores de doenças (patogénicos) , tais como as bactérias e os virus, contra parasitas e células cancerígenas. 0 sistema imunológica reconhece de forma especifica e elimina de forma selectiva os invasores estranhos através de um processo conhecido como resposta imunológica. 0 sistema imunológica evoluiu por forma a criar organismos que respondam de forma específica a uma grande variedade de antigéneos. Para que se verifique uma resposta imunológica apos contacto com antigéneos, estes sao so têm de ser reconhecidos pelos linfocitos específicos desses antigéneos, • mas este reconhecimento tem também de conduzir a uma série
SB 1
de respostas celulares. Os linfocitos T, em conjunto com os linfocitos B, representam os dois componentes específicos para os antigéneos do sistema imunológico celular. A activação dos linfocitos T, inactivos é crítica para a maior parte das respostas imunológicas, pois a activaçao celualr permite às células exercer as suas actividades reguladoras ou efectoras. Durante a activaçao, as células relativamente inactivas sao submetidas a modificações complexas envolvendo a diferenciação e proliferação celulares. A resposta imunologica que resulta na neutralizaçao e eliminação de invasores estranhos pode igualmente provocar doença. As doenças envolvendo o sistema imunologico podem ser agrupadas em duas classes globais. As doenças por dificiência resultam quando um componente do sistema deixa de funcionar. Estas doenças manifestam-se clinicamente pela baixa resistência as infecçoes e perca de funções de protecçao imunologica. As doenças por hipersensibilidade resultam quando o sistema reage em condiçoes inadequadas. Por exemplo, as respostas imunológicas de auto-componentes podem causar uma falha da tolerância imunologica provocando doenças auto-imunes. Uma doença auto-imune e aquela em que o organismo produz uma resposta imunologica a um dos seus próprios antigéneos, que então provoca danos patológicos. Na doença auto--imune estão envolvidos uma série de orgaos e tecidos. A auto' -imunidade representa um grande problema na medicina clinica e e a causa de grandes percas económicas.
Neste campo verifica-se uma necessidade de meios para controlar a resposta imunologica através da supressão do sistema imunológico nos mamíferos. Verifica--se igualmente uma necessidade de tratamento clinico das doenças por hipersensibilidade, incluindo as doenças auto-imunes no ser humano. Uma vez que os tratamentos existentes e os meios de prevenção das doenças auto-imune nao sao inteiramente satisfatórios, tem de ser encontradas novas formas de abrodagem na prevenção e tratamento de tais doenças, pois as doenças auto-imunes constituem uma das principais causas do sofrimento 2
RESUMO DA PRESENTE INVENÇÃO
A presente invenção ajuda a colmatar as necessidades existentes neste campo, oferecendo um método para suprimir a activação dos linfocitos, incluindo os linfoci-tos T e linfocitos B, nos mamíferos, tais como o ser humano. Mais especificamente, a presente invenção fornece um método para suprimir a activação dos linfocitos em mamíferos através da administraçao ao ser humano de pelo menos uma 7-(oxoalquil)--1,3—dialquil—xantina, que não a denbufilina, com a fórmula geral I
na qual R·^ R2 sao iguais ou diferentes, e são seleccionados de entre os grupos alquilo de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átom-mos de carbono, ciclo-hexilo, ou alcóxi-alquilo e hidróxi--alquilo de cadeia linear ou ramificada; A representa um radical de hidrocar boneto com até 4 átomos de carbono, que pode ser substituído com um grupo metilo. A xantina da fórmula geral I é utilizada numa quantidade que seja eficaz para suprimir a activaçao linfocitária. A presente invenção fornece também um método para suprimir a activaçao linfocitária em mamíferos, que compreende a administraçao ao mamífero de um composto da fórmula geral 3
na qual 1 2 pelo menos um dos radicais R e R representa (a) um grupo hidróxi-alquilo de cadeia ramificada da formula
R
I -(CH2)n-C-CH3,
I
OH 4 na qual R representa um grupo alquilo com 1-3 átomos de car- 1 2 bono, e n representa 2-5; e o outro radical R ou R que pode opcionalmente estar presente, representa um átomo de hidrogénio ou um grupo hidrocarboneto alifático R^ com át 6 átomos de carbono, cuja cadeia pode ser interrompida com ate 2 átomos de oxigénio ou pode ser substituído com um grupo hidróxi ou oxo; ou (b) um grupo oxo-alilo da fórmula 0
R -C-(CH2) na qual R6 2,3 ou 4; riores, e 1 3 o outro grupo R ou R tem as defir e R2 representa um grupo alquilo com C1-C4. 4
A xantina da fórmula geral II e utilizada numa quantidade que seja eficaz para suprimir a activaçao linfocitária. A pentoxifilina bem conhecida do ponto de vista farmacêutico é um exemplo de um composto de fórmula geral II. A pentoxifilina ("PTX") é comercializada sob a designação comercial Trental" sob a forma de comprimidos para administração oral. Apesar de este composto ter sido utilizado em tempos como medicamento para melhorar as propriedades de fluxo do sangue (ensaios clínicos em 1971), nao foi referido como sendo eficaz como inibidor da activaçao linfocitaria.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS A presente invenção será mais facilmente compreendida com base nas Figuras, em que: A Figura 1 apresenta o efeito de PTX e 7-etoximetil-l-(5-hidróxi-5-metilhexil-3-metil-xantina sobre a expressão dos antigeneos de activaçao das células T analizado por meio de imunofluorescência directa após 6 dias de cultura em MLR bidireccional.
J A Figura 2 representa o efeito da adiçao de 200 U/ml de factor de necrose tumoral humano recombinante (rhTNF - "recombinant human tumor necrosis factor"), a células mononucleares estimuladas com PHA (2 ensaios independentes) ou a MLR bidireccional.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DA FORMA DE EXECUÇÃO PREFERIDA
Certas xantinas sao utilizadas de acordo com a presente invenção para inibir as respostas dos linfocitos T, para desta forma suprimir a resposta imunologica em indivíduos mamíferos. A natureza dos processos biológicos envolvidos na presente invenção será descrita em primeiro lugar. Seguir--se-á uma descrição pormenorizada das xantinas e dos métodos para a sua preparação. Os resultados obtidos em ensaios in vitro sao apresentados no fim. 1. Xantinas como Agentes Imunossupressores 5
com
Quando utilizadas de acordo a presente invenção, as xantinas suprimem a activaçao ou funcionamento de diversos tipos de células efectoras (que nao as células inflamatórias efectoras). Ou seja, as xantinas suprimem a activaçao dos linfocitos, designadamente dos linfo-citos T e linfocitos B. Mais especificamente, as xantinas sao capazes de suprimir a activaçao de um ou mais linfocitos seleccionados de entre o grupo formado pelas células T "helper" células T citotóxicas, células T supressores, células "killer" naturais, células "killer11 responsáveis pela citotoxicidade dependente de antigéneos e mediada pelas células, células T da hipersensibilidade retardada, linfocitos B, e subgrupos de cada um destes tipos celulares. A supressão da activaçao das células T pelas xantinas pode ser demonstrada mesmo na ausência de macrófagos, neutrófilos e citoquinas derivadas de leucócitos, tais como o factor de necrose tumoral (TNF = "tumor necrosis factor").
Durante o processo da activaçao linf ocitaria, os linfocitos B e T passam por uma série de modificações, incluindo a proliferação celualr, a diferenciação celular, alterações dos lipídeos da membrana, fluxos de ioes, alterações nucleotidas cíclicas, fosforilaçao de proteínas, aumento ou redução da síntese de RNA de determinados genes constitutivos e activados de novo, aumento ou redução da síntese de proteinas de determinados produtos genéticos constitutivos e activados de novo, aumento do volume celular (transformação maligna), produção de anticorpos ou síntese de DNA. As xantinas sao susceptíveis de suprimir um ou mais destes processos quando utilizadas de acordo com a presente invenção.
Podem ser utilizados diversos parâmetros em modelos experimentais para demonstrar a activaçao linfocitaria. Por exemplo, a activaçao linfocitaria. pode ser determinada através da observação de eventos precoces da transducçao de sinais, tais como o aumento do cálcio livre citoplasmático; a expressão dos antigéneos da superfície celular, tais como o receptor da interleuquina 2 (IL-2) e as molé- 6
cuias de a IL-2; activaçao lar foi de acordo classe II (MHC); produção de linfoquinas, tais como proliferação celular; ou actividade citolítica. A dos linfocitos como indicada pela proliferação celu-utilizada para demonstrar os efeitos das xantinas com a presente invenção.
Mais especificamente, a co-cultura dos leucócitos de indivíduos nao relacionados conduz â transformação e proliferação maligna semelhantes â observada após a adiçao de mitogeneos a células T. A base desta reacçao parece ser a activaçao das células T de um indivíduo pelos marcadores de superfície das células de outro indivíduo. A co-cultura de leucócitos sanguíneos de dois indivíduos e designada como "cultura leucocitária mista" ou "MLC" e a reacção como "reacçao leucocitárias mista" ou "MLR". A co-cultura de células obtidas de orgaos linfóides é designada por "cultura linfocitéria mista. Uma vez que mesmo na reacçao leucocitária mista, as células participantes sao linfocitos T do sangue periférico, nao existe em geral qualquer diferença substancial entre os dois tipos de cultura. Assim, estas expressões podem ser trocada entre si neste contexto. A MLR e utilizada na presente invenção como o análogo in vitro da activaçao linfocitária no ser humano. Mais especificamente, a MLC pode ser utilizada na presente invenção como um ensaio in vitro para determinar as xantinas preferidas e a quantidade das mesmas a utilizar num determinado ensaio clinico. Uma xantina que fornece uma forte resposta na inibição da MLR humana é preferida como agente imuno-supressor de acordo com a presente invenção. A MLR pode ser realizada utilizando técnica convencionais. As células cultivadas para a MLR pode ser derivadas de sangue periférico, do baço, nódulos linfáticas ou do timo. 0 numero de células pode variar dentro de várias ordens de grandeza. As células estimulantes podem ser inactiva-das por radiaçao ou tratamento com um antibiótico para interromper a replicaçao do DNA. 0 meio de cultura pode, se necessário, ser suplementado com proteínas sericas de origem autóloga, 7
singenetica, alogeneica ou xenogenéica. A cultura pode ser efectuada durante um período de diversos dias. 0 grau de estimulação das células respondentes pelas células estimulantes φ — 3 pode ser determinado através da taxa de incorporação de H- -timidina ou amino-ácidos marcados radioactivamente, ou através da contagem de blastos e células em divisão. Caso se utilize um marcador radio-activo, este pode ser adicionado a cultura diversas horas antes da colheita.
Os receptores da superfície celular dos linfocitos têm também sido utilizados como medida da supressão da activaçao linfocitaria de acordo com a presente invenção. Mais especificamente, um número de moléculas da superfície celular surge na superfície dos linfocitos T duran-tes os processos relacionados com a activaçao, diferenciação e proliferação das células T. Estas incluem os receptores de linfoquinas, tais como IL-2, receptores de nutrientes, antigéneos MHC da classe II e outras moléculas da superfície celular. Uma vez que o aparecimento destas moléculas da superfície celular é regulado por transcrição, a ocorrência de tais moléculas pode ser utilizada como medida da activaçao celular.
J
Ao suprimir a activaçao dos linfocitos, a presente invenção permite igualmente suprimir a proliferação de auto-anticorpos. Os auto-anticorpos sao anticorpos produzidos por um animal (ou ser humano) que ligam os antigéneos presentes nas suas próprias células ou proteinas extrace-lulares. Os auto-anticorpos operam através de diversos mecanismos patogênicos, incluindo a estimulação de receptores, inibição de receptores, formaçao de complexos imunológicos, opsoni-zaçao, lise dependente do complemento e inibição de peptídeos fisiológicos. 0 uso de xantinas de acordo com a presente invenção torna possivel a interrupção de um ou mais destes mecanismos patogênicos. 0 método a que se refere a presente invenção é também útil para a tratamento de indivíduos humanos padecendo de doenças de hipersensibilidade, tais como a doença 8
auto-imune. As doenças auto-imunes que podem ser tratadas de acordo com a presente invenção incluem as doenças auto--imunes específicas de determinados orgaos, tais como as seguintes :
Sistema endocrino
Tiroidite auto-imune (de Hashimoto)
Hipertiroidismo (doença de Graves, tiro-tóxicose)
Diabetes mellitus tipo I (insulino-dependente ou diabetes juvenil)
Diabetes resistente a insulina Insuficiência adrenalínica auto-imune (doença de Addison)
Ooforite auto-imune Orquite auto-imune
Sistema hematopoiético
Anemiahemolítica auto-imune (tipo auto--anticorpos "quente")
Anemia hemolítica auto-imune (doença da aglutinina fria)
Hemoglobinúria fria paroxismal Trombocitopenia auto-imune Neurotropenia auto-imune Anemia perniciosa
Anemia pura dos glóbulos vermelhos Coagulopatias auto-imunes (anticoagulantes circulantes)
Sistema neuromuscular Miastenia grave Polineurite auto-imune Esclerose múltipla
Encefalomielite alérgica experimental
Pele
Penfigo e outras doenças bolhosas Sistema cárdio-pulmonar 9
Cardite reumática
Sindrome de Goodpasture (nefrite e hemorragia pulmonar)
Sindrome pós-cardiotomia (sindrome de Dress ler)
As doenças auto-imunes que podem ser tratadas de acordo com a presente invenção incluem também as doenças auto-imunes sistemáticas, tais como:
Lupus eritematoso sistémico Artrite reumatóide
Sindrome de Sjogren (queratite, parotite e artrite)
Polimiosite
Dermatomiosite
Esclerodermia (esclerose progressiva sistémica)
Os mecanismos patogenicos que provocam estas duas classes de doenças auto-imunes (específicas de orgaos e sistémicas) parecem ser diferentes. Altamente relevante para a auto-imunizaçao especifica de orgaos sao a tolerância e supressão dentro da população de células T, a expressão aberrante de antigeneos MHC, e variações dos genes MHC. A patogénese das doenças auto-imunes sitémicas poderá envolver a activaçao das células B policlonais, bem como anro-malidades das células T, receptores de células T e genes MHC. Ê compreensível que a presente invenção pode ser utilizada como uma terapêutica imunossupressora mínima ou agressiva num doente. Mais especificamente, quando as xantinas sao utilizadas de acordo com a presente invenção, funcionam como agentes imunossupressores reduzindo a resposta imunológica do hospedeiro. As xantinas podem ser utilizadas de acordo com a presente invenção antes, depois ou em simultâneo como o uso de agentes imunossurpressores químicos, tais como agentes alqui-lantes, anti-metabolitos, corticosteréides, ou antibióticos; agentes imunossurpressores físicos, tais como radiações ioni-zantes; reagentes imunológicos, tais como soro anti-linfocitá- 10 d s
io ou globulinas anti-linfocitárias; ou e antigéneos ou anticorpos monoclonais upressao específica. com a adminsitraçao ou policlonais para
J
Mais especificamente, as xantinas podem ser administradas antes, durante ou depois da adminsitraçao de agentes imunossupressores tais como ciclofosfamida, meto-trexato, ciclosporina A, prednisona, metilprednisona, globulina anti-timocitária, anticorpos monoclonais reactivos com subpopu-laçoes de linfocitos humanos, ou combinações destas terapêuticas. Estas agentes imunossupressores sao utilizados de acordo com os regimes normalmente utilizados para imunossupressão.
Do mesmo modo, as xantinas podem ser utilizados de acordo com a presente invenção com a administração de corticosteróides, tasi como prednisona e metil-prednisona; ciclosporina A; azatioprina; soro ou globulina antilinfocítica; anticorpos monoclonais reactivos com subpopulaçoes de linfocitos humanos; ou combinações destas terapêuticas. Uma vez mais, estes agentes imunossupressores sao utilizados de acordo com os regimes normalmente utilizados para imunossupressão.
A presente invenção permite também a inibição dos efeitos da reacçao aos transplantes no ser humano. Mais especificamente, as xantinas sao utilizadas de acordo com a presente invenção para modular a resposta imunológica aos orgaos transplantados, em que de outra forma a rejeição nao tratada conduziria à perca do transplante. A rejeição aguda do transplante é predominantemente uma resposta imunológica mediada pelas células. A reacçao aos transplantes pode manifestar--se através de uma reacçao "host versus graft" (HVGR) ou de uma reacçao "graft versus host" (GVHR). A HVGR pode conduzir a falha ou rejeição do transplante devido à resistência do organismo hospedeiro ou â imunidade persistente do organismo hospedeiro. As células hospedeiras podem prejudicar a aceitaçao dos tecidos do dador ou a proliferação e diferenciação das células do dador. 11 0 uso de xantinas de acordo com a presente invenção torna possível o aumento da viabilidade de processos de transplantaçao. As xantinas constituem importantes agentes terapêuticos tanto para a profilaxia, como para o tratamento da reacçao aos transplantes, tais como a HVGR e a GVHD. A sobrevi vencia após transplante está em primeiro lugar ralacionada com a gravidade da GVHD aguda. A presente invenção torna possível a inibição da GVHR, antecipando uma redução de GVHD e ela associada. 2. Administração de Xantinas a Doentes Humanos
As quantidades eficazes de xantinas podem ser administradas a um indivíduo através de entre vários métodos, p.e. por via oral em cápsulas ou comprimidos, ou por via parentérica, tal como através de injecçao intravenosa ou intramuscular, sob a forma de soluçoes esterlizadas. As xantinas, se bem que eficazes por si so, podem ser formuladas e administradas sob a forma dos seus sais farmaceuticamente toleráveis por motivos de estabilidade, conveniência de cristalização, aumento da solubilidade e outros semelhantes.
Os sais farmaceuticamente aceitáveis preferidos incluem os sais de ácidos minerais, p.e. ácido clorídrico, sulfúrico, nítrico, e semelhantes; sais de ácidos carboxílicos monobásicos, tais como, p.e., ácido acético, propiónico, e semelhantes; sais de ácidos carboxílixos dibási-cos, tais como acido maleinico, fumárico, oxálico e semelhantes; e sais de ácido carboxílicos tribásicos, tais como ácido carboxi-succínico, ácido cítrico e semelhantes.
As xantinas podem ser administradas por via oral, p.e. com um diluente inerte ou com um excipiente usual. Podem ser incorporadas em cápsulas de gelatina ou em comprimidos. Para administraçao terapêutica oral, os compostos podem ser incorporados em excipientes e utilizados sob a forma de comprimidos, pastilhas, cápsulas, elixires, suspensões, xaropes, hóstias, gomas de mascar, e semelhantes. Estas preparações devem conter pelo menos 0,5% de composto activo, mas 12
a quantidade pode variar consoante a forma particular, e pode convenientemente situar-se entre 4.0% e cerca de 70% do peso da unidade posológica. A quantidade de xantina numa tal composição será de forma a obter a dosagem adequada. As composições e preparações preferidas de acordo com a presente invenção são preparadas de modo que a unidade posológica oral contenha entre aprox. 1.0 mg e aprox. 400 mg de composto activo.
Os comprimidos, pastilhas, hóstias e semelhantes pode conter os seguintes ingredientes: um agente aglutinante, tal como celulose microcristalina, goma tragante ou gelatina; um excipiente, tal como amido ou lactose; um agente desintegrante, tal como ácido algínico, Primolgel, amido de trigo ou semelhantes; um agente lubrificante, tal como estearato de magnésio ou "Sterotes"; um agente lubrificante, tal como dióxido de silício coloidal; um agente edulco-rante, tal como sacarose ou sacarina; ou um agente aromatizan-tes, tal como hortela-pimenta, salicilato de metilo ou aroma de laranja. Quando a unidade posológica fôr uma cápsula, pode conter, para além dos compostos do tipo dos acima referidos, um excipiente líquido, tal como um óleo gordo.
Outras formas de dosagem podem conter outros materiais que modificam a forma física da unidade posológica, por exemplo, sob a forma de revestimentos. Assim, os comprimidos ou pilulas podem ser revestidos com açúcar, "Shellac", ou outros agentes de revestimento entérico. Um xarope pode conter, para além dos compostos activos, sacarose como edulcorante, e conservantes, corantes e aromatizantes. As matérias primas utilizadas na preparaçao destas composiçoes devem ser farmaceuticamente puras e nao tóxicas nas quantidades utilizadas.
Para a administração terapêutica parenterica, as xantinas podem ser incorporadas numa solução ou suspensão. Estas preparações devem conter pelo menos 0,1% do composto acima referido, mas pode variar entre 0,5% e aprox. 50% do seu peso. A quantidade de composto activo em tais compo-* siçoes é seleccionada de forma a obter uma dosagem adequada. 13
As composiçoes e preparações preferidas de acordo com a presente invenção sao preparadas de forma que a unidade posológica parentérica contenha entre 0,5 mg e 100 mg de composto activo.
As soluçoes ou suspensões das xanti-nas podem conter igualmente os seguintes componentes: um di-luente esteril, tal como agua para injecçao, solução salina, óleos, polietileno-glicóis, glicerina, propileno-glicol ou outros solvntes sintéticos; agentes anti-bacterianos, tais como álcool benzilico ou metil-parabeno; anti-oxidantes tais como ácido ascórbico ou bissulfito de sódio; agentes formadores de quelatos tais como ácido etilenodiamino-tetraacético; tampões, tais como acetatos, citratos ou fosfatos; e agentes para acerto da tonicidade, tais como cloreto de sódio ou dex-trose. A preparaçao parentérica pode ser acondicionada em ampolas, seringas descartáveis ou frascos multi-uso em vidro ou plástico.
Se bem sue os valores de dosagem possam variar, obtêm-se bons resultados quando as xantinas de formula geral I ou da formula geral II sao administradas a um indivíduo necessitado de tal tratamento sob a forma de dose eficaz oral, parentérica ou intravenosa subletal de aprox. 1,200 a aprox. 2,400 mg por dia. Um regime especialmente preferido para uso na terapêutica dos transplantes da medula compreende a administraçao intravenosa de PTX em solução salina aquosa (100 mg/5 ml) numa dosagem de 1/2 mg/kg/hora, continua-mente durante 20 dias, seguida de uma dose de 2,000 mg/dia por via oral até ao 100a dia pós-transplante. No entanto, deve referir-se que os regimes posológicos específicos devem ser ajustados para cada indivíduo em particular, consoante as necessidades individuais e a avaliaçao profissional da pessoa que administra ou supervisiona a administraçao das xantinas. Deve referir-se ainda que as dosagens aqui indicadas sao apenas exemplares, e que nao devem, de forma alguma, limitar o âmbito ou a forma de aplicaçao da presente invenção. 3. Descrição e Processo para Preparaçao das Xantinas da Fórmula Geral (I) 14
Um dos grupos de xantinas que pode ser utilizado na presente invenção apresenta a seguinte fórmula : 0 II 1 L J - N - A-C -CHq j # ^ N ^ 0 1 R, (I) os substituintes R^ e na fórmula (I) sao iguais ou diferentes, e são seleccionados independentemente um do outro, de entre os grupos alquilo de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átomos de carbono, ciclo-hexilo, alcóxi-alquilo e hidróxi--alquilo de cadeia linear ou ramificada. 0 substituinte A representa um radical de hidrocarboneto com até 4 átomos de carbono, que pode ser substituído com um grupo metilo.
Na presente invenção podem ser utilizados uma serie de compostos da fórmula (I). Por exemplo, as xantinas da fórmula (I) podem ser substituídas com grupos alquilo ou alcóxi ou hidróxi-alquilo. Grupos alquilo adequados incluem grupos de cadeia linear ou ramificada, tais como etilo, propilo, isopropilo, butilo, sec.-butilo, tert.-butilo, amilo, hexilo, e semelhantes. Grupos alquilo substituídos com alcóxi incluem grupos de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átomos de carbono nos grupos alcóxi e alquilo combinados, incluindo os grupos metoxi-metilo, amilóxi-metilo, metóxi-etilo, butóxi--etilo, propóxi-propilo, e semelhantes. Os grupos hidróxi--alquilo sao grupos com 1-6 átomos de carbono, tais como hidró-xi-metilo, hidróxi-etilo, hidróxi-propilo, hidróxi-hexilo, e semelhantes.
Os grupos hidrocarboneto representados por A na formula (I) sao grupos hidrocarboneto alifáticos 15
saturados bivalentes, i.e,, metileno, etileno, trimetileno e tetra-metileno, que podem ser substituídos no átomo de carbono adjacente do grupo carbonilo com metilo. Tais grupos substituídos com metilo incluem os grupos etilidino, 1,2-propi-leno, e 1,3-butileno.
Deve referir-se que os processos a que se refere a presente invenção pode ser realizado com compostos que se transformam in vivo nas xantinas da fórmula (I) acima referidas, bem como com compostos que produzem in vivo metabolitos similares aos metabolitos formados pelas xantinas da fórmula (I) acima referidas. formula (I) que activação linfoci-tambem aqui abre— (III)
Um composto da se verificou não ser eficaz para suprimir a tária é a denbufilina. Este composto, que ó viado por "DBOPX", possui a seguinte fórmula: 0
II çh2-g -ch3
N li
—N (CH2)3CH3 A capacidade do composto III tária evidenciada pela MLR, de suprimir a activaçao linfoci-nao foi demonstrada in vitro.
Os compostos da formula I utilizados na presente invenção podem ser sintetizados por processos conhecidos. Por exemplo, os compostos podem ser preparados a temperaturas elevadas, opcionalmente an presença de um solvente, fazendo reagir correspondentemente 1,3-dialquil-xantinas substituídas da fórmula 16
(III)
na qual R^ -cetonas e R2 têm as -insaturadas definições acima com a fórmula indicadas com metil- h2c = C - C - ch3 R 0 (IV) 0 sub stituinte R na formula IV representa hidrogénio ou um grupo metilo. A reacçao pode ser realizada em meio alcalino.
Um processo alternativo de prepara-çao envolve a reacçao de sais alcalino de derivados de 1,3--dialquil-xantinas da fórmula geral II, na qual R^ e R2 têm as definições acima indicadas, com os haletos de oxo-alquilo correspondentes da fórmula geral CH3 - C - A -Hal 0 (V) na qual A tem as definições acima indicadas, e Hal representa um átomo de halogénio, de preferência cloro ou bromo.
As reacçoes fazem-se de preferência a temperaturas entre 40° e 80°C, desejado sob pressão aumentada ou reduzida, mas normalmente â pressão atmosférica. Os diversos compostos de partida podem ser utilizados quer em • quantidades estequeométricas, quer em excesso. Os sais alcali- 17
nos no processo alternativo de preparaçao podem ser ou preparados previamente, ou durante a própria reacção.
Solventes adequados para uso nas reacçoes sao compostos misciveis com água, de preferência álcoois de cadeia curta, tais como metanol, propanol, isopropa-nol, e diversos butanóis; também acetona; piridina; trietil--amina; alcoóis polihidroxílicos, tais como etileno-glicol e éter etilenoglicol-monometílico ou mono-etílico.
Os compostos da fórmula I sao conhecidos pelo seu acentuado efeito potenciador do fluxo sanguíneo na musculatura esquelética e pela sua baixa toxicidade. Uma descrição mais pormenorizada dos compostos uitlizados na presente invenção e dos processos para a preparaçao destes compostos encontra-se na Patente U.S. 4.242.345, em cujo conteúdo total se apoia a presente invenção, e qual ê aqui incluída por referência.
4. Descrição e Processo para Preparaçao das Xantinas da Fórmula Geral II A inibição da reacçao de rejeição dos transplantes, em particular da GVHR, pode também ser obtida através da administraçao ao ser humano de uma xantina da fórmula geral
(II) na qual pelo menos um do a) ,1 π3 a) um grupo hidróxi-alquilo de cadeia ramificada 18
da fórmula -(CH2)n-C-CH3,
I
OH com uma função de álcool terciário, na qual R representa um grupo alquilo com 1-3 átomos de carbono, e n representa 1 3 2-5; e o outro radical R e R que pode opcionalmente estar presente, representa um átomo de hidrogénio ou um grupo hidro— carboneto alifático R^ com até 6 átomos de carbono, cuja cadeia pode ser interrompida com áte 2 átomos de oxigénio ou pode ser substituído com um grupo hidróxi ou oxo; ou b) um grupo oxo-alilo da fórmula 0 11 R6 -C-(CH2)p-, na qual Ru representa um grupo alquilo com C1-C6 e p representa 13 2,3 ou 4; e o outro grupo R ou R tem definições anteriores, e R representa um grupo alquilo com C1-C4. A xantina da fórmula II é utilizada numa quantidade eficaz para inibir a reacçao de rejeição dos transplantes, em especial a GVHR. Entre estes compostos conta-se o composto comercializado pentoxifilina (Trental ). Podem ser utilizados uma série de outros compostos da fórmula geral II para inibição da actividade da GVHR. Entre esses compostos contam-se os abaixo identificados. 19
Deve referir-se que o processo a que se refere a presente invenção pode ser realizado com compostos que se transformam in vivo nas xantinas da fórmula II acima referidas, bem como com compostos que produzem in vivo metabolitos similares aos metabolitos formados pelas xantinas da fórmula II acima referidos. Por exemplo, apos administraçao oral e intravenosa, a pentoxifilina é quase completamente metabolizada. Foram identificados os seguintes sete metabolitos na urina humana, que é a via predominante de excreção dos metabolitos:
Metabolito I Metabolito II Metabolito III Metabolito IV Metabolito V Metabolito VI Metabolito VI l-(5-hidróxihexil)-3,7-dimetil-xantina 1—(5,6-dihidróxihexil)-3,7-dimetil-xantina 1 — (4,5-dihidróxihexil)-3,7-dimetil-xantina l-(4-carbóxibutil)-3,7-dimetil-xantina l-(3-carbóxipropil)-3,7-dimetil-xantina l-(5-oxohexil)-3-metil-xantina l-(5-hidróxihexil)-3-metil-xantina
Os metabolitos I e V sao os principais metabolitos. 0 metabolito V, o principal metabolito na urina, representa cerca de 50-60 % da dose administrada. Apenas se encontram na urina vestígios de pentoxifilina e do metabolito I. Os derivados dihidróxi da pentoxifilina (metabolitos II e III) representam aprox. 12% e o metabolito IV aprox. 8% dos produtos de excreção.
Os compostos da formula II podem ser preparados de acordo com o conteúdo da Patente U.S. 1 3 3.737.433 e de Patente belga 831.051 (em que R /R representam oxoalilo). No caso de pelo menos um dos radicais R /R ser um álcool terciário, poder-se-á fazer referência ao Pedido Internacional PCT/EP86/00401, de 8 de Julho de 1986, reivindicando prioridade alema de 8 de Julho de 1985. Este pedido, bem como a sua invenção, engloba uma variedade de variantes de processos de preparaçao para as xantinas da fórmula II, que sao englobados na presente invenção.
Um exemplo de uma dessas variantes consiste em 21
a) fazer reagir 3-alquil-xantinas da fórmula
geral VII H 0
R 2 (VII)
na qual R representa um grupo alquilo com até 4 átomos de carbono, com agentes alquilantes da formula VIII R \ X-(CH2'n-C-CH3 (VIII) /
OH
na qual X representa halogénio, de preferência cloro, bromo ou iodo, ou um grupo de éster de acido sulfonico ou de ester de ácido fosfórico, e em que R e n têm as definições acima indicadas, de modo a obter compostos da fórmula IX
(ix) com um grupo hidróxi-alquilo terciário na posição de R e hidrogénio na posição de R^, e a^) se alquilar este composto com o mesmo ou 22
a obter compostos da formula X de acordo com a invenção h3c f-(CVn
0 II fVn'
OH x, -N. \'/
R / •C —CH, I : OH (X) com dois grupos hidróxi-alquilo terciários iguais ou diferentes 13 nas posiçoes de R e R , ou a.^) se fazer reagir este composto com um composto da formula (Xa) r5-x
na qual X tem as definições indicadas para a formula VIII e R^ tem as definições acima indicadas, de modo a obter composto da fórmula XI
2 (XI)
R trabalhando-se em de meio alcalino todos os casos de preferência ou utilizando as xantinas sob na presença a forma dos 23
seus sais.
Numa outra variante
b) substituem-se xantinas 1,3-dialquiladas da fórmula geral XII \
N (xii)
0 N
J na posição 7, de preferência na presença de um meio alcalino, ou sob a forma dos seus sais, através de uma reacçao única, com um composto da fórmula VIII, de modo a obter compostos da fórmula XI.
Uma outra variante consiste em c) se fazerem reagir em primeiro lugar 3-alquil--xantinas da fórmula VII, também de preferência na presença de um meio alcalino, ou sob a forma dos seus sais, com um composto da fórmula
J r15-x (XIII)
de modo a obterem-se xantinas 3,7-disubstituidas da formula XIV
(XIV) na qual R’*"'* tem as definições acima indicadas para ou repre- 24
, e depois s
senta benzilo ou difenil-metilo os compostos obtidos na posição na presença de um meio alcalino, com um composto da fórmula VIII. geral XV 1, de novo ou sob a forma Obtêm-se compo e substituírem de preferência dos seus sais, stos da fórmula
(XV) na qual representa benzilo ou difenil-metilo, e se trans- - 15 formarem os compostos da formula XV na qual R representa um grupo benzilo ou difenil-metilo ou um grupo alcóxi-metilo ou alcóxi-alcóxi-metilo, em condiçoes redutoras ou hidrolíti-cas, em compostos de fórmula XVI de acordo com a presente invenção
(XVI) que depois se fazem fórmula VIII ou Xa, ou XV de acordo com a reagir, se desejado, com um composto da de modo a obter compostos da fórmula X presente invenção.
Uma outra variante consiste em d) reduzir os compostos da fórmula geral XI 25 ou XV de acordo com a presente invenção, nas quais R^ ou representam um grupo oxo-alquilo, com agentes redutores convencionais para a grupo cetónico, de modo a obter as respectivas xantinas hidroxi-alquiladas de acordo com a presente invenção.
As 3-alquil-xantinas ou 1,3-dial-quil-xantinas da fórmula VII ou XII utilizadas como compostos de partida e os "agentes de alquilação" das fórmulas VIII,
Xa e XIII sao na sua maior parte conhecidos ou podem ser facil mente preparados através dos processos descritos na literatura. Assim, os alcoóis terciários da fórmula VIII, p.e., podem ser obtios através de síntese organo-metálica fazendo reagir halogeno-cetonas estereoscopicamente nao impedidas da fórmula
Hal-(CH2)n-CO-CH3 (XVII) numa chamada reacçao sintética com alquilaçao reductiva do - 4 grupo carbonilo, com compostos metálicos alquilados R -M, em especial de magnésio, zinco, ou lítio, p.e. sob a forma , 4 de halogenetos de alquil-magnesio R -MgHal (compostos de , 4
Grignard) ou de compostos alquil-litio R -Li, nas condiçoes usuais (p.e., ver Houben-Weyl, Vol. Vl/l a, Parte 2 (1980), págs. 928-40, em especial págs 1021 e seguintes, e 1104-1112). Da mesma forma, obtêm-se os compostos desejados através de reacção das halogeno-cetonas da fórmula
Hal-(CH2)n-C0-R4 (XVIII) com halogenetos de metil-magnesio ou metil-litio.
As hidróxi-cetona correspondentes às fórmula XVII e XVIII podem também ser convertidas sob condiçoes moderadas, em dióis com compostos metálicos alquilados, pelos processos usuais, quer directamente ou mascarando temporariamente o grupos hidróxi, p.e. através da formaçao de um acetal com 5,6-dihidro-4H-pirano (p.e., ver Houben-Weyl, Vol. VI/1 a, Parte 2 (1980), págs. 1113-1124), a partir dos quais , se obtêm os compostos da fórmula VIII através de esterificação 26 selectiva do grupo hidroxilo de sulfonilo ou fosfóricos, presença de meio alcalino. primário terminal com halogenetos ou anidridos, de preferência na
Outras possibilidades para a eventual sintese de derivados de álcoois terciários da fórmula VIII consistem na mono-metalizaçao de w-cloro-l-bromo-alcanos de modo a obter compostos metálicos w-cloro-alquilados (Houben- -Weyl, Vol. XIII/2 a, (1973), pags. 102 e 319), e a sua reacçao 4 _ subsequente com cetona R - CO-CH^, associada a formaçao de compostos secundários a partir de alcanolatos formados como compostos intermediários devido a sua tendência para fecharem p anel, com a eliminação do sal metálico sendo minimizada por um controle adequado da temperatura, ou utilizando w-halo-geno-l-alcanóis como compostos de partida, que sao metalizados pelos processos usuais, de preferência sob a forma de éter tetrahidro-piranilo-2, ou após a formaçao de alcanolatos no grupo hidróxi (MO-C^^-Hal) com qualquer composto metálico desejado (p.e., ver Houben-Weyl, Vol. XIII/2 a, (1973), pag. 4 113), e fazendo-os reagir depois com as cetonas R -CO-CH^, de modo a obter os dióis referidos no parágrafo anterior (Houben-Weyl, Vol. Vl/1 a, Parte 2 (1980), pág. 1029), e este-rificando depois de forma selectiva o grupo hidróxi primário sob um derivado adequado do ácido sulfónico ou fosfórico.
Os compostos da fórmula VIII na qual R representa um grupo metilo podem também ser obtidos facilmente através de reacçao dos ésteres alquilicos de ácidos w-halogeno-alcanóicos (Hal-(CH2)n_C00-alquilo) com dois equivalentes de um composto metil-metálico, com o éster reagindo através da cetona de modo a obter o álcool terciário com a introdução de dois grupos metilo (Houben-Weyl, Vol. VI/l a, Parte 2 (1980), pag. 1171-1174). Da mesma forma, os ésteres de ácidos w-hidróxi-carboxílicos podem ser convertidos em dióis com compostos metil-metálicos com ou sem protecçao do grupo hidróxi, p.e. soba forma de ésteres tetrahidro-piranil--2 ou metóxi-metilo, ou em opção, sob a forma das lactonas como ésteres cíclicos (p.e., ver Houben-Weyl, Vol. VI/1 a, 27
Parte 2 (1980), pág. 1174-1179), a partir dos quais podem, por seu lado, ser obtidos agente de alquilaçao activos da formula VIII através de esterificaçao selectiva do grupo hidró-xi primário com halogenetos ou anidridos dos ácidos sulfónicos ou fosfóricos.
Assim, compostos da fórmula VIII que podem ser preparados através dos processos acima descritos sao os cloretos, brometos, iodetos, sulfonatos e fosfatos de £(w-l)-hidroxi-(w-l )-metil]]-butilo, £(w-l )-hidroxi-(w-l)- -metil^-pentilo, L(w-l)-hidróxi-(w-l)-metilJ-hexilo e E(W--l)-hidróxi-(w-l)-metilj-heptilo, de jj(w-2)-hidróxi-(w-2)--metil^-pentilo, £(w-2)-hidróxi-(w-2)-metil3 -hexilo, [_(w-2)- -hidróxi-(w-2)-metil3 -heptilo e f[(w-2)-hidróxi-(w-2)-metilJ--octinilo, e de £(w-3)-hidróxi-(w-3)-metil[]-hexilo , |j(w-3)- -hidróxi-(w-3)-metil3 -heptilo, Qw-3)-hidróxi-(w-3)-metil3--octilo e [X w-3)-hidróxi-(w-3)-metilJ-nonilo .
Entre os compostos da fórmula 5 15 5
R -X (Xa) ou R -X (XIII) adequados para a introdução de R na posição 1 ou 7, e de R^ na posição 7 do esqueleto das xantinas, os derivados alcóxi-metilo e alcóxi-alcóxi-metilo ocupam uma posição especial, pois os seus halogenetos podem na realidade ser utilizados com êxito como reagentes, porém podem verificar-se problemas toxicológicos, pelo menos quando do uso em larga escala. Por este motivo dá-se preferência neste caso específico ao uso dos correspondentes sulfonatos, que sao facilmente acessíveis, p.e., fazendo reagir anidridos mistos de ácidos carboxílicos alifáticos e ácidos sulfónicos alifáticos ou aromáticos (m.H, Karger et al., J. Org. Chem. 36 (1971), págs. 528-531) com os acetais dialquílicos ou dial- cóxi-alquilicos do formaldeido numa reacçao moderada e quase quantitativa (M.H. Karger et al. , J. Amer. Chem. Soc. 9JL_ (1969) págs, 5663-5665): ,8
R'-S02-0-C0-(C1-C4)Alquilo + R8-0-CH2-0-R —(C^—C^)Alquilo—C02R^ _Ψ r7-so2-o-ch2-o-r8 28
Nesta equaçao, representa um grupo alifatico tal como metilo, etilo ou trifluoro-metilo, ou um grupo aromático, p.e. fenilo, 4-tolilo, ou 4-bromo-feni-lo, mas de preferência metilo ou 4-tolilo, e R representa um grupo alquilo ou alcóxi-alquilo com as definições de R~*
„15 ou R A reacçao pode ser realizada no proprio composto, ou num .solvente aprótico anidro inerte aos compsotos em reacçao, a uma temperatura entre -20° e +40°C, de preferência entre 0° e 20°C. Nao ê necessário o isolamento intermédio dos sulfonatos altamente reactivos, que sao sensíveis a hidrólise e termicamente instáveis; de preferência, sao utilizados de imediato como compostos brutos para a substituição no átomo de azoto das xantinas, nao sendo necessária a usual adiçao de um agente de condensação alcalino. A reacçao dos derivados das xantinas mono ou dissubstituidos. (IX), (XVI), (VII), (VIII) ou (Xa) ou (XIII) é normalmente realizada num agente de distribuição ou num solvente inerte aos compostos em reacçao. Representantes práticos sao em especial os solventes apróticos dipolares, p.e., formamida, dimetil-formamida, dimetil-acetamida, N-metil--pirrolidona, tetrametil-ureia, hexametil-fosfotriamida, dime-til-sulfóxido, acetona, ou butanona; no entanto, podem também ser utilizados alcoóis tais como metanol, etileno-glicol e seus éteres mono ou dialquílicos tendo o grupo alquilo 1-4 átomos de carbono, mas tendo ambos em conjunto no máximo 5 átomos de carbono, etanol, propanol, isopropanol e os diferentes butanóis; hidro-carbonetos tais como benzeno, tolueno ou xilóis; hidrocarbonetos halogenados, tais como dicloro--metano ou clorofórmio; piridina, e misturas dos solventes citados, ou suas misturas com água.
As "reacçoes de alquilaçao" sao de preferência realizadas na presença de um agente de condensação alcalino. Sao exemplos de compostos adequados para o efeito os hidróxidos, carbonatos, hidretos de metais alcalinos ou terras alcalinas, alcoolatos, e bases orgânicas, tais como 29
trialquil-aminas (p.e. trietil-amina ou tributil-amina) hidróxidos de amónia ou fosfónio quaternário, e resinas cruzadas com grupos de amónia ou fosfónia fixos, opcionalmente substituídos. Os derivados das xantinas podem também ser utilizados directamente na reação de alquilaçao sob a forma dos seus sais preparados em separado, tais como os sais de metais alcalinos, de terra alcalinas ou opcionalmente, sais de amónia ou fosfónio substituídos. Os derivados dissubstituidos das xantinas podem também ser alquilados ou na presença dos agentes de condensação inorgânicos acima mencionados, ou sob a forma dos seus sais de metais alcalinos ou de terras alcalinas, com o auxílio dos chamados catalizadores de transferência de fase, p.e. aminas terciárias, sais de amónia ou fosfónio quaternários, ou éteres "crown”, de preferência num sistema de 2 fases sob condições de catálise por transferência de fase. Entre os catalizadores de transferência de fase adequados que sao normalmente comercializados encontram-se os sais tetra--(C^-C^-alquil)-trimetil-amónia e metil-trimetil-amónia, e tetra-(C^-C^-alquil)-trime-til-fosfónio e metiltrimetil-fosfó-nio, metil-, miristil-, fenil- e benzil-tri-(C^-C^-alquil)--amonia e cetil-trimetil-amó-nia, bem como os sais C^-C^--alquil)-trifenil-fosfónio e benzil-trifenil-fosfónio, tendo os compostos com o catiao maior e mais simetricamente estruturado em geral revelado ser mais eficazes. A introdução dos grupos Ia, R e R pelos processos acima descritos é realizada em geral a uma temperatura entre 0°C e o ponto de ebulição do meio de reacçao específico utilizado, de preferência entre 20°C e 130°C, opcionalmente sob pressão aumentada ou reduzida, podendo o tempo de reacçao ser inferior a 1 hora ou ir até algumas horas. A reacçao das 3-alquil-xantinas VIII de modo a obter os compsotos de acordo com a presente invenção da fórmula X requer a introdução de dois grupos hidró-xi-alquilo terciários. Podem ser incorporados sucessivamente no esqueleto das xantinas substituintes indênticos ou diferen- 30 tes, ou podem ser introduzidos grupos hidróxi-alquilo idênticos sem isolamento dos compostos intermediários, numa reacçao em recipiente único. A eliminação reductiva do grupo benzilo e difenil-metilo dos compostos da fórmula XV, de modo a formar o átomo da xantina na posição 7, é realizada sob condiçoes normalizadas que foram especialmente desenvolvidas no âmbito dos trabalhos de estudo das técnicas de grupos pro-tectores na síntes de alcalóis de peptídeos, e que portanto se presumem ser bem conhecidas. Para além da redução química, em especial dos compostos benzilo, com sódio em amónia líquida (Houben-Weyl) , Vol.XI/1 (1957), págs. 974-975, é também especialmente prática a eliminação dos dois grupos aralquilo acima referidos por meio de hidrogenólise catalítica utilizando catalizadores de metais preciosos (Houbel-Weyl, Vol.XI/1 (1957) pás. 968-971 e Vol. IV/1 c, Parte I (1980), págs, 400-404). Neste caso, é normalmente utilizdo um álcool de cadeia curta como meio de reacçao (se desejado, com adiçao de ácido fórmico ou amónia), ou um solvente aprótico tal como dimetil-formamida ou em especial ácido acético glacial; podem também ser utilizadas as suas misturas com água.
Catalizadores de hidrogenaçao especialmente adequados sob o paládio negro e paládio sobre carvao activado ou sulfato de bário, enquanto que outros metais preciosos tais como platina, ródio, e rutenio frequentemente dao origem a reacçoes secundárias devido a hidrogenaçao competitiva no anel, e portanto só devem ser utilizados sob reserva. A hidrogenólise é realizada de preferência a temperaturas entre 0o e 100°C, e sob pressão atmosférica, ou de preferência com uma pressão ligeiramente aumentada ate aprox. 10 bar, sendo normalmente necessários tempos de reacçao de alguns minutos ate algumas horas.
As xantinas 1,3,7-trisubstituidas da fórmula XV que apresentam um grupo alcóxi-metilo ou alcóxi--alcóxi-metilo na posição de R representam 0, N-=-acetais. Consequentemente, os seus substituintes na posição 7 podem 31
ser eliminados nas condiçoes usuais de hidrólise ácida (ver Houben-Weyl, Vol. VI/I b (1984), pags, 741-745), sendo formados assim os compostos 7H da fórmula XVI. Exemplos de grupos preferidos que podem ser eliminados por via hidrolítica sao os grupos metóxi, etóxi, etóxi e propóxi-metilo, bem como os grupos metóxi-etóxi-metilo e etóxi-etóxi-metilo. A reacçao é realizada de preferência aquecendo em ácidos minerais diluídos tais como ácido clorídrico ou sulfúrico, se desejado com adiçao de ácido acético glacial, dioxano, tetrahidro-furano ou um álcool de cadeia curta como promotor da solução. Sao igualmente úteis o ácido perclórico ou ácidos orgânicos, tais como o ácido trifluor-acetico, fórmico e acético, em combinação com quantidades catalíticas de ácidos minerais. Os compostos alcóxi-alcóxi-metilo em particular podem ser sujeitos a clivagem usando ácido de Lewis, tais como brometo de zinco e tetracloreto de titânio em meio anidro, de preferência em dicloro-metano ou cloroformio, obtendo-se assim os derivados 7-bromo--etilo ou 7-bromo-zinco como compostos intermediários, que hidrolizam de forma espontânea durante o tratamento em meio aquoso. No caso de cisão em solução de ácido mineral, a temperatura de reacçao tem de ser escolhida de forma a nao se verificar uma desidrataçao significativa do grupo hidróxi-alquilo terciário na posição 1; em geral deve, pois, situar-se abaixo dos 100°C. A redução das xantinas das fórmulas XI e XV com um grupo oxo-alquilo na posição de R"* ou de modo a obter os respectivos compostos hidróxi-alquilo pode na realidade ser efectuada em princípio quer com metais alcalinos ou através de redução catalítica, mas o método de eleição consiste na reacçao em condiçoes muito moderadas e com grande rendimento, com hidretos metálicos simples (MH ), hidretos metálicos complexos (M |M Hn|m) ou hidretos organo-metálicos (Houben-Weyl, Vol. IV/1 d (1981), págs. 267-282, e Vol. VI/1 b (1984), págs, 141-155). Entre os numerosos hidretos metálicos complexos que podem ser utilizados para a redução de cetonas, podem referir-se os reagentes mais frequentemente utilizados, p.e., alanato de lítio, boro-hidreto de lítio, e em especial 32 boro-hidreto de sódio, que e mais fácil de manusear devido a sua menor actividade, e que sobretudo permite trabalhar em soluçoes ou supensoes alcoólicas, alcoólico-aquosas ou puramente aquosas. Para além dos solventes inertes normalmente utilizados, tais como éteres (p.e., éter dietílico, tetrahidro--furano, 1,2-dimetóxi-etano) , podem também ser utilizados como meio de reacçao hidrocarbonetos e piridina, e nitrilos, tais como aceto-nitrilo. A hidrogenaçao, que normalmente é realizada a temperaturas entre 0°C e o ponto de ebulição do solvente utilizado, mas de preferência à temperatura ambiente, ocorre em geral rapidamente e esta completada dentro de alguns minutos a algumas horas.
As hidróxi-alquil-xantinas terciárias da fórmula II podem também ser preparadas fazendo reagir
xantinas substituídas da fórmula geral XIX
iguais 10 (XIX) e) ou diferentes das fórmulas -(CIVn -C0-CH3 (XX); -(CH0) -C0-R4 ' 2 n (XXI), ou apenas um substituinte da fórmula XX ou XXI, e hidrogénio 5 15 ~ 9 10 ou os grupos R ou R nas posiçoes de R e R , com compostos alquil-metálicos com C1-C3 ou metil-metálicos, com "alquilaçao" reductiva dos grupos carbonilo, de modo a obter as xantinas das fórmulas IX e XVI de acordo com a presente invenção, ou f) xantinas metalizadas da fórmula XIX contendo dois grupos iguais ou diferentes da fórmula -(CI^) -Hal (XVII), em que Hal representa de preferência cloro ou bromo, ou apenas um destes grupos e hidrogénio ou o substituinte R5 ou r15 33
terminal, e depois fazendo-os posição, cetonas na outra reagir com na posição da fórmula R4-C0-CH3 (XVIII) com alquilação reductiva do grupo carbonilo, de m0(j0 a obter xantinas das fórmulas IX a XVI de acordo com a presente invenção, ou g) convertendo xantinas da fórmula XIX com o grupo - ) n"^00-al Qu-*--L0 com C-^-C^ (XXIV) na posiçoes grupos R ou de R15 9 10 R e/ou R e opcionalmente hidrogénio ou o na outra posição, através de dois equivalentes de um comp osto metil-metálico por grupo alcóxi-carbonilo, em xantinas das fórmulas IX e XVI - 4 nas quais R representa metilo, ou h) convertendo xantinas da fórmula XIX contendo dois grupos iguais ou diferentes da fórmula R4 -(CH2)n_1-CH=CH// (XXV)
Xch3 ou apenas um destes grupos e hidrogénio ou o grupo ou R^~* nas posiçoes de R9 e R^, na qual o grupo XXV pode conter a ligaçao dupla carbono-carbono também em arranjos isoméricas no átomo de carbono ramificado, por exemplo como -C=CH2, através de hidrataçao catalizada por ácidos obedecendo â Lei de Markownikof f, de modo a obter xantinas das fórmulas IX a XVI de acordo com a presente invenção, e se desejado, convertendo depois as hidróxi-alquil-xantinas terciárias das fórmulas 1 b ’ e se obtidas de acordo com a presente invenção através 34
dos métodos e) a h), que apresentam um átomo de hidrogénio na posição 1 ou 7, se desejado na presença de meio alcalino ou sob a forma dos seus sais, com os agentes de alquilaçao das fórmulas VIII ou Xa ou XIII, em compostos trisubstituídos das fórmulas X ou XI ou XV, nas quais R^, R^, R^, R^ e n têm as definições acima indicadas.
As mono- ou dioxoalquil-xantinas
J (XIXa) 3-alquiladas, -(w-halo-alquil)-xantinas (XIXb) 3-alqui-ladas, -(w-alcóxicarbonil-alquil)-xantinas (XIXc) 3-alquiladas, e -alcenil-xaninas 3-alquiladas (IXId) necessárias como compostos de partida sao conhecidas ou podem ser facilmente preparadas, p.e. a partir de 3-alquil-xantinas (VII) e as sulfonilóxi--cetonas ou halogeno-cetonas XVII e XVIII, w-halogeno-alquil- -sulfonatos, ou 1,w-di-halogeno-alcanos (ver, p.e., V.B. Kal-cheva et al. , Journal fur prakt. Chemie 327 (1985), págs. 165-168), esteres alquílicos de ácidos w-sulfonilóxi-carboxíli-cos ou w-halogeno-carboxílicos ou sulfonilóxi-alcenos ou halo-geno-alcenos correspondentes à fórmula XXV, nas condiçoes de reacçao previamente descritas em pormenor para a alquilaçao de xantinas mono e disubstituídas com os compostos das fórmulas VIII e Xa.
Nas reacçoes organo-metalicas das
J 9 10 xantinas XIXa e XIXc funcionalizadas nos grupos R e R , o processo é em princípio o memsmo como descrito para a prepa-raçao de alcoóis terciários da fórmula VIII utilizados como gentes de alquilaçao. Assim, a alquilaçao reductiva das cetonas XIXa e dos ésteres XIXc pode ser realizada, p.e., com compostos alquilados de potássio, sódio, lítio, magnésio, zinco, cádmio, alumínio e estanho. Os compostos de alquil-titânio e alquil--zircónio recentemente recomendados (D. Seebach et al. , Angew. Chem. 95. (1983), págs. 12-26) podem também ser utilizados. No entanto, uma vez que os compostos alquil-metálicos de sódio e potássio têm tendência para a formaçao de reacçoes secundárias devido à sua elevada reactividade, e os compostos de zinco e cádmio sao relativamente inertes, dá-se normalmente preferência aos compostos alquil-lítio e alquil-magnêsio (Grignard). 35
mente nucleófilos são muito sensíveis à hidrólise e oxidação. Assim, o seu manuseamento seguro requer um trabalho em meio anidro, opcionalmente sob atmosfera de gás inerte. Os solventes ou agentes de dissolução usuais sao em primeiro lugar os que também sao adequados para a preparaçao dos compostos alquil--metálicos. Constituem exemplos práticos em especial os éteres com um ou mais átomos de oxigénio etéreos, p.e. éter dietílico, dipropilico, dibutilico ou diisoamílico, 1,2-dimetóxi-etano, tetrahidro-furano, dioxano, tetrahidro-pirano, furano, e ani-sol, e hidrocarbonetos alifáticos ou aromáticos, tais como éter de petróleo, ciclohexano, benzeno, toluneo, xilóis, die-til-benzenos, e tetrahidro-naftaleno; no entanto, podem também ser utilizadas com êxito amians terciárias, tais como trietil-amina, ou solventes dipolares apróticos, tais como hexametil--fosfotriamida, bem como misturas dos solventes referidos. A reacçao dos compostos carbonilo XIXa XIXc com os compostos φ ^ de Grignard com a formula R -MgHal pode também ser realizada com vantagem colocando o composto organo-metálico num éter e adicionando gota a gota a cetona ou o éster sob a forma de solução em diclorometano ou 1,2-dicloro-etano. Frequentemente e recomendável uma adiçao de brometo de magnésio, que é susceptível de aumentar a capacidade nucleófila do composto organo-metalico devido a sua participaçao no estado de transição cíclica do complexo.
Faz-se reagir a cetona ou éster e o composto organo-metálico em geral a temperaturas entre -20° e 100°C, de preferência entre 0° e 60°C, ou á temperatura ambiente, sem arrefecimento externo, sendo o composto alquil--metalico utilizando normalmente num ligeiro excesso. A reacçao é completada em geral através de um breve aquecimento sob refluxo, sendo geralmente adequados tempos de reacçao de alguns minutos a algumas horas. 0 alcanolato formando é de preferência decomposto com solução aquosa de cloreto de amónia ou ácido acético diluído. 0 magnésio e lítio metálicos sao 36
em primeiro lugar adequados para a metalizaçao de w-halogeno--alquil-xantinas XIXb. Por outro lado, a substituição do átomo de halogénio com lítio, que é também possível utilizando reagentes orgânicos de litio, em geral 1-butil-lítio, 2-butil--lítio, t-butil-lítio ou fenil-lítio, desempenha uma papel menor. No entanto, faz-se em especial uso dos compsotos de Grignard, de preferência preparando-os em éteres, hidrocarbone-tos, aminas terciárias, ou solventes apróticos referidos como especialmente adequados para a reacçao das xantinas XIXa e XIXc com compostos alquil-metálicos, a temperaturas entre 25° e 125°C, de preferência abaixo dos 100°C. No caso de a reacçao e metalizaçao ser realizada em hidrocarbonetos, revela--se em muitos casos útil a adiçao de um éter, tal como tetra-hidro-furano, ou de uma amina terciária, tal como trietil--amina, em quantidades estequeométricas. 0 uso de catalizado-res, tais como butanol, cloreto de alumínio, tetracloreto de silícone, tetracloro-metano, e alcoolatos de alumínio ou magnésio, pode igualmente ser vantajoso. Na permuta de halogénio por metal, os cloreto reagem normalmente de forma mais lenta do que os correspondentes brometos e iodetos, mas regra geral fornecem melhores rendimentos do composto organo-meta-lico. Para acelerar o início da reacçao ê frequentemente recomendada a adiçao de um pouco de brometo de magnésio, alguns graos de iodo, ou algumas gotas de bromo, tetracloro-metano ou iodeto de metilo, com um ligeiro aquecimento. Os compostos de Grignard obtidos, normalmente nao sao isolados, mas reagem de imediato com as cetonas da fórmula XXIII nas condiçoes de reacçao descritas para a alquilaçao reductiva das xantinas XIXa e XIXc. A adiçao de agua a ligaçao dupla C=C das alcenil-xantinas XIXd com o elemento estrutural da fórmula XXV, em que o grupo hidróxi se liga ao átomo de carbono com menos átomos de hidrogénio, de modo a formar alcoóis terciários de acordo com a Lei de Markownikoff, faz-se em geral em solução ou suspensão aquosa na presença de ácidos fortes, tais como ácido sulfúrico, nítrico ou fosfórico, resinas de 37
permuta ácidas, complexos de trifluoreto de boro, ou ácido oxálico. No entanto, é preferível trabalhar em ácido sulfúrico, com uma concentração de ácido de 50-65%, sendo em geral suficientes temperaturas de 0° a 10°C. No entanto, podem também por vezes ser usadas concentrações de ácido e/ou temperaturas de reacçao superiores ou inferiores. Em qualquer dos casos, as temperaturas de reacçao devem ser mantidas tão baixas quanto possível, uma vez que a desidrataçao inversa de modo a obter a olefina pode ocorrer de forma significativamente perturbadora acima de aprox. 60°C. A adiçao de um solvente inerte aos ácidos, tal como 1,4-dioxano, benzeno, ou tolueno, por vezes e também benéfica. Uma vez que os ésteres se podem formar como compostos intermediários durante a hidratação catalizada por ácidos, em especial quando se utilizam concentrações elevadas de ácido, recomenda-se que se trate a toma de reacçao com uma grande quantidade de água, aquecendo ligeiramente, após a acçao do ácido, por forma a obter a hidrólise do éster ou levar a mistura para a região alcalina.
As condiçoes experimentais para a conversão opcional de compostos 1H ou 7H (IX) ou (XVI) de acordo com a presente invenção nas xantinas trisubstituídas das fórmulas X ou XV; através de N-alquilaçao com os compostos VIII ou Xa ou XIII foram já descritas acima em pormenor.
Dependendo do comprimento da cadeia do grupo alquilo (pelo menos 2 átomos de carbono) e/ou da estrutura do substituinte R^ (p.e., 2-hidroxi-propilo) , as hidróxi-alquil-xantinas terciárias da fórmula II podem apresentar um ou dois átomos de carbono assimétricos, e assim, podem apresentar-se sob a forma de estereoisómeros. Assim, a presente invenção refere-se tanto aos compostos estereoisome-ricamente puros, com as suas misturas. A presente invenção será seguidamente explicitada em pormenor com bases nos Exemplos seguintes. Mais especificamente, para demonstrar a eficácia da invenção 38
reivindicada, foi testado um composto da formula II por forma a demonstrar a inibição dos efeitos da GVHR in vivo. Apesar de serem eficazes uma série de compostos com as fórmulas gerais I e II, serão exemplificados com base na pentoxifilina (PTXM) como uma xantina especialmente preferida. EXEMPLO 1
Efeito de Derivados da Metil-xantina sobre a
Activaçao das Células T
Quando as células sanguíneas mono-nucleares de dois indivíduos nao aparentados sao cultivadas em conjunto, verifica-se estimulação mútua resultando na activaçao das células T e blastogénese e por fim na geraçao de células T citotóxica e células de memória. Esta complexa serie de eventos, designada de reacçao leucocitária mista ("mixed leukocyte reaction" = MLR), requer disparidades genéticas no local do HLA-DR. As células monocíticas sao necessárias para o processamento e apresentaçao de antigêneos. A MLR constitui uma medida do reconhecimento de linfocitos e uma resposta a antigêneos nao autónomas, e serve como representação in vitro de alguns dos processos celualres associados â doença "graft versus hostM (GVHD) e rejeição de transplantes alogené-ticos. A pentoxifilina (PTX), l-(5-oxo-hexil)-3,7-dimetil-xantina), pode prevenir a regulaçao induzida por endotoxinas do mRNA do TNF em células U937* provavelmente através da redução da transcrição. Devido ao papel potencialmente crítico do TNF na activaçao linfocitária, foram avaliados os efeitos da PTX, do seu primeiro metabolito (Ml), e do composto relacionado 7-etóximetil-l-(5-hidróxi-5-metilhexil)--3-metil-xantina, sobre a activaçao das células T numa MLR e através de fitohemaglutinina (PHA). A Figura 2 apresenta o efeito da PTX e da 7-etóximetil-l-(5-hidróxi-5-metilhexil)-3-metil-xan-tina sobre a expressão dos antigêneos da activaçao das células T analisados por imunofluorescência directa após 6 dias de 39
de cultura numa MLR bidireccional. Foram usados os seguintes anticorpos conjugados com fluoresceina isotiocianato (FITC) ou ficoeritrina (PE): controlos isotípicos IgGl e IgG2a anti--HLe-1 (CD45), anti-LeuM3 (CD14), anti-Leu45 (CD3), receptor anti-IL2 (CD25), receptor anti-transferrina (CD71), anti-HLA--DR e anti-Leu23 (CD69). (Todos os anticorpos eram da firma Becton-Dickinson, San Jose, CA.). A coloração foi efectuada de acordo com as recomendações do fabricante (20 1 de anti-corpo/10 células em 0.1 ml de solução salina tamponada com fosfato durante 20 minutos a temperatura ambiente). As células foram lavadas duas vezes, ressuspensas e analisadas num citó-metro de fluxo Becton-Dickinson FACSan, operando com software Consort 30. A porta de análise dos linfocitos foi determinada com base na dispersão progressiva e lateral, e confirmada através do exame da exposição bicolor da imunofluorescência para a CD45 e CD14. Os dados sao expressos em percentagem de células com fluorescência superior a do controle isotipico apropriado. A Figura 2 apresenta o efeito da adiçao de factor de necrose tumoral humano recombinante (rhTNF = "recombinant human tumor necrosis factor”), 200 U/ml, a células mononucleares estimuladas com PHA (2 ensaios independentes) ou a uma MLR bidireccional. 0 rHTNF (Genentech Corp.) foi adicionado no inicio da cultura às placas de microtitulaçao contendo PTX. Os controles incluíam apenas PTX (apresentados) e apenas TNF (nao apresentados). 0 TNF nao estimulou as células mononucleares cultivadas sem PHA ou as células alogenéticas, Igualmente, nao inibiu a incorporação de Htdr nas culturas celulares sem PTX. Os resultados representam os DP médios de placas em triplicado.
Quando as células sanguíneas mononucleares de indivíduos normais sao cultivadas sozinhas, com PHA e em MLR bidireccional com e sem PTX ou compostos 3-rela-cionados, PTX, o seu metabolito Ml e 7-etóximetil-l-(5-hidróxi--5-metilhexil)-3-metil-xantina {^composto 1^] inibem de forma activa a incorporação de °Htdr após 6 dias em cultura, em 40
função da concentração, conforme é apresentada na Tabela 1. TABELA 1
Inibição da incorporação de timidina maracda com tritio, expressa como percentagem das culturas de controle. PHA MLR (1% do controle) (1% do co CONTROLE (100) (100) PTX 49.2 16.2 33.4 12.2 Ml 11.2 6.1 Composto 1 43.8 9.4 35.7 4.1 Composto 2 78.6 20.7 73.4 11.9 Denbufilina 103.9 26.9 103.5 5.9
Composto 1 = 7-etoximetil-l-(5-hidroxi-5-metilhexil)-3-metil- -xantina
Composto 2 = l-(5-hidróxi-5-metilhexil)-3-metil-xantina
Denbufilina = 7-acetonil-l,3-dibutil-xantina
Todos os valores. , a excepçao dos apres entados p ara Ml , rep resentam a média dos resultados calcu- lados para 6 a 8 ensai os independentes. 0 s resultados para Ml sã o a média de 2 ensai os independentes. Com PTX e Ml, a concentração mais eleva da testac la (1 mM) foi a mais eficaz , mas observou-se uma supressão significativa da incorporação de Htdr com concentrações tao reduzidas como.01 mM. Nao se observou diminuição da viabilidade celular nas culturas de ensaio, como se verificou através da exclusão com azul de tripano (viabilidade celular > 95% em todos os grupos). Quando se extraiu todo o RNA de uma MLR, observou-se uma certa sobrerregulaçao da mRNA do TNF comparada com as culturas de células mononucleares 41
cultivadas individualmente. No entanto, os nveis basais de mRNA do RNF eram facilmente detectáveis, possivelmente devido a alguma activaçao durante o período de cultura. Isso foi igualmente reflectido pelos níveis significativos de incorpora-3 çao de Htdr. As taxas de mRNA do TNF encontram-se significativamente diminuídas nas MLRs contendo PTX e 7-etóximetil-l--(5-hidróxi-5-metilhexil)-3-metil-xantina (Figura 1). A diminuição na resposta ao PHA e a MLR observada com a PTX nao foi anulada pela adiçao de TNF recombinante humano em concentrações de 200 U/ml.
Durante a activaçao das células T, verifica-se uma expressão aumentada de certos determinantes da superfície celular que podem servir de marcadores da activaçao. A Figura 2 apresenta o efeito da PTX e 7-etéximetil-l--(5-hidróxi-5-metilhexil)-3-metil-xantina sobre a expressão de um CD2, um antigéneo pan-T nao dependente de activaçao e quatro antigéneos dependentes de activaçao. Apesar de se observarem diferenças na expressão do CD2 entre os grupos, tanto a 7-etóximetil-l-(5-hidréxi-5-metilhexil)-3-metil-xantina como a PTX diminuiram a expressão de HLA-DR, o receptor da transf errina, o receptor IL-2, e o CD69 em culturas de MLR bidireccional para perto dos níveis observados em células mononucleares de um único dador, cultivadas durante 6 dias. A PTX, um dos seus principais meta-bolitos, o Ml, e um seu análogo, 7-etéximetil-l-(5-hidroxi--5-metilhexil)-3-metil-xantina (composto l|, suprimiram a activaçao e a proliferação das células T tanto por estimulação directa com PHA, como numa MLR. Conforme se demonstrou ante-riormente em células monocíticas estimuladas com endotoxinas, a PTX reduziu tanto a expressão da mRNA do TNF, como a libertação da citoquina pára o meio de cultura. A supressão pela PTX na MLR nao foi invertida pela adiçao em excesso de rhTNF, sugerindo que foram igualmente afectados pela PTX outros genes importantes na activaçao das células T. Por exemplo, os dados indicaram que a PTX diminui a sobrerregulaçao do receptor IL-2 induzida por antigéneos, e pode, portanto, mitigar a 42
estimulação autocrina pela IL-2. Enquanto que a PTX bloqueia a produção de mRNA do TNF induzida por endotoxinas era células monociticas, o seu efeito sobre a produção de TNF pelas células T activadas nao tinha sido anteriormente descrito.
Os dados agora apresentados de ensaios in vitro sugerem que derivados das metilxantinas selec-cionados, que possuem in vivo poucos efeitos secundários gravosos, sao susceptíveis de possuir propriedades imunossupressoras clinicamente uteis. . ψ vL. « »(*
Em resumo, a entrada de antigéneos no organismo despoleta o sistema imunológico. 0 antigéneo e reconhecido por células acessoras, e os seus de antigénicos sao apresentados aos linfocitos B e T. As células B e T estimuladas pelo antigéneo interagem entre si por forma a despoletar a proliferação e diferenciação nas células efecto-ras. Estas células finalmente diferenciadas e os seus produtos combinam-se com o antigéneo e iniciam mecanismos para a sua eliminação. 0 uso das xantinas de acordo com a presente invenção permite a utilizar as xantinas como agentes imunossupresso-res, através da supressão da activaçao dos linfocitos. A acti-vidade dos linfocitos pode assim ser regulada por forma a tratar eficazmente as doenças de hipersensibilidade do sistema imunológico. Como resultado, o prognóstico dos doentes afecta-dos com doenças autoimunes deverá melhorar. 43

Claims (3)

  1. REIVINDICAÇÃO _ lã _ Processo para a preparaçao de compo-siçoes farmacêuticas com efeito supressor da activaçao linfoci-tárias em mamíferos, contendo como ingrediente activo pelo menos uma 7-(oxoalquil)-l,3-dialquilxantina, que sao denbufi-lina, da fórmula geral I
    na qual e R2 sao iguais ou diferentes, e sao seleccionados de entre os grupos alquilo de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átomos de carbono, ciclo-hexilo, ou alcóxi-alquilo e hidróxi-alquilo de cadeia linear ou ramificada; A representa um radical de hidrocarboneto com até 4 átomos de carbono, que pode ser substituído com um grupo metilo; ou um dos seus sais fisiologicamente toleráveis, caracterizado por se incorporar, para formulações de administraçao oral, pelo menos 0.5% em peso, de preferência entre 4,0% e aproxima-damente 70% em peso, e para formulações de administraçao paren-térica, pelo menos 0,1% em peso, de preferência entre 0,5% e aproximadamente 50% em peso, desse composto numa formulação galénica adequada, eventualmente em conjunto com os excipientes e/ou adjuvantes farmacêuticos usuais, de modo a obter unidades de dosagem para administraçao oral contendo aproximadamente 1.0 mg - 400 mg de ingrediente activo, ou unidades de dosagem 44
    para administraçao parentérica contendo aproximadamente 0.5 mg -100 mg de ingrediente activo. - 2s - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se obterem composiçoes farmacêuticas com efeito supressor da activaçao linfocitária em mamíferos, sendo aqueles linfocitos um linfocito T ou um linfocito B. - 3â - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se obterem composiçoes farmacêuticas com efeito supressor da activaçao linfocitária em mamíferos, sendo o mamifero o ser humano. - 4ã - Processo para preparaçao de composiçoes farmacêuticas com efeito supressor da activaçao linfocitária em mamíferos, contendo como ingredientes activo pelo menos um composto da formula geral II J
    (II) na qual 1 3 pelo menos um dos radicais R e R representa a) um grupo hidróxi-alquilo de cadeia ramificada da formula - 45 -
    (CH2)n-C-CH3, OH 4 * J na qual R representa um grupo alquilo com 1-3 átomos de car-bono, e n representa 2-5; e o outro radical R ou R que pode opcionalmente estar presente, representa um átomos de hidrogénio ou um grupo hidrocarboneto alifático R"* com até 6 átomos de carbono, cu j de oxigénio ou 0X0 ; ou b) b) um grupo oxo-alilo da formula 0 II R-C-(CH2). na qual R representa um grupo alquilo com 0-,-Cr e p representa 1 3 lo 2,3 ou 4; e o outro grupo R ou R tem as definições ante-2 riores e R representa um grupo alquilo com C^-C^; ou um dos seus fisiologicamente toleráveis, caracterizado por se incorporar para formulações de administraçao oral, pelo menos 0,5% em peso, de preferência entre 4,0% e aproxima-damente 70% em peso, e para formulações de administraçao paren-térica, pelo menos 0,1% em peso, de preferência entre 0,5% e aproximadamente 50% em peso, desse composto numa formulação galenica adequada, eventualmente em conjunto com os excipientes e/ou adjuvantes farmacêuticos usuais, de modo a obter unidades de dosagem para administraçao oral contendo aproximadamente 1.0 mg - 400 mg de ingrediente activo, ou unidades de dosagem para administraçao parentérica contendo aproximadamente 0.5 mg -100 mg de ingrediente activo. 46 - 5» -
    Processo de acordo com a reivindicação 4, caarcterizado por se obterem composiçoes farmacêuticas com efeito supressor da activaçao linfocitária em mamíferos, sendo aqueles linfocitos um linfocito T ou um linfocito B. - 6ã - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por se obterem composiçoes farmacêuticas com efeito supressor da activaçao linfocitária em mamíferos, sendo o mamífero o ser humano. J - 7â - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingredientes activo da fórmula II o composto pentoxifilina. - 8â - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual 0 lt R representa CH J 3-C-(CH2)4-5
  2. 2 R representa metilo; e
  3. 3 R representa -CH2 - CH2 - GH^. - 9ã - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da formula geral II, na qual OH CH R representa 3-C-(CH2)4-; CH- Rz representa metilo; e R3 representa -CH2 - CH2 - 0 - CH3, 47
    10â Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH I CH3-C-(CH2)4-; I ch3 R^ representa R representa metilo; e R^ representa - 0 - (0112)2 ” ® “ CH3 - 11a - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por se incorporar como ingrediente activo um composto da formula geral II, na qual OH I R^ representa CH3-C-(GH2)4~; I ch3 2 R representa metilo; e R representa hidrogénio. - 12a - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH I R"*· representa ; ch3 48 ; e CH2 - CH3. R representa metilo 3 R representa -CI^ - - 13a - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH I -C-(CH2)a-; I ch3 R^ representa CH^ 2 R representa metilo; e OH I 3 R representa -CH2“CH-CH3. cordo com a reivindica-como ingrediente activo - 14a -Processo de a çao 4, caracterizado por se incorporar um composto da fórmula geral II, na qual OH 1 R^ representa CH3-C-(CH2)^-; I ch3 2 R representa metilo; e R^ representa -C^ “ ~ (^®2^2 - 15a - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual 49
    OH I 3 R representa CH3-C-(CH2)^-; I CH„ 2 ó R representa etilo; e R^ representa -(^2 “ ® ~ ^3* - 16a - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH R^ representa CHg-C-CC^)^-; I CH„ 2 ó R representa metilo; e 0H3 I representa -((^2)4-0-(^^. I OH - 17- - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH I R"*· representa CHg-C-CC^)^-; I CH, 2 ó R representa metilo; e 3 R representa "CH2- 0 - CH2 CH3. 50 A requerente reivindica a prioridade do pedido de patente norte-americano apresentado em 30 de Novembro de 1990, sob o número de série 620,480. Lisboa, 29 de Novembro de 1991.
    51
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