PT99650A - Processo para preparacao de composicoes farmaceuticas contendo xantinas para inibicao dos efeitos da reaccao aos transplantes no ser humano - Google Patents

Processo para preparacao de composicoes farmaceuticas contendo xantinas para inibicao dos efeitos da reaccao aos transplantes no ser humano Download PDF

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James A Bianco
Jack W Singer
William J Novick
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Hoechst Roussel Pharma
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Description

I
Descrição referente à patente de invenção de Hoechst-Roussel Pharmaceuticals Incorporated, norte-americana, industrial e comercial, estabelecida em Route 202-206 North, Somervile, NJ 08876 , Estados Unidos da América e The Fred Hutchinson Câncer Research Center, norte-americana, industrial e comercial, estabelecida em 1124 Colurabia Street, Seatle, Washington 98104, Estados Unidos da América, (inventores: James A. Bianco, Jack W. Singer e William J. Novick, residentes nos Estados Unidos da America), para, "PROCESSO PARA PREPARAÇÃO DE COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS CONTENDO XANTINAS. PARA INIBIÇÃO DOS EFEITOS DA REACCÃO AOS TRANSPLANTES NO SER HUMANO".
DESCRIÇÃO
Bases da Invenção
A presente invenção refere-se ao uso de • xantinas para inibição dos efeitos da reacção aos transplantes 1
no ser humano. Por um lado, a presente invenção refere-se ao uso de xaatinas para inibir os efeitos associados à reacçáo do enxerto ao hospedeiro ("graft versus host reaction" - GVHR) no ser humano. Por outro lado, a presente invenção refere-se a um método para a utilização de determinadas xantinas para inibir as manifestações da GVHR no ser humano após terapêuticas de transplante. 0 transplante ou enxerto envolve a transfe-ferância de células, tecidos ou orgàos vivos de uma parte do corpo para outra, ou de um indivíduo para outro. A sobrevivência do transplante ê determinada pela relacçáo genética entre o dador e o hospedeiro. Cada espécie animal possui um grupo de genes da compatibilidade histológica codificadores dos antigénios da compatibilidade histológica, que determina a compatibilidade ou incompatibilidade dos transplantes de tecidos. Os antigénios constituem o principal complexo da compatibilidade histológica (major histo-compatibility complex - MHC), que parece ser de importância decisiva na determinação da sobrevivência dos transplantes.
Em geral, os transplantes trocados entre animais que não diferem nos genes da compatibilidade histológica sáo aceites, enquanto que os transplantes efectuados entre indivíduos que diferem quanto aos genes da compatibilidade histológica sáo rejeitados. Por exemplo, verificar-se-á rejeição no caso de ao receptor de um transplante faltar um gene da compatibilidade histológica presente no dador do transplante. A rejeição é provocada pela reacçáo ao transplante, que constitui uma resposta imunológica específica contra os antigénios da compatibilidade histológica (transplante). Â reacçáo ao transplante representa uma • grande fonte de frustaçáo para o cirurgião de transplantes; a 2
reacçáo pode anular os benefícios mesmo do trabalho melhor efectuado. A reacçâo ao transplante envolve o ataque pelos linfócitos do hospedeiro contra o transplante, uma vez que o transplante ê um invasor estranho. Esta resposta por parte do hospedeiro pode resultar no insucesso de um transplante.
Na maoir parte das situações, a reacçáo ao transplante ê um processo unilateral: o hospedeiro reage contra o transplante ("host versus graft reaction" ou "HVGR"). No entanto, frequentemente o transplante contêm linfócitos, e neste caso pode verificar-se uma resposta imunológica do transplante contra o hospedeiro. Em alguns casos, esta "graft versus host reaction" ou "GVHS" passa despercebida uma vez que prevalece a HVGR e todas as células transplantadas sáo rejeitadas antes de poderem afectar o hospedeiro. No caso de o hospedeiro ser incapaz de produzir a HVGR, as consequências da GVHR tornam-se notórias. A GVHR é um processo complexo, que náo se encontra completamente esclarecido. A sequência geral da reacçáo envolve provavelmente a inoculação dos linfócitos do dador num hospedeiro imuno-competente. Os linfócitos do dador sofrem uma transformação catabólica, e eventualmente formam-se linfócitos pequenos. Estes pequenos linfócitos possuem uma capacidade destruidora capas de proceder à destruição do tecido hospedeiro. Depois de as células serem disseminadas e de proliferarem pelos orgáos e tecidos do hospedeiro, a GVHR resulta.
 proliferação dos linfócitos do dador e as lesões infligidas pelas resultantes células "killer" nos tecidos do hospedeiro, desencadeiam uma resposta complexa por parte do hospedeiro. As principais características desta resposta sáo a inflamação no local da proliferação das células do dador, o aumento da actividade fagocitária e a proliferação aumentada das * células reticulo-endoteliais e linfóides no baço e fígado. A 3
reacçáo clínica é marcada pelo aumento de uma série de tecidos hematopoiéticos e linfopoiéticos, reacções dérmicas ("rush"), perturbações intestinais e outras manifestações de tipo alérgico. Entretanto, as células citotóxicas derivadas do dador começam a atacar o tecido linfático do hospedeiro, destruindo assim grandes populações celulares. Estes efeitos enfraquecem a resistência do organismo hospedeiro aos agentes patogénicos, e em consequência, começam a surgir complicações secundárias. Nos casos mais graves de GVHR, o receptor do transplante eventualmente morre. A reacçáo aos transplantes é medida imunoló-gicamente. Assim, os esforços para prevenir o seu desenvolvimento envolvem o uso de terapêuticas imunossupressoras. Verificou-se que o methotrexato, a ciclo-fosfamida e a ciclosporina são úteis em caso de transplante da medula óssea, mas a GVHR aguda permanece um problema grave. De facto, cerca de um terço dos doentes que desenvolvem uma GVHR moderada a grave náo sobrevivem a esta complicação.
Apesar de as disparidades do MHC serem os mais potentes estimulantes da GVHR, existem outros locais de compatibilidade histológica capazes de desencadearem esta reacçáo. Por esse motivo, a GVHR continua a ser o maior impedimento dos transplantes da medula óssea. Alguns centros restringiram os transplantes da medula óssea a situações nas quais se dispõe de uma consanguineidade idêntica. Dada a natureza altamente complexa do sistema de compatibilidade histológica, será pouco provável que, por rotina, se váo encontrar uma concordância total entre indivíduos náo aparentados. Assim, os transplantes da medula óssea entre indivíduos náo aparentados terão de ser adiados até se dispôr de melhores meios para uma imunoterapêutica específica. No caso dos transplantes do fígado, a espera por uma boa correlação do MHC náo é normalmente praticável devido às condições médicas precárias da maior parte dos receptores de transplantes hepáticos antes da intervenção 4
cirúrgica.
Assim, verifica-se a existência de carências no campo do tratamento clinico dos doentes submetidos a transplantes, incluindo a manutenção do processo de aceitação ou rejeição do transplante e a disponibilizaçâo de um tratamento adequado. Uma vez que os tipos de tratamento e meios de prevenção das reacções aos transplantes, tais como a HVGR e GVHR aguda, actualmente existentes não são satisfatórios, deverão ser encontradas novas formas de abordagem na prevenção ou tratamento da rejeição dos transplantes, pois a rejeição dos transplantes constitui a principal causa de mortalidade e morbidade nos doentes submetidos a transplantes.
Resumo da presente invenção
A presente invenção ajuda a colmatar tais necessidades neste campo, fornecendo um processo para inibição das reacções aos transplantes, tais como a "host versus graft reaction" (HVGR) e a "graft versus host reaction" (GVHR), no ser humano. Mais especificamente, a presente invenção fornece um processo para inibir a reacção aos transplantes no ser humano, caracterizado por se admnistrar de pelo menos uma 7-(oxoalquil)-1,3-dialquil-xantina, que não a denbufilina, da fórmula geral I n'|
c 5
na qual R^ e R2 sáo iguais ou diferentes, e sáo seleccionados de entre os grupos alquilo de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átomos de carbono, ciclo-hexilo, ou alcóxi-alquilo e hidróxi-alquilo de cadeia linear ou ramificada; A representa um radical de hidrocarboneto com até 4 átomos de carbono, que pode ser substituído com um grupo metilo. A xantina da fórmula geral I é utilizada numa quantidade eficaz para inibir a reacção aos transplantes. Numa forma preferida da presente invenção, a xantina da fórmula geral I é admnistrada numa quantidade eficaz para inibir os efeitos da GVHR no ser humano.
A presente invenção fornece igualmente um processo para inibir a reacção aos transplantes no ser humano, caracterizado por se admnistrar um composto da fórmula geral II
1 I m ^ΙΊ"· 'ν'-'-ν 1 II -> , N \\y na qual pelo menos um dos radicais R·^ e R3 representa a) um grupo hidróxi-alquilo de cadeia ramificada da fórmula 6
R t
fCH 2ln-n_CH3 OH ο na qual R^ representa ura grupo alquilo com 1-3 átomos de carbono, e n representa 2-5; e o outro radical R3- ou R2 que pode opcionalmente estar presente, representa um átomo de hidrogénio ou um grupo hidrocarboneto alifático R^ com até 6 átomos de carbono, cuja cadeia pode ser interrompida com até 2 átomos de oxigénio ou pode ser substituído com um grupo hidróxi ou oxo; ou b) um grupo oxo-alilo da fórmula
U
C-f CH
P na qual Rs representa um grupo alquilo com C1-C6 e p representa 2, 3 ou 4; e o outro grupo R-^- ou R2 tem as definições anteriores, e R2 representa um grupo alquilo com C1-C4. A xantina da fórmula geral II é utilizada numa quantidade eficaz para inibir a reacçáo aos transplantes. Numa forma preferida da presente invenção, a xantina da fórmula geral II ê admnistrada numa quantidade eficaz para inibir os efeitos da GVHR no ser humano. A pentoxifilina, bem conhecida no campo farmacêutico, é um exemplo de um composto com a fórmula geral II. A pentoxif ilina (11PTX") é comercializada sob a # designação Trental-·, na forma de comprimidos para admnistraçáo 7
oral. Apesar deste composto ter sido utilizado durante algum tempo como agente farmacêutico para melhorar as caracteristicas do fluxo sanguíneo (ensaios clinicos em 1971), náo foi referido como sendo eficaz como inibidor das reacções aos transplantes, tais como a GVHR.
Breve descricao da Figura A presente invenção será melhor compreendida fazendo referência à Figura, que representa os efeitos da pento-xifilina sobre a absorção de 3 H-timidina por linfócitos em cultura.
Descricao Pormenorizada das Formas de Execucáo Preferidas
Certas xantinas são utilizadas de acordo com a presente invenção, para inibir os efeitos associados às respostas dos linfócitos T no ser humano. A natureza dos processos biológicos envolvidos na presente invenção serão descritos em primeiro lugar. Seguir-se-á uma descrição pormenorizada das xantinas e dos processos para a preparação das mesmas. Os resultados obtidos nos ensaios in vivo e in vitro serão apresentados depois. 1.A Reaccão aos Transplantes e Rejeição dos Transplantes A presente invenção torna possível a inibição dos efeitos da reacçáo aos transplantes no ser humano. Mais especificamente, de acordo com a presente invenção são utilizadas xantinas para modular as respostas imunológicas aos transplantes, nos casos em que a rejeição náo tratada conduziria de outra forma 8
à perca do transplante. A rejeição aguda do transplante constitui predominantemente uma resposta imunológica mediada pelas células, e as cantinas, quando utilizadas de acordo com a presente invenção, suprimem a activaçáo ou o funcionamento de diversos tipos de células efectoras {outras que não as células efectoras inflamatórias). Ou seja, as Kantinas suprimem a activação dos linfócitos, designadamente dos linfócitos T e dos linfócitos B, do organismo hospedeiro e dador. A supressão da activaçáo dos linfócitos pelas xantinas é conseguida num grau. suficiente para permitir no receptor de um transplante, o estabelecimento de uma tolerância adquirida ao mesmo, com ou sem terapêutica imunossupressora . Daqui resulta uma aceitação estável e duradoura do transplante.
As xantinas suprimem a activaçáo de um ou mais linfócitos seleccionados de entre o grupo constituído pelas células "T-helper", células T citotóxicas, células T supressoras, células "killer" naturais, células "killer" responsáveis pela citotoxidade mediada pelas células e dependente de anticorpos, células T da hipersensibilidade retardada, linfócitos B, e subtipos de cada um destes tipos de células. A supressão da activaçáo dos linfócitos pelas xantinas pode ser demonstrada mesmo na ausência de citoquinas derivadas dos leucócitos, tais como o factor de necrose tumoral ("tumor necrose factor" TNF ). A reacçáo aos transplantes pode manifestar-se no ser humano como "host versus graft reaction" (HVGR) ou como "graft versus host reaction" (GVHR). A HVGR pode conduzir à falha ou rejeição do transplante devido a resistência do hospedeiro e persistente imunidade do organismo hospedeiro. As células hospedeiras podem prejudicar a implantação dos tecidos provenientes do dador ou a proliferação e diferenciação das células provenientes do dador. 9
A GVHR pode verificar-se quando se encontram reunidas três condições. Em primeiro lugar, a GVHR exige que o organismo hospedeiro possua antigénios do complexo de compatibilidade histológica principal (major histocompatihility complex -MHC), que se encontram na sua maioria ausentes no transplante. A classificação pelo sistema HLA pode ser utilizada para minimizar a ocorrência de antigénios de compatibilidade histológica capazes de induzir a GVHR, mas na maior parte dos casos não é possível conseguir uma compatibilidade em todo o sistema HLA, e o transplante tem de ser realizado com um certo grau de desajuste. A GVHR aumenta de gravidade com a incompatibilidade entre o dador e o receptor.
Em segundo lugar, a GVHR exige que o transplante contenha linfócitos imunologicamente competentes. Os linfócitos do transplante são tipicamente originários de células dos nódulos linfáticos, de leucócitos do sangue periférico, de células do baço, de células da medula óssea, e de timócitos. Os linfócitos T aparentemente iniciam a GVHR, apesar de poderem estar presentes e se envolverem outras células. Os linfócitos T imaturos são normalmenteincapazes de iniciar a GVHR.
Em terceiro lugar, a GVHR exige que o receptor do transplante seja imunologicamente incopetente ou imunossuprimido ou deficiente num grau de incapacidade de rejeição do transplante.
Apesar de a GVHR ocorrer tipicamente em receptores de transplantes imunologicamente incopetentes ou imunossuprimidos, é compreensível que a GVHR também possa ocorrer em receptores de transplantes imunologicamente competentes, nos quais os efeitos da GVHR não são suplantados por uma HVGR mais forte. 10
 transferência de células, tecidos ou orgãos de um indivíduo para outro, conduzindo a uma reacçáo ao transplante, está tipicamente associada a uma terapêutica de transplante. Assim, por exemplo, a reacçáo aos transplantes pode ser associada a transplantes da medula óssea, transplantes do rim, transplantes do coração, transplantes de pele, transplantes da córnea, bem como ao transplante de outros orgâos e tecidos, tais como o fígado, pulmões, baço, pâncreas, intestino, tendões, ossos, cartilagens, vasos sanguíneos e laringe. A GVHR acompanha frequentemente a transferência de células imunologicamente competentes de um indivíduo para outro, tais como o transplante de tecidos linfóides, tais como as suspensões preparadas por homogeneização de um orgáo ou células de um dador, por exemplo, de medula óssea, nódulos linfáticos, baço, timo ou fígado, e inoculadas no receptor. A presente invenção é útil para inibir os efeitos da GVHR e da HVGR que acompanham todos os tipos de terapêuticade transplantes. Assim, por exemplo, a presente invenção ê útil para tratar a HVGR ou GVHR que acompanham os transplantes colocados na mesma posição anatómica normalmente ocupada pelo tecido transplantado (ortotópica), ou os colocados numa posição não natural (heterotrófica). Da mesma forma, a HVGR e GVHR podem acompanhar transplantes retirados e colocados no mesmo indivíduo {auto-transplantes), transplantes efectuados entre indivíduos geneticamente idênticos (iso-transplantes), transplantes efectuados entre indivíduos geneticamente da mesma espécie animal (alo-transplantes), e transplantes efectuados entre indivíduos de duas espécies animais (xeno-transplantes).
Numa forma de execução preferida da presente invenção, as xantinas são admnistradas a um receptor de transplante de medula. 0 uso das xantinas de acordo com a presente invenção permite a inibição dos efeitos da GVHR e GVHD que acompanham o transplante da medula. Assim, a aplicação da 11
presente invenção é preferida para os doentes nos quais se pretende o estabelecimento de uma função medular normal com as células transplantadas, tais como doentes com grave doença de imunodeficiência combinada ou anemia aplãsica, e doentes submetidos a quimioterapia e radiações como tratamento agressivo contra a leucemia e outras doenças malignas. As células medulares transplantadas podem ser provenientes de um dador compatível ou células conservadas do próprio doente, ao qual as células foram previamente removidas e que foram armazenadas. Podem ser utilizadas células medulares não tratadas, ou as células da medula podem ser tratadas, p.e. através de purga de linfõcitos para deplecçáo da medula de células associadas à ocorrência de GVHD. Os métodos para remoção das células T incluem o tratamento com globulina anti-timocito, anticorpos monoclonais anti-células T, lise mediada pelo complemento, sedimentação com lectina-algutinina, rosetagem com eritrócitos de ovino, elutriaçáo por centrifugação em contra-fluxo, "imunobeads" associados a anticorpos monoclonais anti-células T, ou "magnetic beads" associados a anticorpos monoclonais anti-células T. Apesar de a deplecçáo das células T na medula inoculada prevenir a GVHD aguda, pode veri£icar-se um aumento da incidência de rejeição do transplante ou de recaída leucémica, ou uma redução da eficácia do transplante contra a leucemia. Verificou-se que a deplecçáo das células T na medula inoculada náo é necessária quando as xantinas são utilizadas de acordo com a presente invenção. A GVHR foi igualmente observada em doentes que não os submetidos a um tratamento por transplante. Por exemplo, doentes gravemente imunodeprimidos podem inadvertidamente tornar-se sensíveis âs células linfóides estranhas durante as transfusões de sangue de rotina. Ê compreensível que a presente invenção é útil para inibir a reacçáo de rejeição e os efeitos da GVHR e GVHD que se verifica em doentes não transplantados. 1 -> J. £-3
A GVHR manifesta-se no ser humano soh a forma de GVHD ("graft versus host disease"), que pode ser diagnosticada através de indicações clinicas e técnicas quimicas. Entre os efeitos clinicamente observáveis da GVHD contam-se a febre, mau-estar, hipertermia e dores na região do transplante, hipertensão, perca de peso, e comprometimento da função do baço. Ho caso de transplantes da medula óssea, a GVHD é indicada por eritema da pele e formação de flictenas, náuseas acentuadas, vómitos, diarreia, hemorragias gastro-intestinais, ou comprometimento da função hepática. Ã rejeição do alo-transplante após transplante hepático é caracterizada por uma destruição do canal biliar e necrose hepato-celular.
Os efeitos da GVHR e GVHD podem também ser determinados por meio de técnicas bioquímicas, tais como a determinação das taxas enzimãticas e de produtos de degradação de processos biológicos no doente. Por exemplo, a GVHD pode ser assegurada através da determinação das taxas plasmáticas de creatinina em caso de transplante renal, ou das taxas da fosratase alcalina, transaminases e bilirrubina no caso de transplantes hepáticos. A xantina ou a mistura de xantinas pode ser admnistrada ao ser humano necessitado de terapêutica, numa quantidade suficiente para inibir um ou mais dos efeitos acima indicados da reacçáo de rejeição aos transplantes. Assim, por exemplo, uma ou mais das indicações clinicas ou alterações bioquímicas que revelam a GVHR ou GVHD podem ser diminuídas na sua incidência ou gravidade, ou aliviadas, prevenidas ou controladas, através da admnistraçáo das xantinas de acordo com a presente invenção. Se bem que possam ser utilizadas misturas de xantinas, não foram observadas quaisquer vantagens no uso de misturas. 13
Quando as xantinas são utilizadas num doente, em conjunto com a terapêutica de transplantes, as xantinas podem ser admnistradas antes, durante ou após o transplante. As xantinas são geralmente admnistradas aos doentes por via oral ou intravenosa. Numa forma de realização preferida da presente invenção, as xantinas são admnistradas ao doente por via intravenosa, imediatamente após o transplante, e depois por via oral ao receptor do transplante como terapêutica imunossupressora pós-transplanta. A inibição da GVHR de acordo com a presente invenção pode ser demonstrada in vitro. Mais especificamente, a cultura conjunta de leucócitos de indivíduos não aparentados conduz à transformação e proliferação do núcleo maligno, semelhante à que se observa após a adição de mitogenes às células T. A base desta reacçâo parece ser a activação das células T de um indivíduo pelos marcadores da superfície celular do outro indivíduo. A cultura conjunta de leucóçitos sanguíneos de dois indivíduos é designada "cultura leucócitária mista" (mixed leukocyte culture - MLC) e a reacçáo "reacçâo leucócitária mista ou "MLR" (mixed leukocyte reaction). A cultura conjunta de células obtidas de orgáos linfóides ê denominada "cultura linfócitária mista" ou "reacçáo linfócitária mista". Uma vez que mesmo na reacçáo leucócitária mista as células envolvidas são linfócitos T do sangue periférico, não existe em geral qualquer diferença entre os dois tipos de cultura. Assim, estas expressões são aqui utilizadas de forma indiscriminada. A propriedade de estimulação de uma MLR ê uma função da disparidade entre a MHC das células estimulantes e das células correspondentes. Uma vez que a disparidade na MHC é também uma das principais causas da reacçáo aos transplantes, a MLR é utilizada na presente invenção como o caso análogo in vitro da reacçâo aos transplantes no ser humano. Mais especificamente, a MLC pode ser utilizada na presente invenção como um ensaio in 14
vitro para determinação das xantinas preferidas e quantidade das mesmas a ser utilizada numa citação clinica especifica. Uma xantina que fornece urna forte resposta de inibição da MLR humana é preferida para ser utilizada na inibição da GVHE e GVHD de acordo com a presente invenção. Â MLR pode ser realizada utilizando as técnicas convencionais. As células cultivadas para a MLR podem ser derivadas do sangue periférico, baço, nódulos linfáticos ou timo. 0 número de células pode variar bastante. As células estimulantes podem ser inactivadas por radiação ou tratamento com um antibiótico, por forma a interromper a replicação do DM. 0 meio de cultura pode ser suplementado, se necessário, com proteínas séricas de origem autónoma, singenética, alogenética ou xenogenética. A cultura pode ser realizada durante um periodo de vários dias. 0 grau. de estimulação das células respondentes pelas células estimulantes pode ser determinado através da taxa de incorporação de 3 H-íimidina ou de aminoãcidos marcados radioactivamente, ou através da contagem de colónias e divisão das células. No caso de ser utilizado um marcador radioactivo, pode ser adicionado è. cultura várias horas antes da colheita. 0 efeito das xantinas sobre a GVHR de acordo com a presente invenção foi determinado na MLR. Mais especifi-camente, foram realizados seis ensaios independentes de dose-resposta, utilizando cinco dadores diferentes, e utilizando tanto a resposta â PHA como a MLR. As células foram expostas à pentoxifilina ou diluente durante 6 dias. A 3 π-timidina foi adicionada durante 3 horas e as células foram colhidas e contadas utilizando um contador de cintilação. Os dados foram normalizados acertando o CPM de controle a 100% e o CPM do composto a testar (pentoxifilina) foi determinado como a média da razão dos CPM das contagens de controle. Os resultados são apresentados na Figura. A pentoxifilina suprimiu tanto a MLR, como a resposta â PHA. Numa dose de 1 mM, a pentoxifilina suprimiu a resposta à PHA para 53 15
ί 9% do controle e a MLR para 42 í 61 do controle. A viabilidade das células foi de 100% utilizando a exclusão pelo corante de azul de tripano.
Este processo foi repetido utilizando o composto 7-etoximetil-l-(5-hidroxi-5-metilhexil)-3-metil-xan-tina. Este composto foisemelhante à pentoxifilina na supressão tanto da. MLR,, como da resposta à PHA. Numa dose de 100 yg/ml, este composto suprimiu a resposta à PHA para 41 i 5% do controle e a MLR para 39 i 3% do controle. A concentração deste composto foi de menos de metade da da pentoxifilina, e este composto revelou pelo menos tanta actividade como a pentoxifilina nas mesmas condições de ensaio. 0 ensaio foi uma vez mais repetido utilizando o composto l-(5-hidroxi-5-metilhexil)-3-metil-xantina e denbufilina (i.e. 7-acetonil-l,3-dibutil-xantina). O primeiro composto tinha uma actividade minima e a denbufilina revelou-se inactiva nas concentrações testadas.
Quando as células, tecidos e orgáos são transplantados apesar de uma incompatibilidade MHC, pode ocorrer uma reacçáo ao transplante. As incompatibilidades em casos de compatibilidade histológica reduzida podem normalmente ser superadas por meio de regimes imunossupressores mínimos, enquanto que a inibição ou rejeição devidas a incompatibilidades maiores requerem uma terapêutica imunossupressora muito mais agressiva, ê compreensível que a presente invenção possa ser utilizada por si só, ou em combinação com a admnistraçáo ao doente de tais terapêuticas imunossupressoras mínimas ou agressivas.
Mais especificamente, os agentes imunossupressores podem ser utilizados com as xantinas de acordo com a presente invenção, por forma a reduzir a resposta imunológica do hospedeiro, e pelo menos retardar a reacçáo ao transplante. Ou seja, de acordo com a presente invenção as xantinas podem ser 16
utilizadas antes, depois ou em simultâneo com o uso de agentes imunossupressores químicos, tais como agentes alquilantes, antimetabólicos, corticosteróides, ou antibióticos; de agentes imunossupressores físicos, tais como as radiações ionizantes; de reagentes imunológicos, tais como o soro anti-linfocitário ou globulinas anti-linfocitárias; ou a admnistraçáo de antigénios ou anticorpos policlonais ou monoclonais para uma supressão especifica.
Mais especif icamente, no caso de transplantes da medula óssea, as xantinas podem ser admnistradas antes, durante ou após a admnistraçáo de agentes imunossupressores, tais corao a ciclo-fosfamida, metotrexato, ciclosporina Ã, prednisona, metilprednisona, globulina anti-timocitãria, anticorpos monoclonais reactivos com subpopulações de linfócitos humanos, ou combinações destas terapêuticas. Estes agentes imunossupressores são utilizados de acordo com regimes normalmente utilizados para a imunossupressáo em caso de transplantes da medula, para inibir a GVHD.
Da mesma forma, no caso de transplantes renais as xantinas podem ser utilizadas de acordo com a presente invenção, associadas a terapêuticas imunossupressoras bem conhecidas, utilizadas para este tipo de transplantes. Assim, por exemplo, as xantinas podem ser utilizadas na manutenção pós-operatória do transplante renal, admnistrando as xantinas antes, durante ou após a admnistraçáo de corticosteróides, tais como a prednisona e metil-prednisona; ciclosporina A; globulina ou soro anti-linfocitário; anticorpos monoclonais reactivos com subpopulações de linfócitos humanos, ou combinações destas terapêuticas. Uma vez mais, estes agentes imunossupressores são utilizados de acordo com regimes normalmente utilizados para a imunossupressáo em receptores de transplantes renais. 17
A prática da presente invenção pode ser acompanhada pela admnistraçáo de factores de crescimento hematopoiê-ticos ao receptor do transplante, por forma a aumentar a aceitação do transplante ou reduzir a incidência, gravidade, ou duração das manifestações clinicas da reacçáo ao transplante. Numa forma de execução preferida da presente invenção, a terapêutica dos receptores de transplantes da medula óssea com xantinas ê acompanhada pela admnistraçáo de factor estimulante da colónia de macrófagos granulocitários ("granulocyte-xnacrophage colony stimulating factor" - "GM-CSF"). 0 GM-CSF parece acelerar a recuperação hematológica após o transplante da medula óssea. A presente invenção pode igualmente ser utilizada em conjunção com os tratamentos convencionais anteriores ao transplante, utilizados para reduzir o risco de rejeição do transplante. 0 regime preparativo deverá erradicar totalmente a doença no receptor, suprimir imunologicamente o doente de forma adequada a permitir uma aceitação duradoura do transplante alogenético, e ser minimamente tóxico. Os doentes normalmente recebem uma medicação prévia ao transplante para suprimir o sistema imunológico do organismo receptor, com ou sem radiação de todo o corpo ou de um campo limitado, numa dose única ou fraccionada ao longo de vários dias. Assim, por exemplo, um doente recebendo uma radiação em todo o corpo para reduzir o risco de rejeição do transplante pode ser tratado com xantinas de acordo com a presente invenção, para reduzir as manifestações de GVHD. A presente invenção pode ser utilizada para tratar a reacção aos transplantes, tais como a HVGR ou GVHR, no ser humano, ou a presente invenção pode ser utilizada como medida profilática da HVGR ou GVHR. A presente invenção permite melhorar as condições do doente e o seu. bem-estar, por inibir a GVHD aguda e pode reduzir a incidência de GVHD crónica. É contemplado um aumento da taxa de sobrevivência dos doentes. 18
2.Admnistracâo de Xantinas a Doentes Humanos
As quantidades eficazes de cantinas podem ser admnistradas a um indivíduo através de um entre vários métodos, p.e. por via oral em cápsulas ou comprimidos, ou por via paren-térica, tal como através de injecçáo intravenosa ou intramuscular, sob a forma de soluções esterilizadas. As xantinas, se bem que eficazes por si só, podem ser formuladas e admnistradas sob a forma dos seus sais farmaceuticamente toleráveis por motivos de estabilidade, conveniência de cristalização, aumento de solubilidade e outros semelhantes.
Os sais farmaceuticamente aceitáveis preferidos incluem os sais de ácidos minerais, p.e. ácido clorídrico, sulfúrico, nítrico, e semelhantes; sais de ácidos carboxilicos monobásicos, tais como, p.e., ácido acético, propiónico, e semelhantes; sais de ácidos carboxilicos dibásicos, tais como ácido maleínico, fumárico, oxãlico e semelhantes; e sais de ácidos carboxilicos tribásicos, tais como ácido carboxi-succínico, ácido ccítrico e semelhantes. As xantinas podem ser admnistradas por via oral, p.e. com um diluente inerte ou com um excipiente usual. Podem ser incorporadas em cápsulas de gelatina ou era comprimidos. Para admnistraçáo terapêutica oral, os compostos podem ser incorporados em excipientes e utilizados sob a forma de comprimidos, pastilhas, cápsulas, elixires, suspensões, xaropes, hóstias, gomas de mascar e semelhantes. Estas preparações devem conter pelo menos 0,5% de composto activo, mas a quantidade pode variar consoante a forma particular, e pode convenientemente situar-se entre 4,0% e cerca de 70% do peso da unidade posológica. A quantidade de xantina numa tal composição será de forma a obter a dosagem adequada. As composições e preparações preferidas de acordo com a presente invenção sáo preparadas de modo que a unidade posológica oral contenha entre aproximadamente 1.0 mg e aproximadamente 400 mg de composto activo. 19
Os comprimidos, pastilhas, cápsulas, hóstias e semelhantes pode conter os seguintes ingredientes: um agente aglutinante, tal como celulose microcristalina, goma tragante ou gelatina; um excipiente, tal como amido ou lactose; um agente desintegrante, tal como ácido agínico, Promolgel, amido de trigo ou semelhante; um agente lubrificante, tal como estearato de magnésio ou "Stsrotes"; um agente lubrificante, tal como dióxido de silicio coloidal; um agente edulcorante, tal como sacarose ou sacarina;ou um agente aromatizante, tal como hortelã-pimenta, salicilaío de metilo ou aroma de laranja. Quando a unidade posológica fôr uma cápsula, pode conter, para além dos compostos do tipo dos acima referidos, um excipiente liquido, tal como um óleo gordo. Outras formas de dosagem podem conter outros materiais que modificam a forma física da unidade posológica, por exempla, sob a forma de revestimentos. Assim, os comprimidos ou pílulas podem ser revestidos com açúcar, "Shellac", ou outros agentes de revestimento entérico. Um xarope pode conter, para além dos compostos activos, sacarose como edulcorante, e conservantes, corantes e aromatizantes. As matérias primas utilizadas na preparação destas composições devem ser farmaceuticamente puras e náo tóxicas nas quantidades utilizadas.
Para a admnistração terapêutica parentérica, as xantinas podem ser incorporadas numa solução ou suspensão. Estas preparações devem conter pelo menos 0,1% do composto acima referido, mas pode variar entre 0,5% e aproximadamente 50% do seu. peso. A quantidade de composto activo em tais composições á seleccionada de forma a obter uma dosagem adequada. As composições e preparações preferidas de acordo com a presente invenção sáo preparadas de forma que a unidade posológica contenha entre 0,5 mg e 100 mg de composto activo.
As soluções ou suspensões das xantinas podem conter igualmente os seguintes componentes: um diluente estéril, . tal como água para injecção, solução salina, óleos, polietileno- 20
glicóis, glicerina, propileno-glicol ou outros solventes sintéticos; agentes anti-bacterianos, tais como álcool benzilico ou metil-parabeno; anticxidantes tais como ácido ascórbico ou bissu.ifito de sódio; agentes formadores de quelatos tais como ácido etilenodiamino-tetraacêtico; tampões, tais como acetatos, citratos ou fosfacos; e agentes para acerto da tonacidade, tais como cloreto de sódio ou dextrose. A preparação parentérica pode ser acondicionada era ampolas, seringas descartáveis ou frasco multi-uso em vidro ou plástico.
Se bem que os valores de dosagem podem variar, obtêm-se bons resultados quando as xantinas da fórmula geral I ou da fórmula geral II são admnistradas a um indivíduo necessitado de tal tratamento sob a forna de uma dose eficaz oral, parentérica ou intravenosa de 0,1 a 25 mg/kg de peso corporal por dia. Um regime especialmente preferido para uso na terapêutica dos transplantes da medula compreende a admnistração intravenosa de PTX era solução salina aquosa (100 mg/ 5ml) numa dosagem de 1/2 mg/kg/hora, continuamente durante 20 dias, seguida de uma dose de 2000 mg/dia por via oral até ao 1002 dia pós transplante. Uo entanto, deve referir-se que os regimes posológicos específicos devem ser ajustados para cada indivíduo em particular, consoante as necessidades individuais e a avaliação profissional da pessoa que admnistra ou supervisina a adranistração das xantinas. Deve referir-se ainda que as dosagens aqui indicadas sáo apenas exemplares, e que não devem, de forma alguma, limitar o âmbito ou a forma de aplicação da presente invenção. 3. Descrição 3 Processo para Preparação das Xantinas da Fórmula Geral (I)
Um dos grupos de xantinas que pode ser utilizado na presente invenção apresenta a seguinte fórmula: 21
η Ρ-. U. N ' -M 1 li | : 1 f I ^ ! fin υ . . 1 ι
Os substitumtes R- e R“ na fórmula (I) sáo iguais ou diferentes, e sáo seleccionados independentemente um do outro, de entre os grupos alquilo de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átomos de carbono, ciclo-hexilo, alcóxi-alquilo e hidróxi-alquilo de cadeia linear ou ramificada. 0 substituinte A representa um radical de hidrocarboneto com até 4 átomos de carbono, que pode ser substituído com um grupo sietilo.
Na presente invenção podem ser utilizadas uma série de compostos da fórmula (I). Por exemplo, as xantinas da fórmula geral (I) podem ser substituídas com grupos alquilo ou alccóxi ou hidróxi- alquilo. Grupos alquilo adequados incluem grupos de cadeia linear ou ramificada, tais como efcilo, propilo, isopropilo, bucilo, sec-butilo, tert.-butilo, amilo, hexilo e semelhantes. Grupos alquilo substituídos com alcóxi incluem grupos de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átomos de carbono nos grupos alcóxi e alquilo combinados, incluindo os grupos metóxi-mefcilo, amilóxi-metilo, metóxi-etilo, butóxi-etilo, propóxi-propilo e semelhantes. Os grupos hidróxi-alquilo são grupos com 1-6 átomos de carbono, tais como hidróxi-metilo, hidróxi-etilo, hidróxi-propilo, hidróxi-hexilo e semelhantes.
Os grupos hidrocarboneto representados por A na fórmula (I) sáo grupos hidrocarbonetos alifáticos saturados bivalentes, i.e., meíileno, etileno, trimetileno e tetra-• metileno, que podem ser substituídos no átomo de carbono 22
adjacente do grupo carbonilo com metilo. Tais grupos substituídos com metilo incluem os grupos etilidina, 1,2-propileno e 1,3-butileno.
Deve referir-se que os processos a que se refere a presente invenção pode ser realizado com compostos que se transformam in vivo nas xantinas da fórmula (I) acima referidas, bem como com compostos que produzem in vivo metabolitos similares aos metabolitos formados pelas xantinas da fórmula (I) acima referidas.
Um composto da fórmula (I) que se verificou náo ser eficaz para inibir os efeitos da GVHR é a denbufilina. Este composto, que e também aqui abreviado por "DBOPX", possui a seguinte fórmula: ; ) ! i
cH C H H j π CH o — C — Ch 3
l í CH-1 ÇM.. (III) "DBOPX'· A capacidade do composto III de inibir os efeitos da GVHR conforme ê evidenciada pela MLR, náo foi demonstrada in vitro. Os compostos da fórmula I utilizados na presente invenção podem ser sintetizados por processos conhecidos. Por exemplo, os compostos podem ser preparados a temperaturas elevadas, opcionalmente na presença de um solvente, fazendo reagir correspondentemente 1,3-dialquil-xantinas substituídas da fórmula 23 η h;
U
ι ι U i Ν''
(III)
com metil- na qual e R“ têm as definições acima indicadas cetonas e,β-insaturadas com a fórmula
H
iM U f ι (IV) 0 substituinte R na fórmula IV representa hidrogénio ou um grupo metilo. A reacçáo pode ser realizada em meio alcalino. Um processo alternativo de preparação envolve a reacçáo de sais alcalinos de derivados de 1,3-dialquil-Kantinas t Ί da fórmula geral II, na qual R1 e R“ têm as definições acima indicadas, com os haletos de oxo-alquilo correspondentes da fórmula geral rio,; (V) ru _ r u ; j u I ! h na qual tem as definições acima indicadas, e Hal representa um átomo de halogénio, de preferência cloro ou bromo. 24
As reacções fazem-se de preferência a temperaturas entre 402 e 802 C, se desejado sob pressão aumentada ou reduzida, mas normalmente à pressão atmosférica. Os diversos compostos de partida podem ser utilizados quer em quantidades estequeométricas, quer em excesso. Os sais alcalinos no processo alternativo de preparação pode ser ou preparados previamente, ou durante a própria reacção.
Solventes adequados para uso na reacção são compostos misciveiscom água, de preferência álcoois de cadeia curta, tais como metanol, propanol, isopropanol e diversos butanóis; também acetona; piridina; trietil-amina; álcoois polihidroxílicos, tais como etileno-glicol e éter etilenoglicol-monometílico ou mono-etílico.
Os compostos da fórmula I são conhecidos pelo seu acentuado efeito potenciador do fluxo sanguíneo na musculatura esquelética e pela sua baixa toxicidade. Uma descrição mais pormenorizada dos compostos utilizados na presente invenção e dos processos para a preparação destes compostos encontra-se na Patente U.S. 4.242.345, em cujo conteúdo total se apoia a presente invenção, e que é aqui incluída por referência.
4. Descricáo e Processo para Preparação das Xantinas da Fórmula G s r s. 1 II de rejeição dos também ser obtida xantina da fórmula A inibição da reacção transplantes, em particular da GVHR, pode através da admnistração ao ser humano de uma geral 25 η η- ο
? ) I i "ir Ν' η .As_ ** i I 9 R “ N- na qual 1 ^ pelo menos um dos radicais R e R" representa a) um grupo hidróxi-alquilo de cadeia ramificada da fórmula
R 9J r,
l.H
jH com uma função de álcool terciário, na qual R* representa um grupo alquilo com 1-3 átomos de carbono, e n representa 2-5; e o outro radical R ou R que pode opcionalmente estar presente, representa um átomo de hidrogénio ou um grupo hidrocarboneto alifático R5 com ate 6 átomos de carbono, cuja cadeia pode ser interrompida com até 2 átomos de oxigénio ou pode ser substituído com um grupo hidróxi ou oxo; ou b) um grupo oxo-alilo da fórmula ΓΗ u 26
,Χ'
na qual R5 representa um grupo alquilo com C1-C6 e ρ representa 2,3 ou 4; e o outro grupo R^· ou R^ tera as suas definições anteriores, e R" representa um grupo alquilo com C1-C4. A xantina da fórmula II ê utilizada numa quantidade eficaz para inibir a reaeçáo de rejeição dos transplantes, em especial a GVHR. Entre estes compostos conta-se o composto comercializado pentoxifilina (Trental-1). Poderá ser utilizados uma série de outroscompostos da fórmula geral II para inibição da actividade da GVHR, Entre esses compostos contam-se os abaixo identificados. COMPOSTOS DA FORMULA (II) QUE INIBEM A GVHR
Composto Rt R2 R3 Numero 0 I 1 i 1 CH3 C-(CH2)í -ch3 -ch2 -ch2 -ch3
OH
I I 3 CH3 C- (CH2) { \ i CH* -ch3 -ch2 -ch2 -o-ch3
4 !! 5 tl A H 7 -ch-i-o- (ch-?) ί-ο-chi íí ' L 1 U u -Η -ch2 -ch2 -ch3 OH I -ch2 -ch2 -ch3 27
8 " " "CH2 -CH-(CH3)2 9 " -CH? -CHj -CH2 ~0-CH2 -CHí ch3 I 1 10 " -CHj -(CH;)j -c-CHj I I OH 11 " " -CH2 -o-ch2 -ch2
Deve referir-se que o processo a que se refere a presente invenção pode ser realizado com compostos que se transformam in vivo nas xantinas da fórmula II acima referidas, bem como com compostos que produzem in vivo metabolitos similares aos metabolitos formados pelas xantinas da fórmula II acima referidos. Por exemplo, após admnistração oral e intravenosa, a pentoxifilina ê quase completamente metabolizada. Foram identificados os seguintes sete metabolitos na urina humana, que ê a via predominante de excreção dos metabolitos:
Metabolito I Metabolito II Metabolito III Metabolito IV Metabolito V Metabolito VI Metabolito VII 1-(5-hidróxihexil)-3,7-dimetil-xantina 1- (5,6-dihidróxihexil} -3,7-dimetil-xantina. 1-(4,5-dihidróxihexil)-3,7-dimetil-xantina 1-(4-carbóxibutil)-3,7-dimetil-xantina 1-(3-carbóxipropil)-3,7-dimetil-xantina 1-(5-oxohexil)-3-metil-xantina 1-{5-hidróxihexil)-3-metil-xantina
Os metabolitos I a V são os principais metabolitos. 0 metabolito V, o principal metabolito na urina, • representa cerca de 50-60% da dose admnistrada. Apenas se 28
encontram na urina vestígios de pentoxifilina 8 do metabolito I. Os derivados dihidróxi da pentoxifilina (metabolitos τ a χττ) representam aproximadamente 12% e o metabolito IV aproximadamente 8% dos produtos de excreção.
Os compostos da fórmula II podem ser preparados de acordo com o conteúdo da patente U.S. 3.737.433 e da patente belga 831,051 (em que RA/R3 representam oxoalilo). No 1 * caso de pelo vaenos um dos radicais R-/RJ ser um álcool terciário, poder-se-á fazer referência ao Pedido Internacional PCT/EP8S/ 004401, de 8 de Julho de 1985, reivindicando prioridade alemã de Julho de 1985. Este pedido, bem como a sua invenção, engloba uma variedade de variantes de processos de preparação para as xantinas da fórmula II, que são englobados na presente invenção.
Um exemplo de uma dessas variantes consiste
a) fazer reagir 3-alquil-xantinas da fórmula geral VII
H
H
U
O H
(VII)
na qual R” representa uai grupo alquilo cora até 4 átomos de carbono, com agentes alquilantes da fórmula VIII â p ' \. γ - γγη r
(VIU) 29
na qual X representa halogênio, de preferência cloro, bromo ou iodo, ou um grupo de éster de ácido sul fónico ou de éster de ácido fosfórico, e em que R* e n têm as definições acima indicadas, de modo a obter compostos da fórmula IX
cora um grupo hidróxi-alquilo terciário na posição de R^ e hidrogénio na posição de R1, e aq) se alquilar este composto com o mesmo ou com outro agente de alquilaçáo da fórmula VIII, de modo a obter compostos da fórmula X de acordo com a invenção
com dois grupos hidróxi-alquilo terciários iguais ou diferentes 1 0 nas posições de R e R , ou a2)se fazer reagir este composto com um composto da fórmula R5 - X (Xa) na qual tem as definições indicadas para a fórmula VIII e R' tem • as definições acima indicadas, de modo a obter compostos da 30 fórmula ΚΙ
trabalhando-se em todos os casos de preferência na presença de meio alcalino ou utilizando as xantinas sob a forma dos seus sais.
Numa outra variante:
b) substituem-se xantinas 1,3-dialquiladas da fórmula geral XII
O
H
! I U
y' y (XII)
i
na posição 7, de preferência na presença de um meio alcalino, ou sob a forma dos seus sais, através de uma reacçáo única, com um composto da fórmula VIII, de modo a obter compostos da fórmula XI.
Uma outra variante consiste em: c) se fazerem reagir em primeiro lugar 3-alquil-xantinas da fórmula VII, também de preferência na presença de um meio 31
alcalino, ou sob a forma dos seus sais, com um composto da fórmula R15 - X (XIII)
de modo a obterem-se Kantinas 3,7-dissubstituidas da fórmula XIV
H
u II (XIV) . A H u
na qual RiJ tem as definições acima indicadas para Rs ou representa benzilo ou difenil-metilo, e depois se substituírem os compostos obtidos na posição 1, de novo de preferência na presença de um meio alcalino, ou sob a forma dos seus sais, com um composto da fórmula VIII. Obtêm-se compostos da fórmula geral XV
(XV) na qual R^ representa benzilo ou difenil-metilo, e se transformarem os compostos da fórmula XV na qual Ri5 representa um grupo benzilo ou difenil-metilo ou um grupo alcóni-metilo ou alcóKi-alcóHi-metilo, em condições redutoras ou hidrolíticas, em compostos da fórmula XVI de acordo com a presente invenção 32
que depois se fazem reagir, se desejado, com um composto da fórmula VIII ou. Xa, de modo a obter compostos da fórmula X ou XV de acordo com a presente invenção.
Uma outra variante consiste em d) reduzir os compostos da fórmula geral XI ou XV de acordo com a presente invenção, nas quais R5 ou Ri5 representam um grupo oxo-alquilo, com agentes redutores convencionais para o grupo cetónico, de modo a obter as respectivas xantinas hidróxi-alqui-ladas de acordo com a presente invenção.
As 3-alquil-xantinas ou 1,33-dialquil-xantinas da fórmula VII ou XII utilizadas como compostos de partida e os "agentes de alquilação" das fórmulas VIII, Xa e XIII sáo na sua maior parte conhecidos ou podem ser facilmente preparados através dos processos descritos na literatura. Assim, os álcoois terciários da fórmula VIII, p.e., podem ser obtidos através de síntese organometálica, fazendo reagir halo-cetonas estereoscopicamente não impedidas da fórmula
Hal-(CH2)Q -CO-CH3 (XVII) numa chamada reacção sintética com alquilação reductiva do grupo carbonilo, com compostos metálicos alquilados R^ - M, em especial de magnésio, zinco, ou lítio, p.e. sob a forma de halogenetos de . de alquil-magnésio R· -MgHal (compostos de Grignard) ou de 33
compostos alquil-lítio R* -Li, nas condições usuais (p.e., ver Houben-Weyl/ Vol. VI/la, Parte 2 (1980), págs. 928-440, em especial págs. 1021 e seguintes, e 1104-1112). Da mesma forma, obtêm-se os compostos desejados através de reacçáo das halo-cetonas da formula
HaI“(CH2)Q -CO-R4 (XVIII) com halogenetos de metil-magnésio ou metil-lítio.
As hidróxi-cetonas correspondentes às fórmulas XVII e XVIII podem também ser convertidas sob condições moderadas, em dióis, com compostos metálicos alquilados, pelos processos usuais, quer directamente ou mascarando temporáriamente o grupo hidróxi, p.e. através da formação de um acetal com 5,6-diliidro-4H-pirano (p.e., ver Houben-Weyl, Vol. VI/la, Parte 2 (1980), págs. 1113-^1124), a partir dos quais se obtêm os compostos da fórmula VIII através de esterificaçáo selectiva do grupo hidroxilo primário terminal com halogenetos de sulfonilo ou fosfóricos, ou anidridos, de preferência na presença de meio alcalino.
Outras possibilidades para a eventual sintese de derivados de álcoois terciários da fórmula VIII consistem na mono-metalizaçáo de w-cloro-l-brorao-alcanos de modo a obter compostos metálicos w-cloro-alquilados (Houben-Weyl, Vol. XIII/2 a, (1973), págs. 102 e 319), e sua reacçáo subsequente com cetonas R' -CO-CH3, associada à formação de compostos secundários a partir de alcanolatos formados como compostos intermediários devido a sua tendência para fecharem o anel, com a eliminação do sal metálico sendo minimizada por um controle adequado da temperatura, ou. utilizando xf-halogeno-l-alcanóis como compostos de partida, que sáo metalizados pelos processos usuais, de preferência sob a forma de éter tetrahidro-piranilo-2, ou após * a formação de alcanolatos no grupo hidroKÍ (Mo-CHj)^ -Hal) com 34
qualquer composto metálico desejado (p.e., ver Houben-Weyl, Vol. XI1I/2 a, (1973), pâg.113), e £azendo-os reagir depois com as cetonas -CO-CH3, de modo a obter os diôis referidos no parágrafo anterior (Houben-Weyl, Vol. VI/1 a, (1980), pãg. 1029), e esterifiçando depois de forma selectiva o grupo hidróxi primário com um derivado adequado do ácido sulfónico ou fosfórico.
Os compostos da fórmula VIII na qual R representa um grupo metilo podem também ser obtidos facilmente através de reacçáo dos ésteres alquílicos de ácidos w-halogeno-alcanóicos (Hai-ÍCHj)]} -COO-alquilo) com dois equivalentes de um composto metil-metálico, com o éster reagindo através da cetona de modo a obter o álcool terciário com a introdução de dois grupos metilo (Houben-Weyl, Vol. VI/1 a, Parte 2 (1980), pág. 1171-1174). Da mesma forma, os ésteres de ácidos w-hidróxi-carboxílicos podem ser convertidos em dióis com compostos metil-metálicos com ou sem protecçáo do grupo hidróxi, p.e. sob a forma de ésteres tetrahidro-piranil-2 ou metóxi-metilo, ou em opção, sob a forma das lactonas como ésteres cíclicos (p.e., ver Houben-Weyl, Vol. VI/1 a, Parte 2 (1980), pãg. 1174-1179), a partir dos quais podem, por seu lado, ser obtidos agente de alquilaçáo activos da fórmula VIII através de esterificaçáo selectiva do grupo hidróxi primário com halogenetos ou anidridos dos ácidos sulfónicos ou fosfóricos.
Assim, compostos adequados da fórmula VIII que podem ser preparados através dos processos acima descritos são os cloretos, brometos, iodetos, sulfonatos e fosfatos de [(w-1)-hidróxi-(w-1)-metil]-butilo, [(w-1)-hidróxi-(w-1)-metil3 -peniilo, [(w-1)-hidróxi-(w-1)-metil]-hexilo e [(w-1)-hidróxi-{w-1)-metil]-heptilo, de [ (w-2)-hidróxi-(w-2)-metil3-pentilo, [(w-2)-hidróxi-(w-2)-metil3-hexilo, [(w-2)-hidróxi-(w-2)-metil3 -heptilo e [ (77-2)-hidróxi-(w-2)-metil 1-octinlo, e de [(w-3)- * hidróxi-(w-3)-metil3-hexilo,[ (w-3)-hidróxi-(w-3)metil3-heptilo, 35 [(w-3)-hidróxi-(w-3)-metil]-octilo e [(w-3)-hidrôxi-(w_3)_ sietil ] -nonilo.
Entre os compostos da fórmula R^ -χ (Xa) ou R15 -X (XIII) adequados para a introdução de R5 na posição 1 ou 7, e de Ri,! na posição 7 do esqueleto das xantinss, os derivados aleóxi-metilo e alcóxi-alcóxi-metilo ocupam uma posição especial, pois os seus halogenetos podem na realidade ser utilizados com êxito como reagentes, porém podem verificar-se problemas toxi-cológicos, pelo menos quando do uso em larga escala. Por este motivo dã-se preferência nestes caso especifico ao uso dos correspondentes sulfonatos, que são fácilmente acessíveis, p. e. , fazendo reagir anidridos mistos de ácidos carboxílicos alifáticos e ácidos sulfónicos alifáticos ou aromáticos (M.H. Karger et al., J.Org.Chem. 36 (1971), pags. 528-531) com os acetais dialquilicos ou dialcóxi-alquilicos do formaldeído numa reacção moderada e quase quantitativa (M.H. Karger et al., J.Amer.Chern.Soc. 91 (1969), págs. 5663-5665): R7 -S0, -0-C0-(q -C4) Alkyl + R8 -0-CH2 -0-R8 -(q -q) Alkyl-co2 r9 --------------> R7 -S02 -0-CH2 -0-R8 η
Mesta equação, Rf representa um grupo alifático tal como metilo, etilo ou trifluor-metilo, ou um grupo aromático, p.e. fenilo, 4-tolilo, ou 4-bromo-fenilo, mas de preferência metilo ou 4-tolilo, e R8 representa um grupo alquilo ou alcóxi-alquilo com as definições de R·5 ou R*J. A reacção pode ser realizada no próprio composto, ou num solvente aprótico anidro inerte aos compostos em reacção, a uma temperatura entre -103 e +40SC, de preferência • entre 0S e 202C. 36 Náo ê necessário o isolamento intermédio dos sulfonatos altamente reactivos, que são sensíveis à hidrólise e termicamente instáveis; de preferência, sáo utilizados de imediato como compostos brutos para a substituição no átomo de azoto das xantinas, náo sendo necessária a usual adição de um agente de condensação alcalino. A reacção dos derivados das xantinas mono ou dissubstituidos (IX), (XVI), (VII), (VIII) ou (Xa) ou (XIII) ê normalmente realizada num agente de distribuição ou num solvente inerte aos compostos em reacção. Representantes práticos sáo em especial os solventes apróticos dipolares, p.e., formamida, dimetil-formamida, dimetil-acetamida,N-metil-pirrolidona,tetra-metil-ureia, hexametil-fosfo-triamida, dimetil-sulfóxido, acetona, ou butanona; no entanto, podem também ser utilizados álcoois tais como metanol, etileno-glicol e seus éteres mono ou dialquílicos tendo o grupo alquilo l-4átomos de carbono, mas tendo ambos em conjunto no máximo 5 átomos de carbono, etanol, propanol, isopropanol e os diferentes butanóis; hidro-carbonetos tais como benzeno, tolueno ou xilóis; hidrocarbonetos halogenados, tais como dicloro-metano ou clorofórmio; piridina, e misturas dos solventes citados, ou suas misturas com água.
As "reacções de alquilaçáo" sáo de preferência realizadas na presença de um agente de condensação alcalino. Sáo exemplos de compostos adequados para o efeito os hidróxidos, carbonatos, hidretos de metais alcalinos ou terras alcalinas, alcoolatos, e bases orgânicas, tais como trialquil-aminas (p.e. trietil-amina ou tributil-amina) hidróxidos de amónia ou fosfónio quaternário, e resinas cruzadas com grupes de amónia ou fosfónio fixos, opcionalmente substituídos. Os derivados das xantinas podem também ser utilizados directamente na reacçáo de alquilaçáo sob a forma dos seus sais preparados em separado, tais como os sais de metais alcalinos, de terras , alcalinas ou opcionalmente, sais de amónia ou fosfónio substi- 37
tuidos. Os derivados dissubstituidos das xantinas podem também ser alquilados ou na presença dos agentes de condensação inorgânicos acima mencionados, ou sob a forma dos seus sais de metais alcalinos ou de terras alcalinas, com o auxílio dos chamados catalizadores de transferência de fase, p.e. aminas quaternárias, sais de amónia ou fosfônio quaternários, ou éteres "crown" de preferência num sistema de 2 fases sob condições de catálise por transferência de fase. Entre os catalizadores de transferência de fase adequados que sáo normalmente comerciali-dos encontram-se os sais tetra-(Cq -C4)-alquil)-trimetil-amónia e metil-trimetil-amónia, e tetra-(C^ -C4)-alquil}-trimetil-fosfónio e metil-trimetil-fosfónio, metil-, miristil-, fenil- e benzil-tri-(Ci —C4)-alquil)-amónia e cetil-trimetil-amónia, bem como os sais (Cj -Cii -alquil)-trifenil-fosfónio e benzil-trifenil-fosfónio, tendo os compostos com o catiáo maior e mais simetricamente estruturado em geral revelado ser mais eficazes. A introdução dos grupos Ia, R^ e R*® pelos processos acima descritos é realizada em geral a uma temperatura entre 02C e o ponto de ebulição do meio de reacçáo especifico utilizado, de preferência entre 20-C e 130SC, opcionalmente sob pressão aumentada ou reduzida, podendo o tempo de reacção ser inferior a uma hora ou ir até algumas horas. A reacçáo das 3-alquil-xantinas VIII de modo a obter os compostos de acordo com a presente invenção da fórmula X requer a introdução de dois grupos hidróxi-alquilo terciários. Podem ser incorporados sucessivamente no esqueleto das xantinas substituintes idênticos ou diferentes, ou podem ser introduzidos dois grupos hidróxi-alquilo idênticos sem isolamento dos compostos intermediários, numa reacçáo em recipiente único. A eliminação reductiva do grupo benzilo e • difenil-metilo dos compostos da fórmula XV, de modo a formar o 38
átomo da xantina na posição 7, é realizada sob condições normalizadas que foram especialmente desenvolvidas no âmbito dos trabalhos de estudo das técnicas de grupos protectores na síntese de alcalois de peptídeos, e que portanto se presumem ser bem conhecidas. Para além da redução química, em especial dos compostos benzilo, com sódio em amónia liquida (Houben-Weyl, Vol. XI/1 (1975), pâgs. 974-975), é também especialmente prática a eliminação dos dois grupos aralquilo acima referidos por meio de hidrogenólise catalítica utilizando catalizadores de metais preciosos (Houben-Weyl, Vol. XI/1 (1975), pãgs. 968-971 e Vol. IV/1 c, Parte 1 (1980), pãgs. 400-404). Meste caso, é normalmente utilizado ura álcool de cadeia curta como meio de reacçáo (se desejado, com adição de ácido fórmico ou amónia), ou um solvente aprótico tal como dimetil-formamida ou em especial ácido acético glacial; podem também ser utilizadas as suas misturas com água.
Catalizadores de hidrogenaçâo especialmente adequados são o paládio negro e paládio sobre carvão activado ou sulfato de bário, enquanto que outros metais preciosos tais como platina, ródio e rutênio frequentemente dão origem a reacçôes secundárias devido a hidrogenaçâo competitiva no anel, e portanto só devem ser utilizados sob reserva. A hidrogenólise é realizada de preferência a temperaturas entre 20s e 1005C, e sob a pressão atmosférica, ou de preferência com uma pressão ligeiramente aumentada até aproximadamente 10 bar, sendo normalmente necessários tempos de reacção de alguns minutos até algumas horas.
As sentinas 1,3,7-trisubstituidas da fórmula XV que apresentam um grupo alcóxi-metilo ou alcóxi-alcôxi-metilo na posição de R13 representara o, n-acetais. Consequentemente, os seus substituintes na posição 7 podem ser eliminados nas condições usuais de hidrólise ácida (VER Houben-Weyl, Vol. VI/1 b, (1984), pãgs. 741-745), sendo formados assim os compostos 7H • da fórmula XVI, Exemplos de grupos preferidos que podem ser 39
J eliminados por via hidrolítica sáo os grupos metóxi, etóxi e propóxi-metilc, bem como os grupos metôxi-etôxi-metilo e etóxi-stóxi-metila. A reacçáo é realizada de preferência aquecendo era ácidos minerais diluídos tais como ácido clorídrico ou. sulfúrico, se desejado com adição de ácido acético glacial,. dioxano, tetra-hidrofurano ou um álcool de cadeia curta como promotor da solução. Sáo igualraente úteis o ácido perclórico ou ácidos orgânicos, tais como o ácido trifluor-acético, fórmico e acético, em combinação com quantidades catalíticas de ácidos minerais. Os compostos alcóxi-alcóxi-metilo em particular podem ser sujeitos a clivagem usando ácidos de Lewis, tais como brometo de zinco e tetracloreto de titânio era meio anidro, de preferência em dicloro-metanc ou clorofórmio, obtendo-se assim os derivados 7-bromo-etilo ou 7-bromo-zinco como compostos intermediários, que hidrolizam de forma espontânea durante o tratamento em meio aquoso. No caso de cisão em solução de ácido mineral, a temperatura de reacçáo tem de ser escolhida de forma a não se verificar uma desidratação significativa do grupo hidróxi-alquilo terciário na posição 1; em geral deve pois situar-se abaixo dos 1002C. A redução das xantinas XI e XV com um grupo
C ' C oxo-alquilo na posição de RJ ou Ri3 de modo a obter os respectivos compostos hidróxi-alquilo pode na realidade ser efectuada em principio quer com metais alcalinos ou através de redução catalítica, mas o método de eleição consiste na reacçáo em condições muito moderadas e com grande rendimento, com hidretos metálicos simples (MHa), hidretos metálicos complexos {3π) ou hidretos organo-metãlicos (Houben-Weyl, Vol. IV/1 d (1981), págs. 267-282, e Vol. VI/1 b (1984), págs. 141-155). Entre os numerosos hidretos metálicos complexos que poderá ser utilizados para a redução de cetonas, podem referir-se os reagentes mais frequentemente utilizados, p.e., alanato de lítio, boro-hidreto de lítio, e em especial boro-hidreto de sódio, que ê mais fácil de manusear devido à sua menor actividade, e que sobretudo permite trabalhar em soluções ou suspensões alcoólicas, 40
álcoolico-aquosas ou puramente aquosas. Para além dos solventes inertes norrnalmente utilizados, tais como éteres (p.e., éter dietílico, tetrahidro-furano, 1,2-dimetóxi-etano), podem também ser utilizados como meio de reacção hidrocarbonetos e piridina, e nitrilos, tais como aceto-nitrilo. Â hidrogenaçáo, que normalmente é realizada a temperaturas entre 02C e o ponto de ebulição do solvente utilizado, mas de preferência à temperatura ambiente, ocorre era geral rapidamente e está completada dentro de alguns minutos a algumas horas.
As hidróxi-alquil-xantinas terciárias da fórmula II podem também ser preparadas fazendo reagir xantinas substituídas c!a fórmula geral XIX ;o / j ii (XIX) 'L . e) contendo dois grupos iguais ou diferentes das fórmulas (XX) ; ou (XXI) , -(CH2) n -CO-CH3 - (CHi) n -CO-R1 ou apenas ura substituinte da fórmula XX ou XXI, e hidrogénio ou os grupos R^ ou R*3 nas posições de R^ e R1^, com compostos alquil-metãlicos com C1-C3 ou metil-metãlicos, com "alquilçação" reductiva dos grupos carbonilo, de modo a obter as xantinas das fórmulas IX a XVI de acordo com a presente invenção, ou S) xantinas metalizadas da fórmula XIX contendo dois grupos iguais ou diferentes da fórmula —(CHt)a -Hal (XVII), em que Hal representa de preferência cloro ou bromo, ou apenas um destes grupos e hidrogénio ou o substituinte Rv ou. R13 na outra posição, 41 na posição terminal, e depois fazendo-os reagir com eetonas da fórmula R* -CO-CH3 (XVIII) com alquilação reductiva do grupo carbonilo, de modo a obter xantinas das fórmulas IX a XVI de acordo com a presente invenção ou g) convertendo cantinas da fórmula XIX com o grupo — (CH2)π -COO-alquilo cora C1-C4 (XXIV) nas posições de R5 e/ou R1Ç e opcionalmente hidrogénio ou grupos R·1 ou R-· na outra posição, através de dois equivalente um composto matil-meíálico por grupo alcóxi-carbonilo, xantinas das fórmulas IX a XVI nas quais representa metilo os de era / h) convertendo xantinas da fórmula XIX contendo dois grupos iguais ou diferentes da fórmula S pt t V I 1 Im ! t. - -}) π . 1 ru Ól (XXV) *wl~l o ou apenas um destes grupos e hidrogénio ou o grupo R1"' ou R-·1 nas posições de e R^, na qual o grupo XXV pode conter a ligação dupla carbono-carbono também em arranjos isoméricos no átomo de carbono ramificado, por exemplo como -C=CH2, através de hidratação catalizada por ácidos obedecendo à Lei de Markownikoff, da modo a obter xantinas das fórmulas IX a XVI de acordo cora a presente invenção, e se desejado, convertendo depois as hidróxi-alquil-xantinas terciárias das fórmulas Ib' e se 42
obtidas de acordo com a presente invenção através dos métodos e) a h), que apresentam um átomo de hidrogénio na posição 1 ou 7, se desejado na presença de meio alcalino ou sob a forna dos seus sais, com os agentes de alquilaçáo das fórmulas VIII ou Xa ou III, em compostos trisubstituidos das fórmulas X ου XI ou XV,
Λ I Γ 1 P nas quais Rz, R-, R , R e n têm as definições acima indicadas.
As mono ou dioxialquil-xantinas (XIXa) 3-alquiladas, -(w-halo-alquil)-xantinas (XIXb) 3-alquiladas, -(w-halo~alqu.il) -xantinas (XIXb) 3-alquiladas, - (vj-alcóxicarbonil-alquil)-xantinas (XIXc) 3-alquiladas, e -alcenil-xantinas 3-alquiladas (XIMd) necessárias como compostos de partida são conhecidas ou podem ser facilmente preparadas, p.e. a parte de 3-alquil-xantinas {VII) e as sulfonilóxi-cetonas ou halogeno-cetonas XVII e XVIII, w-halogeno-alquil-sulfonatos, ou l,w-di-halogeno-acanos (ver, p.e., V.B. Kalcheva et al., Journal fur prakt. Chemie 327 (1985), pãgs. 155-168), ésteres alquílicos de ácidos w-sulfonilóxi-earboxílicos ou w-halogeno-carboxílicos ou sulfonilóxi-alcenos ou halogeno-alcenos correspondentes I. fórmula XXV,nas condições de reacçáo previamente desccritas em pormenor para a alquilaçáo de xantinas mono e dissubstituidas com os compostos das fórmulas VIII e Xa.
Nas reacções organo-metálicas das xantinas XIXa e XIXc f u.ncionalizadas nos grupos R5 e R^, o processo é em principio o mesmo como descrito para a preparação de álcoois terciários da fórmula VIII utilizados como agentes de alquilaçáo. Assim, a alquilaçáo reductiva das cetonas XIXa e dos ésteres XIXc pode ser realizada, p.e., com compostos alquilados de potássio, sódio, lítio, magnésio, zinco, cádmio, alumínio e estanho. Os compostos de alquil-titânio e alquil-zircónio recentemente recomendados (D. Seebach et al. Angew. Chern. 95 (1983), pág. 12-26) podem também ser utilizados. No entanto, uma vez que os compostos alquil-metálicos de sódio e potássio têm . tendência para a formação de reacções secundárias devido à sua 43
reactividade, e os compostos de zinco e cádmio são relativamente inertes, dá-se normalmente preferência aos compostos alquil-lítio e alquil-magnésio (Grignard).
Os compostos organo-metálicos fortemente nucleófilos sáo muito sensíveis à hidrólise e oxidação. Assim, o seu manuseamento seguro requer um trabalho em meio anidro, opcionalmente sob atmosfera de gás inerte. Os solventes ou agentes de dissolução usuais sáo em primeiro lugar os que também são adequados para a preparação dos compostos alquil-metálicos. Constituem exemplos práticos em especial os éteres com um ou mais átomos de oxigénio etéreos, p.e. éter dietílíeo, dipropílico, dibutílico ou diisoamílico, 1,2-dimetóxi-etano, tetrahidro-furano, dioxano, tetrahidro-pirano, furano, e anisol, e hidro-carbonetos alifáticos ou aromáticos, tais como éter de petróleo, ciclohexano, benzeno, tolueno, xilóis, dietil-benzenos, e tetra-hidro-naftaleno; no entanto, podem também ser utilizadas com êxito aminas terciárias, tais como trietil-amina, ou solventes dipolares apróticos, tais como hexametil-fosfo-triamida, bem como misturas dos solventes referidos. Â reacçáo dos compostos carbonilo XIXa e XIXc com os compostos de Grignard com a fórmula R* -MaHal pode também ser realizada em vantagem colocando o composto organo-metálico num éter e adicionando gota a gota a cetona ou o éster sob a forma de solução em di-cloro-metano ou 1,2-dicloro-etano. Frequentemente é recomendável uma adição de brometo de magnésio, que é susceptível de aumentar a capacidade nucleófila do composto organo-metálico devido à sua participação no estado de transição cíclica do complexo.
Faz-se reagir a cetona ou éster e o composto organo-metálico em geral a temperaturas entre -20s e 1Q09C, de preferência entre O2 e 602C, ou â temperatura ambiente, sem arrefecimento externo, sendo o composto alquil-metálico utilizado normalmente num ligeiro excesso. A reacçáo é completada em geral . atravêsde um breve aquecimento sob refluxo, sendo geralmente 44
adequados tempos de reacçâo de alguns minutos a algumashoras. 0 alcanolato formado ê de preferência decomposto com solução aquosa de cloreto de amónia ou ácido acético diluido. 0 magnésio e lítio metálicos sâo em primeiro lugar adequados para a. metalizaçáo de w-halogeno-alquil-Kantinas XIXb. Por outro lado, a substituição do átomo de halogénio com lítio, que § também possível utilizando reagentes orgânicos de lítio, em geral 1-butil-lítio, 2-butil-lítio, t-foutil-lítio ou fenil-lítio, desempenha um papel menor. Mo entanto, faz-se em especial uso dos compostos de Grignard, de preferencia preparando-os em éteres, hidrocarbonetos, aminas terciárias, ou solventes apróticos referidos como especialmente adequados para a reacçâo das xantinas XIXa e XIXc com compostos alquil-metálicos, a temperaturas entre 25s e 1252C, de preferência abaixo dos 100 2C. No caso de a reacçâo de metalizaçáo ser realizada em hidrocarbonetos, revela-se em muitos casos útil a adição de um éter, tal como tetrahidro-furano, ou de uma amina terciária, tal como trietil-amina, em quantidades estequeométricas. 0 uso de catalizadores, tais como butanol, cloreto de alumínio, tetracloreto de silicone, tetracloro-metano, e alcoolatos de alumínio ou magnésio, pode igualmente ser vantajoso. Na permuta de halogénio por metal, os cloretos reagem normalmente de forma mais lenta do que os correspondentes brometos e iocletos, mas regra geral fornecem melhores rendimentos do composto organo-metálico. Para acelerar o início da reacçâo ê frequentemeníe recomendada a adição de um pouco de brometo de magnésio, alguns grãos de iodo, ou algumas gotas de bromo, tetracloro-metano ou iodeto de metilo, com um ligeiro aquecimento. Os compostos de Grignard obtidos, normalmente não sâo isolados, mas reagem de imediato com as cetonas da fórmula XXIII nas condições de reacçâo descritas para a alquilaçâo reductiva das xantinas XIXa e XIXc. 45
A adição de água â ligação dupla C=C das alcenil-saatinas XIXd com o elemento estrutural da fórmula XXV, era que o grupo hidróxi se liga ao átomo de carbono com menos a comos de hidrogénio, de modo a formar álcoois terciários de acordo com a Lai de Markownikoff, faz-se em geral em solução ou suspensão aquosa na presença de ácidos fortes, tais como ácido sulfurico, nítrico ou fosfórico. Podem também ser usados como catalisadores ácidos hidrohalogenídricos e sulfónicos, tais como acido trifluormetano-sulfónico, resinas de permuta ácidas, complexos de trifluoreto de boro, ou ácido oxálico. No entanto, é preferível trabalhar em ácido sulfurico, com uma concentração de ácido de 50-65%, sendo em geral suficientes temperaturas de 0S a 109C, No entanto, podem também por vezes ser usadas concentrações de ácido e/ou temperaturas de reacçáo superiores ou inferiores. Em qualquer dos casos, as temperaturas de reacçáo devera ser mantidas táo baixas quanto possível, uma vez que a desidratação inversa de modo a obter a olerina pode recorrer de forma significativamente perturbadora acima de aproximadamente 6QSC. A adição de um solvente inerte aos ácidos, tal como 1,4-dioxano, benzeno, ou tolueno, por vezes é também benéfica. Uma vez que os ésteres se podem formar como compostos intermediários durante a hidratação catalizada por ácidos, em especial quando se utilizam concentrações elevadas de ácidos, recomenda-se que se trate a toma de reacçáo com uma grande quantidade de água, aquecendo ligeiramente, após a acçáo do ácido, por forma a obter a hidrólise do éster ou levar a mistura para a região alcalina. Âs condições experimentais para a conversão opcional de compostos 1H ou 7H (IX) ou (XVI) de acordo com a presente invenção nas xantinas trisubstituidas das fórmulas X ou XV, através de N-alquilaçáo com os compostos VIII ou. Xa ou XIII foram jã descritas acima em pormenor.
Dependendo do comprimento da cadeia do gru.po alquilo R· (pelo menos 2 átomos de carbono) eou da estrutura do substituinte R0 (p.e., 2-hidróxi-propilo), as hidróxi-alquil- xantinas terciárias da fórmula II podem apresentar um ou dois átomos de carbono assimétricos, e assim, podem apresentar-se sob a forma de estero-isómeros. Assim, a presente invenção refere-se tanto aos compostos estereoisomericamente puros, como às suas misturas. A presente invenção será seguidamente explicitada em pormenor com bases nos Exemplos seguintes. Mais especificamente, para demonstrar a eficácia da invenção reivindicada, foi testado um composto da fórmula II por forma a demonstrar a inibição dos efeitos da GVHR in vivo. Apesar de serem eficazes uma série de compostos com as fórmulas gerais I e II, serão exemplificados com base na pentoxifilina ("PTX") como uma xantina especialmente preferida. EXEMPLO 1
Tolerância__de Doentes com Transplante da Madula__ Ossea_à
Pentoxifilina
Concepção do ensaio- Ensaio com escalões de dosagem, em que foram estudados grupos de 10 doentes consecutivos, com dosagens crescentes. A pentoxifilina foi admnistrada era três dosagens: 1200 mg, 1600 mg e 2000 mg/dia, por via oral, divididas em 3, 4 e 5 doses diárias, respectivamente desde o dia -10 até ao dia -:-100 põs-transplante. Para os doentes que apresentavam dificuldade em engolir os comprimidos inteiros, estes triturados e misturados com líquidos. Âs doses vomitadas foram repetidas, se o vómito ocorrera dentro de 30 minutos após a admnistraçáo de uma dose triturada ou caso fosse recuperado um comprimido intacto. 47
Doentes - Foram incluídos neste estudo trinta (30) doentes consecutivos, e englobavam transplantes autológicos e alogené-ticos ajustados ou náo ajustados. Uma vez que as toxicidades relacionadas com os transplantes variam dentro dos tipos de transplante, apenas foram incluídos nesta análise os doentes com dadores fenotipicamente ou genotipicamente idênticos. Dos 30 doentes incluídos, foram analisados os dados de 18 receptores de transplantes alogenéíicos ajustados (idade média 34.6 anos), que se encontravam no dia )>- 100 pós-transplante. Quinze doentes receberam transplantes de dadores HLA-idênticos, enquanto que 3 doentes foram submetidos a transplantes ajustados de dadores náo familiares. As fases de diagnóstico e doença sâo apresentadas na Tabela I.
Tabela I
J
Caracteristicas dos Goentes Grupo I SUD1 v ^ _ 1 „ * Sexo1 Doença^ Estádio da doença Regime preparatório Identidade HiA CS? Rose PTX 5235 44 V, ií PLL Sei Cy/1320 >í .1 $ÍM 1555 5423 V M il SSL Sei Cy/1440 M Sia 1600 5455 41 !t 1'i fiE Sei CBV V Sis 165? 5513 36 >? m Eea Bu'Cy !í Sia 1603 4ΊΙ 41 H 3H1 Sei Cy'1200 M a São 1655 5552 22 li AML Hera C7/1200 g Hão 1600 5535 33 11 CKL AP Bi;Cy/!200 M lid j 2000 5715 Li. ÍI ALL Eel Cy/1440 M Hão 2000 48
Grupo II 5350 42 E ffi Sei Bu-'Cy U Sis 1200 5448 23 H ALL Rem Cy'1445 )Jt Síe 1200 5255 23 1! ALL Sei Cy/1446 M Sis 1200 5517 24 !í CML CP Cy/1200 m Sis 1200 5549 37 ’! CE CP "7/1200 URD Sim 1200 5705 46 3 CML AP Cy'1320 USB Sim 2000 5365 42 3 CML c? Cy/1200 II Mo 1200 5362 11 :: CE CP Cy/1200 K Mo 1200 5554 43 s CML CP Cy/1200 " Mo 1500 5652 26 3 CE CP Cy/1200 H lãc 1600 1 = Kúiaero kicc is doente 2 = Sexo masculino 3 ALL = Leucemia liníccitica aguda AE = Leucemia lielogéaica aguda SHi = Liaíoma alc Hoágkia MM = Mielois mulriplo CL - Leucemia aitlogénica cróaica PLL = Leucemia pró-linfática 4 Sei = Relapso on doença refractiria
Sea = 2? ou 3- resissão - CS = Fase crónica AP = Fase acelerada 5 Bu = Bnsifan
Cj - Ciclofosfasiia 144? = (cSy) Irradiado total do corpo CB? = Cytoxan, Carastine, 7P-I6 6 S = Dador dc sexc Easculiao, HLA idêntico USD = Dador aio familiar, ajustado i G!'!-CSF= 250 ng/M2/di= i.i. dias 0-21 0 = Psntoxifiliua ‘ig^diaj 49
J
Profilaxia e tratamento da GVHD aguda - A profilaxia da GVHD aguda foi com ciclosporina (CSP) mais metil-prednisolona (MP), ou ciclosporina (CSP) mais metotrexato (MTX) [13,14]. As caracteristicas pré-transplante e os regimes preparatórios sáo apresentados na Tabela I. Os doentes foram agrupados para análise com base no facto de receberem MP (grupo I, n = 8) ou MTX (grupo II, n = 10) com a ciclosporina como profilaxia da GVHD aguda, o que foi efectuado pois estudos anteriores sugeriam uma mais lenta adopçáo do transplante e mais mucosites nos grupos de GVHD contendo MTX. A GVHD aguda foi diagnosticada e graduada de acordo com critérios anteriormente publicados [159, e foi tratada, em ambos os grupos, com metilpredni-solona (2 mg/kg/dia durante 3 semanas).
Cuidados de apoio pós-transplante - Todos os doentes foram instalados em quartos individuais de isolamento, e receberam hiperalimeníaçSo intravenosa e uma profilaxia do Paeumocysíis carnii (trimetoprim-sulfametoxazol), bem como imunoglobulinas intravenosas mensais numa dose de 500 mg/kg (Sandoglobulin*·· Sandaz, MJ). Os doentes foram mantidos com alimentação parenté-rica atê serem capazes de reter 100% das suas necessidades liquidas e calóricas admnistradas por via oral. Dezassete doentes eram CMV-positivos antes do transplante e receberam profilac-ticamente elevadas doses diárias de Aciclovir até ao momento da descarga [169, altura a partir da qual Acyclovir foi admnistrado por via oral '400 md q.i.d.) atê ao dia +75 pós-tran3plante. Todos os doentes receberam como profilaxia antibióticos sistémicos, que eram cefotaxime e mezlocilina quando se encontravam febris (T >= 38.5SC) ou quando a sua contagem absoluta, de neutrórilos (ANC) era /= 500 cêlulas/yL e continuavam o tratamento até a ANC subir para >= 500 celuIas/yL. Os doentes cora febres inexplicadas durante >= 49 horas receberam profilacticamente uma terapêutica anti-fúngica com anfotericina B (0,3 g/kg i.v.) atê resolução da neutropenia. Foram realizados ensaios de diagnóstico rápido de citomegalo-virus (CMV) semanais, com início nc dia +35, em amostras de urina e "buffy coat" de 50
todos os doentes CMV-seropositivo. Os doentes excretando CMV foram tratados com um esquema de duas semanas de DHPG (10 mu mg/kg/dia i.v. de Ganciclovir*"}, seguido de uma terapêutica de manutenção adicional de 4 semanas, durante 5 dias por semana (5 mg/kg/dia). Para além disso, 10 doentes receberam GM-CSF humana recombinante (rhGM-CSF) numa dose de 250 pg/MVdia i.v. durante 2 horas, nos dias 0-21 (Irnmunex, Seattle).
Definições de Toxicidade - A toxicidade aguda foi avaliada cie acordo com os critérios publicados [17]. A insuficiência renal foi definida como a duplicação dos valores de base (dia 0) da creatinina sérica (Scr); a falha renal foi definida com taxas de Scr >= 3,0 mg/dL com uma taxa sanguínea de azoto da ureia (BUN)>=80 mg/dL. 0 diagnóstico de VOD hepática exigia a presença de uma hiperbilirrubinemia (>= 3,0 mg/dL), um aumento de peso >= 2,51 do peso de partida e dor no quadrante superior direito, com ou sem a presença de hepatomegalia [18]. A gravidade da mucosite foi avaliada de acordo com os critérios anteriormente publicados [14]. Mesta análise, uma avaliação >= grau II de gravidade foi considerada como toxicidade. 0 número de dias de admnistraçâo contínua de sulfato de morfina (MSOj) foi utilizado como um parâmetro objectivo para a gravidade da mucosite.
Toxicidade de PTX - Nenhum doente experimentou quaisquer efeitos secundários adversos significativos, em nenhum dos níveis de dosagem admnistrados. Observaram-se em dois doentes ligeiros sintomas gastro-intestinais, sendo aliviados em ambos os casos pela admnistraçâo oral de anti-ãcidos.
Sobrevivência - Com uma média de observação de 160 dias (limites 100-320), não ocorreram quaisquer óbitos relaccionados com o regime praticado. Um doente faleceu de recaída no dia 132. 51
Toxicidades relacionadas com o transplante - Uai doente no Grupo I e um doente do Grupo II (11%) desenvolveram uma VOD hepática moderada, não experiaientando nenhum dos doentes mais de 2,5% de aumento do peso corporal durante os primeiros 21 dias. Apenas um doente desenvolveu uma insuficiência renal. Ura doente recebeu 4,5 g de anfotericina B antes do transplante devido a candidiase hepato-esplénica, e recebeu mais 1,0 g adicional de anfotericina B profilacticamente durante os primeiros 30 dias de evolução do seu transplante. Nenhum doente do grupo I sofreu, de mucosite de gravidade significativa que exigisse MSOi, enquanto que 5 (50%) dos doentes do grupo II necessitaram de MSO4. Os doentes que receberam doses de PTX superiores a 1200 mg/dia tiveram uma mucosite significativamente menor, com apenas 1 doente necessitando de analgésicos, ao contrário de 5 a 7 doentes que receberam uma dose de 1200 mg/dia. Todos os doentes do grupo I foram capazes de ingerir 100% das suas necessiades calóricas diárias por via oral, em média ao 18® dia, enquanto que os doentes do grupo II conseguiram a ingestão de 100% das suas necessidades calóricas diárias por via oral, em média ao dia 29,6. 0 tempo médio de descarga para ambos os grupos foi o dia 26,4. GVHD - A incidência de GVHD foi baixa em ambos os grupos. Âo todo 78% dos doentes tiveram uma GVHD de grau 0-Ϊ (Tabela II). Ura doente (12,5%) do grupo I desenvolveu uma GVHD de grau II envolvendo predominantemente a pele, enquanto que 3 doentes (30%) do grupo II, tendo todos eles recebido PTX no nível de dosagem mais baixo, experimentaram uma GVHD de grau II; todos os episódios foram resolvidos com tratamento com esteróides. Nenhum doente desenvolveu uma GVHD grave (i.e. >= grau III). 52
& J
Sesultaáos dos doentes Graco I suu Dia mias líáidao sláxiao Dias Mi SVHD UItisc Bi? de 3ií (estado) G! -Γζ? ASC' Terap =38. E Bílirrubina Creatinina necessários Grau dia TPB Descarga úit. COUtSCúQ 500/uL Dia 0-28 Dia 0-21 Dia 6-28 5299 20 0 i.1 1.8 0 II 28 22 228!+; s 5420 11 0 1.2 1.2 o f\ 18 18 200 !+) Ψ 545 E 12 0 1.1 1.1 o 9 ! ? 16 15fH+! tí íi 5510 14 i i 2.3 1.1 o 9 15 15 139 í + j 4751 16 o 1.6 0.8 0 9 18 18 128!+} n ii 5552 *7*7 o 1.9 T 7 o o 26 24 190(+} â 56 35 25 * ti 2.3 1.0 9 o 29 26 129(+} o 5715 < 7 7 1.2 l.7 o o 15 16 190!+! Média 16.511.8 1.510.5 2.919.4 1.119.99 -) 19,111. 3 19.811.5 rr 'Jt UlW íí 5300 22 5 1.4 1.1 9 II 27 31 250!+} s Κ Λ C 0 *i‘£0 18 6 7 7 9.5 13 9 35 36 159!+) 1 5265 26 η 1.5 1.3 29 II 35 35 132:7 E 5517 32 3 4.3 1.4 9 I 35 49 140(+} 5548 77 7 9.5 9,7 6 II 32 35 158!+) 5" 05 18 S 2.6 1.4 10 0 19 20 100!+} 5360 77 Lu 6 3.1 1.3 14 V 25 26 210!+} ?! 5352 25 n f 7.4 1.0 15 1 28 V *}J» 228!+} H 5554 21 7 L 1.7 0,8 0 9 25 25 150(+) o 5653 19 o u 9.8 0 0 71 u i. 21 118!+} Hédia 1 SEI! 22.711.3 3.910. 3 2.710.6 1.0710.08 7.212,5 29.611.9 31.512.1 21 - lúsero único de iosaíe G?E 5 -cjraft ver sis host dia ease Teip. - Temperatura 1 - Recai ia f \ V r } - ainda vivo !'S0| - sulfa to de morfina 1ΪΡΤ - Nutrição par entérica total contagen absoluta de neutrófilos 53
Febre e Infecção - A incidência geral de febre {temp.>= 38.59C) foi de 60%, com 11 doentes experimentando febre durante uma média de 4,6 dias. 03 doentes do grupo I tiveram menos dias febris do que os do grupo II, Apenas 1 doente (5,5%) teve uma cultura sanguínea positiva durante o período inicial de hospitalização. Num doente foi isolado um estafilococo coagulase-negativo no dia 2 pós-transplante. Dezasseis dos 17 doentes CMV sero-positivos (94%) evidenciaram excreção de CMV durante os primeiros 100 dias pós-íransplante. Nenhum doente desenvolveu sinais de infecção tecidular por CMV.
Aceitação do transplante e função medular - Os resultados dos doentes que foram tratados com os dois regimes de profilaxia da GVHD diferentes são apresentados na Tabela II. Todos os doentes aceitaram completamente o transplante, e não se observou qualquer episódio de rejeição do mesmo. Independentemente de receberem ou. não GM-CSF, os doentes que não receberam MTX (grupo I) como parte da sua profilaxia anti-GVHD tiveram uma recuperação dos neutrófilos acelerada quando comparada com os doentes que receberam MTX (grupo II). 0 objectivo deste ensaio foi em primeiro lugar a determinação da tolerância de PTX em doentes transplantados da medula óssea, e em segundo lugar, avaliar se a PTX poderia ter um efeito sobre a expressão de toxicidades pós-transplante da medula óssea. 88% dos doentes foram considerados de alto risco para toxicidades relaccionadas com o transplante, em virtude da idade [229, fase da doença, e regime preparatório [17]. Todos os doentes toleraram a PTX oral com > 95% das doses prescritas ingeridas sem que se notasse qualquer toxicidade. Para além disso, verificou-se uma forte sugestão de que a PTX melhorava as toxicidades relacionadas com o transplante. Apenas dois doentes desenvolveram uma VOD moderada associada com um aumento de peso mínimo, não necessitando de terapêutica, e apenas um doente experimentou uma insuficiência renal moderada. Isto 54
representa, ao contrário da recente incidência referida de 571 e 53% para a VOD e insuficiência renal, respectivamente [1,183· Para além disso, nâo se verificaram durante os primeiros 100 dias, episódios de pneumonia interstical, quer idiopática, quer devida a CMV, sendo esta última provavelmente o resultado do tratamento precoce da excreção de CMV com a terapêutica anti-viral. Do mesmo modo, a incidência de mucosite foi baixa em ambos os grupos [139].
Como já foi referido, a GM-CSF parece acelerar a recuperação de neutrófilos em doentes recebendo MP (grupo I), e pode ter contribuído para a redução dos dias febris observados entre os dois grupos. No entanto, comparando com outros doentes que receberam uma profilaxia anti-GVHD com CSP + MP, mas sem PTX [23], 75% dos doentes que receberam apenas GM-CSF tiveram febre durante em média 7 dias (limites 1-19} comparados com 37% dos nossos doentes que receberam PTX -í- GM-CSF (média 4 dias, limites 1-7); o que sugere que a PTX poderá actu.ar de forma sinergética com a GM-CSF na modulação dos mediadores inflamatórios, Â incidência geral de GVHD aguda de grau II foi, portanto baixa, sendo de 22%, e envolvendo predominantemente a pele. Nenhum doente desenvolveu uma GVHD aguda muiti-sistemas, e apenas um doente desenvolveu uma GVHD hepática crónica isolada moderada, num controle.
Heste estudo, a admnistraçáo oral de PTX em doses de até 2000 mg/dia pareceu ser bem tolerada, nâo tendo sido observados quaisquer efeitos secundários prejudiciais. Ao contrário de outros derivados de metil-xantina, a PTX não apresenta muitos dos efeitos secundários cárdio-vasculares, um achado que ê suportado por este ensaio cora as fases I e II.
Comparando com doentes de controle • recentemente historiados, a PTX parece reduzir a morbidade e 55 iíiO í talidade em doente
submetidos a transplante da medula óssea e]_o-genético. Se, na realidade, a PTX melhora as toxicidades relaccionadas com o transplante sem um aumento das taxas de recaídas, então o uso de PTX, por si só ou em combinação com citoquinas tais como a GM-CSF, poderá permitir a aplicação de (5o2.es superiores, ma is eficazes, de quinino-radio-terapia, resultando ta:·:as de recaída menores e melhorando a sobrevivência sBm problemas em geral. gVgMPLO 2 E•pgito da pentoxifilina sobre a toxicidade relaccionada com o rgpime. em doexites submetidos a transplante da medula óssea A doença recorrente e a toxicidade relaccionada com o regime são responsáveis por 25-75% das falhas cio tratamento em doentes submetidos a transplantes da medula óssea, As taxas inferiores de recaídas observadas com regimes de quimio-radiaçâo mais intensivos têm sido prejudicadas pelo aumento dos casos de óbitos relaccionados com o regime. Foi realizado um estudo piloto sobre a admnistraçao profilática oral de PTX (400 mg q.i.d. até ao dia 100 pós-transplante da medula óssea), em 8 receptores consecutivos de transplantes alogené-ticos. Seis receptores receberam a medula de irmãos HLA-idênticos, enquanto 'que 2 receberam transplantes relaccionados que diferiam num ponto do sistema HLA. Todos os doentes foram preparados com uma combinação de citoxan e radiação hiper-rraccionada. Quando comparados com 20 casos de controle ajustados quanto à idade, doença, regime e ao sistema HLA, a PTX reduziu de rorma significativa a incidência e gravidade de todas as principais complicações pós-transplante da medula, conforme se demonstra aba1' ~Ύο, 56
Complicação Controles n=20 PTX n=8 P* Idade média (anos) 31.5 + 1.5· 34.9+2.1 0.51 Mucosite (dias MSOç) 18.7+1.1 4.4+2.2 0.007 Incidência de doença hepático veno-exclusiva 65% 25% 0.04 Insuficiência renal (duplicação da creatinina no dia 0) 65% 0% 0.009 Incidência de hipertensão (tensão arterial >- 140/95) 95% 0% 0.005 Incidência de GVHD <= grau I 45% 100% 0.045 >= grau II 55% 0% 0.005
* Análise de Milcosson. Todos os valores sáo médias i SEM prejudiciais maior parte evidência de Mão se verificaram efeitos secundários associados à admnistraçáo de PTX, encontrando-se a dos doentes aos > 100 dias pós-transplante sem doença recorrente.
Em resumo, o uso de cantinas de acordo com a presente invenção possibilita a exequibilidade dos processos de transplante. As xantinas são importantes agentes terapêuticos tanto para a profilaxia, como para o tratamento da reacçáo de rejeição aos transplantes, tais como a HVGR e HVGD. Ã sobrevivência após o transplante está em primeiro lugar associada à gravidade da GVHD aguda. A presente invenção possibilita a inibição da CVHR, e desta forma é antecipada uma redução da GVHD com ela relacionada. Em resultado, o prognóstico dos doentes transplantados deve melhorar. Uma vez que o processo a que se refere a presente invenção é um processo novo que afecta o 57
prognóstico dos transplantes celulares, tecidulares e de orgáos, os requisitos a compatibilidade histológica do dador e receptor podem mudar, s assim também os critérios para selecçáo de dadores,
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    A _Γ_ r» :i íT' 60
    na qual R? e Rj são iguais ou diferentes, e são seleccionados de entre os grupos alquilo de cadeia linear ou ramificada com 2-6 átomos de carbono, ciclo-hexilo, ou alcóxi-alquilo e hidróxi-alquilo de cadeia linear ou ramificada; A representa um radical de hidrocarboneto com até 4 átomos de carbono, que pode ser substituído com um grupo metilo; ou um dos seus sais fisiológicamente toleráveis, caracterizado por se incorporar, para formulações de admnistraçáo oral, pelo menos 0,51 em peso, de preferência entre 4,0% e aproximadamente 70% em peso, e para formulações de admnistração parentêrica, pelo menos 0,11 eai peso, de preferência entre 0,5% e aproximadamente 50% em peso, desse composto numa formulação galênica adequada, eventualmente sm conjunto com os excipientes e/ou adjuvantes farmacêuticos usuais, de modo a obter unidades de dosagem para admnistraçáo oral contendo aproximadamente 1,0 mg - 400 mg de ingrediente activo, ou unidades de dosagem para admnistraçáo parentêrica contendo aproximadamente 0,5 mg - 100 mg de ingrediente activo. - 2g - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se obterem composições farmacêuticas para inibir a reacção aos transplantes no ser humano, sendo esta uma reacção "host versus graft" ou "graft versus host". Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se incorporar também GM-CSF (granulocyte- 61
    macrophage colocy stimulating factor), - 4â Processo para preparação de composições farmacêuticas para inibir a reacçáo aos transplantes no ser humano, contendo como ingrediente activo pelo menos um composto da fórmula geral II
    R 11 na qual 1 9 pelo menos um dos radicais R" e RJ representa a) um grupo hidrôxi-alquilo de cadeia ramificada da fórmula J 2') π υι na qual R* representa um grupo alquilo com 1-3 átomos de carbono, e n representa 2-5; e o outro radical Ri ou R1' que pode opcionalmente estar presente, representa um átomo de hidrogénio ou um grupo Lidrocarboneto alifãtico R^ com atê 6 átomos de carbono, cuja cadeia pode ser interrompida com até 2 átomos de oxigénio ou pode ser substituído com um grupo hidróxi ou oxo; ou 62 » 4
    fc) um grupo ovo-alilo da fórmula o _ h 'J w — L-1 iH n ) na qual R* representa um gru.po alquilo coai Cy-Cs e p representa 2, 3 ou 4; e o outro grupo RA ou R" tem as definições anteriores, θ R‘ representa um grupo alquilo cora Ci-Q; ou um dos seus sais fisiologicamente toleráveis, caracterisado por se incorporar para formulações de admnistraçáo oral, pelo menos 0,5% em peso, de preferência entre 4,0% e ap r o x ima d ame n t e 70% em peso, e para formulações de admnistraçáo parentérica, pelo menos 0,1% em peso, de preferência entre 0,5% e aproximadamente
    50% em peao, desse composto numa formulação galénica adequada, eventualmente em conjunto com os excipientes e/ou adjuvantes farmacêuticos usuais, de modo a obter unidades de dosagem para admnistraçáo oral contendo aproximadamente 1.0 mg - 400 mg de ingrediente accivo, ou unidades de dosagem para admnistraçáo parentérica contendo aproximadamente 0.5 mg - 100 mg de ingrediente activo. _ Rã _ Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterisado por se obterem composições farmacêuticas para inibir a reacçáo aos transplantes no ser humano, sendo esta uma reacçáo "host versus graft" ou "graft versus host". 63 ^sBsasseaí ~ sâ - Processo de acordo com a reivindica, . . a?ão 4 caracterizado por se incorporar como ingrediente sr-v ' ^tivo d. fórmula II o composto pentoxif i lina. 'c - 7a _ Processo de acordo com a reivindicação λ * * — gcaracterizado por se incorporar como ingrediente activo Um composto da fórmula geral II, na qual 0 I I i i 1 R- R1·
    representa CH-j - C representa metilo; representa - CH? - - (CHa eCH2 - CH3. - 8« - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da rórmula geral II, na qual OH t ICHj - C - (CH2)4 l í ch3 R" representa R1· representa metilo; e R3 representa - CH3 - CH? - 0 - CH3. 54
    gâ Processo de acordo cora a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH R- representa CH3 - C - (CH2)4 R“ representa metilo; e R' representa - CH2 - 0 - (CH2) j - 0 - CHj - 10a - Processo de acordo coai a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH l I R“ representa CH3 - C - (CH2)4 1 i CH3 F/ representa matilo; e R·5 representa hidrogénio. - 11a - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo ura com- 65
    na qual posto da fórmula geral II, OH representa CHj R‘ representa metilo; e R* representa - CH? - CH·? - CH?. - 12§ - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH R* representa CH·? - C - (CH?}í CH3 R1· representa metilo; e OH I RJ representa - CH] - CH - CH] - 13â - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual δ 6
    OH 1 I R- representa CH3 - C - (CHjJí -; CHi R- representa mstilo; e OH R^ representa - CH^ - CH - (CH3) ·». - 148 - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH l I 1 R- representa CH3 - C - (CH2)4 i I ch3 *> Pó representa etilo; e R“ representa - CH^ - 0 - CH3 - CH3. - 15§ - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH I l R· representa CH3 - C - (CH2) 4 t j CHj 67 * » R- representa instilo; e representa (CH2)4 ch3 I l c - ch3 ! i OH - 16§ - J > Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se incorporar como ingrediente activo um composto da fórmula geral II, na qual OH I I R1 representa CHj - C - (CH?)^ -; I ICHj * R“ representa metilo; e R3 representa - CHi - 0 - CH» - CHi. As requerentes reivindicam a prioridade do pedido de patente norte-americano apresentado em 30 de Novembro de 1990, sob o número de série 620,479. Lisboa, 29 de Novembro de 1991.
    68
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