PT99092A - Fechadura com codigo alteravel operada por chaves magneticas - Google Patents

Description

BRUCE SAMUEL SEDLEY "FECHADURA COM CÓDIGO ALTERÁVEL OPERADA POR CHAVES MAGNÉTICAS" A presente invenção refere-se a fechaduras que são actua-das por chaves magnéticas.

Tais fechaduras são já conhecidas e estão descritas, por exemplo, nos pedidos de patente de invenção EP 0241323 e EP 002424 e no pedido de patente de invenção PCT/GB 90/00246.

Em resumo, em tais fechaduras, uma peça corrediça leva um certo numero de ganchetas sob a forma de pequenos imanes cilíndricos (cavilhas magnéticas), que são recebidas deslizavel-mente em furos na peça corrediça, de modo que deslizam transversalmente ao sentido do movimento da peça. Na posição trancada, as cavilhas são atraídas para uma placa magnética, de modo que se estendem parcialmente para fora dos furos e através de aberturas numa placa de fecho não magnética que se encontra fixada em posição e localizada entre a peça corrediça e a placa magnética. Portanto, as cavilhas bloqueiam a peça corrediça numa posição, relativamente à placa de fecho não magnética. Para desbloquear a fechadura, introduz-se uma chave magnética entre a placa magnética e a placa não magnética, a qual repele as cavilhas de modo que são empurradas para fora das aberturas na chapa de fecho. A peça corrediça fica então livre para deslizar em relação à chapa de fecho. A chave aplica-se a um flange da peça corrediça, de modo que o movimento ulterior da chave desloca a peça corrediça para permitir a operaçao da fechadura. 0 código da fechadura é determinado pelo número, posição e polaridade das cavilhas magnéticas relativamente à chapa de fecho. Na patente de invenção PCT/GB90/00246, o código da chave pode ser alterado proporcionando rodas ou suportes rotativos para algumas das cavilhas magnéticas que são acopladas para rodar em conjunto e que se fazem rodar pela acção da inserção de uma chave de mudança do código. A chave de mudança do código move alguns dos imanes apropriados nos suportes para permitir que os suportes rodem de um ângulo predeterminado quando se introduz a chave para desbloquear a fechadura, de modo que a posição relativa dos imanes no plano da peça corrediça é alterada. Esta acção normalmente implica que um íman ou vários imanes seleccionados nos suportes sejam actuados pela chave de mudança do código, de modo que o movimento da peça corrediça faz com que os suportes rodem para uma nova posição angular para o código seguinte numa sequência de códigos.

Segundo a presente invenção, proporciona-se uma fechadura operada por uma chave magnética que compreende uma peça corrediça móvel de uma posição de bloqueio para uma posição de não bloqueio, com uma chave que possui um código magnético nela formado, uma pluralidade de cavilhas magnéticas susceptíveis de deslizar transversalmente em relação à peça corrediça de uma primeira posição que bloqueia a peça corrediça na referida posição de bloqueio para uma segunda posição que desbloqueia a referida peça corrediça, quando da operação da fechadura pela referida cha- --3-

ve, formando a posição e a polaridade de algumas ou de todas as cavilhas magnéticas um código para a fechadura, estando uma ou mais das referidas cavilhas magnéticas montadas em pelo menos um suporte rotativo na referida fechadura para deslocar as referidas cavilhas de uma primeira posição para uma segunda posição, para modificar o código da fechadura de um primeiro código para um segundo código, sendo o suporte rodado de um ângulo predeterminado quando se introduz uma chave de mudança de código na qual está contido um código de mudança de código, na referida fechadura, na qual se proporcionam meios de fixação para impedir a rotação do suporte, dispostos para ser libertados pela referida chave sempre que ela esteja inserida de maneira substancialmente completa na fechadura.

Os meios de fixação podem compreender uma barra solicitada por uma mola, montada de maneira deslizante na fechadura, para numa extremidade exercer pressão contra o suporte, tendo a barra uma forma tal que seja impelida pela chave de mudança de código quando estiver inserida de maneira substancialmente completa para libertar a referida extremidade do suporte. A fechadura pode compreender um suporte com dentes de engrenagem periféricos e a barra pode ser susceptível de deslizar num plano desviado do eixo de rotação do suporte, de modo que a referida extremidade da barra se desloque no sentido da periferia, tendendo sempre a encostar-se entre um par de dentes respectivos, provocando, se for necessário, uma pequena rotação do suporte. 0 suporte pode ser posicionado junto da entrada da fechadura e os meios de segurança libertados pela aplicação da extremidade dianteira da chave de mudança de código quando ela estiver introduzida de maneira substancialmente completa.

Os meios de segurança podem compreender, em alternativa ou adicionalmente, uma cavilha magnética no suporte e uma abertura respectiva na peça corrediça alinhada com a cavilha em cujo interior a cavilha pode ser colocada para impedir a rotação do suporte, sendo a referida cavilha libertada da abertura pela referida chave sempre que ela esteja introduzida de maneira substancialmente completa na fechadura. A rotação do suporte pode ser sempre inibida em certa medida, para impedir a sua rotação espúria. O suporte pode, por exemplo, ser montado com atrito num eixo central fixo, de modo a inibir em certa medida a rotação do suporte.

Descreve-se agora, a título de exemplo, uma fechadura operada por uma chave magnética, com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam: A fig. 1, uma vista em planta da fechadura e uma chave; A fig. 2, uma vista de lado da fechadura e da chave; A fig. 3, uma vista de lado, em corte transversal, da fechadura e da chave; A fig. 4, uma vista em planta de pormenor que mostra uma peça corrediça da fechadura com os meios de fixação numa posição operativa; A fig. 5, uma vista da fig. 4 com os meios de segurança -5- / numa posição de libertação; A fig. 6, uma vista em corte feito por (A-A) da fig. 4; A fig. 7, uma vista em planta de uma chapa de bloqueio fixa para a fechadura; A fig. 8, uma vista em perspectiva isomêtrica de uma barra de fixação para a fechadura; e

As fig. 9a a 9e, vistas em planta de algumas chaves diferentes para a fechadura.

Com referência âs fig. 1 e 2, a fechadura compreende uma caixa de fechadura alongada (1) que suporta uma maçaneta rotativa (2). A maçaneta está disposta por forma a ser ligada a um eixo (3) quando a fechadura estiver na posição não bloqueada, de modo que a rotaçao da maçaneta (2) faz rodar o eixo para retirar um trinco ou ferrolho (não representado). Quando a fechadura estiver na posição bloqueada, a maçaneta (2) ê rotativa livremente na caixa (1), de modo que não pode forçar-se a fechadura. Para desbloquear a fechadura, introduz-se uma chave magnética (5) numa ranhura (4) na caixa (1). Esta operação será descrita com mais pormenor mais adiante. A chave (5) compreende material magnético ensanduichado entre placas de plástico de metal magnetizado com uma pluralidade de polos discretos norte e sul, que formam um código que corresponde ao código da chave.

Com referência à fig. 3, a caixa (1) aloja uma caixa interior (7) que leva o mecanismo da fechadura. A caixa interior (7) está fixada numa posição no interior da caixa (1). Uma peça corrediça (6) está montada na caixa interior (7) e ê susceptível -6-

'V._ i .¾ de se fazer deslizar pela chave (5) no sentido da seta (A). A peça corrediça (6) tem uma pluralidade de furos cegos (102), distribuídos através do plano da peça corrediça. As ganchetas da fechadura são formadas por cavilhas magnéticas (123a) (pequenos imanes permanentes cilíndricos) que ficam acomodadas em alguns ou em todos os furos (102). Sobrejacente âs extremidades abertas dos furos há uma placa de bloqueio fixa (12), que é fixada em posição na caixa interior (7) e tem aberturas (13) que, na posição bloqueada da peça corrediça (6), ficam alinhadas com as extremidades abertas dos furos (102). Uma primeira placa de guia (9) de material não magnético, por exemplo latão, fica por cima da placa fixa (12), tendo portanto uma posição fixa com a placa (12). Uma segunda placa de guia (8), mais espessa, apoia--se na primeira placa de guia (9) e é impelida contra a primeira placa por uma mola de lâmina (10) suportada numa parede (11) da caixa interior (7). A segunda placa de guia é de material mag-tizável, por exemplo aço ferromagnético.

Na posição de bloqueio, representada na fig. 3, as cavilhas magnéticas (123a) são atraídas para a segunda placa de guia (8), de modo que as extremidades das cavilhas projectam-se para o interior das aberturas (13) e encostam-se à primeira placa de guia (9). Portanto, a peça corrediça (6) não pode deslizar relativamente à placa de bloqueio (12). Para desbloquear a fechadura, introduz-se uma chave (5) deslizando entre a primeira e a segunda placas de guia (9,8), deslocando-se a placa de guia (8) para trás, contra a força da mola (10). A chave (5) tem uma plu- Ψ -7- .¾ ralidade de polos magnéticos impressos na sua face de operação (5a), estando esses polos posicionados de modo que, quando a chave estiver completamente introduzida, a sua ponta (51) encosta--se a um dedo (23) na peça corrediça (6), estando os polos dispostos em frente das cavilhas magnéticas (102a) e tendo a mesma polaridade que as extremidades adjacentes das cavilhas (102a). Portanto, as cavilhas são empurradas para fora das aberturas (13), por repulsão magnética e assentam no fundo dos furos cegos (102). A peça corrediça (6) fica assim desbloqueada e pode deslizar empurrando-se mais a chave (5) no sentido da seta (1). Um tacão (19) em forma de cunha na peça corrediça (6) tem uma superfície de carne (20) que faz baixar uma forquilha (21) que, por sua vez, desloca uma manga de acoplamento (23) no sentido da seta ( X) para ligar a maçaneta (2) com o eixo (3), de modo que o ferrolho ou trinco, etc. podem ser abertos por rotação do eixo (3). À medida que a chave (5) é introduzida, passa por cima de duas carnes (não representadas) que, juntamente com uma mola (não representada), fazem com que a peça corrediça se mantenha no lugar quando atingir a posição de desbloqueio. Isso permite ao utilizador libertar a chave e rodar a maçaneta (2) e portanto abrir a fechadura com uma mão. Quando se retirar a chave (5), a peça corrediça mantém-se na posição de desbloqueio até que a chave (5) tenha sido retirada, passando pelas carnes.

Enquanto assim é retirada a chave (5), a peça corrediça (6) é puxada para trás, para a sua posição de bloqueada, por uma κ κ -8- r, mola helicoidal (16) fixada entre o tacão (19) e um batente (17) na caixa interior (7) (a mola tinha sido posta sob tensão durante o passeio de avanço da peça corrediça), entrando as cavilhas magnéticas nas suas aberturas (13) respectivas, quando a peça corrediça voltar à sua posição bloqueada.

Nas fig. 3, 4 e 5 vê-se também uma cavilha magnética movei (108a). A cavilha magnética (108a) é recebida num furo de passagem (108) num suporte em forma de roda (104), montado rotativamente num eixo (113) num furo (100) na peça corrediça (6). Proporcionam-se dois destes suportes (104) e (106) (fig. 4), neste caso com dimensões iguais, levando cada um deles cavilhas magnéticas respectivas (108a, 110a) e (112a, 114a), em furos (100) respectivos na peça corrediça (6). As rodas têm dentes de engrenagem periféricos e engrenam de modo que a rotação de um dos suportes faz rodar o outro suporte.

As cavilhas (108a), (110a), (112a) e (114a) são cavilhas em suportes, sendo uma delas uma cavilha de mudança de cõdigo em cada uma de quatro mudanças de códigos. Das outras três, uma é uma cavilha de bloqueio, estando duas numa ranhura na placa de bloqueio (12). Para mudar o código, a cavilha na posição de mudança de código tem de ser atraída, e as outras três repelidas. Depois de mudado o código, utiliza-se subsequentemente uma chave com um código de operação para desbloquear a fechadura, sendo a cavilha de mudança de código e a cavilha de bloqueio repelidas e podendo as outras duas ser atraídas na ranhura vertical.

Se se introduzir uma chave de mudança de código, as ca-

vilhas sao igualmente deslocadas para fora das aberturas (13), com excepção, neste caso, da cavilha (108a), que é atraída pela chave de mudança de código para uma orelha (128) na placa fixa (12) (fig. 7). Em utilização, a interacção mútua entre as cavilhas e os lados (130) e (138) das orelhas (128) e (136) provoca a rotação dos suportes (104) e (106) para mudança de códigos. Isto está descrito completamente em PCT/GB90/00246, com referência às fig. 15 a 19. As mudanças de código das chaves são efectua-das utilizando chaves de mudança de código diferentes, conforme for necessário (ver PCT/GB90/00246). O código de operação "fixado" para a fechadura depende, portanto, da disposição e da polaridade de quaisquer cavilhas magnéticas nas aberturas (102). O código mudável depende da posição de rotação relativa dos suportes (104) e (106) e da posição das cavilhas magnéticas nas aberturas (108), (110), (112) e (114).

Nos dispositivos descritos em PCT/GB90/00246, poderia suceder, em certos casos, quando os suportes pudessem ser genericamente livres para rodar quando se usa uma chave codificada, que pudesse verificar-se uma rotação espúria quando se introduz a chave ou quando se introduz de maneira errada (invertida), ou se a fechadura vibrar acidentalmente ou for percutida delibera-damente. Isso pode verificar-se porque as áreas magnéticas da chave tendem a provocar a rotação dos suportes por atracção ou repulsão das cavilhas, ou devido à influência nas cavilhas de suporte ou nas cavilhas magnéticas "fixadas" adjacentes aos su- -10- / 4 portes na peça corrediça (6). De facto, para reduzir a influência de tais imanes fixos adjacentes, na técnica anterior, tinham necessariamente de evitar-se certos códigos ou disposições das cavilhas. Em qualquer caso, a rotação espúria dos suportes pode tornar a fechadura inoperável ou provocar inadvertidamente uma alteração do código.

Nas fig. 4 e 5, a peça corrediça (6) inclui um mecanismo de fixação dos suportes para impedir a rotação espúria. O mecanismo compreende (representado com mais pormenor na fig. 8) uma barra (400), montada de maneira deslizante na peça (6) e sujeita à acçio de uma mola (401), que se apoia contra um dedo lateral intermédio (400A) que cobre parcialmente a mola (401), de modo que uma extremidade (402) da barra (400) se encaixa nos dentes de engrenagem periféricos do suporte (105). A mola está alojada ou é retida numa cavidade (404) proporcionada na peça (6). A outra extremidade (403) da barra está dobrada de modo tal que, quando uma chave (5) apropriada estiver quase completamente inserida, a aresta dianteira (5') da chave empurra a extremidade (403) e a extremidade oposta (402) é desprendida da periferia do suporte (106). A barra (400) impede assim a rotação do suporte (106) até que a chave esteja substancialmente introduzida na fechadura. Logo que a chave começa a ser retirada, a barra (400) salta automaticamente para trás e impede a rotação do suporte (106). A rotação dos suportes (104) e (106) portanto apenas pode verificar-se quando uma chave (com o código correcto) estiver completamente inserida, sendo impedidas rotações espúrias noutras -11- Ή alturas. A barra (400), (fig. 8), ê feita numa só peça, por estampagem de uma placa metálica nao magnética e dobragem para tomar a forma representada.

Deve notar-se que a barra (400) está montada para deslizar num plano desviado do eixo de rotação do suporte (106).

Isso significa que, quando a barra (400) retroceder sob a acção da mola (401) para contactar com a periferia do suporte, para proteger o suporte (106) contra a rotação, a extremidade (402) tende a manter-se encostada ao lado de um dente e estende-se entre dóis dentes. Na prática, a barra (400) rodará o suporte (106), pelo menos ligeiramente, se necessário, de modo que a extremidade (402) se encosta contra o lado do dente. Mais importante, visto que o plano de deslizamento da barra (400) está inclinado ou desviado, é pequena a probabilidade de a extremidade (402) ir encostar-se contra um vértice de um só dente e fixar o suporte (106) numa tal posição comparativamente instável.

Uma chave de mudança de código para esta fechadura descrita tem uma extremidade dianteira contínua arqueada (fig. 1), de modo que quando ela exerce pressão contra o dedo (23), liberta os meios de fixação como se descreveu. Num tal dispositivo, chaves de operação com um só código ou outras chaves (que não são chaves de mudança de código), incluindo chaves mestras, são formadas com um pequeno corte tal que, quando completamente introduzidas, tais chaves não exercem pressão contra a extremidade dobrada (403) e o suporte não ê libertado. Compreender-se-à -12 ϊ**#· que, em alternativa, as chaves de mudança de código podem ser formadas com um pequeno lábio de configuração apropriada, ou similar, concebida para se aplicar à extremidade da barra (400), sendo então as chaves de operação normais formadas sem esses lábios. Neste contexto, a barra (400) pode ser formada de maneira um pouco diferente e disposta para se aplicar a um lábio ou saliência especial numa chave de mudança de código proporcionado a meio do seu comprimento, ou noutro sítio, mas de modo tal que o suporte é libertado apenas quando a chave de operação esteja introduzida de maneira substancialmente completa. Num tal dispositivo, uma chave de mudança do código pode também ser concebida para fazer com que a barra (400) se mova por interligação mecânica sensível magneticamente, directa ou indirectamente, entre a chave e a barra (400). A chave de mudança de código pode por exemplo ser mais espessa ou mais larga do que outras chaves de modo a aplicar-se à barra (400) enquanto outras chaves não.

Os suportes (104) e (106) estão normalmente dispostos para poderem rodar livremente. Para reduzir ainda mais a possibilidade de rotação espúria, um ou dois suportes (104) e (106) podem estar montados de modo que a sua rotação seja sempre inibida em certo grau. Isso pode ser conseguido proporcionando um ajuste de atrito entre cada suporte e o seu eixo central. Pode também proporcionar-se um dedo flexível e elástico que se apoie numa face lateral respectiva ou num bordo de um suporte, mas posicionado para se aplicar ao suporte num raio ou num sítio que não inclui qualquer das aberturas no suporte. / -13 hir

Num dispositivo adicional ou alternativo, o mecanismo de travagem consiste numa cavilha magnética separada, ou numa das cavilhas magnéticas (108a), (110a), (112a) ou (114a), que é susceptível de se deslocar para o interior de uma abertura apropriada, ou para um dos furos cegos (500), na peça (6) [Ver em especial a fig. 6, que mostra um corte ampliado da peça (6) com o suporte (104) removido]! . Isto fixa ou bloqueia o suporte contra a rotação. Ha um furo cego semelhante por detrás do suporte (106). Também uma chave de mudança de código está disposta com uma área magnética posicionada apropriadamente de modo que, quando a chave estiver completamente introduzida, atrai uma cavilha magnética apropriada para garantir que a cavilha não está no seu furo cego (500) de modo que os suportes possam rodar. Quando se introduzir uma chave codificada como chave de operação (não como chave de mudança de código), na fechadura, a cavilha separada ou uma das cavilhas apropriada das representadas nos suportes (104) ou (106), coopera com um furo cego respectivo (500) para fixar ou travar os suportes contra o movimento de rotação durante a operação da fechadura.

Mesmo quando se proporciona a barra (400), uma vez a sua extremidade (402) desprendida da periferia do suporte (106), os suportes (104) e (106) podem estar livres para rodar se todas as cavilhas dos suportes estiverem repelidas. Assim, nesta condição, a vibração da fechadura ou a atracção ou repulsão magnética das cavilhas do suporte por imanes fixos ou áreas magnéticas adjacentes na chave introduzida podem causar uma rotação indesejada dos -14- / suportes. Isto ê inibido proporcionando os furos cegos (500) como se descreveu, alinhados com e directamente por detrás do sítio das cavilhas de suporte de mudança de código, tais como (108a) na fig. 4. Os furos cegos (500) ficam situados na zona da peça corrediça (6) que também suporta as colunas centrais (113) e (115) (fig. 4, 5 e 6).

Por exemplo: uma chave com um código de operação correc-to repele a cavilha (108a), de modo que não pode provocar uma mudança do código da chave. Esta cavilha entra num furo (500) apropriado e impede a rotação do suporte (104). Proporciona-se um furo cego por detrás do sítio da cavilha de mudança de código em cada suporte.

Uma chave com um código de operação repele a cavilha (108a) de modo que ela não pode modificar o código da chave. Assim, um dos suportes entra num furo (500) apropriado e impede a rotação do suporte (104). Proporciona-se um furo cego por detrás do sítio de cada cavilha de mudança de código em cada suporte.

Em qualquer instante, das quatro cavilhas nos dois suportes (104) e (106) apenas uma é efectivamente uma cavilha de bloqueio: a cavilha interior das duas cavilhas horizontais. Esta cavilha entra no furo alongado horizontal (126) na placa de bloqueio (12) e actua como uma cavilha de bloqueio. Porém, se todas as três outras cavilhas forem repelidas e apenas essa permaneça bloqueada, a impulsão descendente da peça corrediça (6) fará com que os suportes rodem no sentido oposto em torno da cavilha bloqueada. O suporte não pode rodar numa grande extensão pois a ca- y -15- vilha bate na extremidade do furo alongado da placa de bloqueio (126), mas este movimento ê por vezes suficiente para encravar a fechadura quando se introduzir uma chave seguinte.

Esta combinação de polaridades pode verificar-se numa chave de plástico invertida ou numa chave de mudança de código e, antes do uso dos furos cegos (500), impediu a utilização de chaves "Recycle" descritas, que mudam o código de cada vez que se introduz a chave, chave Ne 1 do código 1 para o código 2 na primeira introdução, depois código 2 para código 3 na segunda introdução, bloqueando-se neste ponto na terceira introdução. Depois a chave Ns 2 muda de 3 para 4, depois de 4 para 1 e para em 1. Se se introduzir este tipo de chave enquanto a chave está num outro ajustamento, tal como a chave N8 2 introduzida com o código 2, previamente provoca o encravamento da chave entre códigos. Os furos cegos (500) impedem esta rotação espúria, também porque quando a cavilha de mudança de código é repelida ela entra no furo cego, sendo depois ambas as cavilhas horizontais bloqueadas, uma pelo furo (126) e a outra por um furo cego (500), não podendo assim os suportes rodar.

Embora certas formas de realização da presente invenção possam compreender a utilização ou da barra (400) (ou similar) para impedir a rotação dos suportes, ou de cavilhas e furos cegos para fixar ou bloquear os suportes, excepto quando se utiliza uma chave de mudança do código, a forma de realização preferida da presente invenção consiste em dois mecanismos de fixação interrelacionados, como se descreveu. Uma barra (400) para

fixar os suportes contra a rotação, enquanto a fechadura está bloqueada e não há qualquer chave introduzida ou enquanto está a introduzir-se ou retirar-se, e cavilhas magnéticas que entram em furos cegos (500) na peça corrediça (6) para fixar os suportes durante o movimento da peça corrediça (6) por uma chave de operação introduzida com um codigo de operação, não sendo durante esse tempo já impedida a rotação dos suportes pela barra (400).

Nas fig. 9a a 9e estão representados exemplos de chaves para a fechadura descrita. A fig. 9a representa uma chave de mudança de codigo metálica que apenas pode operar quando introduzida com a face para a frente. A extremidade curva dianteira da chave tem o mesmo raio que o dedo (23) da peça corrediça (6) (fig. 1) e, quando completamente introduzida como está representado encosta-se contra o dedo (23) na extremidade (403) da barra (400) (fig. 4 e 5). A fig. 9b mostra uma chave mestra que ê uma chave metálica. A sua aresta curva (601) tem um raio menor do que o do dedo (23) de modo que, quando completamente introduzida, a chave da fig. 9b não exerce pressão contra a extremidade (403) e liberta a outra extremidade da barra (400) a partir do suporte (106). A chave da fig. 9b não modifica o codigo da fechadura nem liberta os meios de fixação dos suportes. A chave da fig. 9c é uma chave mestra de plástico e tem recortes (602) dos dois lados da sua aresta curva dianteira. Esta chave não pode libertar a barra (400) do seu encosto ao suporte (106) mesmo que seja introduzida na ranhura da fechadura i Π

-17- de forma errada.

As fig. 9d e 9e mostram os dois lados de uma chave de mudança de código de plástico. A sua aresta curva dianteira ê formada com raios diferentes de cada lado. Quando introduzida correctamente (fig. 9d) o bordo dianteiro encosta-se à extremidade (403) da barra (400) para libertar o suporte (106) e permitir que o suporte (106) rode como é necessário para mudar o código da fechadura. Se se meter a chave incorrectamente, isto é com a curvatura erradamente, a aresta dianteira não se aplica à extremidade (403) quando se empurra a chave contra o dedo (43). 0 suporte (106) mantêm-se portanto fixo contra a rotação por aplicação na barra (400), não podendo o código da fechadura ser alterado. Nem as vibrações da fechadura ou da chave podem provocar qualquer rotação espúria dos suportes (104) ou (106).

Claims (10)

1. -1

   REIVINDICAÇÕES 1.- Fechadura operada por uma chave magnética, que compreende: uma peça corrediça, móvel de tuna posição bloqueada para uma posição não bloqueada com uma chave que tem nela codificado um código magnético; uma pluralidade de cavilhas magnéticas susceptíveis de deslizar transversalmente em relação ã peça corrediça de uma primeira posição que bloqueia a peça corrediça, na referida posição bloqueada para uma segunda posição de desbloqueio da refe rida peça corrediça quando do funcionamento da fechadura pela referida chave, formando a posição e a polaridade de algumas ou de todas as cavilhas magnéticas um código da fechadura; caracterizada por uma ou mais das referidas cavilhas magnéticas

   estarem montadas em pelo menos um suporte rotativo na referida fechadura para mover as referidas cavilhas de um primeiro cõdi go para um segundo código, sendo o suporte rodado de um ângulo predeterminado guando se introduz uma chave na qual está codi ficado um código alterável na referida fechadura, na qual se proporcionam meios de fixação para o suporte para impedir a ro tação do suporte e dispostos para ser libertados pela referida chave sempre que a mesma é completamente introduzida na fechadura .
2. 2. - Fechadura de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizada por os meios de fixação compreenderem uma barra so licitada por ima mola montada de maneira deslizante na fechadu ra para fazer pressão com uma das extremidades contra o suporte, tendo a barra uma forma tal que- é impelida pela referida chave quando esta é introduzida de maneira substancialmente completa para libertar a referida extremidade do suporte.
3. 3. - Fechadura de acordo com a reivindicação 2, ca-racterizada por o suporte ter dentes periféricos de engrenagem e a barra ser susceptível de deslizar num plano desviado do eixo de rotação do suporte de modo que a referida extremidade da barra se move para a periferia, tendendo sempre a encostar-se entre dois dentes respectivos provocando, se for necessário, uma pequena rotação do suporte.

   / / -20-
4. 4. - Fechadura de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizada por o suporte estar colocado junto da fenda de entrada da fechadura e os meios de fixação serem li bertados por aplicação de uma extremidade dianteira da referida chave quando esta estiver completamente introduzida.
5. 5. - Fechadura de acordo com a reivindicação 1, carac terizada por os meios de fixação compreenderem uma cavilha magné tica no suporte e uma abertura respectiva na peça corrediça alinhada com a cavilha, na qual a cavilha pode ser colocada para im pedir a rotação do suporte, sendo essa cavilha libertada da aber tura pela referida chave, quando esta estiver completamente introduzida na fechadura.
6. 6. - Fechadura de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizada por a rotação do referido suporte ser sempre inibida em certa medida para impedir a sua rotação intempestiva.
7. 7. - Fechadura de acordo com a reivindicação 6, carac_ terizada por o suporte estar montado com atrito num veio central fixo de modo a inibir a rotação do suporte em certa medida.
8. 8. - Chave para a fechadura de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 7, caracterizada por ter uma borda ?2l~ ,/ dianteira com uma ou mais porções recortadas de modo que quando se introduz essa chave completamente na fechadura os meios de fixação não são libertados pela chave.
9. 9.- Chave para a fechadura de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 7, caracterizada por ter uma extremi dade dianteira não uniforme disposta de modo tal que a chave liberta os meios de fixação apenas quando introduzida rodada de uma maneira.
10. 10.- Chave para uma fechadura de acordo com a reivin dicação 5, caracterizada por incluir uma zona magnética disposta para repelir uma cavilha magnética para o interior de um furo cego ou uma abertura na peça corrediça quando a chave for comple tamente introduzida na fechadura. Lisboa, 26 de Setembro de 1991 O Agente Otn-.cii da Propriedade Industrio!