PT98943B - Processo para a preparacao de novos analogos carbociclicos de adenosina e de composicoes farmaceuticas que os contem. - Google Patents
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Description
DE ADENOSINA E DE COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS
QUE OS CONTÊM
CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção diz respeito a determinados análogos carbocíclicos de adenosina gue são úteis como imunossupressores.
ANTECEDENTES PA INVENÇÃO
A imunidade está relacionada com o reconhecimento e eliminação de material antigênico estranho, que estã presente no organismo. Tipicamente, os antigênios encontram-se sob a forma de partículas de matéria (por exemplo, células, bactérias, etc.) ou de grandes moléculas de proteínas ou polissacãridos, que são reconhecidas pelo sistema imunitário como sendo não próprias”, isto é, detectavelmente diferentes ou estranhas aos constituintes próprios dos animais. Uma grande variedade de substâncias podem ser potenciais antigênios, normalmente proteínas, que se encontram mais frequentemente localizadas na superfície externa das células. Por exemplo, podem encontrar-se potenciais antigênios nos grãos de pólen, enxertos de tecidos, parasitas animais, vírus e bactérias. Uma vez reconhecido o material antigênico como não próprio pelo sistema imunitário, podem desencadear-se e manter-se respostas imunes naturais (não específicas) e/ou adaptativas, através da acção de células específicas do sistema imunitário dos anticorpos e do sistema do complemento. Em determinadas condições, incluindo certos estados de doença, o sistema imunitário
-2Λ do animal reconhece os seus próprios constituintes como não pro prios e inicia uma resposta imune contra material próprio”.
sistema imunitário pode desencadear uma resposta através de mecanismos naturais ou adaptativos, cada um dos quais ê composto de elementos mediados pelas células e humorais. Os me canismos naturais de resposta imunitária dizem respeito àqueles mecanismos envolvidos em reacções imunes essencialmente não espe clficas, as quais envolvem o sistema do complemento e células mielóides, tais como macrófagos, mastôcitos e leucócitos polimor fonucleares (PMN),. ao reagir com certas bactérias, vírus, danos em tecidos e outros antigênios, Estes mecanismos naturais propor cionam aquilo que se designa como imunidade natural. Os mecanismos adaptativos de resposta imunitária dizem respeito aos mecanismos que são mediados por linfócitos (células T e B) e anticor pos que podem reagir com selectividade a milhares de materiais diferentes, reconhecidos como não próprios. Estes mecanismos proporcionam aquilo que se designa por imunidade adaptativa e conduzem a uma memória especifica e a um padrão de resposta permanentemente alterado, em adaptação, ao meio ambiente que rodeia o animal. A imunidade adaptativa pode ser resultado da acção dos linfócitos e anticorpos por si só ou, mais vulgarmente, pode ser resultado da interacção dos linfócitos e anticorpos com o sistema do complemento e com as células mielóides dos mecanismos natu rais de imunidade. Os anticorpos proporcionam o elemento humoral da resposta imunitária adaptativa e as células T proporcionam o elemento de mediação celular da resposta imunitária adaptativa.
Os mecanismos naturais de resposta imunitária envolvem a fagocltose, pelos macrófagos e LPMN, segundo a qual o material estranho ou antigênio ê englobado e eliminado por estas cêlu-3-
las, Adicionalmente, os macrõfagos podem destruir algumas células estranhas, pelos seus efeitos citotoxicos. 0 sistema do com plemento, que estã também envolvido na imunidade natural, ê cons tituido por vários pêptidos e enzimas que podem ligar-se ao mate rial estranho ou antigênio, promovendo assim a fagocitose pelos leucócitos PMN e pelos macrõfagos ou permitindo que ocorram processos de lise celular e efeitos inflamatórios.
Os mecanismos adaptativos de resposta imunitária envol vem a acção de anticorpos segregados pelos linfócitos B (ou células B), contra antigénios específicos, assim como a acção de vários linfócitos T (ou células T) sobre um antigênio específico, sobre as células B, sobre outras células T e sobre os macrõfagos.
Os anticorpos responsáveis pelo aspecto humoral da imu nidade adaptativa são as globulinas segregadas pelas células B, as quais possuem uma larga gama de especificidades para diferentes antigénios. Os anticorpos são segregados em resposta ao reconhecimento de antigénios específicos e proporcionam uma variedade de respostas protectoras, Os anticorpos podem ligar-se a to xinas bacterianas e neutralizã-las, podem ligar-se â superfície dos vírus, bactérias ou de outras células reconhecidas como não próprias, promovendo assim a fagocitose pelos leucócitos PMN e pelos macrõfagos. Adicionalmente, os anticorpos podem activar o sistema do complemento o que aumenta mais ainda a intensidade da resposta imunitária contra o antigênio específico.
Os linfócitos são pequenas células que se encontram no sangue e que circulam do sangue, para os tecidos e novamente para o sangue através do sistema linfático. Existem duas subpopula çóes principais de linfócitos denominadas células B e células T. As células B e as células T derivam de uma mesma célula-mãe lin-4Ζ fõide, diferenciando^se as células B na medula õssea e as célu-' w las T no timo, Os linfécitos possuem determinados receptores que permitem a cada célula responder a um antigênio específico. Isto proporciona a base para a especificidade da resposta imunitária adaptativa, Adicionalmente, os linfõcitos têm uma vida relativamente longa e têm a capacidade de proliferar formando clones, uma vez recebido o sinal adequado. Esta propriedade pro porciona a base para o aspecto da memõria da resposta imunitária adaptativa.
As células B são os linfõcitos responsáveis pelo aspecto humoral da imunidade adaptativa. Em resposta ao reconhecimento de um antigênio estranho específico, uma célula B segre ga um anticorpo específico que se liga ao antigênio específico.
anticorpo neutraliza o antigênio, no caso das toxinas, ou pro move a fagocitose, no caso dos outros antigênios. Os anticorpos estão também envolvidos na activação do sistema do complemento, o que aumenta mais ainda a intensidade da resposta imunitária contra o antigênio invasor.
As células T são os linfõcitos responsáveis pelo aspecto da mediação celular da imunidade adaptativa. Existem três principais tipos de células T, ou seja, as células T Citotõxicas, as células T Adjuvantes e as células T Supressoras. As células T Citotôxicas detectam e destroem células infectadas com um antigênio de vírus especifico. As células T Adjuvantes têm uma variedade de funções reguladoras. As células T Adjuvan tes, uma vez identificado o antigênio especifico, podem promover ou aumentar uma resposta de anticorpos aos antigênios, pelas células B apropriadas, e pode promover ou aumentar a fagocitose do antigênio pelos macrofagos. As células T Supressoras têm um efeito de supressão de uma resposta imunitária dirigida a um antigênio em particular.
A resposta imunitária mediada por células ê controla da e monitorizada pelas células T através de uma variedade de compostos mensageiros reguladores segregados pelas células mie loides e pelos linfocitos, Através da secreção destes compostos mensageiros reguladores, as células T regulam a proliferação e activação de outras células imunitárias, tais como as cê lulas B, os macrõfagos, os leucócitos PMN e outras células T. Por exemplo, uma vez ligado a um antigênio estranho, um macrófago ou outra célula capaz de detectar a presença de antigénios pode segregar interleucina-1 (IL—1), a qual activa as células T Adjuvantes. As células T, por sua vez, segregam determinadas linfoquinas, incluindo interleucina-2 (IL-2) e interferão ÍT, cada um dos quais tem diversos efeitos de regulação da res. posta imunitária mediada por células. As linfoquinas são uma vasta família de moléculas produzidas pelas células T (e algumas vezes pelas células B) incluindo:
a IL-2, que promove a proliferação cional das células T,
FAM ou factor de activação dos macrõfagos, que aumen ta muitas das funções dos macrõfagos incluindo a fagocitose, aniquilamento intracelular e secreção de vários factores citotõxicos;
FAN ou factor de activação dos neutrófilos, que aumen ta muitas das funções dos leucócitos PMN, incluindo a fagõcitose, a produção de radicais de oxigénio, destruição de bactérias, guimiotaxia, produção de citoquina?
FMM ou factor de migração dos macrõfagos, o qual por
Çrestringir o movimento dos macrõfagos< concentra-os * na vizinhança da célula T;
Interferao J , que ê produzido pela célula T activada e ê capaz de produzir uma larga gama de efeitos em muitas células, incluindo a inibição da aplicação dos vírus, indução da expressão de moléculas de histocompatibilidade de classe II, permintindo gue estas células se tornem activas para se ligarem aos antigênios e os processarem, activação dos macrõfagos, inibição do crescimento celular, indução da di ferenciação de varias linhas de células mielõides.
Os macrõfagos e os leucócitos PMN activados, os quais proporcionam uma resposta imunitária aumentada, como parte da imunidade adaptativa mediada por células, caracterizam-se por terem uma produção aumentada de intermediários oxigenados reac tivos, Esta produção aumentada de intermediários oxigenados reactivos, ou eclosão respiratória é conhecida por iniciação (priming), Determinadas linfoquinas, tais como o interferao desencadeiam esta eclosão respiratória de intermediários oxigenados reactivos nos macrõfagos e nos leucócitos PMN. Assim, as linfoquinas, tais como o interferao T, as quais são segregadas pelas células T, proporcionam a activação destes macrõfagos e leucócitos PMN, o que resulta numa resposta imunitária mediada por células aumentada,
A resposta imunitária pode proporcionar um tipo de resposta imediato ou retardado. Um exemplo de hipersensibilidade de tipo retardado1' é uma reacção inflamatória que ocorre em pacientes imunitariamente reactivos, dentro de 24 a 48 horas após o estimulo com um antigênio e ê o resultado, principalmente, de uma resposta imunitária mediada por células contrariamen ¢te, a hipersensibilidade de. tipo imediato” tal como aquela que * se observa em reacções anafilãticas ou de Arthus, é uma reaeçao inflamatória que ocorre em pacientes imunitariamente reactivos, no período de uns minutos atê algumas horas apôs o estimulo com o antigênio e ê o resultado, principalmente, de uma resposta imunitária humoral ou mediada por anticorpos.
A capacidade do sistema imunitário e, em particular, o sistema imunitário de mediação celular, para discriminar entre antigénios prõprios e nao próprios ê vital para o funcionamento do sistema imunitário como defesa específica contra microrganismos invasores. Os antigénios não prõprios são os antigénios ou substâncias do organismo que são detectãveis como diferentes ou estranhos em relação aos prõprios constituintes dos animais. Os antigénios prõprios são aqueles que não são detectavelmente diferentes ou estranhos em relação aos prõprios constituintes dos animais apesar da resposta imunitária ser uma defesa importante contra substâncias estranhas que possam provocar doença, ela não pode distinguir entre substâncias estranhas adjuvantes e adversas e destrõi ambas.
Há certas situações, tais como o transplante alogénico ou a doença do enxerto versus hospedeiro”, em que seria extremamente util suprimir a resposta imunitária, de modo a preve nir a rejeição de tecidos ou õrgãos estranhos ao organismo, mas necessários. Tecidos e õrgãos alogénicos são tecidos e õrgãos originários de um membro da mesma espécie, geneticamente diferente. A doença do enxerto versus hospedeiro, ocorre quando o tecido transplantado, por exemplo, um transplante de medula õssea, contém células T alogénicas do dador que causam uma resposta imunitária contra os prõprios tecidos do hospedeiro. Ape-
sar de ambos os tipos de resposta imunitária, humoral e mediada por células, desempenharem um papel na rejeição dos tecidos e órgãos alogênicos, o principal mecanismo envolvido, ê a resposta imunitária mediada por células» A supressão da resposta imunitária e, em particular, a supressão da resposta imunitária mediada por células, seria então util na prevenção da rejeição de tecidos e orgãos alogênicos transplantados» Por exem plo^ usa-se correntemente a ciclosforina A como agente imunossupressor no tratamento de doentes que receberam transplantes alogênicos e na doença do enxerto versus hospedeiro.
Há situações em que a resposta imunitária individual causa mais danos ou mal estar que os micróbios invasores ou o material estranho, como ê o caso das reacções alérgicas. Será desejável a supressão da resposta imunitária nestes casos.
Ocasionalmente, os mecanismos imunolôgicos tornam-se sensíveis a uma parte do próprio corpo do indivíduo, causando interferências, ou mesmo destruição dessa mesma parte. A capacidade para distinguir entre próprio” e ”não próprio está dj. minuída e o organismo começa a destruir-se a si próprio. Este facto pode resultar em doenças auto-imunes tais como a artrite reumatóide, diabetes meltitus insulino-dependente (a qual envol ve a destruição auto-imune das células dos ilhéus de Langerhans, as quais são responsáveis pela segregação de insulina), determinadas anemias hemoliticas, febre reumática, tiroidite, colite vicerosa, miastenia gravis, glumerulomefrite, encefalo-mielite alérgica, destruição, continua do tecido nervoso e hepático, que, por vezes, se segue a uma hepatite virai, esclerose múltipla e lupus eritematoso sistémico. Algumas formas de auto-imunidade surgem como resultado de um traumatismo de uma ãrea
» normalmente não exposta a linfSextos, tal como o tecido nervoso ou o cristalino do olho.
Quando os tecidos destas áreas ficam expostos aos lin fõcitos, as suas proteínas superficiais podem actuar como antigénios e despeletar a produção de anticorpos e respostas imunitárias celulares, as quais iniciam depois a destruição destes tecidos. Outras doenças auto-imunes desenvolvem-se apõs exposi ção do indivíduo a antigênios, os quais são geneticamente semelhantes, isto ê, têm uma reacção cruzada, com os prõprios te eidos do indivíduo, A febre reumática ê um exemplo deste tipo de doença, na qual o antigênio da bactéria estreptocõcica que causa a febre reumática apresenta uma reacção cruzada com regiões do coração humano» Qs anticorpos não podem diferenciar entre antigênios bacterianos e os antigênios do músculo cardía co e as células com um destes tipos de antigênio podem ser de_s truidas, A supressão do sistema imunitário, nestas doenças auto-imunes seria útil para minimizar ou eliminar os efeitos da doença. Algumas destas doenças auto-imunes, por exemplo, a dia betes mellitus insulino-dependente, exclerose múltipla e a artrite reumatõide, caracterizam-se como sendo o resultado de uma resposta auto-imune mediada por células e parecem ser devidas â acção das células T £ Ver Sinha et al,, Science, 248 (1990) 1380 J. Outras, tais como a miastenia gravis e o lupus eritema toso sistémico, caracterizam-se como sendo o resultado de uma resposta auto-imune humoral £ ID J\
A supressão da resposta imunitária seria então útil no tratamento de doentes sofrendo de doenças auto-imunes, Mais particularmente, a supressão da resposta imunitária mediada por células seria então útil no tratamento de doentes sofrendo de doenças auto-imunes devidas à acção das células T, tais como a '0diabetes mellites insulino-dependente, esclerose múltipla e artrite reumatéide, A supressão da resposta imunitária humoral seria, útil no tratamento de doentes sofrendo de doenças auto-imunes independentes das células T, tais como a miastenia gra vis e o lupus eritematoso sistémico.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
A presente invenção proporciona novos compostos de formula geral (1)
na qual,
O substituinte hidroxilo apresenta, no núcleo ciclopentanilo, a configuração cis relativamente ao subs tituinte bicíclico,
Yg, Υγ, Υθ e Υθ representam, cada um, independentemente, um ãtomo de azoto ou um grupo CH,
Q e Z representam, cada um, independentemente, um ãtomo de hidrogénio ou de halogéneo ou um grupo NHg ou um seu sal aceitável sob o ponto de vista farmacêutico.
A presente invenção proporciona também um método para efectuar a imunossupressão, e mais especificamente, um método para suprimir a imunidade adaptativa, em um doente disso neces sitado, compreendendo a administração ao dito paciente, de uma
Xquantidade imunessupressora eficaz, de um composto de fórmula ♦ geral (1).
Adicionalmente, a presente invenção proporciona com posições farmacêuticas que contem uma quantidade imunossupres sora eficaz de um composto de fórmula geral Cl), em associação com um ou mais veículos ou excipientes aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico,
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DA INVENÇÃO
Tal como aqui se utiliza, termo halogéneo diz respeito aos radicais monovalentes de iodo, bromo, 'cloro ou flúor.
Λ termo azoto diz respeito a um radical de azoto trivalente, e a designação grupo CH diz respeito a um radical metílidino.
Tal como aqui se utiliza, a expressão, sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico diz respeito a sais de adição de ácidos, dos compostos de fórmula geral (1), nos quais a toxicidade do composto, não é aumentada comparativamente ao nao sal. São exemplos representativos de sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico, os quais são preparados mediante tratamento de compostos de fórmula geral (1) com os ácidos correspondentes: bromidrato, cloridrato sulfato, fosfato, nitrato, formato, acetato, propionato, succinato, glicolato, lactato, ma lato, tartarato, citrato, ascorbato,^-cetoglutarato, glutamato, aspartato, maleato, hidroximaleato, piruvato, fenilacetato, benzoato, para-aminobenzoato, autranilato, para-hjdroxibenzoato, salicilato, para-amino^salicilato, metanossulfonato, etanos sulfonato, hidroxietanossulfonato, halogenobenzenossulfonato, eti lenossulfonato, toluenossulfanato, naftalenossulfonato e sulfanilato. Prefere^se o cloridrato como o sal aceitável sob o pon-12-
to de vista farmacêutico, dos compostos de fórmula geral Cl).
Entende-se que o substituinte hidroxilo no anel ciclopentilo dos compostos de formula geral Cl) tem a configura ção cis relativamente ao substituinte bicíclico. Entende-se ain da que estes compostos de fórmula geral Cl) podem existir com varias configurações estereoisomêtricas, É claro que os compostos de fórmula geral Cl) abrangem e incluem tanto os estereoisó meros individuais como as suas misturas racêmicas,
Nq Esquema A apresenta-se um procedimento geral de sintese para preparação de compostos de fórmula geral Cl), na qual yg representa um átomo de azoto.
/,«.
No passo a, bloqueia-se a porção 4-hidroxi reactiva da molécula de (lR,4S)-Cis.-l-acetoxi’-2-ciclopenten’-4-ol (2), com um grupo protector (B) do grupo hidroxilo, para formar o (1R,4S)~Cis^l’-acetoxi^2--ciclopenten-4-ol hidroxi-bloqueado cor respondente (.3). 0 grupo protector do grupo hidroxilo que se usa pode ser um dos muitos grupos protectores de grupo hidroxi
-14ς lo convencionais,, os quais sao conhecidos pelos entendidos na .% matéria. A selecção e a utilização de determinados grupos bloque adores ê do conhecimento dos entendidos na matéria. Em geral, devem selecionar-se os grupos protectores que protejarii adequadamente o grupo hidroxilo durante os passos de síntese subsequentes e que sejam fáceis de remover em condições que não provoquem a degradação do produto desejado,
São exemplos representativos de grupos protectores do grupo hidroxilo os grupos tetra-hidroplranilo, metoximetilo, t-butil-dimetilsililo, metoxietoximetilo, acetoxi e afins. Pre fere-se © grupo 2-tetra-hidropiranilo para bloqueador da porção 4-hidroxi do composto de (2), Quando se deseja bloquear o grupo 4-hidroxilo de (2) com um grupo 2-tetra-hidropiranilo, pode fazer-se reagir (2) com um grupo 3,4-di-hidro-2H-pirano, na presença de ãcido trifluoroacético, para se obter o (1R,4S)-Cls-i-acetoxi-4-(2-tetra-hidropiraniloxi)-2-ciclopenteno correspondente.
No passo b, hidrolisa-se o grupo 1-acetoxi do (1R,4S)-Cis-l-acetoxi-2-ciclopenten-4-ol-4-hidroxi-bloqueado (3) e modifica-se o grupo 1-hidroxilo resultante com um grupo removível apropriado (L) para formar o derivado 2-ciclopenteno (4) correspondente. Hidrolisa-se primeiramente o grupo 1-acetoxi de (3) com uma base tal como o hidróxido de potássio, hidróxido de sódio ou hidróxido de amónio em metanol ou etanol. Em seguida, modifica-se o grupo 1-hidroxilo, do derivado hidrolisado assim formado, com um grupo removível (L)« grupo removível particular utilizado pode ser um dos muitos grupos removíveis convencionais conhecidos na técnica, A selecção e utilização dos grupos removíveis são do conhecimento dos entendidos na matéria. Em geral, deve seleccionar-se
o grupo removível gue facilite adeguadamente o deslocamento do mesmo por um derivado de uma base nucleosldica apropriada, para se obter um produto com retenção da configuração.
São exemplos representativos de grupos removíveis apropriados os grupos triflato, brosilo, tosilo, metanossulfonilo e afins. Prefere-se um grupo metanossulfonilo como grupo removível no passo b.
Por exemplo, guando se pretende converter o (1R,4S)~
-Cis-l-acetQxi-2-ciclopenten-4-Ql 4-hidroxi-blogueado (3) no (1R.,4S) -CiLs-l-metanossulfoniloxi-2-ciclopenten-4-ol 4-hidroxi-blogueado correspondente, pode hidrolisar-se (3) com hidróxido de potássio em etanol, podendo isolar-se o álcool livre resultante e converter-se no (1R,4S) -Cis-l-metanossulfoniloxi-2-ciclopenten-4-ol 4-hidroxi-blogueado correspondente, mediante tratamento com cloreto de metanossulfonilo na presença de trietilamina.
No passo c, submete-se o derivado 2-ciclopenteno (4), contendo um grupo removível na posição 1 e um grupo hidroxilo blogueado na posição 4, a um deslocamento pela base nucleosídica desejada (na gual Yg representa um ãtomo de azoto), para se obter o análogo nucleosídico carbocíclico 3-hidroxi-blogueado (5) correspondente, com retenção da configuração, Por exemplo, quando se pretende converter um (1R,4S)-Cis-l-metanossulfoniloxi-2-ciclopenteno-4-ol 4-hidroxi-bloqueado no (1R-3S)-Cis-1- (9-adenil) -4-ciclopenten-3-ol 3-hidroxi-blogueado corresponden te, pode tratar-se o derivado metanossulfoniloxi com ademina, na presença de hidreto de sódio,
No passo d, desbloqueia-se o análogo nucleósido carbocíclico 3-hidroxi-bloqueado (5), de acordo com procedimentos convencionais e técnicas bem conhecidas neste campo, para se
-16ς obter ο análogo nucleósido carbocíclico (6) correspondente. Por exemplo, guando o grupo 3-rhidroxi está bloqueado com um grupo tetra-hidropiranilo, pode remover-se o grupo 3-hidroxi-bloquea dor mediante tratamento com um ácido, tal como o ácido clorídrico.
No passo e, converte-se Q análogo nucleósido carbocí clico (6) no análogo carbocilico de adenosina (,1a) mediante hi drogenação catalítica, tal como o tratamento com hidrogénio na presença do PtO2.
Alternativamente, podem preparar-se compostos de for mula geral (1) na qual Y~ representa um átomo de azoto, de acor do com a seguinte versão resumida do Esquema A. Pode modificar-se a porção 4-hidroxi reactiva da molécula de (1S,4R)-Cis-1-acetoxi-2-ciclopenten-4-ol, com um grupo removível (L) adequa do, tal como se descreveu para o passo b do Esquema A, Prefere -se um grupo mesilato como grupo removível, neste esquema alternativo. Submete-se o derivado 2-ciclopenteno assim formado, contendo um grupo acetoxi na posição 1 e. um grupo removível, tal como um grupo mesilato na posição 4, a um deslocamento pela base nucleosídica desejada (na qual Yg representa um átomo de azoto), para se obter o correspondente análogo nucleósido carboclclico 3—hidroxi-bloqueado (5), tal como se descreveu no passo c do Esquema A. Preparam-se os compostos de fórmula geral (.1), na qual Yg representa um átomo de azoto, de acordo com os passos d e e do Esquema A, exemplo seguinte, apresenta uma síntese típica, tal como se descreve no Esquema A. Entende-se que este exemplo é apenas ilustrativo e não se pretende que o mesmo limite o âmbito da presente invenção, em algum sentido. Tal como aqui se uti ç
lizam, os termos que se seguem têm os significados que se in- ·* dicam; ”g refere-se a gramas; mmole” refere-se a milimoles;
”ml refere-se a mililitros; DMF refere-se a dimetilformamida; ’,oc refere—se a graus Celsius; mg” refere-se a miligramas;
N refere-se à normalidade de uma solução; psi significa libras por polegada quadrada; THF” refere-se a tetra-hidrofurano.
EXEMPLO 1
Cloridrato da (IS,3R)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxiciclopentanc
Passo a: (IR,4Sj-Cis-l-acetoxi-4-(2-tetra-hidropiranilQxi)-2-ciclopenteno
Adiciona-se 0,6g (7,1 mmoles) de 3,4-di-hidro-2H-pirano e cinco gotas de acido trifluoroacêtico a uma solução de lg (7,0 mmoles) de (1R,4S)-Cis-l-acetoxi-2-ciclopenten-4-ol em 20 ml de diclorometano, em agitação,. Agita-se a mistura durante 24 horas. Dilui-se a mistura com 50 ml de diclorometano e extrai-se com solução saturada de hidrogenocarbonato de sõdio e depois, com uma solução concentrada de cloreto de sódio. Seca-se a fase orgânica com sulfato de sódio. Remove—se o dissolven te sob vazio para se obter l,58g do composto designado no titulo.
Passo b; (IR, 4S) -Cis-l-metanossul.fcniloxi-4- (2-tetra-hidropiranjlQxi) -2-cl'clopenteno
Dissolvem-se 3,.0g de (IR,4S)-Cls-l-acetoxl-4-(2-tetra—hidropiraniloxi)—2-ciclopenteno (13 mmoles) em 50 ml de etanol absoluto. Adiciona-se a esta solução 0,8g (14 mmoles) de hidro-18-
xido de potássio e deixa—se a mistura em agitaçao durante 3 h< ras,. Concentra—se a mistura e introduz-se uma coluna cora lOg de gel de sílica e elui—se com uma mistura de acetato de etilo/hexano (1:1)» Remove-se o dissolvente para se obter 2,3Sg de (IR,4S)-Cis-4-(2-tetra-hidropiraniloxi)-2-ciclopenten-l-ol, sob a forma de um Õleo incolor.
Dissolve-se l,2g (6,6 mmoles) de (IR,4S)-Cis-4-(2-te tra-hidropiraniloxi)—2—ciclopenten—l-ol em 25 ml de diclorometano e adicionam—se a esta solução l,13g (9,9 mmoles) de clore to de metanossulfonilo e 0,93g (9,2 mmoles) de trietilamina. Agita-se a mistura reaccional durante 45 minutos e extrai-se com ãgua, e com uma solução concentrada de cloreto de sõdio e seca-se a fase orgânica com sulfato de sõdio. Concentra-se a so lução para obter l,62g do composto designado no título (rendimento de 94%), sob a forma de um õleo de cor amarela.
Passo c; (lR,3Sj-Cis-1-(9-adenil)-3-(2-tetra-hidropiraniloxi)-4-ciclopenteno
Adiciona-se 0,57g de hidreto de sõdio (.80%; 19,8 mmoles) a uma suspensão agitada de 2,67g (19,8 mmoles) de adenina em 100 ml de dimetilformamida, â temperatura de 60°C, Apõs agi tação durante 3 horas a 60°C, adicionam-se l,62g (6,2 mmoles) de (1R,4S)-Cis-l-metanossulfoniloxi-4-(2-tetra-hidropiraniloxi)-2-ciclopenteno e continua-se a agitaçao durante lhora, a 60 C. Arrefece-se a mistura reaccional atê à temperatura ambiente e deixa-se em agitação durante uma noite, No dia seguinte, aquece-se a mistura reaccional atê â temperatura de 6Q°C, durante 6 horas e depois deixa-se arrefecer atê â temperatura ambiente durante a noite. Elimina—se a dimetilformamida sob vazio e reto
Passo e;
ma-se q resíduo em diclorometano e agua, em agitaçao, Remove-ky< -se a fase orgânica, extrai-se com solução concentrada de cio reto de sódio e seca-se com sulfato de sódio. Elimina-se o dls solvente sob vazio e dissolve-se. o resíduo em diclorometano. Introduz-se a solução numa coluna com 10 g de gel de sílica e elui-se com uma mistura de diclorometano/etanol (.19:1), obtendo-se 500 mg do composto designado no título (rendimento de 26,7%).
Passo d: Cloridrato de (IR,3S)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxi-4-ciclopenteno
Dissolve-se 0,5g de (IR,3S)-Cis-1-(9-adenil)-3-(2-te tra-hidropiraniloxi)-4-ciclopenteno (1,7 mmole) em 50 ml de água destilada e 1,5 ml de ãcido clorídrico 6N. Agita-se a mis tura durante 12 horas â temperatura ambiente e depois concentra -se até â secura sob vazio. Retoma-se o resíduo em etanol contendo hidroxido de amónio suficiente para formar uma solução e depois adiciona-se um volume igual de diclorometano (o cloreto de amónio precipita). Introduz-se a mistura numa coluna com 50g de gel de sílica (malha 70-230) e elui-se com uma mistura de di clorometano/metanol (4:1). Recupera-se o composto designado no título em fracções de 40 ml. Reunem-se e concentram-se até â se cura as fracções que contêm o produto puro. Dissolve-se o resíduo em etanol e adiciona-se HCl 6N suficiente para ajustar o pH ao valor de 1, Concentra-se a solução até â secura, obtendo-se 230 mg do composto designado no título (rendimento de 62%).
Cloridrato de (IS, 3R) -Cis-l-O-adenil) -3-hidroxÍcicloDissolve-se 230 mg de cloridrato de (IR,3S)-cis-1-(9
-adenil)-3-hidroxi-4~-.ciclopenteno (0,99 mmole) em 25 ml de me- * tanol e 75 ml de água destilada. Adicionam-se 50 mg de óxido 2 de platina (IV) e hidrogena—se a mistura sob 2,1 kg/cm (30 psi) de hidrogénio durante 3,5 horas. Filtra-se a mistura atra vés de uma almofada de celite e concentra-se o filtrado até â secura. Dissolve-se o produto em metanol, aplica-se a solução sobre 20g de gel de silica e elui-se com uma mistura de diclorometano/metanol (9:1). Concentra-se as fracções contendo produto, até â secura e dissolve-se o resíduo em metanol. Ajustasse o pH ao valor de 1 com HC1 6N. Concentra-se este produto até â secura para se obter 210 mg do composto designado no título (rendimento de 83%).
= +24,4° (metanol, 1,0 mg/ml).
RMN-1H(DMSO/TMS) £ = 8,7(s,lH), 8,5(s,lH), 5,02(m,lH), 4,3(m,
1H), 2,4-1,8(m,6H).
Os compostos que se seguem podem ser preparados median te procedimentos análogos aos descritos anteriormente para o Exemplo 1 usando compostos iniciais de fácil obtenção:
Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/9-(3-de-aza-adenil) _7-3-hidroxiciclopentano
Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/ 9-(7-de-aza-adenil) /-3-hidroxiciclopentano
Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/9-purjnil /-3-hidroxiciclopentano Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/ 9-(8-aza-adenil) /-3-hidroxiciclo pentano
Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/ 9-(2-aminopurinil) J7-3-hidroxiciclopentano
Cloridrato de (IS,3R)-Cis-1-/ 9-(2,6-diaminopurinil) J-3-hidroxiciclopentano
Cloridrato. de (IS, 3R) -Cis~l~/ 9-(2-amino-6-cloropurinil) J?-3- * -hidroxiciclopentano,
Os compostos iniciais para o esquema de síntese descrito anteriormente, incluindo ÇlR,4S1-Cis-í-acetoxl-2-clclopen ten-4/^ol, adenina, 7-desaza-adenina, purina, 8-aza-adenina, 2-aminopurina, 2,6-diaminopurina e 2-amino-6-cloropurina, podem ser facilmente obtidos ou podem ser preparados de acordo com os procedimentos e técnicas convencionais.
No Esquema B apresenta-se um procedimento geral de síntese para preparar compostos de fórmula geral (1) na qual Υθ e Yg representam, cada um, um grupo CH.
«·/<·.
(10)
G
(lb)
No passo a, faz-se reagir o derivado 2-ciclopenteno (4) com o anião sõdico do metilsulfinilmetil-sulfureto de metilo, para se obter o derivado substituído na posição 1 correspon dente (7).
No passo b, faz-se reagir o anião sõdico do composto (7) com o derivado de pirimidina ou de piridina apropriado, tal como a 5-amino-4,.6-âiclQropirimidina, seguido de hidrólise para se obter o derivado cetona correspondente (8)
No passo c, converte-se o derivado cetona (.8) no éter enõlico (9) correspondente, fazendo reagir o composto (8) com o reagente de Wittig apropriado, tal como o (Jj-^C^OCH^ £ cloreto de metoxlmetil^trifenilfosfilidina 7, na presença de n-butil—lítio.
No passo d, cicliza—se o enolato (9) na presença de um acido, tal como o HCl, e remove—se o grupo bloqueador do gru po 3-hidroxilo de acordo com técnicas convencionais bem conheci das, para se obter o análogo nucleósido carbocíclico substituído na posição» 6 (10) ,
No passo e, hidrogena-se o análogo nucleõsido carbocíclico substituído na posição 6 (10), tal como se descreveu no Esquema A, passo e, para se obter o derivado nucleosídico subs tituído na posição 6 (lb). Quando o análogo nucleósido carbocíclico (10) possui um ãtomo de cloro na posição 6, o derivado
6-clorado pode ser convertido nos derivados 6-amino ou 6-hidrogênio, mediante técnicas convencionais bem conhecidas.
O exemplo que se segue apresenta uma síntese típica, tal como se descreveu no Esquema B, Entende-se que este exemplo ê apenas ilustrativo e não se pretende que o mesmo limite o âmbito da presente invenção em algum sentido,
EXEMPLO 2
Cloridrato de (1S,3R)-Cis-l-Z 9-(9-desaza-adenil) /-3-hidroxiciclopentano
Passo a: Ç1R,4S) -Cls-;4--t-butlidimetilsililoxi-l·-/*metil (i-metilsulfinil-l-metilsulfureto) ./-^-ciclopenteno
Adicionam-se 1,2 equivalentes de n-butil-lítio a uma
-24solução, em agitação, de 1,2 equivalentes de metilsulfinilmetiL»^ sulfureto de metilo em tetra-hidrofurano, â temperatura de 0°C e deixa-se em agitação durante 15 minutos. Durante um período de 15 minutos, adiciona-se, gota-a-gota, uma solução de 1 equivalente de (IR,4S)VCÍs-l-metanossulfoniloxi-4-t-butildimetilsililoxi-2-ciclopenteno em tetra-hidrofurano e deixa-se em agitação durante varias horas a uma temperatura compreendida entre
Ο Ω
C e 25 c. Dilui-se a mistura reaccional com agua e extrai-se com acetato de etilo ou com cloreto de metileno. Lava-se a fase orgânica com ãgua, solução aquosa concentrada de cloreto de sódio e seca—se com sulfato de sódio. Concentra-se a solução atê â secura para obter o composto designado no titulo, sob a forma de um produto não purificado.
Passo b: (IR,4S)-Cis-4-t-butildi:m;etilslliloxi-l-/* carbonil(4-/*5-aminQ-6-cloropirimidina J ) /-2-ciclopenteno
Adiciona-se n-butil-lítio a uma solução em agitação, de 1 equivalente de (lR,4S)-Cis-4-t-butildimetilsililoxi-l-2fmetil-(l-metilsulfinil-l-metilsulfureto) J7-2-ciclopenteno em tetra-hidrofurano, â temperatura de 0°C e continua-se a agitação durante 15 minutos- Durante 15 minutos, adiciona-se,gota-a-gota, uma solução de 1,1 equivalentes de 5-amino-4,6-dicloropirimidina em tetra-hidrofurano e agita-se a mistura reaccional durante 24 horas ã temperatura ambiente- Dilui-se a mistura com ãgua e extrai-se com acetato de etilo ou com cloreto de metileno. Lava -se a fase orgânica com ãgua e com solução aquosa concentrada de cloreto de sódio e seca-se com sulfato de sódio, Concentra-se a solução atê â secura para se obter o composto designado no título como um produto não purificado, Purifica-se o compos-25to designado no titulo numa coluna de gel de sílica, eluindo com uma mistura de acetato de etilo/hexano.
Passo c; (IR, 4S) T-Cis^r-tT-butiídimetlisililQxi-l·-/ etileno-1^(4—5-amino-6-cloropirimldlna ,/)-2-metoxi „7-2-ciclopenteno
Adicionam-se 1,2 equivalentes de n-butil-lítio a uma suspensão, em agitação, de 1,2 equivalentes de cloreto de meto ximetil-trifenilfosfilidina em tetra-hidrofurano, â temperatura de 0°C e depois agita-se durante 1 hora. Durante 15 minutos, adiciona-se 1 equivalente de (IR,4S)-Cis-4-t-butildimetilsililoxi-1-/ carbonil-(4-/*5-amino-6-cloropirimidina J7) y-2-ciclopenteno em tetra-hidrofurano e deixa-se em agitação de um dia para o outro à temperatura de 0°C. Concentra-se a mistura reac cional até â secura e dissolve-se o resíduo em éter dietílico. Arrefece-se atê â temperatura de 0°C durante 1 hora e removesse o precipitado (cloreto de lítio e óxido de trifenilfosfina) por filtração. Concentra-se o filtrado para se obter o composto designado no título. Purifica-se o composto numa coluna de gel de sílica, eluindo com uma mistura de acetato de etilo/hexano.
Passo d: Cloridrato de (IR,3S)-Cis-1-/* 9-(9-de-aza-adenil) J-3-hidroxi-4-clclopenteno
Dissolve-se (1R,4S)-Cis-4-t-butildimetilsililoxi-l-/” etileno-1-(4-/” 5-amino-6-cloropirimidina -2-metoxi y-2-ci clopenteno em solução aquosa de metanol e uma quantidade suficiente de HC1 6N e agita-se â temperatura ambiente durante 4 horas. Neutraliza-se o produto com hidróxido de amónio e concen tra-se a mistura reaccional atê ã secura para se obter (1R,3S)-^CÍS-3-t-butildimetllsilÍlQxl-l-/' 9- (.6-cloro-9-desaza-purinil) J-4-ciclopenteno. Purifica-se o produto numa coluna de gel de sílica eluindo com uma mistura de cloreto de metileno/etanol.
Introduzir o (lR,3S)—Cis--3-t-butildimetilsililoxi-l9-(6-cloro-9-desaza-purinil) ^-4-ciclopenteno num recipiente selado contendo metanol e amoníaco anidro e manter durante 24 ho ras, aquecendo, se necessário. Remove-se o dissolvente e introTM duz-se o produto numa coluna de Dowex 50W e elui-se com hidróxido de amónio diluído. Concentra-se o eluente até à secura, retoma-se o resíduo com água, acidifica-se com HC1 6N e agita-se durante 4 horas. Concentra-se a solução atê à secura para se obter o composto designado no título.
Passo e: Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/' 9-(9-de-aza-adenil) J-3-hidroxiciclopentano
Dissolve-se cloridrato de (IR,3S)-Cis-1-/’ 9-(9-desaza-adenil) _7-3-hidroxi-4-ciclopenteno numa mistura de álcool etili co/ãgua (1:1) e adiciona-se óxido de platina. Faz-se reagir a mistura num hidrogenador de Parr carregado com 2,45 kg/cm (35 psi) de hidrogénio durante 12 horas. Remove-se o catalisador por filtração e concentra-se o filtrado até à secura para se obter o composto designado no título.
No Esquema C apresenta-se um procedimento geral de sín tese para preparar compostos de fórmula geral (1) na qual Yg representa um grupo CH e Yg representa um átomo de azoto.
• ·. /«..
ESQUEMA C
Q
Q
Q
Z (8) (11) (lc)
Passo a
Passo b
No passo a, converte-se o derivado cetona (8)(obtido como se descreveu no Esquema B) no derivado oxima corresponden te e depois, cicliza-se para formar o derivado 8-aza-9-desaza-6-substituído-nucleõsido (11) correspondente, fazendo reagir a oxima com azodicarbóxilato de dietilo (DEAD) e trifenilfosfina. Adicionalmente, remove-se o grupo bloqueador do grupo 3-hidroxilo do composto (8), mediante técnicas convencionais bem conhe cidas.
No passo b, pode converter-se o derivado 8-aza-9-desaza-6-substituido-nucleõsido (11) no derivado de adenosina 8-aza-9-desaza-6-substituído-carbocíclico (lc), por hidrogenação, tal como se descreveu no Esquema A, passo e. Quando o derivado de adenosina 8-aza-9-desaza-6-substituído-carbocíclico (lc) pos sui um átomo de cloro na posição 6, pode converter-se o derivado clorado na posição 6 no derivado 6-amino ou 6-hidrogénio mediante técnicas convencionais bem conhecidas.
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EXEMPLO 3
Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/'9H8-aza-9-desaza-adenil) 7-3-hidroxiciclopentano
Passo a: Cloridrato de (1R,3S)-Cis-l-/ 9-(8-aza-9-desaza-adenil) ^v3vhidrQxi©4-cicloperíteno
Adiciona-se uma solução de hidróxido de sódio (1,2 equivalentes) a uma solução de (1S,4S)-trans-4-t-butildimetilsililoxi-l-/* carbonil-(4-/ 5-amino-6-cloropirimidina „/) y~2~ci clopenteno e 1,2 equivalentes de cloridrato de hidroxilamina em metanol anidro. Após 2 horas adiciona-se ãgua e recolhe-se e seca-se o sólido assim formado (intermédio oxima). Dissolve-se o composto intermédio oxima (1 equivalente) em cloreto de metileno seguido de 1,2 equivalentes de DEAD e 1,1 equivalentes de trifenilfosfina. Deixa-se a mistura reagir durante 2 horas para se obter o (IR,3S)-Cls-3-t-butildimetilsililoxi-l-(9-/* 8-aza-6-cloro-9-desazapurinil _/)-4-ciclopenteno. Extrai-se a mis tura reaccional com ãgua seguida de solução aquosa concentrada de cloreto de sódio. Seca-se a fase orgânica com sulfato de sódio, concentra-se até à secura e adiciona-se éter dietílico para fazer precipitar o óxido de trifenilfosfina. Remove-se o pre cipitado por filtração e purifica-se o produto numa coluna de gel de sílica, eluindo com uma mistura de acetato de etilo/hexa no.
Introduz-se o (.IR,3S) -Cis-3-t-foutildimetilsililoxi-l-(.9·©/’ 8-aza-6-cloro-9-desazapurinil _/) -4-ciclopenteno num recipiente selado contendo metanol e amoníaco anidro, e mantem-se durante 24 horas, aquecendo, se necessário. Remove-se o dissolvente e introduz-se o produto numa coluna de Dowex 5QW ' e elui * -se com hidróxido de amónio diluído. Concentra-se o eluído até â secura , retoma-se com agua, acidifica-se com HC1 6N. Agita—se durante 4 horas. Concentra-se a solução até à secura para se obter o composto designado no título.
Passo b: Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-/*9-(8-aza-9-desaza-adenil) ^/-3-hidroxiciclopentano
Dissolve-se o cloridrato de (IR,3S)-Cis-1-/* 9-(8-aza-9-desaza-adenil) 7-3 -hidroxi-4-ciclopenteno numa mistura de etanol/ãgua (1:1) e adiciona-se óxido de platina. Faz-se rea2 gir a mistura num hidrogenador de Parr carregado com 2,45 kg/cm (35 psi) de hidrogénio, durante 12 horas. Remove-se o catalisador por filtração e concentra-se o filtrado até â secura para se obter o composto designado no título.
Geralmente, quando se deseja sintetizar o correspondente enantiómero (1R,3S) dos compostos de fórmula geral (1), po dem seguir-se procedimentos semelhantes aqueles que se descreveram anteriormente, excepto que em vez de se bloquear o grupo 4-hidroxi do composto intermédio (2) (para que se possa ligar um grupo removível à posição 1 após hidrólise do grupo acetoxi), li ga-se um grupo removível apropriado â posição 4, removendo o gru po 1-acetoxi ou outro grupo bloqueador apropriado na posição 1.
Como exemplo, apresenta-se no Esquema D, um procedimen to geral de síntese para preparar os correspondentes enantiõmeros (1R,3S) dos compostos de fórmula geral (1) na qual Yg representa um átomo de azoto.
ESQUEMA D
(6a) (ld)
L=Grupo removível
No passo a, modifica-se a porção. 4-hidróxi da molécula dè (IR,4S)-Cis-l-acetoxi-2-ciclQpenteno-4-ol (2) com um grupo removível apropriado (L), mediante procedimentos com os descritos no Esquema A, para formar o derivado 2-ciclopenteno (4a) correspondente. São exemplos representativos de grupos removíveis adequados os grupos triflato, brosilo, tosilo, metanossul fonilo e afins. 0 grupo removível preferido ê o grupo metanos-31sulfonilo, t
No passo b, submete-se o derivado 2-ciclopentenc (4a) que comporta um grupo removível na posição 4 e um grupo acetoxi na posição 1, a um deslocamento pela base nucleõsido correspondente (na qual Yg representa um átomo de azoto), para se obter o análogo nucleõsido 1-acetoxi-carbocíclico (5a) correspondente, com retenção da configuração. Pode efectuar-se esta reacção tal como se descreveu para a reacção de deslocamento no Esquema Δ.
No passo c, remove-se o grupo 1-acetoxi do análogo nu cleõsido 1-ãcetoxi-carbocíclico (5a), de acordo com procedimentos e técnicas convencionais bem conhecidos, para se obter o análogo nucleõsido carbocíclico (6a) correspondente. Por exemplo, pode remover-se o grupo 1-acetoxi por tratamento com uma base, tal como o carbonato de potássio.
No passo d, hidrogena-se o análogo nucleõsido carbocí clico (6a), de acordo com procedimentos e técnicas convencionais, para se obter o análogo nucleõsido carbocíclico (ld) correspondente .
exemplo que se segue apresenta uma síntese típica, tal como se descreve no Esquema D. Entende-se que este exemplo é apenas ilustrativo e não se pretende que o mesmo limite o âmbito desta invenção em algum sentido.
EXEMPLO 4
Cloridrato de (1R,3S)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxi-4-ciclopentano
Passo a: (IS,4R)-Cis-l-metanossulfoniloxiM-acetoxi-^-ciclopenteno
Dissolvem-se l,42g de (IR, 4S)-Cis-l-acetoxi-2-ciclopen
2teno -4-01 (1Q,Q mmoles) em 40 ml de diclorometano, Adicionam-se a esta solução, 3,72g de cloreto de metanossulfonilo (.30,0 mmoles) e 3,63g (30,Q mmoles) de trietilamina, e deixa-se em agitação durante 4,5 horas, Extrai-se a mistura sequencialmente com ãgua e depois com uma solução aquosa concentrada de cio reto de sódio. Seca-se a fase orgânica com sulfato de sódio. Concentra-se a solução para se obter o composto designado no título, sob a forma de um óleo de cor amarela (2,09g rendimento de 95%), o qual serã usado imediatamente na reacção seguinte,
Passo b: (1S,3R)-Cis-1-(9-adenil)-3-acetoxi-4-ciclopenteno
Adiciona-se l,0g de hidreto de sódio (60%, 30,0 mmoles) a uma suspensão em agitação de 4,lg (30,0 mmoles) de adenina em 50 ml de dimetilformamida â temperatura de 60°C. Após agitação durante 3 horas a 60°C, adicionam-se 2,09g (9,5 mmoles) de (IS,4R)-Cis-l-metanossulfoniloxi-4-acetoxi-2-ciclopenteno e continua-se a agitàr durante 16 horas, à temperatura de 60°C. Elimina-se a dimetilformamida sob vazio e retoma-se o re síduo com diclorometano e ãgua, agitando. Remove-se a fase orgânica, extrai-se com uma solução aquosa concentrada de cloreto de sódio e seca-se com sulfato de sódio. Elimina-se o dissolvente sob vazio e dissolve-se o resíduo em diclorometano. Introduz-se a solução numa coluna com 40g de gel de sílica e elui-se com uma mistura de clorofórmio/metanol (9:1), para se obter l,07g do composto designado no título (rendimento de 33%).
(IS,3R)-Cis-1-Ç9-adenil) —3-hidrQxl^4^clclopenteno
Dissolve-se 0,5g (1,7 mmoles) de C1S,3R)-Cis-1-(9-ade
Passo c;
-33·* nil)-3-acetoxi-4-ciclopenteno em 25 ml de metanol, adicionam-se 3 ml de água e em seguida 600 mg de Agita-se a mi£ tura durante 1 hora â temperatura ambiente e depois concentra -se sob vazio até â secura. Retoma-se o resíduo sólido em eta nol para precipitar o I^CQ^ e filtra-se a mistura.. Adiciona-se uma quantidade igual de diclorometano. Introduz-se a mistura numa coluna com 50g de gel de sílica (malhas 70-230) e elui-se com uma mistura de diclorometano/metanol (4:1). Recolhem-se fracções de 40 ml e concentram-se até â secura as fracções que contêm o produto puro para se obter 257 mg do composto designa do no título (rendimento de 62%).
Passo d: Cloridrato de (IR,3S)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxi-4-ciclopentano
Dissolvem-se 50 mg (0,2 mmole) de (IS,3R)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxi-4-ciclopenteno em 5 ml de etanol e 15 ml de água destilada. Adicionam-se a esta solução, 50 mg de óxido de platina (IV) e hidrogena-se a mistura sob 2,1 kg/cm (30 psi) de hidrogénio gasoso, durante 3,5 horas. Filtra-se a mistura através de uma almofada de celite e concentra-se o filtrado até à secura para se obter 41 mg do composto designado no títu lo (rendimento de 82%) , = -24° (MeOH, 0,29 mg/ml)
RMN1H(DMSO/TMS) = 8,7 (s,lH) , 8,5(s,lH), 5,02 (m,lH), -4,3 (m,
1H) , 2,4-1,8 (m,6H) ,
A presente invenção proporciona também um método para efectuar a imunossupressão eF mais específicamente, um mêto do para suprimir a imunidade adaptativa, num paciente que disso necessite, compreendendo a administração ao referido paciente de uma quantidade imunessupressora eficaz, de um composto de fórmula geral (1) ,
Tal como aqui se utiliza, o termo paciente refere-se a um animal de sangue quente, tal como um mamífero que sofra de uma doença, por exemplo, uma doença auto-imune ou doença do enxerto versus hospedeiro, ou está em perigo de rejeitar um tecido ou orgão alogénico transplantado. Entende-se que os seres humanos, os ratinhos e os ratos, estão incluidos no âmbito do termo paciente,
A administração de um composto de fórmula geral (1) a um paciente origina um efeito imunossupressor no paciente. Mais concretamente, a administração de um composto de fórmula geral (1) a um paciente, origina a supressão da imunidade adajo tativa do doente. Por outras palavras, através do tratamento de um paciente com um composto de fórmula geral (1) inibe-se ou suprime-se a resposta imunitária adaptativa, no paciente, de outra maneira presente na ausência de tratamento.
Um paciente necessita de tratamento com um agente imu nossupressor, tal como um composto de fórmula geral (1), quando o paciente sofre de uma doença auto-imune, uma doença do enxer to versus hospedeiro ou quando se pretende evitar a rejeição de tecidos ou orgãos alogênicos transplantados. A designação doença auto-imune diz respeito a estados de doença e patologias nos quais a resposta imunitária do paciente é dirigida con tra os próprios constituintes do paciente, dal resultando uma patologia indesejável e freguentemente terrivelmente debilitante.
Pacientes sofrendo de doenças auto-imunes, tais como
-35a artrite reumatõide, diabetes meltitus insulina-dependente, certas anemias hemolíticas, febre reumática, tiroidite, colite ulcerosa, miastenia gravis, glumerulonefrite, encefalo-mielite alérgica, destruição contínua do tecido nervoso e hepático, a qual algumas vezes se segue a uma hepatite virai, esclerose múltipla e lupus eritematoso sistémico, necessitam de tra tamento com um agente imunossupressor tal como um composto de formula geral (1), A artrite reumatõide, a diabetes melitus in sulino-dependente e a esclerose múltipla caracterizam-se por serem o resultado de uma resposta auto-imune mediada por células e parecem ser devidas â acção das células T. A miastenia gravis e o lupus eritematoso sistémico caracterizam-se por serem o resultado de uma resposta auto-imune humoral. Como tal, o tratamento de pacientes sofrendo destas doenças, pela administração de um composto de fórmula geral (1) seria particular mente eficaz na prevenção de posterior deterioração ou agravamento da patologia do doente. 0 tratamento de um doente numa fase precoce de uma doença auto-imune, tal como a artrite reumatóide, diabetes meltitus insulino-dependente, esclerose múltipla, miastemia gravis ou lupus eritematoso sistémico, seria particularmente eficaz na prevenção de posterior deterioração do estado da doença, resultando numa patologia mais grave. Por exemplo, a diabetes meltitus insulino-dependente (IDDM) é uma doença auto-imune que se crê ser o resultado de uma resposta auto-imune dirigida contra as células β dos Ilhéus de Langerhans que segregam insulina, 0 tratamento de um paciente sofrendo de um estado precoce de IDDM, anterior â completa destruição das células p dos Hhêus de Langerhans, seria particularmente útil na prevenção da progressão da doença, dado que iria evitar ou
-36inibir posterior destruição das células restantes, capazes de segregar insulina. Entende-se que o tratamento de um pacien te que sofra de um estado precoce de outras doenças auto-imunes, seria também particularmente útil para prevenir ou inibir posterior progressão natural do estado da doença para estados mais graves,
Pacientes que receberam ou que vão receber um transplante de tecido ou érgão alogênico, tal como um rim, fígado, coração, pele, medula óssea alogénicos, são também pacientes que necessitam de tratamento profiláctico com um agente imunos supressor tal como um composto de fórmula geral (1). Um agente imunossupressor iria inibir a resposta imunitária adaptativa do hospedeito e, assim, a rejeição do tecido ou órgão alogénico do dador. Do mesmo modo, doentes que sofram de doença de enxerto versus hospedeiro, são doentes que necessitam do tra tamento com um agente imunossupressor, tal como um composto de fórmula geral (1). Um agente imunossupressor impedira a respos ta imunitária adaptativa do tecido ou órgão transplantados de rejeitar o tecido ou órgão alogênico do hospedeiro.
Com base em testes e procedimentos clinicos e labora toriais normalizados, o médico que faz o diagnóstico, como pes. soa entendida na matéria, pode identificar rapidamente estes doentes que necessitam do tratamento com um agente imunossupre^ sor, tal como um composto de fórmula geral (1),
Uma quantidade imunossupressora eficaz de um composto de fórmula geral (1) é a quantidade que, após administração em dose única ou múltipla, proporciona um efeito imunossupressor ou, mais em particular, a supressão da resposta imunitária adaptativa. Um efeito imunossupressor refere-se ao atraso, interrupção, inibição ou prevenção da expressão da resposta imunitária adaptativa, clínico como entendido na matéria, pode facilmente determinar a quantidade imunossupressora eficaz de composto de formula geral (1), através de técnicas conhecidas e observando os resultados obtidos em ciscunstSncias análogas. Ao determinar a dose ou quantidade eficaz, o clínico em questão considera uma série de factores que inclui; a èspêcie do mamífero, o seu tratamento, idade e estado de saúde geral; a doença envolvida; o grau de desenvolvimento ou a gravidade da doença; a resposta individual do paciente; o composto administrado; o mo do de administração; a biodisponibilidade caracteristica da preparação administrada; o regime de dosagem seleccionado; o uso de medicação concomitante; e outras circunstâncias relevan tes.
Admite-se que uma quantidade imunossupressora eficaz, de um composto de fórmula geral (1)deve variar entre cerca de 0,1 miligrama por quilograma de peso do corpo por dia (mg/ Kg/dia) e cerca de 500 mg/Kg/dia. Admite-se que as quantidades preferidas estejam compreendidas entre cerca de 1 e cerca de 50 mg/kg/dia.
Ao efectuar o tratamento a um paciente, pode adminis trar-se um composto de fórmula geral (1), sob qualquer forma ou modo que torne o composto biodisponível em quantidades eficazes, incluindo as vias oral e parentérica. Por exemplo, podem administrar-se os compostos de fórmula geral (!) por via oral, sub-cutâneaintramuscular, intravenosa, transdêrmica, intranasal, rectal, etc. Geralmente, prefere—se a administração oral. Um profissional entendido na técnica de preparação de formulações pode facilmente seleccionar a forma e o modo de ad~3, ministraçao adequados, de acordo com as características do com posto seleccionado e o estado de doença a tratar, a fase da doen ça e outras circunstâncias relevantes.
Podem administrar-se os compostos isoladamente ou na forma de uma composição farmacêutica, em associação com veículos ou excipientes aceitáveis em farmácia, cuja natureza e proporções são determinadas pela solubilidade e propriedades quimi. cas do composto seleccionado, a via de administração escolhida e a pratica farmacêutica comum. Os compostos de acordo com a presente invenção, embora eficazes por si só, podem ser formula dos e administrados sob a forma dos seus sais de adição de ácidos, aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico, por razões de estabilidade, facilidade de cristalização, maior solubilidade, etc.
A presente invenção proporciona também composições que contêm um composto de fórmula geral (1) em associação com um ou mais veículos inertes. Estas composições são úteis, por exemplo, como padrões de ensaio, como meios convenientes para expedição de grandes quantidades ou como composições farmacêuticas, Uma quantidade testável de um composto de fórmula geral (1) ê uma quantidade facilmente mensurável por procedimentos de ensaio e técnicas normalizadas, como ê sabido pelos entendidos na matéria. As quantidades testáveis de um composto de fórmula geral (1) variam geralmente, entre cerca de 0,001% e cerca de 75% do peso da composição. Os veículos inertes podem ser qualquer material que não. se degrade nem reaja covalentemente com um composto de fórmula geral Cl), Exemplos de veículos inertes adequados são a ãgua; tampões aquosos, tais como aqueles que são geralmente utilizáveis na análise por Cromatografia Líqui'4 da de Alta Resolução CHPLC); dissolventes orgânicos, como o ace tonitrilo, acetato de etilo, hexano e afins; e veículos ou exci pientes aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico,
Mais concretamente, a presente invenção proporciona composições farmacêuticas que contêm uma quantidade imunossupres sora eficaz de um composto de formula geral (1) em mistura ou ou tro tipo de associação com um ou mais veículos ou excipientes aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico.
As composições farmacêuticas são preparadas de modo co nhecido na técnica farmacêutica. O veículo ou excipiente pode ser um material sólido, semi-sólido ou líquido, que pode servir como veículo ou meio para o ingrediente activo. Os veículos ou excipientes adequados são bem conhecidos neste campo. A composição farmacêutica pode adaptar-se ao uso oral ou parentérico, incluindo a aplicação tópica, e pode ser administrada ao paciente sob a forma de comprimidos, cápsulas, supositórios, soluções, suspensões, etc.
Os compostos de acordo com a presente invenção, podem administrar-se oralmente, por exemplo, com um diluente inerte ou com um veículo comestível. Podem ser acondicionados em cápsulas de gelatina ou prensados sob a forma de comprimidos. Para efeitos de administração terapêutica oral, podem incorporar-se estes compostos em excipientes e usar-se sob a forma de comprimidos, pastilhas, cápsulas, elixires, suspensões, xaropes, hóstias, gomas de mascar, etc, Estas preparações devem conter pelo menos 4% do composto de acordo com a presente invenção, o ingrediente activo, podendo esta percentagem variar, dependendo da forma farma cêutica específica, entre 4% e cerca de 70% do peso da unidade.
A quantidade de composto presente nas composições será tal que
-40- / se obtenha uma dosagem apropriada. Preferem-se as composiçoes e preparações de acordo com a presente invenção, preparadas de modo a que uma unidade de dosagem oral contenha 5,0 a 300 mili gramas de um composto de acordo com a presente invenção.
Os comprimidos, pílulas, capsulas, pastilhas, etc, podem também conter um ou mais dos seguintes adjuvantes: agregantes, tais como a celulose microcristalina, goma tragacan to ou gelatina; excipientes, tais como o amido ou a lactose; agentes desagregantes tais como o ácido algínico, Primogel, ami do de milho e afins; lubrificantes, tais como o estearato de magnésio ou Sterotex; deslizantes, tais como o diõxido de silício coloidal; podendo adicionar-se agentes edulcorantes, tais como a sacarose ou a sacarina ou um agente aromatizante tal como a hortelã-pimenta, salicilato de metilo ou aroma de laranja. Quando a unidade de dosagem é uma cápsula, esta pode conter, adicionalmente aos materiais anteriormente descritos, um veículo liquido, tal como o polietilenoglicol ou um óleo gordo. Outras unidades de dosagem podem conter outros materiais que modi fiquem a forma física da unidade de dosagem, por exemplo, como revestimentos. Assim, os comprimidos ou as pílulas podem ser re vestidos com açúcar, goma-laca ou outros agentes de revestimento entérico. Um xarope pode conter, adicionalmente aos presentes compostos, sacarose como agente edulcorante e determinados conservantes, corantes e aromatizantes. Os produtos usados na preparação destaã composições devem ser puros, do ponto de vista farmacêutico e._não tóxicos nas quantidades usadas.
Data efeitos.de administração terapêutica parenteral, incluindo administração tópica, podem incorporar-se os compostos de acordo com a presente invenção, numa solução ou suspen-w sao. Estas preparações devem conter pelo menos 0,1% de um composto de acordo com a presente invenção, percentagem esta que pode variar entre 0,1 e cerca de 50% do peso da preparação. A quantidade de composto de acordo com a presente invenção, exis tente nestas composições, permite obter uma dosagem apropriada.
As composições e preparações preferidas, de acordo com a presen te invenção, são preparadas de modo a que a unidade de dosagem parentérica contenha 5,0 a 100 miligramas do composto da presen te invenção.
As soluções ou suspensões podem também conter um ou mais dos seguintes adjuvantes: diluentes estéreis, tais como ãgua para injectãveis, solução salina, óleos fixos, polietileno glicóis, glicerina, propilenoglicol ou outros dissolventes sintéticos; agentes anti-bacterianos, tais como o álcool benzílico ou o metil-parabeno; anti-oxidantes, tais como o ácido ascórbico ou o bissulfito de sódio; agentes quelantes, tais como o ãci do etilenodiaminatetracêtico; tampões, tais como acetatos, citratos ou fosfatos; e agentes para ajustamento da tonicidade, tais como o cloreto de sódio ou a dextrose. A preparação parentérica pode ser acondicionada em ampolas, seringas descartáveis ou frascos-ampolas multidose, de vidro ou plástico.
Tal como acontece com qualquer grupo de compostos estruturalmente relacionados que possuem uma determinada utilidade genérica, preferem-se determinados grupos e configurações pa ra os compostos de fórmula geral (1) na sua utilização final. Geralmente, preferem-se os compostos de fórmula geral (1) na qual Yg representa um átomo de azoto, Geralmente, preferem-se os compostos de fórmula geral (1) na qual Y7 representa um átomo de azoto, Geralmente, preferem-se os compostos de fórmula ge
-t, ral (1) na qual Yg representa um grupo CH. Geralmente, preferem-se os compostos de formula geral (1) na qual Yg representa um átomo de azoto. E ainda, prefere-se geralmente compostos de fórmula geral (1) na qual Q representa um grupo NE^ e Z representa um átomo de hidrogénio.
Preferem-se particularmente os seguintes compostos de fórmula geral (1):
Cloridrato de (1S,3R)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxiciclopentano Cloridrato de (1R,3S)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxiciclopentano
Os estudos que se seguem ilustram a utilidade dos compostos de fórmula geral (1). Entende-se que estes estudos são apenas ilustrativos e não se pretende que os mesmos limitem o âmbito da invenção, em algum sentido- Tal como aqui se usam, os termos que se seguem têm os significados que se indicam: yjM refere-se a concentração micromolar; Unidades refere-se â medida de proteína internacionalmente aceite; S.D. refere-se ao desvio-padrão; nmole” refere-se a nanomoles;
ng” refere-se a nanogramas.
Isolaram-se macrôfagos peritoneais de rato e desenvolveram-se em cultura celular, tal como descrevem Edwards et al, /* Science, 239 (1988) 769 Incubaram-se os macrôfagos com zymo san opsonizado (3mg/ml), o qual actua como estimulo em partículas, e interferão recombinante de rato (rrIFN-Y)(1000 unidades/ml), que actua como uma linfoquina activadora, na presença de várias concentrações de (lg,3R)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxici clopentano (0 a 100Q ^iM)< Determinou-se o grau de iniciação (priming”) dos macrôfagos usando o ensaio do Anião Superôxido (02-j como descreveu Edwards et al, { Science, 239(1988) 769 J „
Os resultados deste estudo mostram que o (IS,3R)-Cis-1-(9-ade-
nil)-3-hidroxi-4-ciclopenteno inibe eficazmente a iniciação dos macrõfagos de rato, in' vitro, com uma CI^q de 2,5 jjM,
Foi usado o modelo de inflamação da bolsa de ar do ra to para obter PMN usando 25ng/bolsa de interleucina-1 humana recombinante (rHUlL-1) para eliciar as células, essencialmente de acordo com o método de Esser et al, £ Interna t. J, Tis sue Reactions, XI (1989) 291 incubaram-se PMN com acetato de miristato de forbol (PMA)(200ng/ml), que actua como um estimulo solúvel, e rrIFN~y (1000 unidades/ml), que actua como uma linfo quine estimuladora, ou rHuIL-1 (500 Unidades/ml), que actua como uma citoquina estimuladora, na presença de várias concentrações de (1S,3R)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxiciclopentano (0 a 1000 ^iM). Determinou-se o grau de iniciação de macrõfagos usando o ensaio do Anião Superõxido, tal como descrevem Edwards et al, /'Science, 239 (1988) 769 Os resultados deste estudo demons tram que o (IS,3R)-Cis-1-(9-adenil)-3-hidroxiciclopentano inibe eficazmente a iniciação (priming) de rrIFN-Y dos PMN de Pato, in vitro, com uma CIj-θ de 0,001 juM e inibe eficazmente a iniciação de rHuIL-1 dos PMN de rato, in vitro, com uma IC^q de 0,001
Claims (6)
- REIVINDICAÇÕES1-- Processo para a preparação de compostos de fórmu la geralQ- J na qual o substituinte hidroxi apresenta, no núcleo ciclopentanilo, a configuração cis relativamente ao substituinte bicíclico;Yg , Υγ, Yg e Yg representam, cada um, independente mente, um átomo de azoto ou um grupo CH; e Q e Z representam, cada um, independentemente, um átomo de hidrogénio ou de halogéneo ou um grupo NH2, ou dos seus sais aceitáveis sob o ponto de vista farmacêutico, caracterizado pelo facto de se submeter o derivado ciclopentenílico correspondente a hidrogenação catalítica.
- 2. - Processo de acordo com a reivindicação 1, carac terizado pelo facto de se realizar a hidrogenação catalítica na presença de dióxido de platina.
- 3. - Processo de acordo com a reivindicação 1, para a preparação de (IS, 3R)-cis-1(9-adenil)-3-hidroxiciclopentano, caracterizado pelo facto de se utilizarem compostos iniciais correspondentemente substituídos.
- 4. - Processo de acordo com a reivindicação 1, para a preparação de (IR,3S)-cis-1(9-adenil)-3-hidroxiciclopentano, ca- racterizado pelo facto de se utilizarem compostos iniciais correspondentemente substituídos.
- 5.- Processo para a preparação de composições farma cêuticas apropriadas para o tratamento da rejeição de um aloenxerto ou de doenças autoimunitárias, tais como diabetes mellitus insulino-dependente, esclerose múltipla, artrite reuma tóide, lupus eritematoso sistémico ou miastenia gravis, caracterizado pelo facto de se misturar uma quantidade eficaz sob o ponto de vista terapêutico de um composto de fórmula geral 1 preparado pelo processo de acordo com a reivindicação 1 com acção supressora da resposta imunitária do doente a tratar, com um ou mais veículos ou excipientes inertes aceitáveis em farmácia.
- 6.- Método para o tratamento da rejeição de um aloenxerto ou de doenças imunitárias tais como diabetes mellitus insulino-dependente, esclerose múltipla, artrite reumatõide, lupus eritematoso sistémico ou miastenia gravis, caracterizado pelo facto de se administrar, diariamente, a um doente uma quantidade eficaz sob o ponto de vista imunossupressor, compreendida entre 0,1 e 500 mg/Kg de peso do corpo do doente, de um composto de fórmula geral 1, preparado pelo processo de acordo com a reivindicação 1, com acção supressora da resposta imunitária des
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