PT754924E - Instalacao e processo de calcinacao de materias minerais com emissao reduzida de oxidos de azoto - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "INSTALAÇÃO E PROCESSO DE CALCINAÇÃO DE MATÉRIAS MINERAIS COM EMISSÃO REDUZIDA DE ÓXIDOS DE AZOTO" A presente invenção tem por objectivo uma instalação de calcinação de quaisquer matérias minerais, tais como, por exemplo, matérias primas para o fabrico de cimento, cal, alumina, magnésio ou dolomita, tendo pelo menos uma fase de pré-calcinação intercalada entre pelo menos uma fase anterior de pré-aquecimento e pelo menos uma fase ulterior de calcinação ou cozedura.
Visa igualmente um processo para a calcinação de tais matérias tendo uma fase de pré-calcinação intercalada entre pelo menos uma etapa anterior de pré-aquecimento e pelo menos uma etapa ulterior de calcinação ou cozedura. Já se propuseram instalações de pré-calcinação de matérias minerais compreendendo especialmente um pré-calcinador essencialmente constituído por uma câmara de combustão alimentada corr. ar quente, por combustível e por matéria mineral, por uma câmara de reacção que comunica com a câmara de combustão e alimentada por um lado por efluente da câmara de combustão e por outro lado por fumos contendo óxidos de azoto que provêm de um forno de calcinação ou cozedura, sendo estes dois termos considerados aqui como equivalentes, e por um ciclone que recebe efluente da câmara de reacção e separa-o em matéria mineral que é enviada para o forno de calcinação, e em gás efluente, que é enviado para pelo menos uma fase de pré-aquecimento. 1 0 efluente da câmara de reacção é constituído por uma suspensão de matérias minerais pulverulentas nos fumos de combustão do combustível e de decomposição da matéria mineral, que provem ca câmara de combustão do pré-calcinador e do forno de calcinação. 0 i .·.·· ' i-R-A-2 691 790 descreve uma instalação e um process- ; . · ' que permite uma redução de aproximadamente 30 a 70· : ce azoto gerados pelo forno de calcinação.
Esta inst.. . i ; : r: tipo que compreende um pré-calcinador essencia i r >·. · ·.:.:;· :iuído por uma câmara de combustão alimentada : ; a; c,e:.te, em combustível e em matéria mineral, por uma câmara >:;· reacção que comunica com a câmara de combustão e alimentara trr. o: ar.te da câmara de combustão e em fumos ricos em óxidos oe ru-oto provenientes de um forno de calcinação, e de um ciclone de separação da matéria mineral dos gases efluentes, estando o referido cic.tone ligado à câmara de reacção por uma conduta ou anáiogo; esta instalação é caracterizada por a alimentação em ar quente da câmara de combustão ser feita por pelo menos uma primeira conduta que desemboca na referida câmara, peio menos uma segunda conduta ligada a pelo menos um queimador montado sobre a referida câmara, enquanto que pelo menos uma terceira conduta de ar quente desemboca na conduta de ligação da câmara de reacção ao ciclone. Nesta instalação, os fumos que contêm os óxidos de azoto que vêm do forno de calcinação não atravessam a câmara de combustão e não penetram no pré-calcinador a não ser ao nível da câmara de reacção. 0 documento FR-A-2 691 790 precisa igualmente a percentagem de ar que passa em cada uma das três condutas anteriormente citadas. 2 r-,
A presente invenção diz respeito a uma instaiação e a um processo graças aos quais a taxa de eiiminação dos óxidos ae azoto ainda é maior em relação à instalação e ao processo do documento FR-A-2 691 /90, e que permite a utilização de combustíveis gasosos, líquidos ou sólidos em que a composição química ou as características de combustão são de natureza a gerar óxidos de azoto.
Para além disso, esta instalação de acordo com uma forma preferida da invenção permite igualmente, graças à sua disposição particular, a utilização de combustíveis de qualidade medíocre e portanto ae baixo custo. A instalação de calcinação de matéria mineral sob a forma pulverulenta da invenção é do tipo que compreende meios de pré-aquecimento de uma matéria mineral pulverulenta, meios de pré-calcinação aa matéria minerai pré-aquecida, ligados aos meios de pré-aquecimento, e meios de calcinação (ou cozedura) de matéria mineral pré-calcinada ligados aos meios de pré-calcinação .
Nesta instalação os meios de pré-calcinação compreendem, essencialmente: a) pelo menos uma zona (ou câmara) de combustão tendo meios de alimentação de ar quente, e de uma parte de matéria mineral pré-aquecida proveniente dos meios de pré-aquecimento e de combustível, b) pelo menos uma zona (ou câmara) de reacção que comunica com a zona de combustão e tendo meios de alimentação em fumos de 3 combustão de combustível e de decomposição residual da matéria π dera'. que provém dos meios de calcinação (ou de cozedura), ci pelo menos uma zona (ou câmara) de pós-combustão tendo .' .·· oe mimentação em ar quente, e 3 ‘ pe . o menos um ciclone em que a entrada comunica com a zcr.a ee cós-combustão e as saídas comunicam respectivamente com os meios Je pré-aquecimento e com os meios de calcinação. A inscalação é caracterizada por compreender uma zona de contacto interposta entre a zona de reacção e a zona de pós-combustão, tendo a referida zona de contacto meios de alimentação em matéria mineral pré-aquecida proveniente dos meios de pré-aquecimento, sem passar pela zona de combustão e pela zona de reacção. 0 processo de acordo com a invenção de calcinação de matérias minerais compreende a passagem de matéria mineral sucessivamente por uma zona de pré-aquecimento, por uma zona de pré-calcinação e por uma zona de calcinação, compreendendo a zona de pré-calcinação sucessivamente uma zona de combustão, uma zona de reacção, uma zona de contacto, uma zona de pós-combustão e uma zona de separação entre a matéria mineral e os gases de comoustão, a alimentação de ar sub-estequiométrico da zona de combustão, a alimentação de ar à zona de pós-combustão, a alimentação separada de matéria mineral pré-aquecida à zona de combustão e à zona de contacto a partir da zona de pré-aquecimento, a alimentação à zona de reacção de fumos contendo óxidos de azoto e provenientes da zona de calcinação, a colocação em circulação de efluente da zona de combustão através, sucessivamente, da zona de reacção, da zona de 4
' y ο i ‘rx contacto, da zona de pós-combustáo e da zona de separação, o envio de gases de combustão, separados na zona de separação, para a zona de pré-aquecimento e o envio de matéria mineral, separada na zona de separação, para a zona de combustão em relação â quantidade total de matéria mineral que alimenta a zona ae calcinação, sendo a proporção de matéria mineral que alimenta a zona de pré-calcinação controlada para ter uma temperalur<. oe efluente da zona de combustão compreendida entre 950 e Jz.Oc t e de preferência entre 1000 e 1100°C à entrada da zona de rtuiçu·. A como mação de uma combustão sub-estequíométrica e de uma temperatura e-evada à salda da zona de combustão cria condições particularmcntc favoráveis â redução de óxidos de azoto. Ê clarc que a proporção de matéria mineral assim definida depende em caca caso particular de um determinado número de factores tais como a natureza do combustível, da sua quantidade, do seu poder combustível, e da energia térmica fornecida pela combustão, eoc.. Ela poderá ser determinada por considerações teóricas e/ou por uma experiência simples. Representará em geral de 50 a 90% da quantidade tocai de matéria mineral, sendo o complemento enviado para a zona de contacto.
As características e as vantagens da invenção serão melhor compreendidas na descrição pormenorizada que se segue e se refere aos desenhos anexados dados unicamente a titulo de exemplo, e nos quais: A figura 1 é um esquema de uma instalação de cozedura de matérias minerais na qual é incorporada um pré-calcinador de acordo com a presente invenção. 5 χ' A figura 2 é uma vista pormenorizada, mas esquemática, desce pré-calcinador. A figura 3 representa uma variante de execução das zonas de reacção e de contacto do pré-caicinador.
Reportando-nos à figura 1, vê-se uma instalação de cozedura de matérias minerais na qual a matéria alimentada no estado pulverizado atravessa sucessivamente um pré-aquecedor 1, um pré-calcinador 2, um forno de calcinação ou de cozedura 4, por exemplo do tipo forno rotativo, e um arrefecedor 5. A matéria pulverizada é alimentada em 6 ao pré-aquecedor 1 no qual os fumos quentes 7 obtidos no pré-calcinador 2 pré-aquecem a referida matéria depois são evacuados 16 com a ajuda de um ventilador não representado. A matéria quente 8 que sai do pré-aquecedor 1 é essenciaimente pré-calcinada no pré-calcinador 2 por um fornecimento de energia que provém por um lado da combustão de um combustível 9 com o ar pré-aquecido que chega por uma conduta 10 do arefecedor 5 e por outro lado, dos fumos 11 que provêm do forno 4, por exemplo através de uma caixa de junção 3. A matéria pré-calcinada 12 é alimentada ao forno 4 através de uma caixa de junção 3 para terminar a calcinação ou a cozedura por um fornecimento de energia proveniente da combustão de um combustível 13 com o ar pré-aquecido 14 proveniente do arrefecedor 5. 0 produto calcinado 15 (cozido, clinquerizado ou fundido de acordo com o material) que sai do forno 4, é arrefecido no arrefecedor 5 por meio de uma permuta com ar 6
fresco 14a introduzido neste, depois o produto é evacuado em lòa.
Peio menos uma parte de ar quente recuperado no arrefecedor 5, fui como o que passa na conduta 10, é utilizado como ar de combustão no pré-caicínador 2, como materializado peia seta M na figura z.
A quente seta que N na sai figura 1 ilustra o excedente eventual de ar ao arrefecedor 5 e destinado a outras utilizações.
Na figura 2, vê-se que o pré-calcinador propriamente dito é composto por uma câmara (ou zona) de combustão 20 que, de acordo com a invenção, recebe uma parte somente da carga mineral pré-aquecida proveniente do pré-aquecedor 1 pela conduta 8 que se subdivide em dois ramos 33 e 44. Somente a matéria do ramo 44 chega à câmara de combustão, seja directamente, seja de preferência por colocação prévia em suspensão em 17 numa corrente de ar quente tal como a da conduta 27. A câmara de combustão 2C é ligada, por exemplo por uma conduta 21, à câmara de reacção 22, sendo esta última ligada por intermédio da conduta 11 e de uma válvula ou de um estrangulamento 23, à caixa de junção 3 de onde saem os fumos (seta D) que penetra na câmara de reacção na sua parte inferior. Na sua parte superior, a câmara de reacção 22 comunica com uma câmara ou zona de contacto 26, que recebe em 33a uma parte da carga mineral a pré-caicinar peia conduta 33 e comunica pela sua parte superior com uma conduta (ou zona) 24 de pós-combustão, de preferência em forma de pescoço de cisne, desembocando (seta E) num ciclone 25 que permite a recuperação do produto pré-calcinado em 12, enquanto 7
r-"' que os rumos ou gás de combustão são enviados peia conduta 7 a um. ou mais andares de pré-aquecimento da carga mineral.
De acordo com uma forma de realização preferida, conforme a FR-A-2 691 790, o ar quente M penetra no pré-calciador 2 por uma conduta 10 que se subdivide em pelo menos três condutas, uma primeira conduta 27 desembocando tangencialmente na câmara de combustão 20, uma segunda conduta 28 desembocando tangencialmente, por exemplo através de uma voluta 29, na parte superior da referida câmara 20 ao nivel de um queimador 30 que equipa esta câmara, e uma terceira conduta 31 desembocando em um ou mais pontos na conduta ou na câmara 24 de pós-combustâo e de ligação da câmara de contacto 26 com o ciclone 25.
Observar-se-á aqui que a primeira conduta 27 e a segunda conduta 2 8 imprimem de preferência ao ar quente um mesmo sentido de rotação na câmara de combustão 20. O queimador 30 recebe combustível materializado pelas setas F e Fa, podendo esta injecção de combustível ser feita à escolha por uma ou outra das instalações ou ainda pelas duas.
De acordo com uma variante menos preferida, utilizável para os combustíveis fáceis de queimar, a câmara de combustão 2 0 é de construção mais simples e pode comportar somente uma entrada de ar 27 ou 28, uma entrada de combustível F ou Fa, uma entrada de matéria mineral 44 e uma saída 21. O fluxo de ar quente que sai da terceira conduta 31 pode, como ilustrado, ser dividido em várias correntes controladas, por exemplo pelas válvulas G e H. 8
Mostrou-se um conjunto de válvulas de regulação do caudal de ar quente proveniente por um lado, através da primeira conduta 2/ (válvula 32a), para a câmara de combustão 20 (seta A), e por ;/„rrc lado das segunda e terceira condutas 28 e 31 (setas L; <: 2 respectivamente) com as válvulas 32b e 32c respect. : v · · . Gb3t ! j que os gases ou fumos de combustão do forno 4 não atra'.·· .amara de combustão 20. A :·:. : : car.t cielo 26 recebe o efluente da câmara de reacção 2.·., r r_itu:aa por matéria mineral aliment ada por 44 parcialmer.tn scarronatada, e em suspensão nos fumos de combustão cr.vcn -cr.tes da câmara de combustão 20 através da conduta 21 e o; lorr o oe calcinação < 1 através da conduta 11 , e uma segunda paro e da matéria mineral a pré-caicinar alimentada pela conduta o.;. Esta zona de contacto está de preferência munida de dispositivos do tipo distribuidor de matéria (chicanas ou colheres), que repartem a matéria na queda e permitem assegurar a retomada o a colocação em suspensão da matéria mineral introduzida nesta zona pelo efluente da zona de reacção, e evitar uma queda directa para a zona de reacção 22 o que conduziria a um arrefecímento e a perturbações desta zona 22.
Nesta zona de contacto 26 fazem-se uma permuta térmica e uma mistura entre a matéria mineral alimentada pela conduta 33 e o efluente da câmara de reacção 22. 9
Representaram-se as câmaras 22 e 26 sob a forma de um espaço continuo. Entende-se que estes espaços podem ser separados, por exemplo por uma conduta de junção ou de ligação.
Neste caso, a retomada da segunda parte da matéria mineral a pré-calcinar proveniente da conduta 33 é favorecida pelo aumento da velocidade do efeito de jacto da suspensão proveniente da câmara de combustão. A figura 3 câmaras 22 e 26, ilustra esta variante. Voltam a encontrar-se as mas estão separadas e ligadas por uma conduta de ligação 21a.
De acordo com uma outra forma de realização, a câmara ou zona 26 é constituída por uma conduta simples que liga a zona de reacção 22 à zona de pós-combustão (sendo esta última constituída por uma parte da conduta 24 em forma de pescoço de cisne) . A parte a montante da conduta 24 pode ser utilizada para este efeico entrando a matéria mineral neste caso no ponto 33b e não no ponto 33a. 0 aumento da velocidade de suspensão à entrada da conduta 24 permite ainda uma retoma mais eficaz da matéria minerai alimentada em 33b. Neste caso, a zona de maior diâmetro a montante da conduta 24 será unicamente a zona de reacção.
De forma geral, deve entender-se que as expressões "câmara", "zona" ou "conduta" não têm significado distinto e designam somente os espaços onde se produzem um ou mais fenómenos físicos e/ou químicos e em que o tamanho e a forma são adaptados para assegurar um tempo de permanência suficiente e permitir um desenvolvimento correcto do (dos referidos) fenómeno(s), e para assegurar um contacto íntimo entre os gases 10
em presença e a matéria através de turbulências que favorecem as : sruras e as permutas térmicas. (J emprego de uma ou de outra destas expressões não tem qque: outro fim que não seja facilitar a compreensão da p I ΰ 3 ·ϋ Γ i L cj 'j /. p O S i Ç á. O . 0 pre-aquecedor 1 pode comportar condutas de colocação em coi.cuclc uu matéria mineral pulverulenta 6 com os gases de corrbustac quentes provenientes do pré-calcinador 2 e eventuain.erme do forno de cozedura 4 por uma conduta tai como 7, terminando cada conduta de colocação em contacto num ciclone separaaor ou análogo, permitindo a descida progressiva da carga minerai e u re-suoida progressiva dos gases de combustão.
Estas instalações são bem conhecidas dos especialistas e não serão descritas em pormenor (ver por exemplo W.H. DUDA, Cement data book, Bauverlag Wiesbaden und Berlin, 3a edição pg 473 a 516) .
Em determinados casos, uma parte do gás de combustão do forno 4 pode ser dirigido directamente deste para o pré-aquecedor ("by-pass") sem atravessar o pré-calcinador, o que não permite entretanto beneficiar de todas as vantagens da invenção no que diz respeito à redução do teor dos fumos em óxidos de azoto.
Determinados pré-aquecedores são do tipo de dupla alimentação com os circuitos de re-aquecímento separados por porções distintas da carga mineral inicial. 11
Neste caso, náo é necessário um separador tal como o 34, ou pelo menos está colocado a montante do pré-aquecedor, podendo uma das porções re-aquecidas da matéria mineral vir directamente para a câmara ae combustão 20 e a outra porção re-aquecida podendo vir airectamente para a câmara de contacto 26. O arreíecedor 5 pode ser do tipo clássico, tal como descrito no exemplo por W.H. DUDA, Cement adata book, Bauverlag Wiesbaden :r.a boriin 3a edição pg 517 a 552, e não será portanto descrito outra voz. É esser.rla: de acordo com o processo da invenção, por um lado, que as ccnciçôes de combustão, sub-estequiométricas sejam feitas na câmara de combustão 20, e por outro lado, que a proporção de matéria mineral admitida na câmara de combustão 20 seja controlada para que a temperatura do efluente desta câmara esteja a uma temperatura de 950 a 1200°c, de preferência de 1000 a 1100°C, quando penetra na câmara de reacçâo 22, isto com o fim de reduzir o reais possível o teor em óxidos de azoto, por um lado dos gases provenientes da câmara de combustão 20 e por outro dos fumos provenientes do forno 4. É igualmente essencial que os gases ou fumos de combustão do forno 4 não atravessem a câmara de combustão 20 e não sejam admitidos no pré-calcinador a não ser na câmara de reacção 22.
Uma outra característica preferida da invenção está no facto de se alimentar a câmara de combustão com uma quantidade de ar de combustão por defeito em relação à quantidade normalmente necessária para queimar a totalidade do combustível admitido na câmara de combustão, quer dizer para oxidar completamente em C02 e H20 os principais constituintes carbonatados e hidrogenados presentes no combustível (quantidade 12
sub-estequiométrica de oxigénio). A quantidade complementar de ar que permite uma combustão mais completa das matérias combustíveis é admitida dírectamente na zona de pós-combustão. A atmosfera criada na câmara de combustão e que é enviada para a câmara de reacção pode portanto ser qualificada de "redutora" porque contém compostos químicos tais como o C, o CO e os radicais hidrocarbonados que se podem oxidar permitindo obter dois efeitos principais:
* realizar uma combustão com baixa taxa de óxido de azoto na câmara de combustão 20, graças a uma combustão sub-estequiométrica, * destruir por reacção química os óxidos de azoto que vêm do forno de calcinação ou de cozedura por 11, tendo esta destruição lugar na câmara de reacção 22.
As ligações das condutas 27 e 28 sobre a câmara 20 são de preferência feitas tangencialmente ao corpo cilíndrico desta câmara para dar um movimento de rotação ao gás a fim de favorecer as turbulências e a centrifugação da matéria sobre as paredes. Obtém-se desta forma uma boa mistura térmica entre os gases, a matéria mineral e o combustível assim como a protecção térmica das paredes por efeito de cobertura da matéria sobre as paredes.
Indica-se a seguir as modalidades preferidas de realização da invenção: * a velocidade de injecçâo dos fumos ricos em óxidos de azoto II na câmara de reacção está vantajosamente compreendida 13 entre 20 e 40 m/s, a velocidade média dos fumos na câmara de reacçâo está compreendida entre 5 e 20 m/s, de preferência 10 a 15 m/s, e a velocidade média dos fumos na conduta atrás citada 24 a lusante da mjecçáo do terceiro fluxo de ar está compreendida entre 8 e 24 m/s, de preferência 12 a 18 m/s. * precisar-se-á ainda aqui que, na forma de realização da figura 2, a velocidade axial de injecção do combustível pulverizado na câmara de combustão está vantajosamente compreendida entre 10 e 30 m/s, e de preferência entre 10 e 18 m/s, enquanto que o ar sob pressão fornecido pelo queimador é injectado na referida câmara a uma velocidade superior a 75 m/s, e de preferência superior a 150 m/s. O ar quente está utilmente sub-dividido num primeiro fluxo 27 injectado tangencialmente na câmara de combustão e representando entre 4 0 e 85% do fluxo de ar quente total, num segundo fluxo 28 injectado ao nível da alimentação em combustível na câmara de combustão e representando entre 5 e 30% do fluxo de ar quente total e um terceiro fluxo 31 injectado na conduta de ligação da zona de contacto com o ciclone e representando entre 10 e 50% co fluxo principal.
Precisa-se aqui, que a disposição do segundo fluxo 28 permite obter uma primeira zona de combustão com unicamente combustível e ar, na ausência de matéria mineral para calcinar. Esta disposição favorece o início da combustão dos combustíveis difíceis de queimar.
De preferência, o primeiro fluxo representa entre 50 e 75% do fluxo de ar quente total, o segundo fluxo entre 15 a 30%, e o terceiro fluxo entre 15 e 30%. 14
Portanto realizou-se de acordo com a invenção uma instalação e um processo de pré-calcinação com vantagens excepcionais em especial em relação à redução das emissões de óxidos cte azoto que são nefastas para o ambiente. É claro que a invenção não fica limitada à forma de realização descrita e ilustrada que apenas foi dada a titulo de exemplo.
Lisboa, 14 de Maio de 2001 Ο ΑΟΡ'ΪΓΕ ofícíal da propriedade industrial /
\ 15
Claims (2)
- Γ\ * · ? REIVINDICAÇÕES 1. InstaiaçaO de calcinação de matéria mineral sob a forma pulveruienta do tipo compreendendo meios de pré-aquecimento (1) ao uma matéria mineral pulverulenta, meios de pré- 03 10-,:. :./.10 (2) da matéria mineral pré-aquecida, ligados aos me:':' :: (.--aquecimento (1), e meios de calcinação (4) da mato:. . ral pré-caicinada ligados aos meios de pré- ca.o.r. . . . , instalação na qual os meios de pré-calcinação (2) c : :<-*·· i-mi essencialmente: a) po-: „na zona de combustão (20) tendo meios de alimer.-,ύ',ι.. uo -_r quente, e de uma parte de matéria mineral prè-aqueo oa proveniente dos meios de pré-aquecimento (1) e de comoυst;: vel, b) peio menos uma zona de reacção (22) que comunica com a zona ue comouslao (20) e tendo meios de alimentação em fumos de combustão que provêm dos meios de calcinação de (4) , c) pelo menos uma zona de pós-combustão (24) tendo meios de alimentação de ar quente, e d) pelo menos um ciclone (25) em que a entrada comunica com a zona de pós-combustão (24) e as saídas comunicam respectívamente com os meios de pré-aquecimento (1) e com os meios de calcinação (4) sendo a referida instalação caracterizada por compreender uma zona de contacto (26) colocada entre a zona de reacção (22) e a zona de pós- combustão (24), tendo a referida zona de contacto (26) meios de alimentação de uma parte da matéria mineral pré- i aquecida proveniente dos meios de pré-aquecimento (1)/ sem passar pela zona de combustão e peia zona de reacção. Insnaiação de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a zona de combustão (20) compreender um queimador (30) e por os meios de alimentação de ar quente da zona de comoustâo (20) compreenderem pelo menos uma primeira conduta (27) que desemboca tangencialmente na zona de comoustâo (20) e pelo menos uma segunda conduta (28) que desemboca tangencialmente na zona de combustão (20) ao nivel ao queimador (30), de forma a imprimir um mesmo sentido de rotação ao ar quente proveniente das condutas (27 e 28; na zona de combustão (20). Instalação de acordo com a reivindicação 2, na qual os meios de alimentação da zona de combustão de uma parte da matéria mineral pré-aquecida estão ligados unicamente à primeira conduta (27), recebendo o queimador somente ar quente pela segunda conduta (28). Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, na qual a zona de contacto está equipada cora dispositivos que repartem a matéria permitindo assegurar a retoma e a colocação em suspensão da matéria mineral no efluente da zona de reacção. Processo de calcinação de matérias minerais com emissão reduzida de óxidos de azoto caracterizaao por se fazer passar uma matéria mineral sucessivamente por uma zona de pré-aquecimento (1), uma zona de pré-calcinação (2) e uma zona de calcinação (4), compreendendo a zona de pré-calcinação sucessivamente uma zona de combustão (20), uma 2 zona de reacção {22), uma zona de contacto (26), uma zona pós-combustão (24) e uma zona de separação (25) entre a n.a teria mineral (12) e os gases de combustão (7), se a i :mentar em ar sub-estequiométrico (27 e/ou 28) a zona de ucuo^stão, se alimentar em ar (31) a zona de pós-combustão, ?<- o. ementar separadamente a matéria mineral a zona de o;u ..sr.áo (44) e a zona de contacto (33) a partir da zona : :e-aquecimento, se alimentar a zona de reacção (22) com rumos (11) da zona de calcinação, se faz circular o e: . >.·.: te da zona de combustão através, sucessivamente, da zona oe reacção (22), da zona de contacto (26), da zona de pós-comoustâo (24) e da zona de separação (25), se enviarem os gases de combustão (7), separados da zona de separação à zona ae pré-aquecimento (i), se enviar matéria mineral (12), separada da zona de separação à zona de calcinação (4), e se controlar a proporção de matéria mineral (44) que alimenta a zona de combustão em relação à quantidade total ae matéria mineral que alimenta a zona de pré-calcinação (8) para ter uma temperatura de efluente da zona de combustão compreendida entre 950 e 1200°C à entrada da zona de reacçáo.
- 6. Processo de acordo com a reivindicação 5, no qual a temperatura de efluente da zona de combustão é de 1000 a 1100°C à entrada da zona de reacção. Lisboa, 14 de Maio de 20013
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