PT748196E

PT748196E - Penso higienico com triseccoes

Info

Publication number: PT748196E
Application number: PT95901019T
Authority: PT
Inventors: Ralph Robert Emenaker; Charles William Amos Jr
Original assignee: Procter & Gamble
Priority date: 1994-03-01
Filing date: 1994-10-21
Publication date: 2000-11-30
Also published as: DE69424950D1; PE28195A1; CN1147760A; FI963397A0; EP0748196A1; HUT77396A; BR9408545A; CN1104875C; TW304874B; FI963397A; CA2183238A1; DK0748196T3; DE69424950T2; HU220676B1; CZ247196A3; SG49000A1; ATE193823T1; HK1012936A1; MY113293A; ZA948508B

Description

DESCRIÇÃO

PENSO HIGIÉNICO COM TRISECÇÕES

ÂMBITO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a pensos higiénicos, particularmente a pensos higiénicos que se deformam para se ajustar confortavelmente e interceptar com segurança o cataménio proveniente do utilizador

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

Os pensos higiénicos são bem conhecidos na técnica. Os pensos higiénicos interceptam o cataménio ao ser libertado, e desta forma protegem o vestuário e a roupa de cama do utilizador da sujidade causada pelo cataménio.

Contudo, os pensos higiénicos podem e aglomerar-se e separar-se. Esta ocorrência reduz a área alvo do penso higiénico, permitindo que o cataménio libertado suje a roupa interior do utilizador e causando-lhe desconforto.

Uma tentativa de solucionar este problema consiste em munir o penso higiénico com um meio para resistir à deformação sob a acção dos movimentos do corpo do utilizador. Esta resistência à deformação é conseguida proporcionando um penso higiénico com resistência à compressão. A resistência à compressão está relacionada com a capacidade do penso para resistir às forças de compressão exercidas nas arestas laterais longitudinais do penso durante a utilização, por forma a reduzir a curvatura, torção e dobramento indesejáveis do penso. Ao tornar o penso higiénico resistente à compressão, alegadamente o penso higiénico não se aglomera ou separa durante a utilização. Um penso higiénico que alegadamente tem esta resistência à aglomeração é indicado na patente US 4, 217, 901 concedida em 19 de Agosto em 1980 a Bradstreet et al.

Um aperfeiçoamento a esta abordagem consiste em proporcionar um penso higiénico que tem elevada flexibilidade e elevada capacidade. De preferência, este penso higiénico é fino, e molda-se intimamente à anatomia do utilizador. Um penso higiénico fino com elevada flexibilidade e elevada capacidade proporciona o que há de melhor. Um penso relativamente fino é menos sentido pelo utilizador durante a utilização. Uma elevada flexibilidade proporciona maior conforto ao utilizador, sem ser notado debaixo de vestuário 1 apertado. Um penso de elevada capacidade pode ser usado durante todos os dias do ciclo menstrual.

Um penso com esta elevada flexibilidade e elevada capacidade molda-se a e desloca-se com o utilizador, em vez de resistir às acções e forças impostas pelo utilizador como indicado na patente US 4,217,901 concedida a Bradstreet et al., acima referida. Esta configuração proporciona a vantagem de maior conforto para o utilizador sem uma redução indesejada da área alvo. Um tal penso higiénico tem tido nos últimos anos um grande sucesso comercial e é feito de acordo com a patente US 4,950,264 concedida em 21 de Agosto de 1990 a Osborn III comummente designada e com a patente US 5,009,653 concedida em 23 de Abril a Osborn III comummente designada.

Contudo, continua a existir uma necessidade de um penso higiénico fino com elevada flexibilidade e elevada capacidade que seja ainda menos resistente à compressão do que os feitos de acordo com as patentes 4,950,264 e 5,009,653. Este penso higiénico não deve proporcionar uma resistência indesejada ou desconfortável à compressão lateral a partir das coxas do utilizador e moldar-se mesmo assim à anatomia do utilizador. Uma forma na qual isto pode ser conseguido é por meio do enfraquecimento longitudinal do penso higiénico de forma que resulte uma linha de fraqueza, tal como uma linha de articulação.

Esta tentativa na técnica proporciona um penso higiénico longitudinalmente articulado como encontrado na patente US 3,954,107 concedida em 4 de Maio a Chesky et al. Contudo, o penso higiénico de Chesky et al., não tem uma camada superior geralmente planar. A camada superior é interrompida por um canal que tem a forma de um T invertido. Esta configuração requer que o penso higiénico tenha uma espessura maior do que o necessário, e desta forma proporciona ao utilizador um elevado grau de percepção inconveniente.

Foram feitas outras tentativas na técnica para proporcionar ranhuras longitudinais num penso higiénico. Por exemplo, a patente US 4,795,455 concedida em 3 de Janeiro de 1989 a Luceri et al., descreve uma protecção da compressa do penso que tem que tem um canal longitudinal estampado em relevo ao longo de praticamente todo o comprimento da protecção. Esta configuração proporciona uma região de elevada densidade no centro, que alegadamente aperfeiçoa a distribuição longitudinal do fluido. Contudo, esta 2 configuração tem a desvantagem do fluido poder não penetrar adequada e lateralmente para as áreas de armazenamento situadas lateralmente do lado de fora do canal.

Outras formas de realização de Luceri et al., mostram canais opostos, um em ambas as faces da protecção da compressa do penso. Esta configuração proporciona a desvantagem do penso higiénico estar predisposto a dobrar-se, quer a curvar-se para cima quer para baixo, originando um comportamento menos previsível.

Numa tentativa semelhante, a patente US 4,059,114 concedida em 22 de Novembro de 1977 a Richards descreve uma compressa absorvente que tem estampagens em relevo no tecido. Mais uma vez esta configuração tem as estampagens em relevo na superfície superior do penso e conta com características de controlo do fluido notadas em cima. Além disso, um canal estampado em relevo na parte superior do penso higiénico faz com que este fique predisposto a curvar-se numa configuração côncava para cima, em vez de numa configuração preferida convexa para cima. É encontrada uma tentativa similar na patente US 4,655,759 concedida em 7 de Abril de 1987 a Romans-Hess et al., que descreve um penso higiénico que tem canais estampados em relevo adjacentes às arestas laterais longitudinais para minimizar a sujidade lateral por forma a eliminar a fuga e permitir que os lados do penso se dobrem para cima durante a utilização.

Ainda outras tentativas na técnica para proporcionar linhas longitudinais de fraqueza na superfície superior do penso higiénico incluem as patentes US 3,343,543 concedida em 26 de Setembro de 1967 a Glassman; 3,575,174 concedida em 20 de Abril de 1971 a Mogor, e 4,840,692 concedida em 20 de Junho de 1989 a Kamstrup-Larsen. Contudo, todas estas configurações descrevem linhas de fraqueza e/ou pensos relativamente espessos. Múltiplas linhas de fraqueza não têm necessariamente que requerer que o penso higiénico se curve ao longo do centro. Os pensos higiénicos relativamente espessos têm as desvantagens referidas em cima.

Ainda uma outra tentativa na técnica para proporcionar um penso higiénico que é longitudinalmente enfraquecido é descrita na patente US 5,171,302 concedida em 15 de Dezembro de 1992 a Buell, no pedido de patente Europeu EP-A-335253 e na sua patente US equivalente 5,197,959 concedida em 30 de Março de 1993 a Buell comummente designadas. Estas referências descrevem um penso higiénico que tem um elemento de dobra resistente à deformação que mune o penso higiénico com uma configuração 3 convexa para cima quando é usado. Esta configuração é mantida devido à pressão lateral das coxas do utilizador.

Particularmente, o EP-A-335253 descreve um penso higiénico que tem as características do preâmbulo das reivindicações independentes 1 e 5 da presente invenção.

Foram ainda feitas outras tentativas na técnica para não contar com os canais longitudinais estampados em relevo para melhorar a distribuição do fluido. Por exemplo, a patente US 4,212,302 concedida em 15 de Julho de 1980 a Karami descreve um artigo absorvente que tem material hidrocolóide nas margens laterais e nas margens das extremidades, afastado da região da compressa que recebe o fluido. A região de recepção do fluido é a parte central da compressa e está substancialmente isenta de materiais hidrocolóides. Contudo, esta configuração apresenta as dificuldades associadas com o facto de ter distribuições de hidrocolóides longitudinais e transversais que são necessárias para que a região central não tenha material hidrocolóide. A agravar este problema Karami requer um passo de fabrico adicional, i.e., que a superfície contra a qual o material hidrocolóide vai ser colocado seja primeiro molhado. Mesmo com este passo adicional de fabrico, se o material hidrocolóide de Karami estiver próximo da camada superior do artigo absorvente, há o risco do material hidrocolóide entrar em contacto com a pele do utilizador.

Em conformidade, constitui um objectivo desta invenção proporcionar um penso higiénico que não se conte com a resistência à compressão para manter a área alvo. Constitui ainda um objectivo desta invenção proporcionar um penso higiénico que tenha flexibilidade diferencial, de forma que ocorra a articulação lateral em vez da resistência lateral à compressão. Constitui ainda um objectivo desta invenção proporcionar um penso higiénico que não conte com linhas estampadas em relevo para ter características adequadas de controlo do fluido.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO A invenção compreende um núcleo absorvente. O núcleo absorvente tem linhas centrais longitudinais e laterais ortogonais. O núcleo absorvente compreende três trisecções orientadas longitudinalmente, uma trisecção que tem uma primeira espessura e que está lateralmente contornada de cada lado por uma trisecção exterior. As trisecções exteriores têm uma segunda espessura. A primeira espessura da trisecção central é menor do que a 4 segunda espessura das trisecções exteriores. É disposto material gelificante absorvente em cada uma das secções exteriores enquanto a trisecção central é substancialmente isenta de material gelificante absorvente. Quando o núcleo é submetido a pressão lateral dobra-se na trisecção central. O núcleo absorvente pode compreender uma camada única de tecido, de preferência de tecido obtido por fusão em ambiente seco. O núcleo absorvente tem arestas laterais longitudinais que podem ser dobradas para trás, de forma que quando o núcleo absorvente é dobrado para trás sobre si próprio nas arestas laterais longitudinais, se forme uma espessura de duas camadas nas trisecções exteriores e definindo-as enquanto uma espessura de camada única define a trisecção central e forma-se um intervalo entre as arestas laterais do tecido. É disposto material gelificante absorvente em cada uma das trisecções exteriores, enquanto a trisecção central está substancialmente isenta de materiais gelificantes absorventes. De preferência, os materiais gelificantes absorventes são mantidos na sua posição por meio de material adesivo. O material adesivo endurece as trisecções exteriores do núcleo, de forma que quando o núcleo é submetido a pressões exercidas lateralmente, se dobre na trisecção central. O núcleo é particularmente adequado para a utilização num penso higiénico. Quando usado, o núcleo, e por conseguinte todo o penso higiénico, dobra-se ao longo da trisecção central e assume uma configuração convexa para cima.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A Figura 1 é uma vista de cima, mostrada parcialmente em corte, de um penso higiénico de acordo com a presente invenção; A Figura 2 é uma vista em corte transversal tomada ao longo da linha 2-2 da Figura 1 que não tem qualquer corte e que mostra o núcleo e a camada superior secundária em posições afastadas por uma questão de clareza; e A Figura 3 é o penso higiénico da Figura 2 durante a utilização e que mostra a adaptação resultante à anatomia do utilizador, quando o núcleo absorvente se dobra na trisecção central. 5

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

Como aqui utilizada a expressão “artigo absorvente” refere-se a dispositivos que absorvem e retêm “excreta”, e mais especificamente refere-se a dispositivos que são colocados em contacto ou próximo do corpo do utilizador para absorver e reter os “excreta” libertados pelo organismo. O termo “descartável" é aqui utilizado para descrever artigos absorventes que não se destinam a ser lavados ou recuperados ou reutilizados de qualquer outra forma (i.e., destinam-se a ser descartados após uma única utilização, e de preferência, a ser reciclados, compostados ou eliminados de qualquer outra forma que respeite o meio ambiente). Um artigo absorvente “unitário” refere-se a artigos absorventes que são formados por partes separadas que são unidas uma às outras para formar uma entidade de forma que não se torne necessário a utilização de peças manipuladas separadamente, como um suporte ou compressa separados. Uma forma de realização preferida de um artigo absorvente unitário descartável da presente invenção é a compressa para cataménio, penso higiénico 20, mostrado na Figura 1. Como aqui usada a expressão “penso higiénico” refere-se a um artigo absorvente que é usado por pessoas do sexo feminino adjacente à região pudenda, geralmente no exterior da região geniturinária, e que se destina a absorver e a reter fluidos menstruais e outras descargas vaginais provenientes do organismo do utilizador (e.g., sangue, cataménio e urina). Dispositivos interlabiais que residem parcialmente no interior e parcialmente no exterior do vestuário do utilizador inserem-se também no âmbito desta invenção. Contudo, deve compreender-se que a presente invenção é igualmente aplicável a outras compressas para a higiene feminina ou para cataménio tal como a protectores para as cuecas ou a outros artigos absorventes tal como compressas para incontinência e artigos semelhantes. A Figura 1 é uma vista de cima do penso higiénico 20 da presente invenção no seu estado de distensão, com partes da estrutura cortadas para mostrar mais claramente a construção do penso higiénico 20 e com a parte do penso higiénico 20 que está voltada para ou em contacto com o utilizador, orientada para o observador. Como mostrado na Figura 1, o penso higiénico 20 compreende, de preferência, uma camada superior 24 permeável aos líquidos, uma camada inferior 26 impermeável aos líquidos unida à camada superior 24, e um núcleo absorvente 28 posicionado entre a camada superior 24 e a camada inferior 26. O núcleo absorvente 28 tem duas faces principais, uma primeira face principal orientada para a camada superior 24 e uma segunda face principal orientada para a camada inferior 26. De preferência o penso 20 de acordo com apresente 6 invenção compreende ainda uma camada superior opcional 25. A camada superior secundária 25 está, de preferência, disposta entre o núcleo absorvente 28 e a camada superior 24. O penso higiénico 20 tem duas linhas centrais, uma linha central longitudinal 0-0 e uma linha central lateral A-A. O termo “longitudinal" como aqui utilizado, refere-se a uma linha, eixo ou sentido no plano do penso higiénico 20 que está geralmente alinhado com (e.g.,aproximadamente paralelo a) um plano vertical que divide um utilizador em pé nas metades esquerda e direita do corpo quando o penso higiénico 20 é usado. Os termos “transversal” ou “lateral” aqui utilizados, são usados indiferentemente, e referem-se a uma linha, eixo ou sentido que está inserido no plano do penso higiénico 20 que é geralmente perpendicular ao sentido longitudinal. O sentido Z é ortogonal tanto às linhas centrais longitudinal como lateral do penso higiénico 20 e prolonga-se para fora a partir do plano do penso higiénico 20, que é definido pela linha central longitudinal 0-0 e pela linha central lateral A-A.

As arestas longas do penso higiénico 20, que estão alinhadas com a linha central longitudinal O-O, são as margens laterais longitudinais do penso higiénico 20. As extremidades do penso higiénico 20 que unem as margens laterais são as extremidades transversais do penso higiénico 20. Em conjunto as margens laterais longitudinais e as extremidades transversais do penso higiénico 20 definem a sua periferia.

Embora a camada superior 24, a camada inferior 26 e o núcleo absorvente 28 possam ser montados numa variedades de configurações bem conhecidas (incluindo os chamados produtos em forma de “tubo” ou produtos com abas laterais), configurações preferidas do penso higiénico são geralmente descritas na patente 4,950,264 para Thin, Flexible Sanitary Napkin concedida a Osborn em 21 de Agosto de 1990; na patente US 4,425, 130 para Compound Sanitary Napkin concedida a DesMarais em 10 de Janeiro de 1984; na patente US 4,321,924 para Bordered Disposable Absorbent Article concedida a Ahr em 30 de Março de 1982; na patente US 4,589,876 para Shaped Sanitary With Flaps concedida a Van Tilburg em 18 de Agosto de 1987. A Figura 1 mostra uma forma de realização preferida do penso higiénico 20 na qual a camada superior 24 e a camada inferior 26 têm dimensões de comprimento e largura geralmente maiores do que as do núcleo absorvente 28. A camada superior 24 e a 7 camada inferior 26 prolongam-se para além das arestas do núcleo absorvente 28 para deste modo formar não só partes da periferia mas também abas laterais (não mostradas) se desejado. O núcleo absorvente 28 pode ser qualquer meio absorvente capaz de absorver ou reter líquidos (e.g., cataménio e/ou urina). O núcleo absorvente 28 pode ser fabricado com uma grande variedade de dimensões e formas (e.g., rectangular, oval, em forma de ampulheta, de osso, assimétrico, etc.), e a partir de uma grande variedade de materiais absorventes de líquidos vulgarmente usados em pensos higiénicos, tal como tecido, particularmente tecido obtido por fusão em ambiente seco. Exemplos de outros materiais absorventes adequados incluem polpa de madeira triturada que é geralmente referida como feltro de ar, algodão de celulose frisado; polímeros fundidos por ar quente incluindo coform; fibras celulósicas quimicamente enrijecidas, modificadas ou com ligações cruzadas; fibras sintéticas tal como fibras de poliéster frisadas ou fibras poliolefinicas, musgo; espumas absorventes; esponjas absorventes; polímeros de elevada absorção; materiais gelificantes absorventes 42; ou quaisquer materiais equivalentes ou combinações destes materiais. A configuração e a construção do núcleo absorvente 28 podem igualmente ser variadas (e.g., o núcleo absorvente 28 tem zonas de diferentes espessuras, i.e., perfiladas de forma a ser mais fino no centro), gradientes hidrófilos, gradientes de elevada absorção, zonas de aquisição de menor densidade e menor peso básico médio; ou pode compreender uma ou mais camadas ou estruturas. A capacidade absorvente total do núcleo absorvente 28 deve, contudo, ser compatível com a carga prevista e a utilização que se pretende do penso higiénico 20. Além disso, a dimensão e a capacidade absorvente do núcleo absorvente 28 podem ser variadas para abarcar diferentes utilizações tal como compressas para incontinência, protectores paras cuecas, pensos higiénicos para fluxo normal ou pensos higiénicos para a noite.

Fazendo referência à Figura 2, o núcleo absorvente 28 compreende três trisecções, uma trisecção central 31 ladeada por duas trisecções exteriores 30. A trisecção central 31 situa-se, de preferência, ao longo e simetricamente em torno da linha central O-O. As trisecções exteriores 30 estão justapostas à trisecção central 31 e podem formar as arestas laterais longitudinais do núcleo absorvente 28. A trisecção central 31 é, de preferência, flexível em relação às trisecções exteriores 30, de forma que o penso higiénico 20 se possa deformar na ou em toda a trisecção central 31 em resposta à 8 pressão lateral das coxas do utilizador antes de encontrar a deformação substancial das trisecções exteriores 30.

De preferência, o núcleo absorvente 28 compreende um tecido obtido por fusão em ambiente seco, dobrado em C para ter uma espessura dupla nas trisecções exteriores 30 e uma espessura simples ao longo da trisecção central 31. As trisecções exteriores 30 estão, de preferência, dispostas simetricamente em torno da linha central 0-0 e têm o mesmo tamanho. Contudo, a trisecção central 31 e as trisecções exteriores 30 não têm que ter a mesma largura. A trisecção central 31 pode ter uma largura menor do que as trisecções exteriores 30, para assegurar uma capacidade suficiente como descrito em baixo. Igualmente, se a trisecção 31 tiver uma largura mais estreita do que as trisecções exteriores 30, o penso higiénico 20 molda-se mais prontamente à anatomia do utilizador. Além disso, uma trisecção central 31 mais estreita mune o núcleo absorvente 28 com maior capacidade, e por conseguinte com maior protecção sob acção de cargas mais pesadas.

Para um penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção, o núcleo pode ter uma largura de 50 a 70 milímetros. A trisecção central 31 pode variar até 30 milímetros de largura e, de preferência, de 5 a 12 milímetros de largura enquanto cada trisecção exterior 30 pode medir de 13 a 35 milímetros de largura. Em alternativa, as arestas das trisecções exteriores 30 podem estar afastadas 3 milímetros, ou para as formas de realização aqui descritas, podem de preferência estar separadas por um intervalo de 5 a 12 milímetros, como descrito em cima. O intervalo 40 define a trisecção central 31.

As arestas das trisecções exteriores 30 podem ser rectas e paralelas à linha central 0-0 como mostrado, ou podem ser arqueadas. As arestas arqueadas podem ser côncavas em direcção a ou convexas para fora a partir da linha central O-O. Se esta configuração for seleccionada, os materiais gelificantes absorventes 42 devem ser limitados à largura mais estreita das trisecções exteriores 30 de forma que a probabilidade dos materiais gelificantes absorventes 42 se libertarem e entrarem em contacto com a pele do utilizador seja minimizada. Em alternativa, as arestas podem afunilar-se de forma não crescente em direcção a qualquer uma das extremidades transversais do penso higiénico 20.

De preferência, o intervalo 40 está orientado para a camada inferior 26. Isto permite que a face do núcleo 28 orientada para a camada superior 24 seja geralmente planar. 9

Os lados do núcleo podem ser rectos, ou podem ser arqueados numa configuração côncava para fora a partir da linha central longitudinal O-O. Se for seleccionado um núcleo 28 em forma de ampulheta com arestas laterais longitudinais arqueadas, a largura do núcleo deve ser medida no ponto mais estreito. O núcleo absorvente 28 compreende ainda materiais gelificantes absorventes 42 como são bem conhecidos na técnica. A trisecção central 31 é substancialmente isenta de materiais gelificantes absorventes 42, por forma a melhorar a distribuição do fluido no sentido longitudinal. Igualmente, o perigo potencial associado a materiais gelificantes absorventes 42 que estão directamente em contacto com a pele são reduzidos se a trisecção central 31 for substancialmente isenta de materiais gelificantes absorventes 42. Este perigo potencial é possível, embora improvável, porque a espessura simples da trisecção central 31 pode não permitir o isolamento adequado dos materiais gelificantes absorventes 42 da camada superior permeável 24. Igualmente, pode ser difícil fazer aderir os materiais gelificantes absorventes 42 à espessura simples da trisecção central 31 num processo de fabrico convencional.

As trisecções exteriores 30 têm, de preferência, uma espessura dupla como referido em cima. De preferência ainda, as trisecções exteriores 30 são formadas dobrando o tecido do núcleo absorvente 28 sobre si mesmo nas arestas laterais longitudinais do núcleo absorvente 28. Ao ter o material que forma as trisecções exteriores 30 do núcleo absorvente 28 dobradas nas arestas longitudinais, as probabilidades do material gelificante absorvente 42 se soltar das trisecções exteriores 30 nos sentidos lateralmente para fora são minimizadas. Se os materiais gelificantes absorventes 42 se deslocarem e moverem lateralmente para dentro, serão ainda impedidos de migrarem para a pele pelo material adesivo ou pela espessura simples da trisecção central 31 descrita em cima.

Os materiais gelificantes absorventes 42 contidos nas trisecções exteriores 30 são, de preferência, mantidos no seu lugar pelo material adesivo. O material adesivo pode ser aplicado como uma pulverização integral, impresso como micro desenhos, pulverizado em forma de laçadas em espiral sobrepostas ou não sobrepostas ou pulverizado com um padrão aleatório fundido por ar quente. As laçadas em espiral sobrepostas são geralmente preferidas porque esta configuração impede que as trisecções exteriores 30 se tornem excessiva mente rijas e permite um bom controlo do fabrico impedindo que se verifique aderência na trisecção central 31. 10 O material adesivo nas trisecções exteriores 30 serve destina-se a três finalidades. Primeiro, o material adesivo une as duas camadas de tecido que formam as trisecções exteriores 30 para fazer uma construção de um laminado. Esta construção do laminado tem o efeito de enrijecer as trisecções exteriores 30 em relação à trisecção central 31. O endurecimento ocorre porque estão presentes mais camadas de tecido e porque o material adesivo tem mais rigidez do que o tecido. Ao combinar camadas adicionais e a rigidez do material adesivo, a trisecção central 31 será relativamente flexível em relação à trisecção exterior 30. Esta configuração tem a vantagem de permitir que o penso higiénico de molde mais confortavelmente à forma do utilizador proporcionando ao mesmo tempo uma capacidade adequada para o ciclo menstrual completo.

Segundo, embora as trisecções exteriores 30 sejam relativamente rijas em comparação com a trisecção central 31, a construção integral do penso higiénico não deve ser excessivamente rija de forma a evitar o desconforto do utilizador. Pensos higiénicos que têm uma construção integral relativamente rija foram conhecidos e usados na técnica anterior. Contudo, com os pensos higiénicos de elevada capacidade e levada flexibilidade com sucesso comercial disponíveis hoje em dia, o consumidor espera encontrar um penso higiénico que seja tanto flexível na sua construção integral como se molde ao seu corpo.

Se for usado um material adesivo derretido a quente sensível à pressão para unir as duas camadas da trisecção exterior 30, e se o MGA for colocado em contacto directo com o material adesivo derretido a quente, as indicações das construções do penso resistente à compressão da técnica anterior podem ser evitadas. Particularmente, a patente US 4,217,901 concedida a Bradstreet et al., acima referida, indica a aplicação do calor no lado do núcleo 28 que está do lado oposto aos materiais gelificantes absorventes 42. A configuração de Bradstreet et al., causa alegadamente a migração de humidade, formando desta forma um penso higiénico relativamente resistente à compressão. Para evitar o penso higiénico resistente à compressão de Bradstreet et al., a fonte de calor encontrada num material adesivo derretido a quente e o material gelificante absorvente têm que ser colocados em conjunto, de forma que a migração de humidade e a formação da união ali descrita não ocorra.

Terceiro, o material adesivo ajuda a prender e a unir as partículas de material gelificante absorvente ao e no interior do núcleo 28. Esta configuração minimiza as apreensões com 11 Λ a segurança de evitar o contacto directo dos materiais gelificantes absorventes 42 com a pele do utilizador.

Fazendo referência à Figura 3, as trisecções exteriores 30 são, de preferência, dobradas de forma que a primeira superfície principal do penso higiénico 20 que está orientada para a camada superior 24 seja geralmente planar e a parte solta do núcleo absorvente 28 formada pela espessura de camada única da trisecção central 31 esteja orientada para a camada inferior 26. Esta configuração proporciona a vantagem de o penso higiénico ter uma aparência mais uniforme e esteticamente agradável para o utilizador quando visto a partir e através da camada superior permeável 24 (partindo do princípio que não é incluída uma camada superior secundária 25) e mais significativamente, é predisposto numa configuração convexa para cima, e possibilita uma secção transversal em forma de W durante a utilização. Além disso, esta configuração proporciona uma barreira entre quaisquer partículas soltas do material gelificante absorvente 42 e a camada superior permeável 24.

Para ajudar a predispor o penso higiénico 20 numa configuração convexa para cima durante a utilização, o núcleo absorvente 28 pode ser unido à camada inferior 26. De preferência, linhas de material adesivo orientadas longitudinalmente unem as trisecções exteriores 30 do núcleo absorvente 28 à camada inferior 26. Desta forma, a trisecção central 31 pode flutuar livremente independente da camada inferior 26 e está, desta forma, de certo modo dissociada da camada inferior 26. De preferência, o material adesivo que prende as trisecções exteriores 30 do núcleo absorvente 28 à camada inferior 26 tem uma largura que varia de 1 a 20 milímetros, de forma que este material adesivo não seja tão largo como a secção exterior 30 que ele une à camada inferior 26. É desejável que este material adesivo permita que o penso higiénico forme uma formação em W, e não confira uma rigidez excessiva ao penso higiénico. O núcleo absorvente 28 é, de preferência, feito de tecido e, de preferência, ainda de um tecido obtido por fusão em ambiente seco. Um tecido obtido por fusão num ambiente seco é preferido em relação a um tecido obtido por fusão por via húmida por causa da sua maior resistência à humidade que evita a deformação devido à humidade e um volume vazio intrinsecamente maior. O tecido deve ter propriedades que o tornam adequado para usar no penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção. Em particular, é preferido um tecido que tem uma resistência à tracção em húmido de pelo menos 100 gramas por 12 centímetro como determinado pela Norma D829-49 da ASTM de forma que o tecido recupere da compressão lateral depois de ser molhado pelo cataménio. O tecido pode ser estampado em relevo para proporcionar resistência. O tecido pode ter um peso básico de 49 a 67 g/m2 (30 a 41 libras por 3,000 pés quadrados). Um tecido muito adequado é comercializado por Fort Howard Company de Green Bay, Wiscosin como graduação 817.

Fazendo novamente referência à Figura 1, de preferência, o penso higiénico 20 está também munido com uma camada secundária como referido em cima. A camada superior secundária 25 pode ser feita de um material de tecido idêntico ao usado para o núcleo absorvente 28. Isto proporciona vantagem no fabrico. Se desejado, a camada superior secundária 25 pode ter uma hidrofilicidade e densidade menor do que as do núcleo absorvente 28, de forma que a que não resultem propriedades adversas ao controlo do fluído. A camada superior secundária 25 é, de preferência, uma camada única de forma a não adicionar espessura excessiva ou desnecessária ao penso higiénico. A camada superior secundária 25 pode ser em forma de osso, para proporcionar uma aparência esteticamente agradável para o utilizador. Esta configuração proporciona também a vantagem de quando as coxas do utilizador comprimem lateralmente o penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção, o primeiro contacto de quaisquer partes da camada superior secundária 25 que se situam lateralmente para fora do núcleo absorvente 28 é com as coxas do utilizador e podem deformar-se lateralmente em resposta às pressões laterais exercidas por estas. Esta configuração proporciona a vantagem do penso higiénico 20 ter uma resistência à compressão menos aparente durante a utilização.

De preferência, a camada superior secundária 25 não contém materiais gelificantes absorventes 42 de forma que quaisquer bloqueios causados pelo gel que possam ocorrer são minimizadas e as propriedades de controlo do fluido não são comprometidas. Mesmo sem a adição de materiais gelificantes absorventes 42, a capacidade absorvente do penso higiénico 20 é adicionalmente beneficiada pela camada superior secundária 25.

Se desejado, a camada superior secundária 25 pode ser colada à camada superior 24 usando material adesivo em espiral, material adesivo fundido por ar quente ou uma 13 pulverização integral. É preferida uma pulverização integral porque esta configuração proporciona um contacto estreito entre a camada superior secundária 25 e a camada superior 24, e promove a penetração dos líquidos entre elas. Contudo, é importante que a porosidade da camada superior 24 não seja adversamente afectada ou bloqueada por este material adesivo. A aderência da camada superior secundária 25 à camada superior 24 proporciona a vantagem de a camada superior secundária 25 e o núcleo absorvente 28 não se ficarem laminadas uma na outra. Ao contrário, tanto a camada superior secundária 25 como o núcleo 28 são unidos ao componente voltado para fora, i.e., a camada superior 24 e a camada inferior 26, respectivamente. A camada inferior 26 é impermeável aos líquidos e é, de preferência, fabricada a partir de uma película fina de plástico, embora também se possam usar outros materiais flexíveis impermeáveis aos líquidos. Como aqui usado, o termo “flexível” refere-se a materiais que são maleáveis e que se moldam prontamente à forma geral e aos contornos do corpo humano. A camada inferior 26 impede que o excreta absorvido e retido no núcleo absorvente 28 molhe o vestuário e a roupa de cama do utilizador. A camada inferior 26 pode em alternativa compreender um material não urdido revestido por uma película. De preferência, a camada inferior é uma película de polietileno que tem uma espessura de cerca de 0,012 mm (0,5 mils) a cerca de 0,051 mm (2,0 mils). Películas de polietileno exemplares são fabricadas por Clopay Corporation de Cincinnati, Ohio, sob a designação P-18-1401, e por Tredgar Corporation, de Richmond, Virgínia, sob a designação X8297. A camada inferior 26 tem uma superfície orientada para dentro e orientada para o núcleo absorvente 28 e uma superfície orientada para fora oposta àquela. A superfície orientada para fora da camada inferior 26 está voltada para, e durante a utilização entra em contacto com, as cuecas do utilizador. Se desejado, podem ser unidas faixas de material adesivo 34 à superfície voltada para fora da camada superior 26 para facilitar a fixação do penso higiénico 20 às cuecas do utilizador.

De preferência, as faixas de material adesivo 24 que fixam a camada inferior 26 às cuecas do utilizador são proporcionadas na geometria de duas linhas paralelas simétricas em torno das linhas centrais longitudinal e lateral 0-0 e A-A. De preferência, estas faixas de material adesivo não se situam ao longo da linha central longitudinal O-O, de forma que a 14 predisposição do penso higiénico 20 para assumir uma configuração convexa para cima da Figura 3 não é adversamente afectada. Este material adesivo pode ser proporcionado na geometria e configuração da Publicação Internacional N°. WO 92/04000, comummente designada, publicada em 19 de Março de 1992 no nome de Papa et al. A camada superior 24 é maleável, suave ao toque e não irritante para a pele do utilizador. Além disso, a camada superior 24 é permeável aos líquidos permitindo que os líquidos (e.g., cataménio e/ou urina) penetrem rapidamente através da sua espessura. Uma camada superior adequada 24 pode ser fabricada a partir de películas formadas perfuradas, ou de materiais urdidos ou não urdidos constituídos por fibras naturais ou sintéticas. Uma camada superior 24 preferida compreende uma película formada perfurada como descrito na patente US 3, 929, 135 intitulada "Absorptive Structures Having Tapered Capillaries”, concedida a Thompson em 30 de Dezembro de 1975; na patente US 4,324,246 intitulada “Disposable Absorbent Article Having A Stain Resistant Topsheet”, concedida a Mullane em 13 de Abril de 1982; na patente US 4,342,314 intitulada “Resilient Plastic Web Exhibiting Fiber-Like Properties", concedida a Radel et al., em 3 de Agosto de 1982; na patente US 4,463,045 intitulada “Macroscopically Expanded Three-Dimensional Plastic Web Exhibiting Non-Glossy Visible Surface and Cloth-Like Tactile Impression”, concedida a Ahr et al., em 31 de Julho de 1948; e na patente US 5,006,394 intitulada “Multilayer Polymeric Film”, concedida a Baird em 9 de Abril de 1991. A camada superior 24 preferida para a presente invenção é a película formada descrita em uma ou mais das patentes acima referidas e comercializada por The Procter & Gamble Company de Cincinnati, Ohio, como “DRI-WEAVE” para pensos higiénicos 20. A camada inferior 26 e a camada inferior 24 estão posicionadas adjacentes à primeira e à segunda faces principais do núcleo 28 respectivamente, de forma que o núcleo 28 fique entre a camada inferior 26 e a camada superior 24. A camada inferior 26 e a camada superior 24 são de preferidas unidas a este e uma à outra por meios de fixação (não mostrados) tal como é bem conhecido na técnica. Materiais adesivos que foram considerados meios de fixação satisfatórios são fabricados por H.B Fuller Company de St. Paul, Minnesota sob a designação HL-1258 ou H-2031. Os meios de fixação compreenderão, de preferência, uma rede de filamentos de material adesivo com um padrão aberto como é descrito na patente US 4,573,986 intitulada “Disposable Waste-Containment Garment” concedida a Minetola et al., em 4 de Março de 1986. 15

Meios de fixação alternativos compreendem ligações mecânicas aplicadas a quente, por pressão, ultra-sónicas e dinâmicas.

Numa forma de realização alternativa da presente invenção, o penso higiénico 20 tem das abas (não mostradas), cada uma das quais se prolonga lateralmente para além das margens laterais longitudinais do penso higiénico 20. As abas são configuradas para se dobrarem sobre as arestas das cuecas do utilizador. As abas ajudam a evitar a sujidade causada pelo fluido menstrual formando uma barreira com duas paredes ao longo das arestas das cuecas. As abas são de preferência munidas com meios de fixação na superfície voltada para o vestuário, de forma que possam ser dobradas para trás por baixo do entrepernas das cuecas. Desta forma as abas servem para manter o penso higiénico 20 correctamente posicionado.

As abas podem ser construídas com diversos materiais incluindo os materiais usados para a camada superior 24, a camada inferior 26, combinações destas e podem ser um laminado que tem um tecido no centro. Além disso, as abas podem ser um elemento separado fixo ao corpo principal do penso higiénico 20 ou podem compreender extensões da camada superior 24 e/ou da camada inferior. Abas preferidas podem ser feitas de acordo com as patentes US 4,589,876 concedida em 20 de Maio de 1986 a Van Tilburg ou 4,687,478 concedida em 18 de Agosto de 1987 a Van Tilburg. O penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção tem, de preferência, uma resistência à compressão inferior a 6,9 kPa (1,0 psi) especificada na patente US 4,217,901 concedida a Bradstreet acima referida, patente essa que mostra como conduzir um teste para a resistência à compressão. Para clarificar este teste, têm que ser tomadas em consideração as seguintes condições. O teste da resistência à compressão é formado por meio do enrolamento do penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção numa configuração cilíndrica com a camada inferior 26 voltada para fora. O cilindro é formado por meio da delimitação das extremidades do núcleo absorvente 28, ou de outros componentes, do penso higiénico 20, conforme aplicável que contenham os materiais gelificantes absorventes 42. Se as extremidades do núcleo 28 não forem paralelas à linha central A-A, as extremidades do núcleo 28 que primeiro se tocam quando são delimitadas, mantendo ao mesmo tempo a linha central longitudinal 0-0 do penso higiénico 20 paralela ao sentido longitudinal controla o diâmetro do cilindro. 16

Se necessário, pode ser usado um pouco de fita, tal como a fita 810 da marca Scotch para manter o penso higiénico 20 numa configuração cilíndrica. A fita deve ter aproximadamente 127-19,05 mm (meia polegada a três quartos de polegada) de largura, 25,4-38,1 mm (uma polegada a uma polegada e meia) de comprimento, ser aplicada no sentido longitudinal ao longo da linha central 0-0 do penso higiénico 20 e estar centrada em torno do ponto onde as extremidades do núcleo 20 são delimitadas. O cilindro é colocado num máquina de tracção Instron que tem uma célula de carga com uma resolução de 1,0 gramas. O cilindro é depois comprimido na máquina Instron a uma velocidade de cruzeta de 508 mm (vinte polegadas) por minuto e a curva deflexão da carga resultante é registada num gravador que tem uma velocidade do gráfico de 508 mm (vinte polegadas) por minuto. Se o penso higiénico 20 não permanecer na vertical para o teste, pode ser usada uma vareta simples ou régua para estabilizar o penso higiénico 20 na sua aresta longitudinal, mas apenas até este estar totalmente preso pela cruzeta em movimento. A partir da curva da deflexão da carga no contador da tabela, são encontrados dois valores. O primeiro valor é a força máxima em gramas A força máxima corresponde ao ponto em que o núcleo absorvente 28 do penso higiénico, e por conseguinte a totalidade do penso higiénico 20 se deforma. Geralmente a força máxima será a força mais elevada registada antes do penso higiénico 20 se começar a comprimir numa massa sólida. O segundo valor é o último valor de inflexão que a curva da deformação da carga demonstra imediatamente antes da força máxima acima referida. O ponto de inflexão é também medido em gramas e pode ser encontrado por meio de qualquer programa informático convencional, programa de folha de cálculo, ou de um gravador com uma função de derivadas. Para simplificar a procura do ponto de inflexão, a curva da deflexão da carga pode ser directamente introduzida, como uma voltagem análoga, no computador e o ponto de inflexão encontrado através desta. O ponto de inflexão da curva da deflexão da carga, como aqui utilizado, é usado de acordo com a definição de cálculos comum, ocorrendo onde o sentido de concavidade da curva se altera e é encontrado como o ponto em que a segunda derivada da curva é igual a zero. Uma análise mais minuciosa do ponto de inflexão, como usado aqui, é encontrada no livro de referência “The Calculus With Analytic Geometrf de Leithold, segunda edição, 17 direitos de autor 1972, Secção 4.10 intitulado “Concavity and Points of Inflection” com início na página 277. Há duas resistências à compressão associadas ao penso higiénico 20, uma resistência máxima à compressão e uma resistência máxima à inflexão. A resistência à compressão é encontrada em qualquer dos casos pela conversão da leitura adequada, retirada do pico ou do ponto de inflexão em gramas e convertendo-a em libras. A área apresentada para a cruzeta é calcula. Esta área é encontrada multiplicando o comprimento do núcleo absorvente 28 pela espessura da totalidade do penso higiénico 20. Se o núcleo absorvente não for uniforme no sentido longitudinal, usa-se a maior medição feita paralelamente à linha central longitudinal O-O. A espessura do penso higiénico 20 é encontrada medindo uma área do penso higiénico 20 com 25,4 mm (1 polegada) de diâmetro sob uma pressão de confinamento de 0,11 kPa (0,016 libras por polegada quadrada). Acredita-se que esta ligeira pressão de confinamento é apenas adequada para encontrar a espessura no cálculo do ponto de inflexão. De preferência, o penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção tem uma espessura, medida desta forma, inferior a 3,5 milímetros, de preferência ainda inferior a 3,3 milímetros, e preferencialmente inferior a 3,0 milímetros. A leitura em Newtons (libras) é depois dividida pela área em m2 (polegadas quadradas) para se obter a resistência máxima à compressão ou a resistência à compressão do ponto de inflexão - consoante o valor que foi usado no numerador do cálculo. Um perito compreenderá que, com base no cálculo acima referido, à medida que a espessura diminui, a resistência aparente à compressão aumentará. O penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção tem de preferência uma resistência máxima à compressão inferior a 4,1 kPa (0,6 psi9 e de preferência ainda inferior a 3,4 kPa (0,5 psi). O penso higiénico 20 de acordo com a presente invenção tem também de preferência uma resistência à compressão no ponto de inflexão inferior a 3,4 kPa (0,5 psi) e de preferência ainda inferior a 2,7 kPa (0,4 psi).

Embora seja evidente que são exequíveis outras configurações, combinações e permutas da descrição acima, todas estas variantes se inserem no âmbito da reivindicações em anexo.

18 I

Lisboa, 31 AGO. 2000

Por THE PROCTER & GAMBLE COMPANY

Agente Oficiai aa Propriedade Industriei Arco da Conceição, 3,1?- 1100 LISBOA 19

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Núcleo absorvente (28) para um penso higiénico (20), tendo o referido núcleo (28) uma linha central longitudinal e uma linha central lateral ortogonal a esta, compreendendo o referido núcleo (28): três trisecções orientadas longitudinalmente, uma trisecção central (31) que tem uma primeira espessura e que está lateralmente ladeada por uma trisecção exterior (30), tendo cada uma das trisecções exteriores (30) uma segunda espessura. Material gelificante absorvente (42) disposto em cada uma das referidas trisecções exteriores (30), dobrando-se o referido núcleo (28) quando submetido a pressão lateral na referida trisecção central (31), caracterizado por a referida primeira espessura da referida trisecção central (31) ser inferior à referida segunda espessura das referidas trisecções exteriores (30), e a referida trisecção central (31) estar substancialmente isenta de material gelificante absorvente (42).
2. Núcleo absorvente (28) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido núcleo (28) compreender uma lâmina única de tecido, em que o referido tecido tem de preferência arestas laterais longitudinais, e é dobrado sobre si próprio nas arestas laterais longitudinais para formar uma espessura com duas camadas nas referidas trisecções exteriores (30), e uma espessura única na referida trisecção central (31), e em que o referido tecido é de preferência um tecido obtido por fusão em ambiente seco.
3. Núcleo absorvente (28) de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o referido material gelificante absorvente (42) estar disposto entre as referidas duas camadas das referidas trisecções exteriores (30), e de preferência o referido material gelificante absorvente (42) ser mantido no lugar correcto por meio da fixação com material adesivo.
4. Núcleo absorvente (28) de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 e 3, caracterizado por o referido núcleo (28) ter uma superfície contínua numa face e um intervalo (40) na face oposta àquela, sendo o referido intervalo (40) formado por e entre as arestas das referidas trisecções exteriores (30). 1
5. Penso higiénico (20) que tem uma linha central longitudinal e uma linha central lateral ortogonal àquela, compreendendo o referido penso higiénico (20) uma camada superior permeável aos líquidos (24), uma camada inferior impermeável aos líquidos (26) unida à referida camada superior (24) e um núcleo absorvente (28) entre a referida camada superior (24) e a referida camada inferior (26), compreendendo o referido núcleo absorvente (28): três trisecções orientadas longitudinalmente, uma trisecção central (31) situada ao longo da referida linha central longitudinal do referido penso higiénico (20), tendo a referida trisecção central (31) uma primeira espessura e sendo lateralmente ladeada de cada lado por uma trisecção exterior (30), tendo cada trisecção exterior uma segunda espessura, material gelificante absorvente (42) disposto em cada uma das referidas trisecções exteriores (30), dobrando-se o referido núcleo (28) quando submetido a pressão lateral na referida trisecção lateral (31), caracterizado por a referida espessura da referida trisecção central (31) ser inferior à referida segunda espessura das referidas trisecções exteriores (30); e a referida trisecção central (31) ser substancialmente isenta do referido material gelificante absorvente (42).
6. Penso higiénico (20) de acordo com a reivindicação 5 que compreende ainda uma camada superior secundária permeável aos líquidos (25) entre a referida camada superior (24) e o referido núcleo absorvente (28).
7. Penso higiénico (20) de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a referida camada superior secundária (25) compreender um tecido, em que o referido tecido da referida camada superior secundária (25) tem de preferência uma hidofilicidade inferior ou igual à hidrofilicidade do referido tecido que compreende o referido núcleo (28).
8. Penso higiénico (20) de acordo com qualquer uma das reivindicações 5, 6 e 7, caracterizado por o referido núcleo (28) compreender uma única camada de tecido.
9. Penso higiénico (20) de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o referido tecido ter arestas laterais longitudinais e ser dobrado para trás sobre si próprio nas referidas arestas laterais longitudinais para formar uma espessura com duas camadas nas 2 referidas trisecções exteriores (30) e uma espessura com uma camada única na referida trisecção central (31).
10. Penso higiénico (20) de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 e 9, caracterizado por as arestas das referidas trisecções exteriores (30) formarem um intervalo (40) na referida trisecção central (31), estando o referido intervalo (40) orientado para a referida camada inferior (26) por meio da qual a face do referido núcleo (28) orientada para a referida camada superior (24) é substancialmente planar e de preferência o referido intervalo (40) da referida trisecção central (31) está substancialmente isento de material adesivo. Lisboa, Por THE PROCTER & GAMBLE COMPANY

Oficial da 3ropr;edade Industriai Arco da Conceição, 3,1!-1100 USBOA 3 RESUMO PENSO HIGIÉNICO COM TRISECÇÕES Penso higiénico que tem um núcleo absorvente com três trisecções orientadas longitudinalmente, uma trisecção central ladeada por duas trisecções exteriores. O núcleo absorvente é formado por uma camada única de tecido. A camada única de tecido é dobrada sobre si própria para proporcionar uma espessura de duas camadas em cada uma das trisecções exteriores e uma espessura única na trisecção central. As duas camadas da trisecção exteriores estão, de preferência, coladas uma à outra. São dispostos materiais gelificantes absorventes em cada uma das trisecções exteriores. A trisecção central está substancialmente isenta de materiais gelificantes absorventes. O penso higiénico compreende também, de preferência, uma camada superior secundária entre a camada superior e o núcleo absorvente. A camada superior secundária está também substancialmente isenta de materiais gelificantes absorventes.