PT645962E - Metodos e formulacoes para intensificar a fixacao do carbono nas plantas - Google Patents

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Description

83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ
DESCRICÀO “Métodos e formulações para intensificar a fixação do carbono nas plantas”
Antecedentes do invento 1. Campo do invento O presente invento refere-se, de forma genérica, a métodos e formulações para estimular e manter um crescimento vigoroso nas plantas. Mais específicamente, o presente invento refere-se a formulações para o crescimento de plantas, que contêm metanol, metabolitos do metanol e/ou aminoácidos, sendo essas formulações capazes de aumentar a pressão de turgidez e de intensificar a fixação do carbono nas plantas. A fotossíntese é o processo através do qual as plantas fotossintéticas aproveitam a energia solar para a formação de hidratos de carbono e de outras moléculas orgânicas a partir de dióxido de carbono e de água. A transformação do dióxido de carbono nestas moléculas orgânicas é geralmente designada por fixação de carbono e, na maioria das plantas, processa-se através do ciclo redutor de pentose-fosfato, geralmente designado por ciclo C3. Este ciclo C3 engloba a carboxilação de ribulose-difosfato (RuDP) com dióxido de carbono, com produção de hexoses e de outras moléculas orgânicas.
Os fertilizantes para as plantas superiores incluem, geralmente, azoto, fósforo e potássio, que se denominam nutrientes primários ou macro-nutrientes. Muitas vezes, os fertilizantes incluem ainda certos nutrientes secundários, tais como ferro, enxofre, cálcio e magnésio, bem como vários minerais e micro-nutrientes. Até ao presente, pouca atenção tem sido dedicada à obtenção de fertilizantes que actuem directamente no sentido de estimularem a fixação do carbono nas plantas superiores. As formulações de fertilizantes convencionais têm sido desenvolvidas, geralmente, para libertarem os nutrientes primários, secundários e micro-nutrientes já comprovados; mas, de maneira geral, não incluíam qualquer fonte de carbono e, em especial, não continham uma fonte de carbono adicionada com o fim de estimular a fixação de carbono através do ciclo C3 ou de outros mecanismos.
Por isso, seria vantajoso que se idealizassem métodos e formulações aperfeiçoados para promover o crescimento de plantas, intensificando a taxa de fixação do carbono no interior da planta. Seria especialmente desejável que esses métodos e formulações se mostrassem eficazes na maioria ou na totalidade das plantas superiores, incluindo, mais especialmente, aquelas plantas que fixam o carbono através do ciclo C3. O presente invento pretende ainda 2 83 965 ΕΡ Ο 645 962/ΡΤ apresentar métodos apropriados para a aplicação das formulações, por exemplo, pela aplicação das formulações sob a forma de uma pulverização foliar e, de preferência, devendo dar origem a um aumento da turgidez da planta. Além disso, seria conveniente que os métodos e as formulações de acordo com o presente invento viessem a promover um crescimento e maturação rápidos da planta tratada, a aumentar o teor em açúcares na planta, reduzir as necessidades de água da planta e fortalecer a tolerância da planta ao meio ambiente. 2. Descrição da arte anterior
Os estudos efectuados há quatro décadas sobre as vias metabólicas do carbono na fotossíntese (A.A. Benson (1951), "Identification of Ribulose in C 02 Photosynthesis Products", J. Am. Chem. Soc. 73:2971; J.R. Quayle et al (1954), "Enzymatic Carboxilation of Ribulose Diphosphate", J. Am. Chem. Soc. 76:3610) elucidaram sobre a natureza do processo de fixação do dióxido de carbono pelas plantas. Tem-se analisado o metabolismo de compostos com 1 átomo de carbono, sem serem dióxido de carbono, descobrindo-se que o metanol estava a ser utilizado por estirpes de algas de Chlorella e Scenedesmus para a produção de açúcares e aminoácidos, de forma tão rápida como no caso do dióxido de carbono.
Dado que ambos os tipos das primeiras experiências foram levados a efeito com substrato em escala vestigiária, não se tinha bem a certeza se as taxas eram comparáveis, nem se sabia ao certo o que estava implicado na via metabólica da conversão do metanol em sacarose. Uma publicação subsequente sobre este assunto (E.A. Cossins (1964), "The Utilization of Carbon-1 Compounds by Plants", Canadian. J. Biochem. 42:1793) referiu que as plantas metabolizam rapidamente o metanol para dióxido de carbono, glicerato, serina, metionina e outros açúcares ou precursores estruturais. A conclusão de què o metanol sofre rápida oxidação para formaldeído e conversão em frutose-6-fosfato, tem sido revelada em bactérias (C.L. Cooney e D.W. Levine (1972), "Microbial Utilization of Methanol", Adv. Appl. Microbiol. 15:337) e em íúngos (W. Harder et al (1973), "Methanol Assimilation by Hyphomicrobium sp.", J. Gen. Microbiol. 78:155). Com base nesses estudos com microrganismos, chegou-se à conclusão de que o formaldeído condensa com o pentose-5-fosfato, dando origem a alulose-6-fosfato que, por epimerização, gera frutose-6-fosfato. O metanol e outros álcoois têm sido incluídos, para diversos fins, em determinadas formulações de fertilizantes já comercializadas. A patente norte-americana n° 3,918,952, revela a incorporação de 1-15 partes, em volume, de um álcool de baixo peso molecular, em fertilizantes líquidos límpidos, a fim de melhorar a sua estabilidade. A patente norte-
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ americana η° 4,033,745, revela a incorporação de um álcool, a 0,05-1%, em fertilizantes líquidos para aumentar a estabilidade. As patentes norte-americanas nos 4,409,015 e 4,576,626 descrevem a adição de álcoois a fertilizantes a fim de facilitar a solubilização de fosfolípidos. De referir ainda a memória descritiva da patente húngara T45468 e o resumo da patente da União Soviética 84-3794472, que descrevem a incorporação de metanol em fertilizantes, em concentrações não-especificadas. O pedido de patente britânica 2 185 472 A descreve formulações para a nutrição foliar de plantas, que contêm entre 2% e 4% em peso, de um hidrosilado de proteínas, incluindo aminoácidos, polipéptidos e oligopéptidos. Não se identificam os aminoácidos presentes. A aplicação de oxamida (H2N-CO-CO-NH2) em pulverizações foliares para trigo e soja, como fonte de libertação controlada de azoto, vem referida em Schuler e Paulsen (1988) J. Plant. Nutr. 11:217-233). A aplicação foliar de prolina radioactivamente marcada ao trigo é referida em Pavlova e Kudrev (1986) Dolk. Bolg. Akad. Nauk. 39:101-103. Barel e Black (1979) Agron. J. 71:21-24 menciona fertilizantes foliares contendo compostos de polifosfatos associados a um agente tensioactivo (Tween 80, a 0,1%). A publicação da patente Chinesa 1046886A revela fertilizantes para folhas de plantas que contêm aminoácidos. A patente norte-americana n° 4,863,506 descreve a incorporação do ácido L-(d)-láctico em pulverizações foliares, em que o ácido láctico actuaria como meio regulador do crescimento.
Uma parte da secção sobre estudos experimentais apresentada no presente pedido foi publicada em Nonomura e Benson (1992) Proc. of the Natl. Acad. of Sei. USA 89:9794-9797.
Sumário do invento
Um método para a estimulação do crescimento de plantas, em especial plantas verdes e de outros organismos fotossintéticos, compreende a aplicação foliar, ou por outros meios, às plantas, de um composto seleccionado para aumentar os níveis intracelulares de dióxido de carbono em quantidades suficientes para inibir a foto-respiração, em especial quando a planta seja exposta a condições que, de outro modo, possam provocar a foto-respiração, tais como uma elevada intensidade de luz, calor, escassez de água, escassez de nutrientes e semelhantes. Os compostos que produzem esses níveis de dióxido de carbono intracelular podem ser seleccionados em função da via metabólica apresentada na figura 1, e incluem álcoois de baixo peso molecular, em especial metanol, mas também etanol, bem como aminoácidos, sobretudo glicina, glutamato, glutamina, alanina e aspartato. Estes compostos que aumentam os níveis intracelulares de dióxido de carbono, serão geralmente aplicados às plantas em presença de um composto contendo fosfato e, facultativamente, ainda outros
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 4 conhecidos nutrientes para plantas, podendo também exercer outras actividades estimuladoras do crescimento, além de aumentarem os níveis do dióxido de carbono. Muitas vezes, há vantagem em adicionar também um agente tensioactivo nas formulações nutrientes, a fim de intensificar a humectação das folhas e a penetração do composto e dos restantes componentes. De preferência, o composto será aplicado sob a forma de uma pulverização foliar, enquanto a planta esteja exposta a uma intensidade luminosa relativamente elevada, geralmente a uma intensidade mínima de cerca de 1000 μΕϊη/m /seg.
Segundo um aspecto especial do presente invento, promove-se o crescimento de plantas pela aplicação de uma formulação estimuladora do crescimento, contendo uma quantidade de um álcool de baixo peso molecular, em especial metanol ou um metabolito do metanol da planta, suficiente para aumentar a turgidez da planta (pressão de turgidez) e intensificar a fixação do carbono no interior da planta. A formulação compreende uma solução aquosa de metanol ou do metabolito de metanol da planta, geralmente metanol, a 5%-50%, em volume. As formulações estimuladoras do crescimento de plantas integram, facultativamente, uma série de outros componentes e nutrientes, tais como glicina e glicerofosfato (que intensifica a fixação do anidrido carbónico em condições de baixa luminosidade), uma fonte de azoto, uma fonte de fósforo, nutrientes secundários, micro-nutrientes, e compostos semelhantes. De uma maneira geral, a formulação conterá também um agente tensioactivo, a fim de facilitar a humectação e a penetração do metanol ou do metabolito do metanol, e dos restantes componentes, no tecido da planta.
As formulações de acordo com o presente invento são geralmente aplicadas a uma planta sob a forma de uma pulverização foliar; prefere-se a aplicação directa a partes da planta expostas à luz solar. Os métodos de acordo com o presente invento dão o seu rendimento máximo em plantas que fixem o carbono através do ciclo C3, obtendo-se os melhores resultados quando se expõe a planta à luz solar ou a outra fonte luminosa (que, num caso típico, tem uma intensidade luminosa de pelo menos 1000 pEin/m2/seg.), durante um período de tempo suficiente para se produzir o transformação, por fotossíntese, do metanol ou do metabolito do metanol na planta; de uma maneira geral, a fonte de luz será mantida durante um período de pelo menos 2 horas e, de preferência, durante 4 horas, após a primeira aplicação da formulação. Desta maneira consegue-se, eficazmente, a transformação fotossiintética (metabólica) do metanol e a consequente alteração do mecanismo de fotossíntese. A utilização de glicina e/ou glicina e glicerofosfato na formulação estimuladora do crescimento de plantas, intensificará a fotossíntese e a passagem do metanol e dos seus metabolitos através das vias bioquímicas, com toda a eficácia e em condições de assimilação seguras, em situações de baixa luminosidade, como sucede com as plantas cultivadas em espaços interiores. 83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 5
As formulações estimuladoras do crescimento de plantas, de acordo com o presente invento, podem também conter uma solução aquosa de um aminoácido, um composto de fosfato, e um agente tensioactivo, sendo o aminoácido seleccionado para aumentar os níveis intracelulares de dióxido de carbono quando a formulação é aplicada às folhas da planta. O composto de aminoácido estará presente na formulação numa concentração suficiente para inibir qualquer foto-respiração e para acelerar o crescimento da planta. O fosfato será adicionado com o fim de fornecer uma quantidade de fósforo suficiente para apoiar as reacções energéticas necessárias para o desejado crescimento da planta. O agente tensioactivo estará presente numa quantidade suficiente para intensificar a penetração dos restantes componentes da formulação nas células das plantas, em especial, quando as formulações são aplicadas sobre plantas com folhas de textura cerosa, que poderiam inibir a penetração. Aminoácidos preferidos incluem glicina, glutamato, glutamina, alanina e asparta.to, que estão presentes na formulação em concentrações compreendidas entre 0,1% e 10% em peso.
Verificou-se que a utilização das formulações estimuladoras do crescimento de plantas de acordo com o presente invento pode intensificar o crescimento das plantas tratadas numa percentagem entre 20% e 100%, ou mais, em comparação com a utilização de formulações fertilizantes semelhantes, sem o metanol ou o metabolito do metanol como componente. Para além deste maior crèscimento, os fertilizantes e os métodos do presente invento podem, muitas vezes, aumentar a turgidez das plantas e elevar o teor em açúcares, proporcionar uma maturação mais rápida da planta, reduzir as suas necessidades de água e melhorar a tolerância das plantas tratadas a outras condições ambientais. Pensa-se que o metanol e/ou o aminoácido, por si só, apenas forneça à planta pequenas quantidades de carbono e que o composto actue, em primeiro lugar, no sentido da alteração e estimulação da fotossíntese da planta, proporcionando um apreciável aumento da taxa de fixação de carbono e do crescimento.
Breve descrição das Figuras ' A figura 1 apresenta uma via metabólica para a utilização do metanol e do aminoácido e a subsequente intensificação do crescimento da planta. A figura 2 mostra vias anabólicas e catabólicas para a utilização de glicina em plantas. De uma maneira geral, no caso da foto-respiração, duas moléculas de glicina fornecem uma molécula de serina + dióxido de carbono, amónia e co-factores. A alteração da via metabólica pela adição do metanol forneceria duas moléculas de serina por cada adição de
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ duas moléculas de glicina. Elevando a quantidade de serina ao dobro, poder-se-ia obter o dobro de sacarose; no entanto, as necessidades de glicina exigem elevadas taxas de foto-respiração.
Descricão de concretizações específicas O presente invento diz respeito a novas formulações e métodos eficazes para estimular o crescimento de plantas verdes e de outras plantas fotossintéticas, em especial de plantas superiores. O método do invento baseia-se na aplicação de compostos, tais como metanol, metabolitos do metanol e de aminoácidos (conforme irão ser definidos mais adiante), sob a forma de uma pulverização foliar, à planta e às suas folhas, sendo o composto seleccionado de forma a aumentar os níveis intracelulares de dióxido de carbono, para uma quantidade suficiente para inibir a foto-respiração nas células da planta e, deste modo, estimular o crescimento da planta. Os compostos que evidenciam esta capacidade podem ser identificados com referência a uma via metabólica até agora desconhecida, conforme mostra a figura 1. Segundo um aspecto alternativo, os compostos úteis podem ser identificados com referência às vias metabólicas de descarboxilação, conforme mostra a figura 2. A via metabólica da figura 1 parece envolver o mecanismo de fotossíntese no sentido de a luz solar ou outras fontes de luz forte serem necessárias a um aproveitamento eficaz do metanol, dos metabolitos do metanol da planta e dos aminoácidos, na formação aumentada de sacarose e de componentes estruturais a partir do dióxido de carbono. Pensa-se, actualmente, de que os aspectos essenciais da via metabólica para a síntese da sacarose sejam tal como se representa na figura 1, se bem que se deva ter presente que a eficácia do presente invento não depende da exactidão ou integralidade desse esquema particular. No entanto, o esquema ajuda a compreender as variações nos procedimentos do presente invento e dos parâmetros de luz, humidade e temperatura, que influem na sua aplicabilidade.
Os métodos e formulações do presente invento são eficazes em praticamente todas as espécies de plantas dependentes de fotossíntese, com folhas ou outras superfícies capazes de absorverem pulverizações foliares, em especial plantas superiores que fixam o dióxido de carbono através do ciclo C3, e podem também ser utilizadas, num âmbito mais limitado, em plantas que fixam o carbono através da via metabólica de C4 e de CAM. As plantas "superiores" incluem todas as espécies de plantas que possuem troncos, caules, raízes e folhas genuínos, excluindo, assim, as plantas inferiores, por exemplo, leveduras e bolores. Plantas apropriadas que utilizam a via metabólica C3, e que podem beneficiar da aplicação dos fertilizantes de acordo com o presente invento, incluem plantas de cultivo, tais como, arroz, amendoim, cevada, brócolos, couve-flor, hortelã-pimenta, uvas, batata, beringela, abóbora, cabaça, pepino, feijão, alface, cardo-hortense (alcachofra), beterraba sacarina,
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 7 rabanete, couves de folhas recortadas, tabaco, luzerna, aveia, soja, nabo, pastinaga, espinafre, salsa, e plantas semelhantes; plantas com flores, tais como rosas, Coleus, crisântemo, papoila, violetas de África, buganvília, oleandro, hibisco, gardénia, jasmim, camélia, malmequer, margarida, goivo, vinca, gerbéria, cravo, cíclame, peónia, primavera, estrelícia, miosótis, e plantas similares; árvores frutíferas, tais como, macieiras, ameixoeiras, pessegueiros, cerejeiras, árvores de frutos citrinos e árvores semelhantes; e árvores das florestas, tais como pinheiros, pau-brasil, ciprestes, zimbreiro, olmos, bétulas, palmeiras e árvores semelhantes. Esta lista enumera apenas alguns exemplos e não pretende ser exaustiva.
Os métodos e formulações de acordo com o presente invento podem ser utilizados para estimular o crescimento nos tecidos, quer de plantas juvenis, quer de plantas maduras. No entanto, de uma maneira geral, as plantas deveriam apresentar, pelo menos, duas folhas verdadeiras, para além do cotilédone ou do par de cotilédones (ou seja, "as folhas de semente"). O crescimento mais intenso verifica-se como resultado de várias vias para o metabolismo do metanol, em que a oxidação origina imediatamente o dióxido de carbono, o que reduz a foto-respiração. Com elevadas taxas dse foto-respiração, a via metabólica do carbono é reorientada, em presença de metanol, para combinar Q THFA e glicina, com formação de serina, em associação aos efeitos duradouros dos metabolitos do metanol, sobretudo formaldeído, sobre as velocidades relativas de alguns dos processos catalizados por enzimas, nas estruturas fotossintéticas da planta. Além deste crescimento intensificado, o tratamento de plantas com as formulações do presente invento dá origem a uma maior turgidez. A turgidez, ou seja, a distensão da parede celular da planta e das membranas, devida ao aumento do teor celular de fluidos, é aumentada pela síntese de açúcar. A turgidez, em oposição ao estiolamento, constitui um sintoma positivo do vigor de uma planta. Elevados níveis de pressão de turgidez distendem as células oclusivas, alargando, deste modo, a abertura do estorna e permitindo uma melhor assimilação do dióxido de carbono. Por isso, o aumento da turgidez traduz-se por uma fotossíntese mais eficaz em presença de luz. Geralmente, este aumento da turgidez resulta em menores necessidades de água, e parece também aumentar a tolerância das plantas tratadas a condições extremas do meio ambiente, ou seja, calor, frio, escassez de água nos períodos de seca, baixo nível de humidade, elevada intensidade de luz e fenómenos afins.
As formulações estimuladoras do crescimento de plantas, de acordo com o presente invento, podem conter uma solução aquosa de metanol, um metabolito do metanol da planta e/ou aminoácido(s), presentes numa quantidade suficiente para aumentar os níveis
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ intracelulares de dióxido de carbono, inibir a foto-respiração e intensificar a fixação de carbono e a turgidez numa planta tratada. As quantidades ou concentrações óptimas do metabolito do composto activo variam em função da espécie ou da variedade da planta que esteja a ser tratada, da hora do dia, do(s) factor(es) ambiental(ais) e de condições semelhantes.
No caso do metanol, a concentração pode variar, geralmente, entre 5% e 100%, habitualmente entre 5% e 50% em volume, e, mais usualmente, pode variar entre 10% e 30% em volume. Metabolitos apropriados do metanol incluem aqueles produtos do metanol que estão apresentados nas vias metabólicas da figura 1, incluindo, em especial, o formaldeído e o ácido fórmico (e os análogos neutros, tal como formato de metilo). Estas percentagens volumétricas referem-se ao volume total da formulação estimuladora do crescimento de plantas.
Para os aminoácidos, a concentração pode estar compreendida, geralmente, entre 0,1% e 10% em peso, usualmente entre 1% e 5% em peso. Aminoácidos apropriados incluem todos os aminoácidos naturais ou a maioria desses aminoácidos, englobando, em especial, aqueles aminoácidos que penetrem fácilmente nas células de plantas após a sua aplicação foliar e que proporcionem a desejada formação de dióxido de carbono. Aminoácidos preferidos incluem a glicina, o glutamato, glutamina, alanina e aspartato, sendo a glicina especialmente preferida como precursor para o metil-tetra-hidrofolato (C|-THFA), um composto doador de formaldeído.
Enquanto as formulações estimuladoras do crescimento de plantas, de acordo com o presente invento, podem ser constituídas, essencialmente, pelas soluções aquosas do metanol, do metabolito do metanol da planta e/ou dos aminoácidos, conforme atrás se refere, elas podem conter, geralmente, outros componentes e ingredientes susceptíveis de melhorarem as suas propriedades de várias maneiras. Assim, por exemplo, as formulações podem conter, geralmente, um agente tensioactivo, que está presente numa quantidade suficiente para melhorar a humectação das folhas e a penetração do metanol, do metabolito do metanol e, eventualmente, dos restantes componentes, quando a formulação é aplicada à planta como pulverização foliar. Agentes tensioactivos apropriados incluem detergentes aniónicos e zwitteriónicos, tais como Teepol™ HB7, Tween™, nonilfenoxi-hidroxi-polioxietileno e isopropanol, um champô para bebés da Johnson, e produtos semelhantes.
De preferência, as formulações estimuladoras do crescimento de plantas com metanol, de acordo com o presente invento, contêm também componentes que aumentam a produção de sacarose através da via metabólica alternativa de fixação do carbono, representada na figura
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 9 1. Componentes deste tipo incluem os metabolitos da foto-respiração ilustrados na figura 1, tais como glicolato, glioxilato, glicina, serina, folato, peróxidos e compostos similares. Outros componentes que intensificam esta produção incluem os sais solúveis do ácido glicerofosfórico, tais como glicerofosfato dissódico, glicerofosfato de cálcio, L-glicerol-3-fosfato, ésteres de fosfato derivados de produtos da fotossíntese, e componentes semelhantes.
De preferência, as formulações com aminoácidos podem também conter uma fonte de fosfatos, de preferência, um glicerofosfato ou trimetilfosfato, presente numa concentração compreendida entre 0,1% em peso, e 5% em peso, mais preferivelmente entre 0,2% em peso, e 2% em peso, para fornecer o fosfato suficiente para suprir as necessidades energéticas do crescimento intensificado que a formulação do presente invento proporciona.
Além dos compostos atrás indicados, tanto as formulações com metanol como as contendo aminoácidos de acordo com o presente invento, podem integrar frequentemente um ou mais constituintes fertilizantes, tais como uma fonte de azoto, por exemplo, ureia de baixo teor em biureto (LB), ácido nítrico, nitrato de sódio, ou outros sais de azoto; uma fonte de fósforo, tais como sais fosfatos, trimetilfosfato, ácido fosfórico, organofosfatos, superfosfato, pirofosfato de potássio, e compostos semelhantes; e uma fonte de potássio, tais como cloreto de potássio, sulfato de potássio, nitrato de potássio, acetato de potássio, e compostos semelhantes. As formulações podem ainda conter nutrientes secundários, tais como fontes de enxofre, cálcio e de magnésio, bem como micronutrientes, tais como ferro, boro, cobalto, cobre, manganês, molibdénio, zinco e elementos afins. A incorporação desses nutrientes primários, secundários e micronutrientes, em formulações fertilizantes líquidas vem adequadamente descrita na literatura sobre patentes e nos manuais técnicos. Outros constituintes fertilizantes usuais que se podem adicionar às formulações de acordo com o presente invento, incluem aminoácidos, peptidos, vitaminas, outros metabolitos biológicos decorrentes da fotossíntese e da foto-respiração, insecticidas, herbicidas, fungicidas, nematicidas, antibióticos, agentes reguladores do crescimento vegetal, ácidos nucleicos e componentes semelhantes.
Apresentam-se seguidamente exemplos de formulações estimuladoras do crescimento de plantas com metanol, de acordo com o presente invento, destinadas à utilização exterior nos campos sob intensidades de luz muito elevadas e para a utilização em recintos interiores, sob reduzida intensidade de luz.
Constituinte 83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 10
Exemplos de formulações com metanol 1. Formulações para utilização nos campos
Gama de concentrações Concentração preferida
Metanol Glicina Ureia LB Fe-EDTA Triton™ X-100 Água 10% a 50% 0 g/1 a 5 g/1 1 g/1 a 55 g/1 0,01 g/1 a 0,1 g/1 0,1 ml/1 a 1 ml/t Q. b. para 1 litro 20% 1 g/1 3 g/1 0,01 g/1 0,5 ml/1 Q. b. para 1 litro 2. Formulação para utilização em recintos interiores
Constituinte
Gama de concentrações Concentração preferida
Metanol Glicina Ureia Ureia-fosfato Fe-EDTA Glicerofosfato dissódico Triton™ X-100 Água 10% a 20% 1 g/1 a 3 g/1 1 g/1 a 6 g/1 0,1 g/l a 1 g/1 0,01 g/1 a 0,05 g/1 1 g/1 a 10 g/1 0,1 ml/1 a 1 ml/1 Q. b. para 1 litro 10% 1 g/1 2 g/1 1 g/1 0,01 g/1 3 g/1 0,5 ml/1 Q. b. para 1 litro A adição de glicerofosfato e de glicina, em condições de baixa intensidade de luz, evita a ocorrência de danos nas folhas. Uma baixa intensidade luminosa varia entre 100 e 150 pEin/m /'seg. Ao passo que a incidência directa da luz solar é necessária para a eficácia completa do metanol e dos seus metabolitos no sentido de estimular o crescimento através das formulações referidas a título de exemplo, para aplicação no campo, a presença do glicerofosfato e da glicina protege contra quaisquer danos pelo metanol ou seus metabolitos nas plantas tratadas, que estejam expostas à luz solar filtrada ou à luz artificial. A diferença entre as formulações para os campos e para recintos interiores assenta, também, nas elevadas temperaturas causadas por uma acentuada intensidade luminosa. Os níveis mais baixos da intensidade luminosa nos recintos interiores diminuem a capacidade da planta de realizar a foto-fosforilação, bem como a activação do seu sistema de enzimas para a fixação de dióxido de carbono e, por conseguinte, qualquer adição de fosfato e de ATP será um auxílio útil para
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ ο esforço metabólico da planta.
As formulações estimuladoras do crescimento de plantas com metanol, de acordo com o presente invento, podem ser preparadas pela dissolução de metanol numa solução aquosa, com a concentração apropriada de metanol. Os restantes componentes são dissolvidos na água, quer antes ou depois da adição do metanol, geralmente, sob agitação e, facultativamente, aplicando uma fonte de calor. Deve ter-se o cuidado de conservar as formulações estimuladoras do crescimento de plantas em condições que impeçam a precipitação dos seus constituintes.
Apresentam-se seguidamente exemplos de formulações estimuladoras do crescimento de plantas com aminoácidos, de acordo com o presente invento, que contêm glicina, glutamato e aspartato.
Exemplos de formulações de aminoácidos
Gamas de concentração
Comoonente Ampla Preferida Glicina 1g a 100 g 50 g Tampão de fosfato (por exemplo, citrato-fosfato) pH 6,5 - 7 pH 7 Glicerofosfato 1 g a 20 g 10 g Triton X-100 0,1 ml/1 a 1 ml/1 0,5 ml/1 Agua Q. b. para 1 litro Q. b. para 1 litro
Componente Gamas de Ampla concentracão Preferida Glutamato 1 ga 100 g 20 g Tampão de fosfato pH 6,5 - 7 pH 7 (por exemplo, TRIZMA-succinato ou -oxalato) Glicerofosfato 1 g a 20 g 1 g Pirofosfato tetrapotássico 0 g a2 g 1 g Triton X-100 0,1 ml/1 a 1 ml/1 0,5 ml/1 Água Q. b. para 1 litro Q. b. para 1 litro
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Gamas de concentração
Comnonente Amola Preferida Aspartato 1 g a 100 g 50 g Tampão de fosfato pH 6,5 - 7 pH 7 (por exemplo, TRIZMA-acetato) Glicerofosfato 1 g a 20 g 2g Pirofosfato tetrapotássico 0 g a2 g 1 g Triton X-100 0,1 ml/1 a 1 ml/1 0,5 ml/1 Água Q. b. para l litro Q. b. para 1 litro
Tanto com as formulações estimuladoras do crescimento de plantas contendo metanol como com aquelas formulações que contêm aminoácidos, é possível preparar soluções concentradas que, após a sua diluição apropriada com água, originam formulações próprias para uma aplicação directa e tendo as concentrações dos componentes dentro dos níveis atrás mencionados.
As formulações estimuladoras do crescimento de plantas com aminoácidos, de acordo com o presente invento, podem ser preparadas com o aminoácido na forma líquida ou anidra. Assim, por exemplo, a glicina pode ser adquirida à empresa W.R. Grace Company, Lexington, Massachusetts, em quantidades industriais, e pode ser dissolvida em água até se obter a concentração apropriada. Em seguida, os restantes components podem ser adicionados à solução aquosa, geralmente sob agitação e, eventualmente, com aplicação de calor. Deve ter-se o cuidado de conservar as formulações estimuladoras do crescimento de plantas em condições que impeçam a precipitação dos seus constituintes.
De preferência, as formulações estimuladoras do crescimento de plantas de acordo com o presente invento, são aplicadas a partir de um dispositivo pulverizador ou nebulizador. As formulações fertilizantes serão habitualmente pulverizadas sobre a parte superior da planta, de modo que as soluções aquosas atingem as partes da planta que se encontram directamente expostas à luz solar ou a outras fontes de iluminação. Pode utilizar-se um equipamento de pulverização convencional. Para a aplicação a plantas do campo usar-se-ão pulverizadores concebidos para fins agrícolas. No caso de plantas colocadas em recintos interiores, podem utiliza.r-se pulverizadores portáteis. A pulverização deve ser suficiente para que as superfícies foliares e outras superfícies da planta fiquem molhadas. Para as aplicações no domínio da agricultura, usar-se-ão geralmente - no caso da formulação a 20% - entre 5 galões e 100 galões por cada acre, geralmente numa quantidade de cerca de 20 galões por
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 13 acre. De uma maneira geral, a pulverização do fertilizante será realizada entre os intervalos de rega ou de irrigação das plantas. Há vantagem em aplicar as formulações estimuladoras do crescimento de plantas enquanto as plantas estejam expostas à luz solar directa ou a uma outra fonte luminosa apropriada. As plantas deveriam ficar submetidas à acção da luz solar ou a uma outra fonte luminosa por um período de tempo suficiente para permitir o desenvolvimento da turgidez da planta e a fixação do carbono aplicado. De uma maneira geral, as plantas deveriam estar expostas à luz solar ou a outras fontes luminosas durante pelo menos duas horas após a aplicação do fertilizante, de preferência, durante um período mínimo de 4 horas. A iluminação da planta, quer sob a forma de luz solar, quer sob a forma de luz artificial, deve ter uma intensidade suficiente para induzir a foto-respiração e permitir a fixação do carbono de acordo com a via metabólica da figura 1. Uma intensidade luminosa mínima, apropriada é de 100 pEin/m2/seg., geralmente com a luz solar directa fornecendo uma intensidade luminosa muito mais elevada. Escusado será dizer que a adição de glicina com o sal glicerofosfato, no caso das formulações para plantas de espaços interiores, irá aumentar a fixação do carbono, mesmo em condições de baixa intensidade luminosa, ou seja, a 100 pEin/m /seg., ou inferior. Contudo, mesmo após a aplicação das formulações destinadas à utilização em recintos fechados, é preferível que a planta seja exposta a uma iluminação intensa durante um período mínimo de duas e, de preferência, de quatro horas.
Os exemplo seguintes servem para ilustrar os aspectos do invento, mas não pretendem limitar-lhe o âmbito inventivo.
Experimental
Materiais e Métodos
Começaram os estudos no campo durante o Verão em explorações agrícolas irrigadas na região desértica do Sud-Oeste das EUA (Maricopa County, Arizona). Realizaram-se testes preliminares em plantações de algodão, descobrindo-se de que um único tratamento foliar com uma formulação contendo metanol, a 30%, e um agente tensioactivo, a 0,1%, resultou no desenvolvimento de folhas mais largas e de plantas de maior tamanho do que nas plantas-controlo (cultivadas sem adição de metanol), ao fim de cerca de 2 semanas. Fizeram-se ensaios adicionais com couves-Sabóia, no Outono; a incorporação de metanol, a 20%, e de um agente tensioactivo, a 0,1%, proporcionou melhorias semelhantes às obtidas com o algodão. No entanto, após a aplicação repetida de metanol, as couves-Sabóia evidenciaram
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 14 sintomas de carência de azoto. Em seguida, procedeu-se à preparação de um meio de estimulação mínimo, e que continha (g/1 de metanol): NH2CONH2 (15), Fe-HEEDTA (0,08) e Triton X-100 (2,5); adição à água, (pH entre 6,5 e 7,0) até se obter a diluição apropriada.
Os tratamentos das couves-Sabóia com soluções contendo metanol, durante o Inverno, não proporcionaram qualquer estimulação apreciável do crescimento das plantas. Numa tentativa de promover o crescimento, desenvolveu-se um meio com nutrientes primários e secundários, solúveis em metanol, que tinha a seguinte composição (g/1) : NH2CONH2 (10), NH2CONH2. H3PO4 (1), CH3COOH (4), H0CH2CH2S03Na (1), (CH3COO)2Mg . 4H20 (2), Ca(N03)2.4H20 (1), FeEDTA (0,8); e nutrientes secundários (ppm) (CH3COO)2Cu . H20 (1), (CH3COO)2Zn . 2H20 (1), H3B03 (2), (CH3COO)2Mn . 4H20 (1), (CH3COO)2Co . 4H20 (0,1) e 12 Mo03. H3P04 (0,01). Este meio com nutrientes primários e secundários não proporcionou diferenças significativas no crescimento da maioria das colheitas de Inverno ou das plantas que cresceram à sombra; no entanto, posteriormente este meio foi utilizado, como concentrado (10 x) para correcção das carências de nutrientes em citrinos. A adição de 0,1% de glutamato ou 0,2% de glicina às soluções aquosas de metanol veio a estimular 0 crescimento das plantas invernais tardias e das plantas mantidas à sombra. O tratamento com glicina-metanol de plantas de interiores expostas à luz artificial, danificou as folhas dentro de um período de 48-72 horas. Com a adição de 0,5% de D,L-a-glicerofosfato a soluções de metanol acrescidas de glicina, tentou-se melhorar a turgidez das plantas mantidas sob luz artificial de baixa intensidade (cerca de 75-100 μΕϊη/m /seg.).
Todas as plantas cultivadas em solos, tratadas e não-tratadas receberam uma quantidade de fertilizante suficiente para manter 0 crescimento normal; acrescentaram-se às plantas colocadas em vasos, Osmocote 17-6-10 Plus Minor Plant Food for Potting Mixes contendo (composição em percentagem) : N (17), P (6), K (10), S (4), Ca (1,5), Mg (1), B (0,02), Cu (0,05), Fe (0,4), Mn (0,1), Mo (0,001), Zn (0,05); às plantas de colheitas cultivadas em explorações agrícolas foram adicionados fertilizantes para fins agrícolas com N, P, K e S, em concentrações compatíveis com as necessidades de cada variedade de planta.
Modos de aplicação
Paira evitar danos nas folhas e para reduzir ao mínimo a frequência das aplicações nos campos, um gradiente de concentrações de metanol, com aumentos escalonados de 5%, foi aplicado às plantas de colheitas para determinar a resposta máxima às respectivas doses aplicadas. De uma maneira geral, as concentrações de metanol que se situavam em cerca de 10% ahaixo do nível de toxicidade estabelecido, proporcionaram a desejada resposta em
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 15 termos de crescimento. Assim, por exemplo, no caso do algodão, construiu-se uma curva de toxicidade para o metanol que se estendia de 1% a 50% de metanol, em água pura. Com concentrações superiores a 40% de metanol, observou-se a ocorrência de áreas castanhas e o estiolamento foliar dentro de um período de 10 dias. Uma concentração de 30% de metanol em água não provocou quaisquer danificações nas folhas de algodão; contudo, áreas cavadas nalgumas folhas de algodão retiveram o metanol a 30% durante 24 horas ou mais, e estas zonas ficaram descoradas e quebradiças. O tratamento de plantações de algodão com um meio fertilizante contendo metanol numa concentração mínima de 30%, foi repetido, a intervalos semanais, com duas aplicações de cada vez. Na última aplicação adicionou-se o metanol, a 30%, sem fonte de ureia, para estimular a maturação das cápsulas de algodão.
Para a aplicação do metanol utilizaram-se equipamentos e máquinas convencionais para a agricultura. Para a aplicação foliar em escala-piloto em colheitas de explorações agrícolas, utilizaram-se pulverizadores SOLO, para levar às costas, com 15 litros de capacidade, munidos de bicos de pulverização planos Tee Jet 8003. A aplicação sobre os troncos de árvores e de caules de concentrados nutrientes solúveis, com metanol, a 100%, foi geralmente realizada com o auxílio deste sistema de pulverização.
As colheitas cultivadas em larga escala nos campos foram pulverizadas a partir de tractores equipados do seguinte modo : num tractor colocaram-se depósitos movidos a jacto, com uma bomba de palhetas móveis, e uma árvore de pulverização de seis filas, dotada de bicos de pulverização planos Tee Jet 8004. A altura e a distância entre os bicos foram ajustadas de modo que a pulverização se fizesse directamente sobre as partes superiores das plantas, no centro de cada carreira ou sulco. A pressão e a velocidade do tractor foram reguladas de modo a resultar uma razão de aplicação de 186 1/hectare. Assim, a título de exemplo, preparou-se uma solução de metanol para a pulverização de plantações de algodão a partir de um tractor : em depósitos de 500 litros de capacidade, 150 litros de metanol, com 0,25 litro de nonilfenoxi-hidroxi-poli(oxietileno)isopropanol e 1 g de FeHEEDTA, foram adicionados a 350 litros de água (pH = 6,5), contendo 1,5 kg de ureia de baixo teor em biureto (LB), e 0,25 kg de nitrato de cálcio, sob agitação contínua, e a solução foi bombeada através do dispositivo de pulverização montado sobre o tractor, para a aplicação sobre as folhas. Conforme as necessidades, o tratamento das colheitas com a solução de metanol foi repetida entre os intervalos de irrigação. Quanto ao resto, as plantas pulverizadas com metanol foram tratadas da mesma maneira que as restantes colheitas, até à sua maturação.
Nas estufas, o metanol ou nutrientes dissolvidos em água, foram injectados no nevoeiro suspenso ou no sistema de irrigação por nebulização. O sistema de irrigação foi calibrado de modo a aplicar 0,1 ml de metanol a cada planta de rosa. Este processo de aplicação foi
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Para os ensaios em escala laboratorial ou para ensaios limitados no terreno, as folhas foram pulverizadas, até ficarem molhadas, com um jacto de nebulização gerado a partir de um pulverizador ajustável até a uma capacidade de 710 ml, e munido de uma bomba manual. Geralmente, as taxas de aplicação obtidas com este método manual de aplicação destinadas às plantas de campo não foram calibradas. Utilizou-se este método de pulverização manual para experimentar plantas ou folhas individuais. Assim, por exemplo, nas plantações de algodão, plantas individuais foram examinadas quanto ao aumento de tamanho das folhas, medindo a assinalando pares de folhas do mesmo tamanho e situadas em posições semelhantes, em plantas separadas. Uma folha de algodão foi tratada com uma solução de metanol, a 30%, nebulizando a folha até ficar molhada, e a outra folha foi assinalada como controlo, sendo nebulizada com água. As folhas de algodão receberam três aplicações, procedendo-se à medição do comprimento e largura médias ao fim de 20 dias de tratamento. Para citar outro exemplo, levou-se a efeito a pulverização de plantas de couves verdes com um gradiente de concentrações de metanol para a determinação dos níveis de toxicidade. O contacto prolongado, contínuo, dos tecidos das plantas com as soluções de metanol causou danos nos tecidos no local de contacto. Fizeram-se aplicações repetidas quando diminuía a turgidez; geralmente, os tratamentos foram feitos em intervalos de 1-2 semanas. Os tratamentos no campo foram iniciados 2 horas após o nascer do sol e terminaram pelo menos 4 horas antes do pôr do sol.
Agricultura
Durante o ano de 1991, colheitas de legumes e de algodão foram cultivadas em fileiras irrigadas, como colheitas comerciais de campo, no Condado de Maricopa, Arizona. A população de algodão consistia em cerca de 100.000 plantas por cada hectare. As sementes para as colheitas provinham das seguintes fontes :
Couve-Sabóia (Brassica oleracea capitata), Savoy King, Sakata Seed America, Inc. Couve verde {Brassica oleracea capitata), Head Start, Hybrid, Asgrow Seed Company Algodão de fibra curta (Gossypium hirsutum), Deltapine 90, Delta & Pine Land Company
Trigo duro Reva (Triticum durum), Arizona Origin, Borden Pasta Group Cevada {Hordeum valgare), Arizona Origin, Salt River Seed and Soybean Company Tomate de Génova para conservas {Lycopersicon escidentum), Northrup King.
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Horticultura
Na Primavera, plantaram-se, em estufas comerciais no Condado de Maricopa, Arizona, 3000 rosas de chá híbridas (Rosa spp.) das seguintes variedades : Rotary Rose, Paul Harris, Miss All-American Beauty, Tropicana, Blue Girl, Angel Face, First Prize, Lowell Thomas, Tiffany, Mr. Lincoln, John F. Kennedy, Joseph's Coat, Peace and Queen Elizabeth. As rosas foram cultivadas em recipientes de material plástico com 8-12 litros de capacidade, para se poderem desenvolver a partir de rizomas desguarnecidos, até germinarem e florescerem. O meio nutriente dos vasos compreendia 90% de córtex, 5% de areia de rio e 5% de terra da camada superior do solo. As rosas receberam Osmocote 17-6-10 Plus Minors e ureia de baixo teor em biureto (46-0-0). As estufas estavam construídas de folhas de material plástico transparente, sendo iluminadas e aquecidas pela acção directa da luz solar. As plantas tratadas encontravam-se numa única estufa. As plantas-controlo encontravam-se em estufas vizinhas, de construção idêntica. As plantas-controlo foram regadas com água através do sistema de irrigação por nebulização, enquanto as plantas tratadas receberam um meio nutriente mínimo, a 10% de metanol, acrescido de 1 parte por mil de Pounce 3.2 EC (FMC Corp., Chicago, Illinois), um insecticida piretróide, para evitar qualquer infestação por afídios.
As árvores foram tratadas pulverizando os troncos ou as folhas com metanol. Havia limoeiros (Citrus limon), laranjeiras de frutos amargos (Citrus aurantium), toranjeiras (Citrus par adis i), Eucalyptus microfica, Olea europaea, Phoenix canariensis, Washingtonia robusta, Pinus eldarica e Pi nus halepensis. Para verificar os efeitos da adição de nutrientes sobre a qualidade do solo, deixaram-se cinco toranjeiras em condições de deficiência de nutrientes do ano anterior. Estas toranjeiras apresentavam os sintomas de uma carência de N, S e Fe, tais como menor produção de frutos, descoloração das folhas e clorose. Três dessas toranjeiras com carência de nutrientes foram tratadas com soluções de metanol acrescidas de N, S e Fe, que foram aplicadas por pulverização, sobre o córtex dos troncos principais.
Induziu-se a germinação de sementes em recipientes de trigo, cevada e tomate, em caixas de plástico para árvores, com 72 cavidades, contendo 90% de córtex, 5% de areia de rio, 5% de terra da camada superior do solo e fertilizante. O trigo foi exposto à acção directa da luz solar e submetido a carência de água pela omissão de dois ciclos de irrigação consecutivos, sendo seguidamente reiniciados os ciclos de irrigação normais. O trigo foi tratado com uma solução de metanol, a 20%, contendo nutrientes primários e secundários, dois dias antes da privação de água. Após a maturação, 50 cápsulas de sementes, incluindo o ráquis, a semente e o folhelho, foram pesados, procedendo-se à contagem das sementes por cápsula, nas plantas tratadas e nas plantas-controlo.
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Analisaram-se os efeitos produzidos na cevada (Hordeam vulgare) por um baixo nível de intensidade luminosa, atenuando a luz a 85%, através de um resguardo feito de rede de malha, ou expondo as plantas à acção directa da luz solar. As plantas de cevada foram seleccionadas em função das semelhanças entre elas, sendo colocadas lado a lado, a fim de reproduzir exactamente as mesmas condições para plantas tratadas e plantas-controlo. As plantas de cevada foram cultivadas em vasos de material plástico, de 8 litros de capacidade, deixando-se um espaço de 5 cm entre elas a fim de impedir que a sombra de uma planta caísse na outra. Prepararam-se seis séries de plantas de cevada : duas para serem expostas à luz solar directa, duas para ficarem à sombra e duas para ficarem à sombra e serem tratadas com o sal sódico do ácido glutâmico (1 g/1 num meio de fertilizante secundários com metanol). Metade das séries ficaram sem tratamento, constituindo as plantas-controlo, e as restantes séries foram tratadas com as soluções de ensaio. Numa repetição do ensaio e para confirmar de que o sódio não era responsável pelas respostas em termos de crescimento, substituiu-se o glutamato pela glicina (2 g/1). Ao longo do período de ensaio de 2 semanas, as plantas de cevada foram submetidas a 3 tratamentos de pulverização com soluções de metanol. O aumento da turgidez foi determinado medindo os ângulos das posições das folhas de cevada, antes do tratamento e após o tratamento, através de um transferidor. A linha de base de 0-180 graus foi alinhada verticalmente ao eixo principal do caule central.
Para confirmar os aumentos no rendimento após a adição de um meio de glicina estandardizado, as plantas foram tratadas com um meio nutriente mínimo, contendo 20% de metanol, e acrescido de 2 g/1 de glicina, durante os últimos meses frios do Inverno (1 Março até 1 de Abril). As plantas de ensaio foram tratadas 3 vezes em condições de céu nublado. Trataram-se as seguintes plantas de cultivo : Beringelas "Ichiban", tomate "Genoa" e morangos "Sequoia". No início dos tratamentos semanais, as plantas tinham uma altura de 5-10 cm. As plantas foram colhidas, cortando todo o rebento pela base. Os pesos em fresco dos rebentos e das plantas individuais foram registados para as plantas-controlo e para as plantas tratadas com metanol/glicina.
Para a preparação de uma formulação geral para plantas de interiores, 0,1% de glicina, num meio nutriente mínimo com metanol a 10%, foi acrescido de 0,5% de glicerofosfato dissódico.5H20, procedendo-se à aplicação manual à folhagem, por nebulização. A solução de glicerofosfato foi aplicada sobre Chrysanthemum indicum, Dieffenbachia sequine, Syngonium podophyllum, Scindapsus aureus, Ficus elastica e Coleus blumei. Durante o período de observação de 2 semanas, sob luz artificial, procurou-se detectar eventuais aumentos da turgidez e sinais de toxicidade. 19 83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ
Durante ο Outono, foi pulverizado um meio nutriente, a 20% de metanol, sobre as folhas de plantas com metabolismo C4, em terrenos abertos cultivados com: milho (variedade de Zea mays, Sweetie 82, Sun Seeds Co.,), sorgo (Sorghum vulgaré), relva das Bermudas (Cynodon dactylon) e relva de Johnson (Sorghum halepensé). Fizeram-se duas ou mais aplicações foliares, a intervalos semanais, e as plantas foram observadas durante um mês. O comprimento das folhas de milho e o número de espigas foram medidos nas plantas rotuladas, tratadas com metanol e nas plantas-controlo correspondentes, cultivadas em sulcos adjacentes, no interior de um campo de 10 acres de extensão.
Resultados A níveis imediatamente abaixo da toxicidade, as plantas evidenciaram reacções rápidas ao metanol. Os níveis de toxicidade do metanol variavam consoante a localização da aplicação e a variedade da planta. De modo geral, os troncos resistiram às concentrações mais elevadas; o metanol, em concentrações entre 80 e 100%, foi aplicado directamente sobre secções do tronco de pinheiros (Pinus eldarica e Pinus halepensis), palmeiras (Phoenix canariensis e Washington robusta), eucaliptos (Eucalyptus microfica), limoeiros (Citrus limon), laranjeiras de frutos amargos (Citrus aurantium), toranjeiras (Citrus paradisi) e oliveiras (Olea europaea), sem que se notassem quaisquer danos. A aplicação de um meio nutriente com metanol a 90% a troncos de Pinus eldarica, que tinham sido aparados 3 meses antes, a concentração de 90% de metanol provocou o escoamento, em 12 horas, da seiva a partir de feridas já existentes. A penetração através do córtex lenhoso do ramo do pinheiro era imediata e o escoamento era evidente da seiva nova que emergia a montante do local onde tinha sido aplicado o tratamento com metanol. Rebentos de palmeiras Washington robusta foram pulverizados, uma vez por mês, ao longo de um período de seis meses, com um meio nutriente mínimo de metanol a 50%, sendo que cinco rebentos inteiros de plantas-controlo não-tratadas apresentavam um peso médio de 15 g cada, enquanto cinco rebentos de palmeira tratados apresentavam um peso médio de 26 g cada. As respostas a um gradiente de concentrações de metanol aplicadas a tomate (Lycopersicon esculentum) revelaram danos consideráveis nas bordas das folhas em concentrações entre 20 e 40% de metanol, não se observando qualquer acção fitotóxica numa concentração de 10% de metanol, dentro de 4-10 dias. Sob a acção da luz solar directa, os aumentos de crescimento das plantas de tomate, tratadas 3 vezes com um meio nutriente mínimo com metanol a 10%, puderam ser observados - em comparação com as plantas-controlo - dentro de um período de tratamento de 2 semanas; as plantas-controlo apresentavam 9-10 entrenós e as plantas de tomate tratadas apresentavam 12-16 entrenós. As plantas de tomate tratadas tinham folhas e caules com um diâmetro que era 25-50% maior do que nas plantas-controlo. O desenvolvimento dos frutos nas plantas de tomate tratadas começou 5-10 dias mais cedo do que nas plantas-controlo.
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As necessidades das folhas de metanol diferiram dentro de largos limites; assim, por exemplo, foi aplicado metanol a 50% às folhas das palmeiras e dos eucaliptos, enquanto as beringelas foram tratadas com uma concentração de 10% de metanol. Observaram-se diferenças significativas das concentrações óptimas de metanol nas folhas, para as diferentes variedades de plantas; assim, para as couves-Sabóia a concentração óptima foi de 20% de metanol e para as couves verdes a concentração óptima foi de 50% de metanol em água. As aplicações foliares que se situavam muito abaixo dos níveis de toxicidade estabelecidos exigiam que as aplicações fossem repetidas para estimular as respostas de crescimento rápido, semelhantes às observadas com as aplicações efectuadas em concentrações próximas do nível de toxicidade. Assim, por exemplo, numa concentração de 20% de metanol, as couves verdes necessitavam de 3-6 aplicações repetidas a fim de evidenciar uma resposta de crescimento semelhante à observada com uma única aplicação, numa concentração de 50% de metanol. As couves-testemunha não- tratadas apresentavam um tamanho semelhante ao das couves tratadas com uma única aplicação de 20% de metanol, enquanto as couves tratadas repetidas vezes com uma concentração de 20% de metanol ou uma única vez com uma concentração de 50% de metanol, cresceram até terem aproximadamente o dobro do tamanho das couves-testemunha, dentro de um período de 4 semanas. O tratamento foliar sob a acção directa da luz do sol do meio-dia, veio a aumentar a turgidez, dentro de 2 horas de tratamento com metanol. O aumento da turgidez nas plantas tratadas era espècialmente notório entre os ciclos de irrigação e à tarde, quando as plantas-controlo começaram a murchar sob a acção da luz solar directa. As plantas tratadas mantinham-se direitas e viçosas durante os períodos em que as plantas-controlo se ressentiram da escassez de água. Assim, por exemplo, sob a acção da luz solar directa do meio-dia, a aplicação foliar a plantas de algodão, numa concentração de 30% de metanol, deu origem a uma maior turgidez das folhas dentro de 4 horas, e a um crescimento longitudinal de cerca de 15% maior, em comparação com as plantas-controlo não-tratadas, dentro de um período de 2 semanas. Durante o ano de 1990, quando havia temperaturas entre 45 e 50°C, as plantas de algodão tratadas permaneciam túrgidas, ao passo que o resto das colheitas foi murchando às elevadas temperaturas durante a tarde. Numa plantação de 56 acres, em que se fizeram dois tratamentos, 12 semanas antes da colheita do algodão, os frutos amadureceram aproximadamente 2 semanas mais cedo do que os frutos nas plantações não-tratadas. Esta maturação antecipada permitiu que a irrigação acabasse 2 semanas mais cedo.
Couves-Sabóia foram tratadas com 20% de metanol, sob a acção directa da luz solar. Durante uma semana, quando as temperaturas máximas atingiram mais de 40°C, as couves-Sabóia tratadas mantiveram a sua turgidez, enquanto as plantas-controlo murcharam. Durante o Outono, as couves-Sabóia tratadas uma única vez com um meio nutriente
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 21 contendo 20% de metanol, evidenciavam, ao fim de 2 semanas de tratamento, um aumento de 50% do crescimento vegetativo - em comparação com as plantas-controlo - apresentando folhas mais grossas, mais largas e mais númerosas. As couves-Sabóia tratadas várias vezes com metanol, apresentavam clorose e um crescimento enfezado após a 5a aplicação; por isso, soluções acrescidas de nutrientes que continham ureia e ferro quelado, foram aplicadas para manter o crescimento. Quatro semanas após 3 tratamentos com um meio com uma concentração de 20% de metanol, as couves tratadas tinham mais ou menos o dobro do tamanho das plantas-controlo. No âmbito de um ensaio a longo prazo (60 dias), com 10 aplicações de uma formulações estimuladora do crescimento com uma concentração mínima 20% de metanol, 10 couves-Sabóia tratadas tinham um peso de 3,5 a 4,0 kg por cada cabeça, ao passo que nas couves-controlo, cada cabeça pesava, em média, entre 2,0 e 2,5 kg. No âmbito de um ensaio experimental no campo para determinar a velocidade de maturação, 100 plantas de couves-Sabóia foram tratadas, 5 vezes, durante os meses de Outono do ano de 1991, com uma formulação estimuladora do crescimento de plantas contendo 20% de metanol. A colheita foi realizada por trabalhadores rurais não-qualificados, que seleccionaram apenas as cabeças de couve que pesavam mais de 1 a 1,5 kg cada. As couves-Sabóia tratadas amadureceram de maneira mais uniforme e mais cedo do que as 100 plantas-controlo não-tratadas . Das 100 couves-Sabóia tratadas, 75 cabeças foram apanhadas logo à partida; pelo contrário, apenas 16% das couves-Sabóia não-tratadas foram colhidos logo à partida. Filas de controlo de couves-Sabóia encontravam-se próximas das couves tratadas, directamente a norte, leste, oeste ou sul das couves tratadas. As maiores cabeças foram encontradas nas áreas de tratamento, pesando 3,5 a 4 kg. As cabeças maiores apanhadas nas filas de controlo tinham um peso individual de 2,5 a 3,0 kg.
Realizaram-se ensaios adicionais em plantas de couves invernais, quando os dias eram mais curtos, e quando havia frequentemente chuvas e céu encoberto. Sob estas condições invernais, com tempo frio, húmido e reduzida intensidade de luz, não se notaram quaisquer diferenças entre as couves tratadas e não-tratadas.
Todas as variedades de rosas de chá híbridas (Rosa spp.), incluindo Rotary Rose, Paul Harris, Miss All-American Beauty, Tropicana, Blue Girl, Angel Face, First Príze, Lowell Thomas, Tiffany, Mr. Lincoln, John F. Kennedy, Joseph's Coat, Peace e Queen Elizabeth foram tratadas em intervalos semanais, com pulverizações foliares de uma formulação estimuladora do crescimento, com uma concentração de 10% de metanol mais 0,1% de um insecticida piretróide. Os ensaios preliminares efectuados com elevadas concentrações de ferro vieram demonstrar que a concentração de 0,9 g/1 de FeHEEDTA, em metanol, tinha um efeito fitotóxico; em contrapartida, 0,08 g/1, em metanol, era a concentração máxima tolerada pelas novas folhas das rosas. Resultou uma razão de C : N muito elevada na última aplicação
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 22 foliar, uma vez que não se juntou qualquer ureia à 3a e última aplicações. Quando tratadas com metanol, as variedades de Rotary Rose, Paul Harris, Miss All-American Beauty, Blue Girl, Tiffany, Mr. Lincoln, John F. Kennedy, Joseph's Coat, Peace, Lowell Thomas e Queen Elizabeth, desenvolveram botões e flores dentro de 62 dias após a sua colocação na estufa. As variedades tratadas de Angel Face, First Prize e Tropicana, necessitaram de cerca de 70 dias para desenvolverem botões e flores. Na estufa de controlo, todas as variedades de rosas precisaram de 75 a 80 dias até desenvolverem botões e flores. As rosas tratadas apresentavam uma folhagem e flores mais exuberantes do que as rosas-controlo. Assim, por exemplo, flores individuais das variedades tratadas de Miss All-American Beauty, tinham, em média, um peso fresco de 26 g, em comparação com as plantas-controlo, cujo peso médio individual foi de 18 g para cada flor individual. Na altura em que as flores se abriram pela primeira vez, as plantas tratadas de Paul Harris tinham, em média, 8 flores completamente desabrochadas. As rosas-controlo apresentavam em média - numa altura mais tardia - 4 flores totalmente desabrochadas. As plantas mantinham-se saudáveis e isentas de pragas.
Trigo Durum (Triticum durum) foi tratado, a intervalos semanais, sob a acção directa da luz solar, com 3 aplicações de 20% de metanol, contendo nutrientes primários e secundários solúveis, antes de serem privados de água. Após a omissão do segundo ciclo de irrigação, as plantas-controlo começaram a murchar durante cerca de 2 horas, em cada tarde, enquanto as plantas tratadas com metanol se mantinham direitas e túrgidas. Em média, as folhas do trigo tratado eram 50% mais compridas e 35% mais largas do que as folhas das plantas-controlo não- tratadas, 45 dias após o plantio. Na época das colheitas, o trigo tratado tinha, em média, 18 sementes cheias por colmo, ao passo que as plantas-controlo tinham apenas 12 sementes pequenas por cada colmo. Em média, cada cápsula de sementes secas das plantas tratadas pesava 0,36 g, enquanto nas plantas-controlo, cada cápsula de sementes secas pesava 0,16 g.
Aplicou-se metanol a algodão de fibra curta (Gossypium hirsuíum), cultivado em plantações ao ar livre, em fileiras irrigadas, entre os meses de Junho e Agosto. Após 2 semanas de tratamento com uma formulação estimuladora do crescimento, com 30% de metanol, as plantas de algodão apresentavam maior turgidez e tinham folhas mais largas do que as plantas-controlo. O tratamento com metanol estimulava a formação de folhas de algodão com uma área de superfície 20 a 100% maior e uma espessura de cerca de 25 a 50% maior do que nas plantas-controlo, dentro de um período de 2 a 3 semanas. O maior aumento das folhas foi observado na parte superior da planta, registando-se o aumento menor nas folhas mais baixas. Cada planta de algodão recebeu cerca de 0,5 ml de metanol através de um dispositivo de pulverização montado num tractor. As plantas de algodão tratadas só necessitavam de irrigações repetidas a intervalos de 9 dias, ao passo que as plantas-testemunha precisavam de ciclos de irrigação de 7 dias, durante um período de 20 a 30 dias,
83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ 23 após a aplicação do metanol.
No âmbito de ensaios paralelos, realizados em folhas de algodão individualmente marcadas, em plantas separadas, que foram totalmente expostas à acção directa da luz solar, 10 folhas foram pulverizadas com 30% de metanol e 10 plantas-controlo foram pulverizadas com água apenas. Devido à perda dos rótulos de identificação ou por causa de danos nas folhas, apenas puderam ser utilizadas 6 folhas emparelhadas para as medições finais, ao fim de 20 dias. Em comparação com as plantas-controlo, as plantas tratadas aumentaram de forma consistente em pelo menos 20% a sua largura e o comprimento. Nas plantas tratadas, as folhas secas tinham, em média, um peso individual de cerca de 2,5 a 3,5 g e as folhas das plantas-controlo tinham, em média, um peso individual de cerca de 1,2 a 2,5 g.
Procedeu-se à correcção da carência de nutrientes em citrinos pela aplicação de um concentrado décuplo de uma formulação estimuladora do crescimento com metanol, contendo nutrientes primários e secundários solúveis. O concentrado nutriente com metanol a 100% foi pulverizado, a intervalos de 3 meses, sobre os troncos de 3 toranjeiras com carência de substâncias nutrientes (Citnis paradisi). No início do ciclo vegetativo seguinte, não se observaram quaisquer sintomas de carência de nutrientes nas novas folhas das ávores tratadas, ao passo que nas árvores-controlo, que ficaram sem tratamento, continuaram a desenvolver folhas que apresentavam nervuras amarelas indicativas de uma carência de substâncias nutrientes.
Depois de terem sido expostas à acção directa da luz solar durante um período de 2 semanas, plântulas de cevada tratadas com um meio nutriente mínimo contendo metanol, apresentavam um aumento de cerca de 50% no desenvolvimento vegetativo, em comparação com a cevada-controlo. Quando expostas a uma luz menos directa, as plantas de controlo ficaram ligeiramente estioladas e a sua altura média foi de 10,5 cm. A cevada tratada com um meio nutriente mínimo contendo metanol, e exposta a uma luz fraca, tinha uma altura média de 6,3 cm e apresentava folhas com as pontas castanhas e estioladas. Após a adição de glutamato ao meio nutriente mínimo contendo metanol, as plantas de cevada cresceram até a uma altura média de 12,3 cm, sob condições de luminosidade fraca. Quando se repetia este ensaio, com adição de glicina em vez de glutamato, as plantas de cevada, cultivadas à sombra, evidenciavam uma melhoria semelhante no seu crescimento. As plantas de cevada que tinham sido tratadas com glicina e metanol apresentavam aumentos de turgidez dentro de 30 minutos, quando sob a acção directa da luz solar, e após várias horas, à sombra. Quando expostas à acção directa da luz solar, as folhas estioladas das plantas tratadas elevavam-se num ângulo que era 25 graus acima da sua posição anterior ao tratamento.
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As propriedades desintoxicardes da glicina, que se observaram nos ensaios com cevada mantida à sombra, permitiam a aplicação de concentrações maiores de metanol sem provocar quaisquer danos. Com a adição de glicina a soluções de metanol, as rosas e tomates não evidenciaram qualquer efeito fitotóxico depois da aplicação de soluções de metanol a 20%. Sem adição de glicina, as plantas de rosas e de tomates produziram folhas cujas bordas eram castanhas e quebradiças, após um tratamento com soluções de metanol a 20%. O tratamento de plantas com soluções de glicina e metanol, e a subsequente colocação das plantas tratadas em recintos interiores, sob uma luminosidade muito exígua, causaram a formação de áreas escuras irregulares, correspondentes às áreas onde se acumulava a solução aplicada nas superfícies das folhas, ao fím de um período de 48 horas.
Na sequência da nossa observação de que a adição de glicina melhorava a resposta da planta quando exposta à luz solar indirecta, e que a glicina reduzia a toxicidade do metanol, preparou-se da seguinte maneira uma formulação-padrão para ser aplicada com céu nublado ou sob a luz solar indirecta : metanol a 20%, ureia a 0,1%, ureia-fosfato a 0,1%, glicina a 0,1%, Triton X-100 a 0,05%, e água. Esta formulação-padrão foi aplicada à mão, uma vez por semana, ao longo de um período de 3 semanas, a beringelas, morangeiros e tomateiros cultivados em vasos ao ar livre, obtendo-se as seguintes melhorias no rendimnto, em comparação com as conseguidas em plantas-controlo (quadro 1).
Quadro 1 Número total de folhas (Folha individual mais larga (gV> Plantas tratadas Plantas-controlo
Nome da planta Rendimento veaetativo total (g) Plantas tratadas Plantas-controlo
Beringela 57 35 17(5,6) 7 (4,4) Morango 28 ' 17 7 (4,1) 5 (2,6) Tomate 65 41
Após o tratamento com as formulações contendo glicina e metanol, as plantas tiveram de ser expostas à luz solar para desenvolverem áreas negras de contornos irregulares na folhagem. Não se notou qualquer danificação nas folhas quando as plantas foram expostas à luz solar dentro de um período de 24 horas após o tratamento com a formulação contendo metanol e glicina. Com base nas necessidades no período pós- tratamento para a acção da fotossíntese desintoxicar o suplemento de glicina, adicionou-se ainda glicerofosfato. Uma solução com metanol a 20%, glicina e glicerofosfato foi aplicada a roseiras cultivadas em 25 83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ recintos fechados, e a plantas-controlo, às quais foram aplicadas soluções de metanol-glicina, metanol e água. Ao fim de 5 dias, as plantas-controlo nebulizadas com água, ficaram ligeiramente estioladas, apresentando entrenós alongados, e as roseiras-controlo mostravam sinais de escassez de água e todas as flores murcharam; as plantas-controlo tratadas com metanol evidenciaram acentuados efeitos de fototoxicidade, com folhas inteiras e partes de folhas totalmente castanhas e quebradiças; as plantas-controlo tratadas com metanol-glicina, apresentavam áreas negras irregulares nas folhas; as roseiras tratadas com metanol + glicina + glicerofosfato, eram sadias, verdes e túrgidas, com flores direitas que desabrocharam totalmente.
Sob os efeitos de lâmpadas fluorescentes (75-100 pEin/m2/seg.), observou-se aumento da turgidez nas folhas sub-apicais de Ficus elastica, dentro de 2 horas após o tratamento com a solução de metanol + glicina + glicerofosfato; as folhas erguiam-se num ângulo de 45-60 graus na vertical relativamente às suas posições horizontais iniciais. De igual modo, após aplicações foliares da formulação com metanol a 20%, glicina e glicerofosfato, a Chrysanthemum indicum, Dieffenbachia seqidne, Syngonium podophyllum e Scindapsm aureus, observou-se nas plantas tratadas um aumento da turgidez e um crescimento sadio em espaços interiores, tendo as plantas sido submetidas a iluminação artificial, durante um período de 1 semana. Após tratamentos diários de Coleus blumei com uma solução de metanol a 20%, glicina e glicerofosfato, as plantas tinham um peso individual médio de 43 g, em comparação com um peso médio 36 g das plantas-controlo nebulizadas com água, ao fim de 1 semana. Não se observaram quaisquer efeitos positivos sobre o crescimento após a aplicação de diferentes concentrações de metanol a plantas com metabolismo C4 : milho, sorgo, relva das Bermudas ou relva de Johnson. De uma maneira geral, 5 aplicações foliares de uma solução de metanol a 20%, provocaram apenas ligeiros danos nas folhas, e não se registou uma maior extensão das folhas, nem um amadurecimento mais precoce, do que nas plantas-controlo. Em comparação com as plantas-controlo, o milho tratado com metanol não apresentou diferenças nos frutos ou nas medidas vegetativas. A folhagem de plantas de milho, tratadas repetidas vezes com metanol, apresentava zonas de cor castanha ao longo das nervuras foliares medianas e uma textura foliar ondulada, em comparação com as superfícies normalmente planas das plantas-controlo. O quadro 2 apresenta os aumentos no rendimento em relação às diferentes plantas ensaiadas.
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Quadro 2
Resumo dos aumentos no rendimento
Planta Aumento ponderai comparado Período de tratamento (dias! com as plantas-controlo
Tomate 50% 30 Morango 60% 30 Beringela 60% 30 Algodão 50% 30 Couve-Sabóia 50% 60 Trigo (rendimento de grão) 100% 60 Roseira 40% 45 Palmeira 70% 180 A melhor maneira de efectuar o tratamento com aminoácidos é de combiná-lo com uma concentração baixa (1-10 mM) de uma fonte de fosfato, tal como glicerofosfato, trimetil-fosfato, etc. As dosagens óptimas distribuem 0,01 a 0,1 g de aminoácido por pé-quadrado de superfície foliar durante períodos prolongados de elevadas exigências em termos de foto-respiração. Assim, por exemplo, o algodão foi tratado com uma solução de glicerofosfato-aminoácido para estimular o crescimento (GIGA), que continha : glicina a 0,5%, sal de cálcio de glicerofosfato a 0,2%, Triton X-100 a 0,02%, e água. O pH da solução foi ajustada a 6,5 pela adição de tampão de citrato-fosfato. No início do terceiro canteiro, a folhagem de cada planta foi tratada com 5 ml/planta da referida solução, lançada através de um pulverizador portátil, uma vez por semana, ao longo de um período de 3 semanas. Experimentaram-se seis soluções-controlo, incluindo: água não-tratada, agente tensioactivo, glicina e agente tensioactivo, glicerofosfato e agente tensioactivo, e metanol a 20% + agente tensioactivo. As plantas de algodão foram cultivadas em vasos de material plástico, em condições de estufa, semelhantes às anteriormente especificadas para os ensaios com roseiras. A intensidade luminosa mais elevada, à tarde, atingia cerca de 800-1000 μΕϊη/m /seg., e as plantas-controlo não-tratadas mostraram geralmente sinais de estiolamento durante 4 a 6 horas/dia, à medida que as temperaturas subiram acima dos 100°F (38°C). A área superficial de três folhas/planta foram medidas 30 dias após o tratamento inicial, determinando-se o peso seco das folhas. As análises estatísticas dos resultados revelaram uma correlação directa do peso seco com a área superficial da folha, com uma probabilidade de igualdade à volta da unidade. As soluções de GIGA e de metanol a 20% + agente tensioactivo, apresentavam aumentos significativos da área superficial da folha 27 83 965 ΕΡ Ο 645 962 / ΡΤ em comparação com as plantas-controlo. A análise por inferência com o teste t de amostras comparadas, sobre as plantas tratadas com a solução GIGA, em comparação com as plantas de ensaio (16 casos) tratadas com metanol a 20%, e um agente tensioactivo, evidenciou uma diferença média = 5,648, uma diferença de desvio-padrão = 15,417, t = 1,465, graus de liberdade = 15, e probabilidade = 0,164. A população de plantas tratadas com GIGA apresentava folhas maiores (média = 79 cm1), em comparação com a população tratada com metanol (média = 73 cm2). A área superficial média das folhas em todas as restantes populações de ensaio (62 cm") era aproximadamente 25% menor do que no algodão tratado com GIGA. Assim, por exemplo, um teste t de amostras comparadas, efectuado sobre o grupo tratado com GIGA versus o grupo-controlo tratado com água, revelou os seguintes valores: média = 19,861, desvio-padrão = 16,867, t = 4,710, grau de liberdade =15 e probabilidade = 0,000. O valor extremamente baixo para a probabilidade da igualdade entre os grupos tratados com GIGA e com água, aponta para uma diferença significativa nas populações de ensaio. A análise estatística indica também de que a associação de uma fonte de fósforo à glicina é necessária para a estimulação do crescimento, dado que o teste t de amostras comparadas, sobre GIGA versus glicina e agente tensioacitvo, revela os seguintes valores : média = 15,233 e probabilidade = 0,006, e o teste t sobre GIGA versus glicerofosfato e agente tensioactivo revela os seguintes valores: média = 18,031 e probabilidade = 0,009. A análise por inferência mostra nitidamente de que em relação a todos os grupos estudados, os tratamentos com GIGA proporcionaram o maior crescimento nas folhas.
Lisboa, 14. FtV. ZOO 0
Por ARTHUR M. NONOMURA e ANDREW A. BENSON - O AGENTE OFICIAL - O ADJURTO
ENG.* ANTÓNIO JOÂOl 0A CUNHA FERREIRÁ Ag. Of. Pr. Ind.
Rua das Flores, 74 - 4.® ieoo LISBOA

Claims (7)

  1. 83 965 ΕΡ Ο 645 962 /ΡΤ 1/2 REIVINDICAÇÕES 1. Método para aumentar a turgidez de plantas e para intensificar a fixação do carbono numa planta, caracterizado por : se aplicar à referida planta uma formulação estimuladora do crescimento de plantas, sob a forma de uma pulverização foliar, contendo metanol numa concentração compreendida entre 10% e 30% em volume.
  2. 2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado ainda por se expor as plantas a uma intensidade luminosa mínima de 100 pEin/m2/seg., durante um período de pelo menos duas horas após a aplicação da formulação estimuladora do crescimento de plantas.
  3. 3. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a formulação estimuladora do crescimento de plantas conter, adicionalmente, glicina e/ou um α-glicerofosfato.
  4. 4. Formulação estimuladora do crescimento de plantas para aumentar a turgidez de plantas e para intensificar a fixação do carbono quando aplicada à referida planta, sendo que a referida formulação compreende uma; solução aquosa de metanol, numa concentração entre 10% e 30% em volume, um agente tensioactivo numa quantidade suficiente para melhorar a humectação das folhas e a penetração numa planta tratada, uma fonte nutriente de azoto, uma fonte nutriente de fósforo e uma fonte nutriente de ferro.
  5. 5. Formulação estimuladora do crescimento de plantas de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por conter ainda 0,1 g/1 a 5 g/1 de glicina.
  6. 6. Formulação estimuladora do crescimento de plantas, de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizada por a fonte nutriente de azoto ser seleccionada do grupo formado por ureia, ureia-formaldeído, ureia de isobutilideno, ureia revestida com enxofre, nitratos, nitrato de soda, nitrato de cálcio, sais de amónio e aminoácidos, a fonte nutriente de fósforo ser seleccionada do grupo formado por sais fosfatos, sais fosfatos e ésteres fosfatos de metabolitos de glícidos, organofosfatos, pirofosfatos, polifosfatos, superfosfatos concentrados, fosfatos nítricos, ureia-fosfato, fosfato monocálcico, francolite, ácido ortofosfórico e fosfato de trimetilo, e a fonte nutriente de ferro ser seleccionada do grupo formado por ferro quelado por EDTA, ferro quelado por versenos; ferro quelado por HEEDTA, NTA, DTP A, ou EDDHA; ferro quelado por ácido nitrilotriacético; ferro quelado por acetato; ferro quelado por humato; limalhas de ferro; sulfato de ferro; oxalato de ferro e cloreto férrico. 83 965 ΕΡ Ο 645 962 /ΡΤ 2/2
  7. 7. Formulação estimuladora do crescimento de plantas, de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 6, caracterizada por compreender ainda um α-glicerofosfato numa concentração compreendida entre 0,1 g/1 e 10 g/1.
    O ADJU&T© Por ARTHUR M. NONOMURA e ANDREW A. BENSON - O AGENTE OFICIAL -
    EMG.e ANTÓMIO JOÂÔ DÂ CUHHA FERREIRÂ Ag. Of. Pr. Ind. Bua das Flores, 74 - 4.· 1SOO LISBOA
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