PT624371E - Microcapsulas para a libertacao controlada de acido acetilsalicilico - Google Patents

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Olga Burguiere
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Description

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DESCRIÇÃO
"MICROCÁPSULAS PARA A LIBERTAÇÃO CONTROLADA DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO" A invenção relaciona-se com microcápsulas para a libertação controlada de ácido acetilsalisilico no meio gastrointestinal. Por libertação controlada de ácido acetilsalisilico, entende-se o controlo da cinética desta libertação ao longo de todo o tracto gastro-intestinal. A invenção relaciona-se igualmente com um processo para a preparação das microcápsulas acima referidas.
Os objectivos farmacêuticos da invenção são, nomeadamente, a inibição selectiva da ciclooxigenase especifica da produção de tromboxano, com exclusão das outras prostanglandinas (prostaciclina) permitindo optimizar a inibição da agregação de plaquetas, para a prevenção e/ou tratamento de doenças e de riscos cardio-vasculares.
No que se segue, utilizar-se-á a denominação comercial "aspirina" ou a abreviatura "ASA" para designar o ácido acetilsalisilico. A pesquisa e a realização de novas formas para libertação controlada são desde há muito anos objecto de interesse constante na indústria farmacêutica. De facto, de um modo geral, o controlo da cinética de libertação de um principio activo permite mantê-lo num teor plasmático estável durante um periodo desejado, ao mesmo tempo que diminui os efeitos secundários associados a uma libertação brutal e maciça desse principio activo. 1 3 1
As formas de libertação controlada são particularmente vantajosas no caso de certos princípios activos, tais como a aspirina, na medida em que oferecem, além das outras vantagens que têm sido descritas, a de permitir uma melhor tolerância local e a de modificar as propriedades farmacológicas e farmacocinéticas do principio activo.
No caso da aspirina, as suas utilizações como analgésico, anti-pirético e anti-inflamatório são bem conhecidas. As propriedades da aspirina como anti-agregante de plaquetas foram evidenciadas mais recentemente. A aspirina actua sobre a agregação de plaquetas inibindo a ciclooxigenase, que catalisa, ao nivel das plaquetas, a transformação do ácido araquidónico em tromboxano, que é um vasoconstritor potente e um estimulador da agregação de plaquetas. A inibição da ciclooxigenase das plaquetas é o resultado da acetilação pela aspirina. Esta acetilação é realizada ao nível do fígado, quando da primeira passagem hepática.
No entanto este mecanismo é rapidamente saturável: a aspirina, que não foi desacetilada ao nível do fígado, passa na circulação geral e provoca a acetilação da ciclooxigenase das outras células e, nomeadamente, as do endotélio vascular e gástrico.
Ora, a ciclooxigenase do endotélio vascular e gástrico catalisa a formação de prostaciclina que, contrariamente ao tromboxano, é um vasodilatador, um anti-agregante de plaquetas e um citoprotector. A inibição da ciclooxigenase vascular e gástrica provoca portanto a inibição da prostaciclina e de outras prostaglandinas (PGE), o que vai ao encontro, não só do efeito desejado sobre a agregação de plaquetas, mas provoca também efeitos secundários da aspirina sobre as mucosas gastrointestinais. Este fenómeno de inibição cega das diferentes prostaglandinas do organismo é vulgarmente denominado dilema da 2
aspirina. É bem conhecido pelos cientistas e está largamente descrito na literatura. É portanto primordial favorecer a acção directa da aspirina, ao nivel da circulação portal, sobre as plaquetas sanguíneas e minimizar, pelo contrário, o seu efeito sobre as ciclooxigenases das paredes vasculares reduzindo ao mínimo o teor de aspirina que circula a nível sistémico.
As formulações conhecidas até ao presente, como por exemplo as descritas no FR-A-2 539 995, não permitem obter aquele resultado, pois a libertação da aspirina é excessivamente rápida. O pedido de patente francesa FR-A-2 539 995 descreve microgrânulos contendo aspirina, concebidos para melhorar a sua tolerância gástrica e aumentar a duração da impregnação medicamentosa. Estes microgrânulos são formulados para libertar a totalidade do princípio activo no meio duodenal e em 4 horas. A aspirina é fixada sobre grânulos de suporte com cerca de 500 a 600 pm de diâmetro por revestimentos sucessivos: uma camada de aspirina numa mistura de expiciente povidona e de ftalato de etilo, e uma camada de polímero aniónico do ácido metacrílico, até à obtenção da cinética de libertação pretendida.
As formas galénicas descritas na FR-A-2 539 995, que libertam 100% do princípio activo em 4 horas, estão adaptadas para as utilizações habituais da aspirina (analgésico, antipirético, anti-inflamatório), mas não à sua administração como anti-agregrante de plaquetas. O dilema da aspirina, bem conhecido e aqui referido acima, foi contudo tratado no pedido de patente EP 0 411 590. Face a este dilema, a invenção proposta neste pedido consiste numa 3
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L·, preparação farmacêutica anti-agregante plaquetária, constituída por microcápsulas compreendendo um núcleo interno de ASA, revestido com uma camada de revestimento (e.g. copolímero acrílico/metacrílico), ela própria revestida com uma camada externa de aspirina. Com esta preparação, a absorção da ASA desenrola-se em duas vagas sucessivas de 80-120 mg e 180-220 mg de ASA.
Este pedido de patente não oferece qualquer facto experimental mostrando a eficácia da preparação para a resolução do dilema: inibição do tromboxano, poupança da prostaciclina e de outras prostaglandinas, tolerância gástrica.
As quantidades de ASA, libertas em cada vaga, são ainda demasiado elevadas para um tempo excessivamente curto e saturam o sistema hepático de desacetilação da aspirina.
Uma outra proposta do estado da técnica, relativa a formas galénicas de aspirina inibindo o tromboxano sem diminuir o teor de prostaciclina circulante, está descrita no pedido de patente EP 0 377 439. Estas formas galénicas são grânulos de aspirina revestidos com o auxílio de uma composição de revestimento compreendendo um copolímero acrilato/metacr ilato, hidroxipropilcelulose e cloreto de sódio. O revestimento assim realizado representa 10 até 35% em peso seco dos grânulos. Estas formas galénicas proporcionam uma cinética de libertação de 5 até 15 mg/hora, em doses de 40 até 120 mg e para durações de 8 horas.
De forma lógica, a invenção descrita neste pedido de patente EP 0 377 439 propõe-se, em suma, remediar o dilema da aspirina diminuindo as doses de ASA para uma duração de libertação limitada a 8 horas. É insuficiente, pois não representa senão uma cobertura terapêutica de apenas um terço do 4 í tempo necessário para a inibição total do tromboxano durante 24 horas.
Estas formas galénicas, apresentadas como úteis no tratamento das afecções vasculares oclusivas no homem, não são satisfatórias. De facto, os resultados, obtidos no decurso de um estudo importante com voluntários sãos, mostram que a inibição do tromboxano sérico é de 85% com uma forma de dosagem de 50 mg e de 90% com a forma de dosagem de 75 mg, dando o próprio placebo uma inibição de cerca de 10%. A determinação do tromboxano na urina dá, respectivamente, valores de inibição de 60 e 70%.
Ora, para ser farmacologicamente eficaz sobre a agregação de plaquetas, a inibição do tromboxano deve ser superior a 95%. Por outro lado, uma inibição de 100% do tromboxano pode não ser suficiente para impedir uma agregação de plaquetas induzida pelo colagénio e pelo Difosfato de Adenosina. Por fim, a regeneração diária das plaquetas (1/6 a 1/10 da massa inicial nos indivíduos sãos, 1/4 nos indivíduos em risco) e a produção de tromboxano de regeneração rápida pelos megacariocitos deixa os indivíduos, que tomam uma dose diária de aspirina convencional, muitíssimo abaixo da percentagem de inibição mínima do tromboxano (95%) e ainda com a impossibilidade de corrigir o efeito agregante pela presença de prostaciclina vascular anti-agregante, ela própria inibida a 25%. As formas galénicas de acordo com o pedido de patente EP 0 377 439 não resolvem portanto o dilema da aspirina.
Por outro lado, essas formas não são adaptadas para a prevenção dos enfartes do miocárdio. De facto, a frequência desses acidentes cardíacos aumenta entre as 4 e 8 horas da manhã e entre as 18 h e as 22 horas. Este fenómeno é atribuído a uma hiperagregabilidade matinal e vesperal. É portanto primordial ter a ASA na veia porta durante todo o período nocturno, a fim de que o tromboxano seja inibido; o que não é permitido pelas formas galénicas descritas no pedido de patente EP 0 377 439. 5 f- u κ i
Perante este estado da técnica, um dos objectivos essenciais da invenção é proporcionar uma forma galénica à base de ASA: activa, nomeadamente como anti-agregante de plaquetas durante 24 horas, a fim de haver uma só toma diária, assegurando uma cobertura terapêutica total durante 24 horas, o que permite, por outro lado, reduzir o custo total do tratamento, que traga uma solução satisfatória para o dilema da aspirina pela sua selectividade bioquímica sobre o tromboxano, para atingir uma eficácia terapêutica máxima, que seja perfeitamente tolerada pelo organismo, e que seja susceptlvel de preparação industrial, de forma simples, rápida e económica. É assim que a Requerente teve o mérito de demonstrar, após numerosos ensaios e pesquisas, que a fórmula farmacêutica ad hoc, em relação às especificações visadas acima referidas, é constituída, com vantagem, por partículas de ASA revestidas, de corte granulométrico cuidadosamente seleccionado e de estrutura tal que a absorção in vivo de ASA se desenrola segundo um perfil cinético característico que se estende ao longo de pelo menos 24 horas, para uma dose compreendida entre 75 e 320 mg, sendo o referido perfil representado pela curva C da fig. 1 anexa.
Em consequência, a presente invenção tem por objecto microcápsulas para a libertação controlada de ASA em meio gastro-intestinal, caracterizadas por serem constituídas por partículas de ácido acetilsalicílico de tamanho compreendido entre 100 e 1000 μτα, revestidas e concebidas de tal modo que, ingeridas per os numa só toma de uma dose D de ASA compreendida entre 75 e 320 mg, induzem uma cinética de absorção de ASA média in vivo no homem, que se prolonga por pelo menos 24 horas, sendo a referida absorção de ASA: 6
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II L-Cj t - inferior ou igual a 10% da fracção absorvida de D a tempo t após ingestão, igual a 0,4 horas, - inferior ou igual a 50% em peso da fracção absorvida de D a t = 3,9 horas, - e inferior ou igual a 90% em peso da fracção absorvida de D a t = 23 horas, sendo t expresso com uma aproximação de ± 10%.
Estas disposições vantajosas são particularmente surpreendentes e inesperadas, na medida que o EP-A-0 377 439 ensina que as formas fortemente doseadas conhecidas não são convenientes e propõe-se remediar esse problema proporcionando um sistema de fraca dosagem de libertação controlada de ASA, ao longo de 8 horas. Não seria portanto, a priori, evidente interessar-se, de novo, por formas com dosagens mais fortes e isto porque não se saberia até que ponto estas últimas poderiam ter uma influência nefasta em relação à prostaciclina.
De acordo com uma forma de realização preferida da invenção, a absorção desenrola-se ao longo de um período compreendido entre 24 e 48 horas, do modo seguinte: 10% da fracção absorvida de D a t compreendido entre 0,4 e 5 horas, 50% da fracção absorvida de D a t compreendido entre 3,9 e 25 horas, 90% da fracção absorvida de D a t compreendido entre 23 e 45 horas. A curva C da fig. 1 representa o limite superior do perfil de absorção in vivo de ASA, induzido pelas microcápsulas de acordo com a invenção, em função do tempo, para uma dose de 320 mg.
Esta absorção é expressa como % absorvida em relação à fracção absorvida da dose inicial D. Esta curva C é obtida por 7 análise clássica de desconvolução (Milo GIBALDI e D. PERRIER, Pharmacokinetics, 2nd Ed., New York, Mareei Dekker Inc., 1983, páginas 145-167) a partir de curvas médias das concentrações plasmáticas, em função do tempo, após administração oral de 350 mg de equivalentes de ASA de ASPEGIC® (forma de referência testemunho) e de 320 mg de equivalentes de ASA de microcápsulas de acordo com a invenção sob a forma de cápsulas. A moléculas marcadora considerada para as concentrações plasmáticas, em função do tempo, é, neste caso, necessariamente o ácido salicílico (SA), metabolito de ASA. As concentrações plasmáticas de SA são determinadas por HPLC.
Os pontos críticos a 0,4, 3,9 e 23 h apresentados acima, na definição das microcápsulas da invenção, encontram-se, é claro, sobre esta curva.
Para além desta curva C, o mecanismo hepático de desacetilação de ASA fica saturado. É necessário comsiderar que todos os perfis de absorção in vivo de ASA contidos na área sob a curva C resultam da invenção.
De acordo com a forma de realização preferida da invenção, as microcápsulas apresentam um perfil de absorção de ASA in vivo contido na área compreendida entre a curva C e a recta teórica DT conducente a 100% de absorção em 48 horas.
Esta curva C de absorção in vivo, que constitui uma das características essenciais da invenção, é determinante quanto ao resultado pretendido e atingido, de inibição máxima do tromboxano e de inibição minima da prostaciclina e outras prostaglandinas. É importante assinalar que estes resultados notáveis são obtidos respeitando as restrições de tolerância, nomeadamente 8 p ^^ gastrica, bem como de exequibilidade e rentabilidade industrial da preparação das microcápsulas. A cinética de libertação da aspirina varia em função da granulometria das partículas de aspirina a encapsular.
Por exemplo, as microcápsulas de acordo com a invenção, obtidas a partir de partículas de aspirina de tamanho igual a 100 pm, compreendendo 80% de aspirina e 20% de material de revstimento, libertam, in vitro, 40 a 50% de aspirina ao fim de 5 horas, 80% ao fim de 10 horas, 90% ao fim de 16 horas e a totalidade ao fim de 24 horas, em meio gastro-intestinal.
Outras microcápsulas de acordo com a invenção, de libertação mais lenta, podem, por exemplo, ser obtidas a partir de partículas de aspirina de tamamnho médio compreendido entre 315 e 400 pm, compreendendo 80% de aspirina e 20% de material de revestimento, libertando estas microcápsulas, in vitro, 35% de aspirina ao fim de 5 horas, 60% ao fim de 10 horas e a totalidade ao fim de 24 horas em meio gastro-intestinal.
De acordo com uma forma de realização preferida da invenção, as partículas de ASA, utilizadas para o revestimento, têm um tamanho compreendido entre 250 e 800 pm, preferencialmente entre 300 e 500 pm.
Com vantagem, o revestimento representa desde 5 até 50% em peso, preferencialmente desde 10 até 40% em peso e, mais preferencialmente ainda, desde 10 até 35% em peso em relação à massa total das microcápsulas. O revestimento constitui, bem entendido, uma das peças chave da presente invenção, constituindo a curva de absorção in vivo descrita acima uma referência útil ao especialista na matéria para determinar, de forma relativamente fácil, e.g. por tentativas, as características técnicas de revestimento, em 9 r particular a natureza do revestimento, que permitem atingir o efeito farmacológico desejado.
Com vantagem, o revestimento é constituído por uma composição de revestimento compreendendo: pelo menos um polímero filmogéneo (Pi) insolúvel em meio gastro-intestinal, pelo menos um polímero (P2) solúvel em água, pelo menos uma carga lubrificante sólida, e pelo menos um plastificante hidrófobo.
Um outro aspecto original da presente invenção traduz-se pela composição de revestimento acima referida que consiste numa selecção não arbitrária de quatro componentes cujas funcionalidades se combinam para a obtenção do resultado objecto da invenção.
Preferencialmente, a composição de revestimento é definida quantitativamente da forma seguinte, expressa em % do peso seco: Pi: 60 até 85, preferencialmente 70 até 80%, P2: 2 até 20, preferencialmente 5 até 15%, agente lubrificante: 2 até 20, preferencialmente 8 até 20%, plastificante: 2 até 20, preferencialmente 5 até 15%.
De acordo com uma forma de realização vantajosa da invenção, o polímero filmogéneo Pi é solúvel em pelo menos um solvente orgânico de temperatura de ebulição compreendida entre 35 e 120°C.
Vantajosamente, P2 é um polímero hidrossolúvel, igualmente solúvel num solvente de Pi.
Por outro lado, é preferível que a carga lubrificante sólida seja insolúvel em água e nos solventes de Ρχ. 10 \
Segundo uma variante de definição quantitativa do revestimento de acordo com a invenção, este último compreende desde 10 até 30 partes em peso do derivado polimérico Ρχ, 1 até 3 partes em peso do derivado polimérico P2, 2 até 4 partes em peso de uma carga lubrificante sólida e 1 até 3 partes em peso de um plastificante.
De acordo com uma caracterlstica notável da invenção, Ρχ é seleccionado entre os seguintes produtos: zeína, etilcelulose, cloreto de vinilo, acetato de vinilo e/ou os seus copolimeros, copolimeros à base de acrilato e/ou de metacrilato de etilo e/ou de metilo como, por exemplo, os produtos comercializados com a marca EUDRAGIT® RL e/ou RS e as misturas de todos estes produtos.
Sem que isso seja limitativo, é de sublinhar que a etilcelulose é particularmente adequada como composto Ρχ.
No que se refere a P2, é seleccionado, de preferência, entre os seguintes produtos: polivinilpirrolidona, derivados celulósicos solúveis em água, tais como hidroxipropilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, hidroximetiletilcelulose e metilcelulose, copolimeros de acetato de vinilo e de ácido crotónico, copolimeros de anidrido maleico e de éter metil vinilico, bem como os derivados e misturas de todos os produtos referidos.
Em geral, é a polivinilpirrolidona que preferencialmente é associada a Ρχ para a realização do revestimento de acordo com a invenção.
Para completar este revestimento, escolhe-se a carga lubrificante sólida entre os seguintes compostos: sais alcalino- 11 ^ U, terrosos do ácido esteárico, silicatos de magnésio, caulino, talco, silica e suas misturas. O último constituinte da composição de acordo com a invenção é o plastificante constituído por pelo menos um dos produtos seguintes: - estearatos de glicol, tais como glicerol, propilenoglicol ou triacetina; citratos, ftalatos, tais como por exemplo os ftalatos de dimetilo, dietilo ou dibutilo, ésteres do álcool cetilico, tais como, nomeadamente, o palmitato de cetilo, sebacatos, tartaratos, - óleo de rícino, cutina, resinas sintéticas, como por exemplo Cérit®. A carga lubrificante sólida e o plastificante preferidos são, respectivamente, o estearato de magnésio e o óleo de rícino. A título de exemplo de uma composição de revestimento realizável facilmente, pode citar-se a que compreende: etilcelulose (Pl)/polivilpirrolidona (P2)/estearato de magnésio/óleo de rícino, presentes, respectivamente, nos seguintes teores relativos preferidos: 74 + 2, 8 ± 2, 10 ± 2, 8 ± 2%, em peso seco. 12
V
Esta composição de revestimento constitui uma das especificidades originais da presente invenção. É caracterizada por uma combinação intima dos quatro componentes indicados acima.
Para prevenir os problemas de agregação das partículas revestidas que constituem as microcápsulas da invenção, prevê-se, com vantagem, a adição de pelo menos um agente anti-aglomerante formado, de preferência, por talco, silica coloidal ou por uma mistura dos dois.
De modo geral, o revestimento das partículas de ASA de acordo com a invenção é obtido por pulverização da combinação íntima que forma o revestimento, em suspensão num solvente ou numa mistura de solventes orgânicos. 0 processo de revestimento, que constitui um outro objecto da invenção, inscreve-se no quadro das técnicas de micro-encapsulação, de que as principais estão sumariadas no artigo de C. DUVERNEY e J. P. BENOIT em "L'actualité chimique", Dezembro de 1986. Mais precisamente, a técnica considerada é a micro-encapsulação por revestimento com película.
Preferencialmente, este processo consiste essencialmente em: a) - preparar a composição de revestimento por mistura de Pi, P2, o agente lubrificante e o plastificante num sistema solvente, b) - aplicar a mistura de composição/sistema solvente sobre partículas de ácido acetilsalicílico, c) - secar as microcápsulas assim obtidas, d) - e eventualmente misturar estas últimas com pelo menos um agente anti-aglomerante. 13 Γ
Os solventes adequados para entrar na composição do sistema solvente são, por exemplo, cetonas, ésteres, solventes clorados, álcoois, de preferência alifáticos, alcanos ou misturas entre eles.
Com vantagem, são os compostos em Ci-C6* sendo particularmente preferidos a acetona, metil etil cetona, metanol, etanol, isopropanol, ciclohexano e cloreto de metileno.
Para ir mais longe no pormenor da metodologia de revestimento susceptlvel de ser realizada de acordo com a invenção, pode referir-se que a aplicação da mistura da composição de revestimento/sistema solvente é realizada por pulverização sobre as partículas de ASA em movimento, preferencialmente por agitação mecânica ou por insuflação (fluidização).
Para obtenção de microcápsulas de acordo com a invenção, possuindo a cinética de absorção desejada, é necessário encapsular partículas de ASA de tamanho médio compreendido entre 75 e 500 pm, preferencialmente entre 300 e 500 μπι para uma dose D compreendida entre 75 e 320 mg.
Segundo uma forma de realização preferida do processo, de acordo com a invenção, de microencapsulação de partículas de aspirina, prevê-se os passos seguintes: ai) - preparar primeiramente uma mistura compreendendo desde 10 até 30 partes em peso de um polímero filmogéneo Pj e 1 até 3 partes em peso de um plastificante para 1 até 3 partes em peso de um polímero hidrossolúvel P2 em solução, seja numa mistura de acetona/alcanol tal que a proporção de acetona/alcanol esteja compreendida entre 50/50 e 70/30 (v/v), seja num solvente escolhido entre ciclohexano, tolueno, tetracloreto de carbono, clorofórmio ou cloreto de metileno; 14 L· a.2) “ suspender, na solução preparada no passo anterior, 2 até 4 partes em peso de agente lubrificante, na base de 1 até 3 partes em peso de polímero vinílico P2, b) - pulverizar a mistura resultante sobre as micropartlculas de principio activo, em leito fluidizado, c) - secar as micropartlculas no final da pulverização em leito fluidizado e depois em estufa, d) - misturar as microcápsulas assim obtidas com 0,5 até 2 partes em peso de agente anti-aderente, na base de 1 até 3 partes em peso do polímero vinilico P2·
Preferencialmente, durante a etapa b) adiciona-se seja o mesmo alcanol, de maneira a obter uma proporção de acetona/alcanol de 60/60 (v/v), seja o mesmo solvente.
Na presente descrição, entende-se por alcanol todos os álcoois alifáticos com 1 até 6 átomos de carbono, sendo preferido o isopropanol.
Segundo uma forma de realização preferida do processo de acordo com a invenção, as microcápsulas são secas, após o revestimento.
As microcápsulas aqui descritas acima, e eventualmente obtidas pelo processo igualmente aqui descrito acima, podem ser utilizadas para a preparação de novas formas galénicas de aspirina, apresentando uma selectividade bioquímica de inibição do tromboxano em relação às outras prostaglandinas, em particular para a preparação de novas formas galénicas úteis como anti-agregantes de plaquetas e/ou, mais precisamente, para a preparação de novas formas galénicas activas na prevenção e/ou no tratamento das doenças e dos riscos cardio-vasculares. 15 \ A presente invenção relaciona-se, entre outras, com estas novas formas galénicas como tais, originais quanto à sua estrutura, à sua apresentação e à sua composição. Com vantagem, estas apresentam-se sob a forma de comprimidos, de pós ou de cápsulas doseadas de 20 até 500 mg, preferencialmente de 50 até 400 mg e, mais preferencialmente ainda, de 75 até 320 mg. Essas formas galénicas são, preferencialmente, administradas per os em doses diárias únicas, compreendendo cada uma entre 75 e 320 mg de equivalentes de ASA. É de notar que pode ser interessante misturar numa mesma cápsula, num mesmo comprimido ou num mesmo pó, pelo menos dois tipos de microcápsulas com cinéticas de absorção diferentes mas compreendidas no quadro caracteristico da invenção (perfil da curva C da fig. 1).
Segundo um outro dos seus aspectos, a invenção relaciona-se com um método de prevenção e/ou de tratamento de perturbações patológicas associadas a excessos de tromboxano e, em particular, doenças e riscos cardio-vasculares. Este método consiste em administrar, per os, as microcápsulas e/ou as formas galénicas de acordo com a invenção, de preferência numa toma diária única, numa dose compreendida entre 75 e 320 mg de equivalentes de ASA.
Conclui-se do que foi referido anteriormente que as microcápsulas da invenção são muito eficazes no plano farmacológico, perfeitamente toleráveis pelo organismo, nomeadamente a nível gástrico, podendo ser apresentadas em diversas formas galécnicas apropriadas e, enfim, simples e pouco onerosas de obter. A invenção será melhor compreendida à luz dos exemplos a seguir, apresentados unicamente a título de ilustração e 16 vi; ν Γ
permitindo compreender bem a invenção e fazer sobressair as suas variantes de realização e/ou de execução, bem como as suas diferentes vantagens.
EXEMPLOS
EXEMPLO 1: PREPARAÇÃO DE MICROCÁPSULAS À BASE DE ASPIRINA POR ENCAPSULAÇÃO NUM GRANULADOR DE LEITO FLUIDISADO. 1.1 - MICROCÁPSULAS Μχ:
Para o revestimento de 160 mg de microparticulas de aspirina, dissolve-se 21,5 mg de etil celulose (normas USPXXII), 2 mg de polivisona (Farmacopeia Francesa xe edição) e 2 mg de óleo de rícino (Farmacopeia Francesa Xâ edição) em 311 mg de acetona. Adiciona-se à solução obtida 208 mg de isopropanol. Em seguida, suspende-se 3 mg de estearato de magnésio na solução. A mistura resultante é posta em agitação, que será mantida durante toda a operação de revestimento que se vai seguir.
Carrega-se 2110 g de microparticulas de aspirina (granulometria média de 150 μιη) num aparelho de leito fluidizado GLATT GPCG 3, e coloca-se em fluidisação por um caudal de 1,16 até 2 m^/min. A temperatura do ar à entrada do leito fluidizado é de 55°C e é mantida constante.
Envia-se 7219 g da suspensão de revestimento descrita acima, mantida com agitação constante, por meio de uma bomba peristáltica, para uma boquilha de injecção de 1,2 mm de diâmetro e pulveriza-se em continuo sobre as microparticulas, a uma pressão de pulverização de 2,8 x 105 Pa.
Após uma fase de pré-aquecimento de cerca de 10 min, o caudal da bomba peristáltica é regulado para permitir a pulverização de 30 g de suspensão de revestimento por minuto. 17 Γ \ί
As microcápsulas são então secas durante 15 a 30 min, a um caudal de fluidisação reduzido (1,16 m3/min). São em seguida retiradas da cuba e espalhadas em tabuleiros, que são colocados numa estufa, a uma temperatura de 50°C durante cerca de 1 hora. 1.2 - MICROCÁPSULAS M2: 2100 g de micropartículas de ASA, de tamanho compreendido entre 300 e 500 pm, são revestidas com pelicula num aparelho GLATT GPCG 3, tal como descrito acima para Μχ, por uma suspensão de revestimento apresentando a seguinte composição: - EUDRAGITY RS 100............................... 362,8 g - Ftalato de dibutilo........................... 36,2 g - Talco micronisado............................. 107,1 g - Hidroxipropil metil celulose.................. 18,4 g - Acetona....................................... 2902,0 g - Isopropanol................................... 4353,0 g 1.3 - MICROCÁPSULAS M3: 2110 g de micropartículas de ASA, de tamanho compreendido entre 300 e 500 pm, são revestidas com película num aparelho GLATT GPCG 3, tal como descrito acima para Mi, por uma suspensão de revestimento apresentando a seguinte composição: - Zeína......................................... 308,7 g - Triacetato de glicerol........................ 30,9 g - Talco micronisado............................. 92,6 g - Estearato de magnésio......................... 58,9 g - Polivinilpirrolidona.......................... 30,9 g - Cloreto de metileno........................... 3087,0 g - Metanol........... 3087,0 g 18 r L-i
EXEMPLO 2: PREPARAÇÃO DE UMA FORMA FARMACÊUTICA À BASE DE MICROCÁPSULAS DE ASA DE ACORDO COM A INVENÇÃO.
As microcápsulas Mi obtidas segundo o processo descrito no exemplo 1 são em seguida misturadas com silica coloidal e com talco. A mistura assim obtida é em seguida repartida por cápsulas de gelatina de tamanho 0 ou 1 ou 2, em função da dosagem unitária pretendida (320, 160 ou 80 mg). A máquina de encapsular utilizada é uma Zanussi L 264 com capacidade máxima de 5000 unidades por hora. As cápsulas de gelatina foram previamente controladas (cor, quantidade) e as unidades controladas durante o enchimento das cápsulas. O produto final é então controlado de acordo com as novas especificações definidas e adaptadas a cada produtos aspecto, peso médio, dosagem, desintegração, dissolução, doseamento de impurezas. EXEMPLO 3: DETERMINAÇÃO ANALÍTICA DA VELOCIDADE DE DISSOLUÇÃO DAS MICROCÁPSULAS. O controlo da dissolução in vitro das microcápsulas, cápsulas de gelatina ou comprimidos, foi realizado de acordo com as indicações da Farmacopeia Europeia IIδ edição intituladas: "Ensaio de dissolução de formas orais sólidas". O aparelho com cesto foi utilizado para as formas acabadas (cápsulas e comprimidos). O aparelho com cesto foi escolhido para a medição da dissolução das microcápsulas. O aparelho com cesto é constituído por um recipiente cilíndrico, um agitador e um banho termostatizado. O meio de dissolução é um tampão fosfato a pH 7,2 preparado segundo a recomendação da Farmacopeia. Uma solução testemunho de aspirina é preparada dissolvendo 61 mg de 19 r u principio activo no meio a pH 7,2 e completada até 20 mL. O estudo é realizado em 900 mL do meio de dissolução a 37°C ± 0,5 e uma velocidade de 100 rotações por minuto. O equivalente de uma cápsula é introduzido no meio de dissolução e 10 mL do meio são retirados às 0, 1, 2, 4, 6, 8, 12 e 24 horas após o inicio da manipulação. Dada a possibilidade de hidrólise do ASA a SA, a quantidade de aspirina dissolvida é determinada por medida da absorvância no ponto isobéstico do ASA e do SA a 265 nm. A fig. 2 mostra a percentagem de aspirina libertada em função do tempo para as microcápsulas Mi do exemplo 1, realizada sobre um lote de 40 kg. A fig. 3 mostra o perfil de libertação, nas condições descritas acima, determinado após 0, 3, 9 e 12 meses de estabilidade.
EXEMPLO 4: ESTUDO TOXICOLÓGICO DA ASPIRINA ENCAPSULADA DE LIBERTAÇÃO CONTROLADA (ALC).
Procedeu-se ao estudo toxicológico das microcápsulas Μχ de aspirina preparadas de acordo com o exemplo 1 em comparação com a aspirina comercial (AC), na forma de um pó branco. A toxicidade aguda destas duas formas farmacêuticas da aspirina foi avaliada e comparada por via oral em ratos. a) MÉTODOS:
Cada uma das duas formulações do produto foi administrada por via oral a grupos de 10 ratos Sprague-Dawley (5 machos e 5 fêmeas) num volume de 10 mL/kg e em suspensão em carboximetilcelulose a 0,5%. A aspirina de libertação controlada de acordo com a invenção foi administrada numa dose de 2500 mg/kg e a aspirina comercial em doses de 740, 1110, 1670 e 2500 mg/kg. Todos os animais foram mantidos em dieta hídrica antes do tratamento. 20
u
A mortalidade, o comportamento geral e a evolução ponderai dos animais sobreviventes foram acompanhadas durante um período de 14 dias após a administração única do produto. Foi realizado um exame anatomopatológico a cada um dos animais encontrados mortos ou sacrificados no final do estudo. A LD50 foi calculada pelo método de Finney. b) RESULTADOS: * AC:
Após a administração do produto AC nas doses de 740, 1110, 1670 e 2500 mg/kg, observou-se uma baixa da actividade espontânea relacionada a dose administrada e uma pilo-erecção durante as horas que se seguem ao tratamento.
Foi notada uma redução ligeira da toma ponderai, relacionada com a dose administrada, entre o dia 1 e o dia 5, sem consequências posteriores até ao final do estudo.
Na autópsia dos animais encontrados mortos no decurso do estudo, não se observou qualquer anomalia macroscópica às doses de 740 e 1110 mg/kg. Entre os animais encontrados mortos nas horas que se seguem à administração das doses de 1670 e 2500 mg/kg, observou-se uma coloração anormalmente escura do fígado, uma descolorção com espessamento da parede ao nível do tracto digestivo (intestinos e estômago) e a presença de pintas avermelhadas ao nível do estômago. Estes sinais são característicos de uma intolerância gástrica pronunciada. 21 t ACL: 0 comportamento geral e a evolução ponderai dos animais tratados com ALC à dose de 2500 mg/kg são normais durante toda a duração do estudo. A autópsia dos animais encontrados mortos ou sacrificados no final do estudo não demonstrou qualquer anomalia visivel macroscopicamente. c) CONCLUSÃO:
Nas condições experimentais, a LD50 do produto AC, administrado por via oral no rato, é de 1432 mg/kg. Os limites inferior e superior do intervalo de confiança, para um nivel de confiança de 95%, eram, respectivamente, de 936 mg/kg e 2394 mg/kg. A LD50 do produto ALC de acordo com a invenção, administrado por via oral no rato, era superior ou igual a 2500 mg/kg, dose à qual não foi observada qualquer anomalia do comportamento ou anomalia ao nivel dos principais orgãos.
EXEMPLO 5: ESTUDO FARMACOCINÉTICO DA ASPIRINA ENCAPSULADA DE LIBERTAÇÃO CONTROLADA AO LONGO DE 32 HORAS.
Os ensaios foram realizados no homem, para terminar a biodisponibilidade das microcápsulas de acordo com a invenção e verificar o grau de inibição da ciclooxigenase plaquetária por medição do tromboxano B2 sérico.
Para maior comodidade, daqui em diante serão utilizadas as abreviaturas seguintes: ALC: aspirina encapsulada de libertação controlada de acordo com a invenção (Mi do exemplo 1). ASA: ácido acetilsalicilico, 22 Γ SA: ácido salicilico. 0 estudo da farmacocinética foi realizado em doze voluntários do sexo masculino não apresentando qualquer afecção hemato-bioquimica, hemorrágica, alérgica ou gastro-intestinal, não fumando mais do que 10 cigarros por dia e não tendo participado num ensaio terapêutico ou doado sangue nos três meses anteriores ao estudo. Estes indivíduos não tinham tomado qualquer medicamento nos 15 dias anteriores ao estudo.
Cada indivíduo recebeu 2 cápsulas de ALC com 250 mL de água, correspondendo cada cápsula a 160 mg de ASA, ou 2 saquetas de ASPEGIC (1 saqueta doseada a 250 mg e uma saqueta doseada a 100 mg., ou seja 350 mg de ASA).
As cápsulas ou as saquetas eram absorvidas após um jejum de pelo menos 10 horas.
Foi servida uma refeição 4 horas após a administração do medicamento. a) DETERMINAÇÃO DO PRINCÍPIO ACTIVO NO PLASMA:
Foram recolhidas amostras de sangue dos indivíduos antes da administração e aos tempos 0,5, 1, 1,5, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 12, 16, 24 e 32 horas após o tratamento. A dosagem de ASA e de SA no plasma foi realizada segundo um método adaptado do de R. JAMES et al. (R. JAMES et al., J. Chrom. Biomed. Appl., 1984, 310, 343-352) e aqui resumido a seguir. A 0,5 mL de plasma contendo fluoreto de potássio para evitar a hidrólise da aspirina adiciona-se 50 μL de uma solução de padrão interno (3,4,5-trimetoxibenzaldeído, 25 pg/mL) e 50 pL de ácido perclórico a 30%. 23 V Γ u
A mistura é agitada durante 30 segundos num vortex e centrifugada durante 5 minutos a 3000 rotações/min. Cerca de 20 μΙ> da fase sobrenadante são utilizados para a análise cromatográfica. A separação é efectuada numa coluna Lichrospher 100 RP-18, 5 μπι, 250 x 4 mm, (Merck) com uma fase móvel de Acetonitrilo/Metanol/H3P04 0,085% (10/40/50, v/v/v). O caudal da fase móvel é fixado a 1 mL/min e a detecção é realizada por UV a 230 nm.
As concentrações plasmáticas médias de ASA e de SA foram determinadas e estão apresentadas na tabela 1 a seguir:
TABELA 1: CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS MÉDIAS DE ASA E SA TEMPO (h) Cpm ASA (uq/mL) Cpm SA (uq/mL) ALC ASPEGIC ALC ASPEGIC 0 0 0 0 0 0,5 0,59 5,88 1,11 ... 18,9 1 0,62 1,31 2,60 18,6 1,5 0,44 0,43 3,27 17,0 2 0,29 00 r-H * O 3,41 14,3 3 0,07* nq 3,49 11,7 4 nq nq 3,20 9,05 5 nq nd 2,85 7,10 6 nd nd 2,43 5,28 8 nd nd 1,84 Γ ΟΟ — CN 12 nd nd 1,34 0,94 16 nd nd 1,13 0,25 24 nd nd 0,83 nq 32 nd nd 0,43 nq - Cpm: concentração plasmática média, - nq: não quantificável, 24 Γ u - nd: não detectado, - *s abaixo do limite de sensibilidade.
Estes resultados estão ilustrados nas fig . 4 e 5 anexas, que representam a evolução das concentrações plasmáticas médias em microgramas/mL, respectivamente de ASA e SA, em função do tempo (ALC e testemunho ASPEGIC). 0 ácido acetilsalicilico é detectável no plasma até ao tempo de 2 horas depois aos tempos de 4 e 5 horas, em concentrações muito baixas, inferiores ou iguais a 0,25 μg/mL. O ácido salicilico é detectável muito rapidamente, em concentrações que aumentam até atingirem um pseudo-patamar (de 0,8 até 1,8 μg/mL) entre a 8a e a 24a hora.
As AUC (áreas sob a curva) mostram que a biodisponibilidade elevada relativa do ALC em relação ao ASPEGIC é de cerca de 72%. Além disso, o SA não é detectável senão até à 16a hora após a administração de ASPEGIC enquanto que está ainda após a 32a hora depois a administração de ALC.
Estes resultados mostram que as microcápsulas de acordo com a invenção permitem obter uma cinética de libertação controlada tal que o ácido acetilsalicilico é inteiramente desacetilado durante a primeira passagem hepática, o que conduz à inibição da ciclooxigenase plaquetária, deixando intacta a actividade da ciclooxigenase periférica. b) DOSEAMENTO SÉRICO DE TROMBOXANO B2 (APENAS ALC):
Foram recolhidas amostras de sangue dos indivíduos aos tempos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 12, 16, 24 e 32 horas após o tratamento. As amostras são colocadas em banho-maria (37°C) durante 1 hora, depois centrifugadas. Em seguida o soro é recolhido, repartido por 2 tubos que são congelados até ao momento da análise. 25 Γ 0 método para medição de Tromboxano B2 é um doseamento enzimo-imunológico utilizando anticorpos específicos contra o tromboxano e um traçador enzimático correspondente, Tromboxano B2 acoplado com acetilcolinesterase.
Trata-se de um doseamento por competição utilizando placas de microtitulação com 96 poços revestidos com imunoglobulinas monoclonais de murganhos anti IgG de coelho. O anticorpo especifico anti-tromboxano B2/ o padrão ou a amostra biológica e o traçador são adicionados em volumes de 50 μΐι.
As reacções e diluições são feitas em tampão fosfato contendo albumina. Após uma noite de incubação a 4°C, as placas são lavadas, o substrato enzimático contendo o reagente de Ellman é então distribuído por cada poço. Após agitação para desenvolvimento da coloração, a absorvância é medida a 414 nm ao fim de 2 horas com o auxilio de um espectrofotómetro. A coloração desenvolvida é proporcional à quantidade de Tromboxano B2 presente na amostra. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 2 a seguir: 26
V ϊ TABELA 2: CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE TROMBOXANO B2 TEMPO (h) CONCENTRACÃO ínq/mL) % DE INIBIÇÃO 0 300,35 1 91,65 69,5 2 56,76 81,1 3 34,29 88,6 4 26,60 91,1 5 31,72 89,4 6 25,44 91,5 8 12,43 95,9 12 12,61 95,4 16 19,51 93,5 24 28,90 90,4 32 35,35 88,2 A inibição máxima após a administração de 320 mg de aspirina encapsulada de acordo com a invenção é obtida ao fim de 8 horas e permanece elevada (88,2%) 32 horas após a administração. A concentração sérica de Tromboxano B2 cai rapidamente, prova de que a formulação de acordo com a invenção liberta efectivamente o ASA que, em compensação, não se torna a detectar na circulação periférica.
Isto confirma que a administração de microcápsulas de libertação controlada, à base de aspirina de acordo com a invenção, permite inibir a ciclooxigenase plaquetária. 27 r
EXEMPLO 6: ESTUDO FARMACOCINÉTICO E DE FARMACOLOGIA CLÍNICA DE ASA MICROENCAPSULADO E REVESTIDO DE ACORDO COM A INVENÇÃO, APÓS ADMINISTRAÇÃO REPETIDA, DURANTE 28 DIAS E COMPARAÇÃO COM UMA FORMA CONVENCIONAL.
Doze voluntários sãos, do sexo masculino, foram afectos a um ou outro dos dois tratamentos seguintes, segundo um plano de randomização obtido por tiragem à sorte. 0 grupo A recebeu uma cápsula de 320 mg de ASA encapsulada (microcápsulas Μχ do exemplo 1) por via oral todas as manhãs durante 28 dias. O grupo B recebeu 350 mg de ASA testemunho não encapsulado em solução todas as manhãs durante 28 dias. Num caso e noutro, os indivíduos absorveram os tratamentos com 200 mL de água. Os indivíduos foram repartidos por três grupos iniciando o estudo em datas diferentes. Durante cada período, as recolhas de sangue (5 mL) foram realizadas em cada um dos indivíduos para o doseamento da aspirina e do seu metabolito, o ácido salicílico antes da administração do tratamento ao Dl e D28, ao Dl aos tempos seguintes (sendo HO a hora exacta da administração do tratamento): 5 min, 10 min, 15 min, H0,5, Hl, H2, H3, H4, H5, H6, H8, H12, H16, ao D5 e ao D14 a HO,5, Hl, H2, H3, H4, H5, H6, H8, H12, H16, ao D28 a tempos idênticos aos de D5 e D14 seguidos por H24, H36, H48 e ao D42 uma recolha antes do início do dia.
As recolhas (5 cL) para medição de Tromboxano B2 sérico foram realizadas antes da administração do tratamento diário aos Dl, D2, D3, D4, D5, D14,D21, D27, D28 e D42.
As recolhas de sangue para os doseamentos de aspirina e do seu metabolito, o ácido salicílico, foram realizados com uma seringa num catéter curto intravenoso aos Dl, D5, D14 e D28 e por punção directa antes da administração do tratamento em dias alternados. O sangue era imediatamente vertido em tubos "vacutainer" colocados em gelo, contendo 50 μΐ, de heparinato de sódio (1000 unidades/mL) e 50 μΐ> de uma solução aquosa de 28 rf~ U, ^^ fluoreto de sódio a 50% e agitados suavemente durante 2 min, depois centrifugados a 4°C, 6000 rotações/min durante 3 min. 0 plasma, separado rapidamente do sedimento eritrocitário, foi transferido para dois tubos de vidro convenientemente etiquetados, depois congelados imediatamente a -20°C. a) RECOLHAS DE URINA:
Durante cada per iodo, foram realizadas em cada um dos indivíduos recolhas de amostras de urina para o doseamento da creatininúria e medição das prostaglandinas plaquetárias e vasculares.
As urinas da manhã foram recolhidas às 7 horas, aos dias Dl, D2, D14, D27 e D28. Era pedido aos indivíduos que esvaziassem a bexiga entre as 0 e a 1 hora, depois que não urinassem até de manhã, a fim de se obter as urinas de 6 horas. A micção da manhã foi realizada antes do levantar. Para cada recolha: - 20 mL foram analisador a fim de realizar um doseamento da creatininúria, - 40 mL foram transferidos para dois tubos em polipropileno de 20 mL convenientemente etiquetados, em seguida congelados imediatamente a -20°C. b) DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE SANGRAMENTO: 0 tempo de sangramento foi medido ao D0, depois ao D27 durante cada período, imediatamente antes da administração do medicamento. Método: o tempo de sangramento foi medido pela técnica de Duke: incisão da pele da face anterior do lobo da orelha previamente desinfectada com éter. Accionou-se então um cronómetro. As gotas de sangue formadas foram recolhidas todos 29 Γ ^ ^ os 30 segundos sobre um mata-borrão, sem apoiar. 0 tempo de sangramento é o tempo ao fim do qual o sangramento pára. c) TOLERÂNCIA GÁSTRICA:
Ao D28, durante cada período, avaliou-se a tolerância gástrica por uma gastroscopia.
Em caso de observação de uma ou mais lesões importantes, o indivíduo deveria ser excluído do estudo. A análise da aspirina e do ácido salicilico foi realizada utilizando um método de HPLC especialmente desenvolvido para o doseamento de teores baixos nos meios biológicos. A análise do Tromboxano B2 sérico foi realizada utilizando um método de doseamento imunoenzimático descrito por PRADELLES et al. [Analytical Chemistry 57, 1170-1173 (1985); Ann. Biol. Clin. 43, 475-484 (1985)]. Para as amostras de urina, a análise de 11 desidro Tromboxano B2, dinor Tromboxano B2, dinor-6-ceto prostaglandina Fia foi realizada pelo método referido acima, com extracção prévia em fase sólida e purificação por cromatografia em camada fina. Este método foi validado por cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massa utilizando detecção por ionização de iões negativos por LELLOUCHE et al . [Prostaglandine 40, 297-310 (1990)]. A fig. 6 mostra a percentagem de inibição da produção de Tromboxano B2 sérico por ASA encapsulado (ALC) e por ASA testemunho.
As fig. 7 e 8 mostram a inibição de Tromboxano B2, aos dias D0, Dl, D2, D3, D4, D5, D14, D27, D28 e D42 por ASA testemunho e por ALC, respectivamente. Sobre cada rectângulo do histograma, representa-se o desvio tipico de concentração. O sinal * marca o carácter significativo, no plano estatístico, da queda do teor de tromboxano em relação ao dia J0 testemunho. 30
t
Estas indicações convencionais são igualmente utilizadas em várias outras figuras aqui apresentadas adiante. 0 Tromboxano B2 é um metabolito do Tromboxano A2/ cuja sintese é catalisada pela ciclooxigenase plaquetária.
As fig. 9 e 10 mostram a inibição da produção de 11 desidro-Tromboxano B2 , por ASA testemunho e por ALC, respectivamente, a diferentes tempos de medição: DO, Dl, Dl4, D21, D27 e D28, correspondentes aos números 1 a 7 em abcissa.
As fig. 11 e 12 mostram a inibição da produção de dinor-Tromboxano B2 na urina por ASA testemunho e por ASA encapsulado (ALC), respectivamente, a diferentes tempos de medição: DO, Dl, Dl4, D21, D27 e D2 8, correspondentes aos números 1 a 7 em abcissa.
Trata-se de dois metabolitos na urina do Tromboxano B2, se bem que 20% da excreção urinária do 2-3 dinor-Tromboxano não seja de origem plaquetária. As fig. 13 e 14 demonstram o efeito de ASA testemunho e por ASA encapsulado (ALC), respectivamente, sobre a inibição de dinor-6-ceto prostaglandina Fia da urina e, isto para cada um dos tempos de recolha de urina a: DO, Dl, D14, D21, D27 e D28, correspondentes aos números U0 a U5 em abcissa. A dinor-6-ceto prostaglandina Fia é o metabolito na urina da prostaciclina (prostaglandina 12) de origem vascular e gástrica. 31 t
As fig. 15 e 16 mostram a influência dos tratamentos com auxilio de ASA testemunho e de ASA encapsulado (ALC), respectivamente, sobre a excreção urinária de Tromboxano B2 aos temposí DO, Dl, Dl4, D21, D27 e D28, correspondentes aos números 1 a 7 em abcissa.
As fig. 17 e 18 mostram a influência dos tratamentos com auxílio de ASA testemunho e de ASA encapsulado (ALC), respectivamente, sobre a excreção na urina de 6-ceto prostaglandina Flaf aos tempos: DO, Dl, D14, D21, D27 e D28, correspondentes aos números 1 a 7 em abcissa. 0 tromboxano B2 e a 6-ceto prostaglandina Fia são metabolitos do tromboxano B2 e da prostaglandina Fia de origem renal. A comparação dos resultados e das figuras indicadas acima (fig. 6 a 18) mostra à evidência que o ASA encapsulado tem o mesmo poder inibidor que o ASA testemunho sobre o Tromboxano de origem plaquetária: 96,93% vs 98,15% desde o terceiro dia de tratamento. Os resultados são confirmados pela medição dos metabolitos na urina (77,85 vs 75,6% e 51,9% vs 68,9%).
Inversamente, o ASA encapsulado demonstra uma inibição muito mais fraca do que o ASA testemunho sobre a prostaciclina (8,9% vs 43,2%) e as prostaglandinas de origem renal (23,8% vs 42,8% e 16,6% vs 34,6%).
Deste modo, uma dose máxima de 320 mg de ASA encapsulado de acordo com a invenção demonstra uma biosselectividade acentuada sobre as prostaglandinas de origem plaquetária. Uma 32 dose de 80 até 320 mg, preferencialmente de 160 mg, que liberta aspirina a uma taxa de 10 mg até 40 mg/hora, preferencialmente 20 mg nas cinco primeiras horas, depois 2 mg até 8 mg/h nas 19 horas seguintes, preferencialmente 4 mg/h inibe o Tromboxano de origem plaquetária em pelo menos 95% e protege a prostaciclina vascular a mais de 90%.
Lisboa, 24 de Agosto de 2000
0 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
V
33 V. Γ
Lj LEGENDAS DAS FIGURAS FIGURA 1 Eixo dos xx: (horas)
Eixo dos yy: FIGURA 2
Eixo dos xx: Eixo dos yy: (horas) % libertada FIGURA 3 Eixo dos xx: Eixo dos yy: (horas) % libertada FIGURA 4 Eixo dos xx (h)
Cone. = meg/mL
Eixo dos yy: pg/mL FIGURA 5 Eixo dos xx Eixo dos yy: (h) pg/mL FIGURA 6 Eixo dos xx: (horas) Eixo dos yy: (%) FIGURA 7 Eixo dos xx: Eixo dos yy: Substituir J por D: DO, D2, D3, etc. TBX2 (ng/mL de soro) FIGURA 8 Eixo dos xx: Eixo dos yy: Substituir J por D: DO, D2, D3, etc. TBX2 (ng/mL de soro) 1 FIGURA 9 Eixo dos yy: FIGURA 10 Eixo dos yy: FIGURA 11 Eixo dos yy: FIGURA 12 Eixo dos yy: FIGURA 13 Eixo dos yy: FIGURA 14 Eixo dos yy: FIGURA 15 Eixo dos yy: FIGURA 16 Eixo dos yy: FIGURA 17 Eixo dos yy: FIGURA 18 Eixo dos yy: ll-desidro-TXB2 (ng/mmole de creatinina) ll-desidro-TXB2 (ng/mmole de creatinina) dinor-TXB2 (ng/mmole de creatinina) dinor-TXB2 (ng/mmole de creatinina) dinor-6-ceto-PGF (ng/mmole de creatinina) dinor-6-ceto-PGF (ng/mmole de creatinina) TXB2 (ng/mmole de creatinina) TXB2 (ng/mmole de creatinina) 6-ceto-PGFia (ng/mmole de creatinina) 6-ceto-PGFia (ng/mmole de creatinina) 2

Claims (20)

  1. Γ
    REIVINDICAÇÕES 1. Microcápsulas para a libertação controlada de ácido acetilsalisilico (ASA) em meio gastro-intestinal, caracterizadas por serem constituídas por partículas de ácido acetilsalicilico de tamanho compreendido entre 100 e 1000 μπι, revestidas e concebidas de tal modo que, ingeridas per os numa só toma de uma dose D de ASA compreendida entre 75 e 320 mg, induzem uma cinética de absorção de ASA média in vivo no homem, que se prolonga por pelo menos 24 horas, sendo a referida absorção de ASA: inferior ou igual a 10% da fracção absorvida de D a tempo t após ingestão, igual a 0,4 horas, inferior ou igual a 50% em peso da fracção absorvida de D a t = 3,9 horas, e inferior ou igual a 90% em peso da fracção absorvida de D a t = 23 horas, sendo t expresso com uma aproximação de ± 10%.
  2. 2. Microcápsulas de acordo com a reivindicação 1, caracterizadas por a absorção se desenrolar ao longo de um período compreendido entre 24 e 48 horas, do modo seguinte: 10% da fracção absorvida de D a t compreendido entre 0,4 e 5 horas, 50% da fracção absorvida de D a t compreendido entre 3,9 e 25 horas, 90% da fracção absorvida de D a t compreendido entre 23 e 45 horas.
  3. 3. Microcápsulas de acordo com a reivindicação 1, caracterizadas por as partículas de ASA, utilizadas para revestimento, terem um tamanho compreendido entre 250 e 800 μπι, preferencialmente entre 300 e 500 μπι. 1
    Lo
  4. 4. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizadas por o revestimento representar desde 5 até 50, preferencialmente desde 10 até 40 e, mais preferencialmente ainda, desde 10 até 35% em peso em relação à massa total das microcápsulas.
  5. 5. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizadas por o revestimento ser constituído por uma composição de revestimento compreendendo: pelo menos um polímero filmogéneo (Pi) insolúvel em meio gastro-intestinal, pelo menos um polímero (P2) solúvel em água, pelo menos uma carga lubrificante sólida, e pelo menos um plastificante hidrófobo.
  6. 6. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizadas por a composição de revestimento ser definida quantitativamente da forma seguinte, expressa em % do peso seco: Pl: 60 até 85, preferencialmente 70 até 80%, P2: 2 até 20, preferencialmente 5 até 15%, agente lubrificante: 2 até 20, preferencialmente 8 até 20%, plastificante: 2 até 20, preferencialmente 5 até 15%.
  7. 7. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizadas por Pi ser seleccionado entre os seguintes produtos: zeina, etilcelulose, cloreto de vinilo, acetato de vinilo e/ou os seus copollmeros, copolímeros à base de acrilato e/ou de metacrilato de etilo e/ou de metilo e as misturas de todos estes produtos.
  8. 8. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, caracterizadas por P2 ser seleccionado entre os seguintes produtos: 2 r polivinilpirrolidona, derivados celulósicos solúveis em água, tais como hidroxipropilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, hidroximetiletilcelulose e metilcelulose, copolímeros de acetato de vinilo e do ácido crotónico, copolímeros de anidrido maleico e do éter metil vinílico, bem como os derivados e misturas de todos os produtos referidos.
  9. 9. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 8, caracterizadas por a carga lubrificante sólida ser escolhida entre os seguintes produtos: sais alcalino-terrosos do ácido esteárico, silicatos de magnésio, caulino, talco, sílica e suas misturas.
  10. 10. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9, caracterizadas por o plastificante ser constituído por pelo menos um dos seguintes produtos: estearatos de glicerol, ftalatos, citratos, sebacatos, ésteres do álcool cetílico, óleo de rícino, cutina e resinas sintéticas.
  11. 11. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 10, caracterizadas por a composição de revestimento compreender 74 ± 2% de etilcelulose, 10 ± 2% de estearato de magnésio, 8 ± 2% de polivinilpirrolidona e 8 ± 2% de óleo de rícino, sendo as percentagens expressas em peso.
  12. 12. Microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 11, caracterizadas por serem misturadas com 0,5 até 5% e, preferencialmente, 1,5%, de pelo menos um agente anti-aglomerante formado, preferencialmente, por talco, sílica coloidal ou uma mistura dos dois. 3 \
    U κ
  13. 13. Processo para a obtenção de microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado por consisitir, essencialmente, em: a) - preparar a composição de revestimento por mistura de Pl, P2/ o agente lubrificante e o plastificante num sistema solvente, b) - aplicar a mistura da composição/sistema solvente sobre partículas de ácido acetilsalicllico, c) - secar as microcápsulas assim obtidas, d) - e eventualmente misturar estas últimas com pelo menos um agente anti-aglomerante.
  14. 14. Processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por o sistema solvente ser formado por compostos seleccionados da lista seguinte: cetonas, ésteres, solventes clorados, álcoois, de preferência alifáticos, alcanos e suas misturas: sendo preferidos os compostos em Ci-Ce, sendo particularmente preferidos a acetona, metil etil cetona, acetato de metilo ou etilo, metanol, etanol, isopropanol, ciclohexano e cloreto de metileno.
  15. 15. Processo de acordo com a reivindicação 13 ou a reivindicação 14, caracterizado por a aplicação da mistura composição de revestimento/sistema solvente ser realizada por pulverização sobre as partículas de ASA em movimento, preferencialmente por agitação mecânica ou por insuflação (fluidização).
  16. 16. Utilização das microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12 e/ou obtidas pelo processo de acordo com qualquer das reivindicações 13 a 15, para a preparação de formas galénicas de aspirina, apresentando uma selectividade bioquímica de inibição do tromboxano em relação às outras prostaglandinas. 4
  17. 17. Utilização das microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12 e/ou obtidas pelo processo de acordo com qualquer das reivindicações 13 a 15, para a preparação de formas galénicas de aspirina úteis como anti-agregantes plaquetários.
  18. 18. Utilização das microcápsulas de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12 e/ou obtidas pelo processo de acordo com qualquer das reivindicações 13 a 15, para a preparação de formas galénicas de aspirina activas na prevenção e/ou no tratamento das doenças e riscos cardio-vasculares.
  19. 19. Novas fórmulas galénicas de acordo com qualquer das reivindicações 16 a 18, caracterizadas por se apresentarem sob a forma de comprimidos, pós ou cápsulas, doseadas a 20 até 500 mg, preferencialmente de 50 até 400 mg, e mais preferencialmente ainda, de 75 até 320 mg de equivalentes de ASA.
  20. 20. Novas fórmulas galénicas de acordo com a reivindicação 19, caracterizadas por serem administradas em doses diárias únicas, compreendendo cada uma entre 75 e 320 mg de equivalentes de ASA. Lisboa, 24 de Agosto de 2000 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
    5
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