PT2872302T

PT2872302T - Dispositivo e método para o corte de material plástico, especialmente um elemento de vidro laminado

Info

Publication number: PT2872302T
Application number: PT137446936T
Authority: PT
Inventors: Baquet Erwan; Levasseur Fabien; Milamon Christophe; Nugue Jean-Clément
Original assignee: Saint Gobain
Priority date: 2012-07-11
Filing date: 2013-07-05
Publication date: 2017-05-22
Also published as: CN104487212B; CA2877059A1; PL2872302T3; KR102161549B1; EA030901B1; FR2993197B1; MX351018B; US20150202787A1; ES2626383T3; MX2015000368A; EP2872302A1; EP2872302B1; KR20150031433A; WO2014009638A1; FR2993197A1; CN104487212A; EA201590194A1; BR112015000257B1; JP2015528750A; CA2877059C

Description

DESCRIÇÃO DISPOSITIVO E MÉTODO PARA O CORTE DE MATERIAL PLÁSTICO, ESPECIALMENTE UM ELEMENTO DE VIDRO LAMINADO. A invenção refere-se a um dispositivo e a um processo para o corte de um material flexível do tipo plástico, laminado entre dois substratos, sendo o corte executado sobre a porção sustentada por cima do material na beira do laminado depois da montagem dos substratos. A invenção será mais especialmente descrita em relação ao vidro feito de vidro laminado, sem, no entanto, ser limitada ao mesmo. 0 vidro laminado é constituído pelo menos por dois substratos, sendo colocada entre os mesmos pelo menos uma camada de filme intermediário feito de plástico, por exemplo, feito de polivinil butiral (PVB). Depois da montagem do laminado, o PVB é sobreposto ao perímetro do vidro com uma largura geralmente entre 5 e 40 mm. É necessário aparar o excesso de plástico antes das etapas conhecidas de desgaseificação e do tratamento em autoclave, requerendo o último que o vidro seja introduzido numa câmara aquecida.

Atualmente, a etapa de aparar é executada manualmente ou utilizando meios para o corte do tipo de faca de utilidade que são deslizados ao longo da beirada do vidro, ou de uma forma automática por meios de corte do tipo de lâminas ou serras ligadas a cabeças móveis (ou fixas) que são movimentadas em translação seguindo a beirada do vidro (ou ao longo da qual é direcionado o vidro).

No entanto, o corte continua a ser difícil e, algumas vezes, acontece que, durante o corte da beirada do vidro com a ferramenta de corte, isso leva à produção de lascas (flocos de alguns décimos de milímetros) que inadvertidamente constituem iniciadores de fratura do vidro durante a conversão, ou mesmo problemas de qualidade depois do fabrico. 0 vidro é então descartado.

Além disso, este contacto entre a lâmina da ferramenta de corte e o vidro leva a um desgaste prematuro da lâmina, ou mesmo à quebra da mesma.

Além disso, é conhecido um sistema automático de pedido de patente EP 2.087.971, cujos meios de corte produzem um movimento oscilatório para a frente e para trás que é perpendicular às beiradas dos substratos. O objetivo da invenção é, portanto, propor um dispositivo e um processo para cortar um material flexível ensanduichado entre dois substratos rígidos e que é projetado além das beiradas dos referidos substratos, o qual oferece uma solução alternativa para o estado da técnica sem apresentar as desvantagens mencionadas anteriormente.

De acordo com a invenção, o dispositivo para o corte de um material flexível elástico, do tipo plástico, laminado entre dois substratos e que se projeta além das beiradas dos substratos, que é constituído por meios de corte, é distinguido por ser constituído adicionalmente por meios de estiramento montados a montante dos meios de corte. 0 termo "a montante" descreve os componentes do dispositivo que são colocados antes de outros componentes, sendo os últimos, por outro lado, descritos como "a jusante", sendo os componentes a montante utilizados no processo de corte antes dos outros componentes que se seguem a jusante. A finalidade dos meios de estiramento é o estiramento antes do corte, sobre a porção flexível de material que extravasa, para a manter plana e tensa, para assegurar um corte limpo e preciso, na distância apropriada das beiradas dos substratos. 0 dispositivo, portanto, utiliza vantajosamente a propriedade elástica do material a ser cortado. Puxando o material, esse material que está no estado de tensão, poderá ser cortado a certa distância do vidro e é facilmente e eficazmente cortado. Então, ao aliviar a tensão, o referido material retrai-se. Quando se utilizou uma distância de corte do material no estado tenso afastado das beiradas dos substratos, assim que o material se retrai o mesmo torna-se alinhado ou substancialmente alinhado com as beiradas dos substratos de vidro, significando isto que o mesmo deixa de existir em excesso. 0 estiramento é localizado e temporário apenas durante o tempo que antecede o corte e durante o corte, porque no momento do corte, os meios de tensão que precedem os meios de corte já estão no processo de estiramento de uma região adjacente a jusante da região que está a ser cortada. Em consequência, como os meios de estiramento deixam de atuar na parte restante do material cortado associado ao filme laminado, sendo esse material elástico, é retraído naturalmente sem requerer meios específicos.

Deve notar-se que o próprio material da camada intermediária poderá ser laminado e constituído, por exemplo, por várias folhas de plástico. Essas folhas, na porção saliente, permanecem suficientemente unidas, de forma que as superfícies externas das folhas externas da camada intermediária sej am seguras pelos meios de estiramento, permitindo o estiramento de todas as folhas.

De acordo com uma característica, os meios de estiramento são constituídos pelo menos por duas partes rotativas que giram em torno dos respetivos eixos de rotação e que são adequadas para apertar a porção saliente de material ao longo de duas faces opostas da referida porção, e para a articulação sobre estas faces durante o movimento rotativo das mesmas.

De preferência, cada parte é colocada de forma que o seu eixo de rotação forme primeiramente um ângulo de inclinação a com um plano que é perpendicular às beiradas dos substratos e a jusante da parte, sendo o referido ângulo maior do que 0o e menor ou igual a 75°, de preferência no máximo 30°, especialmente na ordem de 10° e em segundo lugar, sendo diferente em relação à direção da chegada dos meios de corte. Assim sendo, é assegurada uma fixação rígida do material e é garantido um estiramento eficaz sem a formação de dobras, minimizando o tamanho necessário de excesso de material para que se execute o estiramento.

Vantajosamente, cada parte rotativa tem um corpo cónico ou frusto-cónico, formando a superfície lateral do mesmo as laterais do cone ou do tronco, que se destinam a formar uma área de contacto parcial com uma das faces da porção saliente, sendo as áreas de contacto paralelas e separadas.

As partes rotativas, especialmente as áreas de contacto das mesmas com o material, são afastadas umas das outras, especialmente por uma distância d5 que é ajustada em função da espessura da porção saliente, do tipo de material a ser cortado, da temperatura ambiente e do peso do substrato superior que pressiona o material laminado, de preferência, sendo a distância d5 entre 0,05 e 2 mm.

De acordo com outra característica, as partes rotativas giram em direções opostas, e na direção da porção saliente.

De acordo ainda com outra característica, os eixos de rotação das partes rotativas são inclinados em relação a um plano horizontal ou ao plano geral dos substratos, por um ângulo, de preferência, de 45°.

Em relação aos meios de corte, os mesmos destinam-se a ser colocados com uma distância das beiradas dos substratos, de acordo com um valor dl numa direção transversal às referidas beiradas dos substratos, da ordem de 2,5 mm, especialmente, 1,5 mm. Ao otimizar a distância que separa o vidro dos meios de corte, garante-se que os meios de corte não possam tocar o vidro durante a operação de corte e a parte restante do material, depois do estiramento e do corte, destina-se, portanto, a ser retraído para o nível natural das beiradas dos substratos sem o exceder.

Além disso, a extremidade dos meios de estiramento que se pretende que esteja o mais próximo possível dos substratos é separada das beiradas dos referidos substratos ao longo de uma direção transversal aos últimos, por uma distância d2 entre 1,5 e 5 mm, de preferência, na ordem de 3,5 mm.

Vantajosamente, os meios de estiramento são contrabalançados em relação aos meios de corte, numa direção transversal ao corte, por um espaço d3 especialmente na ordem de 1 mm.

Além disso, os meios de estiramento estão a uma distância dos meios de corte, na direção do corte, de um valor d4, especialmente, entre 5 e 15 mm, de preferência, da ordem de 10 mm.

Numa forma de realização preferida, a superfície dos meios de estiramento que se destina a estar em contacto com a porção saliente de material tem estrias ou sulcos ou é constituída por formas grosseiras ou salientes.

De acordo com uma característica vantajosa, o movimento dos meios de corte é controlado por aquele dos meios de estiramento. A invenção também se refere a um processo automático para o corte de um material flexível do tipo plástico, laminado entre dois substratos e que se projeta além das beiradas dos substratos, especialmente para o corte do material plástico que excede o vidro laminado, que é distinguido por ser constituído, antes do corte, por uma etapa de estiramento/alongamento localizado do material. A expressão "processo automático" deve ser entendida como significando um processo que requer ferramentas automáticas, de modo diferente de um processo manual.

Vantaj osamente, o processo utiliza meios de estiramento constituídos pelo menos por duas partes rotativas montadas em contacto e sobre qualquer lado da porção saliente de material, e é aplicado nas partes um movimento rotativo na direção oposta, de forma a fixar localmente a porção saliente de material e estirar o mesmo sub s t anc i almente na direção transversal às beiradas dos substratos, sendo dado um movimento de translação sobre o vidro, combinado, ou sobre os meios de estiramento. A velocidade de corte é controlada em função da velocidade de rotação das partes dos meios de estiramento.

Numa forma de realização preferida, a velocidade de rotação das partes dos meios de estiramento é modificada durante o corte ao longo de um lado do substrato entre dois cantos opostos do substrato, de preferência, de acordo com três fases sucessivas que têm uma primeira velocidade VI na partida, uma segunda velocidade intermediária V2, e uma terceira velocidade V3 no final da porção a ser cortada, e de preferência V1>V2>V3.

No resto da descrição, os adjetivos "superior" e "inferior" de um componente são utilizados dentro do contexto de uma instalação normal do dispositivo, quer dizer, em relação ao conceito vertical em relação a uma superfície horizontal sobre a qual será colocado o vidro por meio de uma das suas faces gerais. A invenção atual é agora descrita com a utilização de exemplos, que são meramente ilustrativos e que de forma alguma limitam o âmbito da invenção, juntamente com as ilustrações anexas, nas quais: a Figura 1 representa uma vista posterior em perspetiva do dispositivo, sendo o vidro colocado na frente do dispositivo; a Figura 2 ilustra esquematicamente, numa vista lateral, as etapas do processo de corte da invenção; a Figura 3 ilustra uma vista detalhada, para baixo, em perspetiva, do dispositivo, durante as etapas de alongamento e corte; a Figura 4 é uma vista lateral detalhada esquemática em perspetiva do dispositivo que mostra o vidro sem uma porção saliente de filme plástico; a Figura 5 é uma vista de frente detalhada em perspetiva do dispositivo, visível parcialmente através de transparência pelo vidro; a Figura 6 é uma vista lateral esquemática em corte transversal dos meios de estiramento que ajudam a pendurar a porção saliente de material do vidro; a Figura 7 é uma vista lateral esquemática em corte transversal dos meios de estiramento e dos meios de corte ,* a Figura 8 é uma vista em perspetiva de um exemplo de uma parte rotativa dos meios de estiramento; a Figura 9 é uma vista superior esquemática de uma variante preferida de colocação dos meios de estiramento. Ά invenção refere-se a um dispositivo para cortar e a um processo para o corte, com a utilização desse dispositivo, um material flexível, especialmente do tipo polimérico, laminado entre dois substratos rígidos e que se projeta além das beiradas dos substratos, pelo menos ao longo de um dos lados.

Sem ser limitada à mesma, a invenção é descrita em relação ao vidro laminado 1, visto esquematicamente nas Figuras 1 a 6, que compreende, em relação à Figura 6, dois substratos de vidro 10 e 11 e um filme de camada intermediária flexível 12, por exemplo, feito de um material polimérico do tipo PVB, sendo uma porção 13 do filme projetada para além das beiradas 14 e 15 dos

substratos com uma largura, por exemplo, entre 5 e 20 mM. A porção saliente 13 estende-se sobre pelo menos um lado inteiro do vidro, geralmente ao longo de quatro lados. 0 dispositivo de corte 2 da invenção, visível parcialmente na Figura 1, contém meios de suporte (não visíveis aqui) para vidro 1, os meios 3 para o estiramento da porção saliente 13 do filme de camada intermediária e meios 4 para o corte da referida porção saliente.

De acordo com a invenção, o processo de corte ilustrado esquematicamente na Figura 2 é constituído pelas seguintes etapas: a) a colocação dos meios de estiramento, b) o estiramento da porção saliente 13 ou estiramento da referida porção através dos meios de estiramento 3, c) o corte por intermédio dos meios de corte 4 para se obter o resultado visível na etapa d) mostrando a remoção da porção saliente, sendo o filme de camada intermediária 12 limitado pelas beiradas 14 e 15 dos substratos.

Mais especialmente, o processo e o dispositivo da invenção criam, conforme é ilustrado na Figura 3, um estiramento da porção saliente 13 quando são localizados numa zona 16 para estirar e alongar o último e o cortam quase imediatamente.

Os meios de estiramento 3 são colocados a montante dos meios de corte 4, ocorrendo o estiramento da porção saliente de material do filme antes do corte.

Em relação às Figuras 4 e 5, os meios de estiramento 3 e os meios de corte 4 são criados respetivamente por sistemas automáticos 3A e 4A, e são controlados eletronicamente, por exemplo, através de um controlador programável.

Os meios de corte 4 são colocados afastados das beiradas dos substratos.

Os mesmos são instalados para produzirem um corte que se estende paralelo ao lado do vidro (para as beiradas dos substratos) de um dos cantos do vidro até ao canto oposto.

Para assegurar o estiramento e corte sobre um lado inteiro do vidro, o vidro é movimentado por translação enquanto os meios de estiramento 3 e os meios de corte 4 são fixados em relação ao lado do vidro, ou então o vidro é fixado e os meios de estiramento 3 e os meios de corte 4 são movimentados por translação ao longo do lado do vidro com a mesma velocidade de translação, de preferência, enquanto são associados com uma só estrutura.

Numa linha de produção de vidro, o vidro é movimentado por translação sobre um transportador na direção longitudinal. 0 dispositivo da invenção é então constituído pelos seguintes componentes: - montado respetivamente em qualquer lado de dois lados longitudinais do transportador (direção de deslocamento do vidro) é colocado um par de meios de estiramento e de meios de corte, sendo cada um dos pares fixo; e - é instalado pelo menos sobre um dos lados transversais aos lados longitudinais, um par de meios de estiramento e meios de corte que são movimentados por translação ao longo deste lado.

Os meios de corte 4 consistem em quaisquer meios conhecidos por uma pessoa perita na especialidade.

Os meios de corte 4 compreendem, por exemplo, uma faca, a lâmina de corte 40, a qual é com a capacidade de cortar o filme por meio de um movimento de translação numa sõ direção, na direção do material que ainda não foi cortado. A lâmina como uma variante poderá executar um movimento para a frente e para trás. A lâmina poderá ser simples ou especial, o que aumenta a eficácia da operação de corte.

Noutra variante, os meios de corte são formados a partir de discos de corte. A velocidade de deslocamento dos meios de corte, especialmente com a utilização de uma lâmina, poderá alcançar especialmente 1000 mm/seg.

Como pode ser visto na Figura 4, os meios de corte 4 são colocados afastados da beirada do vidro (das beiradas do substrato), esta distância de separação dl entre a lâmina e as beiradas dos substratos, numa direção transversal às referidas beiradas dos substratos, por exemplo, é de 1,5 mm quando é obtido um estiramento de material de 2 mm.

Essa distância de separação dl entre a lâmina e as beiradas dos substratos, especialmente, é uma função da magnitude que pode ser obtida do estiramento, do material a ser cortado e da retração do referido material após o estiramento e o corte.

Além disso, algumas vezes devido à existência de pontas de vidro que se projetam das beiradas dos substratos, é preferível colocar-se a lâmina pelo menos a 2 mm da beirada. A distância dl poderá variar durante o processo, especialmente para se afastar das beiradas dos substratos se for detetada uma ponta de vidro. Vantajosamente, um sistema para monitorizar continuamente o perfil da beirada dos substratos faz com que seja possível trazer a lâmina tão próxima quanto possível do vidro sem o risco de contacto, assegurando ao mesmo tempo uma distância apropriada entre a lâmina e as beiradas dos substratos, se for detetada uma ponta de vidro, imediatamente antes de a lâmina chegar ao lado oposto da ponta. Depois de passar pela ponta, a lâmina poderá outra vez ser colocada mais próxima dos substratos.

Como, além disso, os meios de corte são automatizados, é possível variar-se a distância em resposta à deteção de defeitos em cima das beiradas do vidro de modo a evitar qualquer contacto/impacto da lâmina com esses defeitos.

Os meios de estiramento 3 da invenção, conforme ilustrados especialmente nas Figuras 1, 3, 4 e 6, compreendem pelo menos duas partes rotativas 30 e 31 colocadas em lados opostos e afastadas uma da outra, e afastadas da beirada do vidro.

As partes 30 e 31 estão próximas o suficiente uma da outra para terem a capacidade de prender a porção saliente 13 (Figuras 3 e 6), tendo uma das partes 30 uma superfície de contacto 30A que é comprimida contra uma das faces 13A da referida porção saliente de material, enquanto a outra parte 31 tem uma superfície de contacto 31 que é comprimida contra a face oposta 13B da referida porção saliente. A distância de separação das partes rotativas corresponde à distância de separação d5 das duas superfícies de contacto respetivas 30A e 31A (Figura 7) , que serão descritas em detalhe mais adiante.

As partes rotativas 30 e 31, sendo colocadas a uma distância das beiradas 14 e 15 dos substratos e em qualquer um dos lados das faces externas 13A e 13B da porção saliente 13, têm a capacidade, pelo seu arranjo geométrico e a sua rotação, de estirar localmente (em relação ao comprimento da porção de excesso ao longo do lado do vidro) a referida porção saliente de material numa zona 16 (visível na Figura 3) presa entre as referidas superfícies de contacto 30A e 31A das partes.

Em relação às Figuras 4, 6 e 7, o fim dos meios de estiramento 3 que está mais próximo do vidro, especificamente as respetivas extremidades afastadas 32 e 33 das partes 30 e 31, que estão de frente para os substratos e que são referidas como extremidades da frente, é separado das beiradas dos substratos, ao longo de uma direção transversal a estes últimos, por uma distância d2 que é, por exemplo, da ordem de 3,5 mm. De preferência, esta distância d2 é entre 1,5 e 5 mm.

Além disso, os meios de corte 4 estão extremamente próximos dos meios de estiramento 3, conforme pode ser visto nas Figuras 3 a 5.

Mais especialmente (Figuras 3 e 7) , na direção transversal das beiradas dos substratos, a extremidade da frente 32, 33 dos meios de estiramento 3 é compensada em relação à lâmina 4 0 por um valor d3 da ordem de 1 mm. Os meios de corte 4, no entanto, permanecem inevitavelmente instalados numa direção transversal ao vidro, entre o referido vidro e os meios de estiramento 3.

Na direção longitudinal ao lado do vidro (Figura 4) , ao longo da direção do corte, os meios de estiramento 3 são separados dos meios de corte 4 por uma distância que tem um valor d4, de preferência, entre 5 e 15 mm, de preferência, na ordem de 10 mm. 0 corte quase imediato do material pode, portanto, ser executado na zona estirada 16 (Figura 3).

Vantajosamente, de acordo com a invenção, com referência às Figuras 3 e 6 a 8, cada parte rotativa 30, 31 tem um corpo cónico ou frusto-cónico com a capacidade de girar em torno do seu eixo de fixação e do eixo de rotação XI, e respetivamente, X2.

Como uma variante, os corpos podem ser cilíndricos. No entanto, a forma frusto-cónica das partes faz com que seja possível deslocar as mesmas para a frente o mais próximo possível do vidro. 0 corpo frusto-cónico de cada parte mostra, visto em corte transversal num plano que contém o eixo de rotação, a forma de um trapézio com uma base grande 34, uma base pequena oposta 35 e os lados que unem as duas bases para formar as superfícies laterais do tronco cónico. Durante a rotação da parte 30, 31, a superfície lateral 36 destina-se a ficar em contacto parcial ao longo das respetivas superfícies 30A, e 31A, com a zona localizada 16 da porção saliente 13.

Em relação às Figuras 6 e 7, as partes 30 e 31 são montadas em relação ao plano geral horizontal do vidro de forma que os eixos de rotação XI e X2 formem um ângulo entre 0 ° e 70 °, de preferência, igual a 45 °.

Além disso, os mesmos são colocados em lados opostos de forma que as superfícies 30A e 31A que se destinam a estar em contacto com as faces externas 13A e 13B da porção saliente do filme estejam em paralelo e separadas pela distância d5 (Figura 7) , já mencionada acima. Essa distância é ajustada para reter o material da porção saliente 13. A distância de espaçamento d5 das duas superfícies de contacto respetivas 30A e 31A é ajustada em função da espessura da porção saliente, do tipo de material a ser cortado (sendo a elasticidade do material diferente, dependendo da sua composição) e da temperatura ambiente, sendo o material do polímero deformado em função da temperatura, e também do peso do substrato de cima 10 que pressiona o filme 11. A distância de separação d5 entre as duas superfícies de contacto 30A e 31A é especialmente entre 0,03 mm e 1,3 mm para temperaturas consideradas entre 16°C e 22 °C e espessuras de PVB, especialmente PVB padrão, entre 0,38 e 1,52 mm. A título de exemplo, a distância de separação está entre 0,05 mm para PVB padrão, tendo uma espessura de 0,38 mm, na temperatura ambiente de 2 0 0 C durante a implementação do processo de corte; a mesma é 0,4 mm para PVB padrão de 0,76 mm a 20 0 C.

Para assegurar a fixação e estiramento da porção saliente, é estabelecido um movimento de rotação na direção oposta sobre cada uma das partes 3 0 e 31, sendo a direção da rotação de uma das partes direcionada para a outra parte oposta. Assim sendo, a direção da rotação de cada uma das partes é direcionada respetivamente para cada uma das faces 13A, 13B da porção saliente 13 do filme.

Além disso, de uma forma preferida e de acordo com a invenção, o estiramento é assegurado e otimizado pelo arranjo geométrico das partes rotativas em relação à linha perpendicular a 90° das beiradas dos substratos.

Especialmente, conforme ilustrado na Figura esquemática 9 como uma vista superior do vidro e do dispositivo durante o corte (apenas a parte 30 é visível aqui), cada parte 30, 31 é instalada de uma forma preferida para que o seu eixo de rotação XI, X2, por um lado, forme um ângulo a com um plano P que é perpendicular às beiradas 14, 15 dos substratos e com o plano geral horizontal do vidro, e considerado a jusante da parte, e por outro lado, sendo diferente em relação à direção de deslocamento de acordo com a seta F1 dos meios de corte 4.

Cada parte é inclinada de forma que a sua extremidade posterior 34 seja instalada no lado oposto aos meios de corte 4, sendo a extremidade posterior 34 mais afastada do que a extremidade da frente 35, fazendo com que seja possível eliminar o espaço no lado de chegada dos meios de corte. Além disso, a inclinação favorece um estiramento na direção do lado oposto (seta F2) dos meios de corte, estirando completamente a zona 16 do material para executar imediatamente o corte da mesma.

As partes 30 e 31, devido ao seu eixo de rotação, não são, portanto, exatamente perpendiculares às beiradas dos substratos. 0 ângulo α é maior do que 0o e menor ou igual a 75°, de preferência, no máximo 30°, especialmente da ordem de 10 graus.

Esse ângulo α constitui um "ângulo de ataque" que gera, com a rotação das partes, uma força de estiramento que faz com que seja possível minimizar a superfície de pega necessária para o alongamento do material elástico e que garante o estiramento eficaz do material sem dobras.

Além disso, a forma frusto-cónica das partes gera, para cada uma delas, uma velocidade diferente, por um lado, correspondendo à sua extremidade da frente 32, e respetivamente 33, correspondendo à base grande 34, e por outro lado, à sua extremidade posterior 37, e respetivamente 38, correspondendo à sua base pequena 35.

Essa diferença de velocidade, vantajosamente, leva a um estiramento melhor na zona de corte, A fixação da porção saliente 13 pelas duas partes rotativas 30 e 31, combinada com a velocidade assimétrica entre as duas extremidades da frente e posterior do corpo a de cada uma das partes gera um estiramento e uma fixação localizada numa direção oposta àquela do vidro (para os substratos), com uma força a que o material é submetido para ser distribuída sobre a superfície de contacto inteira 30A e 31A das partes rotativas.

Em combinação com a rotação das partes 30 e 31, é gerado um movimento de translação ao longo da porção saliente 13 por translação dos meios de estiramento, ou por translação do vidro, o que leva ao estiramento do material na direção da separação do vidro que segue em paralelo com o lado do vidro. Como acontece este movimento de estiramento e translação, o corte é executado seguindo também o mesmo movimento de translação. A título de exemplo, a velocidade de rotação das partes é da ordem de 330 rpm, enquanto a velocidade de translação é da ordem de 600 mm/s. A velocidade de translação é ajustada para a velocidade de rotação; especialmente ao reduzir a velocidade de rotação, a velocidade de translação será reduzida.

Finalmente, vantajosamente, as superfícies laterais 36 das partes poderão ser estriadas, sulcadas ou conter espigões para otimizar a fixação das partes rotativas metálicas sobre o material plástico. É agora descrito o processo de corte. 0 vidro 1 é suportado horizontalmente por meios que são conhecidos por si próprios.

Os meios de estiramento 3 são iniciados a montante de um canto do vidro paralelo com o lado a ser cortado e na vizinhança imediata da porção saliente do filme, de alguns milímetros, ou mesmo mais, de forma a que as partes atinjam a sua velocidade nominal. 0 espaço de separação entre as duas partes e localizado no mesmo plano com a camada intermediária de polímero.

As partes 30 e 31 giram, sendo movidas no sentido de translação ou então quando permanecem fixas em relação ao vidro, o vidro é movido na forma de translação. Avançando na direção da porção saliente, as partes unem-se ao último quando as mesmas entram em contacto com qualquer lado de qualquer das faces 13A, 13B da referida porção.

Acontece o estiramento. Devido ao movimento de translação concomitante dos meios de corte 4, estes últimos voltam a entrar em contacto com a zona estirada 16 para a cortar. 0 movimento de translação das partes rotativas e dos meios de corte ê continuado ao longo de todo o lado, para cima, no canto oposto do vidro.

Se o lado do vidro transversal ao último canto cortado também deve ser aparado, todos os sistemas automatizados 3A e 4A são movimentados para serem colocados de frente para o novo lado a ser cortado.

Em relação às velocidades de rotação e translação das partes e às velocidades de translação dos meios de corte, essas velocidades são utilizadas em função do material a ser cortado, da temperatura do material e da sua espessura, e dos locais de corte sobre um lado inteiro.

Especialmente, a velocidade de rotação de cada uma das partes (sendo a velocidade a mesma para cada parte) dos meios de estiramento poderá ser modificada durante o corte ao longo de um lado do substrato entre dois cantos opostos do substrato, por exemplo, de preferência, de acordo com três fases sucessivas que têm uma primeira velocidade VI na partida, uma segunda velocidade intermediária V2, e uma terceira velocidade V3 no final da porção a ser cortada, de tal modo que VI>V2 >V3.

DOCUMENTOS REFERIDOS NA DESCRIÇÃO

Esta lista de documentos referidos pelo autor do presente pedido de patente foi elaborada apenas para informação do leitor. Não é parte integrante do documento de patente europeia. Não obstante o cuidado na sua elaboração, ο IEP não assume qualquer responsabilidade por eventuais erros ou omissões.

Documentos de patente referidos na descrição • EP 2087971 A [0007]

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Dispositivo para o corte de um material flexível do tipo plástico, laminado entre dois substratos e que se projeta além das beiradas dos substratos, que compreende meios de corte (4) , caracterizado por compreender adicionalmente meios de estiramento (3) adequados para estirar a porção saliente do material flexível e colocado a montante dos meios de corte.
2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os meios de estiramento (3) compreenderem pelo menos duas partes rotativas (30, 31) que giram em torno dos seus eixos de rotação respetivos (XI, X2) e que são adequados para a fixação da porção saliente (13) de material ao longo de duas faces opostas (13A, 13B) da referida porção e para a articulação sobre essas faces durante o movimento de rotação dos mesmos.
3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por cada parte (30, 31) ser colocada de forma que o seu eixo de rotação (XI, X2) forme, por um lado, um ângulo de inclinação o; com um plano que é perpendicular às beiradas dos substratos e a jusante da parte, sendo o referido ângulo maior que 0o e menor ou igual a 75°, de preferência, no máximo 30°, especialmente na ordem de 10° e, por outro lado, seja diferente em relação à direção de chegada dos meios de corte.
4. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 e 3, caracterizado por cada parte rotativa (30, 31) ter um corpo cónico ou frusto-cónico, cuj a superfície lateral (36) que forma os lados do cone ou do corpo cónico se destina a formar uma área de contacto parcial (30A, 31A) com uma das faces da porção saliente, sendo as áreas de contacto (30A, 31A) paralelas e separadas.
5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizado por as partes rotativas (30, 31) , especialmente as áreas de contacto (3QA, 31A) , serem separadas uma da outra, especialmente por uma distância (d5) que é ajustada em função da espessura da porção saliente, do tipo de material a ser cortado, da temperatura ambiente e do peso do substrato superior que pressiona o material laminado, de preferência, sendo a distância (d5) de 0,05 e 2 mm.
6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 5, caracterizado por as partes rotativas (30, 31) girarem em direções opostas, e na direção da porção saliente.
7. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 6, caracterizado por os eixos de rotação (XI, X2) das partes rotativas (30, 31) serem inclinados em relação ao plano horizontal ou ao plano geral dos substratos, por um ângulo, de preferência, de 45°.
8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por os meios de corte (4) se destinarem a serem colocados a uma distância das beiradas dos substratos, de acordo com um valor (dl) numa direção transversal às referidas beiradas dos substratos, na ordem de 2,5 mm, especialmente, 1,5 mm.
9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a extremidade dos meios de estiramento (3) que se destinam a estar o mais próximo possível dos substratos ser separada das beiradas dos referidos substratos ao longo de uma direção transversal aos últimos, por uma distância (d2) entre 1,5 e 5 mm, de preferência, da ordem de 3,5 mm.
10. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por os meios de estiramento (3) serem compensados em relação aos meios de corte (4) , numa direção transversal ao corte, por uma distância (d3) na ordem de 1 mm.
11. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por os meios de estiramento (3) serem separados dos meios de corte (4) na direção do corte, por um valor (d4) entre 5 e 15 mm, de preferência, na ordem de 10 mm.
12. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a superfície dos meios de estiramento (3) que se destina a estar em contacto com a porção saliente ser estriada ou sulcada ou ser composta por rugosidades ou formas salientes.
13. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o movimento dos meios de corte (4) ser controlado por aquele dos meios de estiramento (3).
14. Processo automatizado para o corte de um material flexível do tipo plástico, laminado entre dois substratos e que se proj eta além das beiradas dos substratos, caracterizado por compreender, antes do corte, uma etapa de estiramento localizado do material.
15. Processo, de acordo com a reivindicação precedente, ou que utiliza um dispositivo, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado por utilizar meios de estiramento que compreendem pelo menos duas partes rotativas colocadas em contacto e em ambos os lados da porção saliente, e por ser aplicado um movimento de rotação na direção oposta àquela das partes, para fixar localmente a porção saliente e estirar o mesmo substancial e transversalmente às beiradas dos substratos, sendo imposto em combinação um movimento de translação sobre o vidro ou sobre os meios de estiramento.
16. Processo, de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por a velocidade de corte ser controlada em função da velocidade de rotação das partes dos meios de estiramento.
17. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 ou 16, caracterizado por a velocidade de rotação das partes dos meios de estiramento ser modificada durante o corte ao longo de um lado do substrato entre dois cantos opostos do substrato, de preferência, de acordo com três fases sucessivas que têm uma primeira velocidade VI na partida, uma segunda velocidade intermediária V2, e uma terceira velocidade V3 no final da porção a ser cortada, e de preferência, de tal forma que V1>V2>V3.