PT2820001T - Sais de sódio e de cálcio de um derivado de dihidroquinazolina e a sua utilização como agentes antivirais - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO
"SAIS DE SÓDIO E DE CÁLCIO DE UM DERIVADO DE DIHIDROQUINAZOLINA E A SUA UTILIZAÇÃO COMO AGENTES ANTIVIRAIS" A invenção presente diz respeito a sais de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)feni]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético e aos seus solvatos. A invenção diz adicionalmente respeito a métodos para sua produção, à sua utilização em métodos de tratamento e/ou de prevenção de doenças, em especial de infecções virais, bem como à sua utilização para a produção de fármacos para utilização no tratamento e/ou na prevenção de infecções virais, em especial para utilização no tratamento e/ou na prevenção de infecções por citomegalovírus ou de infecções com outro representante do grupo dos Herpes viridae. 0 ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético é conhecido, por exemplo, do WO 2004/096.778, e foi desenvolvido pela Requerente a título de candidato prometedor como substância activa contra vírus, em especial para combater infecções provocadas pelo citomegalovírus humano (HCMV). No processo de desenvolvimento provou-se, contudo, ser extremamente complicado obter o composto sob uma forma cristalina, quer como um zwiterião, quer sob a forma de um sal, e até à data o seu desenvolvimento tem sido levado a cabo utilizando o zwiterião sob forma amorfa. No entanto, a utilização de substâncias amorfas para produzir fármacos é indesejável porque, por um lado, é muitas vezes dificil garantir uma pureza uniforme nas substâncias amorfas, e por outro lado, é também dificil garantir parâmetros farmacológicos uniformes nas substâncias amorfas, tais com uma biodisponibilidade uniforme. É portanto um objecto da invenção descrever sais de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3, 4-dihidroquinazolina-4-il}acético dos quais se consigam obter produtos cristalinos. Para ser razoavelmente possivel utilizar os sais no desenvolvimento de fármacos, eles também têm que permanecer estáveis em armazenagem durante um longo período de tempo. Por último, os compostos cristalinos também têm que ser facilmente solúveis num meio aquoso e em especial a um pH fisiológico.
Além disto, os sais consoante a invenção possuem um grau de pureza elevado.
No contexto da invenção presente o termo "produto cristalino" denota sais sódicos de ácido S(+)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético e sais cálcicos de ácido S(+)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que, aquando da análise por difracção de raios-X, possuem o perfil de picos caracteristico como o ilustrado nas Fiquras relevantes 1-3, ou um perfil de picos semelhante.
No contexto da invenção, o termo "estável durante a armazenagem" siqnifica, no caso dos sais consoante a invenção, que a 25°C eles uma proporção mínima >90 %, preferivelmente >95 %, e de preferência 99 % de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[ 2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético durante um período de armazenagem de pelo menos duas, preferivelmente pelo menos três, ainda mais preferivelmente pelo menos seis semanas, e de preferência 12 meses, quando se quantificam os sais referidos utilizando um dos métodos de HPLC 1-3. A referida estabilidade dos sais durante a armazenagem e considerada como adequada no âmbito da invenção.
Surpreendentemente, verificou-se agora que o ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]— 3 —[2 — metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético forma sais cristalinos bem definidos com os catiões sódio e cálcio. Foi adicionalmente verificado que estes sais são facilmente solúveis e também que exibem uma boa estabilidade na armazenagem em meio aquoso, em especial a um pH fisiológico.
Além disto, os sais cristalinos de sódio e de cálcio do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-1-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que se obtêm consoante a invenção exibem um elevado grau de pureza.
Os termos "pureza elevada, pureza e puro", quando utilizados em relação aos sais sódicos do ácido S (+)—{8 — fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético e aos sais cálcidos do ácido S( + )-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético consoante a invenção, denotam a sua presença como substâncias, numa mistura de substâncias com <0,1 %, preferivelmente <0,08 %, mais preferivelmente 0,05 %, e de preferência <0,01 % de proporção total das suas impurezas conhecidas, ácido di-p-toluoí1-D-tartárico, e/ou S-quinazolil-piperazina, e/ou éster etílico de quinazolina, e/ou quinazolil-dipiperazina, e/ou das suas impurezas não específicas, quando são quantificados por HPLC consoante a concretização exemplificativa F). 0 assunto material da invenção são portanto sais cristalinos de sódio e sais cristalinos de cálcio do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético, bem como os seus solvatos.
Adentro do âmbito da invenção, os sais de sódio e de cálcio do ácido {8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético são compostos de adição de uma reacção de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético com bases fortes de sódio ou de cálcio, em especial com hidróxido de sódio ou com hidróxido de cálcio. 0 ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético e os contra-iões sódio ou cálcio podem estar presentes a uma razão qualquer. Prefere-se uma razão entre números inteiros (por exemplo 1:1, 1:2, 1:3, 3:1, 2:1). Os sais podem ser produzidos por uma reacção directa do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético com bases de sódio ou de cálcio, ou produzindo outro sal de base de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il] -3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3, 4-dihidroquinazolina-4-il}acético e em seguida substituindo o contra-ião.
Adentro do âmbito da invenção o termo solvatos refere-se às formas dos sais de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que formam um complexo por coordenação com moléculas de solvente. Os hidratos são uma forma especial de solvatos, nos quais a coordenação ocorre com água.
Adentro do âmbito da invenção presente dá-se preferência ao sal monocálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético, em especial o 2,5-hidrato e o 3,5-hidrato do sal monocálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il]acético. Além disto, adentro do âmbito da invenção, dá-se preferência ao sal monossódico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il]acético e em especial ao 3-hidrato do sal monossódico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il]acético.
Além disto, adentro do âmbito da invenção, dá-se preferência a um 2,5-hidrato do sal monocálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi- 5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que exibe picos caracteristicos a cerca de 6,1, 9,2 e 15,5 graus de 2teta no dif ractograma de pós por difracção de raios-X (XRD).
Além disto, adentro do âmbito da invenção, dá-se preferência a um 3,5-hidrato do sal monocálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que exibe picos caracteristicos a cerca de 6,2, 12,4 e 22,4 graus de 2teta no dif ractograma de pós por difracção de raios-X (XRD).
Também se prefere no âmbito da invenção o sal monossódico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que exibe picos caracteristicos a cerca 6,2, 20,9 e 22,4 graus de 2teta no difractograma de pós por difracção de raios-X (XRD).
Tal como será rapidamente aparente ao indivíduo com conhecimentos da técnica, o ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético possui um centro estereoquímico no carbono da posição 4do anel de dihidroquinazolina. Adentro do âmbito da invenção presente, é especialmente preferível que este carbono apresente uma configuração S.
Os sais consoante a invenção são em geral produzidos fazendo reagir ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético ou um seu com ácido com uma base de sódio ou de cálcio, em especial hidróxido de sódio ou hidróxido de cálcio, num solvente.
Além disto é possível fazer-se reagir um sal de base do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il] -3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il} acético, que não seja um sal de sódio nem de cálcio, com uma fonte de catiões sódio ou cálcio, num solvente.
Para as reacções mencionadas acima, utiliza-se como solvente em especial uma mistura de pelo menos um éter de di-alquilo (Ci-C4) com pelo menos um álcool alquílico (Ci-C4) .
Deste modo, o assunto da invenção é também o de um método para produzir um sal de sódio ou de cálcio do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]— 3 — [ 2 — metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético, utilizando os passos seguintes: a. ) Dissolver-se o ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético ou um seu solvato numa mistura de pelo menos um éter de di-alquilo (C1-C4) com pelo menos um álcool alquílico (C1-C4) , se necessário aquecendo. b. ) Adicionar NaOH ou Ca(OH)2 à solução obtida no passo a.), c. ) Remover uma parte do solvente da solução obtida no passo b.) e inocular, caso seja necessário, com cristais semente adequados para que se inicie a cristalização do sal ou de um solvato do sal, d. ) Separar o sal que cristalizou ou seu solvato que se obteve no passo c.), e. ) Caso seja necessário, aqitar o sal ou o solvato obtido no passo d.) num solvente adequado, preferivelmente numa mistura de áqua com pelo menos um álcool alquílico (C1-C4) para se obter um solvato pretendido, e f. ) Se secar o sal ou o solvato que se obteve no passo d.) ou no e.).
Os sais consoante a invenção que se obtêm desta maneira podem, quando for necessário, ser mais processados, por exemplo recristalizados ou micronizados, para adaptar melhor as suas propriedades físicas ao propósito que se pretenda. 0 ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-1-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3, 4-dihidroquinazolina-4-il}acético, que se utiliza para produzir os sais consoante a invenção, é conhecido e pode ser produzido, por exemplo, pelos métodos descritos no WO 2006/133.822. A produção ocorre em especial pela saponificação do éster de um composto com a fórmula (II)
com uma base.
Pode produzir-se um composto que tenha a fórmula (II) fazendo reagir um composto que tenha a fórmula (III)
com um composto que tenha a fórmula (IV), na presença de uma base
Pode produzir-se o composto com a fórmula (III) fazendo reagir um composto com a fórmula (V)
com oxicloreto de fósforo, tricloreto de fósforo ou pentacloreto de fósforo na presença de uma base.
Pode produzir-se o com posto com a fórmula (V) fazendo reagir um composto com a fórmula (VI)
no primeiro passo com éster metilico do ácido acrílico na presença de um catalisador de paládio e de solução de anidrido sulfúrico em ácido sulfúrico fumante (oleum), e no segundo passo com uma base.
Os compostos com as fórmulas (IV) e (VI) são em princípio conhecidos de um indivíduo com conhecimentos desta técnica ou podem ser produzidos por métodos habituais conhecidos da literatura. A saponificação do éster de um composto com a fórmula (II) para se formar ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroguinazolina-4-il}acético é conseguida fazendo reagir um composto com a fórmula (II) com uma base num solvente inerte, a uma gama de temperaturas de entre 18°C até à temperatura de refluxo do solvente, preferivelmente a entre 18 e 50°C, mais preferivelmente a entre 20 e 30°C, a uma pressão normal, adentro de um período de, por exemplo, 0,5 a 10 horas, preferivelmente a entre 1 e 5 horas.
Bases são, por exemplo, hidróxidos de metais alcalinos, tais como de sódio, lítio ou de potássio, ou carbonatos de alcalinos, tais como carbonato de césio, de sódio ou de potássio, ou alcoolatos tais como metanolato de sódio ou de potássio, ou etanolato de sódio ou de potássio, em que a base pode estar presente numa solução aquosa.
Os solventes inertes são, por exemplo, éteres, tais como 1,2-dimetoxietano, éter metil-terc-butílico (MTBE), dioxano, tetrahidrofurano, éter glicoldimetílico ou éter de dietilenoglicolglicoldimetílico, álcoois tais como metanol, etanol, n-propanol, iso-propanol, n-butanol ou terc-butanol, ou água, ou misturas de solventes. São preferidos uma solução aquosa de hidróxido de sódio e MTBE. A síntese de um composto com a fórmula (II) a partir de um composto com a fórmula (III) e de um composto com a fórmula (IV) , na presença de uma base, ocorre num solvente inerte, a uma gama de temperaturas de 40 °C à temperatura de refluxo do solvente, preferivelmente ao refluxo do solvente, a uma pressão normal, durante entre por exemplo 2 e 48 horas, preferivelmente entre 4 e 12 horas. São bases, por exemplo, bases amina tais como 1,8-diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno (DBU), 1—(3 — metoxifenil)piperazina ou trietilamina, ou outras bases tais como terc-butilato de potássio. São solventes inertes, por exemplo, clorobenzeno ou éteres tais como 1,2-dimetoxietano, dioxano, éter dimetilico do glicol ou éter dimetilico do dietilenoglicol.
Prefere-se DBU em dioxano. A transformação de um composto com a fórmula (V) num composto com a fórmula (III) ocorre fazendo reagir um composto com a fórmula (V) com oxicloreto de fósforo, tricloreto de fósforo ou pentacloreto de fósforo, preferindo-se o oxicloreto de fósforo, na presença de uma base num solvente inerte, a uma temperatura na gama de entre 40°C até à do refluxo do solvente, preferivelmente à do refluxo do solvente, a uma pressão normal, ao longo de por exemplo 1 a 48 horas, preferivelmente ao longo de 2 a 12 horas.
As bases são, por exemplo, aminas tais como 1, 8-diazabicyclo[5.4.0]undec-7-eno (DBU), piridina ou trietilamina, ou outras bases tais como terc-butilato de potássio.
Os solventes inertes são por exemplo hidrocarbonetos tais como benzeno, xileno, tolueno ou clorobenzeno.
Prefere-se DBU em clorobenzeno. A transformação de um composto com a fórmula (VI) num composto com a fórmula (V) ocorre, no primeiro passo, fazendo-se reagir um composto com a fórmula (VI) com éter metílico do ácido acrílico na presença de um catalisador de paládio e de oleum num solvente, a uma temperatura de entre 0°C e 40°C, preferivelmente à temperatura ambiente, e no segundo passo fazendo reagir com uma base num solvente inerte, a uma temperatura de entre 40°C até à temperatura de refluxo do solvente, preferivelmente ao refluxo do solvente, a uma pressão normal, ao longo de por exemplo 1 a 48 horas, preferivelmente ao longo de 2 a 12 horas. os catalisadores de paládio no primeiro passo são, por exemplo, acetato de paládio(II), cloreto de bis (trifenilfosfina)paládio(II), tetraquis(trifenilfosfina)paládio(0) , cloreto de bis (tris(o-toluíl)fosfina)paládio(II), ou um catalisador de paládio produzido a partir de bis (acetonitrilo)dicloropaládio ou de acetato de paládio(II) com um ligando, por exemplo tris(o- toluíl)fosfina, trifenilfosfina ou difenilfosfino- ferroceno.
Os solventes no primeiro passo são, por exemplo, ácidos orgânicos tais como ácido acético ou ácido propiónico.
Prefere-se acetato de paládio (II) em ácido acético.
As bases no segundo passo são, por exemplo, DBU, trietilamina ou di-isopropiletilamina.
Os solventes inertes no segundo passo são, por exemplo, éteres tais como 1,2-dimetoxietano, dioxano, éter dimetilico do glicol ou éter dimetilico do dietilenoglicol, hidrocarbonetos tais como benzeno, xileno ou tolueno, ou outros solventes tais como isobutironitrilo, acetonitrilo, acetona, nitrobenzeno, dimetilformamida, dimetilacetamida, sulfóxido de dimetilo ou N-metilpirrolidona.
Prefere-se DBU em acetona. A produção do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético utilizado para produzir os sais consoante a invenção é descrita em mais pormenor, a título de exemplo, no Diagrama de Síntese 1. Este diagrama de síntese não é mais do que um exemplo e não deverá ser de modo nenhum considerado restritivo.
Diagrama de Síntese 1
Tal como já se mencionou mais acima, utiliza-se o ácido {8-fluoro-2-[4 - (3-metoxifenil)piperazina-l-il]—3—[2 — metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-i1}acético preferivelmente sob a forma do seu enantiómero S. Este enantiómero S pode ser produzido como se ilustra, por exemplo, no seguinte Diagrama de Síntese 2.
Diagrama de Síntese 2
Os sais consoante a invenção exibem um efeito antiviral contra representantes do grupo Herpes viridae (virus herpes), sobretudo contra os citomegalovirus (CMV), e em especial contra o citomegalovirus humano (HCMV). Eles são portanto adequados para utilização nos métodos para tratar e evitar doenças, em particular infecções com virus, em especial os virus referidos neste documento e as doenças infecciosas provocadas por eles. 0 termo "infecção virai" é entendido neste documento como significando não só uma infecção com um vírus mas também uma doença provocada por uma infecção com um vírus.
Devido às suas propriedades e características, os sais consoante a invenção podem ser utilizados para produzir fármacos que são adequados para utilização nos métodos de evitar e/ou tratar doenças, em especial infecções com vírus.
As seguintes áreas de indicação podem ser mencionadas, a título de exemplo:
1) Tratamento e prevenção de infecções por HCMV em doentes com sida (retinite, pneumonite, infecções gastrointestinais). 2) Tratamento e prevenção de infecções por citomegalovirus na medula óssea e nos doentes de transplante de órgãos que amiúde sofrem de pneumonite ou encefalite de HCMV, com perigo de vida, bem como infecções gastrointestinais e sistémicas com HCMV. 3) Tratamento e prevenção de infecções com HCMV em recém-nascidos e crianças. 4) Tratamento de infecções agudas por HCMV em mulheres grávidas. 5) Tratamento de infecções por HCMV em doentes com supressão imunológica sofrendo de cancro e estando em terapia do cancro. 6) Tratamento de doentes com cancro positivos pra HCMV com o objectivo de diminuir a progressão tumoral mediada por HCMV (cf. J. Cinatl, et al.f FEMS Microbiology Reviews 2004, 28, 59-77).
Os sais consoante a invenção são preferivelmente utilizados para produzir fármacos que são adequados para utilização em métodos de evitar e/ou tratar infecções por um representante do grupo dos Herpes viridae, em especial um citomegalovírus, mais especificamente o citomegalovirus humano.
Devido às suas propriedades e caracteristicas farmacológicas, os sais consoante a invenção pode ser utilizados por eles próprios e, quando necessário, também em combinação com outras substâncias activas, em particular substâncias antivirais tais como por exemplo valganciclovir, ganciclovir, valaciclovir, aciclovir, foscarnet, cidofovir e derivados relacionados para utilização em métodos de tratar e/ou evitar infecções por virus, em especial infecções com HCMV. São objectos adicionais da invenção presente os sais consoante a invenção, num método para tratar e/ou para evitar doenças, preferivelmente infecções virais, em especial infecções com o citomegalovirus humano (HCMV) ou outro representante do grupo dos Herpes viridae. A utilização dos sais consoante a invenção para tratar e/ou evitar doenças, em especial as doenças anteriormente mencionadas, está descrita. É também um assunto da invenção presente a utilização de sais consoante a invenção para produzir um fármaco para ser utilizado nos métodos de tratar e/ou evitar doenças, em especial as doenças mencionadas acima.
Descreve-se um método para tratar e/ou evitar doenças, em especial as doenças mencionadas acima, utilizando uma quantidade eficaz como antiviral dos sais consoante a invenção.
Os sais consoante a invenção podem ser eficazes sistemicamente e/ou localmente. Para este objectivo eles podem ser aplicados de uma maneira adequada, por exemplo pela via oral, parenteral, pulmonar, nasal, sublingual, lingual, bucal, rectal, dérmica, transdérmica, conjuntival, ou óptica, ou como um implante ou stent.
Os sais consoante a invenção podem ser administrados sob formas adequadas para estas vias de administração. São adequados para administração oral os meios que funcionem consoante o estado da técnica e que libertem os sais consoante a invenção rapidamente e/ou sob uma forma modificada; os meios de administração referidos contêm os compostos consoante a invenção em forma cristalina e/ou tornada amorfa e/ou dissolvida, por exemplo comprimidos (comprimidos não revestidos ou revestidos, por exemplo revestidos com películas resistentes aos fluidos gástricos ou com revestimentos que se dissolvam lentamente ou sejam insolúveis, que controlem a libertação do composto consoante a invenção), comprimidos ou formas semelhantes a hóstias revestidas com películas e que se dissolvam rapidamente na boca, formas revestidas por películas /liofilizadas, cápsulas (por exemplo cápsulas em gelatina dura ou mole), comprimidos revestidos com açúcar, granulados, pastilhas, pó, emulsões, suspensões, aerossóis ou soluções.
Pode levar-se a cabo uma administração parentérica evitando um passo de ressorção (por exemplo administração endovenosa, intra-arterial, intracardiaca, intraespinal, ou intralombar) ou utilizando uma ressorção (por exemplo administração intramuscular, subcutânea, intracutânea, percutânea ou intraperitoneal). Incluem-se nos meio adequados para uma administração parentérica as preparações injectáveis e de infusão sob a forma de soluções, suspensões, emulsões, liofilizados ou pós estéreis.
Os meios que se seguem são adequados para outras vias de administração, por exemplo fármacos inaláveis (por exemplo inaladores de pós, nebulizadores), gotas nasais, soluções nasais, aspersões nasais; comprimidos, medicamentos semelhantes a hóstias recobertas por película, ou cápsulas para administração lingual, sublingual ou bucal, supositórios, preparações oculares ou auriculares, cápsulas vaginais, suspensões aquosas (loções, misturas para agitação), suspensões lipofílicas, unguentos, cremes, sistemas terapêuticos transdérmicos, leites, pastas, espumas, pós para polvilhar, implantes ou stents) .
Os sais consoante a invenção podem ser transformados nas formas de administração mencionadas acima. Isto pode ser levado a cabo de um modo conhecido misturando-os com excipientes inertes, não tóxicos, adequados do ponto de vista farmacêutico. Incluem-se nestes últimos substâncias transportantes (por exemplo celulose microcristalina, lactose, manitol), solventes (por exemplo polietilenoglicóis líquidos), emulsionantes e dispersantes ou agentes molhantes (por exemplo dodecilsulfato de sódio, oleato de polioxi-sorbitan), agentes aglomerantes (por exemplo polivinilpirrolidona), polímeros naturais e sintéticos (por exemplo albumina) , estabilizantes (por exemplo antioxidantes tais como ácido ascórbico), corantes (por exemplo pigmentos inorgânicos tais como os óxidos de ferro) e correctores do sabor e/ou do odor. São material adicional da invenção presente os fármacos que contenham pelo menos um sal consoante a invenção, em geral em conjunto com um ou mais excipientes inertes, não tóxicos, aceitáveis do ponto de vista farmacêutico, bem como a sua utilização para os propósitos acima mencionados.
Em geral, para se atingirem resultados eficazes, na administração endovenosa, verificou-se ser vantajoso administrar quantidades, em termos de substâncias puras, de entre cerca de 0,001 e 10 mg/kg, preferivelmente entre cerca de 0,01 e 5 mg/kg massa corporal. No caso de administração oral, a dosagem é habitualmente de entre cerca de 0,01 e 25 mg/kg, preferivelmente entre cerca de 0,1 e 10 mg/kg de massa corporal.
No entanto pode ser algumas vezes necessário um desvio em relação às guantidades referidas, nomeadamente dependendo da massa corporal, da via de administração, da reacção individual à substância activa, da natureza da preparação e da altura ou do intervalo a gue ocorrer a administração. Portanto, em alguns casos pode ser suficiente utilizar-se menos do gue a guantidade minima mencionada acima, enguanto noutros casos terá que se exceder o limite que se afirmou ser o máximo. Quando se administram grandes quantidades pode ser recomendável distribui-las por diversas doses individuais ao longo do decurso de cada dia.
Entende-se que as caracteristicas acima referidas que se explicarão adiante podem ser utilizadas não apenas nas combinações referidas, mas também noutras combinações ou então por si sós, sem qualquer afastamento em relação ao âmbito da invenção presente.
Descrever-se-á agora a invenção em mais pormenor com base em exemplos, bem como fazendo-se referência aos desenhos que se encontram apensos, os quais mostram:
Fig. 1 um difractograma de difracção de raios X de pós (XRD) de um 3-hidrato do sal sódico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil) piperazina-1 — i1]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil] -3, 4-dihidroquinazolina-4-il}acético que se produziu consoante o Exemplo 2; e
Fig. 2 um difractograma de difracção de raios X de pós (XRD) de um 2,5-dihidrato do sal cálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que se produziu consoante o
Exemplo 3; e
Fig. 3 um dif ractograma de difracção de raios X de pós (XRD) de um 3,5-dihidrato do sal cálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético que se produziu consoante o
Exemplo 4.
Fig. 4 um cromatograma por HPLC para o sal sódico de ácido S( + )-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético.
Fig. 5 análise de um cromatograma obtido por HPLC consoante a Fig. 4, sob uma forma tabular. A não ser aonde se afirmar expressamente algo em contrário, as percentagens que figuram nos testes e exemplos seguintes são percentagens ponderais, as partes são proporções ponderais. As razões entre solventes, as taxas de diluição e as concentrações de soluções liquidas dizem em cada caso respeito ao volume.
Lista de abreviaturas: ACN Acetonitrilo API ingrediente farmacêutico activo API-ES-pos. Ionização sob pressão atmosférica, electroaspersão, iões positivos (na MS) APl-ES-neg. Ionização sob pressão atmosférica, electroaspersão, iões negativos (na MS) aprox. aproximadamente
Cl, NH3 ionização química (com amoníaco) DBU 1,8-Diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno DMAP 4-(Dimetilamino)piridina DMSO Sulfóxido de dimetilo ESTD padronização externa h hora(s) HPLC cromatografia líquida a alta pressão cone. concentrado min. minutos MS Espectrometria de massa MTBE éter metil-terc-butilico RMN espectroscopia de ressonância magnética nuclear
Rt periodo de tempo de retenção (na HPLC) VTS estufa de secagem em vazio Métodos gerais de HPLC: Método 1 (HPLC) : Instrumento: HP 1050 com detecção a comprimento de onda variável; coluna: Phenomenex Prodigy ODS (3) 100A, 150 mm x 3 mm, 3 pm; Eluente A: (1,0 g de KH2P04 + 1,0 mL de H3PO4) / L de água, Eluente B: acetonitrilo; gradiente: 0 min. 10 % de B, 25 min. 80 % de B, 35 min. 80 % de B; caudal: 0,5 mL/min.; temperatura: 45°C; detecção no UV: 210 nm. Método 2 (HPLC) : Instrumento: HP 1050 com detecção a comprimento de onda variável; coluna: Chiral AD-H, 250 mm x 4,6 mm, 5 pm; Eluente A: n-heptano + 0,2 % de dietilamina, Eluente B: isopropanol + 0,2 % dietilamina; gradiente: 0 min. 12,5 % de B, 30 min. 12,5 % de B; caudal: 1 mL/min.; temperatura: 25°C; detecção no UV: 250 nm. Método 3 (HPLC): Instrumento: HP 1050 com detecção a comprimento de onda variável; coluna: Chiral AD-H, 250 mm x 4,6 mm, 5 pm; Eluente A: n-heptano + 0,2 % de dietilamina, Eluente B: isopropanol + 0,2 % de dietilamina; gradiente: 0 min. 25 % de B, 15 min. 25 % de B; caudal: 1 mL/min.; temperatura: 30°C; detecção no UV: 250 nm.
Exemplos A) Produção de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazin-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazoline-4-il}acético
Exemplo ΙΑ N-(2-Fluorofenil)-N'-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]ureia
Funde-se o isocianato de 2-metoxi-5-trifluorometilfenilo (78 kg) a aprox. 35°C e dissolve-se em acetonitrilo (ao todo aprox. 270 L) , e depois adiciona-se 2-fluoroanilina (39,9 kg) e lava-se com acetonitrilo (aprox. 25 L) . A solução transparente resultante é agitada durante 4 h ao refluxo e arrefecida a aprox. 75°C. Atingida esta temperatura inocula-se esta solução com cristais semente do produto final pretendido (200 g) , agita-se durante mais 15 min., e depois arrefece-se até 0°C ao longo de 3 h. Isola-se o produto cristalino resultante por centrifugação, lava-se com acetonitrilo frio (duas vezes utilizando aprox. 13 L), e seca-se a 45°C numa VTS enquanto se purga com azoto (aprox. 3,5 h) . Obtém-se deste modo um total de 101,5 kg de N-(2-fluorofenil)-N'-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]ureia como um sólido, correspondendo a 85,9 % do teórico. RMN de ^ (300 MHz, d6-DMSO) : δ = 8,93 (s, 1H) , 8,84 (s, 1H) , 8,52 (d, 3J = 2,3, 2H) , 7,55 (d, 2J = 7,7, 1H) , 7,38-7,26 (m, 3H) , 7,22 (d, 2J = 8,5, 1H) , 4,00 (s, 3H) ppm; MS (API—ES-pos.): m/z = 409 [(M+H)+, 100 %] HPLC (Método 1): RT = 22,4 e 30,6 min.
Exemplo 2A (2 Z)-3-[3-Fluoro-2-({ [2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]carbamoil}amino)-fenil]acrilato de metilo
Dissolve-se a N-(2-fluorofenil)-Ν'-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]ureia (51 kg) em ácido acético (aprox. 430 L) num reactor sob uma atmosfera de azoto. Adiciona-se acrilato de metilo (20,1 kg) à solução resultante e agita-se a suspensão resultante até vir a ser utilizada. Coloca-se ácido acético (950 L) num segundo reactor, adiciona-se-lhe cuidadosamente ácido sulfúrico fumante (57 kg) e dissolve-se nesta mistura acetato de paládio (II) (7 kg) . Adiciona-se a suspensão que se formara no primeiro reactor à mistura contida no segundo reactor ao longo de aprox. 2 h; mantém-se a mistura reaccional sob uma mistura de 96 % de azoto com 4 % de oxigénio e agita-se a mistura resultante durante aprox. 18 h à temperatura ambiente. Parto do ácido acético (aprox. 900 L) é então separada por destilação; adiciona-se água (aprox. 500 L) à mistura remanescente ao longo de aprox. lhe agita-se a suspensão resultante durante mais 1 h. Separa-se a matéria em partículas resultante por filtração, lava-se uma vez com uma mistura de ácido acético com água (a 1:1) e por duas vezes com água, secando-se por último a aprox. 30 mbar e 50°C. Obtém-se no total 44,8 kg de (2Z)-3-[3-fluoro-2-({[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]carbamoíl}amino)fenil]acrilato de metilo sob a forma de um sólido, correspondendo a 65,0 % do valor teórico. RMN de 2Η (300 MHz, d6-DMSO) : δ = 9,16 (s, 1H) , 8,84 (s, 1H), 8,45 (d, 1,7 Hz, 1H), 7,73 (m, 2H), 7,33 (m, 3H) , 7,22 (d, 8,6 Hz, 1H) , 6,70 (d, 16 Hz, 1H) , 3,99 (s, 3H), 3,71 (s, 3H) ppm; MS (API—ES-pos. ) : m/z = 429, 9 [(M+NH4)+]; 412,9 [ (M+H) +] HPLC : RT = 46,4 min.
Instrumento: HP 1100 com detecção a comprimento de onda variável; coluna: Phenomenex Prodigy ODS (3) 100A, 150 mm x 3 mm, 3 pm; Eluente A: (1,36 g de KH2P04 + 0,7 mL de H3P04)/L de água, Eluente B: acetonitrilo; gradiente: 0 min. 20 % de B, 40 min. 45 % de B, 50 min. 80 % de B, 65 min. 80 % de B; caudal: 0,5 mL/min; temperatura: 55°C; detecção no UV: 210 nm.
Exemplo 3A {8-Fluoro-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-2-oxo-l,2,3,4-tetrahidroquinazolina-4-il}metilacetato de metilo
Suspende-se o composto do Exemplo 2A (75 kg) em acetona (1600 L) , e adiciona-se DBU (5,7 kg) . Aquece-se a suspensão resultante ao refluxo e agita-se durante 4 h ao refluxo. Arrefece-se a solução resultante a uma temperatura de 55°C na sua manta de aquecimento, e filtra-se através de terra de diatomáceas. Parte do solvente (aprox. 1125 L) é removida por destilação e arrefece-se o resíduo remanescente ao longo de 2 h a 0°C. Separa-se o sólido resultante por centrifugação, lava-se por duas vezes com acetona fria (aprox. 15 L) , e seca-se de um dia para o outro a 45°C sob pressão reduzida enquanto se purga com azoto até massa constante. Obtém-se no total 58,3 kg de {8-fluoro-3- [2-metoxi-5- (trifluorometil) fenil] -2-oxo-l, 2,3,4-tetrahidroquinazolina-4-iljmetilacetato de metilo como um sólido, correspondendo a 84,1 % do valor teórico. HPLC (Método 1): RT = 19,4 min.
Exemplo 4A Ácido (2S, 3S)-2,3-bis[(4- metilbenzoíl)oxi]succinico {(4S)-8-Fluoro-2-[4- (3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il }metilacetato de metilo (sal a 1:1) cloração/aminação/cristalização
Aquece-se ao refluxo uma solução de {(4S)-8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}metilacetato de metilo (Exemplo 3A, 129,2 kg) em clorobenzeno (800 L) e seca-se azeotropicamente. Adiciona-se oxicloreto de fósforo (144 kg), e agita-se a mistura reaccional durante 3 h ao refluxo. Em seguida, adicionam-se DBU (95 kg) e clorobenzeno (45 L) e agita-se ao refluxo durante mais 9 h. Arrefece-se a mistura reaccional até à temperatura ambiente, hidrolisa-se por adição de água, dilui-se com clorobenzeno (80 L) , e neutraliza-se com uma solução aquosa de amoníaco (a 25 %). Separam-se as fases, lava-se a fase orgânica com água e retira-se o solvente por destilação. Dissolve-se o resíduo remanescente em dioxano (170 L). Adicionam-se 3-metoxifenilpiperazina (66 kg), DBU (52 kg) , e mais 90 L de dioxano e aquece-se a mistura reaccional ao refluxo durante 4 h. Arrefece-se a mistura reaccional até à temperatura ambiente, adiciona-se-lhe acetato de etilo (1.300 L) , lava-se a mistura uma vez com água, 3 vezes com HC1 0,2 N, e uma vez com uma solução aquosa de NaCl, e separa-se o solvente por destilação. Dissolve-se o resíduo resultante em acetato de etilo (800 L) e adiciona-se a uma solução de ácido (2S,3S)-2,3-bis[(4-metilbenzoil) oxi] succinico (121 kg) em acetato de etilo (600 L) . Agita-se a mistura resultante durante aprox. 60 min. à temperatura ambiente e depois inocula-se com cristais semente de sal a 1:1 de ácido (2S,3S)-2,3-bis[(4-metilbenzoí1)oxi]succinico { (4S)-8-Fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}metilacetato de metilo e agita-se durante 3 dias à temperatura ambiente. Arrefece-se então a 0 - 5°C e agita-se durante mais 3 h. Filtra-se a suspensão e volta a lavar-se o sólido resultante por porções, com acetato de etilo. Obtém-se sob a forma de um sólido, no total, cerca de 141 kg (calculados em peso seco), correspondendo a cerca de 46,2 % do valor teórico, em três passos (cloração, aminação e cristalização) em comparação com o racemato. RMN de 2Η (300 MHz, d6-DMSO) : δ = 7,90 (d, 2J = 7,8, 4H) , 7,56 (d, ZJ= 8,3, 1H) , 7,40 (d, 2J= 7,8, 4H) , 7,28-7, 05 (m, 4H) , 6,91-6,86 (m, 2H) , 6,45 (d, 2J = 8,3, 1H) , 6, 39-6, 36 (m, 2H) , 5,82 (s, 2H) , 4,94 (m, 1H) , 4,03 (q, 2J = 7,1, 2H), 3,83 (s lg, 3H) , 3,69 (s, 3H) , 3,64 (s, 3H), 3,47-3,36 (m, 8H e água, 2H), 2,98-2,81 (m, 5H), 2,58-2,52 (m, 1H), 2,41 (s, 6H) , 1,99 (s, 3H) , 1,18 (t, 2J = 7,2, 3H) ppm; HPLC (Método 1): RT = 16,6 e 18,5 min.
Exemplo 5A Ácido (2S,3S)-2,3-bis[(4- metilbenzoíl)oxi]succínico { (4S)-8-Fluoro-2-[4—(3 — metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}metilacetato de metilo (sal a 1:1) / recristalização
Suspende-se á(2S,3S)-2,3-bis[ (4- metilbenzoíl)oxi]succínico { (4 S)-8-Fluoro-2-[4—(3 — metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il }metilacetato de metilo (sal a 1:1) (141 kg, calculado como peso seco) em acetato de etilo (1400 L) e dissolve-se por aquecimento ao refluxo (77 °C) . Filtra-se a solução e arrefece-se devagar até à temperatura ambiente, verificando-se uma cristalização espontânea. Agita-se a suspensão durante 16 h à temperatura ambiente, e depois arrefece-se até 0 - 5°C e agita-se durante mais 3 h.
Filtra-se a suspensão e volta a lavar-se o sólido remanescente com acetato de etilo frio. Secam-se os cristais durante 16 h em vazio a cerca de 40°C. Obtém-se no total 131,2 kg do sal, como um sólido, correspondendo a 93,0 % da teoria. HPLC (Método 1): RT = 16,9 e 18,8 min.; HPLC (Método 3): 99,9 % de e.e.
Exemplo 6A Ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-(2-metoxi-5-trifluorometilfenil)-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético
Misturam-se ácido (2S,3S)-2,3-bis[(4- metilbenzoil)oxi]succinico {(4 S)-8-Fluoro-2-[4—(3 — metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il }metilacetato de metilo (sal a 1:1) (30,8 kg), bicarbonato de sódio (16,4 kg), e água (315 L) com MTBE (160 L). Separam-se as fases e trata-se a fase orgânica com 35 L de uma solução aquosa a cerca de sete por cento de bicarbonato de sódio. Separam-se as fases e adicionam-se 125 L de uma solução aquosa a cerca de quatro por cento de hidróxido de sódio à fase orgânica. Aquece-se a mistura reaccional ao refluxo, destila-se a solução à secura, e agita-se o conteúdo do reactor durante mais 5 h a 55 - 60°C. Adicionam-se então MTBE (160 L) e água (65 L) à mistura reaccional a aprox. 22°C e agita-se. Separam-se as fases e extrai-se a fase orgânica com uma solução aquosa a cerca de seis por cento de cloreto de sódio (30 L). misturam-se as fases aquosas com água (25 L) e MTBE (160 L) e leva-se o valor do pH a aprox. 6,5 com HC1 aprox. 1 N. Separa-se a fase orgânica, destila-se lentamente o solvente até secar, e dissolve-se o resíduo em acetona (aprox. 75 L) . Muda-se o solvente para acetona (6 destilações com aprox. 130 L cada uma). Precipita-se então o produto final por adição de água, isola-se por centrifugação, e seca-se num secador de vazio. Obtém-se no total 16,5 kg de ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-(2-metoxi-5-trifluorometilfenil)-3, 4-dihidroquinazolina-4-il}acético como um sólido amorfo, correspondendo a 96,4 % do teórico. RMN de 1H (300 MHz, d6-DMSO) : δ = 7,53 (d, 2J = 8,4, 1H) , 7,41 (s lg, 1H) , 7,22 (d, ZJ = 8,5, 1H) , 7,09- 7,01 (m, 2H) , 6,86 (m, 2H) , 6,45 (dd, 2J = 8,2, 3J = 1,8, 1H) , 6,39-6,34 (m, 2H) , 4,87 (t, 2J= 7,3, 1H) , 3,79 (s lg, 3H) , 3,68 (s, 3H) , 3, 50-3, 38 (m, 4H) , 2, 96-2,75 (m, 5H) , 2,45-2,40 (m, 1H) ppm; MS (API-ES-neg.): m/z = 571 [(M+H), 100 %]; HPLC (Método 1): RT = 15,1 min; HPLC (Método 2) : 9 9.8 % de e.e.; Pd (ICP) : <1 ppm. B) Concretizações exemplificativas
Experiências de cristalização
Levaram-se a cabo experiências de cristalização para se encontrar um sal cristalino aceitável de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético para sais de ácido bem como para sais de base. Levaram-se a cabo as experiências de cristalização partindo de ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético bem como dos seus respectivos ácido e base, quer preparando-se suspensões nos solventes respectivos durante uma semana a 20°C, ou tanto por cristalização recorrendo a um processo de arrefecimento/evaporação a partir de uma solução que se manteve a 50°C durante 4 horas, seguindo-se um arrefecimento lento até 20°C a uma taxa de 3°C/hora.
Os resultados das experiências de cristalização com ácidos ou com bases encontram-se listados adiante nas Tabelas 1 e 2, em que a abreviatura API significa ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]—3—[2— metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético. "API" é a abreviatura para "ingrediente activo farmacêutico".
Tabela 1
Tabela 2
0 que é digno de nota nestas experiências é que, em geral, provou ser extremamente difícil produzir sais cristalinos de ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético, em especial é digno de se tomar nota que a cristalização utilizando contra-iões falhou por completo.
Devido ao facto de apenas cristalizar de solventes orgânicos tais como tetrahidrofurano e acetonitrilo, que podem originar impurezas indesejáveis, o sal de 2-amino-2-metil-l,3-propanodiol de ácido (S)-{8- fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético tende a ser não adequado para um desenvolvimento farmacêutico adicional.
Atentos os resultados positivos obtidos com hidróxido de sódio, levaram-se a cabo experiências de cristalização adicionais utilizando hidróxidos de metais alcalinos e/ou de metais alcalinoterrosos em condições de cristalização semelhantes às utilizadas para o sal de sódio. Verificou-se que apenas se conseguiam obter sais cristalinos quando se utilizava hidróxido de cálcio.
Exemplo 1
Sal monossódico de ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético:
Dissolvem-se 333,1 g de ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4- dihidroquinazolina-4-il}acético (Exemplo 6A) em 1.300 mL de uma mistura de etanol e éter di-isopropilico (a 1:1) num balão de 2.000 mL com três tubuladuras. Adicionam-se 21,9 g (546,84 mmol) de NaOH sólido à solução. Aquece-se a mistura durante 25 min. até uma temperatura interior de 50°C, obtendo-se uma solução límpida cor-de-laranja. Agita-se a solução assim obtida durante 3 horas a esta temperatura, e forma-se uma suspensão fina, logo ao fim da primeira hora. Arrefece-se a mistura reaccional durante 10 horas a uma taxa de 3°C/hora até uma temperatura interna de 20°C e agita-se durante mais 5 horas a esta temperatura. O volume total da mistura reaccional é diminuído em vazio até cerca de 750 mL e agita-se a suspensão obtida deste modo a 20°C durante 2 horas. Em seguida adicionam-se 250 mL de éter di-isopropílico ao longo de um período de 10 min. à mistura reaccional obtida e agita-se a mistura durante mais 2 horas. Seca-se o produto cristalino que se obtém sobre um dispositivo de vazio, lava-se 2 x utilizando em cada lavagem 250 mL de éter di-isopropílico, e seca-se numa estufa de vazio durante 20 horas a 20°C sob 160 mbar. Seca-se então o sólido cristalino obtido deste modo durante 10 minutos a 90°C num secador de IV e depois mais uma vez durante mais 16 horas a 60°C na estufa de secagem em vazio. Deste modo obtém-se no total 274,4 g (86 % do rendimento teórico) do sal sódico cristalino pretendido.
Exemplo 2
Produção do 3-hidrato do sal monossódico do ácido (S)—{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético :
Cerca de 300 mg do sal sódico do Exemplo 1 são suspensos em 1 mL de etanol (contendo 4 % de água) e agita-se durante uma semana a 25°C. Separa-se o sólido obtido por filtração e seca-se o resíduo obtido à temperatura e humidade ambientes. O resíduo resultante corresponde ao composto em título como um trihidrato.
Examina-se o resíduo obtido por difractometria de raios-X. 0 difractograma obtido está representado na Fig. 1.
Registou-se o difractograma de raios-X utilizando um difractómetro de XRD de transmissão/reflecção X'Pert PRO (PANalytical) à temperatura ambiente (radiação: cobre, Καί, comprimento de onda: 1,5406 Â) . Não houve nenhuma preparação da amostra.
Mostram-se as listas dos picos para o sal do Exemplo 2 bem como para os sais dos Exemplos 3 e 4 na Tabela 3 que se segue. _Tabela 3_
Exemplo 3
Produção do 2,5 hidrato do sal cálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético:
Dissolvem-se 10 g de ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético (Exemplo 6A) em 45 mL de etanol num balão de 50 mL com três tubuladuras e adicionam-se 1,294 g de Ca (OH)2 sob a forma de um sólido em pó à solução obtida. Aquece-se a suspensão resultante durante 25 min. a 50°C e em seguida durante 3 horas a esta temperatura. Adicionam-se 62,6 g de água à suspensão obtida daquele modo e arrefece-se a solução resultante a 0°C. Adicionam-se cristais anteriormente produzidos como sementes à solução e a suspensão, que contém um produto parcialmente oleoso, é aquecida até à temperatura ambiente permanecendo à temperatura ambiente durante 72 horas. Volt a arrefecer-se a suspensão resultante a 0°C e agita-se durante 2 h a essa temperatura. O produto cristalino que se obtém é separado por filtração e lavado 2 x utilizando-se em cada lavagem 15 mL de uma mistura a 1:1 de etanol com água e em seguida seca-se a 50°C sob 160 mbar na estufa de vazio. Obtêm-se no total 7,4 g (68,5 % do rendimento teórico) do sal como um sólido cristalino.
Utilizando o sólido cristalino obtido no Exemplo 3 obteve-se um difractograma de difracção de pós por raios-X (XRD) , que se mostra na Fig. 2, e se registou nas mesmas condições mencionadas no Exemplo 2.
Exemplo 4 3,5-hidrato do sal cálcico do ácido (S') — {8 — fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético
Agita-se cerca de 100 mg do sal obtido no Exemplo 3 suspenso em 1 mL de etanol e água (a 1:1) durante 1 semana a 25°C. Separa-se o sólido cristalino por filtração e seca-se o resíduo obtido à temperatura ambiente e à humidade ambiente. O resíduo obtido corresponde ao 3,5-hidrato do sal cálcico do ácido (S)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético.
Utilizando o sólido cristalino obtido no Exemplo 4, obtém-se um difractograma de raios-X de difracção de pós (XRD) , que se ilustra na Fig. 3, e se registou nas mesmas condições que se mencionaram no Exemplo 2. C) Medições de solubilidade
Para se determinar a solubilidade, preparou-se uma solução saturada do sal do Exemplo 2 em tampão fosfato a pH 7,0 e agitou-se à temperatura ambiente durante 2 horas. Filtraram-se as suspensões obtidas através de um filtro-seringa (diâmetro dos poros de 0,45 pm) e depois de se diluírem, quantificaram-se as soluções transparentes por HPLC. Utilizou-se tampão fosfato puro a título de amostra em branco. Calculou-se a solubilidade em termos da absorção de uma solução de referência do zwiterião amorfo no tampão fosfato. Os resultados destas medições estão listados adiante na Tabela 4.
Tabela 4
D) Avaliação da eficácia fisiológica
Os efeitos in vitro das composições consoante a invenção presente sobre a replicação do HCMV (citomegalovirus humano) podem ser observados no seguinte ensaio antiviral: teste de diminuição da fluorescência de HCMV.
As composições para o teste são utilizadas como soluções 50 milimolares (mM) em sulfóxido de dimetilo (DMSO). Podem utilizar-se Ganciclovir®, Foscarnet® ou Cidofovir® como composições de referência. Um dia antes do inicio do teste, semeiam-se 1,5 x 104 fibroblastos de prepúcio (células NHDF)/poço semeados em 200 pL de meio de cultura de células nos poços B2 - Gll de placas de 96 poços (negras com fundo transparente). Os poços ao longo das extremidades de cada placa de 96 poços contêm 200 pL do meio apenas para evitar efeitos de extremidade. No dia do teste o meio de cultura nos Poços B2 - Gll de da placa de 96 poços é removido por sucção e substituído com 100 pL da suspensão do vírus (multiplicidade da infecção (MOI): 0,1 -0,2) . 0 vírus utilizado é um HCMV recombinante que tem integrada uma cassete de expressão de proteína com fluorescência verde (GFP) no genoma viral (HCMV AD 169 RV-HG [E. M. Borst, K. Wagner, A. Binz, B. Sodeik, e M. Messerle, 2008, J. Virol. 82: 2065-2078.]). Depois de um período de incubação de 2 h a 37 °C sob 5 % de C02, o inoculado virai é retirado por sucção e todos os poços, com excepção dos poços na Coluna 3, são enchidos com 200 pL de meio de cultura de células. A coluna 2 não é mais tratada e serve de controlo do virus. Enche-se cada um dos poços da Coluna 3 com 300 pL de substância em teste (diluída em meio de cultura de células) para análise em duplicado. A concentração da substância antiviral respectiva na Coluna 3 é de ~ 27 vezes tão concentrada como o valor respectivo esperado para o seu EC50. Dilui-se a substância em teste na Coluna 3 em 8 passos a uma concentração de 1:3 através da placa de 96 poços transferindo 100 pL de cada uma das colunas para a coluna que lhe fica imediatamente à direita, aonde se mistura com 200 pL de meio de cultura de células já presente. Deste modo, testam-se três substâncias antivirais por análises em duplicado. Incubam-se as placas durante 7 dias a 37 °C sob 5 % de C02 . Subsequentemente, lavam-se todos os poços das placas 3 vezes com PBS (soro salino tamponizado com fosfato) e enchem-se com 50 pL de PBS. Determina-se então a intensidade da GFP de cada urn dos poços da placa de 96 poços utilizando um medidor de fluorescência por varrimento (FluoBox; Bayer Technology Services GmbH; ajustes dos filtros: GFP, Ex 480 nm, Em 520 nm) . Podem utilizar-se os valores medidos para se determinar cada EC50 de uma substância anti-HCMV: EC50 (GFP-RA) = concentração da substância em μΜ que diminui a fluorescência GFP a 50 % em comparação com o controlo de virus não tratado.
Reproduzem-se dados da eficácia in vitro representativa para as composições consoante a invenção presente na Tabela 5:
Tabela 5
E) Composições Farmacêuticas
Podem transformar-se os compostos consoante a invenção em composições farmacêuticas:
Solução endovenosa:
Para se produzir uma primeira solução de partida, dissolve-se 1,0 g do sal do Exemplo 2 em 10 mL de água para injecção e agita-se o sal até se obter uma solução límpida. Adiciona-se lentamente esta solução a uma solução de tampão fosfato 20 mM para se produzirem soluções para administração endovenosa com concentrações de 5 mg/mL ou de 10 mg/mL. Os valores de pH das soluções respectivas eram de aprox. pH 7,6 (5 mg/mL) e aprox. pH 7,7 (10 mg/mL) . Por último, filtram-se as soluções obtidas de modo a esterilizá-las e enchem-se com elas contentores esterilizados apropriados. Selam-se os contentores com tampos para infusão e flanges apropriadas.
Caso seja necessário, as soluções produzidas deste modo podem ser liofilizadas para armazenagem antes de se selarem os contentores, e podem ser reconstituídas mais tarde para serem utilizadas.
Comprimido:
Para se produzir uma formulação sólida para administração oral peneira-se o sal (50 %) do Exemplo 2 e mistura-se com dihidrato de hidrogenofosfato de cálcio (48 %), croscarmelose sódica (5 %), polivinilpirrolidona (5 %) e silicagel coloidal (1 %) . Em seguida, adiciona-se estearato de magnésio peneirado (1 %). Utiliza-se em seguida esta mistura para se produzirem directamente comprimidos por compressão. F) Pureza
Sal sódico do ácido S(+)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético:
Processo
Colocam-se 313,1 g de ácido S ( + )-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il]acético num recipiente de 2.000 mL com juntas planas buriladas. Adicionam-se-lhe 1.300 mL de uma mistura de EtOH (desnaturado) / éter di-isopropílico (a 1:1) bem como 21,9 g de pastilhas de NaOH. Controlando a temperatura interna aqueceu-se a mistura a uma temperatura interna de 50°C (Tm = 51°C) durante 25 minutos. As pastilhas de NaOH dissolvem-se, obtendo-se uma solução límpida cor-de-laranja. Agitou-se então a mistura durante três horas e obteve-se uma suspensão. Arrefeceu-se a mistura durante as 10 horas seguintes a uma taxa de 3°C por hora até uma temperatura interna de aprox. 20°C e agitou-se durante mais cinco horas a esta temperatura. Obtém-se uma suspensão mais espessa com um volume total de 1.500 mL num frasco com juntas planas buriladas, sendo 400 mL do referido volume total o volume dos cristais. Em vazio leva-se o volume total até aprox. 750 mL a entre 110 e 90 mbar; a temperatura interna é de 17-25°C, a temperatura da manta é de 35-50 °C, e destilam 273 g. Agita-se durante mais cerca de duas horas. Ao longo de 10 minutos adicionam-se 250 mL de éter di-isopropílico e continua a agitar-se durante duas horas. Isola-se o produto obtido deste modo e lava-se duas vezes usando de cada vez 250 mL de éter di-isopropílico; o rendimento em húmido é de 284,8 g; M/W: 805,4 g. Secou-se o produto durante 20 horas na estufa de vácuo a 50°C com azoto misturado a aprox. 160 mbar; peso final 279,4 g. Este produto sofreu as seguintes análises:
Análises
Determinação do conteúdo em sódio
Em geral utiliza-se um excesso de HN03 a 200 mg da substância em teste sal sódico do ácido (S(+)-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético) e leva-se a cabo uma digestão sob pressão de um gerador de micro-ondas (consoante o Método 2011-0606601 de Currenta, Leverkusen). Examina-se a solução quanto ao seu conteúdo em sódio por espectroscopia atómica de chama (Seguindo o método 2011-0267201 da Currenta, Leverkusen).
Resultado: sal sódico do ácido S ( + )-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético: 3,5 %, em peso, de sódio
Modificação de Raios-X: cristalino
Determinação de solvente residual: 0,03 %, em peso, de éter di-isopropílico
Análise por HPLC
Exame das seguintes contaminações específicas e não específicas do sal sódico do ácido S ( + )-{8-fluoro-2-[4-(3-metocifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il]acético: • Quinazolil-piperazina • Ácido Di-p-toluoíltartárico • Quinazolildipiperazina • Éster etílico de quinazolina • Contaminantes individuais não específicos por intermédio de cromatografia líquida a alta pressão (HPLC); Método de Fase Reversa;
Detecção: na gama dos UV;
Análise: Método de percentagem superficial com factores de correcção da superfície
Equipamento 1. Cromatógrafo Líquido de Alta Pressão com forno de coluna controlado por termostato, detector UV e sistema de avaliação de dados 2. Coluna metálica feita de aço inoxidável
Comprimento: 15 cm
Diâmetro interno: 3,0 mm
Empacotamento: Prodigy ODS III, 3 pm
Reagentes
1. Acetonitrilo, para HPLC 2. Dihidrogenofosfato de potássio, p.a. 3. Ácido o-fosfórico a 85 %, p.a.
Solução em teste
Pesam-se rigorosamente amostras de aprox. 22 mg de sal sódico de ácido S ( + )-{8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acetico; dissolvido em acetonitrilo, perfazendo-se 50,0 mL.
Solução de calibração
Pesam-se rigorosamente amostras de aprox. 22 mg de sal sódico de ácido S ( + )-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético; dissolvido em acetonitrilo, perfazendo-se 50,0 mL.
Solução de comparação
Prepara-se uma solução de comparação, semelhante à solução de calibração. Contém, adicionalmente, uma pequena quantidade dos contaminantes orgânicos (quinazolilpiperazina, ácido di-p-toluoíltartárico, quinazolildipiperazina, éster etílico de quinazolina).
Condições da HPLC
As condições utilizadas são pretendidas como valores de orientação e, se necessário, para se conseguirem separações óptimas, podem ser adaptadas às capacidades técnicas do cromatógrafo e às propriedades da respectiva coluna.
Eluentes
A. Dissolvem-se 1,36 g de dihidrogenofosfato de potássio e 0,7 mL de ácido o-fosfórico a 85 % com água até perfazer 1.000,0 mL B. Acetonitrilo
Caudal 0,5 mL/minuto
Temperatura do forno da coluna 55 0 C
Detecção
Comprimento de onda de medição: 210 nm Largura de onda: 4 nm
Volume de injecção
3 pL
Período de tempo de eguilibração 10 minutos (em condições de iniciação)
Gradiente
Tempo de corrida de um cromatograma 65 minutos
Precisão 0 desvio padrão relativo das áreas obtidas a partir de 6 injecções do padrão de referência tem que ser <1,5 %.
Processo
Sujeita-se uma solução em teste a uma cromatografia, a solução de calibração e a solução de comparação nas condições dadas.
Avaliação
Integração electrónica das áreas dos picos. Cálculo do conteúdo em impurezas orgânicas (HPLC) Método de percentagem das áreas com factores de correcção das áreas (RF), quando presentes.
Resultados
Sal sódico do ácido S ( + )-{8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético: • 99,9 de área por cento • 0,0 de área por cento para contaminantes orgânicos conhecidos • 0,07 de área por cento para os contaminantes não específicos principais • 0,0907 de área por cento para as componentes secundárias individuais não específicas • 88,0 %.
Para o cromatograma de HPLC e a sua análise vejam-se as Figuras 4 e 5.
Claims (5)
- REIVINDICAÇÕES1. Um sal de ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético ou um seu solvato seleccionado de entre o conjunto constituído pelos sais cristalinos de sódio do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3, 4- dihidroquinazolina-4-il}acético, os sais cristalinos de cálcio do ácido {8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4- il}acéticoe os seus solvatos. 2. 0 sal consoante a Reivindicação l,que seja o sal monocálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3- metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético ou um seu solvato. 3. 0 sal consoante a Reivindicação 2, que seja o 2,5-hidrato do sal monocálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético. 4. 0 sal consoante a Reivindicação 3, caracterizado por apresentar picos caracteristicos a cerca de 6,1, 9,2 e 15,5 graus de 2teta no difractograma de pós de raios-X (XRD).
- 5. O sal consoante a Reivindicação 2, que seja o 3,5-hidrato do sal monocálcico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4- il}acético. 6. 0 sal consoante a Reivindicação 5, caracterizado por apresentar picos caracteristicos a cerca de 6,2, 12,4 e 22,4 graus 2teta no dif ractograma de pós de raios-X (XRD). 7. 0 sal consoante a Reivindicação 1, que seja o sal monossódico do ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5- (trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4-il}acético ou um seu solvato. 8. 0 sal consoante a Reivindicação 7, que seja o 3-hidrato do sal monossódico do ácido {8-fluoro-2 - [4 - (3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4-dihidroquinazolina-4- il}acético. 9. 0 sal consoante a Reivindicação 8, caracterizado por denotar picos caracteristicos a cerca de 6,2, 20,9 e 22,4 graus 2teta no difractograma de pós de raios-X (XRD).
- 10. Um método para produzir um sal consoante qualquer uma das Reivindicações 1 a 9 utilizando os seguintes passos: a. ) Dissolver o ácido {8-fluoro-2-[4-(3-metoxifenil)piperazina-l-il]-3-[2-metoxi-5-(trifluorometil)fenil]-3,4- dihidroquinazolina-4-il}acético ou um seu solvato numa mistura de pelo menos um éter di-alquilico (Ci-C4) e pelo menos um álcool alquilico (Ci-C4) , aquecendo se for necessário. b. ) Adicionar NaOH ou Ca(OH)2 à solução obtida no passo a.), c. ) Remover parte do solvente da solução obtida no passo b.) e inocular, caso seja necessário, com cristais semente adequados para se iniciar a cristalização do sal ou de um solvato de um sal, d. ) Separar o sal que resultou cristalizado ou o seu solvato, obtidos no passo c.), e. ) Quando necessário, aqitar o sal ou o solvato obtido no passo d.) num solvente adequado, preferivelmente numa mistura de água com pelo menos um álcool alquílico (Ci — C4) para se obter um solvato pretendido, e f. ) Secar o sal ou solvato obtido no passo d.) ou no e.)· 11. 0 sal consoante qualquer uma das Reivindicações 1 a 9 para utilização num método de tratamento e/ou de profilaxia de doenças, em especial de infecções por virus, preferivelmente infecções por citomegalovirus humano (HCMV) ou infecções por outro membro do grupo dos Herpes viridae.
- 12. Um fármaco contendo um sal consoante qualquer uma das Reivindicações 1 a 9 em combinação com pelo menos um excipiente aceitável do ponto de vista farmacêutico. 13. 0 fármaco consoante a Reivindicação 12 para utilização num método de tratamento e/ou profilaxia de uma infecção virai, preferivelmente de infecções por citomegalovirus humano (HCMV) ou infecções por outro membro do grupo dos Herpes viridae. 14. 0 sal consoante qualquer uma das Reivindicações 1 a 9 para utilização como um fármaco, em especial um fármaco num método de tratamento e/ou de profilaxia de doenças, em especial de infecções virais, preferivelmente de infecções por citomegalovirus humano (HCMV) ou infecções por outro membro do grupo dos Herpes viridae.
- 15. A utilização de um sal consoante qualquer uma das Reivindicações 1 a 9 para fabricar um medicamento para o tratamento e/ou a profilaxia de infecções virais, preferivelmente de infecções por citomegalovirus humano (HCMV) ou infecções por outro membro do grupo dos Herpes viridae. 16. 0 sal consoante as Reivindicações 1 a 9 ou o fármaco consoante as Reivindicações 12 ou 13 para utilização no combate contra infecções virais, preferivelmente de infecções por citomegalovirus humano (HCMV) ou infecções por outro membro do grupo dos Herpes viridae, num ser humano e num animal que necessitem de um tal tratamento.
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