PT2785684E - Processo para a produção de isocianatos por meio da fosgenação das aminas correspondentes na fase gasosa - Google Patents

Processo para a produção de isocianatos por meio da fosgenação das aminas correspondentes na fase gasosa Download PDF

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Knösche Carsten
Mattke Torsten
Simone Lehr Vanessa
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Basf Se
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    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07CACYCLIC OR CARBOCYCLIC COMPOUNDS
    • C07C263/00Preparation of derivatives of isocyanic acid
    • C07C263/10Preparation of derivatives of isocyanic acid by reaction of amines with carbonyl halides, e.g. with phosgene

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Description

DESCRIÇÃO "PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE ISOCIANATOS POR MEIO DA FOSGENAÇÃO DAS AMINAS CORRESPONDENTES NA FASE GASOSA" A presente invenção diz respeito a um processo para a produção de isocianatos por meio da fosgenação das respetivas aminas. A fosgenação é o processo industrial utilizado com maior frequência para a sintese de isocianatos. Os isocianatos, e, de modo especial, os diisocianatos, são preponderantemente utilizados como substâncias iniciais na indústria do poliuretano.
De acordo com os processos já conhecidos, regra geral a fosgenação é levada a cabo na fase liquida.
Processos novos (documento WO-A-2009/027234) também já trabalham na fase gasosa, na medida em que a fosgenação na fase gasosa, por comparação com a fosgenação na fase liquida, apresenta inúmeras vantagens:
Na fosgenação na fase líquida, e através da reação das aminas utilizadas com o cloreto de hidrogénio separado durante a fosgenação, não são produzidos cloridratos de amina como substâncias sólidas. Na verdade, os cloridratos de amina também continuam a reagir com o fosgénio de modo a darem origem ao produto que se pretende obter, ou seja, o isocianato, mas como, neste caso, se trata contudo de uma reação de substâncias sólidas, também têm lugar mais reações secundárias, e, de modo especial, a reação dos cloridratos de amina com o produto que se pretende obter, o isocianato, dando origem as ureias. Já no caso da fosgenação na fase gasosa, por outro lado, o equilíbrio entre a amina e o cloridrato de amina tende fortemente para o lado da amina, o que faz com que sejam produzidos consideravelmente menos subprodutos e ainda com que os rendimentos sejam correspondentemente mais elevados. Por outro lado, na fosgenação na fase gasosa o Hold-up de fosgénio tóxico, por comparação com a fosgenação na fase líquida, é consideravelmente mais baixo.
No entanto, no que se refere à tecnologia envolvida no processo, a fosgenação na fase gasosa é consideravelmente mais exigente do que a fosgenação na fase líquida: de modo especial, o risco de decomposição da amina, e também para o isocianato que foi produzido, são muito elevados, o que obriga a que a amina tenha de ser vaporizada muito depressa. Para que isto seja possível são necessárias superfícies específicas muito grandes. Além disso, têm de ser garantidos tempos de permanência muito reduzidos e definido o intervalo de alta temperatura durante a reação, além do que, depois da reação, a mistura de produtos tem de ser arrefecida muito depressa.
Assim sendo, o objetivo da presente invenção era divulgar um processo para a produção de isocianatos por meio da fosgenação das aminas correspondentes na fase gasosa que estivesse apto a satisfazer as exigências referidas acima. A solução reside num processo para a produção de isocianatos por meio da fosgenação das aminas correspondentes num reator de redução em leito caracterizado por, como gás fomentador da turbulência, ser utilizado um fluxo de gás que contém o fosgénio e que, além disso, mantém uma substância sólida em suspensão, e ainda caracterizado por ser alimentado, de forma doseada, um fluxo líquido que contém a amina ao leito fluidificado, o que faz com que a amina seja parcial ou completamente vaporizada e com que reaja com o fosgénio, ao mesmo tempo que mantém uma mistura de gás de reação que contém o respetivo isocianato, o qual é extraído do reator de redução em leito fluidificado.
Na medida em que, e de acordo com a presente invenção, o material básico amina é pulverizado, no estado líquido, sobre o leito fluidificado que foi aquecido pelo calor produzido pela reação da fosgenação, a amina é vaporizada e aquecida com muita rapidez, o que faz com que o risco de formação de depósitos sobre a substância sólida que constitui o leito fluidificado seja muito reduzido. A substância sólida inerte pode ser extraída e eventuais depósitos podem ser queimados. Globalmente, trata-se de um sistema muitíssimo robusto, que não corre o risco de se decompor em resultado da formação de depósitos.
Uma vez que o processo utiliza o calor da reação da própria reação de fosgenação, a energia de alta temperatura, que é extremamente cara, e que nos processos já conhecidos até à data era destruída pelo arrefecimento da mistura da reação da fosgenação na fase gasosa, é utilizada no próprio local em que é produzida com vista a regular a temperatura dos materiais iniciais de modo a que esta temperatura seja igual à temperatura de operação da fosgenação na fase gasosa.
Por outro lado, desta forma também se torna possível ou prescindir dos permutadores de calor correspondentes, ou dimensioná-los de modo a terem um tamanho substancialmente mais pequeno. 0 calor da reação que é libertado durante a fosgenação na fase gasosa é transportado para as zonas de aquecimento, de evaporação e de aquecimento dos fluxos de materiais iniciais por meio da circulação no leito fluidificado.
Outra vantagem apresentada pela realização do processo, de acordo com a presente invenção, num leito fluidificado reside no facto de ser possível evitar um aumento adiabático da temperatura da mistura da reação e, dessa forma, evitar que essa mistura da reação, à saída, se caracterize por uma temperatura elevada. É dada preferência a que o reator de redução em leito fluidificado seja um aparelho de rotação simétrica com um eixo longitudinal vertical. Além disso, é também dada preferência a que o reator de redução em leito fluidificado seja um aparelho com um feitio preponderantemente cilíndrico. É dada preferência a que o fluxo de gás que contém o fosgénio, no qual o fosgénio está presente seja enquanto material inicial, seja igualmente como gás fomentador da turbulência no reator de redução em leito fluidificado, antes da sua alimentação ao reator de redução em leito fluidificado, seja aquecido até uma temperatura que seja, pelo menos, 5 °C mais alta do que a temperatura de vaporização da amina nas condições de operação em vigor no reator de redução em leito fluidificado.
Por outro lado, também é dada preferência a que o fluxo de gás que contém o fosgénio contenha um teor de fosgénio compreendido entre os 50 e os 100 porcento de peso de fosgénio reportado ao peso total do fluxo de gás que contém o fosgénio, sendo dada maior preferência a que esse teor de fosgénio esteja compreendido entre os 75 e os 100 porcento de peso de fosgénio reportado ao peso total do fluxo de gás que contém o fosgénio, sendo dada ainda maior preferência a que esse teor de fosgénio esteja compreendido entre os 90 e os 99,9 porcento de peso de fosgénio reportado ao peso total do fluxo de gás que contém o fosgénio. O fluxo liquido que contém a amina, e que é alimentado, de forma doseada, ao leito fluidificado, de preferência imediatamente antes da alimentação doseada do dito fluxo ao leito fluidificado, é aquecido previamente até uma temperatura que, pelo menos, seja 1 °C inferior e, de preferência, pelo menos 5 °C inferior, ao ponto de ebulição da amina nas condições de operação existentes no reator de redução em leito fluidificado. É dada preferência a que o fluxo liquido que contém a amina tenha um teor de amina compreendido entre os 50 e os 100 porcento de peso de amina reportado ao peso total do fluxo liquido que contém a amina, sendo dada maior preferência a que esse teor de amina esteja compreendido entre os 70 e os 100 porcento de peso de amina reportado ao peso total do fluxo liquido que contém a amina, e sendo dada uma preferência muito particular a que esse teor de amina esteja compreendido entre os 90 e os 99, 99 porcento de peso de amina reportado ao peso total do fluxo liquido que contém a amina.
As aminas que, no processo de acordo com a presente invenção, são utilizadas para a reação com os isocianatos correspondentes são aquelas em que a amina, os produtos intermédios correspondentes e os isocianatos correspondentes estão presentes sob a forma de gases nas condições de reação que foram selecionadas. É dada preferência a aminas que, enquanto a reação estiver a ter lugar nas condições da reação, se decomponham, no máximo, até 2 porcento de moles, sendo dada uma preferência especial a que essa decomposição seja até, no máximo, 1 porcento de mole e, a que é dada uma preferência muito particular, que essa decomposição seja até, no máximo, 0,5 porcento de mole. Neste caso, são particularmente indicadas as aminas, e, de modo especial, as diaminas, à base de hidrocarbonetos (ciclo-)alifáticos com entre 2 a 18 átomos de carbono. Exemplos deste tipo de aminas são, por exemplo, o 1, 6-diaminohexano, o 1,5-diaminopentano, o 1,3-bis (aminometil) ciclohexano, o l-amino-3,3,5-trimetil-5-amino-metilciclohexano (IP-DA) e o 4,4-diaminodiciclohexilmetano. É dada preferência à utilização de 1,6-diamino-hexano (hexametilendiamina, HDA).
Para o processo concebido de acordo com a presente invenção podem igualmente ser utilizadas aminas aromáticas, as quais podem ser passadas para a fase gasosa sem que tenha lugar uma decomposição significativa. Exemplos de aminas aromáticas às quais é dada preferência, são, entre outras, a toluenodiamina (TDA) , seja como isómero 2,4, seja como isómero 2,6, seja ainda como mistura destes isómeros, por exemplo como uma mistura compreendida entre 80:20 e entre 65:35 (Mole/Mole), como o diaminobenzeno, como a 2,6-xilidina, como a naftildiamina (NDA) e como a 2,4'- ou a 4,4'-metileno(difenildiamina) (MDA), ou ainda como misturas de isómeros destas aminas. Entre estas é dada preferência às diaminas, e, de modo muito especial, às 2,4- e/ou às 2,6-TDA ou às 2,4'-e/ou 4,4'-MDA.
Para a produção de mono-isocianatos também podem ser utilizadas aminas alifáticas, cicloalifáticas ou aromáticas, sendo, por via de regra, utilizadas as monoaminas. Como monoamina aromática é dada preferência, de modo especial, à anilina.
Mas podem igualmente ser utilizadas triaminas ou aminas mais elevadas.
Quando se adota a fosgenação na fase gasosa é importante desenvolver todos os esforços possíveis com vista a que os compostos, ou seja, os materiais iniciais (a amina e o fosgénio), os produtos intermédios (e, de modo especial, os cloridratos de carbamoil e de amina intermédios resultantes), os produtos finais (os diisocianatos), assim como compostos inertes eventualmente adicionados, sejam mantidos na fase gasosa sob as condições da reação. Na eventualidade de estes, ou outros, componentes se separarem da fase gasosa, por exemplo, na parede do reator ou noutros componentes do aparelho, esses depósitos podem dar azo a que a permuta de calor ou a que o percurso dos componentes em causa pelo fluxo sejam alterados de forma indesejável. Isto aplica-se, de modo particular, a cloridratos de amina, que se formam a partir de grupos de aminas livres e de cloreto de hidrogénio, na medida em que estes cloridratos se precipitam com facilidade e só se deixam voltar a vaporizar com muita dificuldade.
Com o intuito de reduzir a formação de produtos secundários, é dada preferência a que o fosgénio seja alimentado em excesso. Com vista a alimentar apenas a percentagem de aminas necessária para a reação, é possivel misturar a amina com um gás inerte. Por meio da percentagem de gás inerte presente na amina torna-se possivel ajustar a quantidade da amina alimentada perante uma geometria previamente definida da abertura de alimentação da amina e do fosgénio. Os meios inertes que podem ser alimentados são aqueles meios que estão presentes na câmara de reação sob a forma de gases e que não reagem com os compostos que se vão formando durante o decurso da reação. Como meios inertes poderiam ser utilizados, por exemplo, o azoto, os gases raros, como o hélio ou o árgon, aromáticos como, por exemplo, o clorobenzeno, o o-diclorobenzeno, o triclorobenzeno, o tolueno, o xileno, o naftaleno policlorado, o decahidronaftaleno, o dióxido de carbono ou o monóxido de carbono. No entanto, é dada preferência à utilização de azoto e/ou de clorobenzeno como meio inerte.
No entanto, e em alternativa, também é possivel, por exemplo para evitar uma alimentação demasiado excessiva de fosgénio, misturar um meio inerte, como, por exemplo, o azoto, ao fosgénio.
Por via de regra, o meio inerte é adicionado numa quantidade cuja relação entre o volume do gás em relação à amina ou ao fosgénio seja inferior a 0, 0001 a 30, e, de preferência, seja inferior a 0,01 a 15, e, a que é dada uma preferência muito particular, seja inferior a 0,1 a 5.
Numa forma de realização vantajosa, o processo é realizado de modo a que do reator de redução em leito fluidificado, e, concretamente, da região superior do mesmo, saia uma mistura que contenha não só a mistura de gás de reação, mas também a substância sólida inerte, e de modo a que seja realizada uma separação.
De preferência, a separação deverá ser levada a cabo na mistura de gás de reação, por um lado, e na substância sólida inerte, pelo outro, num ou em mais aparelhos, selecionados do grupo ciclone e filtro. 0 ideal será que na mistura de gás de reação assim separada seja transformado um teor compreendido entre os 50 e os 100 %, e, a que é dada maior preferência, compreendido entre os 75 e os 100 %, e, a que é dada uma preferência muito especial, compreendido entre os 90 e os 100 % dos grupos de aminas que tenham sido utilizados.
Será vantajoso que a mistura de gás de reação seja alimentada a um reator de tempo de permanência instalado a jusante, com vista a uma transformação total dos grupos de aminas.
Será adicionalmente vantajoso que a mistura de gás de reação seja arrefecida numa ou em mais etapas, por meio da adição, direta ou indireta, de calor, ao mesmo tempo que, eventualmente, uma fase liquida pode ser separada por meio de condensação. A substância sólida separada pode, de forma vantajosa, voltar a ser alimentada, total ou parcialmente, à parte inferior do leito fluidificado. É dada preferência a que a substância sólida seja total ou parcialmente processada, e, de modo especial, num segundo leito fluidificado, e que a substância sólida processada seja, de preferência, total ou parcialmente reciclada para o interior do reator de redução em leito fluidificado. É dada uma preferência especial a que o processamento da substância sólida tenha essencialmente lugar por meio da combustão de depósitos da substância sólida que contenham carbono.
No que diz respeito às substâncias sólidas inertes, estas tratam-se, de preferência, de um material inerte em relação a todos os intervenientes da reação e a todos os produtos da mesma, sendo dada preferência a que se trate de um material anorgânico, e, a que é dada uma preferência muito especial, que se trate de S1O2 ou de AI2O3, e, de modo especial, que se trate de α-Αΐ2θ3. 0 tamanho médio das partículas da substância sólida inerte deverá estar compreendido, de preferência, no intervalo entre os 20 μιη e os 2000 μιη, e, idealmente, no intervalo compreendido entre os 20 μιη e os 500 μπι, e, a que é dada preferência de modo especial, no intervalo compreendido entre os 50 μιη e os 150 μπι. O fluxo liquido que contém a amina é alimentado, de forma doseada, ao leito fluidificado, de preferência por meio de um ou de mais bocais, concebidos seja como bocais para uma só substância, seja como bocais para duas substâncias, e, a que é dada preferência, como bocais para duas substâncias em que o gás de pulverização dos bocais para duas substâncias seja, de preferência, um gás que contenha fosgénio, ou, a que é dada maior preferência, um gás que contenha amina aquecida, um gás inerte ou misturas dos mesmos.
De preferência, no caso de utilização de um gás que contenha fosgénio como gás de pulverização, os bocais para duas substâncias são concebidos como bocais em que a mistura é feita no exterior.
No caso de serem utilizados um ou mais bocais para a alimentação doseada do fluxo liquido que contém a amina, será vantajoso instalar estes bocais de forma uniforme ao longo da secção transversal.
Segue-se uma descrição mais detalhada da presente invenção com base em desenhos e também em formas de realização.
Assim, em cada uma das figuras pode ver-se: A figura 1 mostra um diagrama de fluxo para uma execução do processo com integração de calor a que é dada preferência, A figura 2 mostra uma representação esquemática de uma forma de realização do reator com leito fluidificado circulante a que é dada preferência, e A figura 3 mostra uma representação esquemática do perfil de temperatura registado no riser para uma forma de realização numa configuração de leito fluidificado circulante de acordo com aquela que é apresentada na figura 2.
Nas figuras são utilizadas as mesmas referências para identificar caracteristicas iguais ou correspondentes. A figura 1 mostra um diagrama de fluxo para uma execução do processo com integração de calor a que é dada preferência. Num reator de redução em leito fluidificado R, que está representado de forma esquemática, é introduzido um fluxo de gás 1, que contém fosgénio, e que foi previamente aquecido até uma temperatura de 390 °C. Assim, por exemplo, o fluxo 2 que contém a toluenodiamina é aquecido até uma temperatura de 245 °C com um gás com uma pressão de 40 bar, e, em seguida, é aquecido com a mistura de reação da fosgenação até uma temperatura de 301 °C, em que o fluxo ainda se mantém num estado de agregação liquido. Isto feito, o fluxo 2 é então alimentado ao reator de redução em leito fluidificado. A vaporização da toluenodiamina e a reação da mesma com o fosgénio têm lugar no reator de redução em leito fluidificado a uma temperatura de cerca de 400 °C. Neste caso, o calor da reação que é libertado corresponde ao calor necessário para a vaporização e para o aquecimento dos materiais iniciais. A figura 2 mostra um reator de redução em leito fluidificado R a que é dada preferência, o qual foi concebido com uma configuração de leito fluidificado circulante, e que compreende um riser RI, um ciclone Z, um leito fluidificado que retém bolhas, como um regenerador RE, e um sifão S. À extremidade inferior do riser RI é alimentado um fluxo de gás 1 que contém fosgénio e um fluxo de gás 2 que contém toluenodiamina, assim como um fluxo de substância sólida inerte 8. A mistura de gás de reação de partículas de substância sólida, o fluxo 3, é alimentada ao ciclone Z instalado a jusante a partir da parte de cima do riser RI. Do ciclone Z é retirado, por meio da passagem superior, um fluxo de produto 4, e, por meio da passagem inferior, o fluxo 5 que inclui a substância sólida circulante. Este fluxo é introduzido, por meio de um tubo de queda, num leito fluidificado que retém bolhas, que atua como um regenerador RE. Da região superior do regenerador RE é extraído um fluxo de gás de escape, o fluxo 6.
Também do regenerador RE, mas da sua região inferior, é recirculado um fluxo 7, que contém a substância sólida inerte circulante, por meio de um sifão S, como o fluxo 8, para a parte inferior do riser RI. 0 tubo de queda (standpipe) e o sifão S são fluidificados com gás inerte, o fluxo 9, e, por conseguinte, são operados como coluna de lavagem. 0 leito fluidificado que retém bolhas e que é utilizado como regenerador RE também pode ser operado seja com gás inerte, o fluxo 9, seja ainda com ar, o fluxo 10, em vez de gás inerte. No caso de ser operado com ar, os depósitos que contêm carbono sobre as partículas da substância sólida são queimados. Também o riser RI pode, para inertização e para apoio à fluidificação, ser alimentado com gás inerte. A figura 3 mostra um perfil de temperatura característico no riser RI, em que, na abcissa, é indicada a temperatura T em °C, e na ordenada é indicada a altura h do riser RI em metros.
Formas de realização
As formas de realização dizem respeito a um reator de acordo com a representação esquemática que é mostrada na figura 2. A pressão da instalação no riser RI é de 3 bares absolutos, a temperatura de reação é de 400 °C.
Os fluxos de materiais iniciais foram determinados como 1,8 kg/h de toluenodiamina (o fluxo 2) e 9 kg/h de fosgénio (o fluxo 1) . O fosgénio é integralmente alimentado na fase gasosa, sendo a toluenodiamina alimentada integralmente na fase líquida. O fosgénio (o fluxo 1) e a toluenodiamina (o fluxo 2) são alimentados à parte inferior do riser RI por meio de dois bocais para uma só substância. Em alternativa, o fosgénio (ο fluxo 1) e a toluenodiamina (o fluxo 2) também podem ser alimentados à parte inferior do riser RI por meio de dois bocais para duas substâncias. Para a fluidificação é utilizado azoto (o fluxo 9) . Como alternativa, para a fluidificação também pode ser utilizado ar.
As partículas de substância sólida inerte que são utilizadas têm um diâmetro médio de Sauter de 65 ym e uma densidade aparente, ou seja, a densidade média de uma partícula não homogénea, porosa, reportada à sua encapsulação exterior, de 1900 kg/m3. A taxa de circulação, que foi obtida mediante a realização de experiências a frio, é de cerca de 50 kg/m2/s.
Nas condições acima descritas, a velocidade do gás no riser RI é de cerca de 2 m/s e o tempo de permanência do gás é de, correspondentemente, 2 s. O perfil de temperatura característico no riser RI para a forma de realização que é descrita acima está reproduzido na figura 3.
A uma pressão de 3 bares absolutos, o ponto de ebulição da toluenodiamina situa-se aproximadamente nos 337 °C. Perante a assunção extrema de que a vaporização da toluenodiamina tem lugar antes da reação e de que são necessários 295 W para o aquecimento e para a vaporização do fosgénio e da toluenodiamina, bem como de que a substância sólida inerte tem um cp de 1,5 kJ/kgK, consegue extrair-se uma temperatura local de, pelo menos, 385 °C. Atendendo ao exposto acima, parte-se do pressuposto de que C durante a vaporização têm lugar gradientes constantes da temperatura de 40 a 70 °. A operação no riser está dominada pela vaporização na parte inferior do mesmo, estando dominada pela reação na sua parte superior. 0 balanço de energia para as várias temperaturas está mostrado na tabela que se segue.
Surpreendentemente, o balanço de energia para o caso de uma temperatura da reação preferencial de 400 °C e de uma alimentação por bocal de toluenodiamina líquida ligeiramente abaixo da temperatura de vaporização (cerca de 5 °C) e ainda de um aquecimento prévio dos fluxos de gás corresponde exatamente à temperatura do reator.

Claims (18)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a produção de isocianatos através da fosgenação das aminas correspondentes num reator de redução em leito fluidificado (R), caracterizado por ser utilizado um fluxo de gás (1), que contém o fosgénio, como gás fomentador da turbulência e que mantém uma substância sólida em suspensão, e por ser alimentado, de forma doseada, um fluxo (2) liquido, que contém a amina, ao leito fluidificado, em que a amina é parcial ou completamente vaporizada e reage com o fosgénio, do que resulta uma mistura de gás de reação que contém o isocianato correspondente, o qual é extraído do reator de redução em leito fluidificado (R).
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o reator de redução em leito fluidificado (R) ser um aparelho de rotação simétrica com um eixo longitudinal vertical.
  3. 3. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o reator de redução em leito fluidificado (R) ser um aparelho com um feitio preponderantemente cilíndrico.
  4. 4. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por o fluxo de gás (1) que contém o fosgénio, fluxo esse que tem um teor de fosgénio compreendido entre os 50 e os 100 porcento do peso em relação ao peso total do fluxo de gás que contém o fosgénio, e, de preferência, que tem um teor de fosgénio compreendido entre os 75 e os 100 porcento de peso do fosgénio em relação ao peso total do fluxo de gás que contém o fosgénio, e, a que é dada maior preferência, que tem um teor de fosgénio compreendido entre os 90 e os 99,9 porcento de peso do fosgénio em relação ao peso total do fluxo de gás que contém o fosgénio, antes da alimentação do mesmo ao reator de redução em leito fluidificado ser aquecido até uma temperatura que é, pelo menos, 5 °C mais alta do que a temperatura de vaporização da amina nas condições de operação (pressão) existentes no reator de redução em leito fluidificado (R) ·
  5. 5. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o fluxo de gás (1) que contém a amina, fluxo esse que tem um teor de amina compreendido entre os 50 e os 100 porcento do peso em relação ao peso total do fluxo de gás que contém a amina, e, de preferência, que tem um teor de amina compreendido entre os 75 e os 100 porcento de peso da amina em relação ao peso total do fluxo de gás que contém a amina, e, a que é dada maior preferência, que tem um teor a amina compreendido entre os 90 e os 99,99 porcento de peso da amina em relação ao peso total do fluxo de gás que contém a amina, antes da alimentação do mesmo ao reator de redução em leito fluidificado ser aquecido até uma temperatura que é, pelo menos, 1 °C, e, de preferência, 5 °C mais baixa do que a temperatura do ponto de ebulição da amina nas condições de operação existentes no reator de redução em leito fluidificado.
  6. 6. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por do reator de redução em leito fluidificado (R), e, mais concretamente, da região superior do mesmo, sair uma mistura que contém não só a mistura de gás de reação, mas também a substância sólida inerte, e ainda caracterizado por ser realizada uma separação.
  7. 7. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a separação ser levada a cabo na mistura de gás de reação, por um lado, e na substância sólida inerte, pelo outro, num ou em mais aparelhos, selecionados do grupo ciclone e filtro.
  8. 8. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por na mistura de gás de reação serem transformados um teor compreendido entre os 50 e os 100 %, e, de preferência, compreendido entre os 75 e os 100 %, e, a que é dada maior preferência, compreendido entre os 90 e os 100 % dos grupos de aminas utilizados.
  9. 9. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por a mistura de gás de reação ser alimentada a um reator de permanência, instalado a jusante, para transformação total dos grupos de aminas.
  10. 10. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por a mistura de gás de reação ser arrefecida numa ou em mais etapas, por meio da adição, direta ou indireta, de calor, ao mesmo tempo que, eventualmente, uma fase liquida pode ser separada por meio de condensação.
  11. 11. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado por a substância sólida ser alimentada, total ou parcialmente, à parte inferior do leito fluidificado.
  12. 12. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por a substância sólida ser total ou parcialmente processada, e, de modo especial, num segundo leito fluidificado, e ainda caracterizado por a substância sólida processada ser total ou parcialmente, reciclada para o interior do reator de redução em leito fluidificado (R) , sendo dada uma preferência muito especial a que o processamento da substância sólida tenha essencialmente lugar por meio da combustão de depósitos da substância sólida que contenham carbono.
  13. 13. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por as substâncias sólidas inertes se tratarem de um material inerte em relação quer a todos os intervenientes da reação, quer a todos os produtos da mesma, sendo dada preferência a que se trate de um material anorgânico, e, a que é dada uma preferência muito especial, que se trate de SÍO2 ou de AI2O3, e, de modo especial, que se trate de (X-AI2O3.
  14. 14. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado por o tamanho médio das partículas da substância sólida inerte ter de estar compreendido, de preferência, no intervalo entre os 20 m e os 2000 m, e, idealmente, no intervalo compreendido entre os 20 m e os 500 m, e, a que é dada preferência de modo especial, no intervalo compreendido entre os 50 m e os 150 m.
  15. 15. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado por a amina utilizada se tratar de uma diamina, e, de preferência, de uma hexametilenodiamina, de isómeros e de misturas de isómeros da toluenodiamina ou da metileno(difenildiamina), sendo dada uma preferência muito especial a que se trate de uma mistura de isómeros da toluenodiamina.
  16. 16. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado por o fluxo de material inicial que contém amina e/ou fosgénio ser diluido com um componente inerte, e, de preferência, com azoto.
  17. 17. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado por o fluxo liquido que contém a amina ser alimentado, de forma doseada, ao leito fluidificado, de preferência por meio de um ou de mais bocais, concebidos seja como bocais para uma só substância, seja bocais para duas substâncias, e, a que é dada preferência, concebidos como bocais para duas substâncias, em que o gás de pulverização dos bocais para duas substâncias é, de preferência, um gás que contém fosgénio.
  18. 18. Processo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por, no caso de ser utilizado um gás que contenha fosgénio como gás de pulverização, os bocais para duas substâncias serem, de preferência, concebidos como bocais em que a mistura é feita no exterior.
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