PT2431376E - Novo cristal estável de monocloridrato de 1-(2¿-ciano-2¿- desoxi-β-d-arabinofuranosil)citosina - Google Patents
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Description
ΕΡ 2 431 376/ΡΤ DESCRIÇÃO "Novo cristal estável de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabinofuranosil)citosina"
Campo do invento 0 presente invento refere-se a novos cristais estáveis de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabino-furanosil)citosina, que são úteis como medicamento exibindo uma excelente actividade anti-tumoral, e a uma composição farmacêutica contendo os mesmos.
Antecedentes do invento
Em geral, quando um composto é usado como ingrediente activo eficaz de um produto farmacêutico, é requerido que o composto seja química e fisicamente estável, de modo a manter uma qualidade estavelmente, e/ou para facilitar a gestão do armazenamento. Como tal, o composto resultante está preferivelmente sob a forma de um cristal estável e, habitualmente, existem muitos casos em que cristais ultra-estáveis são seleccionados como substâncias de fármaco para produtos farmacêuticos.
No entanto, o Documento de Patente 1, o Documento não de Patente 1 e o Documento não de Patente 2 descrevem que o monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-3-D-arabino- furanosil)citosina, que é um derivado de nucleósido de pirimidina, representado pela seguinte fórmula (1): nh2
HO (1) exibe in vitro um efeito supressor da proliferação de células de tumor de ratinho ou humano, e também exibe uma excelente actividade anti-tumoral in vivo.
Foram referidos processos para a produção do composto, por exemplo, um processo de dissolução de 1-(2'-ciano-2'- 2 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ desoxi^-D-arabinofuranosil)-N4-acetilcitosina e representada pela seguinte fórmula (2): NHAc
HO (2) numa solução metanólica de ácido clorídrico, permitindo que o composto reaja sob agitação a temperatura ambiente, e após completação da reacção, cristalizando o produto em etanol e éter (Documentos não de Patente 1 e 2); e um processo para aquecimento do composto representado pela anterior fórmula (2) a refluxo em ácido acético para desse modo sujeitar o composto a des-N-acetilação, obtendo subsequentemente 1—(2'— ciano-2'-desoxi-p-D-arabinofuranosil)citosina representada pela seguinte fórmula (3):
HO (3) por cromatografia em coluna de sílica gel, dissolvendo o composto numa solução metanólica de ácido clorídrico, permitindo que o composto reaja sob agitação a temperatura ambiente, e após completação da reacção, cristalizando o produto em etanol e éter (Documento de Patente 1).
Pensou-se que o cristal obtenível por meio destes processos era um 1/2 etanolato na altura em que o documento foi citado, e considerou-se que o ponto de fusão do cristal era de 175°C a 176°C (Documento de Patente 1 e Documentos não de Patente 1 e 2) . No entanto, para além deste ponto de fusão, não foram citados relatórios específicos em relação ao polimorfismo ou estabilidade do cristal. 3 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ
Documento de Patente
Documento de Patente 1: JP-B-2559917 (JP-A-4-235182) Documento não de Patente
Documento nao de Patente 1: Journal of Medicinal Chemistry, Vol. 34, 2917 to 2919 (1991)
Documento não de Patente 2: Journal of Medicinal Chemistry, Vol. 36, 4183 to 4189 (1993)
Sumário do invento
Problema a resolver pelo invento 0 objecto do presente invento consiste em proporcionar cristais estáveis de um composto que é útil como agente anti-tumoral.
Meios para resolução do problema
Os inventores do presente invento procuraram obter um cristal estável de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β-D-arabinofuranosil)citosina, e inicialmente tentaram obter um cristal de 1/2 etanolato, possuindo um ponto de fusão de 175°C a 176°C, por meio dos processos conhecidos descritos no Documento de Patente 1 e Documentos não de Patente 1 e 2.
No entanto, inesperadamente, os inventores do presente invento não conseguiram reproduzir o cristal de 1/2 etanolato possuindo um ponto de fusão de 175°C a 176°C descrito no documento (daqui em diante também referido como "cristal no documento conhecido") numa experiência destinada a reproduzir os processos conhecidos anteriormente descritos.
Além disso, os inventores do presente invento repetiram esforçadamente a experiência de modo a obter o cristal de 1/2 etanolato possuindo um ponto de fusão de 175°C a 176°C, tomando em consideração as diversas condições gerais para a produção de cristais (ver International Journal of Pharmaceutics, Vol. 60, 11 a 26 (1990), e similares). No 4 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ entanto, os inventores definitivamente não puderam reproduzir o cristal descrito no documento conhecido.
Nesse caso, está contemplado que um cristal, que não seja obtenível mesmo quando são tomadas em consideração tais diversas condições de produção, não pode ser considerado como um cristal preferível que pode ser produzido e proporcionado de modo estável à escala industrial. A razão pode ser que o cristal obtido nessa altura pode ser um polimorfo cristalino. Quando está confirmada a presença de um polimorfo cristalino numa substância de fármaco para produtos farmacêuticos, normalmente já não é fácil produzir estavelmente um único cristal ou um cristal de tipo misto em que a razão de teores seja permanentemente mantida e, como tal, torna-se necessária uma investigação extensiva.
No entanto, alguns relatórios publicados no passado referem que um cristal que podia ser convencionalmente obtido de súbito já não podia ser obtido através dos procedimentos do estado da técnica após algum tempo. Por exemplo, no caso do Ritonavir, um fármaco anti-vírus da imunodeficiência humana (HIV), um documento refere que devido ao súbito aparecimento da Forma II (um cristal estável), o cristal de Forma I tradicionalmente obtido já não pode ser obtido através do processo de produção tradicional (Organic Process Research and Development, Vol. 4, 413 a 417 (2000)). Também no caso de um composto que foi desenvolvido como substância antibiótica com base em cefem, um documento relata que devido ao súbito aparecimento do cristal-γ (um cristal estável), o cristal-α obtido tradicionalmente já não pode ser obtido através do processo de produção tradicional (Bunri Gijutsu (Separation Technology), Vol. 33, 379 a 385 (2003)). Mesmo no caso de um composto que foi desenvolvido como um inibidor de transcriptase inversa de HIV-1, um documento relata que devido ao aparecimento súbito de um cristal da Forma III (um cristal estável), o cristal da Forma I obtido tradicionalmente já não pode ser obtido através do processo de produção tradicional (Organic Process Research and Development, Vol. 9, 933 a 942 (2005)).
De acordo com estas constatações, é contemplado que os cristais no documento do estado da técnica obteníveis no 5 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ tempo relevante não podiam ser obtidos porque o cristal no documento do estado da técnica era inferior ao do cristal do presente invento em termos de estabilidade. É também contemplado que, mesmo se o cristal no documento do estado da técnica era temporariamente gerado no sistema reaccional, o cristal no documento do estado da técnica se altera imediatamente para um cristal estável através de transição cristalina e, consequentemente, o cristal no documento do estado da técnica não podia ser obtido.
Durante a investigação para o presente invento, os inventores do presente invento verificaram que, como se mostra nos Exemplos descritos em seguida, são obtidos cristais que não contêm etanol e possuem um ponto de fusão 15°C a 20°C superior ao do ponto de fusão de 175°C a 176°C do cristal conhecido convencionalmente (daqui em diante também conhecido como "cristais do presente invento"), e que dado que o ponto de fusão de um cristal possuindo excelente estabilidade (cristal estável) é geralmente superior ao ponto de fusão de um cristal instável (cristal meta-estável), os cristais do presente invento são cristais estáveis. Em conformidade, os inventores completaram o presente invento. 0 presente invento refere-se aos seguintes itens (1) a (4). (1) Um cristal de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β- D-arabinofuranosil)citosina possuindo picos caracteristicos a 13,7°, 15,7°, 16,0°, 18,6°, 20,3° e 22,7° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó, e possuindo um ponto de fusão de 192°C a 197°C. (2) Um cristal de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β- D-arabinofuranosil)citosina possuindo picos caracteristicos a 6,4°, 12,6°, 17,3° e 21,7° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó, e possuindo um ponto de fusão de 192°C a 197°C. (3) Uma composição farmacêutica que compreende o cristal de acordo com (1) ou (2). (4) Um agente anti-tumoral que compreende o cristal de acordo com (1) ou (2). 6 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ Ο invento proporciona ainda processos para produção dos anteriores cristais.
Efeito do invento
Uma vez que os cristais de monocloridrato de l-(2'~ ciano-2'-desoxi^-D-arabinofuranosil)citosina do presente invento exibem uma excelente estabilidade física e/ou química, os cristais são excelentes quando comparados com outra forma amorfa, outras formas cristalinas ou similares de 1-(2'-ciano-2'-desoxi^-D-arabinofuranosil)citosina do ponto de vista de, por exemplo, estabilidade no armazenamento, pureza, capacidade de utilização (menor higroscopicidade) e/ou gestão do produto, e do ponto de vista dos cristais possuírem um excelente efeito anti-tumoral e serem portanto úteis como agentes anti-tumorais. Assim, os cristais do presente invento são úteis como medicamento.
Breve descrição das figuras A Fig. 1 do cristal do A Fig. 2 do cristal do A Fig. 3 de um cristal Descrição é um gráfico de uma difracção de raios-X em pó tipo I. é um gráfico de uma difracção de raios-X em pó tipo II. é um gráfico de uma difracção de raios-X em pó do tipo III. detalhada do invento
Os cristais do presente invento, particularmente três tipos de cristais, tais como um cristal do tipo I, um cristal do tipo II e um cristal do tipo III, podem ser respectivamente obtidos como cristais únicos por cristalização ou recristalização a partir de uma solução contendo monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D- arabinofuranosil)citosina representado pela anterior fórmula (1) (daqui em diante também referido como "composto (1)").
Além disso, o composto (1) pode não estar numa forma cristalina, e também o composto (1) pode estar numa forma 7 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ cristalina. Se ο composto (1) está numa forma cristalina, por exemplo, o cristal do tipo I pode ser separado utilizando o cristal do tipo II como matéria-prima, ou o cristal do tipo I pode ser separado utilizando o cristal do tipo III como matéria-prima. 0 monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabino-furanosil)citosina (composto (1)) utilizado no presente invento pode ser obtido através de um processo de síntese de química orgânica utilizando 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabinofuranosil)-N4-acetilcitosina representada pela anterior fórmula (2) (daqui em diante também referida como "composto (2)"), ou 1-(2' -ciano-2' -desoxi-3-D-arabino-furanosil)-citosina representada pela anterior fórmula (3) (daqui em diante também referida como "composto (3)") como matéria-prima. Por exemplo, o composto (1) pode ser obtido sujeitando 0 composto (2) a des-N-acetilação e adição de ácido clorídrico, ou sujeitando o composto (3) a adição de ácido clorídrico.
Exemplos mais específicos do processo para obtenção do composto (1) incluem, por exemplo, um processo de tratamento do composto (2) com um ácido para obter o composto (3), e a sujeição deste composto à adição de ácido clorídrico para se obter o composto (1); um processo de sujeição do composto (2) a um tratamento com ácido e adição de ácido clorídrico num só passo, utilizando uma solução de ácido clorídrico-metanol, e obtendo desse modo o composto (1).
Entre estes, dos pontos de vista de melhoria da eficiência operatória ou rendimento, é preferível realizar um tratamento com ácido e a adição de ácido clorídrico num passo, e a condição reaccional neste caso consiste em usar preferivelmente 1 a 20 mL de uma solução de ácido clorídrico-metanol a 0,5% to 3% relativamente a 100 mg do composto (2), e agitar a mistura a cerca de 10°C a 40°C (preferivelmente, temperatura ambiente) durante 0,5 a 3 horas (preferivelmente 1 ± 0,25 horas).
Os compostos (2) e (3) podem ser produzidos através dos processos descritos nos anteriormente mencionados Documento de Patente 1 e Documentos não de Patente 1 e 2. 8 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ
Além disso, exemplos do ácido que é usado no tratamento com ácido incluem ácidos inorgânicos tais como ácido sulfúrico e ácido clorídrico; e ácidos orgânicos tais como ácido acético e ácido trifluoroacético. Estes ácidos podem ser usados isolados ou como misturas de dois ou mais tipos. 0 processo de deposição dos cristais do presente invento não está particularmente limitado, incluindo, por exemplo, um processo de dissolução do composto (1) num solvente que dissolve o composto (1) sob aquecimento (daqui em diante também referido como "solvente de dissolução") , deixando a solução em que o composto (1) é dissolvido em repouso ou arrefecendo a solução com meios de arrefecimento, e desse modo depositando o cristal; um processo de deposição do cristal a partir da solução em que o composto (1) é dissolvido (daqui em diante também referida como "solução dissolvida"), usando um solvente tendo baixa solubilidade para o composto (1) (daqui em diante também referido como "solvente de baixa solubilidade"). Entre estes, o processo de deposição do cristal a partir da solução de dissolução usando um solvente de baixa solubilidade é preferido. Um exemplo deste processo pode ser, por exemplo, um processo de adição da solução dissolvida a um solvente de baixa solubilidade pré-arrefecido, e desse modo depositando o cristal. 0 solvente utilizado no processo de deposição do cristal não está particularmente limitado, incluindo um tal solvente, por exemplo, água; álcoois tais como metanol, etanol e isopropanol; cetonas tais como acetona e metiletilcetona; éteres tais como éter dietílico, éter diisopropílico e éter t-butilmetilico. Estes solventes podem ser utilizados isolados ou como misturas de solventes plurais. 0 solvente de dissolução é preferivelmente um solvente que é capaz de dissolver o composto (1) sob aquecimento, e especificamente, os álcoois são mais preferidos com vista à estabilidade. Entre estes, é preferido um álcool que possua 1 a 5 átomos de carbono, em particular o etanol. Tipicamente, a temperatura do solvente de dissolução no aquecimento é preferivelmente de 0°C até ao ponto de ebulição do solvente, e mais preferivelmente de 20°C a 40°C. A concentração do composto (1) não está particularmente limitada, mas é preferivelmente de 0,25 a 0,6% (p/v) na solução dissolvida. 9 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ Ο solvente de baixa solubilidade é preferivelmente um solvente que é capaz de depositar o cristal quando o solvente é adicionado à solução em que o composto (1) é dissolvido, e depois a mistura é deixada sob repouso ou arrefecida. De modo específico, os éteres são preferidos do ponto de vista da estabilidade, e entre estes é particularmente preferido o éter dietílico.
Quando se adiciona a solução de dissolução, a temperatura do solvente de baixa solubilidade é preferivelmente de -40°C até ao ponto de ebulição do solvente, mais preferivelmente de -20°C a 20°C, e ainda mais preferivelmente de 0°C a 10°C. Por outro lado, a temperatura da solução de dissolução, quando a solução de dissolução é adicionada ao solvente de baixa solubilidade, é preferivelmente de -20°C até ao ponto de ebulição do solvente, mais preferivelmente de -5°C a 45°C, e ainda mais preferivelmente de 0°C a 40°C. A quantidade utilizada do solvente de baixa solubilidade é preferivelmente de 0 a 1 parte em volume relativamente a 1 parte em volume da solução de dissolução. A temperatura no momento da deposição é típica e preferivelmente de -50°C a 30°C, mais preferivelmente de -40°C a 20°C, e ainda mais preferivelmente de -30°C a 10°C. Neste caso, a solução de dissolução ou uma solução mista da solução de dissolução e solvente de baixa solubilidade pode ser arrefecida com os meios de arrefecimento. Por exemplo, pode realizar-se a adição gota a gota da solução de dissolução a um vaso arrefecido; e o arrefecimento da solução de dissolução ou da solução mista. Na deposição, a solução pode ser deixada em repouso ou pode ser agitada. O cristal depositado pode ser isolado e purificado a partir da solução de dissolução ou solução mista através de, por exemplo, técnicas conhecidas de separação e purificação tais como filtração, lavagem com um solvente orgânico, e secagem sob pressão reduzida. Exemplos do solvente orgânico usado no processo de lavagem incluem os solventes de baixa solubilidade anteriormente mencionados, e entre estes os éteres anteriormente descritos são usados com preferência. 10 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ
Deste modo, podem ser produzidos os cristais do presente invento, em particular o cristal do tipo I, cristal do tipo II e cristal do tipo III.
Por exemplo, como processo para obtenção do cristal do tipo I, é preferível obter o cristal do tipo I através da dissolução sob aquecimento do composto (1) em etanol, e posterior adição desta solução gota a gota a éter dietilico que foi arrefecido a 0 ± 5°C sob agitação da mistura.
Como processo para obtenção do cristal do tipo II, é preferível obter o cristal do tipo II por dissolução sob aquecimento do composto (1) ou do cristal do tipo I em etanol, subsequentemente arrefecimento desta solução a 40 ± 5°C, e posterior adição de éter dietilico gota a gota à solução sob agitação da mistura.
Além disso, como processo para obtenção do cristal do tipo III, é preferível obter o cristal do tipo III por dissolução sob aquecimento do composto (1) ou do cristal do tipo I em etanol, e posterior adição desta solução gota a gota a uma placa que foi arrefecida a 0 ± 5°C. O ponto de fusão dos cristais dos tipos I a III do composto (1) obtido como descrito anteriormente é de 192°C a 197°C, e como se mostra nos gráficos de difracção de raios-X em pó das Figs. 1 a 3, os cristais são distinguíveis pelos seguintes picos de difracção característicos.
Isto é, como se mostra na Fig. 1, o padrão de difracção de raios-X em pó do cristal do tipo I exibe picos característicos a cerca de 13,7°, 15,7°, 16,0°, 18,6°, 20,3° e 22,1° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó.
Como se mostra na Fig. 2, o padrão de difracção de raios-X em pó do cristal do tipo II exibe picos característicos a cerca de 6,4°, 12,6°, 17,3° e 21,7° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó.
Além disso, como se mostra na Fig. 3, o padrão de difracção de raios-X em pó do cristal do tipo III exibe picos 11 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ característicos a cerca de 14,2°, 16,4°, 17,0°, 18,0° e 20,2° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó.
Os cristais do presente invento exibem elevada estabilidade no armazenamento, são vantajosos em termos de gestão da qualidade, e também envolvem uma excelente capacidade de utilização. Em particular, como se mostra nos Exemplos descritos em seguida, mesmo se o cristal do tipo I é armazenado durante um longo período de tempo sob condições de temperatura e humidade elevadas, o teor total de análogos é dificilmente detectável, e a alteração da forma cristalina é dificilmente observada. De igual modo, dado que o cristal do tipo II ou cristal do tipo III é convertido no cristal do tipo I quando o cristal do tipo II ou cristal do tipo III é aquecido a cerca de 70°C a 90°C durante várias horas e armazenado a cerca de 30°C a 50 °C durante muito tempo (um mês) e a uma humidade de 75% de HR ou superior, o cristal do tipo I tem uma estabilidade superior quando comparado com o cristal do tipo II ou cristal do tipo III.
Como é óbvio a partir das descrições do Documento de Patente 1, dado que o composto (1) exibe uma forte actividade anti-tumoral, uma composição farmacêutica contendo os cristais do presente invento pode ser utilizada particularmente como agente anti-tumoral, e pode ser usado para o seu fabrico. A pureza dos cristais do presente invento, em particular cristais do tipo I, tipo II e tipo III nas suas respectivas formas cristalinas, é preferivelmente e substancialmente de 95% ou superior, mais preferivelmente substancialmente de 98% ou superior, e ainda mais preferivelmente substancialmente de 99% ou superior.
Os cristais do presente invento podem ser processados, após terem sido pulverizados ou sem serem pulverizados, nas diversas formas de agentes anti-tumorais, por exemplo, preparações orais tais como comprimidos, cápsulas, grânulos, grânulos finos, pós e xaropes; preparações parentéricas tais como preparações injectáveis intravenosas, preparações injectáveis subcutâneas, preparações injectáveis intramusculares e supositórios. Os cristais do presente 12 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ invento destinam-se a administração intravenosa, e a forma de dosagem é preferivelmente uma preparação injectável. Uma tal preparação injectável é desejavelmente utilizada como uma preparação injectável sólida, tal como uma preparação injectável liofilizada ou uma preparação injectável em pó, a qual pode ser usada por meio de dissolução no momento de uso. 0 agente anti-tumoral pode ser produzido por meio de um processo de preparação conhecido e utilizado habitualmente pelas pessoas competentes na matéria, utilizando um suporte farmaceuticamente aceitável. Neste caso, também podem ser utilizados em combinação outros agentes anti-tumorais, por exemplo, 5-FU, uma formulação de tegafur-uracilo, uma formulação de tegafur-gimeracil-oteracil de potássio, doxorubicina, epirubicina, cloridrato de irinotecan, etoposido, docetaxel, pacritaxel, cisplatina, carboplatina, oxaliplatina, crestina, lentinan e picibanil. A quantidade de dosagem dos cristais do presente invento no caso de utilização como agente anti-tumoral pode variar dependendo, por exemplo, dos sintomas do paciente a quem o agente anti-tumoral é aplicado e da forma de dosagem; no entanto, em geral, é preferível administrar o agente anti-tumoral uma ou várias vezes por dia, numa quantidade de 2,0 a 4,0 mg/m2 em termos dos cristais do presente invento.
Exemplos
Em seguida, o processo de produção do presente invento é especificamente descrito por via de Exemplos e Exemplos de referência.
Exemplo de referência 1 Síntese de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-3-D-arabinofuranosil)-N4- acetilcitosina
Uma solução de fluoreto de tetrabutilamónio 1M em THF (2 mL) e 0,06 mL (1 mmol) de ácido acético foram adicionados a uma solução em THF (5 mL) de N4-acetil-27-ciano-2'-desoxi-3',5'-O-(1,1,3,3-tetraisopropildisiloxano-l,3-diil)-Ι-β-D-arabinofuranosilcitosina (537 mg, 1 mmol), e a mistura foi agitada a temperatura ambiente durante 15 minutos. Após 13 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ agitação, a mistura foi concentrada, e o resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica gel (11 g) usando etanol a 8%-clorofórmio como solvente revelador. 0 residuo concentrado da fracção alvo foi lavado com hexano-éter dietílico, e foram assim obtidos 259 mg (rendimento: 88%) do composto em título como um cristal branco.
Exemplo 1 Síntese de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β-Ο-arabinofuranosil)citosina
Dissolveu-se 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabinofuranosil)-N4-acetilcitosina (100 mg, 0,34 inmol) em ácido clorídrico a 1%-metanol (7,5 mL) , e a mistura foi agitada a temperatura ambiente (20°C a 25°C) durante uma hora. O líquido reaccional foi concentrado e verteu-se etanol (10 mL) neste concentrado. A mistura foi co-evaporada, e foram assim obtidos 34 mg do composto em título (rendimento: 35%).
Ponto de fusão: 192°C.
Análise elementar:
Valor calculado (como C10H13CIN4O4) : C, 41,60; H, 4,54; N, 19,41. Valor encontrado: C, 41,45; H, 4,52; N, 19,41.
Exemplo 2
Preparação de cristal do tipo I de monocloridrato de 1 — (2' — ciano-2'-desoxi^-D-arabinofuranosil)citosina 0 monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β-Ο-arabinofuranosil)citosina (200 mg) obtido no Exemplo 1 foi aquecido a refluxo em etanol (34 mL) e nele dissolvido. A solução foi adicionada gota a gota a éter dietílico (34 mL) que tinha sido arrefecido o 0°C. A mistura foi agitada durante 2 horas, foi depois recolhido um precipitado por filtração e o mesmo foi seco sob pressão reduzida a 35°C. Foram assim obtidos 123 mg (rendimento: 62%) do composto em título como cristal do tipo I.
Ponto de fusão (ponto de decomposição): 192°C a 197°C.
Análise elementar:
Valor calculado (como C10H13CIN4O4) : C, 41,60; H, 4,54; N, 19,41. Valor encontrado: C, 41,64; H, 4,51; N, 19,28. A Fig. 1 mostra um gráfico de difracção de raios-X em pó do cristal do tipo I aqui obtido. Foram reconhecidos picos 14 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ característicos a cerca de 13,7°, 15,7°, 16,0°, 18,6°, 20,3° e 22,7° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó.
Os dados de difracção de raios-X em pó foram obtidos por irradiação do cristal com raios CuKa (1,541 Á) usando um dispositivo de difracção de raios-X (marca comercial: PW3050, fabricado por Koninklijke Philips Electronics N.V.) e detectando os ângulos usando um goniómetro vertical.
Exemplo 3
Preparação de cristal do tipo II de monocloridrato de 1— (2' — ciano-2'-desoxi-3-D-arabinofuranosil)citosina O cristal do tipo I de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabinofuranosil)citosina (200 mg) foi aquecido a refluxo em etanol (34 mL) e nele dissolvido, e a solução foi arrefecida a 40°C. Subsequentemente, o etanol (34 mL) em que este composto tinha sido dissolvido foi vertido, adicionado gota a gota, em éter dietílico (34 mL) que estava sob refluxo (vaso reaccional aquecido a 40°C). A mistura foi agitada durante uma hora sob refluxo, e depois um precipitado gerado em éter dietílico foi recolhido por filtração e seco sob pressão reduzida a 35°C. Obiveram-se assim 119 mg (rendimento: 60%) do composto em titulo como cristal do tipo II. A Fig. 2 mostra o gráfico de difracção de raios-X em pó do cristal do tipo II aqui obtido. Este cristal do tipo II foi analisado usando um dispositivo de difracção de raios-X em pó do mesmo modo anteriormente descrito, e foram reconhecidos picos característicos a cerca de 6,4°, 12,6°, 17,3° e 21,7° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó.
Ponto de fusão (ponto de decomposição): 192°C a 196°C.
Análise elementar:
Valor calculado (como CioH13C1N404) : C, 41,60; H, 4,54; N, 19,41. Valor encontrado: C, 41,48; H, 4,57; N, 19,14. 15 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ
Exemplo 4
Preparação de cristal do tipo III de monocloridrato de 1— (2' — ciano-2'-desoxi^-D-arabinofuranosil)citosina 0 cristal do tipo I de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabinofuranosil)citosina (200 mg) foi aquecido a refluxo em etanol (34 mL) e nele dissolvido, e a solução assim obtida foi lentamente adicionada gota a gota a um vaso que tinha sido arrefecido a 0°C. A solução foi agitada durante 2 horas, e depois foi recolhido um precipitado por filtração, que foi seco sob pressão reduzida a 35°C. Foram deste modo obtidos 66 mg (rendimento: 33%) do composto em título como cristal do tipo III. A Fig. 3 mostra o gráfico de difracção de raios-X em pó do cristal do tipo III aqui obtido. Este cristal do tipo III foi analisado utilizando um dispositivo de difracção de raios-X em pó, do mesmo modo anteriormente descrito, e foram reconhecidos picos característicos a cerca de 14,2°, 16,4°, 17,0°, 18,0° e 20,2° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó.
Ponto de fusão: 195°C.
Análise elementar:
Valor calculado (como C10H13CIN4O4) : C, 41,60; H, 4,54; N, 19,41. Valor encontrado: C, 41,59; H, 4,42; N, 19,29.
Exemplo 5
Teste de estabilidade
Os pós de cristais do tipo I e tipo II foram respectivamente espalhados uniformemente sobre uma placa de petri de vidro, e uma folha de alumínio (ou uma película de resina transparente, para efeitos de armazenamento sob condições de exposição à luz) que tinha sido apropriadamente perfurada com orifícios de ventilação foi utilizada como tampa, a fim de preparar amostras de teste. Estas amostras foram respectivamente armazenadas durante 30 dias sob quatro tipos de condições, tais como [60°C], [40°C/humidade relativa (HR) 75%], [25°C/humidade relativa (HR) 60%, exposição à luz 2000 lx-hr] e [ 25°C/humidade relativa (HR) 60%, sombra de luz], e depois as amostras foram testadas utilizando cromatografia líquida de alto rendimento (HPLC) e difracção de raios-X em pó (XRD). 16 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ
Para a difracção de raios-X em pó (XRD) , a análise foi realizada tal como anteriormente descrita.
Para a análise por HPLC, dissolveram-se 22, 9 mg da amostra em 10 mL de ácido clorídrico a 0,01 mol/L, e depois o teor de análogos no cristal foi medido sob as seguintes condições.
Coluna: Synergi Hydro-RP 80A Phenomenex (cp 4,6 mm χ 25 cm, 4 pm) ; temperatura 25°C
Fase móvel: 2,05 g de di-hidrogenofosfato de potássio são dissolvidos em 3000 mL de água, e junta-se ácido fosfórico à solução para ajustar o pH a 3,0. A fase móvel é preparada por adição de 60 mL de metanol a 2940 mL do líquido da solução. Caudal: Aproximadamente 1,0 mL/min.
Detector: Medidor de absorção de ultravioletas (comprimento de onda de medição de 254 nm); Amostra padrão: monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi^-D-arabinofuranosil)citosina O termo "análogos totais" refere-se às substâncias detectadas diferentes de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-p-D-arabinofuranosil)citosina) , e o termo "análogos totais (%)" refere-se à razão de teores de análogos totais em relação à amostra padrão.
Os resultados deste teste de estabilidade são mostrados na Tabela 1. O cristal do tipo I e o cristal do tipo II foram ambos sujeitos ao teste de estabilidade sob diversas condições (sob as condições de humidificação e exposição). Como resultado, um aumento nos análogos totais não foi reconhecido como apresentado na Tabela 1, e verificou-se que os cristais eram formas cristalinas altamente estáveis.
Além disso, o cristal do tipo II foi convertido no cristal do tipo I após 30 dias sob as condições de 40°C/humidade relativa (HR) 75%, e o ponto de fusão e o gráfico de difracção de raios-X em pó eram consistentes com os obtidos no Exemplo 1. De modo similar, o cristal do tipo III foi convertido no cristal do tipo I quando aquecido a 80°C durante 2 horas, e o ponto de fusão e o gráfico de 17 ΕΡ 2 431 376/ΡΤ difracção de raios-X em pó eram consistentes com os obtidos no Exemplo 1. A partir destes resultados, constatou-se que o ponto de fusão dos cristais dos tipos I a III é de 192°C a 197°C e possuem uma excelente estabilidade. Em particular, verificou-se que o cristal do tipo I exibia uma estabilidade superior quando comparado com o cristal do tipo II ou o cristal do tipo III.
[Tabela 1]
Temperatura de armazenamento Análogos totais (%) Alteração na forma do cristal a partir do valor inicial Forma do cristal Período de armazenamento Aumento a partir do valor inicial ini cial 10 dias 18 dias 30 dias O o o KD I 0,07 0,06 0,07 0, 07 0,00 Sem alteração II 0, 06 0, 06 0, 07 0, 07 0,01 Sem alteração 40 °C/75%HR I 0,07 0,07 0,06 0, 05 -0,02 Sem alteração II 0,06 0,06 0,08 0, 16 0,10 Altera (ΙΙ-,Ι) 25°C/60%HR/2000 lx I 0, 07 0, 09 0, 09 0,13 0, 06 Sem alteração II 0, 06 0,15 0,23 0,38 0,32 Sem alteração 25°C/60%HR/Sombra I 0, 07 0,07 0, 06 0, 07 0, 00 Sem alteração II 0, 06 0,06 0, 07 0, 09 0, 03 Sem alteração
Lisboa, 2013-09-11
Claims (8)
- ΕΡ 2 431 3 76/PT 1/1 REIVINDICAÇÕES 1. Cristal de monocloridrato de 1- (2'-ciano-2'-desoxi-β-Β- arabinofuranosil)citosina do tipo I, que possui picos caracteristicos a 13,7°, 15,7°, 16,0°, 18,6°, 20,3° e 22,7° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó, e possui um ponto de fusão de 192°C a 197°C.
- 2. Cristal do tipo I de acordo com a reivindicação 1, que não contém etanol.
- 3. Cristal de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β- D-arabinofuranosil)citosina do tipo II, que possui picos caracteristicos a 6,4°, 12,6°, 17,3° e 21,7° como ângulos de difracção (2Θ ± 0,1°) medidos por difracção de raios-X em pó, e possui um ponto de fusão de 192°C a 196°C.
- 4. Cristal do tipo II de acordo com a reivindicação 3, que não contém etanol.
- 5. Composição farmacêutica que compreende o cristal de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4.
- 6. Agente anti-tumoral que compreende o cristal de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4.
- 7. Processo de produção de um cristal do tipo I de acordo com a reivindicação 1 ou 2, que compreende os passos de dissolução de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β-Β-arabinofuranosil)citosina em etanol sob aquecimento, e posterior adição desta solução gota a gota a éter dietilico que tinha sido arrefecido a 0 ± 5°C, mantendo a mistura sob agitação, para obtenção do cristal do tipo I.
- 8. Processo de produção de um cristal do tipo II de acordo com a reivindicação 3 ou 4, que compreende os passos de dissolução de monocloridrato de 1-(2'-ciano-2'-desoxi-β-ϋ-arabinofuranosil)citosina ou do cristal do tipo I em etanol sob aquecimento, posterior arrefecimento desta solução a 40 ± 5 °C, e posterior adição gota a gota de éter dietilico à solução, mantendo a mistura sob agitação, para obtenção do cristal do tipo II. Lisboa, 2013-09-11
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