PT2341805E

PT2341805E - Aparelho para formar uma espuma fina por meio de vapor num líquido à base de leite

Info

Publication number: PT2341805E
Application number: PT09782402T
Authority: PT
Inventors: Christophe S Boussemart; Alexa Perrin
Original assignee: Nestec Sa
Priority date: 2008-09-01
Filing date: 2009-08-31
Publication date: 2012-08-22
Also published as: WO2010023313A1; US20110162534A1; ES2387734T3; EP2341805B1; US8875618B2; DK2341805T3; HK1158912A1; EP2341805A1; PL2341805T3; CN102137611B; CN102137611A

Description

DESCRIÇÃO

"APARELHO PARA FORMAR UMA ESPUMA FINA POR MEIO DE VAPOR NUM LÍQUIDO À BASE DE LEITE"

Campo da Invenção A presente invenção refere-se a um aparelho para formar espuma num líquido à base de leite destinado a ser utilizado, por exemplo, no contexto da preparação de bebidas, tais como, cappucclnos, cafés com leite, latte e machiatto de café, chocolate e outras bebidas quentes. Técnica Anterior

As bebidas de especialidade, em que, pelo menos, uma porção é constituída por leite com espuma ou aquecido, estão a tornar-se cada vez mais populares. A bebida mais conhecida deste tipo é um café do tipo cappuccino. Esta compreende uma porção líquida que consiste em café coberto por uma camada de leite com espuma que, devido à sua densidade muito menor, flutua no topo da superfície do líquido.

Conhecem-se vários sistemas para condicionar leite fresco. Tais sistemas da técnica anterior são divulgados, por exemplo, nos documentos DE 1131372, DE 1554670, DE 19611450, DE 19624648, DE 19719784, DE 4037366, DE 4445436, DE 8915094, DE 202007009537, DE 102004063285, DE 102006031064, EP 0344859, EP 0480928, EP 0607759, EP 0791321, EP 0813834, EP 0858757, 1 EP 1197175, EP 1223839, EP 1501398, EP 1597992, EP 1716796, EP 1725124, EP 1731065, EP 1776904, EP 1776905, EP 1785074, EP 1827188, EP 1857028, EP 1878370, FR 769848, FR 2708185, US 2932493, US 3182975, US 3356349, US 4162855, US 4537332, US 4479908, US 5133247, US 5265519, US 5295431, US 5473972, US 6006654, US 6318247, US 6712497, US 7021206, US 7322282, US 2002/013 4248, WO 90/10411, WO 96/22830, WO 03 /003888, WO 2004/043213, WO 2006/050900, WO 2006/122916, WO 2007/095770, WO 2007/120038, WO 2007/144735, WO2008/034708, WO 2008/046837 e WO 2008/142154. Os sistemas de condicionamento para outras aplicações, tais como café, chocolate quente, sopa, coberturas de salada, etc., são divulgados nos documentos US 2001/0036124, US 2006/0018187 e US 7314307. O método mais simples para formar leite com espuma consiste em mergulhar uma tubagem de fornecimento de vapor numa taça de leite para formar espuma. Contudo, os resultados de um tal método dependem, grandemente, da perícia do utilizador e proporcionam, de um modo geral, uma baixa qualidade de espuma. De facto, habitualmente, o leite acaba meramente aquecido e não se forma espuma de um modo significativo devido à falta de incorporação de ar no leite durante o tratamento de condicionamento. Na verdade, para obter uma formação de espuma aceitável, espera-se que o utilizador mova com perícia a tubagem de vapor no leite, de modo a agitá-la ao mesmo tempo para uma incorporação simultânea de ar no leite. Tais sistemas divulgam-se, por exemplo, nos documentos EP 0791321 e EP 1716796. O mero aquecimento através de vapor sem formação de espuma de leite é bem conhecido e pode ser obtido, igualmente, de modo automático, por exemplo, como divulgado no documento EP 1776904. Em particular, pode combinar-se uma fonte de vapor com um misturador para evitar queimar o leite na conduta de 2 injecção de vapor através da injecção de vapor no leite através do misturador, encerrado numa câmara de agitação em comunicação de fluido com o leite, como divulgado, por exemplo, nos documentos US 3182975 e US 4479908.

Existem dispositivos para formação de espuma que combinam uma tubagem de fornecimento de vapor para aquecimento e um misturador mecânico que se estende por baixo do mesmo para agitar, simultaneamente, o leite numa taça segurada por um utilizador sob este dispositivo de formação de espuma. Um tal misturador pode estar ligado através de um veio de accionamento a um rotor de accionamento que está localizado no interior do tubo de vapor e que é accionado através da passagem de vapor no tubo. O vapor ou uma mistura de vapor e ar, é distribuído verticalmente por cima do misturador. Por exemplo, o documento EP 1197175 divulga uma tubagem de vapor que possui uma multiplicidade de aberturas para introdução de leite e ar e na sua saída um misturador para agitação do leite. O documento DE 102004063 285 divulga um dispositivo semelhante, no qual a tubagem de vapor está disposta de modo a guiar apenas vapor, e é impermeável de modo a evitar a entrada de leite no tubo por razões de higiene. O documento EP 1597992 divulga um outro, tal dispositivo, do mesmo tipo. No documento WO 2007/095770 uma lança com uma disposição de Venturi está disposta de modo a injectar uma mistura de vapor/ar num receptáculo de leite. Divulga-se uma disposição semelhante no documento WO 2007/144735.

Um problema com tais sistemas advém do facto do utilizador ter que segurar apropriadamente a taça sob a tubagem de vapor, ou vice-versa, de modo a que a saída da tubagem não emerja do leite durante o tratamento, o que conduziria à projecção de 3 leite em todas as direcções. Este risco é mesmo aumentado, quando uma tal tubagem de vapor coopera com um misturador localizado sob a mesma, que pode conduzir à formação de um vórtice no leite próximo do misturador e colocar a saída de vapor da tubagem acima da superfície do leite, o que pode conduzir, igualmente, à projecção de leite além de uma baixa, ou nula, incorporação de vapor no leite.

Além disso, a utilização de misturadores interdependentes, meios de injecção de vapor e/ou de ar, tais como sistemas que utilizam uma disposição de Venturi ou sistemas que possuem um misturador accionado pelo vapor injectado, possuem uma versatilidade muito limitada. Normalmente, permitem apenas um modo de operação e requerem a perícia do utilizador, e. g., movimento da disposição de formação de espuma e/ou do receptáculo para ajustar as características de formação de espuma.

Uma solução para este último problema foi proposta no documento EP 1501398, na qual se mistura vapor com ar com uma razão determinada pelo utilizador e, em seguida, é injectado como uma mistura para o interior de um receptáculo que contém leite. A razão de vapor-ar é ajustada tendo em vista aquecer o leite com uma quantidade ajustada pelo utilizador de espuma. O documento EP 1776905 divulga um sistema semelhante no qual são incorporados impulsos de ar comprimido num fluxo de vapor e, em seguida, injectados como uma mistura no interior de uma caneca de leite. Um outro sistema do mesmo tipo divulga-se no documento US 6006654, no qual o leite é bombeado para uma corrente de vapor e, em seguida, é misturado com ar para formação de espuma e, em seguida, é distribuído num bico de descarga. 4 0 leite pode igualmente formar espuma através de aspiração de leite fresco a partir de uma fonte de leite para um dispositivo que inclui uma entrada de ar e uma entrada de vapor pressurizado que forma uma disposição de Venturi, para aquecimento e mistura de um tal leite com vapor e ar, e uma saída para o leite formado com espuma desse modo. Tais dispositivos, divulgam-se por exemplo, nos documentos acima mencionados EP 1716796, DE 102006031064 e DE 4445436. Tais sistemas podem ser combinados, igualmente, com um misturador em linha, como divulgado, por exemplo, no documento DE 202007009537. Além disso, no documento EP 1785074 o leite é bombeado a partir de um reservatório para uma câmara de mistura no interior da qual se injecta uma mistura de vapor e leite para formar espuma no leite, e, em seguida, o leite com espuma é distribuído para uma abertura de distribuição.

Uma outra abordagem conhecida, envolve a utilização de um receptáculo para formação de espuma que compreende uma disposição de formação de espuma, para o interior do qual o leite é fornecido e, em seguida, sujeito à formação de espuma. A formação de espuma pode realizar-se através da injecção de vapor e de ar com uma disposição de Venturi no interior do leite contido no receptáculo, por exemplo, como divulgado nos documentos WO 01/26520 e WO 2006/122916. Este sistema produz leite com espuma, com uma espuma relativamente líquida que possui bolhas grandes. A formação de espuma de leite num tanque pode obter-se, igualmente, através de um impulsor para uma agitação mecânica e impulsão de ar para o leite e de um aquecedor de resistência para aquecimento do leite ao mesmo tempo, como divulgado, por exemplo, nos documentos EP 1725124, WO 2006/050900 e WO/2008/142154. Este sistema produz uma espuma firme relativamente seca, também com bolhas grandes. 5

Um problema envolvido na aspiração de leite numa disposição de vapor de tipo Venturi, é a condensação imediata de vapor na disposição de Venturi e a pouca formação de bolhas de vapor no leite. 0 documento US-A-5638740 divulga um aparelho de formação de espuma de leite com uma entrada de vapor e um sistema de regulação de fluido automática com uma outra entrada para introduzir selectivamente ar no aparelho de formação de espuma de leite. A entrada de vapor compreende, na sua extremidade inferior, um disco que pode ser constituído por um material elástico e que está dotado com uma abertura que transforma o vapor pressurizado num jacto de vapor. A abertura da entrada de vapor pode ser expansível, tornando, assim, a abertura menos susceptível a obstrução. Contudo, este sistema não permite obter uma dimensão de bolha pequena desejada.

Existe assim, ainda, uma necessidade de proporcionar um sistema fiável que seja simples para produzir leite com espuma e que possua uma distribuição de bolhas finas de alta qualidade.

Sumário da Invenção

Deste modo, a invenção refere-se a um aparelho para aquecimento e formação de espuma de um líquido que contém leite. Este aparelho possui uma disposição de fornecimento de vapor que possui uma saída com uma abertura para distribuir para este líquido que contém leite, bolhas de vapor que possuem uma certa dimensão de bolha. 6 0 vapor distribuído para o líquido que contém leite provoca o aquecimento do líquido. Contudo, ao contrário das disposições de Venturi conhecidos, injecta-se água na forma de bolhas de vapor directamente no líquido que contém leite. Este vapor não serve para extrair leite para uma disposição de tubagem de formação de espuma, de acordo com o que o vapor se condensa largamente em água líquida neste processo de aspiração dentro da disposição de Venturi. Pelo contrário, com a disposição de fornecimento de vapor da presente invenção, o vapor é incorporado na forma de bolhas, de um modo geral, gasosas no líquido que contém leite.

De acordo com a invenção, a saída do aparelho está associada a uns meios de válvula para ajustamento da dimensão de bolha das referidas bolhas de vapor distribuídas para o referido líquido a partir da abertura da saída de vapor, possuindo a abertura da saída de vapor, em particular, uma secção que é ajustável pelos meios de válvula.

Assim, através do ajustamento das características da válvula, em particular, através da regulação do fluxo de vapor através da válvula, as características do líquido que contém leite com espuma resultante são influenciadas de modo correspondente, em particular, a dimensão dos poros no leite com espuma que depende da dimensão das bolhas de vapor injectadas pode ser ajustada de modo a obter a qualidade de espuma desejada.

Em particular, verificou-se que a injecção de vapor com uma dimensão de bolhas muito finas no líquido que contém leite, por exemplo, ao forçar o vapor sob pressão através de um elemento de válvula resiliente na abertura de saída de vapor, pode obter-se 7 uma qualidade de espuma próxima daquela obtida manualmente através do utilizador ou do sommelier de café altamente especializado, e. g., uma espuma com bolhas com, aproximadamente, 150 mícrones, em vez de uma dimensão de poros de, ou acima de 200 mícrones obtida com os aparelhos de formação de espuma de leite automáticos conhecidos.

De acordo com a invenção, os meios de válvula compreendem um elemento resiliente pressurizado disposto de modo a permitir uma libertação de vapor através da abertura de saída, quando tal vapor atinge uma pressão suficiente na disposição de fornecimento de vapor. 0 elemento resiliente está associado, opcionalmente, a meios de predisposição ajustáveis pelo utilizador para ajustar a predisposição do elemento resiliente. De acordo com a invenção, os meios de válvula incluem, pelo menos, um de entre, uma tampa, tampão, ou cobertura que fecha de modo resiliente a abertura de saída de vapor.

Os meios de válvula podem compreender uma secção resiliente, em particular, uma secção tubular ou cónica, para guiamento de tal vapor na direcção da abertura de saída de vapor. Esta secção resiliente pode fazer parte da saída de vapor e os meios de válvula podem compreender ainda meios para apertar esta secção resiliente, de modo a regular o fluxo de vapor através da mesma. Tipicamente, os meios de válvula compreendem ainda uma superfície de retenção, sendo a secção resiliente pressurizada para impulsionar a abertura de saída contra a superfície de retenção. Neste caso, uma pressão de vapor pode aumentar por trás da válvula até um nível necessário para forçar a passagem ao longo da secção resiliente através da abertura de saída e injectar, assim, bolhas de vapor com uma dimensão ajustada para o líquido que contém leite. 0 aparelho pode incluir, igualmente, uma válvula unidireccional ou uma válvula de retenção para impedir a introdução do liquido que contém leite na disposição de fornecimento de vapor, em particular, na sua saida. A válvula para ajustamento da dimensão de bolha pode ser, ela própria, uma válvula unidireccional ou uma válvula de retenção.

Habitualmente, o aparelho compreende, igualmente, meios para incorporação de ar no líquido que contém leite, em particular, meios para incorporação de ar neste líquido a uma distância da abertura de saida de vapor, de modo a formar bolhas de vapor na abertura de saida de vapor separadamente das bolhas de ar que estão a ser formadas pelos meios de incorporação de ar. As bolhas de ar introduzidas no referido liquido são, assim, distintas das bolhas de vapor formadas na abertura de saida de vapor.

Através da separação da incorporação de vapor e de ar no liquido que contém leite, especialmente durante o processo de formação de espuma completo, as propriedades das bolhas de vapor e das bolhas de ar não são modificadas antes ou com a incorporação no liquido que contém leite.

Verificou-se experimentalmente que a interacção de bolhas de ar e de bolhas de vapor durante a incorporação no liquido que contém leite, produz uma qualidade de espuma mais elevada do que quando o ar e o vapor são misturados em conjunto, antes da incorporação no liquido que contém leite. Mesmo apesar dos fenómenos fisicos e/ou químicos não serem ainda bem entendidos, e sem se estar ligado a qualquer teoria, acredita-se que o leite, em particular, o condicionamento das proteínas de leite, 9 que se acredita influenciarem directamente as caracteristicas da espuma que contém leite, reage de modo diferente quando exposto a vapor (especialmente, substancialmente não condensado) e ar separadamente, do que quando o liquido que contém leite é tratado com uma pré-mistura de ar e de vapor ou, mesmo pior, de ar e vapor condensado (água quente). A separação completa dos processos de incorporação de ar e de incorporação de vapor conduz à qualidade de espuma melhorada.

Os meios de incorporação de ar compreendem, tipicamente, um agitador para agitação do liquido que contém leite e incorporação do ar através da agitação. 0 agitador pode ser um misturador, disposto de modo a ser imerso no liquido que contém leite e a misturá-lo, como, por exemplo, divulgado nos documentos acima mencionados W02006/050900 e WO/2008/142154. Está igualmente contemplada a agitação do liquido que contém leite através da utilização de uma disposição de tipo shaker para incorporação de bolhas de ar no líquido. Além disso, pode incorporar-se, igualmente, ar no líquido, através da utilização de uma conduta de fornecimento de ar, associada, opcionalmente, a uma bomba de ar, directamente no líquido que contém leite, ou numa forma de realização menos preferida, como explicado acima, através de pré-mistura do vapor e do ar antes da incorporação no líquido que contém leite.

Para aumentar a flexibilidade e a capacidade de adaptação do utilizador, o aparelho pode ser disposto de modo a ser configurável pelo utilizador para incorporação de ar e vapor simultaneamente e/ou sequencialmente, enquanto se forma espuma no líquido que contém leite. 0 aparelho pode ser disposto, igualmente, de modo a deixar o utilizador escolher a velocidade de incorporação de ar e/ou vapor no líquido que contém de leite. 10

Opcionalmente, os meios de incorporação de ar podem estar associados a um aquecedor de resistência para aquecimento do liquido que contém leite em combinação ou sem aquecimento de vapor. Assim, um utilizador pode ajustar as caracteristicas da espuma desejada, em particular, a fluidez e a secura da mesma, bem como a estrutura da espuma através da redução ou supressão da incorporação de vapor e compensação da falta de aquecimento de vapor por um aquecimento de resistência do liquido que contém leite, por exemplo, uma resistência montada num reservatório para contenção do líquido ou no agitador. 0 aparelho pode compreender um reservatório para contenção do líquido que contém leite. A disposição de fornecimento de vapor está fixa, opcionalmente, em particular, fixo mecanicamente ao reservatório. Tipicamente, o receptáculo possui uma superfície de fundo, a abertura de saída de vapor pode estar localizada nesta ou adjacente a esta superfície de fundo. Normalmente, o aparelho compreende um agitador, por exemplo, do tipo misturador, para agitação do líquido que contém leite e incorporação de ar no mesmo. 0 agitador está disposto, opcionalmente, adjacente a um fundo deste receptáculo.

Vantajosamente, o agitador está disposto de modo a induzir um movimento assimétrico no líquido que contém leite no interior do reservatório. Por exemplo, o agitador inclui um misturador que está descentrado relativamente a um eixo vertical central do receptáculo, de acordo com o que pode ser gerada uma agitação assimétrica no corpo do líquido que contém leite. Alternativamente ou cumulativamente, é possível, igualmente, incorporar obstáculos para perturbação do fluxo na estrutura do tanque, e. g., uma projecção que se estende para o interior da cavidade do tanque, de modo a gerar uma agitação assimétrica. 11

Neste caso, a abertura de saída de vapor está localizada, opcionalmente, de um modo geral, oposta ao agitador no receptáculo, em particular, adjacente a uma parte de fundo do receptáculo. Isto proporciona uma incorporação óptima de bolhas de vapor no líquido que contém leite a uma distância do misturador, onde se realiza a incorporação de bolhas de ar no líquido.

Numa forma de realização, a disposição de fornecimento de vapor compreende uma conduta com uma entrada que pode ligar-se a uma saída de um gerador de vapor, em particular, de uma máquina de bebidas quentes.

Numa outra forma de realização, o aparelho da invenção compreende um gerador de vapor em ligação de fluido com a referida disposição de fornecimento de vapor. Opcionalmente, o gerador de vapor está disposto para estar em comunicação térmica com o líquido que contém leite para o seu pré-aquecimento, além do aquecimento através de incorporação de vapor. Por exemplo, o aparelho compreende um reservatório para contenção do líquido que contém leite e um reservatório de água associado a um aquecedor para a geração de vapor, estando o reservatório de água localizado, opcionalmente, em torno de uma parte de fundo do reservatório para contenção do líquido que contém leite. A invenção refere-se, igualmente, a um aparelho para aquecimento e formação de espuma de um líquido que contém leite, em particular, um aparelho como descrito anteriormente. 0 aparelho compreende uma disposição de fornecimento de vapor que possui uma saída com uma abertura para distribuir para este líquido bolhas de tal vapor. Na distribuição de tais bolhas para 12 este líquido, a saída possui uma secção até 0,7 mm2, tipicamente, no intervalo de 0,1 a 0,65 mm2, em particular, no intervalo de 0,2 a 0,55 mm2, tal como 0,2 5 a 0,45 mm2.

Este aparelho pode incluir qualquer característica ou combinação das características descritas anteriormente.

Breve Descrição dos Desenhos

Descrever-se-á agora a invenção com referência aos desenhos esquemáticos, em que: - a Figura 1 mostra uma vista em perspectiva em corte de um aparelho de formação de espuma de leite de acordo com a invenção; e - a Figura 2 mostra uma vista em perspectiva em corte de parte de um outro aparelho de formação de espuma de acordo com a invenção.

Descrição Detalhada

Como se mostra na Fig. 1, um aparelho 1 da invenção possui um tanque 10 para recepção do líquido que contém leite que se destina a formar espuma. O tanque 10 possui um bico 11 para distribuição do líquido após a formação de espuma. Além disso, um compartimento 2 fechado está localizado sob o tanque 10 que contém uma disposição 5 de accionamento eléctrico associada a um interruptor 6 para o utilizador e um elemento 7 de ligação de fornecimento de energia eléctrica para ligação a uma base de 13 suporte (não mostrada). A disposição 5 de accionamento está disposta de modo a accionar um misturador 8 que está localizado num fundo 12 do tanque 10 e que está acoplado magneticamente, à disposição 5 de accionamento através do fundo 12. O compartimento 2 é formado por uma plataforma 3, geralmente tubular, montada num fundo 4 rigido. A parte superior do compartimento 2 está delimitada pelo tanque 10 que está localizado no interior e fixo à plataforma 3. Assim, a plataforma 3 tubular, o fundo 4 e o tanque 10 são três partes de invólucro, que, quando montadas, formam, em conjunto, a câmara 2. Outros pormenores e variações da estrutura do aparelho, meios de accionamento, interruptores, elemento de ligação eléctrica e misturador divulgam-se, por exemplo, nos documentos W02006/050900 e WO/2008/142154.

Além disso, o aparelho 1 possui uma disposição para o fornecimento de vapor compreendendo uma tubagem 20 com uma entrada 21 para ligação a um gerador de vapor (não mostrado) e uma saida 22 para distribuição de bolhas de vapor no fundo 12 do tanque 10. A tubagem 20 está fixa ao tanque 10 através de um elemento 13 que se estende a partir da margem superior do tanque 10. A tubagem 20 é constituída por material resiliente, e. g., um material plástico, e é impulsionada sob restrição elástica contra o fundo 12, de modo a que, a tubagem 20, que é comprimida ao longo da sua direcção longitudinal e o fundo 12, que forma uma superfície de retenção contra a saída 22 da tubagem, cooperem em conjunto para formar um sistema de válvula para regulação da dimensão de bolha, das bolhas de vapor que saem durante a utilização através de uma abertura 25 ajustada. Uma tal abertura 25 é formada pela periferia da saída 22 de vapor 14 impulsionada contra o fundo 12 do tanque 10. Assim, a abertura 25 de saida formada entre o tubo 20 e o fundo 12 possui uma secção que é ajustada pelos meios de válvula, i. e., o tubo 20 predisposto contra o fundo 12, e o vapor sob pressão no interior e ao longo do tubo 20 forçando a sua saída através da abertura 25.

Para operar o aparelho 1, liga-se uma entrada 21 de vapor a um gerador de vapor, em particular, ao bico de vapor de uma máquina de café através de uma tubagem de ligação e verte-se leite ou um líquido que contém leite (não mostrado) no tanque 10. 0 misturador 8 descentrado é feito rodar no líquido ao ligar a disposição 5 de accionamento, pressionando o botão 6. A rotação do misturador 8 conduz à formação de um vórtice na superfície do líquido. Este vórtice, mostrado esquematicamente por linhas 15 ponteadas, pode estender-se para baixo e mesmo por baixo do misturador 8, no início. Consequentemente, o ar é incorporado mecanicamente no líquido através da acção do misturador 8 que roda através da parte 16 inferior da superfície 15 do liquido agitado. O vapor é produzido pelo gerador de vapor e fornecido através da entrada 21 para a tubagem 20 e é guiado ao longo da mesma até ao fundo 12. Na saida 22, o vapor força a sua saída sob pressão através da abertura 25 para formar bolhas de vapor muito pequenas no líquido que contém leite em rotação, para aquecer o líquido e formar com as bolhas de ar uma emulsão fina de líquido que contém leite, ar e vapor, e vapor condensado. 15 A Fig. 2, na qual as mesmas referências numéricas indicam, de um modo geral, os mesmos elementos, mostra uma vista em perspectiva em corte de um tanque 10 de leite de um aparelho de acordo com a invenção. O tanque 10 possui, no seu fundo 12, um misturador 8 que é rodado através da acção de uma disposição de accionamento (não mostrada) e uma saída 22 de uma disposição de fornecimento de vapor (não mostrada) para guiamento de vapor a partir de um gerador de vapor para o tanque 10.

A saída 22 conduz através do fundo 12 ao tanque 10. A saída 22 está coberta com meios de válvula que possuem uma tampa 26 resiliente semi-rígida e uma disposição 14, 14', 27, 28 para ajustamento da predisposição mecânica da tampa 26 resiliente contra o fundo 12. A tampa 26 possui uma forma cónica geralmente achatada e é impulsionada com a sua periferia da base contra o fundo 12 sobre a saída 22 através de uma haste 27, actuando o fundo 12 como uma superfície de retenção para a tampa 26. O tanque 10 possui um elemento 14 de suporte radial com um orifício 14' roscado para fixação da haste 27 que possui uma rosca correspondente. O elemento 14 de suporte estende-se substancialmente de modo vertical ao longo da altura total do tanque 10. Numa variação, podem proporcionar-se um ou mais elementos de suporte em forma de dedos radiais para fixar a haste 27, ao contrário deste elemento 14 de suporte que se estende de modo vertical. Além disso, a extremidade superior da haste 27 está montada numa maçaneta 28 para accionar a haste 27 para cima e para baixo no orifício 14' e permitir que o utilizador ajuste a predisposição mecânica da tampa 26 contra o fundo 12 e ajuste, assim, as características da abertura 25 regulada da saída 22 de vapor formada sob a periferia da base da tampa 26. 16 A saída 22 está ligada a um gerador de vapor através de uma disposição de fornecimento de vapor (não mostrada). 0 gerador de vapor pode fazer parte do aparelho de formação de espuma e estar localizado por baixo e/ou em torno do fundo 12, ou o gerador pode ser exterior ao aparelho, como discutido relativamente à forma de realização mostrada na Figura 1. 0 aparelho, mostrado parcialmente na Fig. 2 opera, de um modo geral, como o aparelho da Fig. 1. Além disso, o sistema 14, 14', 26, 27, 28 de válvula permite que o utilizador ajuste de um modo simples a pressão de abertura da abertura 25 de saida de vapor e, assim, a dimensão das bolhas de vapor distribuídas a partir da abertura 25 de saída para um lote de líquido que contém leite a ser condicionado no tanque 10. O sistema 14, 14', 26, 27, 28 de válvula actua, igualmente, como uma válvula unidireccional ou de retenção para impedir a infiltração de líquido que contém leite para o interior da saída 22 através da abertura 25.

Além disso, na distribuição das bolhas de vapor para este líquido, a abertura 25 de saída pode ter uma secção de, aproximadamente, 0,3 ou 0,4 até 0,5 ou 0,6 mm2.

Lisboa, 14 de Agosto de 2012 17

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Aparelho (1) para aquecimento e formação de espuma de um líquido que contém leite, compreendendo uma disposição (20, 21, 22) de fornecimento de vapor que possui uma saída (22) com uma abertura (25) para distribuir, para o referido líquido, bolhas do referido vapor que possuem uma dimensão de bolha, em que a saída está associada a meios (12, 13, 14, 14', 20, 26, 27, 28) de válvula, tal como uma válvula unidireccional ou de retenção, para ajustamento da dimensão de bolha das referidas bolhas de vapor distribuídas para o referido líquido a partir da abertura de saída de vapor, possuindo a abertura de saída de vapor, em particular, uma secção que é ajustável através dos meios de válvula, caracterizado por os meios de válvula compreenderem um elemento (20, 26) resiliente predisposto, disposto de modo a permitir uma libertação do referido vapor através da abertura (25) de saída quando o referido vapor atinge uma pressão suficiente na disposição (20, 21, 22) de fornecimento de vapor, e por os meios (12 PO \—1 \—1 14', 20, 26, 27, 28)de válvula incluírem, pelo menos, um de entre, uma tampa, tampão ou cobertura (26) , que fecha de modo resiliente a abertura (25) de saída de vapor.
2. Aparelho da reivindicação 1, em que o elemento resiliente está associado, opcionalmente, a meios (14, 14', 26, 28) de predisposição ajustáveis pelo utilizador para ajustamento da predisposição do elemento resiliente. 1
3. Aparelho de qualquer reivindicação anterior, em que os meios (12, 13, 14, 14', 20, 26, 27, 28) de válvula compreendem uma secção resiliente, em particular, uma secção (20) tubular ou uma secção (26) cónica, para guiamento do referido vapor na direcção da abertura (25) de saída de vapor.
4. Aparelho da reivindicação 3, em que a referida secção resiliente faz parte da saída de vapor e em que os meios de válvula compreendem ainda meios para apertar a referida secção resiliente para regular o fluxo de vapor através da mesma.
5. Aparelho da reivindicação 3, em que os meios de válvula compreendem ainda uma superfície (12) de retenção, estando a secção (20, 26) resiliente predisposta de modo a impulsionar a abertura (25) de saída contra a superfície de retenção.
6. Aparelho de qualquer reivindicação anterior, que compreende meios para incorporação de ar no referido líquido, em particular, meios (8) para incorporação de ar no referido líquido a uma distância da abertura (25) de saída de vapor, de modo a formar bolhas de vapor na abertura de saída de vapor separadamente das bolhas de ar que estão a ser formadas pelos meios de incorporação de ar.
7. Aparelho da reivindicação 6, em que os meios de incorporação de ar compreendem um agitador para agitação do referido líquido, em particular, um misturador (8) e/ou uma disposição do tipo shaker. 2
8. Aparelho da reivindicação 6 ou 7, que está disposto de modo a ser configurável pelo utilizador para incorporação de ar e vapor simultaneamente e/ou sequencialmente enquanto se forma espuma no referido liquido, estando os meios (8) de incorporação de ar associados, opcionalmente, a um aquecedor de resistência para aquecimento do referido liquido em combinação ou sem aquecimento de vapor.
9. Aparelho de qualquer reivindicação anterior, que compreende um reservatório (10) para contenção do referido líquido, opcionalmente: estando a referida disposição (20, 21, 22) de fornecimento de vapor fixa, em particular, fixa mecanicamente ao reservatório; e/ou estando a abertura (25) de saída de vapor localizada numa ou adjacente a uma superfície (12) inferior do reservatório.
10. Aparelho da reivindicação 9, que compreende um agitador (8) para agitação do referido líquido e incorporação de ar no mesmo, estando o referido agitador disposto, opcionalmente, adjacente a uma parte (12) inferior do receptáculo (10).
11. Aparelho da reivindicação 10, em que o agitador (8) está localizado descentrado relativamente ao receptáculo (10), estando a referida abertura (25) de saída de vapor, opcionalmente, localizada, de um modo geral, oposta ao agitador no receptáculo, em particular, adjacente a uma parte inferior do receptáculo.
12. Aparelho como definido em qualquer reivindicação anterior, em que a disposição (20, 21, 22) de fornecimento de vapor compreende uma conduta (20) com uma entrada (21), que pode ligar-se a uma saída de um gerador de vapor, em particular, de uma máquina de bebidas quentes. 3
13. Aparelho como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 12, que compreende um gerador de vapor em ligação de fluido com a referida disposição de fornecimento de vapor, estando o referido gerador disposto, opcionalmente, de modo a estar em comunicação térmica com o referido liquido para o seu pré-aquecimento.
14. Aparelho (1) como definido em qualquer reivindicação anterior, em que, na distribuição das referidas bolhas no referido liquido, a saída possui uma secção até 0,7 mm2, tipicamente, no intervalo de 0,1 a 0,65 mm2, em particular, no intervalo de 0,2 a 0,55 mm2, tal como 0,25 a 0,45 mm2. Lisboa, 14 de Agosto de 2012 4