PT2289816E

PT2289816E - Embalagem unificada e método de produção da mesma

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Publication number: PT2289816E
Application number: PT101731016T
Authority: PT
Original assignee: Aki Inc
Priority date: 2009-08-24
Filing date: 2010-08-17
Publication date: 2015-01-14
Also published as: BR112012003660A2; CN102725207A; US8578684B2; KR101705392B1; PE20121302A1; JP5976539B2; EA024234B1; CO6612212A2; US20110042256A1; KR20120067996A; US20120178603A1; NI201200028A; BR112012003660B1; US9469435B2; AR078237A1; US8739973B2; HK1154837A1; EP2289816A1; MX2012002203A; CN102725207B

Description

DESCRIÇÃO "Embalagem unificada e método de produção da mesma" 0 invento refere-se geralmente a embalagens unificadas para conter e distribuir um produto, como é, por exemplo, conhecido a partir de US 2009/071978. Em particular, as embalagens unificadas compreendem um cartão de base impresso e um recipiente de fluido ligado permanentemente a uma porção do cartão de base. O recipiente de fluido compreende uma primeira camada de barreira laminada, que compreende, pelo menos, uma camada de um polímero termoplástico orientado biaxialmente, uma porção do qual é conformada numa forma de abóbada modificada, e uma segunda camada de barreira laminada e plana. O invento refere-se também a métodos de produção de tais embalagens unificadas.

ANTECEDENTES DO INVENTO

Os recipientes comprimíveis são utilizados na embalagem e distribuição de várias formulações de cosméticos, de higiene pessoal e produtos domésticos. Os tubos metálicos são um exemplo de tais recipientes. Os tubos metálicos são herméticos ao ar e, por conseguinte, conseguem a protecção dos produtos contidos nos tubos por períodos de armazenamento longos. No entanto, metal, tal como película de alumínio, é difícil conformar e o fabrico de tubos metálicos é frequentemente caro.

Os recipientes comprimíveis têm sido também fabricados em plástico. Embora relativamente baratos de fabricar, os recipientes de plástico não proporcionam o mesmo nível de protecção para os produtos que proporcionam os tubos metálicos, devido à permeabilidade do plástico. Como resultado disso, o prazo de validade de armazenagem dos produtos contidos nos recipientes de plástico é muitas vezes mais curta.

As embalagens ou saquetas flexíveis, tais como as utilizadas para condimentos, são um outro exemplo de recipientes comprimíveis de plástico. Mais recentemente foram fabricadas bolsas de pequeno de volume para incluírem uma secção de cabeçalho que é plana e não enchida com os produtos para expandir sua mensagem de presença visual e gráfica. No entanto, estas bolsas flexíveis têm um certo número de inconvenientes. Por exemplo, a secção de cabeçalho das bolsas flexíveis carece de rigidez suficiente e causa distorção térmica. Além disso, uma vez que os produtos ficam geralmente distribuídos ao longo de uma zona grandemente bidimensional, é difícil produzir o escoamento de fluido desejado do produto para a abertura das bolsas. A distribuição de fluidos de alta viscosidade é particularmente problemática. Devido à carência de qualquer forma tridimensional definida, as bolsas flexíveis requerem uma área superficial maior para armazenar um determinado volume do produto, o que é muitas vezes acompanhado por uma maior transmissão de vapor através da área superficial, uma maior tendência para a separação de fases (particularmente se o produto for uma emulsão) , e um maior potencial de perda de produto, devido à eliminação da camada superficial pelas embalagens termoplásticas.

Além disso, os recipientes comprimíveis de pequeno volume carecem muitas vezes de falta de atracção visual e dificuldade na colocação no retalho. Em particular, tais recipientes comprimíveis carecem área superficial suficiente para acomodar mensagens de texto ou gráficas para fins de promoção ou de instruções. Como resultado disso, os mesmos devem ser embalados num embalagem secundária tal como uma caixa de cartão impressa ou uma embalagem de bolha (blister) que suporta as mensagens de texto ou gráficas necessárias. No entanto, uma vez que tais recipientes comprimíveis devem ser separados da embalagem secundária antes da utilização, as mensagens de promoção ou de instruções impressas na embalagem secundária são frequentemente negligenciadas ou perdidas antes no momento da utilização.

Existe, portanto, uma necessidade de uma embalagem comprimível melhorada que proporcione as características de barreira de vapor e prazo de validade adequadas; seja capaz de manter uma forma predeterminada com uma rigidez suficiente antes da utilização; permita que a distribuição do produto de uma forma controlada; e assegure a presença das mensagens de promoção ou de instruções durante o tempo de utilização.

Também é necessário um processo económico e eficiente para o fabrico de uma tal embalagem comprimível.

SUMÁRIO DO INVENTO 0 presente invento proporciona uma embalagem unificada, a qual inclui um cartão de base e um recipiente de fluido que está permanentemente ligado a uma porção do cartão de base.

Numa concretização, a embalagem unificada compreende um cartão de base impresso e um recipiente de fluido. 0 recipiente de fluido compreende uma primeira camada de barreira laminada, que compreende, pelo menos, uma camada de um polímero termoplástico orientado biaxialmente, um produto e uma segunda camada de barreira laminada. Uma porção da primeira camada de barreira laminada é conformada numa forma de abóbada modificada com um volume definido. 0 produto enche substancialmente o volume definido. A primeira camada de barreira laminada e a segunda camada de barreira laminada são seladas em conjunto nos seus perímetros para formarem um invólucro estanque a fluidos para conter o produto. A segunda camada de barreira laminada do recipiente de fluido está permanentemente ligada a uma porção do cartão de base impresso.

De preferência, a forma de abóbada modificada da primeira camada de barreira laminada é elasticamente sustentável quando o recipiente de fluido é selado. 0 polímero termoplástico orientado biaxialmente pode compreender um polietileno, um polipropileno, um poliéster, uma poliamida, um poliarilato, ou uma mistura dos mesmos. Numa concretização preferida, o polímero termoplástico orientado biaxialmente compreende poli (tereftalato de etileno).

Numa concretização, uma, ou ambas, das primeira e segunda camadas de barreira laminadas compreendem uma camada de película de alumínio. De preferência, a espessura da película de alumínio é inferior a cerca de 0,0254 mm (0,001 polegada). 0 produto é, de preferência, um líquido.

Numa outra concretização, o recipiente de fluido compreende ainda um bico de distribuição. 0 cartão de base compreende uma tira de abertura definida por uma linha de perfurações que intersecta o bico de distribuição. Uma vez a tira de abertura removida, o produto pode ser distribuído a partir do bico de distribuição. Numa concretização preferida, o recipiente de fluido compreende também uma aba de prolongamento plana formada pelas primeira e segunda camadas de barreira laminadas. A aba de prolongamento encerra o bico de distribuição e sobrepõe-se à tira de abertura. 0 bico de distribuição pode também ser de abrir e fechar.

De preferência, o cartão de base é menos flexível do que a primeira camada de barreira laminada do recipiente de fluido. 0 cartão de base pode compreender material de papel. Uma, ou ambas, as superfícies do cartão de base podem ser também impressas com todas as mensagens de promoção ou de instruções para fins de comercialização ou de conformidade regulamentar. É também proporcionado um método com eficácia de custos de produção de uma embalagem unificada descrita acima. Numa concretização, o método inclui o fornecimento de um cartão de base impresso, o fabrico de um recipiente de fluido que compreende uma primeira camada de barreira laminada e uma segunda camada de barreira laminada, e a ligação permanente do recipiente de fluido ao cartão de base impresso. 0 recipiente de fluido é fabricado por: (i) conformação de uma porção da primeira camada de barreira laminada, a qual compreende, pelo menos, uma camada de um polímero termoplástico orientado biaxialmente, numa forma de abóbada modificada com um volume definido; (ii) depósito de um produto na primeira camada de barreira laminada de modo que o produto enche substancialmente o volume definido; (iii) disposição da segunda camada de barreira laminada, a qual é plana, sobre a primeira camada de barreira laminada; e (iv) selagem das primeira e segunda camadas de barreira laminadas em conjunto nos seus perímetros, para formar um invólucro estanque para conter o produto. De preferência, a forma de abóbada modificada da primeira camada de barreira laminada é elasticamente sustentável quando o recipiente de fluido está selado. 0 polímero termoplástico orientado biaxialmente pode compreender um polietileno, um polipropileno, um poliéster, uma poliamida, um poliarilato, ou uma mistura dos mesmos. De preferência, o polímero termoplástico orientado biaxialmente compreende poli(tereftalato de etileno).

Numa concretização, uma, ou ambas, das primeira e segunda camadas de barreira laminadas compreende uma camada de película de alumínio. De preferência, a espessura da película de alumínio é inferior a cerca de 0,001 polegada.

Numa concretização, as primeira e segunda camadas de barreira laminadas são seladas em conjunto por selagem por calor. Numa outra concretização, as primeira e segunda camadas de barreira laminadas são ligadas em conjunto, utilizando a energia de frequência rádio, energia sónica ou um adesivo.

Numa concretização preferida, a forma de abóbada modificada da primeira camada de barreira laminada é conformada por aplicação de pressão de gás a uma porção da primeira camada de barreira laminada. A pressão do gás pode ser de cerca de 1 bar (15 psi) a cerca de 9,7 bar (140 psi), e a pressão do gás pode ser aplicada durante um período de tempo que varia desde cerca de 0,01 segundo a cerca de 1,0 segundo.

Numa outra concretização, o recipiente de fluido compreende ainda um bico de distribuição. O cartão de base é cortado por matriz para formar uma tira de abertura, definida por uma linha de perfurações. A tira de abertura, uma vez removida, permite o acesso ao produto a partir do bico de distribuição. Numa concretização preferida, as primeira e segunda camadas de barreira laminadas são seladas em conjunto nos seus perímetros para formarem o invólucro estanque a fluidos e uma aba de prolongamento plana. A aba de prolongamento encerra o bico de distribuição e sobrepõe-se à tira de abertura. O bico de distribuição pode ser também de abrir e fechar. 0 presente invento proporciona, assim, uma embalagem comprimível melhorada. Em particular, é utilizado um polímero termoplástico orientado biaxialmente para fabricar a presente embalagem unificada. Um polímero termoplástico orientado biaxialmente oferece várias vantagens em relação a outros materiais de plástico utilizados tradicionalmente em recipientes conformados por calor, por exemplo, o mesmo proporciona características de barreira superiores em relação à sua espessura e benefício no que se refere a custos. No entanto, o polímero termoplástico orientado biaxialmente é normalmente rejeitado em processos de conformação conhecidos, em grande parte devido à sua utilização requerer uma força substancialmente maior para o conformar numa forma desejada e o perfil conformado obtido é muito limitado.

Verificou-se que uma camada de barreira laminada que compreende, pelo menos, uma camada de um polímero termoplástico orientado biaxialmente pode ser suficientemente conformada utilizando o processo de conformação descrito aqui para proporcionar uma forma de abóbada modificada sem exceder o valor de tracção máximo do polímero termoplástico orientado biaxialmente, preservando assim sua característica de barreira superior. Além disso, o presente processo de conformação aumenta o grau de orientação biaxial e a resistência à deformação adicional do polímero termoplástico orientado biaxialmente. Como um resultado disso, a forma de abóbada modificada conformada pode ser sustentada elasticamente pelo produto e/ou pelos gases contidos na embalagem unificada até ao momento da utilização.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS A Fig. la é uma vista em planta de uma primeira concretização de uma embalagem unificada. A Fig. lb é uma vista em corte transversal da embalagem unificada da Fig. la ao longo de A-A. A Fig. 2 é uma vista em planta de uma segunda concretização de uma embalagem unificada com um recipiente de fluido de abrir e fechar. A Fig. 3a é uma vista em planta de um prato de prensa inferior para o fabrico da primeira camada de barreira laminada da embalagem unificada. A Fig. 3b é uma vista em corte transversal do prato de prensa inferior da Fig. 3a ao longo de B-B. A Fig. 4a é uma vista lateral de um prato de prensa inferior e um prato de prensa superior para fabrico da primeira camada de barreira laminada da embalagem unificada, antes de ser aplicado o gás pressurizado. A Fig. 4b é uma vista lateral das placas de prensa inferior e superior da Fig. 4a, quando o gás pressurizado é inicialmente aplicado. A Fig. 4c é uma vista de lateral das placas de prensa inferior e superior da Fig. 4a, quando o gás pressurizado é totalmente aplicado.

DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DO INVENTO I. Embalagens unificadas A presente embalagem unificada compreende geralmente um cartão de base impresso e um recipiente de fluido permanentemente ligado a uma porção do cartão de base. 0 recipiente de fluido compreende uma primeira camada de laminado de barreira laminada e uma segunda camada de barreira laminada que encerra um produto. A primeira camada de barreira laminada compreende, pelo menos, uma camada de um polímero termoplástico orientado biaxialmente, e uma porção da primeira camada de barreira laminada é conformada em forma de abóbada monolítica modificada. A segunda camada de barreira laminada é plana.

Fig. la mostra uma primeira concretização da presente embalagem unificada. A embalagem unificada 10 inclui um cartão de base impresso 20 e um recipiente de fluido 30. A Fig. lb mostra uma vista em corte transversal da embalagem unificada 10 na Fig. la ao longo de A-A. Como mostrado na Fig. lb, o recipiente de fluido 30 compreende uma primeira camada de barreira 40 e uma segunda camada de barreira laminada 50. A primeira camada de barreira laminada 40 tem uma superfície interna 42 e uma superfície exterior 44. A segunda camada de barreira laminada 50 tem uma superfície interna 52 e uma superfície externa 54. A superfície interna 42 da primeira camada de barreira laminada 40 e a superfície interna 52 da segunda camada de barreira laminada 50 são seladas em conjunto nos seus perímetros, formando um invólucro estanque a fluidos 60. Um produto 70 enche substancialmente o volume do invólucro estanque 60.

As primeira e segunda camadas de barreira laminadas são camadas de barreira, isto é, são substancialmente inertes e, de preferência, impermeáveis ao produto contido no recipiente de fluido, a fim de evitar substancialmente a migração dos componentes do produto através das camadas. Podem ser utilizados vários tipos de películas de plástico com propriedades de barreira, por exemplo, o poli(tereftalato de etileno) ("PET"), as celuloses ou os acetatos para o fabrico das camadas de barreira laminadas. As camadas de barreira laminadas podem também incorporar os revestimentos de barreira de vapor especiais para conferir ou melhorar as suas características de barreira. Além disso, um material que não possui propriedades de barreira pode ser revestido ou tratado a fim de lhe conferir propriedades de barreira, de modo que o material pode ser utilizado para formar as camadas de barreira laminadas. Dependendo dos componentes do produto, pode ser escolhido um material de barreira, o qual constitui uma barreira para, por exemplo, óleo, gás, vapor de água, aroma, ou oxigénio. A primeira camada de barreira laminada e a segunda camada de barreira laminada da embalagem unificada são de preferência construídas com laminados de barreira termoplásticos, flexíveis e finos. A primeira camada de barreira laminada compreende, pelo menos, uma camada de um polímero termoplástico orientado biaxialmente. Um polímero termoplástico orientado biaxialmente é um polímero que foi estirado em duas direcções (isto é, a direcção da máquina e na direcção transversal da máquina) sob condições que têm como resultado a reorientação do polímero. Como um resultado de tal orientação do polímero, as características de barreira e a resistência física do polímero são melhoradas. Um polímero termoplástico orientado biaxialmente tem uma resistência à tracção elevada, substancialmente em qualquer direcção da máquina ou transversal à direcção da máquina, e é geralmente resistente a alongamento adicional.

Os polímeros termoplásticos orientados biaxialmente adequados incluem, mas não estão limitados a, poliésteres, poliamidas, os quais incluem nilãos e poliamidas amorfas, poliarilatos, polipropilenos, polietilenos, ou as suas misturas.

Um polímero termoplástico orientado biaxialmente preferido é um poliéster tal como poli(tereftalato de etileno) (PET), vendido sob o nome comercial Mylar® fabricado pela DuPont Tejlin Films, devido às características comparáveis de resistência e alongamento da película de poliéster ao longo tanto na direcção da máquina como na direcção transversal à máquina. Outros polímeros termoplásticos orientados biaxialmente preferidos incluem, mas não estão limitados a, poliamidas tais como a película de nilão, que são vendidos sob o nome comercial Capran Emblem® fabricado pela Honeywell, e as películas de polipropileno orientadas biaxialmente (BOPP), tais como as fabricadas pela Exxon-Mobil.

Além disso, a primeira e segunda camadas de barreira laminadas podem compreender cada uma mais do que uma camada de materiais compósitos.

As primeira e segunda camadas de barreira laminadas podem também incorporar cada materiais metálicos, semi-metálicos, de óxidos metálicos ou cerâmicos para melhorar as características de humidade-vapor destas camadas. Os exemplos de tal construção de laminação podem incluir os fabricados de acordo com a especificação militar US MIL-B-131 classe I, bem como muitos laminados comerciais, tais como os utilizados para o teste de diagnóstico médico ou distribuição de condimentos de serviço de alimentação.

Numa concretização, as primeira e segunda camadas de barreira laminadas podem compreender uma camada metálica de calibre fino. A camada metálica, tal como uma camada de película de alumínio, proporciona taxas de transmissão de vapor húmido baixas que são desejadas em recipientes comprimíveis. Quaisquer qualidades de alumínio podem ser utilizadas, embora sejam preferidas as que são mais maleáveis. Um alumínio particularmente preferido é uma camada de alumínio de calibre fino que não provoca perda das características de elasticidade desejáveis do recipiente de fluido selado, não seja facilmente amolgado ou danificado no transporte, e proporcione ainda a desejada redução na taxa de transmissão de vapor húmido ou de oxigénio.

Numa concretização, a primeira camada de barreira laminada pode compreender uma camada de selagem ao calor termoplástica interior com a espessura na gama de cerca de 0,0127 mm (0,0005 polegada) a cerca de 0,1016 mm (0,0040 polegada) e uma camada exterior de uma película de polímero termoplástico orientado biaxialmente, com a espessura na gama de cerca de 0,01016 mm (0,0004 polegada) a cerca de 0,0508 mm (0,002 polegada). Uma camada de barreira suplementar, de preferência, uma camada de película de alumínio, com a espessura na gama de cerca de 0,006858 mm (0,00027 polegada) a cerca de 0,0254 mm (0,001 polegada) podem também ser incluídas entre a camada de selagem por calor e a película termoplástica orientada biaxialmente. De preferência, a camada exterior é construída com uma película de polímero de poliéster orientado biaxialmente com uma espessura na gama de cerca de 0,0122 mm (0,00048 polegada) a cerca de 0,02337 mm (0,00092 polegada). A segunda camada de barreira laminada pode ter as mesmas ou diferentes composições da primeira camada de barreira laminada. Devido à segunda camada de barreira laminada não ser conformada, não é necessária a utilização de uma película termoplástica orientada biaxialmente na estrutura.

Como mostrado na Fig. lb, a primeira camada de barreira laminada 40 tem uma forma de abóbada monolítica modificada conformada na mesma. As frases "forma de abóbada modificada" ou "forma de abóbada monolítica modificada", tal como utilizadas neste pedido de patente, referem-se a qualquer saliência tridimensional adequada, com uma superfície lisa a partir de uma base plana, e incluem, mas não estão limitados a, uma forma de hemisférica, uma forma esférica de baixo perfil (por exemplo, a altura do perfil é inferior ao raio da base, no caso de uma base circular), ou uma forma toroidal. De preferência, a forma de abóbada é uma forma esférica modificada de baixo perfil, tal como o mostrado na Fig. lb. A base plana da forma de abóbada modificada pode ter qualquer forma desejada, de preferência, uma forma arredondada, e quaisquer dimensões desejadas. A forma de abóbada modificada na Fig. la tem uma base circular. Outras bases adequadas da forma de abóbada modificadas incluem, mas não estão limitados a, formas ovais, elipses ou quadrados simples ou rectângulos com cantos de raios suaves (como mostrado na Fig. 2).

Quaisquer porções da primeira camada de barreira laminada que não têm a forma de abóbada modificada conformada (isto é, as porções circundantes da base plana da forma conformada) são, de preferência, planas. De preferência, a segunda camada de barreira laminada é também plana. 0 produto pode ser de qualquer produto que seja adequado para ser embalado e distribuído numa embalagem unificada. De preferência, o produto é um cosmético substancialmente não adulterado, um produto de higiene pessoal, um produto médico, ou um produto doméstico. Os exemplos incluem creme para o rosto, champô, pasta de dentes, remédios líquidos e detergente. Os produtos substancialmente não adulterados incluem quisquer produtos apresentados na sua forma original ou natural, sem ser alterado de maneira significativa. 0 produto pode ser apresentado em qualquer forma adequada, tal como numa forma de gel, na forma de pó, em microcápsulas, contido num material de matriz, ou, de preferência, numa forma liquida. Além disso, o produto pode compreender componentes voláteis e/ou não voláteis. A quantidade, ou o volume, do produto pode ser adequada como uma amostra, ou para utilizações únicas ou múltiplas.

De preferência, o produto enche substancialmente o volume definido pela forma de abóbada modificada da primeira camada de barreira laminada.

As primeira e segunda camadas de barreira laminadas 40 e 50 são seladas em conjunto nos seus perímetros. Como mostrado na Fig. lb, a superfície interna 42 da primeira camada de barreira laminada 40 e a superfície interna 52 da segunda camada de barreira laminada 50 são seladas em conjunto nos seus perímetros, formando um invólucro estanque a fluidos 60 para conter o produto 70. A selagem pode ser formada utilizando qualquer método adequado, tal como a selagem por calor, por rádio-frequência ou de energia sónica, ou por meio de adesivos. De preferência, a selagem é uma selagem permanente hermética. As selagens permanentes, também referidas como ligações destrutíveis ou de rasgar, podem ser formadas pelos métodos descritos acima.

Os adesivos devem ser compatíveis com o produto, isto é, os mesmos não devem reagir ou tornar-se flexíveis quando entram em contacto com o produto ou com os componentes do produto. Tal reacção pode provocar a deterioração indesejável produto ou da selagem.

Numa concretização, pelo menos, uma das superfícies interiores 42 e 52 compreende um adesivo sensível a pressão, tal como um adesivo sensível à pressão de baixo odor que tenha sido aplicado a partir de uma emulsão de base aquosa. O adesivo sensível à pressão pode cobrir toda a área de contacto entre a primeira camada de barreira laminada e a segunda camada de barreira laminada. Em alternativa, o adesivo pode ser aplicado com um padrão específico de linhas ou pontos. Um outro exemplo consiste em qualidade especiais de adesivo de fusão por calor, especialmente os que podem proporcionar uma funcionalidade de ligação cruzada. Os adesivos podem ser também formulados para proporcionar propriedades de barreira adicionais. Tais adesivos podem conter agentes tais como removedores de oxigénio ou consistir em precursores de formação de películas de materiais de alto poder de barreira, tal como poli(cloreto de vinilideno) (PVDC) com qualidade de látex.

Se for utilizada uma selagem permanente, a embalagem unificada 10 também deve ser provida com meios para abertura do recipiente de fluido 20, tal como por meio do rasgar de uma das primeira camada de barreira laminada ou segunda camada de barreira laminada, ou de ambas. Os meios de abertura podem incluir um bico de distribuição 100, como mostrado na Fig. la, um entalhe ou um encadeado para originar ou facilitar o rasgar. Os meios de abertura podem também ser de abrir e fechar ou seláveis de novo.

Quando as primeira e segunda camadas de barreira laminadas 40 e 50 são seladas em conjunto nos seus perímetros para formarem um invólucro estanque a fluidos 60, o produto 70 enche substancialmente o volume do invólucro (isto é, o volume definido pela forma de abóbada modificada da primeira camada de barreira laminada) , e deixa espaço de topo mínimo (isto é, o espaço que é ocupado pelo ar ambiente) no invólucro. Pela utilização do volume definido do invólucro na sua totalidade, pode ser conseguida a estabilidade máxima do produto contido. O produto, especialmente quando na forma fluida, e outros fluidos (isto é, líquidos ou gasosos) no invólucro, caso existam, proporcionam também pressão interna e força para suster a forma conformada da primeira camada de barreira laminada. Assim, quando o recipiente de fluido é selado, a forma da abóbada modificada conformada da primeira camada de barreira laminada é elasticamente sustentável, isto é, a camada mostrará menor deformação de pressão quando é aplicada força na sua superfície externa, mas será substancialmente auto restaurada para sua forma original quando da liberação da força. Uma vez formado e selado, o recipiente de fluido é também resistente à flexão e pode contribuir para a rigidez do cartão de base.

Numa concretização preferida, a superfície interna 42 da primeira camada de barreira laminada 40 é selada por calor na superfície interna 52 da segunda camada de barreira laminada 50 antes da ligação do recipiente de fluido 30 ao cartão de base 20. A superfície exterior 54 da segunda camada de barreira laminada 50 é ligada permanentemente a uma porção do cartão de base 20. A segunda camada de barreira laminada pode ser ligada com um adesivo de laminação, ou por quaisquer outros meios de fixação adequados, tais como por meio de adesivos activados por calor, humidade, pressão, secagem ou cura por radiação. Numa concretização, um sistema de adesivo de sangramento total é incorporado na superfície exterior 54 da segunda camada de barreira laminada 50. De preferência, o sistema de adesivo de escorrimento total compreende um adesivo permanente sensível à pressão, tal como um adesivo acrílico permanente sensível à pressão. O adesivo permanente sensível à pressão pode ser coberto e protegido por um revestimento soltável, tal como um revestimento soltável revestido com silicone descartável.

Qualquer material desejado pode ser utilizado para o fabrico do cartão de base. Uma vez que o invólucro formado pelas primeira e segunda camadas de barreira laminadas é estanque a fluidos, e é também, de preferência, formado antes da ligação ao cartão de base, o material do cartão de base não será exposto ao produto contido no invólucro; nem será exposto ao calor, ou outras energias, utilizado para a selagem das primeira e segunda camadas de barreira laminadas. Os materiais adequados para o cartão de base incluem, mas não estão limitados a, papel, tais como a qualidade de cobertura ou material de etiqueta de pequena espessura. Pode também ser utilizado papel sintético, ou outros materiais de plástico. De preferência, o cartão de base compreende um material de papel por razões ambientais e de eficiência global de custos. Pode ser utilizado papel de diferentes tipos e composições, incluindo reciclado, colorido, texturado, revestido ou não revestido. Numa concretização, o cartão de base é fabricado a partir de qualidades de cartão ou cartolina de sulfito branqueado sólido, e tem uma espessura na gama de cerca de 0,1524 mm (0,006 polegada) a cerca de 0,61 mm (0,024 polegada) . O cartão de base pode também ser revestido com revestimentos poliméricos à base de água ou curados por energia, ou sobre laminados com películas termoplásticas para proteger o papel e quaisquer gráficos impressos de danos de humidade.

De preferência, o cartão de base tem uma superfície suficientemente grande que se prolonga para além do recipiente de fluido de modo que quaisquer desenhos publicitários desejados, textos, gráficos, informação de produto ou instruções, ou informações acerca dos ingredientes do medicamento podem ser impressos em qualquer superfície do cartão de base. O recipiente de fluido pode também ser posicionado ou colado de tal modo que fica disponível a área superficial suficiente no cartão de base para conseguir a promoção da marca, a educação do consumidor, ou a conformidade com os requisitos regulamentares aplicáveis, tais como os impostos pela US Food and Drug Administration. Uma vez que o recipiente de fluido está permanentemente ligado à placa base impressa, é assegurada a presença de qualquer informação de comercialização ou de instruções do produto impressa no cartão de base no momento da utilização. 0 cartão de base impresso pode ser de qualquer dimensão ou configuração adequadas, desde que exista uma superfície plana à qual o recipiente de fluido pode ser ligado permanentemente. Como mostrado na Fig. la, o cartão de base impresso pode ser plana. 0 cartão de base impresso pode também ser marcado ou de outra forma dobrado, de modo a conformar um formato de página comum 4 ou 6. Tais funções de configuração são para aumentar substancialmente a superfície útil do cartão de base, embora limitem as dimensões finais. 0 cartão de base impresso pode também ser dobrado de tal forma que o mesmo pode permanecer na vertical. 0 cartão de base pode também compreender uma porção de um painel incorporado como uma porção de uma caixa de corte por matriz ou um cartão de boas-festas. Como um exemplo adicional, o cartão de base dobrado pode proporcionar dimensões finais reduzidas para facilitar a colocação da embalagem unificada dentro de um recipiente de alojamento existente ou ficar dentro do âmbito das dimensões de correio desejadas dos serviços postais dos EUA. Os cartões de base podem também conter um orifício de suspensão para fins de exibição de retalho suspensa em espigão.

Como mostrado na Fig. la, o cartão de base impresso 20 pode ter uma tira de abertura 80, definida por uma linha de perfurações 90 que intersecta o bico de distribuição 100. Quando a tira de abertura 80 é removida, por rasgo ou corte ao longo da linha de perfurações 90, o recipiente de fluido 30 será aberto, permitindo assim o acesso ao produto 70. O recipiente de fluido 30 pode também compreender uma aba de prolongamento plana 110, que está permanentemente ligada ao cartão de base impresso 20. Como mostrado na Fig. la, a aba de prolongamento 110 é formada a partir da primeira camada de barreira laminada 40 e da segunda camada de barreira laminada 50. O bico de distribuição 100 é encerrado entre o bordo inferior 112 e o bordo superior 114 da aba de prolongamento 110. A aba de prolongamento 110 sobrepõe-se à tira de abertura 80, estando o seu bordo inferior 112 e a linha de perfurações 90 sobrepostos no cartão de base impresso 20. Assim, quando o cartão de base é rasgado ou cortado ao longo da linha de perfurações 90, a aba de prolongamento 110 e a tira de abertura 80 serão ambas removidas, e pode-se aceder ao produto 70. O cartão de base impresso pode também incorporar uma caracteristica de abertura e fech ou de selagem de novo para o reservatório de fluido. Por exemplo, como mostrado na Fig. 2, o cartão de base impresso tem duas linhas de perfurações 120 e 130 que interceptam o bico de distribuição 100. A primeira linha de perfurações 120 define uma tira de abertura 80 e a segunda linha de perfurações 130 define uma aba dobrável 140. Numa concretização, a distância entre as duas linhas de perfurações podem ser qualquer distância desejada, mas, de preferência, é, pelo menos, cerca de 0,5 polegada. O cartão de base contém ainda, pelo menos, uma aba de bloqueio 145. Quando uma embalagem unificada aberta não estiver em utilização, a aba de dobragem 140 pode ser dobrada ao longo da segunda linha de perfurações 130 e introduzida por debaixo da abas de boqueio 145, evitando assim que o produto 70 seja liberto do invólucro 60. II. Método de fabrico das embalagens unificadas

As presentes embalagens unificadas podem ser fabricadas utilizando vários métodos. Os métodos geralmente incluem os seguintes passos de fabrico: fornecimento de um cartão de base impresso; conformação de um recipiente de fluido; e ligação permanente do recipiente de fluido a uma porção do cartão de base impresso. Geralmente, o recipiente de fluido é fabricado pela conformação de uma porção da primeira camada de barreira laminada em forma de abóbada modificada; depósito do produto dentro do volume definido pela forma de abóbada modificada; disposição da segunda camada de barreira laminada sobre a primeira camada de barreira laminada conformada; e selagem da primeira camada de barreira laminada e da segunda camada de barreira laminada em conjunto nos seus perímetros para formar um invólucro estanque para conter o produto. Os materiais descritos acima na secção I para a embalagem unificada podem também ser utilizados no método. 0 cartão de base impresso pode ser produzido antes ou depois do recipiente de fluido ser produzido. De preferência, o cartão de base impresso é produzido antes do fabrico do recipiente de fluido.

Como descrito acima, o cartão de base pode ser fabricado a partir de uma variedade de substratos, de preferência, entre as qualidades de cartão, ou de cartolina, branqueado com sulfito revestido. Os textos ou os gráficos referentes à informação do produto podem ser impressos ou de outro modo decorados em toda a superfície do cartão de base utilizando qualquer método adequado. Os métodos de impressão preferidos incluem, mas não estão limitados a, "offset" com alimentação de folhas, "offset" com alimentação de banda, flexográfica e imagiologia digital. A superfície do cartão de base impresso pode ainda ser revestida com um revestimento de polimerização de cura por UV, laminação da película, ou revestimentos alternativos para conferir resistência à água e carácter plano de assentamento melhorado para o material do cartão de base.

Numa concretização, o cartão de base é ainda cortado por matriz de precisão para formar uma linha de perfurações ou outra linha de corte que define uma tira de abertura que facilita a abertura perfeita do recipiente de fluido.

Pode ser utilizado qualquer método adequado para o fabrico do recipiente de fluido da presente embalagem unificada. Os vários passos para a produção do recipiente de fluido podem ser realizados continuamente nas diferentes estações de uma sequência de fabrico. 0 recipiente de fluido pode ser fabricado individualmente ou, mais de preferência, em quantidades múltiplas. Um exemplo de um método para a produção de recipientes múltiplos de fluido está descrito abaixo. A primeira camada de barreira laminada 40 do recipiente de fluido pode ser formada a frio na primeira estação da sequência de fabrico. Qualquer força de tensão adequada pode ser utilizada no processo de moldaqem a frio, por exemplo, pressão de fluido ou vácuo. De preferência, a força de tensão é de gás pressurizado.

As Figs. 3a a 4c mostram um exemplo de um conjunto numa primeira estação de fabrico, que pode ser utilizada para conformar a forma de abóbada modificada na primeira camada de barreira laminada. Como mostrado na Fig. 4a, a primeira estação de fabrico é composta por um conjunto de pratos de prensa de alta pressão com duas superfícies opostas, isto é, um prato de prensa superior 150 e um prato de prensa inferior 160. De preferência, é proporcionado o movimento vertical de, pelo menos, um dos pratos superior ou inferior. A superfície superior do prato de prensa inferior 160 compreende uma pluralidade de forros 170 com um perfil uniforme. Cada um dos forros contém uma cavidade 180. As Figs. 3a-4c mostra de um tal forro 170. O forro pode ser fabricado com qualquer material elástico adequado, utilizando qualquer método adequado. De preferência, o forro é fabricado em borracha de silicone, com um valor de dureza na gama de cerca de 40 a cerca de 80 e com uma espessura na gama de cerca de 3,175 mm (0,125 polegada) a cerca de 6,35 mm (0,250 polegada). O forro de borracha de silicone pode ser utilizado como o forro do prato de prensa inferior ou ainda laminado ou de outro modo ligado a um material resistente à pressão e maquinável, por exemplo, painel de fibras de média densidade (MDF), para formar o forro 170 do prato de prensa inferior. A espessura do forro 170 do prato de prensa inferior pode ser ajustada de acordo com o desenho específico do recipiente de fluido. Por exemplo, está na gama de cerca de 3,175 mm (0,125 polegada) a cerca de 25,4 mm (1,0 polegada). O forro 170 do prato de prensa inferior pode ser cortado ou de outra forma maquinado para formar uma pluralidade de cavidades no mesmo. As Figs. 3a-4c mostram uma tal cavidade 180. A forma plana da cavidade 180 determina a forma da base da forma de abóbada modificada conformada da primeira camada de barreira laminada, que inclui, mas não está limitada a círculos, ovais, elipses, quadrados ou rectângulos com curvas de raios suaves. A parede lateral 182 da cavidade 180, em geral, um corte simples perpendicular à superfície plana do prato de prensa inferior 160, não entra em contacto com a forma conformada da primeira camada de barreira laminada e, por conseguinte, não precisa de ser polida. A cavidade no forro do prato de prensa inferior funciona em vez de uma matriz de conformação diferentemente utilizada nos processos de conformação por calor convencionais. A superfície inferior do forro 170 do prato de prensa inferior é construída para facilitar a corrente limitada do ar entre o forro 170 do prato de prensa inferior e a superfície inferior do prato de prensa inferior 160. Como mostrado nas Figs. 3a e 3b, pode compreender a cada forro 170 do prato de prensa inferior um ou mais orifícios de purga 190 .

Como mostrado na Fig. 4a, o prato de prensa superior 150 está equipado com canais de abastecimento de ar 200, que correspondem a cada cavidade 180 nos forros 170 do prato de prensa inferior. O processo de fabrico preferido utiliza um movimento de banda intermitente. A primeira camada de barreira laminada 40 é puxada para diante na primeira estação como uma banda plana numa orientação horizontal. A superfície externa 44 da primeira camada de barreira laminada 40 está virada para baixo e é engatada pelo prato de prensa inferior 160 e a superfície interna 42 é engatada pelo prato de prensa superior 150. O prato de prensa superior 150 e prato de prensa inferior 160 são então actuados pela força de aperto e a primeira camada de barreira laminada 40 é segura nos perímetros da cavidade 180 do forro 170 do prato de prensa inferior. O gás pressurizado 210 é introduzido dentro do prato de prensa superior 150 através dos canais de abastecimento de ar 200. Como mostrado na Fig. 4b, à medida que a pressão do fluido gasoso se impõe na superfície interna 42 da primeira camada de barreira laminada 40 desenvolve-se (a presença dos orifícios de purga 190 no forro 170 do prato de prensa inferior alivia ou reduz qualquer pressão oposta) a porção do primeiro laminado camada de barreira 40 no interior da parede lateral 182 da cavidade 180, começa a deformar-se sob a tensão e é estirada para dentro da cavidade 180 para ser conformada numa forma de abóbada modificada. A pressão do gás é controlada de tal modo que a força de tensão correspondente não excede a resistência à tracção do polímero termoplástico orientado biaxialmente. Como tal, a deformação não altera significativamente as propriedades físicas desejáveis do polímero termoplástico orientado biaxialmente original; em vez disso, aumenta o grau de orientação do polímero.

Uma pressão de gás adequada está na gama de cerca de 0,7 bar (10 psi) a cerca de 9,7 bar (140 psi) , de preferência, na gama de cerca de 2,8 bar (40 psi) a cerca de 7 bar (100 psi) . Sob esta pressão, a primeira camada de barreira laminada, que compreende uma camada de polímero termoplástico orientado biaxialmente, pode ser sujeita a outro alongamento biaxial tipicamente na gama de cerca de 10 a cerca de 25% antes de alcançar o seu ponto de ruptura.

Na Fig. 4c é totalmente aplicada a pressão do gás. Após a pressão atingir o seu nível desejado, o gás pressurizado 210 é desligado e a pressão é removida. Pode ocorrer subsequentemente a retracção menor do perfil do recipiente de fluido conformado, devido à recuperação elástica parcial do polímero termoplástico orientado biaxialmente. Esta recuperação parcial não é prejudicial para o perfil resultante. A forma de abóbada modificada conformada com o presente processo tem um grande raio de curvatura, que se prolonga a partir da base plana, onde a primeira camada de barreira laminada está situada antes do processo de conformação. A profundidade máxima de estiramento é altamente influenciada pela forma geométrica da área plana original sujeita ao processo de conformação (isto é, a forma plana da cavidade 180) . Por conseguinte, a forma conformada da primeira camada de barreira laminada é um resultado da resposta da película laminada plana à pressão interna. Para além disso, esta forma conformada é sustentada elasticamente até ao momento da sua utilização pela insuflação de gás, ou fluido, interna proporcionada pelos produtos e pelo ar ambiente encerrado no recipiente de fluido, sem a necessidade de quaisquer paredes laterais rígidas orientadas verticalmente para conferir resistência estrutural. Outras porções da primeira camada de barreira laminada que não tenham sido sujeitas ao processo de conformação permanecem planas. A utilização de um polímero termoplástico orientado biaxialmente e de gás pressurizado permite a redistribuição controlada da força de tensão com um deslizamento progressivo cadeia polimérica e impede "pontos quentes" mecânicos que, enfraquecem de modo diferente a película ou causam posteriormente falhas. Além disso, como o polímero termoplástico orientado biaxialmente é alongado por tracção, é aumentada a resistência ao alongamento adicional. 0 aumento do grau de orientação e de resistência ao alongamento adicional também é por natureza biaxial. Como resultado, a tensão no polímero redistribui uniformemente a tensão de tracção e impede a redução da espessura do polímero que de outro modo ocorreria. 0 PET orientado biaxialmente, com os seus valores mecânicos estreitamente comparáveis na direcção da máquina e na direcção transversal à máquina, é um polímero orientado biaxialmente preferido. A utilização de borracha elástica no forro do prato de prensa inferior impede também pontos quentes ou pontos de tensão mecânica no perímetro da cavidade 180 que podem de outro modo conduzir à ruptura devida à tensão. O presente processo elimina complicações e as questões de qualidade, como o empenamento, o enrugamento ou o rasgo comumente associado aos métodos de estiramento comumente utilizados em processos de conformação.

Como descrito acima, uma camada metálica calibre fino, tal como uma camada de alumínio, pode também ser incorporada na primeira camada de barreira laminada. A presença de um polímero termoplástico orientado biaxialmente na mesma camada de barreira laminada bem como a camada de alumínio impede também a fissuração ou falha por tracção da espessura metálica durante o processo de conformação, uma vez que distribui a força de tensão durante o processo de conformação e impede o alongamento localizado do metal no ponto de falha.

Podem ser utilizados outros métodos adequados para aplicar pressão à primeira camada de barreira laminada para conformar a forma de abóbada modificada na mesma.

Subsequentemente à formação, o prato de prensa superior 150 é elevado e a primeira camada de barreira laminada conformada 40 é avançada para a segunda estação da sequência de fabrico, onde o produto 70 é enchido. Por exemplo, o produto 70 pode ser doseado e descarregado a partir dos bicos de fluido, montados directamente sobre o volume definido por cada uma das formas de abóbada modificadas. A dosagem e a bombagem podem ser realizados, enquanto o movimento intermitente da banda é interrompido e podem ser conseguidos através da utilização de uma variedade de sistemas de bombagem e de dosagem adequados. O produto distribuído, de preferência, enche substancialmente o volume da forma de abóbada modificada conformada. O nivelamento do produto não é necessária e o produto de elevada viscosidade pode ficar temporariamente acima do plano da superfície interna 42 da primeira camada de barreira laminada 40. Também a deposição do produto na forma de abóbada modificada conformada, pode impedir o espalhamento para fora indesejado do produto que de outro modo ocorreria, devido ao momento associado ao processo de movimento de banda intermitente preferido.

Na estação de fabrico seguinte, uma segunda camada de barreira laminada plana 50 é então disposta sobre a superfície interna 42 da primeira camada de barreira laminada 40. De preferência, a segunda camada de barreira laminada 50 compreende um adesivo sensível à pressão sobre a sua superfície interna 52, o qual é coberto e protegido por um revestimento soltável revestido por silicone descartável (não mostrado). As primeira e segunda camadas de barreira laminadas 40 e 50 são então indexadas e movidas para diante para um prato de prensa aquecido, onde essas duas camadas são seladas em conjunto nos seus perímetros para formar um invólucro estanque a fluidos 60. O produto 70 é alisado e redistribuído automaticamente no invólucro 60 pela superfície interna plana 52 da segunda camada de barreira laminada 50 imediatamente antes ou durante o processo de selagem por calor. Numa concretização preferida, um bico de distribuição 100 é conformada através da utilização de um relevo maquinado simples na superfície inferior do prato de prensa superior aquecido. A selagem remanescente tem lugar de uma maneira tal que apenas a porção plana da primeira camada de barreira laminada é selada e a forma de abóbada modificada não é perturbada.

As primeira e segunda camadas de barreira laminadas e seladas são então cortadas por matriz com precisão para conformarem recipientes de fluido individuais. Num método preferido, as primeiras e segunda camadas de barreira laminadas são cortados perifericamente em conjunto com um adesivo sensível à pressão permanente de escorrimento total, tal como um adesivo acrílico sensível pressão permanente contra um revestimento soltável, tal como um revestimento soltável revestido por silicone descartável. Os recipientes de fluido individuais são montados com um padrão predeterminado no revestimento soltável revestido por silicone descartável. Os recipientes de fluido não são geralmente flexíveis quando selados. 0 recipiente de fluido é, então, ligado permanentemente ao cartão de base impresso. Este passo pode ser realizado por qualquer método adequado. Numa concretização preferida, o revestimento soltável revestido por silicone descartável é removido e a segunda camada de barreira laminada é ligada ao cartão de base pelo adesivo acrílico sensível pressão permanente de escorrimento total. A presente embalagem unificada pode ser utilizada como um produto para utilização única ou múltiplas utilizações. A mesma pode também ser utilizada como uma embalagem de amostra. Um consumidor pode abrir o recipiente de fluido, por exemplo, rasgando a tira de abertura ao longo da linha de perfurações no cartão de base. 0 produto pode depois ser distribuído através da aplicação de uma ligeira pressão sobre a superfície exterior da primeira camada de barreira laminada. Porque a linha de perfurações proporciona um ponto de abertura do recipiente de fluido limpo, o produto pode ser distribuído de uma maneira controlada. Os métodos alternativos de abertura do recipiente de fluido incluem, mas não estão limitados a, fios de rasgar, abas destacáveis, aplicação de ranhuras numa ou em ambas as camadas de barreira laminadas, por exemplo, com lasers, tiras superiores destacáveis ou selagens periféricas quebráveis ou destacáveis. Além disso, uma vez que o recipiente de fluido está permanentemente ligado ao cartão de base impresso, qualquer informação de comercialização ou do produto impressa no cartão de base fica prontamente disponível no momento da utilização. A descrição contida aqui é apenas para fins de ilustração e não para fins de limitação.

Lisboa, 2014-12-29

Claims

REIVINDICAÇÕES

1 - Embalagem unificada (10) que compreende: (a) um cartão de base impresso (20); e (b) um recipiente de fluido (30) que compreende (i) uma primeira camada de barreira laminada (40) que compreende, pelo menos, uma camada de polímero termoplástico orientado biaxialmente, (ii) um produto, e (iii) uma segunda camada de barreira laminada (50), em que uma porção da primeira camada de barreira laminada (40) tem uma forma de abóbada modificada conformada na mesma por alongamento biaxial da primeira camada de barreira laminada (40), a forma de abóbada modificada tem um volume definido, e o produto enche substancialmente o volume definido, em que a segunda camada de barreira laminada (50) é plana, em que as primeira e segunda camadas de barreira laminadas (40, 50) são seladas em conjunto nos seus perímetros, para formarem um invólucro estanque a fluidos para conter o produto, em que a segunda camada de barreira laminada (50) está ligada permanentemente a uma porção do cartão de base impresso (20).
2 - Embalagem unificada (10) de acordo com a reivindicação 1, em que a forma de abóbada modificada da primeira camada de barreira laminada (40) é sustentável elasticamente quando o recipiente de fluido (30) é selada.
3 - Embalagem unificada (10) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que o polímero termoplástico orientado biaxialmente compreende um polietileno, um polipropileno, um poliéster, uma poliamida, um poliacrilato, ou uma mistura dos mesmos.
4 - Embalagem unificada (10) de acordo com a reivindicação 3, em que o polímero termoplástico orientado biaxialmente compreende um poli (tereftalato de etileno) .
5 - Embalagem unificada (10) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, em que uma, ou ambas, das primeira e segunda camadas de barreira laminadas (40, 50) compreendem, opcionalmente, uma camada de película de alumínio, em que a película de alumínio tem a espessura inferior a cerca de 0,0254 mm (0,001 polegada).
6 - Embalagem unificada (10) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, em que o produto é um líquido.
7 - Embalagem unificada (10) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, em que o recipiente de fluido (30) compreende um bico de distribuição (100) .
8 - Embalagem unificada (10) de acordo com a reivindicação 7, em que o cartão de base (20) compreende uma tira de abertura (80).
9 - Embalagem unificada (10) de acordo com a reivindicação 8, em que a tira de abertura (80) é definida por uma linha de perfurações que intersecta o bico de distribuição (100).
10 - Embalagem unificada (10) de acordo com as reivindicações 8 ou 9, em que o recipiente de fluido (30) compreende ainda uma aba de prolongamento plana (110), formada pelas primeira e segunda camadas de barreira laminadas (40, 50), em que a aba de prolongamento plana (110) inclui o bico de distribuição (100) e sobrepõe-se à tira de abertura (80).
11 - Embalagem unificada (10) de acordo com qualquer das reivindicações 7 a 10, em que o bico de distribuição (100) pode ser de abrir e fechar.
12 - Embalagem unificada (10) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 11, em que o cartão de base (20) é menos flexível do que a primeira camada de barreira laminada (40).
13 - Embalagem unificada de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, em que o cartão de base (20) compreende um material de papel.
14 - Método de fabrico de uma embalagem unificada (10) que compreende um cartão de base impresso (20) e um recipiente de fluido (30), que compreende: (a) o fornecimento de um cartão de base impresso (20); (b) a conformação de um recipiente de fluido (30) por: (i) a conformação de uma porção de uma primeira camada de barreira laminada (40) do recipiente de fluido (30) para a forma de abóbada modificada com um volume definido pelo alongamento biaxial da primeira camada de barreira laminada (40), em que a primeira camada de barreira laminada (40) compreende, pelo menos, uma camada de um polímero termoplástico orientado biaxialmente; (ii) o depósito de um produto sobre a primeira camada de barreira laminada (40) de tal modo que o produto enche substancialmente o volume definido; (iii) o depósito de uma segunda camada de barreira laminada (50) do recipiente de fluido (30) sobre a primeira camada de barreira laminada (40), em que a segunda camada de barreira laminada (50) é plana; (iv) selagem das primeira e segunda camadas de barreira laminadas (40, 50) em conjunto nos seus perímetros para conformar um invólucro estanque a fluidos para conter o produto; e (C) a ligação permanente da segunda camada de barreira laminada (50) do recipiente de fluido (30) a uma porção do cartão de base impresso (20).
15 - Método de acordo com a reivindicação 14, em que a forma de abóbada modificada da primeira camada de barreira laminada (40) é sustentável elasticamente, quando o recipiente de fluido (30) é selado.
16 - Método de acordo com as reivindicações 14 ou 15, em que o polímero termoplástico orientado biaxialmente compreende um polietileno, um polipropileno, um poliéster, uma poliamida, um poliacrilato, ou uma mistura dos mesmos.
17 - Método de acordo com a reivindicação 16, em que o polímero termoplástico orientado biaxialmente compreende um poli(tereftalato de etileno).
18 - Método de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 17, em que uma, ou ambas, das primeira e segunda camadas de barreira laminadas (40, 50) compreende, opcionalmente, uma camada de película de alumínio, em que a película de alumínio tem a espessura inferior a cerca de 0,0254 (0,001 polegada).
19 - Método de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 18, em que as primeira e segunda camadas de barreira laminadas (40, 50) são seladas em conjunto por selagem por calor ou com um adesivo.
20 - Método de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 19, em que o passo (i) compreende a aplicação de pressão de gás à primeira camada de barreira laminada (40) para conformar a forma de abóbada modificada.
21 - Método de acordo com a reivindicação 20, em que a pressão do gás é de 0,7 bar (10 psi) a 9,7 bar (140 psi) e/ou em que a pressão do gás é aplicada durante um período de tempo na gama de 0,01 segundo a 1 segundo.
22 - Método de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 21, em que o recipiente de fluido (30) compreende um bico de distribuição (100).
23 - Método de acordo com a reivindicação 22, que compreende ainda o corte por matriz de cartão de base (20) para conformar uma tira de abertura (80), definida por uma linha de perfurações, em que a linha de perfurações intercepta o bico de distribuição (100) .
24 - Método de acordo com a reivindicação 23, em que as primeira e segunda camadas de barreira laminadas (40, 50) são seladas em conjunto nos seus perímetros para conformarem o invólucro estanque a fluidos e uma aba de prolongamento plana, em que a aba de prolongamento plana inclui o bico de distribuição (100) e sobrepõe-se à tira de abertura (80). Lisboa, 2014-12-29