PT2220186T - Adesivo termoativo co-extrudável - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

ADESIVO TERMOATIVO CO-EXTRUDÁVEL A invenção refere-se à aplicação de um adesivo termoativo, que pode ser co-extrudável, para a colagem de duas películas, sendo que essa película de múltiplas camadas pode ser utilizada em embalagens que podem ser fechadas novamente.

Materiais sintéticos de adesão (PSA) são geralmente conhecidos. Nesse caso, trata-se de materiais sintéticos rígidos, em que, após aplicação, resulta uma camada colante adesiva na superfície. Tais materiais sintéticos são conhecidos em embalagens de películas, nesse caso, nesse local, recipientes são revestidos nas arestas com tais materiais sintéticos, que, após a abertura, permitem um novo fechamento da cobertura da película.

No documento US 6107430 é descrito um adesivo termoativo, que contém pelo menos um copolímero etileno/C3-C2 o-oí-olefina linear homogéneo, que apresenta uma espessura de 0,850 g/cm3 até 0,895 g/cm3. Nesse caso o copolímero deve apresentar um índice de fusão de 200 até 2000 g/10 min. Aqueles com pontos de fusão inferiores a 126 °C são descritos como ceras.

Além disso, é conhecido o documento US 5530054 no qual é descrito um adesivo termoativo que consiste essencialmente num copolímero de base de etileno e C4 até C2 o-oí-olefina e contém uma resina colante de hidrocarbonetos. Os copolímeros etileno/a-olefina são produzidos por catálise metalocénica. A quantidade dessas resinas encontra-se acima de 45%. Uma seleção de ceras não é descrita.

No documento DE 199 44 225 são descritos adesivos termoativos que podem ser pulverizados, que contêm 30 a 70% em peso de um copolímero poli-a-olefina essencialmente amorfo, sendo que os mesmos devem apresentar uma espessura de < 0,90 g/cm3 assim como baixa viscosidade de fusão, entre 1000 e 20000 mPas. Em particular, são descritas poliolefinas que podem ser produzidas por decomposição radical de poli-a-olefina.

No documento EP 0886 656 são descritos adesivos termoativos que contêm como componente necessário copolimero etileno/a-olefina, assim como, resina colante. São descritos um grande número de componentes opcionais, contudo, as viscosidades dos materiais sintéticos são baixas, nos exemplos, na maioria das vezes, inferiores a 10 000 mPas. Não são descritos na fusão materiais sintéticos especiais de viscosidade.

No documento WO 2005/028584 são descritos adesivos termoativos que contêm polímeros poliolefina produzidos por catálise metalocénica. Esses polímeros devem apresentar uma viscosidade de até 9000 mPas a uma temperatura de 149 °C, o próprio adesivo termoativo apresenta uma viscosidade abaixo de 2000 mPas.

No documento US 2004/077759 são descritos adesivos termoativos, que contêm copolímeros de bloco de estireno das estruturas ABA e AB e, assim como, uma resina colante. Nesse caso, os materiais sintéticos devem superar um limite de viscosidade fixo a 130 °C, assim como, apresentar uma resistência à rutura que depende do alongamento até à rutura abaixo de uma curva de medida especificada.

Tais adesivos termoativos são difundidos geralmente a temperaturas de até 160 °C. Posteriormente, os substratos em questão são colados entre si, sob pressão, por exemplo, com cilindros. Os métodos de aplicação têm, contudo, diversas etapas e exigem máquinas dispendiosas. Outros métodos trabalham com materiais sintéticos, que podem ser co-extrudados diretamente na produção das películas a temperaturas mais elevadas. Tais materiais sintéticos precisam de apresentar uma estabilidade térmica elevada e viscosidade adequada, com a qual os mesmos, no contexto da extrusão de películas, possam formar uma camada uniforme. Métodos de produção alternativos são, por exemplo, métodos de sopro. Nesse caso, ambas as películas são produzidas paralelas, como tubo flexível, sendo que, para a colagem entre as películas, é extrudado um filme adesivo. Nesse caso, a viscosidade a uma temperatura de extrusão deve permitir um filme adesivo fluido uniforme. Visto que a extrusão dos polímeros de película se encontra, na maioria das vezes, acima de 180 °C, também a essas temperaturas, um filme adesivo estável contínuo precisa de poder ser produzido. A adesão às películas de substrato precisa de ser selecionada de tal modo que, na produção de uma película de múltiplas camadas, seja possibilitada uma colagem suficiente. Por outro lado, numa utilização como película de embalagem, a camada superior deve ser separável, sendo que uma camada colante adesiva é exposta na camada superior. 0 objetivo da presente invenção é, portanto, disponibilizar um adesivo termoativo para utilizações específicas de acordo com a presente invenção com base em copolímeros de polietileno ou polipropileno com elevada estabilidade térmica e bom comportamento de processamento que cola películas, em particular, também películas de poliolefinas e pode ser utilizado em processos de co-extrusão na produção de películas como adesivo de laminação. Nesse caso, não devem estar contidas no adesivo quaisquer substâncias de baixo peso molecular com capacidade de migração. O objetivo é solucionado pelo facto de que é disponibilizado um adesivo termoativo que contém 30 a 90% em peso de pelo menos um copolímero com base de etileno e/ou propileno e C4 até Ci 2-a-olefina, que pode ser obtido por polimerização por catalisadores metalocénicos com um índice de fusão de 5 a 100 g/10 min (medido de acordo com o DIN ISO 1133 a 190 °C, 2,16 kg, 10 min), 5 a 50% em peso de pelo menos uma resina que se torna colante com um ponto de amolecimento de 80 a 140 °C, 0,5 a 15% em peso de pelo menos uma cera com um ponto de fusão de 120 a 170 °C , assim como, aditivos de 0,1 a 20% em peso, sendo que o adesivo possui uma viscosidade de 25000 a 250000 mPas, medida a uma temperatura de 170 a 190 °C (EN ISO 2555) . Nesse caso, de forma preferida, a soma dos componentes deve resultar em 100%. É revelado um processo para a colagem de películas, que são produzidas no processo de sopro, por meio de um adesivo termoativo de acordo com a presente invenção. Um outro objetivo da invenção é a utilização de tais materiais sintéticos para a produção de películas de múltiplas camadas para embalagem, sendo que um lado da embalagem é formado como película de múltiplas camadas que pode ser rompida, que, após o rompimento no local aberto, uma superfície colante adesiva se encontre aberta. A seguir, o adesivo termoativo que é reivindicado nas utilizações e processos específicos é indicado como "adesivo (s) termoativo (s) / adesivo (s) de acordo com a invenção" . O adesivo termoativo de acordo com a invenção contém pelo menos um copolímero com base de etileno e/ou propileno em conjunto com C4 até Ci 2-a-olefina. Nos monómeros, que podem ser utilizados adicionalmente com etileno e/ou propileno, trata-se de C4 até Ci 2-oí-olef inas lineares ou ramificadas, como buteno, hexeno, metilpenteno, octeno, nesse caso, a quantidade do comonómero deve ser inferior a 30% em peso. Nesse caso, trata-se, frequentemente, de poliolefinas atácticas. Uma modalidade da invenção utiliza copolímeros com base de etileno com C4 até Ci 2-a-olefina. Uma outra modalidade da invenção utiliza polímeros de propileno com C4 até Ci 2-a-olefina.

Os copolímeros assim obtidos apresentam um peso molecular de 1000 a 250000 g/mol, em particular, de 3000 a 100000 g/mol, de forma particularmente preferida, acima de 5000 g/mol (peso molecular como número médio, MN, determinado pelo GPC).

Os copolímeros adequados, a seguir, indicados apenas como polímeros, são produzidos por catálise com ligações metalocénicas. O índice de fusão dos polímeros deve ser de 5 g/10 min a 100 g/10 min, de forma preferida, até 40 g/10 min, em particular, inferior a 30 g/min (medido a 190 °C, 2,16 kg, DIN ISO 1133) . A viscosidade de tais polímeros é elevada às temperaturas de utilização convencionais do adesivo termoativo. O ponto de amolecimento dos polímeros deve encontrar-se acima de 130 °C, em particular, acima de 160 °C. A quantidade desses copolímeros é de 30 a 90% em peso em relação ao adesivo termoativo, em particular, entre 40 a 80% em peso.

Esses polímeros são conhecidos na literatura e podem ser obtidos comercialmente por diversos fabricantes. O adesivo termoativo de acordo com a invenção contém, como outros componentes, pelo menos uma resina que se torna colante. A resina provoca uma capacidade de colagem adicional. É utilizada uma quantidade de 5 a 50% em peso, de forma preferida, de 10 a 40% em peso. Nesse caso, trata-se, em particular, de uma resina, que possui um ponto de amolecimento entre 80 e 140 °C (medido de acordo com ASTM E28) . Essas são, por exemplo, resinas aromáticas, alifáticas ou cicloalifáticas de hidrocarbonetos, assim como, derivados modificados ou hidrogenados. Outras resinas que podem ser utilizadas no contexto da invenção são resinas de politerpeno, resinas fenólicas ou de politerpeno modificado aromático, resinas naturais modificadas, tais como os ácidos de resina de resina de bálsamo, resina de tall oil ou resina de raiz, também eventualmente, de hidroabietílico e os seus ésteres, co-polimerizados de ácido acrílico, como copolímeros de ácido acrílico estireno e resina com base em resinas de hidrocarbonetos funcionais. É preferido utilizar resinas de hidrocarboneto parcialmente ou integralmente hidrogenadas e resinas de colofónia.

Numa modalidade particular, podem ser utilizadas adicionalmente 0 a 15% em peso, em particular, até 10% em peso de resinas que apresentam um ponto de amolecimento de 0 a 50 °C, em particular até 20 °C. Nesse caso, de forma preferida, trata-se de resinas de hidrocarboneto hidrogenado. O adesivo termoativo de acordo com a invenção contém cera em quantidades de 0,5 a 15% em peso, de forma preferida 0,5 a 10% em peso, em particular, até 5% em peso. Nesse caso, a quantidade é medida de tal forma que, por um lado, a viscosidade é ajustada na área desejada, por outro lado, contudo, a adesão não é afetada de forma negativa. A cera pode ser de forma natural ou de forma modificada quimicamente ou de origem sintética. Como ceras naturais, podem ser utilizadas ceras vegetais ou animais, também ceras minerais ou ceras petroquímicas. Como ceras modificadas quimicamente, podem ser utilizadas ceras duras como ceras de lignito, ceras Sasol, etc. Ceras de polialquileno, assim como ceras de polietileno glicol, são utilizadas como ceras sintéticas. A cera tem um ponto de fusão de 120 a 170 °C (ASTM D 87) . Caso o ponto de fusão seja muito baixo, o adesivo de acordo com a invenção é de viscosidade muito baixa. Preferencialmente, são utilizadas ceras petroquímicas, como petrolato, ceras de parafina, ceras microcristalinas, ceras sintéticas ou hidrogenadas.

Adicionalmente aos componentes indicados acima, o adesivo termoativo pode conter ainda de 0,1 a 20% em peso de aditivos geralmente utilizados em adesivos termoativos. Esses são, por exemplo, estabilizadores, outros polímeros, promotores de adesão e/ou antioxidantes. Com isso, determinadas propriedades de técnicas de aplicação, como, por exemplo, resistência de coesão, viscosidade, ponto de amolecimento, moldabilidade, adesão, podem ser influenciadas. Além disso, podem ser adicionados, eventualmente, materiais de preenchimento para o aumento da resistência.

Por outros polímeros, pode tratar-se, por exemplo, de polímeros termoplásticos. Por tais polímeros flexíveis, devem ser entendidos, em particular, copolímeros de bloco de estireno que podem apresentar propriedades flexíveis de borracha ou propriedades flexíveis. Nesse caso, pode tratar-se de 2 ou 3 copolímeros de bloco que podem apresentar pelo menos um bloco de estireno. Exemplos disso são SBR, SAN, copolímeros estireno isopreno (SIS), copolímeros estireno-etileno/butileno (SEBS), copolímeros estireno-etileno/propileno (SEPS), copolímeros estireno-isopreno-butileno (SIBS), copolímeros butadieno-estireno (SBS), copolímeros estireno-butileno-butadieno-hidrogenado (SBBS). Tais copolímeros de bloco são conhecidos ao perito na especialidade e podem ser obtidos comercialmente. As propriedades dos copolímeros de bloco podem ser influenciadas pelo comprimento dos blocos de estireno.

Os polímeros devem ser selecionados pelo perito na especialidade de tal modo que resulte uma boa compatibilidade com os outros componentes do adesivo termoativo. A quantidade de copolímeros pode ser de até 10% em peso, em particular, podem conter de 0,1 a 5% em peso de pelo menos um elastómero termoplástico.

Numa outra modalidade, o adesivo termoativo pode conter adicionalmente pelo menos um polimerizado com base de olefina e (met)acrilato, que apresente grupos carboxilo e/ou grupos anidrido. Os monómeros de olefina podem ser selecionados a partir de olefina C2 até C5, em particular, etileno ou propileno. Os (met)acrilatos são selecionados a partir de ésteres de(met)acrílico com alcanos de baixo peso molecular Ci a Cs, são adequados, particularmente, metil (met) acrilato, etil (met) acrilato, propil (met) acrilato, butil (met) acrilato ou 2-etil-hexil (met) acrilato individualmente ou em misturas. Os copolímeros precisam de apresentar ainda grupos carboxilo e/ou grupos anidrido. Isso pode ocorrer por polimerização com monómeros funcionais ou por modificação subsequente dos copolímeros poliolefina. É possível introduzir, por exemplo, grupos COOH por oxidação. Ademais, por reações de enxerto radicais, por exemplo, com anidrido maleico, é possível inserir grupos COOH ou anidro no polímero.

Numa modalidade particular do polimerizado, trata-se, contudo, de um terpolímero com base de olefinas e (met)acrilatos em conjunto com monómeros insaturados que contêm grupos de ácido ou grupos de anidro. Por exemplo, esses monómeros podem ser selecionados a partir de ácidos monocarboxílicos insaturados que podem ser copolimerizados, como, ácidos metacrílicos, ácido crotónico, ácido itacónico, ácido citracónico; ácidos dicarboxílicos insaturados, como ácido maleico ou fumárico, semi éster do ácido maleico ou fumárico com alcanóis Ci até Cs, anidridos de tais ácidos. Particularmente, são adequados derivados do ácido maleico. Grupos carboxilo adequados que apresentam polimerizados são obtidos comercialmente e conhecidos pelo perito na especialidade. 0 polimerizado deve apresentar um peso molecular (Mn) entre 3000 e 50000 g/mol, em particular 8000 até 25000 g/mol. A quantidade de grupos COOH/anidrido deve ser entre 1 e 100 mg KOH/g, em particular, entre 5 e 50 mg KOH/g. Caso o número de grupos carboxilo seja elevado, então a compatibilidade dos componentes do adesivo termoativo é problemática, caso o número de grupos carboxilo seja menor, a aderência piora. Independentemente do peso molecular é adequado que o índice de fusão do polimerizado se encontre baixo. O índice de fusão do polimerizado deve encontrar-se de 1 a 400 g/10 min, em particular, de 50 a 300 g/10 min (DIN ISO 1133) . Nesse caso, o ponto de amolecimento deve encontrar-se de 50 °C a 150 °C, em particular de 90 a 110 °C. A quantidade dos polimerizados que transportam grupos COOH deve ser entre 0 e 15% em peso, em particular, entre 0,5 e 10% em peso.

Amolecedores são utilizados normalmente para o ajuste da viscosidade ou da flexibilidade e estão contidos no adesivo termoativo de acordo com a invenção, geralmente, numa concentração de 0 até 15% em peso, preferencialmente, numa concentração inferior a 10% em peso. Amolecedores adequados são óleos brancos medicinais, óleos minerais nafténicos, polipropileno, polibuteno, poli-isobutileno, oligómeros poli-isopreno, poli-isopreno hidrogenado e / ou oligómeros de polibutadieno, ésteres de benzoato, ftalatos, adipatos, óleos vegetais ou animais e seus derivados. Amolecedores hidrogenados são selecionados, por exemplo, a partir de grupos de óleos hidrocarbonetos parafinicos. Também são adequados polipropileno glicol e polibutileno glicol, assim como, polimetileno glicol. Eventualmente também são utilizados ésteres como amolecedores, por exemplo, poliéster liquido ou éster de glicerol ou amolecedores de base de éster dicarboxilico aromático. Após a aplicação, os amolecedores devem permanecer estáveis no adesivo termoativo e não migrar. Por isso, são particularmente adequados polipropileno, polibuteno, poli-isobutileno, poli-isopreno oligómeros também na forma hidrogenada. Uma outra modalidade não utiliza quaisquer amolecedores.

Os estabilizadores têm a tarefa de proteger a composição do adesivo durante o processamento da decomposição. Aqui devem ser nomeados, em particular, antioxidantes ou meios de proteção contra a luz. Os mesmos são adicionados ao adesivo termoativo normalmente em quantidades de até 3% em peso, preferencialmente em quantidades de cerca de 0,1 a 1,0% em peso.

Também podem estar contidos, por exemplo, corantes ou materiais de preenchimento como dióxido de titânio, talco, argila e similares.

Além disso, o adesivo termoativo de acordo com a invenção pode conter promotores de adesão. Promotores de adesão são materiais que melhoram a adesão do adesivo termoativo ao substrato a ser colado. Particularmente, os promotores de adesão podem aprimorar o comportamento do envelhecimento de colagens mediante a influência de atmosferas húmidas. Promotores de adesão típicos, são, por exemplo, comonómeros etileno/acrilamida, compostos organo-silício reativos ou fosfoderivados.

Os aditivos, como amolecedores, estabilizadores ou promotores de adesão são conhecidos pelo perito na especialidade. São produtos comerciais e o perito na especialidade pode selecionar os mesmos conforme as propriedades desejadas. Nesse caso deve ser observado que resulte uma compatibilidade com a mistura do polímero.

Uma modalidade particular da invenção consiste em copolímeros de 40 a 80% em peso de C3 ou C3 com C4 até Ci2-ot-olefina, que podem estar contidos por polimerização de catálise metalocénica, com um índice de fusão de 5 a 100 g/10 min (DIN ISO 1133), resinas que se tornam colantes de 10 a 40% em peso com um ponto de amolecimento de 80 a 140 °C e, eventualmente, resinas de hidrocarboneto 0,5 a 10% em peso de ceras com um ponto de fusão de 120 a 170 °C, em particular, ceras petroquímicas ou hidrogenadas, assim como aditivos de 0,1 a 20%, em peso, sendo que os aditivos são selecionados a partir de polímeros termoplásticos, polimerizados com grupos carboxilo ou anidrido, pigmentos, amolecedores e/ou estabilizadores, sendo que são obtidas as viscosidades elevadas necessárias e sendo que o adesivo apresenta uma viscosidade de 25000 mPas a 250000 mPas, medida a uma temperatura de 170 a 190 °C (EN ISO 2555) . O adesivo termoativo de acordo com a invenção é produzido a partir de misturas. Nesse caso, todos os componentes podem ser colocados, aquecidos e, então, homogeneizados ao mesmo tempo, ou os componentes mais leves a serem fundidos são primeiramente colocados e misturados, posteriormente são adicionados os outros componentes do adesivo e, por fim, são adicionados outros aditivos que são sensíveis contra a temperatura. Também é possível produzir o adesivo termoativo de forma contínua numa extrusora. Após o preenchimento ou porcionamento da mistura completamente homogeneizada, a mesma é arrefecida, sendo que a mesma endurece. O adesivo termoativo de acordo com a invenção é de consistência firme e livre de meios solúveis. Processos para a produção, preenchimento e embalagem dos adesivos termoativos de acordo com a invenção são conhecidos pelo perito na especialidade. O mesmo é homogéneo na fase sólida e líquida, ou seja, uma fusão é clara e não opaca ou turva.

Os adesivos termoativos de acordo com a invenção apresentam uma viscosidade elevada, que é determinada no processo de aplicação. Nesse caso, os adesivos termoativos têm uma viscosidade de 25000 a 250000 mPas, preferencialmente, 30000 a 150000 mPas, em particular, superior a 50000 mPas a uma temperatura na faixa de 170 °C a 190 °C (medida com Brookfield Thermosel, fuso 27, a temperatura específica, EN ISO 2555) . O adesivo termoativo de acordo com a invenção é adesivo colante. Caso uma camada fina seja colocada entre dois substratos de películas, o adesivo cola as mesmas. Num esforço mecânico, essas camadas podem, contudo, ser novamente separadas. Neste caso, a camada de adesivo exposta permanece colante. O processo de aplicação depende do tipo do substrato a ser colado e das misturas adequadas para isso. Pode tratar- se de uma aplicação plana ou aplicação em tiras sobre películas que não pertencem ao objeto da presente invenção. A aplicação pode ocorre, por exemplo, por sistemas de aplicação por cilindros. Em particular, é adequado um adesivo de acordo com a invenção, contudo, para a co-extrusão com películas de laminação, que não pertencem ao objeto da presente invenção. Nesse caso, na produção das películas, o adesivo termoativo é co-extrudado com a película. Posteriormente, uma segunda película é colocada e colada na camada de adesivo. Um outro processo, que não pertence ao objeto da presente invenção, é a extrusão por sopro. Nesse caso, numa tubagem múltipla, entre duas películas a serem laminadas, na forma de um tubo flexível, um filme do adesivo de acordo com a invenção é extrudado de forma contínua. Isso pode ser executado a temperaturas de 170 a 230 °C, em particular, à volta de 200 °C. Ambas as películas externas são conduzidas de forma conjunta e coladas com o adesivo de acordo com a invenção no arrefecimento. A viscosidade é determinada na temperatura de extrusão. Caso a viscosidade do adesivo seja muito baixa, não é obtido qualquer filme adesivo fluido contínuo e a aderência plana é incorreta. O tempo até à colagem do substrato depende da temperatura e comportamento de cristalização do adesivo termoativo. Pelo adesivo termoativo de acordo com a invenção, são obtidas boas propriedades de aplicação. Mesmo em longas permanências na fase de fusão, não se observa qualquer separação dos componentes individuais ou separação de fase. A aderência às películas de substrato é boa. Em particular, a aderência às películas de múltiplas camadas com uma película de poliolefina como camada, em particular, de uma película de polietileno, é boa. A união flexível do substrato e adesivo também ocorre em armazenamento a baixas temperaturas.

As películas de múltiplas camadas que podem ser produzidas, podem consistir em diferentes camadas de película que são unidas ao adesivo termoativo. Uma película deve ser, de forma preferida, uma película poliolefina, em particular, uma película polietileno. Essa deve ser adequada, como camada de selagem. A segunda camada de película é disposta, geralmente, como camada externa. Essa camada deve ser resistente à rutura, nesse caso, podem ser utilizadas outras películas de material sintético flexível, por exemplo, de poliolefinas, poliamidas, poliéster ou PVC. De forma adequada, as películas devem ser co-extrudáveis. Contudo, também é possível colar películas produzidas separadas com o adesivo termoativo de acordo com a invenção e uma película poliolefina. Nesse caso, também podem ser coladas películas metalizadas ou impressas. As películas de múltiplas camadas podem, posteriormente, ser processadas de forma conhecida. Por exemplo, as mesmas podem ser revestidas, impressas e confecionadas. Por fim, as mesmas são adequadas para ser processadas posteriormente como componentes de embalagem. As películas laminadas com o adesivo de acordo com a invenção mostram uma boa compatibilidade e estabilidade dos componentes. Após a colagem, e em contacto com os alimentos, os materiais com uma possível capacidade de migração permanecem unidos ao adesivo. Componentes de baixo peso molecular, que apresentam uma migração e capacidade de extração mais elevada, são evitados de acordo com a invenção. Por isso, quaisquer substâncias correspondentes não podem migrar a partir da superfície da película. No contacto dessas com os alimentos, as mesmas não são influenciadas pelo material de conteúdo da película de múltiplas camadas. Particularmente, os materiais sintéticos e os substratos colados não contêm qualquer componente com capacidade de migração (que pode ser medido de acordo com a diretriz EU 82/711/EWG).

Os adesivos termoativos de acordo com a invenção são utilizados para a laminação de película de múltiplas camadas. Os mesmos são adequados, em particular, para a colagem de películas flexíveis de polietileno, polipropileno. As películas de múltiplas camadas coladas com um adesivo termoativo de acordo com a invenção são adequadas para a produção de embalagens, em particular, embalagens com capacidade de serem fechadas novamente, no setor de alimentos. Nesse caso são formados recipientes de material sintético que, após o preenchimento com o conteúdo da embalagem, são fechados com uma película de múltiplas camadas como cobertura. Isso é efetuado, normalmente, por selagem a quente ou a frio. Na abertura da embalagem, a película de múltiplas camadas é avariada no local da selagem entre as camadas de película, resulta na borda do recipiente, uma camada livre do material sintético de adesão colante, prolongado, de acordo com a invenção. Esse pode ser fechado novamente, de forma reversível, com a película de cobertura.

Através de um tempo de abertura prolongado e elevada viscosidade da fusão do adesivo de acordo com a invenção é assegurada uma boa capacidade de processamento, em particular, na co-extrusão por sopro. Podem ser produzidos filmes adesivos fluidos de forma contínua, que podem ser alimentados imediatamente após, no calor, em conjunto com ambas as películas co-extrudadas. Após o arrefecimento, são obtidas películas de múltiplas camadas coladas. Os adesivos termoativos de acordo com a invenção destacam-se, em particular, por uma adesão muito boa nas películas de substrato mencionadas acima. As películas unidas produzidas também permanecem flexíveis a baixas temperaturas, mostrando também uma boa estabilidade no calor. A presente invenção, é esclarecida em mais detalhes, a seguir, por exemplos.

Exemplos:

Exemplo 1 (comparação):

Processo :

Os componentes são fundidos e agitados num equipamento de agitação em laboratório convencional a 180 °C, até os mesmos estarem homogéneos. A seguir, os mesmos são enchidos em recipientes adequados para arrefecimento.

Colagem em películas de cerca de 50 pm,

Aplicação com uma lâmina raspadora a 180 °C,

Espessura da camada de cerca de 20 pm A adesão a 25 °C e a -10 °C foi determinada por ensaio de tração em duas películas coladas. A adesão foi boa em todos os casos. Películas de PE com películas de OPP, películas de PE com películas de PP, películas de PE com películas de PET,

Na aplicação dos exemplos 1 e 2, a partir de uma tubagem de fenda larga (180 °C), com o material da experiência comparativa, não é obtido qualquer filme mais estável, já que em queda livre, o mesmo se parte.

DOCUMENTOS REFERIDOS NA DESCRIÇÃO

Esta lista de documentos referidos pelo autor do presente pedido de patente foi elaborada apenas para informação do leitor. Não é parte integrante do documento de patente europeia. Não obstante o cuidado na sua elaboração, o IEP não assume qualquer responsabilidade por eventuais erros ou omissões.

Documentos de patente referidos na descrição

Claims (11)

1. REIVINDICAÇÕES

   1. Utilização de um adesivo termoativo para a produção de película de múltiplas camadas para embalagens de alimentos, sendo que o adesivo termoativo para embalagens que podem ser fechadas novamente contém a) 30 a 90% em peso de pelo menos um copolímero de base de etileno e/ou propileno em conjunto com C4 até C12- oc-olefina, que está contido pela polimerização de catálise metalocénica, com um índice de fusão de 5 a 100 g/10 min (DIN ISO 1133), b) 5 a 50% em peso de resinas colantes com um ponto de amolecimento de 80 a 140 °C, c) ceras de 0,5 a 15% em peso com um ponto de fusão de 120 a 17 0°C, e d) aditivos e substâncias auxiliares de 0,1 a 20% em peso e sendo que o adesivo apresenta uma viscosidade de 25000 mPas a 250000 mPas medida a uma temperatura de 170 a 190 °C (EN ISO 2555).
2. 2. Utilização, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por estar contido no adesivo termoativo, adicionalmente, até 10% em peso de uma resina de hidrocarboneto hidrogenada com um ponto de amolecimento de 0 a 50 °C.
3. 3. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada por estarem contidos no adesivo termoativo até 5% em peso de estabilizadores UV, pigmentos ou promotores de adesão como aditivos.
4. 4. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por estar contido no adesivo termoativo, adicionalmente, até 5% em peso de poli isobutileno.
5. 5. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por não estarem contidos no adesivo termoativo quaisquer amolecedores.
6. 6. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por um polimerizado com base de ésteres de (met)acrílico/olefinas estar contido no adesivo termoativo, de 0,5 a 10% em peso, que apresenta grupos carboxilo ou anidro.
7. 7. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por o adesivo conter uma resina de colofónia, resina de tall oil ou uma resina de hidrocarboneto integralmente ou parcialmente hidrogenada.
8. 8. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada por o adesivo conter a) 40 a 80% em peso de pelo menos um copolímero de base de etileno e/ou propileno em conjunto com C4 até C12- a-olefina, que está contido pela polimerização de catálise metalocénica, com um indice de fusão de 5 a 40 g/10 min (DIN ISO 1133) b) 10 a 40% em peso de resina colante, c) 0,5 a 10% em peso de cera, d) aditivos e substâncias auxiliares de 0,1 a 20% em peso e sendo que a soma dos componentes deve resultar 100%.
9. 9. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por quaisquer materiais com capacidade de migração não estarem contidos no adesivo termoativo, de acordo com as diretrizes do documento EU 82/711/EWG.
10. 10. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, para a colagem de pelo menos uma película poliolefina, em particular, película polietileno, com uma outra película.
11. 11. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, para a produção de embalagens que podem ser fechadas novamente.