PT2090160E - Método para o tratamento de cistos de artemia - Google Patents

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PT2090160E
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Geert Rombaut
Luciaan Alex Johan Van Nieuwenhove
Eddy Marie Jules Naessens-Foucquaert
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    • A01K61/10Culture of aquatic animals of fish
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    • AHUMAN NECESSITIES
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Description

ΡΕ2090160 1 DESCRIÇÃO "MÉTODO PARA O TRATAMENTO DE CISTOS DE ARTEMIA" 0 presente invento diz respeito a um método para o tratamento de cistos, em particular cistos de Artemia, que são destinados a serem incubados num meio de eclosão liquido para produzir organismos alimentares vivos, em particular náuplios de Artemia. A produção de náuplios de Artemia como um alimento vivo para larvas de peixes e de crustáceos é considerada uma operação essencial nas instalações de aquicultura marinhas, ou instalações de incubação marinhas. As etapas de produção dos náuplios de Artemia incluem geralmente eclosão, separação, enriquecimento, enxaguamento e colheita, ao mesmo tempo que para a colheita e o enxaguamento dos náuplios de Artemia é normalmente necessário um crivo ou um concentrador/enxaguador. Um concentrador é na realidade um filtro, que é usado para separar as águas residuais dos náuplios, para remover o excesso de água dos náuplios após a eclosão até um volume final adequado para a distribuição ou armazenamento e para remover por meio de lavagem o revestimento oleoso que fica sobre os náuplios após o enriquecimento .
Após a eclosão, os náuplios da Artemia precisam 2 ΡΕ2090160 de ser separados dos cistos não eclodidos e das conchas de cistos vazias, na medida em que esses cristais e essas conchas podem causar grandes problemas nos tanques de larvas. De facto, quando são ingeridos pelo predador, estes últimos não podem ser digeridos e podem obstruir o intestino, de maneira que as larvas de peixe ou outros predadores podem morrer. Na maior parte das instalações de incubação a separação é conseguida através da remoção do tubo de aeração do tanque de eclosão, permitindo que os diferentes objectos (náuplios de Artemia, cistos inteiros e conchas de cistos vazias) presentes no tanque de eclosão possam ser separados. Os náuplios de Artemia nadam livremente no tanque de eclosão e podem ser recolhidos no fundo, na ponta do cone de eclosão, utilizando luz (os náuplios de Artemia são atraídos pela fonte de luz) . Por outro lado, as conchas de cistos vazias têm tendência para flutuar, ao passo que os cistos de Artemia cheios não eclodidos têm tendência para se afundar. Esses últimos objectos podem interferir com a qualidade dos náuplios de Artemia após a colheita dos náuplios eclodidos. Quando entre os náuplios eclodidos se acha presente uma quantidade de cistos (cheios ou vazios), é necessário realizar uma etapa extra de separação para remover esses cistos dos náuplios da Artemia. Normalmente, para remover os cistos dos náuplios da Artemia é usado um crivo, por meio de um processo que consiste na recolha dos cistos no crivo. 0 crivo é escolhido de maneira a que os náuplios possam passar no crivo e a que objectos tais como os cistos sejam recolhidos no crivo. Em geral, a dimensão da malha do crivo é de aproximadamente 212 ym. Os próprios náuplios são 3 ΡΕ2090160 em seguida recolhidos num crivo mais fino. Normalmente é usado o método de dois crivos, indo um primeiro crivo reter os cistos não eclodidos, e o segundo crivo os náuplios. Este processo de separação baseado no método de dois crivos é um processo delicado e demorado.
Dependendo da relação entre cistos e náuplios de Artemia nas Artemiae concentradas na ponta do tanque de eclosão, esta etapa de filtragem pode ser feita de uma forma eficaz ou de uma forma não eficaz. Quanto mais cistos estiverem presentes, mais rapidamente o crivo irá ficar entupido. 0 entupimento irá não só reduzir a velocidade do fluxo como também irá fazer aumentar o risco de danificação dos náuplios, e tem por isso sido reconhecido como um problema principal para o processo de eclosão/separação. Para impedir o entupimento, as particulas recolhidas no crivo de filtragem têm que ser removidas de forma eficiente durante a filtragem. Na prática, é usado um jacto de água para fazer passar os náuplios através do filtro. A etapa de filtragem deve sem dúvida ser realizada de uma maneira bastante rápida uma vez que a aeração do tanque de eclosão é normalmente interrompida para permitir que as conchas de cistos vazias possam subir no tanque de eclosão e que os náuplios se possam concentrar na parte do fundo. Os náuplios não podem ser autorizados a assentar durante muito tempo na ponta do recipiente cónico para impedir que os mesmos morram devido à depleção de oxigénio.
Uma das soluções usadas nas instalações de eclo- 4 ΡΕ2090160 são, ou instalações de aquicultura, para ultrapassar o problema de ter que se separar os cistos não eclodidos dos náuplios é a que consiste em remover as cápsulas dos cistos de Artemia. A remoção das cápsulas dos cistos (= remoção da camada exterior da concha do cisto do embrião de Artemia) é um processo quimico bem conhecido, desenvolvido nos anos 70. O procedimento clássico de remoção das cápsulas consiste em dissolver as cápsulas dos cistos (cório) com NaOCl (hipoclorito de sódio) com uma adição de NaOH (para a manutenção de um pH elevado) durante um periodo de tempo limitado. A camada exterior do cisto dissolve-se por meio de oxidação. Logo que a reacção exotérmica termina, os cistos sem as cápsulas precisam de ser imediatamente neutralizados com Na2S203 para proteger os embriões contra a oxidação. Quando o processo de remoção das cápsulas é realizado de forma apropriada, a viabilidade dos embriões não é afectada e eles podem eclodir sob a forma de náuplios ou serem desidratados para armazenamento. A remoção das cápsulas dos cistos elimina a necessidade de separação das conchas de cistos vazias e dos cistos não eclodidos. No entanto, os cistos sem as cápsulas que não eclodiram afundam-se com facilidade nos tanques de larvas de peixes ou de camarões e podem decompor ou deteriorar o meio de cultura, indo possivelmente provocar infecções e doenças bacterianas.
Apesar da maior parte das instalações de eclosão aplicar esse processo, o principal inconveniente de um tal processo de remoção das cápsulas é o que consiste no facto das águas residuais poderem conter níveis muito elevados de 5 ΡΕ2090160 produtos tóxicos e por essa razão é muito dificil de serem purificadas, por exemplo as águas residuais podem conter niveis elevados de COD, Cl e AOX. Actualmente é impossível realizar este processo a uma grande escala devido a preocupações de natureza ambiental que são levantadas em relação ao descarte de tais produtos químicos. Outro inconveniente é o que consiste no facto do processo de remoção de cápsulas requerer uma grande quantidade de mão-de-obra e além disso necessitar de ser realizado de uma maneira muito rigorosa, uma vez que de outra forma a viabilidade dos cistos pode ser afectada. Devido à reacção exotérmica, o meio de remoção das cápsulas tem que ser arrefecido e o processo de remoção de cápsulas deve ser interrompido exactamente no momento certo para se evitar a oxidação dos próprios embriões (ver por exemplo a Publicação SRAC No. 702 de Outubro de 2000 "Artemia Production for Marine Larval Fish Culture" de Granvil D. Treece).
Por conseguinte, um objectivo do presente invento é o que consiste em proporcionar um novo método que seja capaz de permitir separar de uma maneira eficaz cistos não eclodidos, e opcionalmente também conchas de cistos vazias, dos organismos alimentares vivos que nadam livremente, em particular dos náuplios de Artemia, com menos risco de danificar ou de matar os organismos alimentares vivos que nadam livremente.
Para esse efeito, o método de acordo com o invento é caracterizado por compreender a etapa que consiste em 6 ΡΕ2090160 aplicar partículas magnéticas sobre os cistos, permitindo atrair de forma magnética os referidos cistos, em particular no referido meio de eclosão líquido.
Através da presença de partículas magnéticas sobre os cistos, mas não sobre os organismos alimentares vivos que nadam livremente e que eclodiram a partir dos cistos, os cistos podem ser atraídos de forma magnética e podem assim ser separados de uma maneira eficaz dos organismos alimentares vivos, sem danificar esses organismos. É por exemplo possível aplicar um íman no meio de eclosão para atrair os cistos não eclodidos e as conchas de cistos vazias para remover estes últimos do meio de eclosão, tanto por meio de um processo que consiste em remover do tanque de eclosão o íman com os cistos e as conchas dos cistos que aderiram ao íman como por meio de um processo que consiste em remover do tanque de eclosão o meio de eclosão com os organismos alimentares vivos que nadam livremente, mantendo o íman no interior do tanque. Neste último caso, o íman também pode ser aplicado na parede do tanque, de maneira a que os cistos não eclodidos e as conchas de cistos vazias possam ir aderir à parede do tanque. Em alternativa ou além disso, após a etapa de eclosão, o meio de eclosão também pode ser obrigado a passar através de um dispositivo de separação, em particular um dispositivo atravessado por fluxo, que contém um íman que retém os cistos não eclodidos e todas as conchas de cistos vazias.
Pelo termo "partículas magnéticas" deve entender- 7 ΡΕ2090160 se partículas que são capazes de ser atraídas por um íman. As partículas podem desse modo ser feitas num material ferromagnético, ferrimagnético ou mesmo (fortemente) paramag-nético. As partículas feitas num material ferro- ou ferri-magnético podem ser magnetizadas, isto é, convertidas em pequenos imanes. Nesse caso, apesar de ser preferível utilizar imanes para atrair os cistos e as conchas de cistos, os imanes podem ser substituídos por materiais magnéticos não magnetizados.
Num modo de realização preferido do método de acordo com o invento, as partículas magnéticas são aplicadas sob a forma de uma suspensão líquida, em particular sob a forma de uma suspensão aquosa, sobre os cistos, de preferência quando os cistos têm uma superfície seca, de maneira que eles fluem livremente. Noutro modo de realização, as partículas magnéticas são aplicadas sob a forma de um pó sobre os cistos. Na presente descrição, o termo "fluem livremente" destina-se a significar que os cistos não se agarram uns aos outros em pequenos cachos, mas que existem como indivíduos que podem ser facilmente vazados a partir de um pedaço de papel.
Descobriu-se que, mesmo sem qualquer substância adesiva ou revestimento adesivo aplicado sobre as partículas magnéticas, as partículas magnéticas aderem suficientemente aos cistos, e permanecem aderidas aos mesmos no meio de eclosão, de maneira que, após a eclosão, os cistos e as conchas de cistos vazias podem ser separadas por meio de ΡΕ2090160 atracção magnética dos organismos alimentares vivos que nadam livremente. Uma vantagem que decorre do facto de não se ter que usar uma substância adesiva é a que consiste no facto de que é muito mais fácil impedir que os cistos se juntem uns aos outros sob a forma de pequenos cachos. No entanto, isso não exclui a possibilidade da utilização de uma substância adesiva no método de acordo com o invento. Por exemplo, pode ser usada uma substância adesiva como a CMC (carboximetilcelulose) , que se dissolve quando os cistos são introduzidos no meio de eclosão.
Num outro modo de realização preferido do método de acordo com o invento, antes de serem aplicadas sobre os cistos, pelo menos 90% em peso das partículas magnéticas têm uma dimensão inferior a 10 pm, de preferência inferior a 5 pm, mais preferência inferior a 1 pm, e ainda mais de preferência inferior a 0,5 pm.
Uma vantagem deste modo de realização é a que consiste no facto de que essas pequenas partículas aderem melhor aos cistos do que às partículas de maiores dimensões. Depois de terem sido aplicadas sobre os cistos, sob a forma de um revestimento, as partículas magnéticas podem formar sobre os cistos depósitos de maiores dimensões (cristais) que podem em particular ser parcialmente devidos às forças de atracção magnéticas entre as partículas magnéticas . O invento também diz respeito a cistos, em parti- 9 ΡΕ2090160 cular cistos de Artemia, que podem ser obtidos por meio do método de acordo com o invento. Esses cistos são caracteri-zados por terem partículas magnéticas aplicadas sobre a sua superfície exterior.
Finalmente, o invento também diz respeito à utilização de cistos para a produção de organismos alimentares vivos que nadam livremente a partir de cistos de acordo com o invento, em que os cistos são incubados num meio de eclosão de maneira que uma porção dos cistos eclodem e libertam organismos alimentares vivos que nadam livremente, e em que os organismos alimentares vivos que nadam livremente são separados dos cistos que não eclodiram e das conchas de cistos vazias. De acordo com o invento, os cistos não eclodidos, tendo partículas magnéticas aplicadas sobre a sua superfície exterior, são separados, após a etapa de incubação por meio de atracção magnética, dos organismos alimentares vivos de nadam livremente que não têm partículas magnéticas aplicadas sobre a sua superfície exterior.
Outras particularidades e vantagens do invento tornar-se-ão evidentes através da leitura da descrição que irá ser feita a seguir de alguns modos de realização particulares dos métodos e dos cistos de acordo com o presente invento. Os números de referência usados nesta descrição dizem respeito aos desenhos anexos, em que: a Figura 1 mostra de forma esquemática um tanque de eclosão em que é utilizado um dispositivo de remoção 10 ΡΕ2090160 de cistos com imanes para separar, após a eclosão dos cistos, os cistos não eclodidos dos náuplios produzidos; e a Figura 2 mostra, a escala aumentada, um modo de realização de um dispositivo atravessado por fluxo que permite separar de forma magnética os cistos não eclodidos dos náuplios, por meio de um processo que consiste em fazer com que o meio de incubação seja obrigado a passar através deste dispositivo após a etapa de eclosão. O presente invento destina-se a proporcionar um método novo e vantajoso para a separação de cistos não eclodidos, e opcionalmente também de conchas de cistos vazias, dos organismos alimentares vivos que nadam livremente e que tenham eclodido a partir dos cistos. Os cistos são em particular cistos de Artemia, mas o invento também pode ser aplicado a outros tipos de cistos. O termo cisto é além disso destinado a englobar não somente embriões que estão encerrados dentro de uma concha exterior e que podem eclodir de forma relativamente rápida (dentro de um ou dois dias) , como também a englobar ovos nos quais o embrião ainda tem que se desenvolver antes de poder eclodir. Por conseguinte, o presente invento também pode ser aplicado a cistos (ovos) de outros animais aquáticos tais como rotífe-ras, Artemiae de água doce, etc. No entanto, a principal aplicação do presente invento é em relação aos cistos de Artemia, de maneira que a descrição que irá será feita a seguir será apenas com referência a esses cistos de Artemia 11 ΡΕ2090160 e aos náuplios que nadam livremente que eclodem a partir de cistos de Artemia.
Os cistos de Artemia estão disponíveis em grandes quantidades ao longo da linha de costa de lagos hipersali-nos, lagoas costeiras e salinas espalhadas pelos cinco continentes. Depois de serem colhidos, os cistos são lavados e armazenados numa solução de salmoura durante vários meses. Em seguida, após processamento (lavagem/enxaguamento com água doce) são submetidos a secagem até ficarem com um teor de água inferior a 15% em peso. Mediante incubação em água do mar, esses cistos libertam náuplios que nadam livremente e que podem ser directamente fornecidos como uma fonte de alimentos nutritivos vivos às larvas de uma grande variedade de organismos tanto marinhos como de água doce, o que faz com que eles sejam o alimento vivo mais conveniente e com menos necessidade de mão-de-obra disponível na aquicultura .
Na Figura 1 acha-se ilustrado um exemplo de um recipiente 1 que pode ser usado para a eclosão de cistos de Artemia. Os melhores resultados de eclosão são alcançados na prática num recipiente 1 que tem uma parede 2 que determina a formação de um fundo cónico 3 e que é aerado a partir do fundo. Os tanques de fundo cilíndrico ou quadrado irão ter pontos mortos nos quais os cistos e os náuplios de Artemia se acumulam e sofrem de depleção de oxigénio. Os recipientes transparentes ou translúcidos irão facilitar a inspecção da suspensão de eclosão, especialmente quando se 12 ΡΕ2090160 procede à colheita. Além disso, o recipiente 1 pode ser equipado com pelo menos uma fonte de luz 4, que é posicionada na parte do fundo cónico para atrair os náuplios em direcção ao fundo antes de se proceder à colheita dos mesmos .
Após a eclosão dos cistos no recipiente 1, a aeração é interrompida para que a maior parte dos cistos não eclodidos vá assentar no fundo 3 e para que a maior parte das conchas de cistos vazias vá flutuar à superfície do meio de eclosão. 0 recipiente 1 é dotado no fundo com uma saida 5, de maneira a que o meio de eclosão contendo os náuplios que nadam livremente possa ser retido num crivo. A fim de evitar ter que se separar com o crivo os cistos não eclodidos do meio de eclosão, ou a fim de reduzir a quantidade de cistos não eclodidos que tiver que ser separada com o crivo do meio de eclosão, agora é usado um método de separação magnética.
De acordo com o presente invento, os cistos introduzidos no meio de eclosão são dotados com partículas magnéticas sobre a sua superfície exterior. Desse modo, os cistos não eclodidos e as conchas de cistos vazias podem ser separados por meio de atracção magnética dos náuplios que nadam livremente que foram eclodiram a partir dos cistos e que não contêm partículas magnéticas. Essa separação pode ser realizada de diferentes maneiras.
Após a etapa de eclosão, um dispositivo 6 de 13 ΡΕ2090160 remoção de cistos que compreende um ou mais imanes 7 pode ser descido no interior do meio de eclosão, de maneira que os cistos não eclodidos e as conchas de cistos vazias vão ser atraídos por esse dispositivo 6 e vão agarrar-se aos imanes 7. A fim de ser capaz de remover também os cistos não eclodidos, que ficaram situados na parte do fundo do recipiente, o meio de eclosão pode ser circulado do fundo do recipiente para a parte de cima do mesmo. Dessa maneira, menos cistos não eclodidos irão chegar ao crivo de cistos, de maneira que, quando a separação magnética for suficientemente eficaz, já não irá ser necessário remover por meio do crivo nenhuns cistos não eclodidos para fora do meio de eclosão.
Em vez de se fazer descer um dispositivo de remoção de cistos 6 no interior do recipiente de eclosão, ou em complemento disso, também é possível dotar a parede do recipiente de eclosão 1, em particular o fundo cónico 3 do mesmo, com um ou mais imanes 8. Dessa maneira, quando se procede ao esvaziamento do recipiente 1 através da saída 5, os cistos não eclodidos e as conchas de cistos vazias irão agarrar-se à parede do recipiente 1 no local onde se encontram situados os imanes 8.
Durante a incubação dos cistos no meio de eclosão, os imanes 8 devem de preferência ser removidos de maneira a que os cistos vão ser distribuídos de uma maneira mais uniforme no meio de eclosão por meio do ar insuflado no meio de eclosão. Quando os imanes 8 não forem imanes 14 ΡΕ2090160 permanentes, mas em vez disso forem electroímanes 8, a corrente eléctrica também poderá ser interrompida em vez de se proceder à remoção dos imanes. Os imanes 7 do dispositivo de remoção de cistos 6 que são descidos para o interior do meio de eclosão também podem ser electroímanes, mas devem de preferência ser imanes permanentes, a fim de se reduzir os perigos relacionados com a utilização de corrente eléctrica .
Em vez de se proceder à separação magnética dos cistos não eclodidos no interior do próprio recipiente de eclosão, ou em complemento disso, os cistos não eclodidos e as conchas de cistos vazias podem ser separados dos náu-plios num dispositivo atravessado por fluxo em que o meio de eclosão é guiado ao longo de pelo menos um íman, de maneira que os cistos não eclodidos e quaisquer conchas de cistos vazias se vão agarrar ao iman, enquanto que os náu-plios não são atraídos e passam pelo iman. Na Figura 2 acha-se ilustrado de forma esquemática um exemplo de um tal dispositivo atravessado por fluxo. Ele compreende uma câmara alongada 9 que tem uma entrada 10 e uma saida 11. A câmara alongada 9 é cheia com lã de aço 12 de aço inoxidável de qualidade magnética (ou outra lã ferromagnética resistente à corrosão) e é envolto por uma bobina eléctrica 13, de maneira a que no interior da câmara alongada 9 possa ser gerado um campo magnético. A lã de aço 12 pode assim ser magnetizada, de maneira que ela vai determinar a formação de imanes que vão atrair os cistos não eclodidos ou as conchas de cistos vazias carregadas com as partículas mag- 15 ΡΕ2090160 néticas. Devido à grande área de superfície da lã de aço 12, vai ser disponibilizada a existência de uma grande superfície para a retenção dos cistos não eclodidos ou as conchas de cistos vazias, de maneira que o dispositivo atravessado por fluxo pode ser feito de uma forma bastante compacta. Outros pormenores acerca de um tal dispositivo de separação magnética podem ser encontrados no documento US 3 676 337, que é aqui incorporado a título de referência .
Como aqui foi anteriormente descrito, uma carac-terística essencial do presente invento é que consiste no facto dos cistos serem dotados com partículas magnéticas sobre a sua superfície exterior. Os inventores do presente pedido de patente descobriram que através da aplicação de partículas magnéticas sobre os cistos, os cistos não eclodidos e as conchas de cistos vazias podem não só ser separados de forma eficaz dos náuplios produzidos, mas também, de forma importante, que os cistos podem ser revestidos de uma maneira economicamente eficaz com a quantidade requerida de partículas magnéticas.
As partículas magnéticas podem ser aplicadas sob a forma de um pó sobre os cistos. Neste caso, os cistos têm de preferência uma superfície molhada (não fluem livremente) quando se procede à aplicação do pó sobre os mesmos, de maneira que as partículas magnéticas vão aderir melhor aos cistos. 0 pó pode em particular ser aplicado sobre os cistos depois dos cistos terem sido removidos para fora da 16 ΡΕ2090160 solução de salmoura, mas antes de terem sido secados, de maneira que eles ainda têm uma superfície molhada. Desta maneira, os cistos só precisam de ser submetidos a secagem apenas uma vez, em particular até ficarem com um teor de água inferior a 25% em peso, de preferência até ficarem com um teor de água inferior a 20% em peso e mais preferência até ficarem com um teor de água inferior a 15% em peso.
Uma vez que uma suspensão líquida pode ser aplicada mais facilmente, as partículas magnéticas são aplicadas de preferência sobre os cistos sob a forma de uma suspensão líquida. As partículas magnéticas podem ser suspensas num solvente orgânico, por exemplo, no seio de um óleo vegetal ou no seio de etanol, mas elas são de preferência suspensas no seio de um meio aquoso para formar uma suspensão aquosa. Essa suspensão pode ser aplicada, em particular pulverizada, como aqui anteriormente descrito sobre os cistos molhados antes de se proceder à secagem dos mesmos até ficarem com os teores de água aqui anteriormente descritos, ou pode ser pulverizada sobre os cistos secos que fluem livremente. Quando se usa uma suspensão aquosa, a superfície dos cistos secos vai ficar molhada, mas a água vai ser rapidamente absorvida pelos cistos secos, de maneira que quando os cistos forem agitados eles irão de novo fluir livremente. Quando os cistos estiverem suficientemente secos, e quando for usada uma quantidade suficientemente pequena de suspensão aquosa, o teor de água (interna) dos cistos tratados pode permanecer com um valor inferior a 25% em peso, de preferência inferior a 20% em peso, ou mesmo 17 ΡΕ2090160 inferior a 15% em peso. No entanto, depois de ter aplicado a suspensão aquosa, os cistos podem ser novamente submetidos a secagem para se atingir esses baixos teores de água. Uma vantagem de tais baixos teores de água de água é o que consiste no facto de que, depois de se ter procedido à aplicação das partículas magnéticas, os cistos poderem ser embalados e armazenados da forma usual durante vários meses antes de serem usados. Uma outra vantagem de se secar novamente os cistos é o que consiste no facto de que as partículas magnéticas vão aderir de uma maneira aparentemente mais forte aos cistos na medida em que a separação magnética foi mais eficaz quando os cistos foram primeiro submetidos a secagem antes de se proceder à introdução dos mesmos mo seio do meio de eclosão.
Em vez de se proceder à aplicação de partículas magnéticas pré formadas sobre os cistos, as partículas magnéticas também podem ser formadas in situ sobre os cistos, por exemplo sob a forma de um revestimento. Nas presentes descrição e reivindicações, um revestimento de material magnético também pode ser considerado como sendo partículas magnéticas que são aplicadas sobre os cistos, uma vez que o revestimento, mesmo quando é contínuo, tem de ser, não obstante, quebradiço e ser capaz de se quebrar com facilidade sob a forma de partículas magnéticas, a fim de permitir a eclosão dos cistos. Como descrito no documento WO 04/057952, as conchas dos cistos podem reagir com per-manganato (em particular com permanganato de potássio) para a produção de uma camada de dióxido de manganês sobre os 18 ΡΕ2090160 cistos, No documento WO 04/057952, esta camada de dióxido de manganês foi subsequentemente removida para se produzir cistos não encapsulados, mas, de acordo com o presente invento, a camada de dióxido de manganês tão precisa de ser removida e pode ser usada para separar magneticamente os cistos e as conchas de cistos dos náuplios produzidos.
As partículas magnéticas podem ser feitas de materiais ferromagnéticos, ferrimagnéticos ou mesmo para-magnéticos. No entanto, os materiais ferromagnéticos e os materiais ferrimagnéticos são preferidos, uma vez que eles necessitam de campos magnéticos menos intensos para alcançar as forças magnéticas exigidas para a separação dos cistos e das conchas de cistos dos náuplios. As partículas magnéticas compreendem de preferência um óxido de um ou mais metais de transição, em particular um ou mais óxidos escolhidos de entre o grupo constituido por CrC>2 (óxido (IV) de crómio) , CoFe2C>4 (ferrite de cobalto) , CuFe2C>4 (fer-rite de cobre), Dy3Fe50i2 (disprósio ferro granada), DyFe03 (ortoferrite de disprósio), ErFe03 (ortoferrite de érbio), Fe5Gd30i2 (gadolinio ferro granada) , Fe5Ho30i2 (granada de hólmio ferro), FeMnNiCu (óxido de ferro niquel manganês) , Fe303 (magnemite) , Fe3C>4 (magnetite) , Fe303 (hematite) ,
FeLa03 (ferrite de lantânio), MgFe204 (ferrite de magnésio), Fe2MnC>4 (ferrite de manganês) , Mn02 (dióxido de manganês) , Nd207Ti2 (dititanato de neodimio) , Al0.2Fei.8NiO4 (ferrite de aluminio niquel), Fe2Nio.504Zno, 5 (ferrite de niquel zinco), Fe2Nio.404Zn0.6 (ferrite de niquel zinco) , Fe2Ni0.8O4Zn0.2 (ferrite de niquel zinco), NiO (óxido (II) de niquel), Fe2Ni04 19 ΡΕ2090160 (ferrite de níquel), FesOi2Sm3 (ferro granada de samário), Ago.5Fe12Lao.5O19 (ferrite de lantânio de prata) , Fe50i2Y3 (granada de ferro ítrio) , e Fe03Y (ortoferrite de ítrio) . As partículas magnéticas compreendem de preferência Fe203 (hematite ou magnemite) , Mn02 (dióxido de manganês) ou uma ferrite, de preferência Fe304 (magnetite). A magnetite é a mais preferida tendo em vista as suas fortes propriedades magnéticas.
Antes de serem aplicadas aos cistos, as partículas magnéticas usadas para o revestimento dos cistos são de preferência tão pequenas que pelo menos 90% em peso das mesmas têm uma dimensão inferior a 10 ym, de preferência inferior a 5 ym, mais preferência inferior a 1 ym e ainda mais de preferência inferior a 0,5 ym. Quanto menores forem as partículas, melhor elas irão aderir aos cistos sem que tenha que ser usada uma substância adesiva. Além disso, as partículas mais pequenas resultam numa suspensão mais estável, especialmente quando não é usado nenhum estabilizador (agente tensioactivo) para a preparação da suspensão. Depois de terem sido aplicadas sobre os cistos, as partículas magnéticas podem ter uma dimensão maior. Em vistas microscópicas dos cistos revestidos, é possível observar que as partículas magnéticas se agruparam em conjunto sobre a superfície dos cistos para dar origem à formação de gru-pos/cristais de maiores dimensões. Isso pode ser explicado possivelmente pelo facto de que a água é extraída da suspensão, de maneira que são formados cristais de maiores dimensões, mas especialmente também pelo facto de que as 20 ΡΕ2090160 partículas magnéticas se podem atrair umas às outras de forma magnética para formar cachos/grupos de maiores dimensões . O pó de material magnético pode ser feito por meio de um processo que consiste em triturar o material magnético. Este pó pode em seguida ser misturado com água para se obter uma suspensão aquosa. Um inconveniente deste tipo de método de trituração é o que consiste no facto de demorar bastante tempo para se conseguir obter um pó fino e da dimensão das partículas não ser muito uniforme. Além disso, é difícil conseguir-se obter partículas com dimensões muito pequenas.
Na prática existem os chamados ferrofluidos que podem ser definidos como sendo suspensões coloidais estáveis de partículas ferromagnéticas ou ferrimagnéticas. Como descrito no documento US 4 329 241 esses ferrofluidos podem ser feitos por meio de um processo que consiste em triturar, por exemplo, ferrite durante várias semanas na presença de querosene ou de ácido oleico até que as partículas fiquem suficientemente pequenas (da ordem de grandeza de 10 nm) para permitir a estabilização da suspensão por meio de movimento Browniano. No entanto, este tipo de processo é bastante dispendioso. Um método mais económico é o que consiste na precipitação da magnetite coloidal por meio de um processo que consiste em fazer com que soluções de sais ferrosos e férricos vão reagir com substâncias alcalinas tais como o hidróxido de sódio ou uma solução de amo- 21 ΡΕ2090160 níaco. A dimensão das partículas pode ser controlada através de agitação. Quando a agitação é suficientemente vigorosa, a dimensão das partículas pode até ser inferior a 10 nm. Para se conseguir obter um ferrofluido estável, sobre as partículas magnéticas pode ser aplicado um revestimento de um agente de suspensão. Os métodos para a produção desses ferrofluidos são divulgados, por exemplo, nos documentos US 4 329 241, US 4 906 382, US 5 240 626, US 6 120 856, US 6 277 298, US 6 068 785 e WO 91/02083.
No método de acordo com o presente invento é possível serem utilizados esses ferrofluidos estáveis para aplicar as partículas magnéticas sobre os cistos. No entanto, descobriu-se que também podiam ser usadas suspensões mais baratas, nomeadamente suspensões que são feitas sem o uso de nenhum agente de dispersão e que não são estáveis mas que podem assentar ao fim de alguns minutos. Uma suspensão de partículas de magnetite pode ser feita com facilidade da maneira como aqui foi anteriormente descrito, por meio de um processo que consiste em permitir que sais ferrosos e férricos reajam sob condições alcalinas num meio aquoso, de maneira a que sejam formadas partículas da magnetite, a dimensão das quais pode ser controlada através de agitação do meio aquoso. Esta suspensão pode ser pulverizada sobre os cistos, em particular sobre cistos secos. Descobriu-se que, não obstante o facto das partículas magnéticas não se acharem revestidas com um agente tensioactivo, ou com substâncias de ligação específicas como divulgado no documento WO 91/02083, elas aderiram suficientemente bem 22 ΡΕ2090160 aos cistos. O método de acordo com o invento pode dessa forma ser posto em prática com materiais baratos e de uma maneira relativamente simples, de maneira que permite em particular fazer com que cistos de baixa qualidade (alta percentagem de separação como determinado pelo método geral de separação que irá ser descrito mais adiante, mas sem o uso de um íman) num produto valioso. 0 tratamento de acordo com o presente invento permite remover com facilidade os cistos não eclodidos dos náuplios que são usados como organismos alimentares vivos.
As partículas magnéticas são aplicadas de preferência sobre os cistos numa quantidade de pelo menos 0,75, de preferência de pelo menos 1,0, mais preferência de pelo menos 1,5 e ainda mais de preferência de pelo menos 2,0 mg/g de matéria de cisto seca. Os testes mostraram que, com essas quantidades, os cistos não eclodidos podem ser eficazmente atraídos e dessa forma separados dos náuplios por meio de um íman. A quantidade de partículas magnéticas aplicadas sobre os cistos é de preferência mais baixa do que 200, mais preferência inferior a 100 e ainda mais de preferência inferior a 50 mg/g de matéria de cisto seca. Na prática, os cistos podem ainda ser atraídos de uma maneira eficaz quando essa quantidade de partículas magnéticas for inferior a 20 e em particular até mesmo inferior a 15 mg/g de matéria de cisto seca.
Uma suspensão aquosa de partículas de magnetite preparada por meio de um processo que consiste em permitir 23 ΡΕ2090160 que cloreto ferroso (FeCl2.4H20) e cloreto férrico (FeCl3.6H20) possam reagir um com o outro na presença de hidróxido de sódio (NaOH) pode resultar, quando são usadas soluções saturadas, numa suspensão contendo cerca de 100 g/1 de partículas de magnetite. Quando se procede à pulverização e/ou à mistura dessa solução sobre cistos secos, ela é imediatamente absorvida pelos cistos. Desse modo, o teor de água dos cistos sobe, mas apenas num grau limitado, por exemplo de 10% para 20%, de maneira que os cistos permanecem em estado latente e desse modo podem serem armazenados. Para armazenamento de longa duração, os cistos deverão de preferência ser novamente secos. A suspensão produzida pode ser facilmente concentrada por meio de um processo que consiste em permitir que as partículas magnéticas assentem e em remover uma parte do líquido sobrenadante. No entanto, a concentração das partículas magnéticas é mantida de preferência abaixo de 200 g/1, mais preferência abaixo de 150 g/1, para permitir pulverizar facilmente a suspensão sobre os cistos. A concentração das partículas magnéticas na suspensão aplicada sobre os cistos é de preferência superior a 5 g/1, mais preferência superior a 10 g/1 e ainda mais de preferência superior a 20 g/1, para limitar o aumento do teor de água dos cistos tratados.
Exemplos foram
Todos os reagentes e produtos químicos usados nestas experiências eram de qualidade analítica e 24 ΡΕ2090160 obtidos a partir da firma Sigma Aldrich (Bélgica). A suspensão de magnetite (MS) foi preparada misturando tetrahi-drato de cloreto ferroso (FeCl2.4H2O) , hexahidrato de cloreto férrico (FeCl3.6H20), hidróxido de sódio (NaOH) e água numa proporção de 1:2:2:10 durante/com agitação. A mistura resultou na formação de nano partículas de Fe2C>4 em suspensão. A preparação feita dessa forma continha aproximadamen-te 0,1 g de Fe204/ml. O pó de magnetite (pó de óxido (II, III) de ferro, Sigma Aldrich, < 5μιη) (MP) foi suspenso em água antes de ser aplicado sobre os cistos sob a forma de revestimento .
Para o revestimento das partículas de magnetite por meio do método deste invento, 5 ml de partes aliquotas de várias concentrações de vários materiais de revestimento (MS e MP) foram misturados com 50 g de cistos de diferentes tipos (o teor de humidade dos cistos foi de ± 10%) . O resultado de um revestimento positivo tornou-se evidente através da inspecção visual dos cistos.
Foram usados cones de um litro nos quais 2 g de cistos de Artemia foram incubadas em água de mar artificial (25 g/1) de preferência durante um período de tempo de (mas não limitado a) 24 horas. A temperatura da água nos cones foi mantida constante à volta de 30°C, a água foi constantemente aerada e iluminada. O critério usado para se determinar se os cistos foram suficientemente revestidos foi o 25 ΡΕ2090160 de determinar a quantidade de cistos e de conchas de cistos em relação à quantidade total de cistos, conchas de cistos, umbrelas e náuplios incubados. Daqui em diante, no texto da presente descrição, este valor é apresentado pela designação de "Percentagem de separação".
Para se determinar a percentagem de separação, foram suspensos imanes no seio do meio de eclosão, num cone de 11, aproximadamente a 5 cm do fundo do cone (= na marca de 20-30 ml) . A aeração foi interrompida e o tubo de aeração foi removido. Após um periodo de 30 segundos foram recolhidos 30 ml do meio de eclosão, contendo náuplios de Artemia, umbrelas, cistos não eclodidos e conchas de cistos vazias, que depois foram novamente transferidos para o cone de eclosão utilizando um sifão que foi colocado no fundo do cone de eclosão. Após um periodo de 2 minutos, durante o qual o material magnético se depositou sobre os imanes, foram removidos outros 200 ml de meio de eclosão através da utilização do sifão e transferidos para um novo recipiente. Em seguida foram adicionados 800 ml de água de mar artificial ao novo cone para aumentar o volume até perfazer 1 litro. Foram recolhidas amostras para se determinar a percentagem de separação.
Nas Tabelas 1 e 2 acha-se ilustrado o efeito de dose da MS e da MP sobre a percentagem de separação. Doses diferentes de magnetite foram aplicadas como revestimento sobre os cistos do lote 1 (Tabela 1) e do lote 2 (Tabela 2) de acordo com o método do invento sob a forma de uma solu- 26 ΡΕ2090160 ção de MS ou de MP. Cada tratamento foi avaliado em triplicado, indo o resultado do tratamento ser a média dos triplicados. Através da observação da Tabela 1 é possivel constatar que, neste exemplo, o revestimento dos cistos do lote 1 com 4,5 mg de Fe3C>4/g em peso seco de cistos de MS deu a mais baixa percentagem de separação de 4%, tendo a percentagem de separação dos cistos não tratados sido de 22%.
Mais importante, para uma concentração de 1,5 mg de Fe304/g de cistos, a percentagem de separação já diminui consideravelmente para 14%. Para concentrações de 3 mg de Fe3Cu/g de cistos, a percentagem de separação mostra ser inferior a 7% e esta permanece abaixo de 7% quando são introduzidas quantidades maiores de MS. Mais importante, para uma concentração superior a 4,5 mg de Fe304/g em peso seco de cistos, usando MS para revestir os cistos, a percentagem de separação já não diminuiu mais.
No caso da MP, houve uma clara melhoria da percentagem de separação, começando a partir de 22% até um mínimo de 8%. No que diz respeito ao lote 1, foi alcançada uma percentagem mínima de separação de 8% quando os cistos foram revestidos com 7,8 mg de Fe304/g em peso seco de cistos. Mais importante, para uma concentração de 4,4 mg de Fe304/g de cistos, a percentagem de separação já diminuiu de forma considerável para 15%. No que diz respeito ao lote 2, a percentagem inicial de separação foi de 8% a 10%. Essa percentagem de separação é aumentada para um mínimo de 27 ΡΕ2090160 1% a 0% com a adição de MS e de MP. No entanto, com a adição de MP uma grande quantidade de partículas de magnetite não foi completamente fixada aos cistos e foram libertadas dentro do meio de eclosão durante a eclosão. A Tabela 3 ilustra o efeito da secagem dos cistos revestidos sobre a percentagem de separação dos cistos revestidos com MS. Os cistos do lote 1, revestidos de acordo com a metodologia do invento, foram submetidos a secagem até ao seu teor original de humidade de 10%. Foi medida a percentagem de separação de ambas as amostras, isto é, antes da secagem (20% de teor de humidade) e após a secagem (10% de teor de humidade) . Aparentemente, foi possível melhorar a percentagem de separação dos cistos revestidos com Fe3C>4 através da secagem dos cistos. Foi observado que os cistos revestidos com FesCg e em seguida submetidos a secagem foram atraídos de forma muito mais rápida pelos imanes suspensos no seio do meio de eclosão do que os cistos revestidos que não foram submetidos a secagem. 28 ΡΕ2090160
Tabela 1: Efeito da dose de MS e de MP sobre a percentagem de separação após revestimento sobre os cistos do lote 1.
Cistos Suspensão de magnetite Fe304/g em peso seco de cistos Percentagem de Separação Lote 1 MS 0,00 mg 22% Lote 1 MS 0,75 mg 19% Lote 1 MS 1,50 mg 14% Lote 1 MS 3,00 mg 6% Lote 1 MS 4,00 mg 7% Lote 1 MS 4,50 mg 4% Lote 1 MS 6,00 mg 4% Lote 1 MS 7,50 mg 5% Lote 1 MS 10,00 mg 6% Lote 1 MS 12,50 mg 6% Lote 1 MP 0,00 mg 22% Lote 1 MP 4,40 mg 15% Lote 1 MP 6,00 mg 10% Lote 1 MP 7,80 mg 8% 29 ΡΕ2090160
Tabela 2: Efeito da dose de MS e de MP sobre a percentagem de separação após revestimento sobre os cistos do lote 2.
Cistos Suspensão de magnetite Fe304/g em peso seco de cistos Percentagem de Separação Lote 2 MS 0, 00 mg 8% Lote 2 MS 7, 50 mg 1% Lote 2 MS 10, 00 mg 1 2--L o Lote 2 MS 12, 50 mg 1% Lote 2 MS o, 00 mg 10% Lote 2 MP 5, 80 mg -L o Lote 2 MP 6, 10 mg 1% Lote 2 MP 7, 30 mg 0% Lote 2 MP 7, 60 mg 1% Tabela 3: Efeito da secagem sobre a percentagem de separação dos cistos do lote 1 revestidos com MS Cistos Suspensão de mg Fe304/g Separação Teor de magnetite de cistos água Lote 1 MS 0 mg 22% 10% Lote 1 MS 10 mg 6% 20% Lote 1 MS 10 mg 0, 4% 10%
Lisboa, 15 de Setembro de 2010

Claims (13)

  1. ΡΕ2090160 1 REIVINDICAÇÕES 1. Método para o tratamento de cistos, em particular cistos de Artemia, que são destinados a serem incubados num meio de eclosão liquido para a produção de organismos alimentares vivos, caracterizado por o método compreender a etapa que consiste em aplicar partículas magnéticas sobre os cistos, o que permite atrair de forma magnética os referidos cistos, em particular no referido meio de eclosão líquido.
  2. 2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as referidas partículas magnéticas serem aplicadas sob a forma de uma suspensão aquosa, em particular sob a forma de uma suspensão aquosa, sobre os cistos, de preferência quando os cistos têm uma superfície seca, de maneira que eles fluem livremente.
  3. 3. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as referidas partículas magnéticas serem aplicadas sob a forma de um pó sobre os cistos.
  4. 4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por, depois das referidas partículas magnéticas terem sido aplicadas sobre os cistos, os cistos terem um teor de água inferior a 25% em peso, de preferência inferior a 20% em peso, ou serem submetidos a secagem até ficarem com um teor de água inferior a 25% em 2 ΡΕ2090160 peso, de preferência inferior a 20% em peso e mais preferência inferior a 15% em peso.
  5. 5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por, antes de serem aplicadas sobre os cistos, pelo menos 90% em peso das referidas partículas magnéticas terem uma dimensão inferior a 10 ym, de preferência inferior a 5 ym, mais preferência inferior a 1 ym e ainda mais de preferência inferior a 0,5 ym.
  6. 6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por as referidas partículas magnéticas compreenderem um material ferromagnético, um ferrimagnético ou um paramagnético, as partículas magnéticas compreendendo de preferência um óxido de um ou mais metais de transição, em particular Fe2C>3 (hematite ou mag-nemite), Mn02 (dióxido de manganês) ou uma ferrite, de preferência FesCu (magnetite) .
  7. 7. Cistos, em particular cistos de Artemia, que podem ser obtidos através de um método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizados por os cistos terem partículas magnéticas aplicadas sobre a sua superfície exterior.
  8. 8. Cistos de acordo com a reivindicação 7, caracterizados por os cistos compreenderem as referidas partículas magnéticas numa quantidade de pelo menos 0,75, de preferência de pelo menos 1,0, mais preferência de pelo 3 ΡΕ2090160 menos 1,5 e ainda mais de preferência de pelo menos 2,0 mg/g de matéria de cisto seca.
  9. 9. Cistos de acordo com a reivindicação 7, caracterizados por as referidas particulas magnéticas compreenderem um material ferromagnético, ferrimagnético ou paramagnético, as particulas magnéticas compreendendo de preferência um óxido de um ou mais metais de transição, em particular Fe203 (hematite ou magnemite) , Μη02 (dióxido de manganês) ou uma ferrite, de preferência Fe3C>4 (magnetite) .
  10. 10. Utilização de cistos de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 9 para a produção de organismos alimentares vivos que nadam livremente, utilização essa que compreende a etapa que consiste em incubar os cistos num meio de eclosão de maneira que uma porção dos cistos vai eclodir e libertar organismos alimentares vivos que nadam livremente e a etapa que consiste em separar os organismos alimentares vivos que nadam livremente dos cistos não eclodidos, caracterizada por após a etapa de incubação, os cistos não eclodidos, que têm particulas magnéticas aplicadas sobre a sua superficie exterior, serem separados por meio de atracção magnética dos organismos alimentares vivos que nadam livremente que não têm particulas magnéticas aplicadas sobre a sua superficie exterior.
  11. 11. Utilização de acordo com a reivindicação 10, 4 ΡΕ2090160 caracterizada por os cistos serem incubados num recipiente de eclosão no qual é disposto pelo menos um iman próprio para separar os cistos não eclodidos dos organismos alimentares vivos que nadam livremente.
  12. 12. Utilização de acordo com a reivindicação 10 ou 11, caracterizada por os cistos serem incubados num recipiente de eclosão que tem uma parede que se acha dotada de pelo menos um iman próprio para atrair de forma magnética os cistos não eclodidos em direcção à parede do recipiente .
  13. 13. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 12, caracterizada por, após a etapa de incubação, pelo menos uma porção do meio de eclosão, que contém organismos alimentares vivos que nadam livremente e cistos não eclodidos, ser removida do recipiente de eclosão e ser guiada ao longo de pelo menos um iman de maneira que os cistos não eclodidos vão agarrar-se ao referido iman enquanto que os organismos alimentares vivos que nadam livremente passam para além do referido iman. Lisboa, 15 de Setembro de 2010
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