PT2007429E - Formulação oral com efeitos cardiovasculares benéficos, compreendendo berberina - Google Patents

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Description

ΕΡ2007429Β1
DESCRIÇÃO FORMULAÇÃO ORAL COM EFEITOS CARDIOVASCULARES BENÉFICOS,
COMPREENDENDO BERBERINA A presente invenção refere-se a uma formulação para administração oral, na forma de comprimidos ou de pó para utilização extemporânea, que é capaz de exercer um efeito benéfico sobre o sistema cardiovascular, devido a uma combinação de actividades, tais como eulipidémica, baixa do colesterol e baixa de triglicéridos, antioxidante e protecção do endotélio vasal e outras ligadas a estas, directa ou indirectamente.
Nos países industrializados, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte em homens e mulheres [Schwarz et al. 1999, Lowe et al. 1998, Sempos et al. 1993] e a este respeito, estudos epidemiológicos extensivos identificaram as condições que predispõem a doenças cardiovasculares, i.e., os denominados "factores de risco" que podem ser classificados como "inalteráveis" (genética, sexo, idade) e "alteráveis". Os factores alteráveis são factores principalmente metabólicos (por exemplo hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hiperfibrinogenemia, hiper-homocisteinemia, diabetes mellitus, obesidade visceral), factores biológicos (por exemplo hipertensão arterial) e factores ligados ao estilo de vida (fumar, hábitos alimentares incorrectos, estilo de vida sedentária, etc.).
Muitas doenças cardiovasculares são de uma natureza arteriosclerótica, i.e. são devidas ao estreitamento do 1 ΕΡ2007429Β1 lúmen das artérias devido a uma deposição de colesterol, cálcio e fibrina na parede do vaso, ou à oclusão das artérias provocada por uma trombose que se formou a partir de uma placa ateromatosa. Tal como documentado no estudo epidemiológico de Framingham [kennel et al. 1995], a incidência e a gravidade da arteriosclerose estão intimamente relacionadas com o nível de colesterol no sangue e especialmente quando as lipoproteínas de baixa densidade (LDL), ou "mau" colesterol, excedem valores de 160 mg/dL [Ministério da Saúde, 2003]. De facto, é agora geralmente aceite que a patologia coronária pode ser prevenida eficazmente através da manutenção do colesterol no plasma a niveis abaixo de 190 mg/dl. Existem, contudo, relativamente poucos adultos que possuem um nível de colesterol no sangue abaixo do limite acima mencionado. Um estudo realizado pelo Centro Epidemiológico Cardiovascular Italiano [2004] demonstra que, de facto, 6 em cada 10 Italianos possuem um nível de colesterol acima do limiar acima referido.
Por isso, é muito importante manter o colesterol no sangue sob controlo, como é também recomendado pelas "Guias Europeias sobre a Prevenção Cardiovascular" [2003]. Na prática, se existir uma hipercolesterolemia suave ou moderada (colesterol no sangue entre 190 e 250 mg/dl), é necessária uma mudança do estilo de vida, adoptando uma dieta saudável, baixa em gorduras saturadas e rica em frutas e vegetais, com uma ingestão de calorias ajustada às necessidades individuais. É também necessário eliminar factores de risco desnecessários, especialmente fumar, e garantir uma actividade física adequada todos os dias. 2 ΕΡ2007429Β1
Estas são regras simples mas não são fáceis de seguir nas presentes condições de vida. Suplementos dietéticos que actuam como adjuvantes no controlo do colesterol no plasma podem por isso proporcionar o suporte útil, em conjunção com uma dieta geralmente adequada.
Outro factor de risco cardiovascular importante é representado por níveis aumentados de triglicéridos (acima de 150-200 mg/dl), especialmente se acompanhado por um nível de colesterol HDL reduzido (< 40 mg/dl) ou na denominada "síndrome metabólica".
Outro factor patogenético da arteriosclerose é a peroxidação de LDL. De facto, os LDLs são transportados no sangue sem problemas patológicos particulares. Contudo, se são peroxidados por ROS (Espécie de Oxigénio Reactivo), passam através do endotélio das artérias e são capturados e armazenados por macrófagos. Estes últimos, empacotados com LDL peroxidados, são transformados nas denominadas "células espumosas", que representam os núcleos iniciais de ateromas da intima, dos quais de formam então placas arterioscleróticas. Antioxidantes que inibem a peroxidação de LDL são, por isso, muito úteis para a prevenção da arteriosclerose. Este objectivo pode ser alcançado com uma escolha apropriada de alimentos e com o apoio de suplementos dietéticos adequados ricos em antioxidantes.
Depois, existem outros factores metabólicos do risco cardiovascular, entre os quais se devem certamente mencionar a homocisteína, que é um agente aterogénico e trombogénico. Um aumento na homocisteína no plasma (hiper-homocisteinemia) representa um factor de risco independente para doenças da 3 ΕΡ2007429Β1 coronária, de origem cerebral ou vascular periférica, ou com origem na trombose de veia profunda [Longo 2001]. A relação entre hiper-homocisteinemia, i.e., homocisteína no sangue acima de 10 pmol/l, e o risco cardiovascular aumentado foi examinado e demonstrado numa meta-análise exaustiva realizada em 27 estudos clínicos de prospecção controlados [Boushey et al. 1995]. Por isso, é necessário evitar a hiper-homocisteinemia, por exemplo com a administração de vitaminas do grupo B e em particular ácido fólico.
Em conclusão, um estilo de vida correcto, nutrição adequada e a utilização de suplementos dietéticos adeguados são suficientes na maioria dos casos para controlar o nível de colesterol no sangue quando este é ligeiramente ou moderadamente aumentado. Os suplementos dietéticos são também úteis em indivíduos com risco global "intermédio", ou os que possuem uma probabilidade entre 10% e 20% de desenvolvimento de uma doença cardiovascular nos próximos 10 anos de vida, mas para os quais a terapia com fármacos de diminuição do colesterol ainda não se justifica, embora seja ainda recomendado baixar o nível de colesterol no sangue para níveis inferiores ao limiar de 190 mg/dl.
Existem presentemente vários suplementos dietéticos que podem proporcionar uma acção benéfica e produzir uma redução significativa do risco cardiovascular, especialmente se combinada com uma dieta controlada e com actividade física saudável.
Foi recentemente publicado um trabalho científico [Setnikar et al. 2005], subsequente a um pedido de Patente Italiana [pedido T02004A000682] depositado pelos autores do 4 ΕΡ2007429Β1 presente pedido, que descreve uma composição para administração oral com base em policosanol, levedura vermelha (RY) e um antioxidante seleccionado a partir de astaxantina e ácido fólico (daqui em diante designado por Ass), cuja eficácia eulipidémica segue claramente a dos resultados farmacológicos aqui descritos. 0 Ass, todavia, apresenta uma eficácia relativamente baixa nos triglicéridos do sangue que, como já foi enfatizado, representa por sua vez um factor de risco cardiovascular importante. Nesta ligação, para obter efeitos de diminuição de triglicéridos significativos, são utilizados normalmente ácido nicotinico ou PUFA (ácidos gordos polinsaturados). Todavia, ambos devem ser utilizados em doses muito elevadas que conduzem a efeitos colaterais desagradáveis e indesejáveis. A presente invenção baseia-se no desenvolvimento de uma composição para administração oral na qual um principio activo que possui uma acção de redução de triglicéridos eficazes e demonstráveis e ao mesmo tempo não possui os efeitos colaterais indesejáveis de ácido nicotinico e de PUFA, é adicionado a Ass. A escolha recai sobre berberina, uma substância natural de origem vegetal cujas actividades de redução de colesterol e de redução de triglicéridos foram recentemente documentados clinicamente [Kong et al. 2004] . O efeito sinérgico da combinação de berberina com Ass, designado, de aqui em diante, COMB, e um objectivo do presente pedido de patente, foi avaliado experimentalmente em coelhos hipertrigliceridémicos e hipercolesterolémicos, com resultados experimentais extraordinariamente positivos e 5 ΕΡ2007429Β1 na verdade acima de qualquer expectativa, como pode ser observado mais adiante detalhado na secção experimental. A invenção refere-se assim a uma composição para a administração oral como definido nas reivindicações que se seguem.
As propriedades dos vários componentes activos de COMB, o objecto da presente invenção, juntamente com outros agentes de sinergia potenciais, tais como ácido fólico e coenzima Q10, são aqui descritos abaixo.
Berberina A berberina é uma preparação vegetal natural extraída a partir da casca de Berberis aristata, um arbusto espinhoso com origem nos Himalaias e no Nepal, pertencente à família das Berberidaceae.
Química
Quimicamente, a berberina é 5,6-di-hidro-9,10-dimetoxibenzo[g]-1,3-benzodioxolo[5,6-a]quinolizínio, com a fórmula empírica 020Ηι0Ν04+ e peso molecular 336,37. A berberina é obtida a partir da casca de Berberis aristata por extracção aquosa-alcoólica e depois cristalização, processos que deixam a estrutura química da molécula inalterada, enquanto a contaminação microbiana é mantida dentro dos limites estipulados pela Farmacopeia Europeia para utilização farmacêutica. 6 ΕΡ2007429Β1
Efeito Eulipidémico A berberina é utilizada tradicionalmente pela sua acção antimicrobiana em diarreia infecciosa, em infecções do tracto urinário e para o tratamento local de feridas e de úlceras. Além disso, possui acção imunoestimulante, antipirética e anti-hemorrágica [Leung et al. 1989] [Monografia 1989].
Um estudo clinico controlado em 91 doentes hipercolesterolémicos, 63 dos quais foram tratados durante 3 meses b.i.d. com 500 mg de berberina, e 28 com placebo, foi publicado muito recentemente [Kong et al. 2004]. Os doentes tratados com berberina demonstraram uma diminuição significativa de 29% no colesterol total (2% com placebo), 25% nas lipoproteínas de baixa densidade (LDL) (0% com placebo) e 35% nos triglicéridos (5% com placebo) . As HDL, em contraste, permaneceram inalteradas.
Foi conduzido outro estudo controlado em 20 doentes que tinham hipercolesterolémia e hipertrigliceridemia, administrando 500 mg de berberina numa única dose uma vez por dia [Cicero et al. 2006]. A berberina reduziu o colesterol total em 16%, as LDL em 20% e os triglicéridos em 22%. Todas estas alterações foram determinadas como sendo estatisticamente altamente significativas (p <0,001). Para além disso, as HDL ("bom" colesterol) aumentaram em 7% (p <0,05). O tratamento foi bem tolerado e as transaminases hepáticas foram melhoradas. 7 ΕΡ2007429Β1
Estes dois estudos clínicos demonstram que a berberina exerce um espectro eulipidémico efectivo em vários lípidos no sangue e sugere que pode ser utilizado na prevenção dos riscos cardiovasculares ligados a manifestações ateroscleróticas. A acção eulipidémica da berberina foi ainda confirmada em hamsters alimentados com uma dieta enriquecida com colesterol e gorduras, que provocaram um grande aumento nos níveis sanguíneos do colesterol total, as LDL e os triglicéridos [Kong et ai. 2004] . O tratamento com 50 e com 100 mg/kg/dia de berberina durante 10 dias reduziu significativamente, em 25% e 38% respectivamente, o aumento no colesterol total provocado pela dieta hiperlipídica e, em 26% e 41% respectivamente, o aumento de LDL. 0 documento W02006/029577A1 revela a utilização da berberina para prevenir ou tratar hiperlipidemia; a berberina pode ser combinada com um outro agente cardiovascular que pode ser um produto ou extracto derivado de plantas, tais como levedura vermelha de arroz.
Mecanismo de acção A investigação do mecanismo molecular da acção demonstrou que a berberina aumenta, no fígado, o mRNA e a proteína do receptor das LDL (LDLR), envolvendo uma quinase regulada por sinal extracelular (ERK). Além disso, a berberina estabiliza as LDLR e prolonga a sua semi-vida. Com estes mecanismos, a berberina provoca um aumento notável nas LDLRs localizadas na membrana dos hepatócitos, promovendo a endocitose das LDLs e desse modo a sua eliminação 8 ΕΡ2007429Β1 metabólica. 0 mecanismo através do qual a berberina reduz as LDL no sangue é por isso diferente e independente do das estatinas, que actua através da inibição da síntese endógena do colesterol a partir de mevalonato por antagonização de 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase.
Um resultado interessante deste estudo é a capacidade da berberina para baixar o nível de triglicéridos e desse modo exercer uma acção eulipidémica global. Outro resultado interessante é a diminuição nas transaminases hepáticas nos doentes tratados com 500 mg b.i.d de berberina.
Em animais alimentados com a dieta hiperlipídica, para além disso, a berberina é capaz de reduzir a esteatose hepática provocada pela dieta hiperlipídica.
Posologia utilizada na invenção é, de um modo mg (normalmente 500 mg) , de um modo a refeição da noite. A dose diária preferido, 250-1000 preferido tomada após
Policosanol
Química O "Policosanol" é um nome genérico atribuído a uma mistura de álcoois alifáticos primários de cadeia longa saturada (C22-C36) , na forma de um sólido, de consistência cerosa, moderadamente solúvel em H20. Os álcoois a partir dos quais é composto ocorrem no estado natural na cera de abelhas (de Apis mellifera), na matriz cerosa da cana-de- 9 ΕΡ2007429Β1 açúcar (Saccharum offlcinarum), e no farelo do arroz (Oryza sativa) e em várias outras plantas. 0 policosanol utilizado na presente invenção, em contraste com aquele normalmente obtido com os processos húmidos convencionais que não garantem a sua pureza e a remoção total dos solventes orgânicos empregues no processo extracção, é extraído, de um modo preferido, por meio do dióxido de carbono no estado supercrítico a temperatura extremamente baixa na fase líquida.
Este processo garante a sua pureza, a conservação da estrutura química original, total ausência de solventes orgânicos e preservação das proporções originais dos álcoois naturalmente presentes no produto de partida.
Efeito eulipidémico Vários estudos clínicos e experimentais documentaram a acção eulipidémica do policosanol, que é especialmente evidente em indivíduos com hipercolesterolémia. 0 efeito é mais notório no colesterol associado com lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C) com a inibição da síntese do próprio colesterol e o aumento da sua eliminação [Menendez et al. 1994, Menendez et al. 1996, Menendez et al. 2001].
Investigações no mecanismo de acção do policosanol proporcionaram evidência na inibição da biossíntese do colesterol num estado que está posicionado entre a utilização do acetato e a produção do mevalonato, mas excluindo um efeito directo na 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A redutase (HMGCoA-r) [Menendez et al. 1996, 10 ΕΡ2007429Β1
Menendez et al. 2001] em que outros agentes de redução do colesterol bem conhecidos actuam, por exemplo as estatinas.
Além disso o Policosanol aumenta significativamente, e de um modo dependente da dose, a ligação e a incorporação hepática das LDLs, com uma aceleração positiva consequente do seu catabolismo [Menendez et al. 1994] . Para o policosanol, uma acção na mucosa intestinal também foi finalmente proposta, relacionando com a absorção e metabolismo intracelular dos lipidos alimentares [Goumi-Berthold et al. 2002] .
Inibição da peroxidação de LDL Vários estudos In vltro e in vivo demonstraram que o policosanol exerce uma acção antioxidante com a consequente inibição da peroxidação de LDLs e de VLDLs (lipoproteínas de muito baixa densidade) [Menendez et al. 1999]. O bloqueamento da peroxidação de LDLs, também confirmado através de ensaios clínicos humanos [Menendez et al. 2000], conduz a um efeito antiterogénico importante, porque as LDLs apenas exercem a sua acção aterogénica no estado oxidado. Isto é, de facto, uma condição estrutural necessária de modo a que as LDLs possam ser filtradas através do endotélio das artérias para serem capturadas pelo receptor para os eliminadores dos macrófagos. Os macrófagos cheios com LDLs peroxidadas são transformados em "células espumosas", o primeiro passo na formação de placas ateromatosas. 11 ΕΡ2007429Β1
Protecçao endotelial 0 Policosanol protege o endotélio vasal de lesão provocada por agentes mecânicos e químicos [Benitez et al. 1997] . Esta lesão endotelial conduz à perda de elasticidade da membrana e a um aumento na permeabilidade, que, entre outras coisas, promove a passagem das LDLs do sangue para a íntima da artéria, com a resultante formação de placas ateromatosas.
Acção pro-energética A investigação clínica, conduzida desde os anos da década de 1950 demonstrou que a utilização do policosanol traz efeitos benéficos na resistência ao stress e à fadiga. Esta acção envolve a biodisponibilidade do glicogénio no músculo, tempos de reacção nervosa, resistência ao stress da hipoxia, o débito de oxigénio e, não menos importante, o nível de colesterol no sangue [Cureton 1972]. O Policosanol é, por isso, utilizado por atletas e desportistas em geral devido ao seu efeito pró-energético, que se iria reflectir no seu papel de "veículo intracelular" para os ácidos gordos essenciais e para as outras fontes de energia da célula.
Posologia A dose diária utilizada dentro do âmbito da invenção é, de um modo preferido 5 a 40 mg (normalmente 10 a 20), de um modo preferido tomada com a refeição da noite para obter uma absorção óptima dos álcoois gordos. Para ser eficaz, a 12 ΕΡ2007429Β1 duração do tratamento deve ser estendida para pelo menos seis semanas.
Levedura Vermelha (RY)
Química 0 RY, ou arroz vermelho fermentado, é o produto da fermentação do arroz por um fungo, Monascus purpureus, que produz várias substâncias, incluindo um pigmento vermelho (daí o nome "levedura vermelha"), agentes bacteriostáticos e substâncias que modulam o nível dos lípidos no sangue.
Estes últimos são, de facto, os componentes mais interessantes devido ao seu efeito benéfico na saúde. São identificados com o nome "monacolinas". A monacolina que é mais eficaz para efeitos eulipidémicos é a monacolina K [Endo 1988] cujo conteúdo em RY depende da estirpe de Monascus purpureus utilizada e das condições de fermentação. 0 RY utilizado na formulação que é o objecto da presente invenção é, de um modo preferido, obtido em condições de fermentação padronizadas, com uma estirpe particular de Monascus purpureus, seleccionada para um rendimento óptimo de monacolina K e um conteúdo definido e titulado do referido princípio activo.
Efeito eulipidémico 0 nível de colesterol no sangue é o somatório do que é ingerido com os alimentos e aquele que tem origem na biossíntese endógena no fígado. Esta síntese começa com a 13 ΕΡ2007429Β1 acetil coenzima A, da qual se forma 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A (HMGCoA), e depois, com a intervenção da HMG-CoA redutase (HMG-CoA-r), mevalonato. 0 mevalonato é o intermediário chave para os estágios seguintes da cascata na biossíntese do colesterol e representa 0 passo crítico, limitante para a produção endógena e consequentes níveis do próprio colesterol no sangue das LDLs. A monacolina K compete estruturalmente ao nível de HMG-CoA-r com HMG-CoA, o precursor do mevalonato, e possui uma actividade para a enzima 2000 vezes superior á do substrato natural, dando origem por isso a um mecanismo de "inibição enzimática competitiva" que impede a biossíntese do colesterol [Man et al. 2002].
Posologia A dose diária de RY utilizada no âmbito da invenção é, de um modo preferido, o equivalente a uma quantidade de monacolina entre 1 e 6 mg, e de um modo preferido não excede o equivalente a 3 mg de monacolina nas composições para utilização como suplemento nutricional de acordo com a invenção. Ácido fólico (FA)
Química A FA compreende uma combinação das três moléculas: ácido glutâmico, ácido p-aminobenzóico e um derivado de pteridina. 14 ΕΡ2007429Β1 0 nosso corpo não é capaz de sintetizar FA e estamos por isso dependentes das fontes de alimentação que são ricos delas, tais como vegetais folhosos, figado, ovos e legumes. As necessidades diárias de FA, recomendadas para adultos, é de 0,2 mg e aumentam para 0,4 mg durante a gravidez e para 0,3 mg durante a lactação.
Efeito corrector da hiper-homocisteinemia A FA desempenha um papel essencial em muitas funções biológicas, tais como a síntese dos ácidos nucleicos DNA e RNA, a produção e o desenvolvimento de glóbulos vermelhos do sangue, desenvolvimento apropriado do embrião na gravidez, melhoramento do trofismo e da saúde da pele, a estimulação da secreção do leite, regulação do metabolismo do ferro, etc.
Além disso, o FA corrige a hiper-homocisteinemia, um factor de risco cardiovascular apenas um pouco menos importante do que a hipercolesterolémia para doenças vasculares coronárias, cerebrais e periféricas e para trombose das veias profundas [Longo 2001]. A facção de FA é ligada com a sua propriedade como um dador de grupos metilo que convertem a homocisteína em L-metionina e S-adenosilmetionina, removendo o excesso de homocisteína no sangue.
Posologia
As formas de dosagem da invenção sao, de um modo preferido preparadas para a administração de ácido fólico em 15 ΕΡ2007429Β1 doses diárias de 0,1 a 0,6 mg, e de um modo mais preferido de 0,15 a 0,4 mg.
Astaxantina (Ast)
Química O Ast é um pigmento laranja avermelhado presente em muitos seres vivos e especialmente em mamíferos aquáticos. Quimicamente é uma xantofila, pertencente à família dos carotenóides, de fórmula 3,3'-di-hidroxi-β,β'-caroteno-4,4'-diona e com dois centros quirais nos dois átomos de carbono cíclicos (3 e 3') ligados aos hidroxilos.
Os hidroxilos são importantes devido à sua função como o ponto ligação para outras moléculas, tais como proteínas do plasma e lipoproteínas, e porque eles transmitem um carácter bipolar a Ast. Ast é por isso capaz de formar pontes de hidrogénio com os sítios polares presentes no interior e no exterior da camada dupla fosfolipídica que forma a membrana celular, estando disposta transversalmente em relação à referida membrana.
Por isso, o Ast pode capturar e inactivar os radicais livres que atacam as células a partir do exterior e aqueles que as atacam a partir do interior, protegendo eficientemente os tecidos da lesão provocada pelos radicais livres e em geral contra todos os agentes com uma acção oxidante.
Devido às suas características estruturais, o Ast apresenta actividade antioxidante quarto vezes superior à da 16 ΕΡ2007429Β1 luteína, dez vezes superior à do β-caroteno e na verdade desde uma centena até cento e cinquenta vezes superior à da vitamina E. 0 Ast utilizado na formulação da presente invenção é, de um modo preferido, um extracto obtido a partir de uma alga, Haematococcus pluvialis, através de um processo especial que emprega dióxido de carbono supercrítico e torna possível preservar a estrutura química de Ast natural e concentrá-lo em 2,5%, estabilizando-o numa matriz lípida complexa.
Efeito antioxidante
Devido à sua actividade antioxidante poderosa, o Ast é capaz de exercer uma acção protectora manifesta contra o stress oxidativo, uma causa conhecida de envelhecimento, de doenças degenerativas do sistema nervoso e de tumores. Para além disso, pode ser utilizado vantajosamente contra processos irritativos devido aos radicais livres desencadeados por radiação solar e ionizante. 0 Ast é também utilizado para a protecção das estruturas da retina, em particular para o tratamento da degeneração macular. Outros campos de interesse potencial para aplicação, ligados com a inactivação de radicais livres, referem-se à desintoxicação após fumar, após uma dieta desequilibrada através do excesso de gorduras, de poluentes ambientais, etc. 17 ΕΡ2007429Β1
Redução do risco cardiovascular A patologia cardiovascular é fortemente dependente do fenómeno aterosclerótico e de eventos trombóticos. A formação de placas ateromatosas está intimamente correlacionada com o tipo e quantidade de lipidos no sangue e em particular colesterol LDL (LDL-C). 0 LDL-C em si não é perigoso, mas torna-se perigoso após a sua peroxidação pelos radicais livres. De facto, a peroxidação aumenta a sua afinidade para as paredes arteriais, com a consequente infiltração na intima e captura pelos macrófagos, que degenera em "células espumosas", o primeiro passo no processo de formação de placas ateromatosas e de arteriosclerose, um primeiro factor de risco cardiovascular (CVR) [Steinberg 1997].
Na verdade, é através da intervenção neste mecanismo que Ast, devido à sua actividade antioxidante pronunciada, resiste à peroxidação de LDL-C e à sua transformação num agente ateromatoso [Iwamoto et al. 2000].
Segurança de utilização O NOAEL (Nível de Efeito Adverso Não Observado) para doses de Ast, repetidas diariamente num animal, é de 1340 mg/kg, equivalente a mais do que 80 g em humanos.
Posologia
As formas de dosagem, de acordo com a invenção, de um modo preferido compreendem astaxantina em doses diárias de 18 ΕΡ2007429Β1 0,1-5 mg, e de um modo preferido desde 0,4 até 2 mg, de um modo preferido tomadas com uma refeição, para promover a sua absorção intestinal.
Coenzima Q10 (CoQlO) O CoQlO é uma substância de carácter lipidico com uma estrutura tipo quinona. É de vasta ocorrência na natureza, incluindo no corpo humano, dai que o seu nome alternativo seja "ubiquinona". A principal função da CoQlO é como um co-factor na cadeia transportadora de electrões na série de reacções oxidação-redução envolvidas na síntese de-ATP.
Devido ao facto de quase todas as funções celulares dependerem de um fornecimento adequado de ATP, o CoQlO é essencial para todos os tecidos e órgãos do nosso corpo. É normalmente sintetizado in vivo, mas podem existir situações nas quais a sua produção endógena se torna insuficiente. Neste caso, a deficiência de CoQlO é sentida por todas as células e particularmente por aquelas que são metabolicamente mais activa, tais como as células cardíacas, as células do sistema nervoso e as células do sistema imunitário. A deficiência de CoQlO está por isso directamente ligada a uma gama total de disfunções, tais como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e SIDA.
Indicações O CoQlO demonstrou ser útil em doenças cardiovasculares porque melhora a eficiência energética do miocárdio e dos 19 ΕΡ2007429Β1 músculos vasais. Também foi utilizado com resultados admiráveis na terapia do cancro [Lockwood et al. 1994, Lockwood et al 1995] e no tratamento de distrofia muscular.
Recentemente, também foi introduzido na prática desportiva para melhorar a eficiência energética dos atletas e os índices de desempenho físicos. Não menos importante, é a sua acção antioxidante, com a consequente protecção das estruturas celulares contra os radicais livres, em que, em sinergia com a vitamina E, CoQlO exerce uma acção protectora contra a lesão devida a stress oxidativo.
Interacções A biossíntese de CoQlO requer a HMGCoA redutase. Por isso, as substâncias que inibem esta enzima, por exemplo estatinas, podem produzir, em doses muito elevadas um estado de deficiência de CoQlO. Investigações realizadas em ratos e em humanos sugerem, de facto que os indivíduos com níveis basais baixos de CoQlO e funcionalidade cardíaca sub-óptima podem desenvolver um déficit de CoQlO após tomar inibidores de HMG-CoA redutase [Willis et al. 1990, Folkers et al. 1990].
Conclui-se a partir daqui que a suplementação de CoQlO é sempre útil em indivíduos submetidos a tratamento com inibidores de HMG-CoA redutase, também e especialmente em indivíduos com CVR, porque o CoQlO melhora a eficiência energética do miocárdio e dos músculos vasais. 20 ΕΡ2007429Β1
Posologia A dose diária de CoQlO utilizada na presente invenção está, de um modo preferido, no intervalo de 1-20 mg, e de um modo preferido desde 2 até 4 mg.
SECÇÃO EXPERIMENTAL A acção dos princípios activos, de acordo com a composição de COMB, foi testada e avaliada experimentalmente em coelhos tornados hipercolesterolémicos e hipertrigliceridémicos com uma dieta com colesterol adicionado, gema de ovo em pó e banha.
Doses administradas
Nota: todas as doses diárias utilizadas nos grupos de tratamento, descritas na secção experimental, são cerca de 4 vezes superiores àquelas registadas nos exemplos da formulação descritos numa secção mais adiante. Uma excepção é o grupo tratado com berberina a 100 mg/kg, para a qual a dose do princípio activo corresponde a cerca de 13 vezes aquela contida nos exemplos das formulações pretendidas para administração oral em humanos. Isto serviu para avaliar o efeito sinérgico da berberina, a uma dose de 30 mg/kg, quando combinado com os outros princípios activos sob investigação. A diferença na posologia entre animais e humanos é perfeitamente normal em farmacologia, porque é bem conhecido que as patologias induzidas experimentalmente nos animais são sempre dramaticamente e não naturalmente mais severas do que aquelas que ocorrem espontaneamente nos humanos. 21 ΕΡ2007429Β1
Animais
Coelhos New Zealand White de 6-8 semanas e com um peso corporal de 1,8-2,0 kg.
Alimentação
As seguintes rações, em granulado, foram proporcionadas numa ração de 150 g de ração por dia. Foi fornecida água ad libitum. STAND: Ração convencional para porquinhos-da-india e coelhos de acordo com Sherman, em granulado (Laboratorio Dottori Piccioni S.n.c.). ATER: Ração aterogénica, i.e., ração convencional para porquinhos-da-india e coelhos de acordo com Sherman, em granulado (Laboratorio Dottori Piccioni S.n.c.) com a adição de 10% de gema de ovo em pó, 10% de banha e 1% de colesterol de acordo com Kong et al. [2004].
Princípios activos
Policosanol (Pol) O Policosanol é o nome genérico dado a uma mistura de álcoois alifáticos primários de cadeia longa saturada, que são também denominados "álcoois gordos". O Pol utilizado nas seguintes experiências que compreendem 1-triacontanol com 30 átomos de carbono (25-30%), 1-octacosanol com 28 átomos de carbono (16-23%), 1-hexacosanol com 26 átomos de carbono (5-15%) e menores quantidades de outros álcoois gordos. 22 ΕΡ2007429Β1
Levedura vermelha (RY)
Utilizou-se um extracto seco de arroz fermentado com Monascus purpureus padronizado para 1,5% de monacolina.
Berberina (Berb)
Utilizou-se um extracto seco de Berberis aristata titulado a 90% de berberina.
Astaxantina (Ast)
Utilizou-se um concentrado de extracto do produto de fermentação com Haematococcus pluvialis, contendo 2,5% de astaxantina.
Associação (Ass)
Preparou-se uma mistura homogénea contendo 0,6 mg/kg de Pol, 0,18 mg/kg de monacolina e 0,03 mg/kg de Ast. Esta mistura corresponde qualitativamente e quantitativamente àquela citada previamente, identificada como Ass e descrita no Pedido de Patente Italiana T02004A00062.
Combinação (COMB)
Foi preparada uma mistura de Ass com a adição de 30 mg/kg de berberina. 23 ΕΡ2007429Β1
Administração
As substâncias sob investigação foram administradas através de um tubo para o estômago, uma vez por dia, suspensas em 2 ml/kg de carboximetilcelulose a 0,2% (CMC).
Tratamentos e grupos
Todos os animais foram aclimatizados nos alojamentos a 25 ± 2°C e humidade relativa de 55-65%. Após 1 semana, foram recolhidas amostras de sangue de modo a obter os resultados da linha de base. Os animais foram então distribuídos aleatoriamente nos seguintes grupos de tratamento de 10 coelhos cada. C: Controlos com alimentação STAND e administração diária de 2 ml/kg de CMC por tubo no estômago. AT: Controlos com alimentação ATER e com administração diária de 2 ml/kg de CMC por tubo no estômago.
Ber30: Alimentação AT, com administração diária de berberina a 30 mg/kg em 2 ml/kg de CMC, por tubo no estômago.
BerlOO: Alimentação AT, com administração diária de berberina 100 mg/kg em 2 ml/kg de CMC, por tubo no estômago.
Ass (associação (combinação) de referência para baixar o nível de lípidos no sangue): Alimentação AT, com administração diária de Ass em 2 ml/kg de CMC, por tubo no estômago. 24 ΕΡ2007429Β1 COMB: Alimentação AT, com administração diária de Ass com adição de 30 mg/kg de berberina em 2 ml/kg de CMC, por tubo no estômago.
Os tratamentos foram continuados durante 3 meses. Foram recolhidas amostras sanguíneas para análise após 1, 2 e 3 meses.
Análises sanguíneas
Triglicéridos Colesterol total no soro HILL-C LDL-C
Estas análises foram realizadas com métodos de laboratório convencionais adequadamente validados.
Análise estatística
Foi realizada uma análise estatística descritiva utilizando métodos de cálculo convencionais.
Resultados
Colesterol total (CT)
Após 3 meses, a alimentação aterogénica (AT) provocou um aumento do CT de uma média da linha de base de 1,5 ± 0,09 mmol/1 para 61,8 ± 4,5 mmol/1, i.e. 36 vezes o nível de linha de base. 25 ΕΡ2007429Β1 A administração de 30 mg/kg/d de berberina (Ber30) reduziu, em 15% (não significativo estatisticamente), o aumento no CT provocado por AT. A administração de 100 mg/kg/dia de berberina (BerlOO) reduziu, em 87% (p < 0,001), o aumento de CT provocado por AT. A administração de Ass (Associação) reduziu, em 79% (p < 0,001), o aumento de CT provocado por AT, i.e. um pouco menos do que a redução observada com 100 mg/kg de berberina.
Finalmente, a administração de COMB (Ass com 30 mg/kg/dia de berberina) reduziu, em 94% (p < 0,001), o aumento de CT provocado por AT. A redução do aumento de CT induzida por COMB foi significativamente maior (p < 0, 05) do que aquela observada com BerlOO e com Ass. É importante notar que o COMB tornou possível manter CT nos níveis sanguíneos apenas um pouco acima dos valores normais que se encontram antes da administração da alimentação aterogénico. A potenciação da redução em CT proporcionada por 30 mg/kg/dia de berberina adicionada a Ass em COMB, que foi na verdade superior àquela que foi induzida por 100 mg/kg de berberina, é notável e inesperada; em contraste, 30 mg/kg de berberina não foi capaz, por si só, de produzir uma diminuição significativa no colesterol no sangue.
Lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
Após 3 meses, a alimentação aterogénica (AT) produziu um aumento de LDL a partir de uma média da linha de base de 26 ΕΡ2007429Β1 0,71 ± 0,04 mmol/1 para 56,8 ± 3,3 mmol/1, i.e. 80 vezes o nível da linha de base. A administração de 30 mg/kg/dia de berberina (Ber30) reduziu, em 13% (não significativo estatisticamente), o aumento de LDL provocado por AT. A administração de 100 mg/kg/dia de berberina (BerlOO) reduziu, em 89% (p < 0,001), o aumento de LDL provocado por AT. A administração de Ass (Associação) reduziu, em 84% (p < 0,001), o aumento de LDL provocado por AT, i.e. um pouco menos do que a redução observada com 100 mg/kg de berberina.
Finalmente, a administração de COMB (Ass com 30 mg/kg/dia de berberina) reduziu, em 96% (p < 0,001), o aumento de LDL provocado por AT. A redução do aumento de LDL induzida por COMB foi significativamente superior (p < 0,001) do que a observada com BerlOO e com Ass. É importante notar que também neste caso, o COMB tornou possível manter as LDL nos níveis sanguíneos apenas um pouco acima dos níveis normais que se encontram antes da administração do alimento aterogénico. A potenciação da redução em LDL proporcionada por 30 mg/kg/dia de berberina combinada com Ass em COMB é notável e inesperada. Este efeito foi superior àquele que foi induzido por 100 mg/kg de berberina, enquanto 30 mg/kg de berberina não foi capaz, por si só, de produzir uma diminuição significativa nas LDL no sangue. Os resultados obtidos para 27 ΕΡ2007429Β1 LDL são essencialmente semelhantes, mas muito mais pronunciados, do que aqueles observados para CT.
Lipoproteínas de elevada densidade (HDL)
Após 3 meses, a alimentação aterogénica (AT) produziu um aumento ligeiro, embora não significativo, nas HDL. Os vários tratamentos provocaram aumentos absolutos moderados nas HDL, que são difíceis de quantificar em termos percentuais devido à variabilidade dos níveis da linha basal. Contudo, nunca foi observada uma diminuição nas HDL suficiente para provocar receio de um aumento no risco aterogénico, como um resultado dos tratamentos.
Triglicéridos no sangue (TG)
Após 3 meses, a alimentação aterogénica (AT) provocou um aumento nos TG a partir da média da linha de base de 0,70 ± 0,04 mmol/1 para 9,63 ± 0,36 mmol/1; que é 14 vezes o nível da linha de base. A alimentação de AT induz, por isso, um aumento muito pronunciado em TG, acima daqueles dos colesteróis, e é consequentemente adequado para investigar substâncias com possível efeito de redução de triglicéridos. A administração de 30 mg/kg/dia de berberina (Ber30) reduziu, em 43% (p < 0,01), o aumento de TG provocado pelo AT. A administração de 100 mg/kg/dia de berberina (BerlOO) reduziu, em 66% (p < 0,001), o aumento de TO provocado por AT. 28 ΕΡ2007429Β1 A administração de Ass (Associação) reduziu, em 27% (não significante estatisticamente), o aumento de TG provocado por AT.
Finalmente, a administração de COMB (Ass com 30 mg/kg/dia de berberina) reduziu, em 76% (p < 0,001), o aumento de TG provocado por AT. A redução do aumento de TG induzido por COMB foi por isso ainda maior do que aquele produzido por BerblOO, embora não sendo estatisticamente significativo.
Em conclusão, em 3 meses, a alimentação AT, aterogénica e rica em gorduras, provocou um grande aumento de TG. Este aumento é reduzido significativamente pela berberina a 30 mg/kg/dia e ainda mais pela berberina a 100 mg/kg/dia. Ass não tece quaisquer efeitos significativos no aumento de TG enquanto Comb (em que são adicionados 30 mg de berberina a Ass) provoca uma redução acentuada do aumento de TG, na verdade maior do que aquele que foi encontrado com a berberina a 100 mg/kg/dia, apresentando surpreendentemente e inesperadamente, em COMB, uma potenciação, pela "Associação", do efeito da berberina de baixar os triglicéridos.
Conclusões
Os efeitos de redução do colesterol e de redução de triglicéridos dos produtos sob investigação foram investigados em coelhos administrados com uma dieta enriquecida com colesterol e gorduras, que em 3 meses de tratamento provocou um aumento muito pronunciado no colesterol e triglicéridos no sangue. Juntamente com a 29 ΕΡ2007429Β1 alimentação, foram administrados os seguintes produtos diariamente por via oral, durante 3 meses. C (Controlos): Apenas o excipiente (2 ml/kg de carboximetilcelulose 0,2% (CMC).
Ber630: Berberina a 30 mg/kg/dia em 2 ml/kg de CMC.
BerblOO: Berberina a 100 mg/kg/dia em 2 ml/kg de CMC.
Ass: Associação (i.e. combinação) de 0,6 mg/kg de Pol, 0,18 mg/kg de monacolina e 0,3 mg/kg de Ast, suspensos em 2 ml/kg de CMC. COMB: Ass com adição de 30 mg/kg/dia de berberina, suspenso em 2 ml/kg de CMC. A dieta aterogénica, gorda aumentou o colesterol total (CT) em 36 vezes o nível da linha de base, as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) em 80 vezes, lipoproteínas de alta densidade (HDL) em 1,2 vezes e triglicéridos (TG) em 14 vezes.
Berb30 reduziu o aumento de CT em 15%, o aumento de LDL em 13% e o aumento de TG em 43%. Berb30 também produziu um aumento significativo de 0,48 mmol/1 em HDL.
Serb 100 reduziu o aumento de CT em 87%, o aumento de LDL em 89% e o aumento de TG em 66%. BerblOO também produziu um aumento significativo de 0,53 mmol/1 em HDL.
Ass reduziu o aumento de CT em 79%, o aumento de LDL em 84% e o aumento de TG em 27%. Ass também produziu um aumento 30 ΕΡ2007429Β1 significativo de 0,48 mmol/1 em HDL. Como seria esperado, Ass era muito eficaz na restrição dos aumentos de CT e LDL, enquanto a sua actividade no controlo do aumento de TG foi relativamente ligeiro e na verdade muito mais baixo do que o da dose baixa de berberina isoladamente. COMB reduziu o aumento de CT em 94%, o aumento de LDL em 96% e o aumento de TG em 7 6%. COMB adicionalmente produziu um aumento significativo de 0,53 mmol/1 das HDL. A potenciação das reduções dos aumentos de CT e LDL após a adição de 30 mg/kg/dia de berberina a Ass foi inesperada e muito substancial. De facto, estas reduções foram superiores àquelas induzidas por 100 mg/kg de berberina, enquanto 30 mg/kg de berberina por si só não foi capaz de reduzir CT e LDL significativamente. COMB também quase normalizou TG e baseado neste parâmetro foi mesmo mais eficaz do que BerblOO. A adição de 30 mg/kg/dia de berberina a Ass, em COMB, induziu assim um efeito de redução surpreendente e inesperado no colesterol total, nas LDL e nos triglicéridos, trazendo estes parâmetros do sangue, aumentados como resultado da dieta aterogénica, de volta para níveis quase normais.
Estes resultados são inquestionavelmente também aplicáveis ao caso do risco cardiovascular humano devido ao facto de o modelo experimental adoptado reproduzir o seu mecanismo patogénico inicial e porque as doses dos vários princípios activos, relativamente ao peso corporal, serem 31 ΕΡ2007429Β1 comparáveis às doses recomendadas para humanos, tendo em mente que as patologias induzidas experimentalmente em animais serem sempre dramaticamente mais severas do que aquelas que ocorrem espontaneamente nos humanos.
Foram obtidos resultados semelhantes em termos de sinergismo utilizando, nos testes mencionados anteriormente, uma composição COMB que corresponde àquela mencionada acima, mas em que o componente Ast foi substituído com ácido fólico (0,012 mg/kg).
Exemplos
As formulações apresentadas abaixo ilustram possíveis aplicações práticas da presente invenção. É feita referência particular aos excipientes das formas consideradas, que podem ser utilizadas como alternativas para as explicitamente mencionadas na presente invenção, dependendo das exigências tecnológica e de formulação, e que podem para além disso ser seleccionados a partir de uma gama muito vasta de produtos disponíveis no mercado e bem conhecidos de um especialista na técnica farmacêutica e por isso não requerem nenhum passo inventivo.
Exemplo 1: Comprimidos para utilização oral A formulação apresentada abaixo refere-se a princípios activos e a excipientes (com a descrição da função tecnológica correspondente) que pode ser utilizada na preparação de comprimidos a serem utilizados para administração oral do objectivo da presente invenção. 32 ΕΡ2007429Β1 A dose diária dos princípios activos é incorporada num único comprimido cuja preparação apenas requer operações normais que são bem conhecidas de um especialista na técnica, nomeadamente: • Pesar os componentes individuais da formulação. • Granulação húmida, utilizando solução aquosa de polivinilpirrolidona K-25, da berberina, RY e amido pré-gelatinizado (grânulos A) num granulador adequado. • Secar os grânulos A num forno com circulação de ar a uma temperatura não superior a 50 °C e para um peso constante (pode ser utilizados qualquer outro tipo de secagem desde que tenha sido validado antes). • Peneirar os grânulos A e os outros componentes da formulação. • Preparação da mistura de compressão através da homogeneização dos grânulos A com os outros componentes da formulação num misturador adequado. • Compressão da mistura resultante numa prensa de comprimidos automática adequada, finalmente obter comprimidos que possuem forma e dimensões compatíveis com a via de administração. 33 ΕΡ2007429Β1
Princípios Activos Quant idade/comprimido Extracto em pó de berberina 550 mg (Correspondente a berberina) (500 mg) RY(**’ 2 00 mg (Correspondente a monacolina K) (3 mg) Extracto de microalgas(***’ 2 0 mg (Haematococcus purpureus, correspondente a astaxantina) (0,5 mg) Policosanol 10 mg Coenzima Q10 2 mg Ácido fólico 0,2 mg (*’ : Contém 90% de berberina (**) ; ^rroz fermentado com Monascus purpureus contendo 1,5% de monacolina
K '***’: Contém 2,5% de astaxantina
Excipientes Quantidade/ comprimido Função Amido pré-gelatinizado 2 00 mg Ligante/Diluente Polivinilpirrolidona K-25(*’ 30 mg Ligante Celulose microcristalina q.b. Diluente/Desintegrante Crospovidona q. b. Desintegrante Estearato de Magnésio q.b. Lubrificante/Antiaderente Dióxido de Silício q.b. Adsorvente/Antiaderente Talco (**’ q.b. Lubrificante/Antiaderente Água '***’ 400 ml Base da Formulação
: Utilizado na granulação de berberina e RY em Grânulos A : As quantidades absolutas e relativas destes excipientes dependem das dimensões e da forma da pressão da compressão, do tipo de prensa de comprimido e do sistema para aplicar os pós na câmara de compressão da prensa de comprimidos. (***) : É utilizada água na preparação dos Grânulos A. A quantidade apresentada no comprimido é puramente indicativa e depende do tipo e dimensões do granulador empregue. É completamente removida no estágio de secagem. 34 ΕΡ2007429Β1
Exemplo 2: Saquetas seladas a quente contendo pó para suspensão extemporânea A formulação descrita abaixo refere-se a princípios activos e a excipientes (com a descrição da função tecnológica correspondente) que pode ser utilizada na formulação de um pó para a preparação de suspensões extemporâneas que se destinam a administração oral. A dose diária é incorporada numa porção única de pó contido numa saqueta selada a quente compreendendo uma camada de papel exterior, uma camada intermédia de alumínio e uma camada interna de polietileno.
As operações para a preparação da forma farmacêutica em questão, que são bem conhecidas e podem ser aplicadas por um especialista na técnica, são essencialmente como se segue. • Pesar os componentes individuais da formulação. • Granulação húmida, utilizando solução aquosa de polivinilpirrolidona K-25, da berberina, RY e amido pré-gelatinizado (grânulos A) num granulador adequado. • Secar os grânulos A num forno com circulação de ar a uma temperatura não superior a 50 °C e para um peso constante (pode ser utilizados qualquer outro tipo de secagem desde que tenha sido validado antes). • Peneirar os grânulos A e os outros componentes da formulação. . Preparação da mistura de compressão através da homogeneização a seco dos grânulos A dos outros componentes da formulação num misturador adequado. 35 ΕΡ2007429Β1
Formação térmica das saquetas numa linha automática adequada.
Enchimento e selagem das saquetas na mesma linha automática descrita acima, obtendo finalmente saquetas que possuem a forma e dimensões desejadas e contendo o pó em mono-dose para utilização extemporânea.
Princípios Activos Quant idade/comprimido Extracto em pó de berberina r) 550 mg (Correspondente a berberina) (500 mg) RY(**’ 2 00 mg (Correspondente a monacolina K) (3 mg) Extracto de microalgas(***’ 2 0 mg (Haematococcus purpureus, correspondente a astaxantina) (0,5 mg) Policosanol 10 mg Coenzima Q10 2 mg Ácido fólico 0,2 mg : Contém 90% de berberina (**> : Arroz fermentado com Monascus purpureus contendo 1,5% de monacolina K (***’: Contém 2,5% de astaxantina
Excipientes Quantidade/ saqueta Função Sorbitol (*) q.b. Diluente/Adoçante Ácido cítrico (*) q.b. Intensificador de sabor Polietilenoglicol 4000 q.b. Lubrificante/plastificante Outros (**) Como desejado Adoçantes/aromatizantes : As quantidades absolutas e relativas destes excipientes dependem do tipo de máquina de produção de saquetas utilizada e das dimensões das saquetas. (**’ : Os aromatizantes e adoçantes podem ser adicionados livremente, de acordo com as preferências. 36 ΕΡ2007429Β1
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Lisboa, 2 de Abril de 2012 41

Claims (14)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Composição para administração oral possuindo um efeito benéfico no sistema cardiovascular, que compreende, como princípios activos, um policosanol ou uma mistura de policosanóis, levedura vermelha e um antioxidante, caracterizada por compreender ainda berberina ou um extracto contendo berberina.
  2. 2. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o referido antioxidante ser seleccionado a partir de astaxantina e ácido fólico.
  3. 3. Composição de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por compreender, como uma fonte de astaxantina, um extracto de microalgas, particularmente de Haematococcus purpureus.
  4. 4. Composição de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizada por compreender ainda coenzima Q10.
  5. 5. Composição de acordo com qualquer uma reivindicações 1 até 4, na forma de uma dose unitária, pronta para a administração de berberina numa dose diária de 250 a 1000 mg.
  6. 6. Composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, na forma de uma dose unitária, pronta para a administração de policosanóis numa dose diária de 5 a 40 mg, preferencialmente de 10 a 20 mg. ΕΡ2007429Β1
  7. 7. Composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, na forma de uma dose unitária, pronta para a administração de levedura vermelha numa dose diária correspondente a 1 a 6 mg de monacolina, preferencialmente não mais do que 3 mg de monacolina.
  8. 8. Composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, na forma de uma dose unitária, pronta para a administração de astaxantina numa dose diária de 0,1 a 5 mg, preferencialmente de 0,4 a 2 mg.
  9. 9. Composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 8, na forma de uma dose unitária, pronta para a administração de ácido fólico numa dose diária de 0,1 a 0,6 mg, e preferencialmente de 0,15 a 0,4 mg.
  10. 10. Composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9, na forma de uma dose unitária, compreendendo coenzima Q10 e pronta para a administração de coenzima Q10 em doses diárias de 1 a 20 mg, e preferencialmente de 1 a 4 mg.
  11. 11. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, na forma de comprimidos, cápsulas ou pó para suspensão extemporânea.
  12. 12. Utilização de uma composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 11, para a preparação de um produto medicinal ou de um suplemento nutricional possuindo actividade eulipidémica, ou homocisteinemia normalizante, ou actividade antioxidante ou protegendo o endotélio vasal. 2 ΕΡ2007429Β1
  13. 13. Utilização de uma composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 11, para a preparação de um produto medicinal ou de um suplemento nutricional para utilização no tratamento de hipercolesterolémia ou hipertrigliceridemia.
  14. 14. Utilização de berberina para a preparação de um produto medicinal e/ou suplemento nutricional contendo, em combinação, um policosanol ou uma mistura de policosanóis e levedura vermelha. Lisboa, 2 de Abril de 2012 3
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