PT2005226E - Painel luminoso - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO E P í GRAFE: "PAINEL LUMINOSO" A invenção trata do domínio da iluminação e aborda especificamente um painel luminoso.

Um painel luminoso já conhecido da EP1533632 comporta um substrato plano transparente, vidro ou plástico, dotado sobre uma das suas faces principais de um dispositivo electro luminescente do tipo OLED (Organic Light Emitting Diodes em inglês) . Este painel emite uma luz uniforme via a face oposta à face portadora do dispositivo OLED. A invenção propõe-se a alargar a gama de painéis luminosos disponíveis, melhorando os desempenhos ópticos e/ou integrando novas funcionalidades ópticas.

Para este efeito, a invenção tem por objeto um painel luminoso como definido na reivindicação 1 e comportando: - um substrato plano transparente tendo uma aresta, duas faces principais e uma espessura dada, 1 - pelo menos uma zona de luz direta por meio de uma fonte de luz associada a uma das faces principais, - uma fonte de irradiação visível e/ou ultravioleta, a dita irradiação sendo guiada por reflexões totais na espessura do substrato, - pelo menos uma zona de extração da irradiação guiada, a dita zona de extração sendo associada a uma das faces principais para formar uma outra zona luminosa distinta da zona de luz direta. e do lado da face principal associada à zona de extração, a zona de luz direta apresenta uma luminância inferior à luminância da outra zona luminosa. 0 painel luminoso de acordo com a invenção prevê portanto zonas luminosas geograficamente (essencialmente) distintas (zonas de recobrimento restritas sendo todavia possíveis) e de origem distinta ou essencialmente distinta. A fonte de luz produz a ou as irradiações no visível.

Na zona de luz (essencialmente) direta, a luz (essencialmente) sai desta fonte de luz, sai diretamente por refração da face associada e/ou atravessa o substrato e sai pela outra face, 2 igualmente por refração.

Na outra zona luminosa distinta, a luz provem (essencialmente) de uma ou das irradiações guiadas extraídas no visível e/ou ultravioleta (dito UV) . Naturalmente, o substrato serve nomeadamente de guia de luz e/ou de UV.

Para formar a outra zona luminosa, a zona de extração, na totalidade ou no mínimo na maior parte da zona de extração, não é naturalmente em frente da fonte de luz. A zona de extração pode ser sensivelmente do mesmo lado do substrato que a fonte de luz, por exemplo sobre um mesmo plano que a fonte de luz, nomeadamente adjacente, contígua à fonte de luz. A zona de extração pode também estar do outro lado do substrato. 0 painel pode compreender várias zonas de extração para formar várias zonas luminosas. A ou as zonas de extração podem ser contínuas ou descontínuas.

As zonas luminosas de origem (essencialmente) distinta e geograficamente (essencialmente) distinta permitem ajustar as características ópticas do painel luminoso em função das necessidades. Isso permite além disso obter zonas luminosas de diferentes cores e/ou de diferentes geometrias e/ou tendo funções ópticas diferentes. Estes dois tipos de zonas podem 3 ser luminosas simultaneamente ou não, ser guiadas independentemente ou não. A ou as zonas de extração podem servir por exemplo para reforçar a iluminação fornecida pela zona de luz direta, nomeadamente para uma iluminação do tipo arquitetural, ou ainda para assinalar o painel luminoso. 0 painel luminoso de acordo com a invenção pode ser utilizado tanto no exterior como no interior e o substrato transparente pode ser de todo o tamanho, por exemplo da ordem do m2. A luz direta pode ser uniforme. Escolher-se-á uma fonte superficial.

Além disso, o painel luminoso de acordo com a invenção utiliza também uma irradiação guiada para criar a luz. 0 painel luminoso de acordo com a invenção pode ter por exemplo uma luminância média global igual à luminância do painel luminoso uniforme já conhecido tendo, na zona de luz direta, uma luminância inferior àquela do painel já conhecido. Desta maneira, reduz-se o consumo elétrico devido ao fornecimento da luz por extração : a eficácia luminosa é assim aumentada. 4 0 painel luminoso de acordo com a invenção, pode também ter uma luminância global superior à luminância do painel já conhecido, isso sem consumo excessivo elétrico. 0 painel luminoso de acordo com a invenção fornece uma iluminação que não é uniforme quer dizer que não é repartida uniformemente sobre uma das faces principais ou sobre as duas faces principais. 0 painel luminoso de acordo com a invenção é de iluminação diferenciada muito particularmente em função do tipo de zonas luminosas, por exemplo produzindo por sua vez uma iluminação arquitetural e decorativa, ou uma iluminação arquitetural e de sinalização, ou uma iluminação arquitetural e uma afixação - por exemplo do tipo desenho, logo, sinalização alfanumérica - nomeadamente para os sinais, as saidas de socorro.

Uma ou as faces principais podem ser inteiramente iluminantes sem ser todavia uniformes. Por exemplo sobre a face associada à fonte de luz, a zona de luz direta pode ser contígua com a zona de extração. Na bordadura de uma zona de luz direta e de uma zona de luz por extração, a luz pode ou sair diretamente da fonte de luz ou sair da irradiação guiada extraída, por exemplo retro difundida no substrato.

Uma ou as faces principais podem além disso compreender uma ou 5 as zonas não luminosas (escuras) contínuas ou descontínuas.

As duas faces principais podem ter cada uma uma zona de luz direta, as suas luminâncias LI e L2 podem ser sensivelmente idênticas ou voluntariamente distintas, por exemplo com um afastamento superior a 10 %, até 30 %. Pode-se preferir em particular aumentar a quantidade de luz dirigida para o substrato para favorecer a orientação e assim aumentar a luminância da ou das zonas de extração.

Por exemplo escolhe-se LI (do lado oposto à fonte da luz) pelo menos duas vezes superior a L2, até mesmo três vezes superior a L2 (do lado da fonte de luz).

Tipicamente, para um conforto visual, LI pode ser inferior ou igual a 1200 cd/m2, por exemplo 1000 cd/m2 e L2 pode ser inferior ou igual a 500 cd/m2, por exemplo 300 cd/m2.

Num modo de realização preferido, a zona da luz direta ocupa uma superfície igual a pelo menos 50 % da superfície do substrato, ainda mais preferencialmente 80 %, e nomeadamente central. A zona de luz direta pode ser contínua. A zona de luz direta pode também ser descontínua por exemplo sob a forma de um 6 conjunto de zonas luminosas superficiais de geometria dada (retangular e/ou quadrada e/ou redonda ...) eventualmente regularmente espaçadas e de superfície total igual a pelo menos 50 %, até mesmo 80 % da superfície do substrato.

Além disso, alternativamente ou cumulativamente, a ou as zonas de extração podem ocupar uma superfície (total) inferior ou igual a 30 % da superfície do substrato ainda mais preferencialmente inferior ou igual a 10 %. A ou as zonas de extração são de preferência sob a forma de banda(s) de luz, nomeadamente uniforme(s), e preferencialmente disposta (s) na periferia de uma das faces. Estas bandas podem por exemplo formar um quadro muito luminoso.

Quanto mais a superfície da zona de extração é fraca, mais a luminância L3 pode ser elevada. A luminescência L3 pode ser facilmente superior ou igual a 1500 cd/m2, por exemplo na ordem de 3000 cd/m2.

Num modo de realização da invenção, na zona da luz direta, quando a fonte de luz está apagada, o painel é transparente ou globalmente transparente, nomeadamente de transmissão luminosa TL eventualmente global superior a 20 %, de preferência superior ou igual a 50 %, ainda mais preferencialmente 7 superior ou igual a 70 %, e de reflexão luminosa RL inferior ou igual a 50 %, de preferência inferior ou igual a 30 %. O painel é dito globalmente transparente na zona de luz direta se ele compreende um material que é susceptivel de absorver ou de refletir uma fração substancial da luz visível (por exemplo fazendo parte da fonte de luz), este material sendo todavia repartido nesta zona de maneira a que a luz visível seja suficientemente transmitida. Por exemplo, este material forma uma malha.

Fixando uma transmissão luminosa TL (global) elevada, quando a fonte de luz não está acesa, pode-se assim realizar por exemplo uma janela iluminante. O melhoramento da iluminação da peça não é pois realizado em detrimento da transmissão luminosa. Limitando além disso a reflexão luminosa nomeadamente do lado exterior da janela iluminante, isso permite também controlar o nível de reflexão por exemplo para respeitar as normas anti-reflexo em vigor para as fachadas de edifícios. E, neste modo nomeadamente, a fonte de luz é superficial, constituída de um dispositivo de camada electro luminescente orgânico. Esta fonte superficial acesa pode além disso estar apta a preservar a intimidade pelo menos à noite ou num ambiente relativamente escuro. A fonte de luz pode ser monocromática, nomeadamente azul e/ou verde e/ou vermelha, ou ser adaptada para produzir uma luz branca.

Existe diferentes tipos de fontes de luz: - uma pluralidade de diodos electro luminescentes, - uma camada foto luminescente excitável no UV em particular o próximo UV (aproximadamente 360 a 400 nm) ou no visível, de preferência associado a um dispositivo electro luminescente (diodos DEL, dispositivo de camada electro luminescente...) produtor da irradiação (primária) excitador, a camada foto luminescente sendo de preferência sensivelmente transparente, - um dispositivo de camada electro luminescente orgânico ou inorgânico, nomeadamente do tipo OLED, PLED, um TFEL ou um dispositivo TDEL.

Cada uma das fontes está presente mais em pormenor a seguir. A fonte de luz do tipo diodo pode ser encapsulada quer dizer 9 compreende um chip semi condutor e um involucro, por exemplo em resina tipo epóxi ou PMMA, encapsulando o chip. As funções deste involucro podem ser múltiplas: proteção da oxidação e da humidade, elemento difusante ou de colimação, conversão de comprimento de onda ... 0 diodo pode ser por exemplo um chip semi condutor sem lente de colimação por exemplo de tamanho na ordem da centena de μιη ou de mm; e eventualmente com uma encapsulação minima por exemplo de proteção.

Assim, o diodo pode ser escolhido nomeadamente entre pelo menos um dos diodos electro luminescentes seguintes: - um diodo cuja direção principal de emissão é perpendicular ou de preferência obliquo em relação à face principal associada, para favorecer o guiamento, - um diodo apresentando duas direções principais de emissão obliquas em relação à superfície emissora do diodo, e à face principal associada, dando uma forma de asa de morcego («batwing» em inglês), as duas direções sendo por exemplo centradas sobre ângulos entre 20 e 40° e entre -20 e -40° com meio ângulos em cima na ordem de 10° a 20°, 10 um diodo apresentando uma ou duas direções principais de emissão obliquas em relação à superfície emissora do diodo, as duas direções sendo centradas sobre ângulos por exemplo entre 60 e 85° e entre -60 e -85° com semi ângulos no cimo da ordem de 10° a 30°.

Tipicamente, um diodo colimado pode apresentar um meio ângulo no cimo podendo descer até 2 ou 3o. O diodo pode ser de «alta potência» quer dizer superior a 0,2 W ou de luminosidade superior a 5 lumens.

Todavia, pode-se preferir evitar pontos luminosos muito intensos, e escolher por exemplo um diodo do tipo «batwing». A fonte de luz que é uma camada foto luminescente é tipicamente uma camada à base de partículas luminoforas numa matriz. A matriz pode ser por exemplo inorgânica e pode compreender por exemplo um produto de polimerização/policondensação de alquiloxido de silicio tal como tetraetoxisilano (TEOS), tetrametoxisilano (TMOS), metiltrietoxisilano (MTEOS) e semelhantes. Estes precursores da matriz oferecem excelentes condições de compatibilidade com numerosas partículas luminoforas. 11

As partículas luminoforas podem vantajosamente ser selecionadas para determinar a cor da zona de luz direta numa larga palete de cores.

Assim, podem-se escolher partículas luminoforas emitindo diferentes comprimentos de onda associadas, individualizadas e homogeneizadas, de maneira a produzir uma luz amarela, branca.

As partículas luminoforas idênticas ou emitindo diferentes comprimentos de onda podem também ser associadas segundo as composições e/ou concentrações variáveis, de maneira a formar sinais tais como escritos ou semelhantes, ou em todo outro objetivo nomeadamente decorativo.

De preferência, a fim de preservar uma transmissão luminosa satisfatória, quando a camada foto luminescente é relativamente opaca, limita-se a sua extensão (a sua largura), por exemplo a camada é descontínua sob a forma de zonas com uma largura de algumas dezenas de mm. Conserva-se todavia uma eficácia luminosa.

Como partículas luminoforas excitáveis nomeadamente próximo UV, pode-se citar o CaS:Eu, Tm2+ emitindo no vermelho, o SrAl2C>4:Eu2+ emitindo no verde, ou o Y3Al50i2:Ce emitindo no amarelo. 12

Vantajosamente, as partículas luminoforas podem ter dimensões que são no máximo iguais a 100 nm, de preferência a 30 nm, ainda mais preferencialmente a 10 nm, e o conjunto que elas formam com a matriz é transparente. Estas partículas luminoforas podem estar em suspensão orgânica nomeadamente aquosa, alcoólica.

Pode-se citar por exemplo partículas ditas «core-shell», por exemplo à base de ZnS para a concha (shell em inglês) e de CdSe para o coração (core em inglês).

Naturalmente o painel pode também compreender uma camada foto luminescente para converter o comprimento de onda da fonte de luz direta. Por exemplo pode-se citar o ZnS:Cu emitindo no amarelo-verde ou Y3Al50i2:Ce emitindo no amarelo a partir do azul. A fonte de luz pode ser um dispositivo electro luminescente com dois eléctrodos, de preferência sob a forma de camadas electro condutoras. O eléctrodo o mais afastado do substrato pode todavia ser uma folha ou uma placa metálica e pode além disso formar um espelho (nomeadamente em cobre, em inox, em alumínio). 13

Na configuração em que a fonte de luz produz a luz guiada, a camada electro condutora a mais próxima do substrato, geralmente o eléctrodo inferior, é escolhida transparente, nomeadamente com uma transmissão luminosa TL superior ou igual a 50 %, nomeadamente superior ou igual a 70 %, até mesmo superior ou igual a 80 %.

Esta camada electro condutora pode ser escolhida pelos óxidos metálicos nomeadamente os materiais seguintes: óxido de estanho dopado, nomeadamente em fluor SnCtiF ou o antimónio Sn02:Sb (os precursores utilizáveis em caso de depósito por CVD podem ser os organo-metálicos ou halogéneos de estanho associados com um precursor de fluor do tipo ácido fluoridrico ou ácido trifluoracético), o óxido de zinco dotado, nomeadamente o aluminio ZnO:Al (os precursores utilizáveis, em caso de depósito por CVD, podem ser organo-metálicos ou halogenetos de zinco e de aluminio) ou o gálio ZnO:Ga, ou ainda o óxido de indium dopado, nomeadamente de estanho o ITO (os precursores utilizáveis em caso de depósito por CVD podem ser os organo-metálicos ou halogenetos de estanho e de indium), ou o óxido de indium dopado de zinco (IZO).

Pode-se utilizar mais geralmente todo o tipo de camadas electro condutoras transparentes, por exemplo as camadas ditas «TCO» (para Transparent Conductive Oxide em inglês), por 14 exemplo de espessura entre 2 e 100 nm. Pode-se também utilizar camadas finas metálicas ditas «TCC» (para Transparent conductive coating em inglês) por exemplo em Ag, Al, Pd, Cu, Au e tipicamente de espessura entre 2 e 50 nm.

Naturalmente, para as aplicações em gue a transparência é necessária na zona de luz direta, os dois eléctrodos são transparentes. A camada electro condutora mais afastada do substrato pode ser opaca, refletora, metálica nomeadamente compreendendo uma camada de Al, Ag, Cu, Pt, Cr, obtida por pulverização ou evaporação.

Por outro lado, o dispositivo pode ser preferencialmente munido de pelo menos uma camada barreira, nomeadamente em relação aos alcalinos, inserida entre o dito substrato escolhido vidro e o eléctrodo mais próximo do substrato.

Esta camada possuindo propriedades de barreira aos alcalinos pode ser à base de material dielétrico, escolhido entre pelo menos um dos compostos seguintes: nitreto ou oxinitreto de silício, nitreto ou oxinitreto de alumínio, óxido ou oxicarboneto de silício, segundo uma espessura compreendida entre 20 e 150 nm. 15 A camada barreira pode comportar uma alternância de camadas de alto indice de retração, compreendido entre 1,9 e 2,3, e camadas de baixo índice de retração, compreendido entre 1,4 e 1,7, nomeadamente segundo as sequências SÍ3N4/SÍO2 ou S13N4/S ÍO2/S13N4. A fonte de luz de acordo com a invenção é um dispositivo electro luminescente com uma camada electro luminescente orgânica.

Com uma camada electro luminescente orgânica fala-se de OLED. Os OLED são geralmente dissociados em duas grandes famílias segundo o material orgânico utilizado. Se as camadas electro luminescentes orgânicas são os polímeros fala-se de PLED (Polymer Light Emitting Diodes em inglês). Se as camadas electro luminescentes são pequenas moléculas fala-se de SM-OLED (Small Mollecule Organic Light Emitting Diodes em inglês).

Um exemplo de PLED consiste num empilhamento seguinte: uma camada de poli (2,4-etileno dioxitiofeno) dopado ou poli (estireno sulfonato) (PEDOT: PSS) de 50 nm, uma camada de fenilo poli (p-fenilo-nevinileno) Ph-PPV de 50 nm. O eléctrodo superior pode ser uma camada de Ca. 16

De uma maneira geral a estrutura de uma SM-OLED consiste num empilhamento de camadas de injeção de furos, camada de transporte de furos, camada emissiva, camada de transporte de eletrão.

Um exemplo de camada de injeção de furos é o ptalocianino de cobre (CuPC) , a camada de transporte de furos pode ser por exemplo o N, N'-Bis(naphtalon-l-yl)-N, Ν'-bis(fenil)benzidina (alfa-NPB) . A camada emissiva pode ser por exemplo uma camada de 4, 4', 4"-tri(N-carbozolo) trifenilamino (TCTA) dopado de fac tris(2-fenilpiridino) irídio (Ir(ppy)3). A camada de transporte de eletrão pode ser composta de tris-(8- hidroxiquinolino) alumínio (Alq3) ou de batofenantrolino (BPhen) . 0 eléctrodo superior pode ser uma camada de Mg/Al ou LiF/Al.

Os exemplos de empilhamentos electro luminescentes orgânicos são por exemplo descritos no documento US6645645.

Na invenção, a dita fonte de luz constitui a fonte da dita irradiação guiada escolhida visível.

Neste caso, recupera-se assim em grande parte a luz injetada no substrato de ângulos superiores ou iguais ao ângulo de reflexão total para formar a zona de luz distinta. 17

Esta fonte de luz pode ter por exemplo um diagrama de emissão do tipo lambertiano.

Um painel luminoso de acordo com a invenção tem uma só fonte elétrica de irradiação UV e/ou visível e, mais precisamente, a dita fonte de luz que é associada a uma das faces principais é única e elétrica.

Esta fonte de luz visível é constituída de um dispositivo electro luminescente, tal como aqueles já descritos precedentemente (do tipo OLED).

Desta maneira, o painel luminoso é ao mesmo tempo de conceção simples, eficiente e é além disso pouco oneroso. A fonte de luz pode estar diretamente sobre uma das faces principais, nomeadamente num entalhe previsto para este efeito, ou sobre um elemento encaixado. Do mesmo modo, a ou as zonas de extração podem estar diretamente numa das faces principais ou sobre um elemento encaixado adequado.

Num modo de realização vantajoso, a fonte de luz está diretamente sobre uma das faces principais para otimizar a injeção de luz no substrato. 18

Por exemplo, com um dispositivo electro luminescente como fonte de luz, uma das camadas electro condutoras está diretamente depositada sobre o substrato (ou a sob camada barreira) . Os díodos LED podem ser dispostos sobre a face por exemplo num furo. Uma camada foto luminescente pode ser diretamente depositada sobre a face principal.

De preferência, para facilitar o fabrico do painel a zona de extração pode ser associada à face principal oposta à face com a fonte de luz. A fonte de luz pode ser colada ou de preferência folheada com um outro substrato plano, de preferência transparente tal como um vidro, com a ajuda de um intercalar de folheagem, nomeadamente extra claro.

Pode-se escolher formar um vidro folheado. 0 intercalar de folheagem pode ser um filme plástico transparente tal como o polivinil butiral (PVB) ou o etileno-vinil acetato (EVA). Pode-se assim utilizar uma resina adesiva transparente. 0 substrato pode alternativamente formar uma folha de vidro de uma vidraça múltipla (compósita ou de vidro), nomeadamente uma dupla vidraça. A fonte de luz pode estar disposta de preferência no interior da dupla vidraça, com uma lâmina de 19 gás nomeadamente inerte (árgon por exemplo). A extração é obtida por um pelo menos dos meios seguintes dispostos na dita zona de extração: - uma camada difusante, de preferência à base de partículas minerais e de preferência com uma liga mineral, - o substrato tornado difusante, nomeadamente texturado ou rugoso, - um elemento difusante, nomeadamente texturado ou rugoso, reportado sobre o substrato, de preferência sensivelmente do mesmo indice de refração.

Quando a irradiação guiada é visivel, a camada difusante pode ser à base de partículas difusante do visível e eventualmente de partículas luminoforas excitadas no visível, para mudar de cor.

As partículas difusante no visível podem ser de dimensões nomeadamente compreendidas entre 100 nm e 1 μιη, nomeadamente entre 300 e 700 nm, tais como o alumínio, ou partículas luminoforas elas mesmas; estas partículas difusantes da luz visível são dielétricas, semi condutoras ou condutoras. 20

As partículas luminoforas de dimensões compreendidas entre 30 e 500 nm, nomeadamente de dimensões pelo menos iguais a 400 nm são além disso susceptíveis de difundir a luz visível, podendo tornar inútil o acrescento de outras partículas difusantes. O substrato tornado difusante que é texturado pode ser tipicamente formado de motivos geométricos regulares, de dimensões entre alguns μιη e alguns mm, por exemplo os prismas, ou ainda microlentilhas de dimensões entre 5 e 10 jim.

Um substrato tornado difusante que é rugoso pode ter tipicamente uma rugosidade entre alguns μιη e alguns mm. 0 substrato transparente pode ser paralelepipédico, com faces principais rectangulares, quadradas ou mesmo de toda outra forma (redonda, oval, poligonal...) . Este substrato pode ser de grande tamanho por exemplo de superfície superior a 0,5 ou 1 m2. O substrato transparente pode ser em toda a matéria plástica transparente, tal como policarbonato, polivinilbutiral, poliolefino nomeadamente polietileno, polipropileno, poli(terefatalato de etileno), poliuretano, polímero acrílico tal como poli(metacrilato de metilo), resina ionomero, 21 diversos copolímeros.

Num modo de realização vantajoso, o substrato transparente é de vidro e de preferência com pelo menos uma zona micro texturada, areada, ou despolida pelo ácido para formar a zona de extração difusante.

Por outro lado, pelo menos um dos bordos da aresta, e de preferência todos os bordos; forma com a face principal associada na fonte de luz um ângulo externo superior ou igual a 45° e inferior a 90°, de preferência superior ou igual a 80°, para redirigir as irradiações sobre uma maior zona de extração. A aresta pode ser assim biselada.

Pelo menos um dos bordos da zona, e de preferência todos os bordos da zona, podem ser refletores, e comportar de preferência um espelho, para assegurar uma reciclagem optimal da irradiação guiada. A zona em frente de uma zona de extração, situada sobre a face oposta, pode também ser refletora para disfarçar esta zona de extração e/ou para redirigir a luz retro difundida. 22

Para limitar as perdas da irradiação guiada, o substrato transparente pode ser um vidro apresentando um coeficiente de absorção inferior a 2,5 m'1, de preferência inferior a 0,7 m-1 de comprimento de onda da irradiação guiada.

Escolhe-se por exemplo vidros silico-sodo-cálcicos com menos de 0,05 % de Fe III ou de Fe203, nomeadamente o vidro Diamant de Saint-Gobain Glass, o vidro Optiwhite de Pilkington, o vidro B270 de Schott. Pode-se escolher todas as composições de vidro extra claros descritas no documento WO04/025334.

Numa conceção vantajosa da invenção, a espessura do dito substrato transparente pode ser de pelo menos 1 mm, de preferência de pelo menos 5 mm, para diminuir o número de reflexões internas e extrair assim mais a irradiação guiada, favorecendo assim a zona luminosa distinta.

Além disso, pode ser vantajoso incorporar no painel luminoso de acordo com a invenção um revestimento tendo uma funcionalidade dada. Pode tratar-se de um revestimento de função de bloqueio das irradiações de comprimento de onda no infravermelho (utilizando por exemplo uma ou várias camadas de prata cercadas de camadas em dielétrico, ou camadas em nitretos como TiN ou ZrN ou em óxidos metálicos ou em aço ou em liga Ni-Cr), de função baixa emissividade (por exemplo em 23 óxido de metal dopado como SnCbiF ou óxido de indium dopado de estanho (ITO) ou uma ou várias camadas de prata), anti-vapor (com a ajuda de uma camada hidrófila), anti-sujidades (revestimento foto catalítico compreendendo ο T1O2 pelo menos parcialmente cristalizado sob a forma anatase), ou ainda um empilhamento anti-reflexo do tipo por exemplo SÍ3N4/SÍO2/SÍ3N4/SÍO2.

Com uma fonte de luz superficial dotada de camadas electro condutoras, uma das camadas electro condutoras pode ter a função baixa-emissividade e/ou para um controlo solar. 0 painel luminoso de acordo com a invenção pode formar à escolha (escolha alternativa ou cumulativa) um sistema luminoso, decorativo, arquitetural, um painel de fixação - por exemplo do tipo desenho, logo, sinalização nomeadamente alfanumérico - um elemento de sinalização por exemplo um painel de saida de segurança.

De maneira geral, o painel luminoso de acordo com a invenção pode equipar toda a janela de edifício ou de meio de locomoção (janela de comboio, postigo de cabine de barco ou de avião, de teto, de vidro lateral de veiculo industrial, até porção de óculo traseiro ou de para-brisas). 24

Pode-se também pensar em equipar do painel luminoso de acordo com a invenção, uma vidraça, uma porta de vidro, nomeadamente deslizante, uma divisória interna entre duas peças num edifício, nomeadamente num escritório, ou entre duas zonas/compartimentos de um meio de locomoção terrestre, aéreo ou marítimo, ou para equipar uma loja ou todo o tipo de conteúdo. 0 painel de acordo com a invenção pode também ser destinado ao mobiliário urbano e/ou ao mobiliário interior. 0 painel luminoso pode em particular ser um tampo iluminante, uma lâmpada de teto, um painel de abrigo de autocarros, uma parede de um expositor, uma montra de bijuteria ou uma vitrina, ser um elemento de prateleira ou de móvel, uma fachada de um móvel, uma estante iluminante de frigorífico, ser uma parede de aquário, de uma estufa. 0 painel luminoso pode servir para a iluminação de uma parede de sala de banho ou de um plano de trabalho de cozinha. A presente invenção será melhor compreendida na leitura da descrição detalhada mais adiante de exemplos de realização não limitativos e das figuras seguintes.

As figuras la e lb representam respectivamente vistas 25 esquemáticas de frente e em corte lateral de um painel luminoso num primeiro modo de realização da invenção; A figura 2 representa uma vista esquemática em corte longitudinal de um painel luminoso num segundo modo de realização da invenção; A figura 3 representa uma vista esquemática em corte longitudinal de um painel luminoso num terceiro modo de realização não coberto pelas reivindicações;

As figuras 4a e 4b representam respectivamente vistas esquemáticas de frente e em corte longitudinal de um painel luminoso num quarto modo de realização não coberto pelas reivindicações;

As figuras 5a e 5b representam respectivamente vistas esquemáticas de frente e em corte longitudinal de um painel luminoso num quinto modo de realização não coberto pelas reivindicações.

Precisa-se que por um cuidado de clareza os diferentes elementos dos objetos (incluindo os ângulos) representados não são necessariamente reproduzidos à escala. 26

As figuras la e lb representam respectivamente vistas esquemáticas de frente e em corte lateral de um painel luminoso 100 num primeiro modo de realização da invenção.

Este painel luminoso 100 compreende primeiramente um substrato transparente plano, de preferência uma folha 1 em vidro de preferência espesso, por exemplo de 4 ou 6 mm, e com um coeficiente de absorção inferior ou igual a 2,5 m_1 no visivel. Escolhe-se de preferência um vidro sodo cálcico extraclaro, de coeficiente de absorção inferior a 0,7 m_1 no visivel ou próximo UV. Este vidro 1 é dotado de primeira e segunda faces principais paralelas 11, 12 e de uma zona 13.

Um dispositivo electro luminescente 2 do tipo OLED comportando uma camada electro luminescente intercalada entre dois eléctrodos é disposto sobre a segunda face principal 12. A titulo de exemplo, um dispositivo eletro luminescente orgânico por exemplo do tipo OLED compreende nesta ordem, sobre a face 12: - eventualmente uma camada barreira aos alcalinos, por exemplo um nitreto ou oxinitreto de silicio, um nitreto ou oxinitreto de aluminio, um óxido ou oxicarboneto de silicio ou ainda uma alternância de camadas de alto indice 27 de refração, compreendido entre 1,9 e 2,3, e de camadas de baixo indice de refração, compreendido entre 1,4 e 1,7, nomeadamente de acordo com as sequências SÍ3N4/SÍO2 ou SÍ3N4/SÍO2/SÍ3N4; - um primeiro eléctrodo (mono camada ou multi camada), dita eléctrodo inferior ou traseiro (bottom electrode em inglês); - um sistema electro luminescente orgânico, (OLED) tipicamente formado: - de uma camada em alfa-NPD, - de uma camada em TCTA + Ir(ppy)3, - de uma camada em BPhen, - de uma camada em LiF, - um segundo eléctrodo (mono camada ou multi camada) , dito eléctrodo superior ou dianteiro (top electrode em inglês). 0 dispositivo 2 é uma fonte de luz superficial e direta, de preferência branca, de um lado e do outro do vidro 1. Define-se assim as primeiras zonas de óculo direto 31, 32 de um lado e do outro do vidro 1. 28 A primeira zona de luz direta 31, do lado oposto ao dispositivo 2, cobre a parte central da primeira face principal 11, sobre uma superfície de 80 % da superfície do vidro, dito de outra maneira da superfície da face 11. A segunda zona de luz direta 32, do lado do dispositivo 2, estende-se sobre toda a segunda face principal 12.

Adapta-se as características do dispositivo 2 para que a luminância LI da primeira zona de luz direta 31 se j a de preferência superior à luminância L2 da segunda zona de luz direta 32 (como simbolizado pelas setas espessa F1 e fina F2).

Para ter LI superior a L2, o dispositivo é pois de emissão principal pelo eléctrodo traseiro. Por exemplo escolhe-se LI igual a aproximadamente 1000 cd/m2 e L2 igual a aproximadamente 500 cd/m2 para um conforto visual.

Escolhe-se por exemplo como eléctrodo traseiro, um eléctrodo transparente, por exemplo o ITO de transmissão luminosa de aproximadamente 85 %, e como eléctrodo dianteiro, uma camada metálica semi refletora, por exemplo uma camada de prata de espessura entre 10 e 20 nm.

Nas zonas de luz direta 31, 32, quando o dispositivo 2 é 29 transparente com uma atingido, o painel luminoso 100 é transmissão luminosa TL na ordem de 65 % e uma reflexão luminosa RL na ordem de 15 %.

Pode-se escolher desempenhos semelhantes escolhendo como eléctrodo traseiro, uma camada fina metálica, por exemplo uma camada de prata de espessura inferior a 10 nm.

Pode-se aumentar a transmissão luminosa TL e reduzir a reflexão luminosa Rl do painel por exemplo acrescentando sobre o eléctrodo dianteiro uma camada dielétrica (monocamada ou multicamada) por exemplo o ZnO ou o S13N4, por exemplo de espessura total entre 20 e 40 nm, sem modificar significativamente LI e L2. Pode-se pelo inverso aumentar L2 e reduzir LI acrescentando as espessuras e/ou os índices da camada dielétrica. O dispositivo 2 é também uma fonte de irradiação guiada na espessura do vidro 1, por reflexões totais. A irradiação guiada é extraída dos bordos da primeira face 11 por meio de uma camada difusante 41 por exemplo à base de partículas difusantes minerais dispersas num ligante mineral. Define-se assim uma zona de luz 33 formando um quadro luminoso periférico como mostrado na figura la, por exemplo de largura 30 igual a 5 da largura do vidro 1. Como variante, a camada difusante 41 forma unicamente bandas laterais ou bandas longitudinais periféricas.

Para favorecer a extração da irradiação guiada, cada um dos bordos formando a zona 13 forma com a segunda face principal 12 associada à fonte de luz 2 um ângulo externo α superior a 80° e comporta um espelho 14, por exemplo uma camada metálica prata ou cobre.

Entre 15 e 30 % aproximadamente de luz emitida pelo dispositivo 2 do lado da primeira face 11 saem diretamente desta primeira face 11 (luz direta) e entre 70 % e 85 %, aproximadamente, de luz emitida, do lado da primeira face 11, pelo dispositivo 2 é guiada. A luminescência L3 é por exemplo na ordem de 3000 cd/m2. O quadro 33 é mais luminoso que a zona central 31 (como simbolizado pela seta mais espessa F3). O painel 100 pode ser destinado à construção, ser uma janela iluminante, uma porta iluminante, uma parede de estufa ou um vidro ou ainda ser um vidro lateral de veiculo ou um teto luminoso. A primeira face 11 é a face interior (face a mais iluminante). 31

Quando o dispositivo 2 está aceso, a zona central 31 pode ser adaptada para preservar a intimidade de uma pessoa no interior de uma peça, de um habitáculo à noite ou num ambiente escuro. Basta para isso que o fluxo luminoso enviado pela vidraça seja pelo menos igual àquele refletido e reenviado pela peça. 0 painel 100 pode formar uma dupla vidraça, o dispositivo 2 sendo de preferência situado no espaço preenchido de gás interno entre o vidro 1 e o vidro adicional eventualmente mais fino. O eléctrodo dianteiro e/ou traseiro pode ter uma função de baixa emissividade ou de controlo solar. O painel 100 assim concebido pode também servir de prateleira transparente e iluminante, de prateleira luminosa de frigorifico, de divisória transparente e iluminante entre duas peças, de parede de um aquário. Pode-se então adaptar as caracteristicas do dispositivo 2 para que a luminância LI da primeira zona de luz direta 31 seja sensivelmente igual à luminância L2 da segunda zona de luz direta 32.

Para isto acontecer, escolhe-se eléctrodos dianteiro e traseiro com caracteristicas ópticas semelhantes ou idênticas por exemplo camadas em ITO. 32

Assim, nas zonas de luz direta 31, 32, quando o dispositivo 2 é atingido, o painel luminoso e transparente com uma transmissão luminosa TL na ordem de 80 % e uma reflexão luminosa RL na ordem de 15 %.

Pode-se também escolher eléctrodos dianteiro e traseiro em camada fina de prata de espessura entre 10 nm e 20 nm.

Assim, nas zonas de luz direta 31, 32, quando o dispositivo 2 é atingido, o painel luminoso apresenta uma transmissão luminosa TL na ordem de 50 % e de reflexão luminosa RL na ordem de 50 %. 32 são uniformes :. 0 painel 100 pode também , pelo menos uma zona de luz direta formando um desenho, um logo , uma

As zonas de luz 31, ter, como variante descontinua e/ou sinalização. O painel luminoso 100 pode também como variante ter sobre cada face 11, 12 uma pluralidade de zonas de luz direta, de preferência ocupando pelo menos 50 %, até mesmo 80 % da superfície do vidro, eventualmente de geometria dada (retangular, quadrada, redonda ...) e/ou regularmente repartidas para fornecer um iluminante decorativo. 33 0 painel luminoso 100 pode também como variante ter uma só face iluminante 11, por exemplo ser uma luminária, nomeadamente uma laje iluminante ou uma lâmpada de teto, de luminância L2 negligenciável. O painel luminoso 100 pode servir para a iluminação de uma parede de sala de banho ou de um plano de trabalho de cozinha. Escolhe-se por exemplo como eléctrodo superior uma camada espelho, por exemplo em alumínio ou em prata de espessura na ordem de 100 nm. Pode-se também dispor um espelho em frente da segunda face 12. O painel luminoso 100 pode assim servir de espelho de dia e de fonte de iluminação de noite. A figura 2 representa uma vista esquemática em corte longitudinal de um painel luminoso 200 num segundo modo de realização da invenção.

Este painel 200 difere do painel 100 pelas características técnicas seguintes: - a camada difusante é substituída por uma textura do vidro 42, sob a forma de motivos geométricos regulares, por exemplo de ranhuras de tamanho micrométrico, ou como variante por acrescento de um quadro em plástico difusante, 34 o vidro 1 é folheado com um contra vidro 1', eventualmente mais fino e/ou biselado, por meio de um intercalar de folhagem 5 tal como o PVB, de preferência extra claro para manter transparência satisfatória e uma segunda face 12 iluminante, - o dispositivo 2 estende-se sobre uma zona limitada e central ocupando por exemplo 60 a 70 % da superfície do vidro 1, - entre a zona de luz direta 31 e a zona de luz por extracção 33, há uma zona transparente não luminosa (zona de sombra), - a face externa do contra vidro 1' compreende um espelho metálico 11' em frente da zona de extracção 42 por um lado para ocultar esta zona e por outro para recuperar a luz retro difundida suscetível de ser refratada, - de preferência toda a aresta do painel (aresta do vidro 1, aresta da folha, aresta do contra vidro 1') comporta um espelho 14. O dispositivo 2 é protegido pela folhagem. Pode-se, como variante, formar um duplo vidro substituindo nomeadamente o 35 PVB por uma lâmina de ar ou de preferência uma lâmina de gaz inerte. 0 painel 200 pode ter as mesmas funções que o painel luminoso 100 ou uma das suas variantes precedentemente descritas nomeadamente: - ser destinado à construção, ser uma janela iluminante, uma porta iluminante, uma baia de vidro, uma vidraça, uma parede de estufa ou ainda ser um vidro lateral de veiculo ou um teto luminoso, nomeadamente com luminância LI superior a L2 e inferior a L3, - ser uma divisória transparente e iluminante entre duas peças ou ainda ser uma prateleira, uma prateleira de frigorifico, uma parede de aquário, nomeadamente com uma luminância LI sensivelmente igual a L2 e inferior a L3, - ter pelo menos uma zona de luz direta formando um desenho, um logo, uma sinalização, nomeadamente com uma luminância LI inferior a L3, - ter sobre cada face 11, 12 uma pluridade de zonas de luz direta, 36 A figura 3 representa uma vista esquemática em corte longitudinal de um painel luminoso 300 num terceiro modo de realização não coberto pelas revindicações.

Este painel luminoso 300 difere do painel 100 pelas caracteristicas técnicas seguintes: - a camada difusante é substituída por uma zona rugosa de vidro 43, tornando-o difusante, por exemplo por areagem, ataque quimico ou, como variante, por acrescento de um quadro plástico difusante, - o vidro 1 é folheado com um elemento plano eventualmente opaco 6 ou reflector ao menos em superfície, eventualmente mais fino e/ou biselado, por meio de um intercalar de folhetagem 5 tal como o PVB, de preferência fino e/ou extra claro, - o dispositivo 2 estende-se sobre uma zona limitada e central ocupando 60 a 70 % da superfície do vidro 1, é ligado sobre o elemento plano 6, o dispositivo 2 é de emissão principal pelo eléctrodo dianteiro (a mais próxima do vidro 1) escolhido transparente, por exemplo do ITO, - o painel 300 apresenta uma só face iluminante 11, 37 eventualmente os bordos 13' do vidro 1 são direitos. 0 elemento 6 pode ser uma folha metálica, em prata ou em alumínio, servindo de eléctrodo traseiro. 0 painel luminoso 300 pode ter certas funções já descritas nomeadamente: - ser uma luminária, nomeadamente uma laje iluminante ou uma lâmpada, com uma luminância L3 ficando superior à luminância Ll, - ter pelo menos uma zona de luz direta formando um desenho, um logo, uma sinalização, - ter sobre a face 11 uma pluralidade de zonas de luz direta.

As figuras 4a e 4b representam respectivamente vistas esquemáticas de frente e em corte longitudinal de um painel luminoso 400 num quarto modo de realização não coberto pelas reivindicações.

Este painel 400 difere do painel 100 pelas características técnicas seguintes: 38 - o dispositivo electro luminescente 2 é preenchido pelos diodos electro luminescentes (LED) 2', estes diodos emitindo por exemplo no azul, tendo por exemplo um diagrama de emissão do tipo «bat wing» e formando um elemento luminoso sinalético 31', por exemplo uma seta, - a camada difusante é preenchida por uma camada 44 à base de partículas luminescentes do mesmo modo difusantes e emitindo no amarelo para produzir uma luz branca a partir da luz azulada, por exemplo ο Y3AI5O12: Ce, esta camada 44 formando dois frisos periféricos laterais, - o painel apresenta uma só face iluminante 11, gue apresenta numa zona central, uma camada 7 à base de partículas luminoforas transparentes emitindo no amarelo para produzir uma luz branca a partir da luz azulada, por exemplo das partículas ditas «core-shell», por exemplo à base de ZnS para a concha e de CdSe para o coração, - a face 12 compreende duas camadas espelho 12' em frente das bandas difusantes 44.

Na zona de luz direta 31, guando os diodos 2' são extintos, o painel luminoso é globalmente transparente de transmissão luminosa global TL na ordem de 85 % e de reflexão luminosa RL 39 o Ό · na ordem de 15

Os díodos 2' podem também ter uma função decorativa. Estes díodos podem ser regularmente repartidos na zona central.

Numa variante, os diodos 2' emitindo uma luz branca, a camada 7 pode ser suprimida e a camada 44 pode ser simplesmente à base de partículas difusantes, por exemplo de alumínio.

Numa outra variante, os diodos 2' emitindo próximo de UV, escolhe-se então uma camada de luminofora transparente e excitável próximo UV e uma camada difusante com luminoforos excitáveis próximo UV.

Numa outra variante, a camada 7 é suprimida e o dispositivo electro luminescente 2 é conservado e forma o elemento luminoso sinalético 31'.

Os diodos electro luminescentes 2' podem também ser substituídos por um TDEL formando a seta 31' ou todo outro elemento sinalético. A camada 7 é então suprimida.

As figuras 5a e 5b representam respectivamente vistas esquemáticas de frente e em corte longitudinal de um painel luminoso 500 num quinto modo de realização não coberto pelas 40 reivindicações .

Este painel luminoso 500 difere do painel 100 pelas características técnicas descritas mais adiante. O dispositivo electro luminescente 2 é substituído por uma camada foto luminescente 2" transparente, centrada, e estendendo-se sobre 80 % da face 11. Esta camada 2" é à base de nano partículas luminoforas excitáveis no UV e emitindo uma ou mais irradiações no visível, por exemplo partículas ditas «core-shell», por exemplo à base de ZnS para a concha e de CdSe para o coração. L2 é idêntico a LI. E, nas zonas de luz direta 31, 32, quando a camada 2" não é excitada, o painel luminoso é transparente de transmissão luminosa TL na ordem de 85 % e de reflexão luminosa RL na ordem de 15 %. O painel 500 compreende uma fonte de irradiação guiada escolhida UV, de preferência no próximo UV, disposto sobre um bordo direito e sem espelho da zona 13. Trata-se por exemplo de uma série de diodos 20, sob a forma de chips semi condutores colados sobre a aresta. Como variante escolhe-se um tubo néon. 41 A irradiação UV propaga-se por reflexões totais na espessura do vidro 1 e é extraída por uma banda difusante lateral 44' à base de partículas luminescentes convertendo o UV em luz visível e de partículas difusantes e, por exemplo uma mistura de CaS:Eu, Tm2+ emitindo no vermelho, de SrAl204 :Eu2+ emitindo no verde e de partículas «core-shell» emitindo no azul. Esta extração é realizada sobre a mesma face 11. A irradiação emitida pela camada 2" em direção do substrato é em parte guiada e extraída na zona 44' . 0 L3 pode ser na ordem de 1000 cd/m2.

Naturalmente, para cada um dos modos de realização pode-se substituir ou acrescentar certas características de um ou dos outros modos de realização nomeadamente do tipo de extração, o caracter monolítico ou múltiplo do painel, a disposição e a extensão da fonte de luz, a escolha de uma ou de duas faces luminosas.

Lisboa, 2 de Agosto de 2012 42

Claims (2)

1. REIVINDICAÇÕES lâ - Painel luminoso (100, 200) comportando : - um substrato plano transparente (1) tendo uma aresta (13, 13'), duas faces principais (11, 12) e uma espessura dada, - pelo menos uma zona de luz direta (31, 32) por meio de uma fonte de luz (2) associada a uma das face principais (11, 12), a fonte de luz é direta e superficial e é constituída de um dispositivo de camada electro luminescente orgânica, - uma fonte de irradiação (2) visível, a dita irradiação sendo guiada por reflexões totais na espessura do substrato, pelo menos uma zona de extração (41 a 42) da irradiação guiada, a dita zona de extração sendo associada a uma das faces principais (11) para formar uma outra zona luminosa (33) distinta da zona de luz direta caracterizado por a fonte de luz ser única e formar também a 1 fonte da dita irradiação guiada visível, e do lado da face principal (11) associada à zona de extração (41 a 42), a zona de luz direta (31) apresentar uma luminância inferior à luminância na outra zona luminosa (33) para um iluminante diferenciado, o painel compreende uma só fonte elétrica de irradiação visível que é a dita fonte de luz única, a zona de luz direta (31, 32) ocupa uma superfície igual a pelo menos 50 % da face principal do substrato (1) e na zona de luz direta (31), quando a fonte de luz (2) é extinta, o painel luminoso é transparente ou globalmente transparente. 2a - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com a reivindicação n° 1, caracterizado por a zona de luz direta (31, 32) ocupar uma superfície igual a pelo menos 80 % da face principal do substrato (1), nomeadamente central. 3a - Painel luminoso (100, 200) de acordo com uma das reivindicações n° 1 a 2, caracterizado por na zona de luz direta (31, 31') quando a fonte de luz (2) está apagada, o painel luminoso ser transparente ou globalmente transparente, de transmissão luminosa TL eventualmente global superior a 20 % e de reflexão luminosa RL inferior ou igual a 50 %.
2. 2 4â - Painel luminoso (100, 200) de acordo com uma das reivindicações n° 1 a 3, caracterizado por na zona de luz direta (31, 31'), quando a fonte de luz (2) está apagada, o painel luminoso ser transparente ou globalmente transparente, de transmissão luminosa TL eventualmente global superior ou igual a 20 % e de reflexão luminosa RL inferior ou igual a 30%. 5â - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por na zona de luz direta (31, 31'), quando a fonte de luz (2) está apagada, o painel luminoso ser transparente ou globalmente transparente, de transmissão luminosa TL eventualmente global superior ou igual a 50 % e de reflexão luminosa RL inferior ou igual a 50%. 6â - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por as duas faces principais terem cada uma uma zona de luz direta, as suas luminâncias, que são LI do lado oposto à fonte da luz e L2 do lado da fonte de luz, serem distintas, de preferência LI é pelo menos duas vezes superior a L2, nomeadamente LI é inferior ou igual a 1200 cd/m2 e L2 é inferior ou igual a 500 cd/m2. 7â - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a luminância L3 3 da zona de extração ser superior ou igual a 1500 cd/m2. 8a - Painel luminoso (100, 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a fonte de luz (2) estar diretamente sobre uma das faces principais e de preferência a zona de extração (41, 42) ser associada à face principal oposta à face principal com a fonte de luz. 9a - Painel luminoso (200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a fonte de luz (2) ser colada ou de preferência folheada com um outro substrato plano (1') nomeadamente transparente, com a ajuda de um intercalar de folheagem (5) , nomeadamente extra claro ou por o substrato formar uma folha de vidro de uma dupla vidraça e a fonte de luz ser de preferência disposta no interior da dupla vidraça. 10a - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a extração ser obtida por pelo menos um dos meios seguintes dispostos na dita zona de extração : uma camada difusante (41), de preferência mineral, o substrato tornado difusante, nomeadamente texturado (42) ou rugoso, um elemento difusante, nomeadamente texturado ou rugoso, encaixado sobre o substrato transparente. 4 11a - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o substrato transparente ser vidro (1) de preferência com pelo menos uma zona microtexturada, areada ou despolida por ácido para formar a zona de extração (42) . 12a - Painel luminoso (100, 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por pelo menos um dos bordos da aresta (13) formar com a face principal associada à fonte de luz um angulo externo (a) superior ou igual a 45° e inferior a 90°, de preferência superior ou igual a 80°. 13a - Painel luminoso (100, 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por pelo menos um dos bordos da aresta (13) ser refletor, e comportar de preferência um espelho (14). 14a - Painel luminoso de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o substrato transparente ser um vidro apresentando um coeficiente de absorção inferior a 2,5 m"1, de preferência inferior a 0,7 m_1 ao comprimento de onda da irradiação guiada. 15a - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das 5 reivindicações precedentes, caracterizado por a espessura do dito substrato transparente (1) ser de pelo menos 1 mm, de preferência de pelo menos 5 mm. 16a - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por ele formar um painel iluminante e/ou um painel decorativo e/ou um painel arquitetural e/ou um painel de sinalização ou de afixação. 17a - Painel luminoso (100 a 200) de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por ele formar uma vidraça destinada à construção, como uma fachada, uma janela iluminante, uma vidraça destinada a um veiculo de transporte, como um óculo traseiro, um vidro lateral ou um teto de automóvel, ou a todo outro veiculo terrestre, aquático ou aéreo, um painel para a iluminação rodoviária ou urbana, uma vidraça destinada ao mobiliário urbano ou doméstico, uma laje iluminante, uma lâmpada de teto, um painel de abrigo de autocarro, uma parede de um expositor, uma montra de bijuteria ou uma vitrina, um elemento de prateleira ou de móvel, uma fachada de um móvel, uma estante iluminante de frigorifico, uma parede de aquário, de uma estufa. Lisboa, 2 de Agosto de 2012 6