PT1882571E - Matriz isostática para formação de ladrilhos - Google Patents
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Description
ΕΡ 1 882 571/PT DESCRIÇÃO "Matriz isostática para formação de ladrilhos" 0 invento refere-se a matrizes para formação de ladrilhos de cerâmica e, mais em particular, a uma matriz isostática destinada a ser associada à formação de cavidades de uma ou mais matrizes.
Tal como é conhecido, as matrizes cerâmicas usuais compreendem uma cavidade de formação para conter o material cerâmico em pó, cavidade essa que está delimitada por uma matriz de contenção lateral na qual uma matriz de fundo é recebida de modo a deslizar, matriz de fundo essa que colabora com uma matriz de topo de modo a cunhar as superfícies opostas lisas do ladrilho. A operação de prensaqem conduz muitas vezes à produção de um ladrilho acabado defeituoso, por vezes gravemente defeituoso, dependendo os problemas de vários factores.
Um destes factores é a distribuição irregular dos pós cerâmicos no interior da cavidade de formação da matriz, a qual é manifestada numa densidade não homogénea no ladrilho não cozido.
Esta falta de homogeneidade conduz a uma dilatação por calor diferenciada no ladrilho durante a fase de cozedura e correspondente encolhimento desigual durante a fase de arrefecimento, o que provoca defeitos de tamanhos variados, forma e planura, resultando algumas vezes em quebra e/ou abertura de fendas.
Para obviar este problema, o campo técnico proporciona a utilização de matrizes conhecidas como isostáticas.
As matrizes isostáticas compreendem um corpo de metal provido de uma superfície activa destinada a estar virada para o lado de dentro da cavidade de formação de matriz. A superfície activa está provida de uma cavidade concêntrica a qual está fechada superiormente por uma 2
ΕΡ 1 882 571/PT membrana elástica, a qual está ancorada ao corpo de metal numa pluralidade de zonas predeterminadas, e a qual se destina a entrar em contacto com a massa dos pós cerâmicos de modo a cunhar uma das superfícies lisas do ladrilho. A cavidade concêntrica acima mencionada é cheia com um fluido incompressível sob pressão, o qual insufla a membrana elástica nas zonas nas quais a membrana não está ancorada ao corpo de metal, dando à membrana um aspecto geral encaroçado.
Durante a prensagem, as zonas da membrana elástica que actuam onde existe uma densidade maior dos pós cerâmicos são espremidas e empurram o fluido incompressível de modo que o mesmo insufla de forma mais significativa as zonas onde existe uma densidade inferior do material.
Deste modo, a pressão que a membrana aplica para compactar a massa de pós cerâmicos é constante e a densidade do ladrilho que está a ser prensado é, por conseguinte, homogénea.
Contudo, durante o fecho da matriz, o ar contido na cavidade de formação tem necessariamente de escoar-se para o lado de fora.
No sector das cerâmicas esta fase é normalmente chamada de fase de desgasificação, e é necessária de modo a impedir que defeitos graves apareçam no produto cerâmico acabado, que derivam da presença do ar encurralado residual no ladrilho não cozido prensado.
Estes defeitos, os quais podem muitas vezes ser identificados apenas numa fase relativamente avançada da produção do ladrilho, podem conduzir a uma rejeição total do produto com óbvias perdas económicas.
Durante a fase de desgasificação, o escoamento do ar é geralmente dirigido desde o centro da cavidade de formação para a sua periferia, onde o mesmo sai ao passar para o espaço (usualmente umas poucas décimas de milímetro) entre o bordo das matrizes e a matriz de contenção lateral. 3 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ É assim estabelecida uma corrente de ar, a qual provoca uma deslocação dos pós cerâmicos, os quais depois se acumulam nos lados da cavidade de formação e ficam menos concentrados no centro da cavidade.
Por esta razão, as zonas centrais da membrana elástica da matriz isostática são, em cada ciclo, insufladas mais do que as zonas periféricas, o que conduz à sua deterioração muito rápida.
Em particular, este fenómeno é muito relevante em matrizes isostáticas para realizar ladrilhos de grande formato, onde a desgasificação da cavidade de formação produz, especialmente se for feita a velocidades demasiado rápidas, diferenças de distribuição de pó de tal modo acentuadas que até podem provocar a explosão e quebra da membrana elástica. Uma outra desvantagem na prensagem de ladrilhos cerâmicos é, por conseguinte, o tempo necessário para termos a certeza de que todo o ar presente na cavidade de formação saiu completamente, alcançando-se assim a desgasificação perfeita.
Isto significa abrandar de modo considerável o tempo de fecho da matriz, ou subdividir a operação de prensagem em duas fases sucessivas, introduzindo uma pausa no trabalho que influência de modo negativo a produtividade da instalação.
Uma outra desvantagem consiste no facto de o desgaste das matrizes cerâmicas ser principalmente determinado pelo escoamento já mencionado do gás de desgasificação, o qual, estando concentrado entre os bordos das matrizes e a matriz de contenção, significa substituir estes componentes mesmo que os mesmos estejam apenas desgastados nas suas partes periféricas. A ΕΡ 1 297 934 revela um dispositivo para prensar material cerâmico de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. 0 dispositivo compreende um punção isostático o qual tem uma membrana elástica agarrada a um corpo de metal numa pluralidade de pontos. A membrana elástica está apta para receber um fluido incompressivel que insufla a membrana elástica nas zonas nas quais a membrana não está ancorada no 4 ΕΡ 1 882 5 71/PT corpo de metal, para obter uma acção de prensagem uniforme. 0 dispositivo também tem um inserto ou casquilho que compreende um disco e a membrana envolve-se hermeticamente em torno do inserto e do disco. No inserto existe um alojamento no qual estão alojados meios de sucção que compreendem uma válvula semi-estática que, durante a acção de prensagem, facilita a remoção do ar.
Tal construção parece estar sujeita aos problemas de deslocamento indesejável do casquilho e de comprometer possivelmente a vedação da câmara de fluido incompressível. 0 objectivo do invento é pelo menos parcialmente obviar as desvantagens acima descritas.
Em particular, um objectivo consiste em impedir que o ar na cavidade de formação permaneça aprisionado dentro dos ladrilhos prensados, evitando assim de modo simultâneo a deterioração e/ou explosão da membrana elástica, o rápido desgaste das matrizes cerâmicas, e o aumento da produtividade da instalação.
Um outro objectivo do invento é atingir estes objectivos enquanto se proporciona uma solução a qual seja simples, racional e barata. 0 objectivo é atingido pelo invento tal como é caracterizado na reivindicação anexa 1.
Em particular, é proporcionada uma matriz isostática que compreende um corpo de metal e uma membrana que se pode deformar elasticamente, a qual é solidamente constringida no corpo de metal numa pluralidade de zonas de fixação predeterminadas distintas, de tal modo que uma câmara intermédia hermeticamente vedada seja delimitada entre a membrana elástica e o corpo de metal, câmara intermédia essa que pode conter um fluido incompressível.
De acordo com o invento, são embutidos casquilhos rígidos dentro da membrana elástica, definindo cada um de cujos casquilhos uma boca de respiração, que tem dimensões predeterminadas e que são substancialmente não deformáveis, 5 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ boca essa que está embutida na espessura da membrana elástica e que comunica com o lado de fora através de um sistema de descarregar condutas proporcionado no corpo de metal.
Cada casquilho rígido está localizado numa zona de fixação da membrana elástica ao corpo de metal, de modo a não comprometer a vedação da câmara de fluido incompressível, permitindo o funcionamento correcto do sistema de prensagem de compensação isostática.
Mais ainda, como as zonas de fixação da membrana elástica não se deformam durante a prensagem, os casquilhos rígidos não são sujeitos a um deslocamento indesejável, o qual pode comprometer a comunicação das bocas de respiração com o sistema de condutas de descarga, o qual guia o ar para o lado de fora.
De acordo com o invento, cada casquilho rígido único recebe um respectivo corpo de obturador, o que permite a passagem do ar e pelo menos impede parcialmente a passagem do pó cerâmico.
Por exemplo, o corpo obturador pode ser constituído por um corpo compacto conformado de tal modo a obstruir apenas parcialmente a boca de respiração relativa, deixando uma fissura fina aberta que tem um tamanho que deixa o ar passar mas que limita a um mínimo a quantidade de pó cerâmico que pode passar através dali.
Graças a esta solução, durante o fecho da matriz cerâmica, o ar contido na cavidade de formação pode escoar-se livremente, no interior das bocas de respiração, e sair para o lado de fora através do sistema de condutas de descarga proporcionados no corpo de metal da matriz. A adição das bocas de respiração aumenta assim consideravelmente a superfície global da matriz através da qual o ar pode escoar-se para fora (o que na arte anterior estava limitado à fissura perimétrica localizada entre a matriz e a matriz de formação), e permite com eficácia que o ar saia também a partir do centro da cavidade de formação, através das superfícies de formação de ladrilho de matriz. 6 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ
Deste modo, ο escoamento do ar a partir do centro para a periferia da cavidade de formação é eliminado ou pelo menos significativamente reduzido, escoamento de ar esse que pode provocar uma nova distribuição indesejada dos pós cerâmicos e um rápido desgaste da matriz nas suas zonas periféricas.
Numa primeira concretização do invento, cada corpo de obturador está fixo de modo estável ao corpo de metal da matriz isostática, tal como para estar sempre estacionário no interior do casquilho rígido relativo, de preferência numa linha com a face activa de matriz.
Esta concretização compreende ainda a totalidade das condutas de respiração que estão ligadas a um dispositivo soprador, o qual é activado no fim do ciclo de prensagem para injectar ali ar comprimido.
Deste modo, o ar comprimido injectado dentro das condutas de descarga irá tender a sair a partir das bocas de respiração, projectando o pó cerâmico o qual pode ficar encurralado dentro da fissura deixada entre os corpos de obturador e as bocas de respiração relativas na direcção da cavidade de formação.
Devido a estes jactos de ar que saem a partir das bocas de respiração, a solução acima descrita pode, contudo, exibir a desvantagem de levantar uma grande quantidade de pó para as zonas que envolvem a matriz de cerâmica, tornando o ambiente envolvente desagradável para o pessoal.
Para obviar esta desvantagem, é proporcionada uma segunda e preferida concretização do invento.
Na segunda concretização, cada corpo obturador desliza no interior do casquilho rígido relativo, com um movimento alternativo na direcção do eixo do casquilho.
Em particular, esta concretização compreende o facto de cada corpo de obturador estar fixo a uma extremidade de uma respectiva haste de válvula, a qual é activada para deslizar no interior de um orifício de guia proporcionado no corpo de 7 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ metal da matriz isostática, por trás do casquilho rígido relativo.
Graças a esta solução, o corpo obturador está posicionado em linha com a superfície activa da matriz durante a fase de prensagem, e quando a matriz abre, é levado a deslizar para o lado de dentro da cavidade de formação, de modo a remover o pó que possa ter ficado encurralado na fissura entre o corpo obturador e o casquilho rígido durante a formação de ladrilhos.
Pode contudo ocorrer que, depois de ciclos de prensagem repetidos, uma certa quantidade de pó cerâmico invada as bocas de respiração e se acumule nas condutas de descarga, obstruindo as mesmas e impedindo a desgasificação da cavidade de formação.
Para impedir que isto aconteça e se provoque uma paragem de produção da matriz cerâmica, o invento compreende que a totalidade das condutas de descarga estejam ligadas a um dispositivo de aspiração especial. 0 dispositivo de aspiração é activado de cada vez que a matriz tiver completado um número relativamente elevado (o qual é contudo sempre compatível com os requisitos de produção) de ciclos de prensagem, de tal modo a limpar as condutas de descarga ao aspirar o pó cerâmico ali contido.
De preferência, a acção de aspiração do dispositivo de aspiração é adicionada por um dispositivo soprador similar ao utilizado na primeira concretização preferida do invento, mas o qual injecta ar comprimido a uma pressão geralmente inferior. 0 dispositivo soprador é montado em comunicação com a totalidade das condutas de descarga em pontos diferentes em relação ao dispositivo de aspiração, e injecta ar no interior das condutas de modo a empurrar o pó cerâmico acumulado ali para a boca do próprio dispositivo de aspiração.
Neste ponto nota-se que as soluções proporcionadas pelo invento também estão muito bem adequadas para utilizar com 8 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ uma matriz isostática equipada com um sistema de anti-transparência. 0 fenómeno da "transparência" consiste no facto de, sobre a superfície frontal (em vista) dos ladrilhos, poder permanecer ali um ligeiro vestígio do pé subjacente da superfície de assentamento, o que faz com que o produto acabado seja classificado como de segunda.
As matrizes isostáticas acima descritas com o sistema de anti-transparência compreendem um corpo de metal no qual é proporcionada uma parte de fora baixada, que tem uma forma de plano de grelha na qual uma grelha complementarmente conformada está alojada, a qual é mais rígida do que a membrana elástica, e a qual está interposta entre a membrana elástica e a câmara de fluido incompressível.
Nestas matrizes, a membrana elástica está fortemente agarrada ao corpo de metal nas zonas compreendidas entre os elos de ligação da grelha baixada, e um casquilho rígido pode ser embutido em exactamente essas zonas de modo a realizar o sistema de desgasificação do invento.
Outras características e vantagens do invento irão emergir melhor a partir de uma leitura da descrição que se segue, a qual é proporcionada por meio de um exemplo não limitador com a ajuda das figuras dos desenhos, nos quais: a FIG. 1 é uma vista planificada de uma matriz isostática do invento; - a FIG. 2 é uma vista planificada da matriz da FIG. 1 sem a membrana elástica; - a FIG. 3 é uma vista planificada da grelha de "anti-transparência" que pertence à matriz da FIG. 1; - a FIG. 4 é um detalhe da secção ao longo da linha IV-IV da FIG. 1; - a FIG. 5 é um detalhe da secção ao longo da linha V-V indicada na FIG. 1, mostrada depois da injecção do fluido pressurizado incompressível; - a FIG. 6 é um detalhe de uma prensa cerâmica proporcionada com a matriz da FIG. 1, durante uma fase de compactação dos pós cerâmicos; 9 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ - a FIG. 7 é ο detalhe da FIG. 6 durante uma fase que se segue da descarga do ladrilho compactado; - as FIGS. 8 e 9 ilustram uma variante da matriz da FIG. 1, mostrada ao longo das linhas VIII-VIII da FIG. 1, respectivamente, durante a fase de compactação dos pós cerâmicos e durante a sua fase de descarga que se segue; a FIG. 10 é uma vista planificada de uma matriz isostática numa primeira concretização alternativa do invento, e sem a membrana elástica; - a FIG. 11 é um detalhe da secção XI-XI indicada na FIG. 10, onde a membrana elástica está presente; a FIG. 12 é uma vista planificada de uma matriz isostática de acordo com uma segunda concretização alternativa do invento, e sem a membrana elástica; - a FIG. 13 é um detalhe da secção XIII-XIII indicada na FIG. 12, onde a membrana elástica também está presente; - a FIG. 14 é uma vista em perspectiva de uma matriz isostática de acordo com uma terceira concretização do invento; - a FIG. 15 é uma vista planificada da matriz isostática da FIG. 14; - a FIG. 16 é uma secção ao longo da linha XVI-XVI da FIG. 15; - as FIGS. 17 e 18 são respectivamente secções XVII-XVII e XVIII-XVIII da FIG. 16; - a FIG. 19 é uma secção XIX-XIX da FIG. 18; - a FIG. 20 é um detalhe em vista planificada de uma matriz isostática de acordo com uma quarta concretização do invento; - a FIG. 21 é uma secção XXI-XXI da FIG. 20.
As figuras de 1 a 7 mostram uma matriz 1 destinada a ser associada a uma prensa cerâmica para cunhar uma parte inferior ou superfície de assentamento de ladrilhos. A matriz 1 compreende um corpo de metal 2 com uma forma planificada rectangular, formado por três placas sobrepostas as quais estão fixas por parafusos, entre as quais uma placa frontal 200, uma placa intermédia 201 e uma placa traseira 202 (ver a FIG. 4). 10 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ Ο corpo de metal 2 exibe uma face activa 20 destinada a estar voltada para a cavidade de formação da prensa cerâmica à qual a matriz 1 irá ser associada.
Tal como mostrado na FIG. 4, uma primeira zona baixa concêntrica e rectangular 21 com uma profundidade constante é proporcionada sobre a face activa 20, zona baixa essa 21 que está ligada ao bordo externo do corpo de metal 2 por meio de uma tira perimétrica de contra-embutimento 22.
Uma segunda zona baixa concêntrica 23 é proporcionada no fundo da primeira zona baixa 21, segunda zona baixa 23 essa que tem uma profundidade constante que, na vista planificada, exibe em geral uma forma de grelha regular (ver a FIG. 2).
Em particular, a grelha 23 compreende uma pluralidade de células 24', as quais estão uniformemente distribuídas e as quais estão ligadas reciprocamente por meio de canais direitos 24".
Na vista planificada, as células 24' são em geral quadradas com lados maiores do que a largura dos canais direitos 24".
Deste modo, uma pluralidade de zonas de relevo geralmente conformadas de modo transversal estão definidas entre as células 24', um topo das quais se encontra ao mesmo nível que o fundo da primeira zona baixa 21.
Finalmente, uma terceira zona baixa 26 é proporcionada no fundo da segunda zona baixa 23, terceira zona baixa 26 essa que é formada por uma grelha que tem canais direitos reciprocamente perpendiculares.
Os canais direitos são mais estreitos do que os canais 24" da segunda zona baixa 23, e desenvolvem-se ao longo dos canais 24" de tal modo a ranhurar e atravessar cada célula única 24'.
Uma grelha 3 feita de um material que se pode deformar elasticamente, a qual é preparada de modo separado, está posicionada no interior da segunda zona baixa 23. 11 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ
Tal como ilustrado na FIG. 3, a grelha 3 tem uma forma a qual é similar à grelha da segunda zona baixa 23 do corpo de metal 2, de tal modo a ser recebida de modo aconchegado no seu interior.
Em particular, a grelha 3 compreende uma pluralidade de formas 30 as quais correspondem às células 24' e as quais estão unidas por tractos direitos 31, os quais correspondem aos canais 24". A grelha 3 tem uma espessura constante a qual é ligeiramente menor do que a profundidade da segunda zona baixa 23, e é de preferência feita de um material elastomérico.
Em secção transversal, a grelha 3 compreende uma primeira camada a qual é inserida de modo aconchegado no interior da segunda zona baixa 23 do corpo de metal 2 e contacta com o seu fundo, no qual é assente uma segunda camada que tem uma mesma forma com uma largura mais pequena (ver FIG. 4). A face da grelha 3 em contacto com o fundo da segunda zona baixa 23 fecha os canais da terceira zona baixa 26, de tal modo a definir um espaço livre o qual, numa vista planificada, é uma grelha com labirintos. É proporcionada uma pluralidade de orifícios verticais 4 no corpo de metal 2, cada um de cujos orifícios verticais 4 atravessa centralmente uma respectiva zona transversal 25 e abre para o fundo da primeira zona baixa 21.
Um casquilho de guia 5 feito de material duro resistente ao desgaste é inserido por pressão ou inserido ao utilizar outros sistemas de encaixe conhecidos, no interior de cada orifício vertical 4. O casquilho está provido de uma cabeça 50 que tem um diâmetro maior que se projecta em relação ao fundo da primeira zona baixa 21, e um topo do qual está em geral em linha com o bordo superior do corpo de metal 2. 12 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ
Em particular, a cabeça projectada 50 exibe um canal circunferencial cortado por baixo 51 ao longo da sua superfície lateral. A cavidade interna 52 de cada casquilho de guia 5 define uma boca de respiração que coloca o orifício vertical relativo 4 em comunicação com o lado de fora.
Note-se que os casquilhos de guia rígidos 5 podem em alternativa ser numa única peça em conjunto com o corpo de metal 2, por exemplo, na forma de apêndices salientes adicionais que se elevam a partir da zona transversal 25.
Tal como ilustrado na FIG. 4, cada orifício vertical 4 está em comunicação com um sistema de condutas de descarga horizontais 9 (indicadas por uma linha tracejada na FIG. 1) que são proporcionadas na placa frontal 200 do corpo de metal 2 e que abrem para fora para o lado de fora através das suas paredes laterais.
Depois dos casquilhos de guia 5 e da grelha 3 terem sido acoplados ao corpo de metal 2, uma camada de uma mástique ou de uma cola adesiva adequada é aplicada sobre o corpo de metal 2.
Em particular, a camada de mástique é assente sobre o fundo da primeira zona baixa 21, sobre a tira perimétrica 22, nas porções das paredes laterais dos canais 24" e nas células 24' não cobertas pela grelha 3, sobre as faces livres da grelha 3 e sobre a superfície lateral das cabeças projectadas 50 dos casquilhos de guia 5.
Assim, é deixada cair no interior da primeira zona baixa 21 uma resina fluida normalmente utilizada no sector, a qual, depois do endurecimento, realiza uma membrana que se pode deformar elasticamente 6.
Deste modo, a face posterior da membrana elástica 6 exibe uma grelha em relevo a qual é acoplada de modo vedado no interior da grelha 23 do corpo de metal 2. 13
ΕΡ 1 882 571/PT
Mais ainda, também exibe uma série de orifícios de passagem, cada um dos quais recebe a cabeça projectada 50 de um respectivo casquilho de guia 5 e está provido de uma nervura circunferencial 60 que se acopla ao canal cortado por baixo 51 e ancora de modo sólido o casquilho de guia 5 na membrana 6.
Durante a formação, uma grelha de canais atravessados idênticos 62 encontra-se formada sobre a face activa externa 61 da membrana 6, canais atravessados 62 esses que são para conformar os pés dos ladrilhos (ver a FIG. 1).
Em particular, os pontos transversais dos canais atravessados 62 estão verticalmente sobrepostos sobre as zonas transversais 25 do corpo de metal 2, e estão identificados por uma série de proeminências 63 que têm uma forma plana geralmente circular.
Um casquilho de guia relativo 5 encontra-se localizado no centro de cada proeminência 63, um topo de cujo casquilho 5 está em linha com o topo da proeminência 63.
Graças à mástique, a membrana elástica 6 é fortemente agarrada a todas as partes do corpo de metal 2, à grelha 3 e aos casquilhos de guia 5, nos quais a mástique foi previamente aplicada.
Note-se que a grelha 3 e a membrana elástica 6 são constituídas por resinas elastoméricas que têm características elásticas geralmente diferentes. De preferência, a resina da membrana elástica 6 é mais elástica e flexível do que a da grelha 3, a qual é por conseguinte mais rígida.
Um corpo de válvula cilíndrico 7 encontra-se alojado de modo a deslizar em cada casquilho de guia 5, corpo de válvula esse 7 que obstrui parcialmente a boca de respiração 52, deixando uma pequena fissura que comunica com o orifício vertical subjacente 4. A pequena fissura é de uma individualidade tal de modo a permitir a passagem do ar, enquanto obstrui efectivamente 14 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ qualquer fuga do pó cerâmico, o qual é compactado durante a formação dos ladrilhos. A abertura pode ser obtida ao realizar o corpo de válvula cilíndrico 7 com um diâmetro ligeiramente mais pequeno em relação à boca de respiração 52 do casquilho de guia 5, por exemplo, ao calibrar especialmente as tolerâncias de trabalho.
Por exemplo, o diâmetro do corpo de válvula cilíndrico 7 pode ser feito mais pequeno em cerca de 0,2 mm do que o diâmetro da boca de respiração 52.
Cada corpo de válvula 7 surge na extremidade de uma haste 70 que pode deslizar no interior do orifício vertical 4, a extremidade posterior da qual está associada a respectivos meios para activação, o que faz com que a extremidade posterior deslize em cada ciclo de prensagem.
Os meios para activação compreendem uma placa de bronze 71 fixa à extremidade posterior da haste 70 e recebida de modo a deslizar no interior de uma zona de assentamento cilíndrica 41, a qual é proporcionada na placa intermédia 201 do corpo de metal 2, posteriormente em relação à conduta de descarga 9.
Em particular, a zona de assentamento cilíndrica 41 está disposta de modo coaxial ao orifício 4 e tem um diâmetro maior em relação à largura da conduta de descarga 9.
Um anel de vedação 72 encontra-se colocado entre a placa 71 e a parede lateral da zona de assentamento cilíndrica 41, enquanto um anel de sujidade 73 está localizado entre a parede lateral da zona de assentamento cilíndrica 41 e a haste 70, anel de sujidade 73 esse que assenta sobre os bordos da conduta de descarga 9.
Uma mola de compressão 74 encontra-se interposta entre o anel de sujidade 73 e a placa 71, mola 74 essa que mantém o corpo de válvula 7 na posição de repouso ilustrada na FIG. 4. 15
ΕΡ 1 882 571/PT
Nesta posição, o corpo de válvula 7 está em linha com o topo do casquilho de guia 5 e assim também com a proeminência 63 da membrana elástica 6, enquanto a placa 71 se encontra na posição de funcionamento de extremidade posterior.
Tal como ilustrado na FIG. 4, cada zona de assentamento cilíndrica 41 abre no interior de uma conduta de assentamento traseira 8, conduta 8 essa que é proporcionada na placa posterior 202 do corpo de metal 2 e se destina a transportar um fluido de operação pressurizado, em geral ar comprimido, o qual é fornecido por um dispositivo distribuidor normal (não mostrado). 0 fluido de operaçao actua sobre a face da placa 71 oposta à mola de compressão 74, de tal modo a empurrar a haste 70 e fazer com que o corpo de válvula se prolongue completamente em elástica 6. relação à face activa 61 da membrana
Nesta concretização, a conduta 8 coloca todas as zonas de assentamento cilíndricas 41 da matriz 1 em comunicação recíproca, de tal modo que a activação dos corpos de válvula 7 ocorre de modo simultâneo; contudo, é possível ligar as zonas de assentamento cilíndricas 41 através de condutas independentes de modo a activar diferentes corpos de válvula 7 em áreas diferentes da matriz 1 de acordo com as necessidades.
Na concretização ilustrada das FIGS. 6 e 7, a matriz 1 está associada a uma matriz do tipo de puncionar de entrada 10 para formação de ladrilhos de cerâmica.
Em particular, a matriz 1 destina-se a formar uma face de assentamento dos ladrilhos e está localizada superiormente em relação a uma matriz 11 de um tipo tradicional, a qual se destina a formar a face pela vista de dentro do ladrilho.
Obviamente, o invento está bem adaptado a outros tipos de prensa, por exemplo, uma prensa de matriz móvel. Mais ainda, a disposição das matrizes 1, 11 pode ser diferente daquilo que está ilustrado, assim como pode a sua forma e função. Em particular, com ligeiras modificações, a matriz 1 16
ΕΡ 1 882 571/PT pode ser utilizada para formar a face da vista de dentro dos ladrilhos.
Antes de instalar as matrizes na prensa 10, o espaço livre formado pelos canais 26 cobertos pela grelha 3 é preenchido com um fluido incompressivel, em geral óleo hidráulico pressurizado, e é depois fechado de modo selado. A introdução de óleo é feita por condutas especiais tais como aquelas indicadas com uma linha a tracejado e indicadas por 13 na FIG. 1. A introdução do óleo pressurizado conduz a deformações elásticas correspondentes da grelha 3 e da membrana elástica 6 (ver a FIG. 5).
Em particular, nas células 24' e nos canais 24" (ver a FIG. 2), a grelha 3 está distanciada do fundo e arqueia, fazendo com que a membrana elástica 6 se eleve também. A membrana 6 está contudo agarrada à tira perimétrica 22 do corpo de metal 2, no topo das zonas transversais 25 e em todas as outras zonas nas quais a cola foi aplicada. Por conseguinte, tende substancialmente a arquear apenas na posição das células 24', assumindo um aspecto de superfície geralmente encaroçada.
Deste modo, a matriz 1 funciona como uma matriz isostática que permite uma densidade uniforme do material cerâmico do ladrilho compactado a ser alcançado.
Ao mesmo tempo, a presença da grelha 3 permite que o fenómeno bem conhecido da "transparência", no qual estruturas subjacentes da base de assentamento do ladrilho são evidentes a partir da superfície da vista de dentro do ladrilho, seja impedido de ocorrer.
Durante esta fase, o fluido de operação que circula na conduta 8 é descarregado, de modo que as molas de compressão 74 mantenham os corpos de válvula 7 na posição de repouso, com os seus topos coplanares à face activa 61 da membrana elástica 6. 17
ΕΡ 1 882 571/PT Ο ar aprisionado na cavidade de formação 12 pode, por conseguinte, sair livremente através das fissuras finas definidas entre os corpos de válvula 7 e as bocas de respiração 52 dos casquilhos de guia relativos 5; depois o ar escoa-se através dos orifícios verticais 4 e a partir dali alcança o ambiente do lado de fora, atravessando as condutas de descarga horizontais 9 (ver a FIG. 8).
Deste modo, não é estabelecida uma corrente de ar direccionada de modo único desde o centro até à periferia da cavidade de formação 12 e é impedida uma nova distribuição não desejada dos pós cerâmicos contidos na cavidade de formação 12. Não obstante o tamanho pequeno das fissuras, o ar pode arrastar algumas partículas do material cerâmico com o mesmo.
Isto contudo não cria desvantagens, uma vez que as partículas também são expelidas para o lado de fora; mais ainda, a acção abrasiva que as mesmas tendam a produzir está essencialmente concentrada nos bordos dos casquilho de guias 5, os quais são difíceis de danificar dado que são feitos de materiais que são particularmente resistentes à abrasão.
Quando a compactação está acabada, assim que o ladrilho formado seja removido e distanciado, é enviado fluido pressurizado para dentro da conduta 8 de modo a fazer as placas 71 deslizarem na direcção que faz com que as molas de compressão relativas 74 comprimam na direcção do anel de sujidade 73.
Deste modo, os corpos de válvula 7 são feitos para saírem a partir dos respectivos casquilhos de guia 5, aumentando o orifício de passagem da boca de respiração 52 de modo a permitir a remoção e distanciamento das partículas de material cerâmico, as quais podem ficar bloqueadas entre os corpos de válvula 7 e a parede interna dos respectivos casquilhos de guia 5 (ver a FIG. 7).
Depois, o fluido de operação pressurizado presente na conduta 8 é imediatamente descarregado, de modo que os corpos 18 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ de válvula 7 possam regressar à posição normal, empurrados pelas molas de compressão 74, para um novo ciclo de compactação.
Note-se que as molas de compressão acima mencionadas 74 podem ser substituídas por um circuito hidráulico auxiliar, o qual fornece um fluido pressurizado às zonas de assentamento cilíndricas 41, fluido esse que actua sobre as placas 71 sobre o lado oposto em relação ao fluido que vem a partir da conduta 8.
Neste caso, durante a extracção dos corpos de válvula 7, o circuito auxiliar é mantido carregado, e é activado para devolver os corpos de válvula 7 à posição inicial.
As Figs. 8 e 9 ilustram uma variante do invento, a qual consiste em melhorar a remoção das partículas de material cerâmico encurralado entre os corpos de válvula 7 e os casquilhos de guia relativos 5.
Nesta variante, a cavidade interna de cada casquilho de guia 5 exibe um tracto 53 que tem um diâmetro aumentado localizado por trás da boca que define a boca de respiração 52 .
Mais ainda, cada haste 70 está provida de um corpo raspador 75 o qual é substancialmente cilíndrico e anular e o qual está posicionado de modo coaxial por trás do corpo de válvula 7 e está distanciado a partir dali por um canal circunferencial. 0 corpo raspador 75 tem um diâmetro ligeiramente maior do que o corpo de válvula 7 mas está, em qualquer dos casos, destinado a passar no interior da boca de respiração 52 definida pela boca do casquilho de guia 5.
Por exemplo, o diâmetro do corpo raspador pode ser cerca de 0,12 mm menos do que o diâmetro da boca de respiração 52.
Quando o corpo de válvula 7 está na posição de repouso, na qual o mesmo ocupa a boca de respiração 52, o corpo raspador 75 fica contido no interior do tracto aumentado 53 19
ΕΡ 1 882 571/PT do casquilho de guia 5, de tal modo a permitir a passagem do ar que vem a partir da cavidade de formação.
Quando a haste 70 desliza na direcção para fazer com que o corpo de válvula 7 saia do casquilho de guia 5, o corpo raspador 75 passa no interior da boca de respiração 52 e, por acção mecânica, arrasta juntamente com o mesmo as partículas de material cerâmico as quais podem ser aprisionadas e descarrega as mesmas para o lado de fora.
Nas FIGS. 10 e 11 encontra-se ilustrada uma primeira concretização alternativa do invento, a qual difere da concretização anterior devido ao facto de a matriz 1 não exibir a grelha anti-transparência 3.
Neste caso, a primeira zona baixa 21 está circunscrita por um canal 27 o qual corre ao longo dos bordos do corpo de metal 2 e separa o mesmo a partir da tira perimétrica 22. 0 fundo da primeira zona baixa 21 está ranhurado por uma pluralidade de cavidades conformadas 28, as quais estão separadas umas das outras e não comunicam de modo alternativo.
As cavidades 28 são todas das mesmas profundidades e são em geral rectangulares na vista planificada com extremidades arredondadas.
Um respectivo orifício vertical 4 abre no fundo de cada cavidade 28, orifício vertical 4 esse que está em geral localizado no ponto médio da cavidade 28.
As cavidades ranhuradas 28 estão, em geral mas não necessariamente, dispostas de modo alinhado ao longo de filas as quais estão paralelas aos bordos laterais do corpo de metal 2, e ao longo de cada uma das filas as mesmas estão orientadas de modo a ficarem alternativamente perpendiculares entre si. A largura de cada cavidade 2 8 é mais pequena do que o diâmetro da cabeça projectada 50 do casquilho de guia 5 alojado no respectivo orifício vertical 4, de modo que a 20 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ cabeça projectada 50 assenta directamente sobre o fundo da primeira zona baixa 21. A camada de mástique ou cola está espalhada sobre a tira perimétrica 22 do corpo de metal 2, no interior do canal 27, no interior das cavidades ranhuradas 28 e sobre a cabeça projectada 50 dos casquilhos de guia 5.
Depois, no interior da primeira zona baixa 21, a resina fluida que realiza a membrana que se pode deformar elasticamente 6' é levada a cair.
Deste modo, a face posterior da membrana 6' exibe uma série de protuberâncias em relevo as quais estão acopladas de modo vedado e agarradas de modo sólido cada uma ao lado de dentro de uma respectiva cavidade ranhurada 28.
Mais ainda, encontra-se formado um orifício de passagem no centro de cada protuberância que aloja a cabeça projectada 50 do casquilho de guia 5 e o qual está provido de uma nervura 60' para acoplamento ao canal cortado por baixo 51, ancorando de modo sólido o casquilho de guia 5 à membrana elástica 6'. À parte do acima, a matriz 1 da presente concretização é a mesma que a matriz da concretização previamente descrita e tem a mesma função.
As FIGS. 12 e 13 ilustram uma segunda concretização alternativa do invento, na qual a matriz 1 se encontra uma vez mais sem a grelha de anti-transparência 3.
Também neste caso, a primeira zona baixa 21 está circunscrita por um canal 27, o qual corre ao longo dos bordos do corpo de metal 2 e separa-o da tira perimétrica 22. É proporcionada uma série de canais anulares 29 sobre o fundo da primeira zona baixa 21, cada um dos quais circunscreve uma zona circular 290 num centro do qual um respectivo orifício vertical 4 abre para fora. 21 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ
Um casquilho de guia 5" encontra-se inserido no interior de cada orifício vertical 4, de modo ligeiramente diferente dos casquilhos de guia descritos aqui acima (ver a FIG. 13).
Em particular, o casquilho de guia 5" tem um diâmetro geralmente constante e encontra-se inserido num tracto aumentado 42 do orifício vertical 4, onde a sua extremidade posterior assenta sobre um ressalto intermédio. 0 ressalto está posicionado a uma distância do fundo da primeira zona baixa 21 que é tal que o casquilho de guia 5" se projecta para o exterior com um tracto projectado 50" que exibe um canal circunferencial cortado por baixo 51".
Uma camada de mástique ou cola é espalhada sobre a tira perimétrica 22 do corpo de metal 2, no interior do canal 27 e dos canais anulares 29, sobre o topo de todas as zonas circulares 290 e sobre o tracto projectado 450" dos casquilhos de guia 5". A resina fluida é então levada a cair, de modo a realizar uma membrana elástica 6", a face posterior da qual exibe uma série de nervuras anulares em relevo as quais acoplam de modo vedado e são cada uma agarradas de modo apertado no interior de um respectivo canal anular 29.
Mais ainda, a membrana elástica 6" é fortemente agarrada também pelas zonas circulares 290, onde se forma um orifício de passagem e uma nervura 60" a qual acopla com o tracto projectado 50" e respectivamente com o canal circunferencial 51" dos casquilhos de guia 5". À parte destas particularidades, a matriz 1 da segunda concretização alternativa é a mesma que a matriz 1 anterior e tem o mesmo tipo de funcionamento.
Nas figuras de 14 a 18 é ilustrada uma terceira concretização alternativa do invento, na qual a matriz isostática 1 está associada a um dispositivo de aspiração (não mostrado) por meio de uma conduta de aspiração 14. 22 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ A conduta de aspiração 14 encontra-se em comunicação com a série de condutas de descarga 9 proporcionadas na placa frontal 200 do corpo de metal 2, e comunicando com as bocas de respiração 52.
Em particular, tal como ilustrado na FIG. 17, as condutas de descarga 9 estão paralelas entre si, e cada uma delas está em comunicação com uma fila inteira de orifícios verticais 4.
Uma primeira extremidade de cada conduta de descarga 9 abre no interior de um canal transversal 90, também proporcionado na placa frontal 200 do corpo de metal 2, o qual faz com que as condutas de descarga 9 comuniquem de modo recíproco.
As segundas extremidades das condutas de descarga 9 estão todas em comunicação com uma respectiva abertura subjacente 91, a qual é proporcionada na placa intermédia 201 do corpo de metal 2, e abre para um seu flanco externo (ver as FIGS. 16 e 18).
Um invólucro 92 encontra-se fixo ao flanco externo, invólucro 92 esse que define um colector de aspiração único 93, o qual está fechado hermeticamente e no interior do qual todas as aberturas 91 terminam. O colector de aspiração 93 comunica directamente com a conduta de aspiração 14.
Tal como ilustrado na FIG. 18, é proporcionado um canal auxiliar 94 na placa intermédia 201 do corpo de metal 2. O canal auxiliar 94 está paralelo às condutas de descarga 9 e está localizado numa posição intermédia entre duas das mesmas, de modo a ser fechado pela placa frontal 200 . A extremidade do canal auxiliar 14 localizada no lado da abertura 91 comunica com um orifício vertical 95 que abre para uma conduta em joelho 96 proporcionada na placa posterior 202 do corpo de metal 2 (ver também a FIG. 19). 23 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ A conduta em joelho 96 termina no exterior do corpo de metal 2, onde a mesma está ligada a uma conduta de entrada 97, a qual está ligada a um dispositivo soprador normal de ar comprimido (não ilustrado). A extremidade do canal auxiliar 14, a qual está oposta ao orifício vertical 95, encontra-se em comunicação com o canal de ligação 90 das condutas de descarga 90, de tal modo que as condutas de descarga 90 são alcançadas pelo ar comprimido injectado pelo dispositivo soprador. 0 dispositivo soprador está usualmente inactivo durante a fase de prensagem, e o ar contido na cavidade de formação pode escoar-se livremente para dentro das condutas de descarga 9 e sai para o lado de fora através do colector 93 e da conduta de aspiração 14.
Durante estas fases, o dispositivo de aspiração pode ser mantido ligado, de modo a facilitar a desgasificação da cavidade de formação; contudo, isto tem de ser quando a acção de aspiração não provocar uma entrada excessiva de partículas cerâmicas, o que pode ser a situação quando a desgasificação provoca problemas de entupimento nas fissuras entre a boca de respiração 52 e o corpo de válvula 7.
Pode ocorrer que, depois de um número elevado de ciclos de prensagem, grandes quantidades de material de pó cerâmico derramado a partir das bocas de respiração 52 se acumulem nas condutas de descarga 9.
Para limpar as condutas de descarga 9, de cada vez que a matriz 1 completa um número predeterminado de ciclos de prensagem, o dispositivo de aspiração e o dispositivo soprador são activados de modo simultâneo.
Deste modo, o ar comprimido passa para dentro do canal auxiliar 94 e, através do canal transversal 90, corre ao longo das condutas de descarga 9, empurrando o pó cerâmico para a abertura 91, onde é sugado para dentro do colector de aspiração 93 pelo dispositivo de aspiração. 24 ΕΡ 1 882 571/ΡΤ
Note-se que a FIG. 14 ilustra uma conduta 15 para injectar o óleo necessário para a operação de prensagem isostática, e uma conduta 16 para injecção de ar comprimido para activar as hastes de válvula 70.
As FIGS. 20 e 21 ilustram uma quarta concretização alternativa do invento.
Nesta concretização, as hastes 70 estão fixas de modo sólido ao corpo de metal 2 por meio de uma manga roscada 76, de modo que os corpos de válvula 7 ficam sempre quietos no interior dos casquilhos relativos 5, na posição de repouso. O funcionamento da matriz isostática 1 é o mesmo que o funcionamento da matriz 1 descrita aqui acima.
Contudo, de modo a descarregar o pó cerâmico o qual pode ficar encurralado no interior das fissuras entre os corpos de válvula 7 e as bocas 5, as condutas de descarga 9 estão ligadas a um dispositivo soprador de ar comprimido, da mesma forma que o descrito para a concretização anterior. O dispositivo soprador entra em operação depois de cada ciclo de prensagem, de modo que o ar comprimido injectado dentro das condutas de descarga 9 tende a sair a partir das bocas de respiração 52 e projecta o pó cerâmico encurralado para a cavidade de formação.
De modo a realizar esta função, o dispositivo soprador tem contudo de injectar ar dentro da conduta de descarga 9 a uma pressão maior do que aquilo que é necessário na terceira concretização alternativa do invento.
Lisboa, 2012-11-02
Claims (23)
- ΕΡ 1 882 571/ΡΤ 1/4 REIVINDICAÇÕES 1 - Matriz isostática adequada para formação de ladrilhos, que compreende um corpo de metal (2) e uma membrana que se pode deformar elasticamente (6, 6', 6"), a qual está solidamente agarrada ao corpo de metal (2) numa pluralidade de zonas de fixação predeterminadas distintas (25, 28, 290, 21, 22, 24', 24"), de tal modo que uma câmara intermédia vedada hermeticamente se encontra delimitada entre a membrana elástica (6, 6', 6") e o corpo de metal (2), câmara essa que se destina a conter um fluido incompressivel, em que os casquilhos rigido (5, 5") estão embutidos dentro da membrana elástica (6, 6', 6"), definindo cada um de cujos casquilhos rígidos (5, 5") uma boca de respiração (52) que passa para um corpo da membrana elástica (6, 6', 6") e que comunica com um ambiente do lado de fora através de um sistema de condutas de descarga (9) proporcionadas no corpo de metal (2), recebendo cada casquilho rígido (5, 5") um respectivo corpo obturador (7), corpo obturador (7) esse que permite a passagem do ar e pelo menos impede parcialmente a passagem de pó cerâmico, caracterizada por cada casquilho rígido (5, 5") estar localizado numa zona de fixação (25, 28, 290, 21, 22, 24', 24") da membrana elástica (6, 6', 6") no corpo de metal (2).
- 2 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por cada corpo obturador (7) ser constituído por um corpo compacto, o qual obstrui parcialmente a boca de respiração (52) do casquilho rígido relativo (5, 5"), deixando uma fissura de passagem estreita perpetuamente aberta.
- 3 - Matriz da reivindicação 2, caracterizada por a fissura estreita ser de um tal tamanho de modo a permitir a passagem do ar durante uma fase de prensagem e para limitar a infiltração ali do pó cerâmico.
- 4 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por o corpo obturador (7) estar fixo de modo sólido ao corpo de metal (2) da matriz isostática, de modo a estar estacionário em relação ao casquilho rígido (5, 5"). ΕΡ 1 882 571/ΡΤ 2/4
- 5 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por o corpo obturador (7) estar associado a respectivos meios para activação (70, 71, 41), os quais movem o corpo obturador (7) de modo alternativo entre uma posição de repouso, na qual se encontra no interior do casquilho rigido relativo (5), e uma posição de extracção na qual se projecta para o exterior do mesmo.
- 6 - Matriz da reivindicação 5, caracterizada por cada corpo obturador (7) estar fixo a uma extremidade de uma haste de válvula (70), haste de válvula (70) essa que pode deslizar num orifício (4) o qual é proporcionado no corpo de metal (2) por trás do respectivo casquilho rigido (5).
- 7 - Matriz da reivindicação 6, caracterizada por a haste de válvula (70) compreender um corpo raspador (75), o qual está coaxial em relação ao corpo obturador (7) e é transversalmente maior, corpo raspador (75) esse que passa substancialmente de modo aconchegado no interior da boca de respiração (52), durante a deslocação do corpo obturador (7) desde a posição de repouso até à sua posição de extracção, de modo a empurrar qualquer pó cerâmico que possa estar presente no corpo de respiração (52) num sentido para o exterior.
- 8 - Matriz da reivindicação 6, caracterizada por os meios para activação compreenderem uma porção da haste de válvula (70) que, ao operar como um êmbolo, é empurrada por um fluido pressurizado para deslizar no interior da zona de assentamento cilíndrica relativa (41) proporcionada no corpo de metal (2).
- 9 - Matriz da reivindicação 8, caracterizada por cada corpo de válvula (7) estar associado a meios de chamada (74), os quais devolvem o corpo de válvula (7) à sua posição de repouso.
- 10 - Matriz da reivindicação 9, caracterizada por os meios de chamada compreenderem uma mola (74) a qual actua sobre o êmbolo em contraste com o fluido pressurizado.
- 11 - Matriz da reivindicação 9, caracterizada por os meios de chamada compreenderem um circuito hidráulico ΕΡ 1 882 571/PT 3/4 auxiliar que fornece fluido pressurizado para a zona de assentamento cilíndrica (41), de modo a empurrar o êmbolo num sentido oposto em relação ao sentido de extracção.
- 12 - Matriz da reivindicação 8, caracterizada por as zonas de assentamento cilíndricas (41) de todos os meios para activação dos corpos de válvula (7) estarem ligadas de modo hidráulico através da mesma conduta de transporte (8) do fluido pressurizado.
- 13 - Matriz da reivindicação 8, caracterizada por as zonas de assentamento cilíndricas (41) dos meios para activar os corpos de válvula (7) estarem hidraulicamente ligadas a uma pluralidade de condutas independentes (8) para transportar o fluido pressurizado.
- 14 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por cada casquilho rígido (5, 5") ser inserido num respectivo orifício de passagem na membrana elástica (6, 6'. 6"), e exibir um canal circunferencial (51, 51 ") pelo qual o mesmo acopla com uma nervura (60, 60', 60") da membrana elástica (6, 6', 6"), nervura (60, 60', 60") essa que se projecta a partir de uma parede interna do orifício de passagem.
- 15 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por uma extremidade do casquilho rígido (5, 5") estar em linha com uma superfície activa da membrana elástica (6, 6', 6").
- 16 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por o corpo de metal (2) exibir uma zona baixa (23) conformada numa vista planificada como uma grelha, na qual uma grelha (3) de uma forma adequada está alojada, grelha (3) essa que é mais rígida do que a membrana elástica (6) e está interposta entre a membrana elástica (6) e a câmara de fluido incompressível, sendo cada zona de fixação (25) da membrana elástica (6) ao corpo de metal (2) definida no interior de um elo de ligação da zona baixa conformada em grelha (23).
- 17 - Matriz da reivindicação 16, caracterizada por a face da membrana elástica (6) que está perto da grelha (3) exibir uma grelha em relevo que se insere de modo aconchegado na zona baixa (23) do corpo de metal (2). ΕΡ 1 882 571/ΡΤ 4/4
- 18 - Matriz da reivindicação 16, caracterizada por a grelha (3) ser fortemente agarrada na membrana elástica (6, 6 ' , 6").
- 19 - Matriz da reivindicação 16, caracterizada por a grelha (3) ser feita de um material elastomérico.
- 20 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por cada uma das zonas de fixação compreender uma cavidade ranhurada (28) proporcionada no corpo de metal (2), na qual uma protuberância correspondente em relevo da membrana elástica (6') está acoplada de modo aconchegado.
- 21 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por cada uma das zonas de fixação estar delimitada por um respectivo canal anular (290) proporcionado no corpo de metal (2), canal anular (290) no qual está acoplada de modo aconchegado uma respectiva nervura anular em relevo da membrana elástica (6") .
- 22 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por o sistema de conduta de descarga (9) estar ligado a um dispositivo de aspiração, o qual aspira qualquer material cerâmico possivelmente presente nas condutas de descarga (9).
- 23 - Matriz da reivindicação 1, caracterizada por o sistema de conduta de descarga (9) estar ligado a um dispositivo soprador, o qual injecta ar pressurizado no interior das condutas de descarga (9). Lisboa, 2012-11-02
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