PT1724226E

PT1724226E - Instalação de ascensor

Info

Publication number: PT1724226E
Application number: PT06118333T
Authority: PT
Inventors: Ernst Ach
Original assignee: Inventio Ag
Priority date: 2004-01-06
Filing date: 2004-12-27
Publication date: 2010-05-21
Also published as: EP1724226A1; EP1555234B1; PL1724226T3; US8550216B2; ATE325771T1; EP1724226B1; CY1110542T1; EP1706346B1; CA2552202C; EP1706346A1; US20090166132A1; JP4896738B2; JP2007517747A; ATE458692T1; DK1555234T3; DE502004010825D1; ZA200606452B; DK1724226T3; US7757817B2; NZ548565A

Description

DESCRIÇÃO "INSTALAÇÃO DE ASCENSOR" 0 objecto da invenção consiste numa instalação de ascensor tal como definido nas reivindicações.

As instalações de ascensor em conformidade com o tipo de acordo com a invenção apresentam, habitualmente, uma cabine de ascensor e um contrapeso, deslocáveis numa caixa do ascensor ou ao longo de dispositivos de guiamento sem apoio. De modo a gerar o deslocamento, a instalação do ascensor apresenta, pelo menos, um gerador de força motriz, com pelo menos, respectivamente uma polia motriz que, através de meios de suporte e/ou de accionamento, sustentam a cabine de ascensor e o contrapeso, transferindo para estes as forças de accionamento necessárias.

Por exemplo, no documento EP-A-1396458 está publicitada uma instalação de ascensor, de acordo com o conceito genérico da reivindicação 1.

Em seguida, por razões de simplificação, os meios de suporte e/ou de accionamento passarão a ser denominados, somente, meios de suporte. A partir do documento WO 03/043926 é conhecido um sistema de ascensor, sem a casa das máquinas, no qual, como meio de suporte, para a cabine de ascensor são utilizadas correias nervuradas trapezoidais. Estas compreendem um sistema de correias cujas correias de forma plana são produzidas a partir 1 de um material elástico (borracha, elastómeros), sistema esse que, sobre a sua superfície de rolamento voltada para a polia motriz, apresenta várias nervuras que se prolongam no sentido longitudinal das correias. Estas nervuras interagem com ranhuras que lhes estão moldadas complementarmente, na periferia de polias motrizes ou de desvio (designadas, em seguida, como polias de correia) , por um lado, de modo a guiar a correia nervurada trapezoidal sobre as polias de correia e, por outro, de modo a aumentar a capacidade de tracção entre a polia motriz e o meio de suporte. As nervuras e as ranhuras têm secções transversais triangulares ou trapezoidais, isto é, cuneiformes. Nos sistemas de correias das correias nervuradas trapezoidais estão incorporados suportes de tracção, constituídos por cordões metálicos ou não metálicos e orientados no sentido longitudinal das correias, proporcionando, ao meio de suporte, a imprescindível resistência à tracção e rigidez longitudinal.

As correias nervuradas trapezoidais conhecidas a partir do documento WO 03/043926 apresentam determinadas desvantagens, isto é, elas não se adequam, de um modo ideal, aos requisitos implícitos de um meio de suporte destinado a cabines de ascensores. Um meio de suporte deste tipo deverá apresentar uma elevada capacidade de carga e uma reduzida elasticidade longitudinal, com as medidas mais pequenas possíveis e um peso líquido mais reduzido possível, podendo ser guiado, neste caso, por meio de polias motrizes ou de desvio, com os diâmetros mais reduzidos possíveis.

As correias nervuradas trapezoidais utilizadas como meio de suporte, de acordo com o documento WO 03/043926, revelam, em relação às secções transversais dos suportes de tracção, secções transversais, dos sistemas de correias, relativamente grandes, 2 isto é, a espessura dos sistemas de correias é grande em relação aos diâmetros dos suportes de tracção e as zonas limítrofes dos sistemas de correias, voltadas para as polias e para os rolos, em particular, os topos das nervuras cuneiformes estão relativamente afastados dos suportes de tracção. No caso da secção transversal dos suportes de tracção e decorrente da força de tracção necessária, isto significa, por um lado, que as correias nervuradas trapezoidais publicitadas apresentam uma quantidade de material superior à indispensável para o sistema de correias, tornando-se, por conseguinte, demasiado pesadas e dispendiosas. Por outro lado, o material do sistema de correias relativamente elevado, no sentido da flexão, é de forma desnecessária intensamente esforçado pelas tensões alternadas de flexão, quando o meio de suporte circunda uma polia motriz ou uma polia de desvio, de diâmetro reduzido, facto este que pode conduzir à formação de fissuras e a uma falha precipitada do meio de suporte. As zonas do sistema de correias muito afastadas dos suportes de tracção, isto é, os topos das nervuras cuneiformes estão particularmente expostas a fortes tensões alternadas de flexão. 0 objectivo subjacente à presente invenção consiste em conceber uma instalação de ascensor, do género referido inicialmente, em que não se verifiquem as desvantagens referidas, isto é, em que a instalação de ascensor compreenda um meio de suporte em forma de correia plana, com nervuras, que apresente as medidas e o peso mínimos, quando utilizados os diâmetros mínimos das polias de correia e determinada, previamente, a capacidade de carga, sendo que os suportes de tracção e o sistema de correias estão expostos às cargas mais reduzidas possíveis, garantindo um tempo de vida útil ideal para o meio de suporte. 3

Este objectivo é solucionado, de acordo com a invenção, através das medidas e caracteristicas enunciadas na reivindicação 1. A solução proposta constitui-se, essencialmente, pelo facto de, na instalação de ascensor, ser utilizado um meio de suporte, em forma de correia plana, que, sobre pelo menos uma superfície de rolamento voltada para a polia motriz, compreende várias nervuras que se prolongam paralelamente no sentido longitudinal das correias, sendo que, por cada nervura, existem pelo menos dois suportes de tracção orientados no sentido longitudinal das correias e que a soma das áreas de secção transversal de todos os suportes de tracção comporta entre 30% e 40% do total da área de secção transversal, do meio de suporte. Para a determinação da área de secção transversal, total, pertencente aos suportes de tracção, dever-se-á ter em consideração a secção transversal definida através dos seus diâmetros exteriores.

Devido à distribuição da carga, por cada nervura, sobre dois suportes de tracção (com a secção transversal requerida) é conseguido que os meios de tracção estejam expostos a tensões alternadas de flexão mais reduzidas, quando o meio de suporte se desloca por meio de polias de correia, como se por cada nervura fosse utilizado um único suporte de tracção, com um diâmetro correspondentemente superior.

Mediante a relação indicada, entre a soma das áreas de secção transversal de todos os suportes de tracção e a soma da área de secção transversal do meio de suporte, é definido um meio de suporte que apresenta medidas e quantidades de material reduzidas, de um modo ideal. As medidas reduzidas ideais também têm como consequência, respectivamente, reduzidas tensões 4 alternadas de flexão, no material do sistema de correias. Por conseguinte, para o fabrico do sistema de correias podem ser seleccionados materiais (borracha, elastómeros) que apresentem uma solicitação à flexão permissível mais reduzida, embora suportem pressões superficiais mais elevadas, entre os suportes de tracção e o sistema de correias.

As configurações e aperfeiçoamentos vantajosos, da invenção, decorrem das reivindicações independentes 2 a 7.

De acordo com uma configuração preferida, da invenção, no meio de suporte, são utilizados suportes de tracção com secção transversal essencialmente circular cujo diâmetro exterior comporta, pelo menos, 30%, de um modo preferido, entre 35% e 40% do afastamento das nervuras. Entende-se por afastamento da nervura, o afastamento existente entre as nervuras contíguas de um meio de suporte e que, normalmente, é idêntico entre todas as nervuras de um determinado meio de suporte. No caso de um meio de suporte configurado, de acordo com esta regra, fica assegurado que as forças a serem transferidas a partir dos suportes de tracção, por meio do sistema de correias, para uma polia motriz ou para uma polia de desvio, sejam distribuídas, de um modo ideal, no sistema de correias e que as pressões superficiais emergentes, entre os suportes de tracção e o sistema de correias, sejam, de um modo ideal, mínimas. Desta maneira, é minimizado o risco de um suporte de tracção poder rasgar o sistema de correias.

As nervuras apresentam, vantajosamente, uma secção transversal cuneiforme, com um ângulo de flanco entre 60° e 120°, sendo preferida a faixa entre 80° e 100°. Como ângulo de flanco é designado o ângulo existente entre as duas superfícies 5 laterais (flancos) de uma nervura cuneiforme. Mediante os ângulos de flanco, entre 60° e 120°, é assegurado, por um lado, que, durante o percurso do meio de suporte através das polias de correia, não ocorra qualquer aperto, entre as nervuras e as ranhuras, das polias de correia, que lhes estão moldadas complementarmente. Deste modo são reduzidos os ruídos de deslocamento, bem como a estimulação de vibrações da correia nervurada trapezoidal. Por outro lado, graças a ângulos de flanco, deste tipo, é possível conseguir um guiamento suficiente do meio de suporte, sobre as polias de correia, guiamento este que impede um desvio lateral do meio de suporte em relação às polias de correia.

Uma distribuição ideal das forças introduzidas pelo sistema de correias nos suportes de tracção é conseguida entre outros, pelo facto de os afastamentos entre os centros de suportes de tracção, atribuídos a uma determinada nervura, serem, no máximo, 20% mais pequenos do que os afastamentos entre os centros de suportes de tracção contíguos que estão atribuídos a nervuras situadas, umas ao lado das outras.

As medidas e pesos reduzidos ideais, do meio de suporte, podem ser conseguidos quando o afastamento mínimo do contorno exterior de um suporte de tracção, em relação a uma superfície de uma nervura, comporta, no máximo, 20% da espessura total do meio de suporte. Como espessura total deverá entender-se a totalidade de espessura do sistema de correias, com as ranhuras.

De acordo com a invenção, os suportes de tracção, associados a uma nervura, estão dispostos de modo a que, respectivamente, um suporte de tracção exterior se situe, significativamente, na zona da projecção perpendicular de cada 6 um dos flancos da nervura cuneiforme. Designa-se como projecção perpendicular, uma projecção direccionada verticalmente sobre o plano do lado raso do meio de suporte e por "significativamente" deverá entender-se que pelo menos 90% da área de secção transversal do respectivo suporte de tracção se situa no interior da projecção referida.

Numa forma de realização particularmente vantajosa, cada suporte de tracção exterior está disposto, inteiramente, na zona da projecção (P) perpendicular de cada um dos flancos pertencentes a uma nervura cuneiforme.

Com as duas disposições dos suportes de tracção, na zona dos flancos, definidas precedentemente, fica assegurado que, ao circundar uma polia de correia, nenhum suporte de tracção tenha de ser apoiado por aquele ponto do sistema de correias que apresenta o entalhe mais profundo que é formado pelas ranhuras situadas entre as nervuras.

De modo a obter um meio de suporte que, uma vez determinada a carga de tracção, apresente uma dilatação longitudinal reduzida, o mais possível, são utilizados suportes de tracção constituídos por cabos metálicos de aço que, em condições de carga idêntica, dilatam menos do que, por exemplo, suportes de tracção com idêntica secção transversal, constituídos por fibras sintéticas usuais.

Um meio de suporte, com raios de flexão particularmente reduzidos e que se adeqúe à utilização combinada com polias de correia, de diâmetro reduzido, pode ser conseguido, caso os cabos metálicos de aço apresentem um diâmetro exterior inferior a 2 mm e estejam entrançados a partir de vários cordões 7 no seu conjunto, mais de 50 fios metálicos, comportando, individuais.

Os exemplos de realização da invenção estão explicados com base nos desenhos, em anexo.

Mostram:

Fig, um corte paralelo em relação a uma fachada de cabine de ascensor, traçado através de uma instalação de ascensor, de acordo com a invenção.

Fig. 2 uma vista isométrica do lado da nervura de um meio de suporte, de acordo com a invenção, na forma de uma correia nervurada trapezoidal.

Fig. 3 um corte através de uma primeira correia nervurada trapezoidal que configura o meio de suporte da instalação de ascensor.

Fig. 4 um corte através de uma segunda correia nervurada trapezoidal que configura o meio de suporte da instalação de ascensor.

Fig.5 um corte transversal através de um suporte de tracçao de fio de aço da correia nervurada trapezoidal. A figura 1 mostra um corte através de um sistema de ascensor, de acordo com a invenção, instalado numa caixa do ascensor. No essencial, estão representados: - uma unidade 2 geradora de força motriz, fixada na caixa 1 do ascensor, com uma polia 4.1 motriz - uma cabine 3 de ascensor guiada em carris 5 de guia da cabine, com rodas 4.2 de suspensão, aplicadas abaixo do fundo 6 da cabine um contrapeso 8, com uma roda 4.3 de suspensão de contrapeso, guiado em carris 7 de guia de contrapeso - um meio de suporte configurado como correia 12 nervurada trapezoidal, destinando-se à cabine 3 de ascensor e ao contrapeso 8, meio de suporte esse que transfere a força motriz a partir da polia 4.1 motriz, da unidade 2 geradora de força motriz, para a cabine de ascensor e para o contrapeso. (Numa instalação de ascensor concreta, existem pelo menos duas correias nervuradas trapezoidais dispostas paralelas entre si). A correia 12 nervurada trapezoidal, que serve de meio de suporte, está fixada numa das suas extremidades, abaixo da polia 4.1 motriz, num primeiro ponto 10 de fixação do meio de suporte. A partir deste, ela projecta-se, descendo até à roda 4.3 de suspensão de contrapeso, enlaçando-a e prolongando-se a partir desta até à polia 4.1 motriz, enlaçando-a, igualmente, e descendo ao longo da parede da cabine, no lado do contrapeso, voltando a enlaçar, de ambos os lados da cabine de ascensor, 9 respectivamente em 90°, cada uma das rodas 4.2 de suspensão, aplicadas abaixo da cabine 3 de ascensor e continuando a projectar-se, em sentido ascendente, ao longo da parede da cabine, afastada do contrapeso 8, até um segundo ponto 11 de fixação do meio de suporte. O plano da polia 4.1 motriz está disposto em ângulo recto em relação à parede da cabine, no lado do contrapeso, e a sua projecção vertical situa-se fora da projecção vertical da cabine 3 de ascensor. Torna-se por isso importante que a polia 4.1 motriz apresente um diâmetro reduzido, para que o afastamento entre a parede da cabine, do lado esquerdo, e a parede da caixa 1 do ascensor, oposta àquela, possa ser o mais pequeno possível. Além disso, um diâmetro reduzido da polia motriz permite utilizar um motor de accionamento, sem engrenagem, com um binário de accionamento relativamente reduzido, enquanto unidade 2 geradora de força motriz.

Na sua periferia, a polia 4.1 motriz e a roda 4.3 de suspensão de contrapeso estão providas de ranhuras que estão amoldadas como complemento em relação às nervuras da correia 12 nervurada trapezoidal. Onde a correia 12 nervurada trapezoidal enlaça uma das polias 4.1 e 4.3 motrizes, as suas nervuras situam-se nas ranhuras, da polia de correia, correspondentes, facto pelo qual é assegurado um guiamento perfeito da correia nervurada trapezoidal, sobre estas polias de correia. Além disso, devido a um efeito de cunha que se produz entre as ranhuras da polia 4.1 de correia, que serve de polia motriz, e as nervuras da correia 12 nervurada trapezoidal, a capacidade de tracção é melhorada. 10

No caso do enlaçamento do meio de suporte, abaixo da cabine 3 de ascensor, não se verifica qualquer guiamento lateral, entre as rodas 4.2 de suspensão da cabine e as correias 12 nervuradas trapezoidais, uma vez que as nervuras da correia nervurada trapezoidal se situam no seu lado afastado das rodas 4.2 de suspensão da cabine. De modo a assegurar ainda assim o guiamento lateral da correia nervurada trapezoidal, estão aplicados, no fundo 6 da cabine, dois roletes 4.4 de guia providos de ranhuras as quais interagem com as nervuras da correia 12 nervurada trapezoidal, em jeito de guiamento lateral. A figura 2 mostra um recorte de uma correia 12.1 nervurada trapezoidal, servindo de meio de suporte, pertencente a uma instalação de ascensor, de acordo com a invenção. Podem reconhecer-se os sistemas 15.1 de correias, as nervuras 20.1 cuneiformes, bem como os suportes 22 de tracção incorporados no sistema de correias. A figura 3 mostra uma secção transversal através de uma correia 12.1 nervurada trapezoidal, de acordo com a presente invenção, compreendendo um sistema 15.1 de correias e vários suportes 22 de tracção nele incorporados. O sistema 15.1 de correias está fabricado a partir de um material elástico. Podem ser utilizadas, por exemplo, borracha natural ou uma multiplicidade de elastómeros sintéticos. O lado 17 plano do sistema 15.1 de correias pode estar provido de uma camada de revestimento adicional ou de um revestimento em tecido adaptado ao efeito. O lado de tracção do sistema 15.1 de correias, que interage, pelo menos, com a polia 4.1 motriz da unidade 2 geradora de força motriz, apresenta várias nervuras 20.1 cuneiformes que se prolongam no sentido longitudinal da correia 12.1 nervurada trapezoidal. Mediante linhas a tracejado está 11 indicada uma polia 4 de correia em cuja periferia, relativamente às nervuras 20.1 da correia 12.1 nervurada trapezoidal, estão engastadas ranhuras complementares. A cada uma das nervuras 20.1 cuneiformes da correia 12.1 nervurada trapezoidal estão atribuídos dois suportes 22 de tracção circulares, dimensionados de modo a poderem transferir, conjuntamente, as cargas das correias que sobrevêm, em cada nervura, na correia nervurada trapezoidal. No caso destas cargas das correias trata-se, por um lado, da transferência de puras forças de tracção, no sentido longitudinal das correias. Por outro lado, são transferidas forças, no sentido radial, para a polia de correia, através do sistema de correias, aquando do enlaçamento de uma polia 4.1 - 4.4 de correia pelos suportes de tracção. As secções transversais dos suportes 22 de tracção estão dimensionadas de modo a que estas forças radiais não rasguem o sistema 15.1 de correias. No caso do enlaçamento de uma polia de correia ocorrem, nos suportes de tracção, tensões de flexão adicionais em consequência da curvatura da correia nervurada trapezoidal assente sobre a polia de correia. De modo a manter tão reduzidas quanto possível estas tensões de flexão adicionais, nos suportes 22 de tracção, as forças a serem transferidas, a partir de cada nervura 20.1, são distribuídas por dois suportes de tracção, embora um único suporte de tracção, disposto no centro da nervura, pudesse possibilitar uma espessura total algo mais reduzida, da correia nervurada trapezoidal.

Em resultado de ensaios complexos, foi determinada uma disposição de sistemas 15.1 de correias e de suportes 22 de tracção que, no caso de um determinado diâmetro D de polia de correia, aproximadamente de 90 mm, de uma determinada carga de 12 tracção, e de um determinado esforço de flexão alternado dos suportes de tracção e do material do sistema de correias, resulta numa secção transversal total mais reduzida possível, com um peso, da correia nervurada trapezoidal, mais reduzido possível. Em relação a uma correia nervurada trapezoidal, com as características enunciadas, resultou, neste caso, como critério importante, o facto de a percentagem da área de secção transversal total de todos os suportes de tracção dever comportar, pelo menos, 25%, de um modo preferido, entre 30% e 40%, na área de secção transversal da correia nervurada trapezoidal. A correia nervurada trapezoidal, representada na figura 2, satisfaz este critério. Para a determinação da área de secção transversal total de todos os suportes de tracção deverá ser tida em consideração a secção transversal, dos cabos metálicos, definida através do diâmetro DA exterior, mostrado na figura 5.

No caso de uma correia 12.1 nervurada trapezoidal, com dois suportes de tracção, por cada nervura 20.1, as características acima referidas são obtidas de um modo particularmente ideal, caso o diâmetro exterior de um suporte de tracção comporte, pelo menos, 30% do afastamento de nervuras. Por afastamento de nervura é designado o afastamento T divisional e regular das nervuras. A figura 4 mostra uma variante 12.2 da correia nervurada trapezoidal na qual as nervuras 20.2 cuneiformes são mais largas do que as da variante 12.1 representada na figura 2 e apresentam respectivamente três suportes de tracção associados. Todas as outras características referidas no contexto da variante, de acordo com a figura 2, existem também nesta variante. Uma 13 correia nervurada trapezoidal, deste género, tem a vantagem de as polias 4.1, 4.3, 4.4 de correia correspondentes poderem ser fabricadas de um modo ligeiramente mais simples.

As correias nervuradas trapezoidais que servem de meio de suporte e que estão representadas nas figuras 3 e 4 apresentam, de um modo preferido, um ângulo β de flanco aproximadamente de 90°. É designado como ângulo de flanco, o ângulo existente entre os dois flancos de uma nervura cuneiforme do sistema de correias. Tal como já foi referido na descrição das vantagens, os ensaios levaram à conclusão que o ângulo de flanco tem uma influência decisiva sobre a produção de ruídos e a ocorrência de vibrações e que, para uma correia nervurada trapezoidal, prevista como meio de suporte do ascensor, podem ser empregues, de um modo ideal, ângulos β de flanco entre 80° e 100° e entre 60° e 120°.

Nas figuras 3 e 4 também é possível reconhecer que os afastamentos A, entre os centros dos suportes 22 de tracção atribuídos a uma determinada nervura, são ligeiramente menores do que os afastamentos B, entre os centros de suportes de tracção contíguos das nervuras situadas, umas ao lado das outras. Esta situação depende da manutenção de um afastamento mínimo necessário dos suportes 22 de tracção em relação aos rebordos das nervuras 20.1, 20.2. Uma vez que, nestes afastamentos, as diferenças são mantidas tão mínimas quanto possível, é assegurada uma distribuição homogénea das forças introduzidas pelo sistema de correias nos suportes de tracção. Afigurou-se como vantajoso o facto de, em comparação com os afastamentos B, os afastamentos A não serem mais pequenos que 14 20%. A partir das figuras 3 e 4 podem inferir-se, ainda, que as medidas e o peso reduzidos, da correia nervurada trapezoidal, são obtidos pelo facto de os afastamentos X, entre os contornos exteriores dos suportes de tracção e as superfícies das nervuras, estarem realizados de um modo tão reduzido quanto possível. Os ensaios em correias nervuradas trapezoidais nos quais se registaram características ideais, são aqueles em que estes afastamentos X comportam, no máximo, 20% da espessura s total do meio de suporte ou, no máximo, 17% do afastamento T divisional existente entre as nervuras 20.1, 20.2. Deverá entender-se por espessura s total, a espessura total do sistema 15.1, 15.2 de correias, com as nervuras 20.1, 20.2.

No que se refere às correias 12.1, 12.2 nervuradas trapezoidais, registam-se medidas particularmente reduzidas e boas características de percurso, quando os suportes 22 de tracção, atribuídos a uma nervura 20.1, 20.2, estão dispostos de modo a que cada um dos suportes de tracção exteriores se situe, significativamente ou completamente, na zona da projecção P perpendicular de cada um dos flancos da nervura 20.1, 20.2 cuneiforme. A figura 5 mostra, numa representação ampliada, uma secção transversal através de uma forma de realização preferida de um suporte 22 de tracção que se adequa excepcionalmente a uma correia nervurada trapezoidal a ser utilizada numa instalação de ascensor, de acordo com a invenção. O suporte 22 de tracção é um cabo metálico de aço constituído, no seu conjunto, por 75 fios 23 individuais de diâmetros extremamente reduzidos.

De modo a obter para o meio de suporte um longo tempo de vida útil, nas instalações de ascensores com polias de correia 15 de diâmetro reduzido, afigura-se essencialmente vantajoso que os cabos metálicos de aço, utilizados como suportes 22 de tracção, se constituam, pelo menos, por 50 fios individuais.

Lisboa, 13 de Maio de 2010 16

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Instalação de ascensor, com um gerador (2) de força motriz que acciona, por meio de uma polia (4.1) motriz, pelo menos, um meio (12.1) de suporte em forma de correia plana que sustenta uma cabine (3) de ascensor, sendo que, sobre pelo menos uma superfície de rolamento voltada para a polia (4.1) motriz, o meio de suporte apresenta várias nervuras (20.1; 20.2) que se prolongam paralelamente no sentido longitudinal do meio (12.1; 12.2) de suporte, com uma secção transversal cuneiforme, ou seja, trapezoidal, e vários suportes (22) de tracção orientados no sentido longitudinal do meio de suporte, sendo que cada uma das nervuras (20.1; 20.2) está atribuída rigorosamente a dois ou três suportes (22) de tracção e que a área de secção transversal total dos suportes (22) de tracção comporta entre 30% e 40% da área de secção transversal do meio (12.1, 12.2) de suporte, caracterizada por os suportes (22) de tracção estarem dispostos sobre a largura do meio (12.1; 12.2) de suporte e distribuídos de tal maneira que pelo menos 90% da área de secção transversal, de cada suporte de tracção, se situa na zona de uma projecção (P) perpendicular de um flanco das nervuras (20.1; 20.2) cuneiformes.
2. Instalação de ascensor, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por cada suporte (22) de tracção se situar inteiramente no interior da projecção (P) perpendicular de um flanco das nervuras (20.1; 20.2) cuneiformes. 1
3. Instalação de ascensor, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada por os afastamentos (A), entre os centros de dois suportes (22) de tracção atribuídos a uma das nervuras (20.1; 20.2), serem no máximo 20% mais pequenos do que os afastamentos (B) , entre os centros de suportes (22) de tracção contíguos que estão atribuídos a duas nervuras situadas uma ao lado da outra.
4. Instalação de ascensor, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por um diâmetro exterior de um suporte de tracção comportar pelo menos 30% de um afastamento (T) de nervuras.
5. Instalação de ascensor, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por as nervuras (20.1, 20.2) apresentarem uma secção transversal cuneiforme, com um ângulo (β) de flanco entre 60° e 120° . 6. Instalação de ascensor, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por um afastamento (X) mínimo, entre um contorno exterior de um suporte (22) i de tracção e uma superfície de uma nervura (20.1, 20 .2) , comportar, no máximo, 20% da espessura (s) total do meio (12.1, 12.2) de suporte. 7. Instalação de ascensor, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por os suportes (22 ) de tracção se constituírem por cabos metálicos de aço, formados a partir de vários toros de corda entrançados que, no seu conjunto, comportam mais de 50 fios (23) individuais. Lisboa, 13 de Maio de 2010 2 1/2

Fig.2

20.1 15.1 2/2

Fig.4 Γ"*

Fig. 5