PT1667526E - Misturas fungicidas para o combate a agentes patogenicos do arroz. - Google Patents

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PT1667526E
PT1667526E PT04765157T PT04765157T PT1667526E PT 1667526 E PT1667526 E PT 1667526E PT 04765157 T PT04765157 T PT 04765157T PT 04765157 T PT04765157 T PT 04765157T PT 1667526 E PT1667526 E PT 1667526E
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Ulrich Schoefl
Thomas Grote
Jordi Tormo I Blasco
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Description

1
DESCRIÇÃO
"MISTURAS FUNGICIDAS PARA O COMBATE A AGENTES PATOGÉNICOS DO ARROZ" A presente invenção é relativa a misturas fungicidas, que contêm como componentes activos: 1) o derivados de triazolopirimidina com a fórmula I,
e 2) um derivado de ftalimida II escolhido do grupo a) captana com a fórmula lia
,M"SCCf3 0
O (I Ia) e b) folpete com a fórmula Ilb 2 Ο
N-SCCI Ο '3
numa quantidade de eficácia sinérgica.
Além disso, a invenção é relativa a um processo para o combate a agentes patogénicos do arroz, com misturas do composto I com os compostos II, e à utilização do composto I com os compostos II no fabrico deste tipo de misturas, assim como a meios contendo estas misturas. 0 composto I - 5-cloro-7-(4-metilpiperidin-l-il)-6-(2,4,6- trifluorofenil)-[1,2,4]triazolo(1,5-a)-pirimidina - o respectivo fabrico e a sua acção contra fungos nocivos são conhecidos da literatura (WO 98/46607).
Os derivados de ftalimida II - 2-triclorometilsulfanil-3a,4,7,7a-tetra-hidroisoindol-l,3-diona (lia, nome comum: captana) e 2-triclorometilsulfanil-isoindol-1,3-diona (Ilb; nome comum: folpete), o respectivo fabrico e a sua acção contra fungos nocivos são igualmente conhecidos da literatura (US 2 553 770; US 2 553 771; US 2 553 776) . Os derivados de ftalimida II estão há muito estabelecidos no mercado como fungicidas, principalmente contra os oomicetes.
As misturas de derivados de triazolopirimidina com captana encontram-se dum modo geral propostas no EP A 988 790. O composto I é abrangido pela exposição geral deste documento, não sendo, contudo, explicitamente referido. A 3 combinação do composto I com captana é assim nova. 0 folpete não se encontra mencionado no EP A 988 790.
As misturas sinérgicas descritas no EP A 988 790 são descritas como tendo eficácia fungicida contra diversas doenças nos cereais, fruta e legumes, em particular míldio no trigo e na cevada ou podridão cinzenta nas maçãs.
No entanto, a acção fungicida das misturas conhecidas não consegue ser sempre completamente satisfatória.
Relativamente a um combate altamente eficaz contra agentes patogénicos do arroz com as menores quantidades possíveis de aplicação, a presente invenção teve por objecto misturas que mostrassem uma melhor acção contra agentes patogénicos do arroz, com uma reduzida quantidade total de substâncias activas aplicadas.
Devido às condições especiais de cultura das plantas do arroz, há claramente exigências diferentes colocadas a um fungicida para o arroz do que aos fungicidas que são aplicados na cultura de cereais ou na cultura de fruta. Existem diferenças importantes nos métodos de aplicação: a par da aplicação sobre as folhas utilizada em muitos locais, na cultura moderna do arroz, o fungicida é usualmente aplicado directamente na sementeira, ou pouco depois desta, sobre o solo. O fungicida é absorvido pelas raízes das plantas e é transportado pela seiva até às partes da planta a serem protegidas. Em contrapartida, na cultura de cereais e da fruta, o fungicida é usualmente aplicado sobre as folhas ou sobre a fruta, pelo que a sistémica das substâncias activas desempenha um papel consideravelmente menor nestas culturas. 4
Também no caso do arroz, os agentes patogénicos típicos são diferentes daqueles dos cereais ou da fruta. 0 Pyricularia oryzae e o Corticium sasakii (sin. Rhizoctonia solani) são os agentes patogénicos das doenças mais significativas das plantas do arroz. 0 Rhizoctonia solani é o único agente patogénico significativo a nível agrícola dentro da subclasse Agaricomycetidae. Ao contrário da maior parte dos outros fungos, este fungo não ataca as plantas através de esporos, mas sim através de infecção por micélios.
Por estes motivos, os conhecimentos acerca da actividade fungicida no caso da cultura de cereais e da fruta não são transmissíveis às culturas do arroz.
Experiências práticas na agricultura mostraram que a utilização repetida e exclusiva de uma substância activa individual no combate a fungos nocivos, leva em muitos casos a uma rápida selecção destas estirpes de fungos que entretanto desenvolveram níveis de resistência natural ou adaptada à substância activa em causa. Um combate eficaz contra estes fungos com a substância activa em causa deixa então de ser possível.
De modo a reduzir o risco da selecção de estirpes de fungos resistentes, emprega-se de preferência hoje em dia misturas de diversas substâncias activas no combate a fungos nocivos. Através da combinação de substâncias activas com diversos mecanismos de acção, é possível garantir o êxito do combate durante um maior período de tempo.
Relativamente a uma gestão eficaz da resistência e a um combate eficaz a agentes patogénicos do arroz com as 5 menores quantidades de aplicação possíveis, a presente invenção teve por objecto misturas que mostrassem uma eficácia melhorada contra fungos nocivos, com uma reduzida quantidade total de substâncias activas aplicadas.
Em conformidade com isso, encontrou-se as misturas definidas no inicio. De forma surpreendente, descobriu-se que as misturas segundo a invenção do derivado de triazolopirimidina I com os derivados de ftalimida II apresentam uma acção consideravelmente maior contra os agentes patogénicos do arroz do que as misturas propostas no EP A 988 790 das triazolopirimidinas, semelhantes a nivel estrutural, A, ou B, com captana.
Além disso, descobriu-se que o combate aos fungos nocivos patogénicos do arroz é melhor com a aplicação em simultâneo, seja em separado ou em conjunto, do composto I e de um dos compostos II, ou com a aplicação dos compostos I e de um dos compostos II consecutivamente, do que com os compostos individualmente.
Em termos preferenciais, emprega-se na preparação das misturas as substâncias activas puras I e lia ou iib, às quais é possível adicionar por mistura, em função do necessário, outras substâncias activas contra fungos 6 nocivos ou contra outros parasitas, tais como insectos, aracnideos ou nemátodos, ou também substâncias activas herbicidas ou reguladoras do crescimento, ou então fertilizantes.
Outras substâncias activas no sentido anteriormente referido tratam-se sobretudo dos fungicidas escolhidos do seguinte grupo: acilalaninas como benalaxil, metalaxil, ofurace, oxadixil, derivados de amina como aldimorfe, dodemorfe, fenpropimorfe, fenpropidina, guazatina, iminooctadina, espiroxamina, tridemorfe, anilinopirimidinas como pirimetanil, mepanipirima ou ciprodinil, antibióticos como ciclo-heximida, griseofulvina, casugamicina, natamicina, polioxina ou estreptomicina, azóis como bitertanol, bromoconazol, ciproconazol, difenoconazóis, dinitroconazol, enilconazol, epoxiconazol, fenbuconazol, fluquinconazol, flusilazol, flutriafol, hexaconazol, imazalil, ipconazol, metconazol, miclobutanil, penconazol, como iprodiona, procimidona, vinclozolina, ditiocarbamatos como ferbame, nabame, manebe, mancozebe, metame, metirame, propinebe, propiconazol, simeconazol, triadimefona, triticonazol, dicarboximidas procloraze, tebuconazol, triadimenol, protioconazol, tetraconazol, triflumizol, miclozolina, 7 policarbamato, tirame, zirame, zinebe, compostos heterocíclicos como anilazina, benomil, boscalide, carbendazima, carboxina, oxicarboxina, ciazofamida, dazomete, ditianona, famoxadona, fenamidona, fenarimol, fuberidazol, flutolanil, furametpire, isoprotiolano, mepronil, nuarimol, picobenzamida, probenazol, proquinazida, pirifenox, piroquilona, quinoxifene, siltiofame, tiabendazol, tifluzamida, tiofanato-metilo, tiadinil, triciclazol, triforina, fungicidas de cobre como calda bordalesa, acetato de cobre, oxicloreto de cobre, sulfato de cobre alcalino, derivados de nitrofenilo, como binapacril, dinocape, dinobutona, nitroftal-isopropilo, fenilpirróis como fenpiclonil ou fludioxonil, enxofre, outros fungicidas como acibenzolar-S-metilo, bentiavalicarbe, carpropamida, clorotalonil, ciflufenamida, cimoxanil, diclomezina, diclocimete, dietofencarbe, edifenfos, etaboxame, fen-hexamida, acetato de fentina, fenoxanil, ferimzona, fluaziname, fosetil, fosetil-alumínio, iprovalicarbe, hexaclorobenzeno, metrafenona, pencicurona, propamocarbe, ftalida, tolclofos-metilo, quintozene, zoxamida, estrobilurinas como azoxistrobina, dimoxistrobina, fluoxastrobina, cresoxima-metilo, metominostrobina, orisastrobina, picoxistrobina, piraclostrobina ou trifloxistrobina, derivados do ácido sulfénico como captafol, diclofluanida, tolilfluanida, amidas do como ácido cinâmico e análogos, dimetomorfe, flumetover ou flumorfe.
Numa forma de execução das misturas segundo a invenção, adiciona-se por mistura, aos compostos I e II, outro fungicida III ou dois fungicidas III e IV.
As misturas dos compostos I e II com um componente III são preferidas. É dada especial preferência às misturas dos compostos I e lia ou Ilb.
As misturas dos compostos I e II, ou a utilização ao mesmo tempo, seja em conjunto ou em separado, dos compostos I e do composto II, distinguem-se por uma eficácia extraordinária contra os agentes patogénicos do arroz da classe dos ascomicetes, deuteromicetes e basidiomicetes. Podem ser empregues no tratamento de sementes e também como fungicidas das folhas e fungicidas do solo. Têm um especial significado no combate a fungos nocivos nas plantas do arroz e nas respectivas sementes, como as variedades Bipolaris e Dechslera, assim como Pyricularia oryzae. Adequam-se em particular ao combate à queima do arroz, causada pelo Pyricularia oryzae.
Além disso, a combinação em conformidade com a invenção dos compostos I e II adequa-se também ao combate a outros agentes patogénicos, como, por exemplo, as espécies Septoria e Puccinia nos cereais e as espécies Alternaria e Boytritis nos produtos hortícolas, fruta e vinha.
Podem ainda ser aplicadas na protecção dos materiais (por exemplo, na protecção da madeira) contra, por exemplo, o 9
Paecilomyces variotii. 0 composto I e o composto lia ou Ilb podem ser aplicados ao mesmo tempo, seja em conjunto ou em separado, ou então consecutivamente, não produzindo geralmente a sequência no caso da aplicação em separado qualquer efeito sobre o êxito do combate. 0 composto I e os compostos lia ou Ilb são usualmente aplicados numa relação de peso de 100 : 1 a 1 : 100, de preferência de 10 : 1 a 1 : 50, em particular de 5 : 1 a 1 : 20.
As quantidades de aplicação das misturas de acordo com a invenção encontram-se - consoante o tipo de composto e do efeito pretendido - entre 5 g/ha e 2 000 g/ha, de preferência entre 50 e 1 500 g/ha, em particular entre 50 e 1 000 g/ha.
As quantidades de aplicação do composto I encontram-se normalmente de forma correspondente entre 1 e 1 500 g/ha, de preferência entre 10 e 1 200 g/ha, em particular entre 20 e 900 g/ha.
As quantidades de aplicação dos compostos lia ou Ilb encontram-se de forma correspondente normalmente entre 1 e 2 000 g/ha, de preferência entre 10 e 1 500 g/ha, em particular entre 20 e 1 000 g/ha.
No tratamento das sementes, emprega-se dum modo geral quantidades de aplicação da mistura de 1 a 1 000 g/100 kg de semente, de preferência de 1 a 200 g/100 kg, em particular de 5 a 100 g/100 kg. 10
No combate a fungos nocivos patogénicos da plantas do arroz, a aplicação em separado ou em conjunto dos compostos I e dos compostos lia ou Ilb, ou das misturas do composto I e dos compostos lia ou Ilb, é feita por pulverização ou por polvilhamento das sementes, das plantas de semente, das plantas ou do solo, seja antes ou depois da sementeira das plantas, ou antes ou depois do crescimento das mesmas. Preferencialmente, a aplicação dos compostos é feita em conjunto ou em separado por pulverização das folhas. A aplicação dos compostos também pode ser feita recorrendo a granulados ou por polvilhamento do solo.
As misturas de acordo com a invenção, ou os compostos I e II, podem ser transformadas/os nas formulações usuais, tais como, por exemplo, soluções, emulsões, suspensões, pós, pós finos, pastas e granulados. A forma de aplicação depende do respectivo fim de utilização, devendo em todo o caso garantir uma distribuição fina e uniforme do composto segundo a invenção.
As formulações são produzidas de modo de si conhecido, através, por exemplo, de estiramento da substância activa com solventes e/ou substâncias de suporte, caso se pretenda mediante a utilização de emulsionantes e de dispersores. Os solventes/as substâncias auxiliares essencialmente considerados para esse fim são: água, solventes aromáticos (por exemplo, produtos Solvesso, xileno), parafinas (por exemplo, fracções de petróleo), álcoois (por exemplo, metanol, butanol, pentanol, álcool benzilico), cetonas (por exemplo, ciclo-hexanona, gama-butirolactona), pirrolidonas (NMP, NOP), acetatos (diacetato de glicol), glicóis, amidas de ácidos 11 dimetil-gordos, ácidos gordos e ésteres de ácidos gordos. Em principio, também se pode empregar misturas de solventes. substâncias de suporte, tais como farinhas de pedra naturais (por exemplo, caulina, aluminas, talco, giz) e farinhas de pedra sintéticas (por exemplo, ácido silicico de elevada dispersão, silicatos); emulsionantes como os emulsionantes não ionogénicos e aniónicos (por exemplo, éteres de álcoois gordos-polioxietileno, sulfonatos de alquilo e sulfonatos de arilo), e dispersores como lixívias de ligninossulfito e celulose de metilo.
As substâncias de actividade superficial tratam-se de sais alcalinos, alcalino-terrosos ou de amónio de ácido ligninossulfónico, ácido naftalinossulfónico, ácido fenolsulfónico, ácido dibutilnaftalinossulfónico, sulfonatos de alquilarilo, sulfatos de alquilo, sulfonatos de alquilo, sulfatos de álcoois gordos, ácidos gordos e éteres glicólicos de álcoois gordos sulfatados, e ainda os produtos de condensação da naftalina sulfonada e os derivados de naftalina com formaldeído, os produtos de condensação da naftalina ou do ácido naftalinossulfónico com fenol e formaldeído, éter polioxietilenooctilfenólico; isooctilfenol, octilfenol ou nonilfenol etoxilado, éter alquilfenolpoliglicólico, éter tributilfenilpoliglicólico, éter triesterilfenilpoliglicólico, álcoois de poliéter alquilarílico, condensados de óxido de etileno de álcoois gordos e de álcoois, óleo de rícino etoxilado, éter polioxietilenoalquílico, polioxipropileno etoxilado, acetal de éter poliglicólico do álcool laurílico, ésteres de sorbitol, lixívias de ligninossulfito ou celulose de metilo. 12
Para o fabrico de emulsões, pastas, dispersões oleicas ou soluções directamente pulverizáveis, entram em linha de conta fracções de óleo mineral com um ponto de ebulição de médio a elevado, como o querosene ou o óleo Diesel, ainda óleos de alcatrão de hulha, assim como óleos de origem animal ou vegetal, hidrocarbonetos alifáticos, cíclicos e aromáticos, tais como, por exemplo, tolueno, xileno, parafina, tetra-hidronaftalina, naftalinas alquiladas ou os respectivos derivados, metanol, etanol, propanol, butanol, ciclo-hexanol, ciclo-hexanona, isoforona, solventes fortemente polares, como, por exemplo, sulfóxido de dimetilo, N-metilpirrolidona ou água.
Os pós, os meios de espalhamento e os meios de polvilhamento podem ser produzidos por meio de mistura ou de moagem conjunta das substâncias activas com uma substância de suporte sólida.
Os granulados, por exemplo, os granulados de revestimento, de impregnação ou de homogeneização, podem ser produzidos pela ligação das substâncias activas a substâncias de suporte sólidas. As substâncias de suporte sólidas são, por exemplo, terras minerais como géis de sílica, silicatos, talco, caulina, attaclay, pedra calcária, calcário, giz, bolus, loesse, argila, dolomita, diatomito, sulfato de cálcio e sulfato de magnésio, óxido de magnésio, plásticos moídos; assim como fertilizantes, tais como, por exemplo, sulfato de amónio, fosfato de amónio, nitrato de amónio, ureias e produtos vegetais como farinha de cereais, farinha de casca de árvore, serradura e farinha de casca de noz, pós de celulose e outras substâncias de suporte sólidas.
Geralmente, as formulações contêm entre 0,01 e 95% em peso, 13 de preferência entre 0,1 e 90% em peso, das substâncias activas. Neste caso, as substâncias activas são empregues com uma pureza de 90% a 100%, de preferência de 95% a 100% (de acordo com o espectro NMR).
Os exemplos de formulações são: 1. Produtos para a diluição em água Ά) Concentrados hidrossolúveis (SL) 10 partes de peso das substâncias activas são dissolvidas em água ou num solvente hidrossolúvel. Em alternativa, junta-se reticulantes ou outras substâncias auxiliares. A substância activa dissolve-se aquando da diluição em água. B) Concentrados dispersáveis (DC)
Dissolve-se 20 partes de peso das substâncias activas em ciclo-hexanona, mediante a adição de um dispersor, por exemplo, polivinilpirrolidona. Surge uma dispersão aquando da diluição em água. C) Concentrados emulsionáveis (EC)
Dissolve-se 15 partes de peso das substâncias activas em xileno, mediante a adição de sulfonato de dodecilbenzeno-Ca e etoxilato de óleo de ricino (5%, respectivamente). Surge uma emulsão aquando da diluição em água. D) Emulsões (EW, EO)
Dissolve-se 40 partes de peso das substâncias activas em xileno, mediante a adição de sulfonato de dodecilbenzeno-Ca e etoxilato de óleo de ricino (5%, respectivamente). Esta mistura é deitada em água recorrendo a uma máquina de emulsionamento (Ultraturax) e é transformada numa emulsão 14 homogénea. Surge uma emulsão aquando da diluição em água. E) Suspensões (SC, OD) 20 partes de peso das substâncias activas são fragmentadas mediante a adição de dispersores e de reticulantes, e de água ou de um solvente orgânico, num moinho de esferas agitador, passando a uma suspensão fina de substâncias activas. Surge uma suspensão estável da substância activa aquando da diluição em água. F) Granulados dispersáveis na água e hidrossolúveis (WG, SG) 50 partes de peso das substâncias activas são finamente moidas mediante a adição de dispersores e de reticulantes, e são produzidas na forma de granulados dispersáveis na água ou hidrossolúveis, por meio de equipamentos técnicos (por exemplo, extrusão, torre de pulverização, leito fluidizado). Aquando da diluição em água, surge uma solução ou uma dispersão estável da substância activa. G) Pós dispersáveis na água e hidrossolúveis (WP, SP) 75 partes de peso das substâncias activas são moidas mediante a adição de dispersores e de reticulantes e de gel de ácido silicico, num moinho de rotor-estator. Aquando da diluição em água, surge uma solução ou uma dispersão estável da substância activa. 2. Produtos destinados à aplicação directa H) Pós finos (DP) 5 partes de peso das substâncias activas são finamente moidas e misturadas de forma intima com 95% de caulina fina. Obtém-se assim um meio de polvilhamento. 15 I) Granulados (GR, FG, GG, MG) 0,5 partes de peso das substâncias activas são finamente moídas e ligadas a 95,5% de substâncias de suporte. Os processos correntes são neste caso a extrusão, a absorção de líquido pulverizado ou o leito fluidizado. Obtém-se assim um granulado destinado à aplicação directa. J) Soluções ULV (UL) 10 partes de peso das substâncias activas são dissolvidas num solvente orgânico, como, por exemplo, o xileno. Deste modo, obtém-se um produto destinado à aplicação directa.
As substâncias activas podem ser aplicadas como tais ou na forma das respectivas formulações ou nas formas de aplicação preparadas a partir daí, como, por exemplo, na forma de pós, suspensões, dispersões ou soluções directamente pulverizáveis, emulsões, dispersões oleicas, pastas, meios de espalhamento, meios de polvilhamento, granulados; por meio de pulverização, atomização, espalhamento, polvilhamento ou rega. As formas de aplicação dependem totalmente dos fins de utilização. Em todo o caso, deverão garantir uma distribuição o mais fina possível das substância activas segundo a invenção.
As formas de aplicação aquosas podem ser preparadas a partir de concentrados de emulsão, de pastas ou de pós reticuláveis (pós de pulverização, dispersões oleicas), através da adição de água. Para o fabrico de emulsões, pastas ou dispersões oleicas, as substâncias podem ser homogeneizadas como tal ou dissolvidas num óleo ou solvente, por meio de reticulantes, adesivantes, dispersores ou emulsionantes em água. No entanto, também é possível produzir concentrados, que são compostos por 16 substância activa, reticulantes, adesivantes, dispersores ou emulsionantes e, eventualmente, solvente ou óleo; concentrados esses que são adequados à diluição com água.
As concentrações de substâncias activas nas preparações prontas a aplicar podem variar dentro de valores amplos. Dum modo geral, encontram-se compreendidas entre 0,0001 e 10%, de preferência entre 0,01 e 1%.
As substâncias activas também podem ser empregues com bom êxito no processo de ultra-low-volume (ULV), onde é possivel aplicar formulações com mais de 95% em peso de substância activa ou até mesmo a substância activa sem aditivos. É possivel adicionar às substâncias activas óleos de diversos tipos, reticulantes, adjuvantes, herbicidas, fungicidas, outros pesticidas, bactericidas, eventualmente também apenas directamente antes da aplicação {tank mix) . Estes meios são habitualmente adicionados por mistura aos meios de acordo com a invenção, numa relação de peso de 1 : 10 a 10 : 1. A aplicação dos compostos I e II, ou das misturas ou das respectivas formulações, é feita pelo tratamento dos fungos nocivos, das plantas, das sementes, do solo, das áreas, dos materiais ou dos espaços a manter livres desses fungos, com uma quantidade de eficácia fungicida da mistura, ou dos compostos I e II no caso de aplicação em separado. A aplicação pode ser feita antes ou depois do ataque pelos fungos nocivos. A acção fungicida do composto e das misturas pode ser 17 mostrada pelas seguintes experiências:
As substâncias activas foram preparadas em separado ou em conjunto na forma de uma solução-mãe, com 0,25% em peso da substância activa em acetona ou DMSO. A esta solução foi adicionado 1% em peso do emulsionante Uniperol EL (reticulante com acção emulsionante e dispersora à base de alquilfenóis etoxilados), e diluiu-se com água em conformidade com a concentração pretendida.
Exemplo de aplicação - Eficácia protectora contra a queima do arroz originada pelo Pyricularia oryzae
As folhas de gérmens de arroz da variedade "Tai-Nong 67" criados em vasos, foram pulverizadas com uma suspensão aquosa com a concentração de substâncias activas abaixo indicada, até se atingir a molhagem por gotas. No dia seguinte, as plantas foram inoculadas com uma suspensão aquosa de esporos do Pyricularia oryzae. Em seguida, as plantas da experiência foram colocadas em câmaras climatizadas nos 22 - 24 °C e com 95 - 99% de humidade relativa do ar durante 6 dias. Depois, determinou-se visualmente a dimensão da evolução do ataque sobre as folhas .
Os valores determinados visualmente para a percentagem de áreas de folha atacadas foram convertidos em graus de acção na forma de % do controlo não tratado. O grau de acção (W) é calculado de acordo com a fórmula de Abbot como se segue: W * (1 - α/β}' 100 18 α corresponde ao ataque fúngico nas plantas tratadas em % e β corresponde ao ataque fúngico nas plantas (de controlo) não tratadas em %.
No caso de um grau de acção de 0, o ataque às plantas tratadas corresponde ao das plantas de controlo não tratadas. No caso de um grau de acção de 100, as plantas tratadas não apresentam qualquer ataque.
Os graus de acção a esperar por parte das combinações de substâncias activas, foram determinados segundo a fórmula de Colby (Colby, S. R., "Calculating synergistic and antagonistic responses of herbicide Combinations", Weeds, 15, pág. 20 - 22, 1967) e são comparados com os graus de acção observados. Fórmula de Colby: E-x + y-xy/100 E grau de acção a esperar, expresso em % do controlo não tratado, no caso do emprego da mistura das substâncias activas A e B nas concentrações a e b, x grau de acção, expresso em % do controlo não tratado, no caso do emprego da substância activa A na concentração a, y grau de acção, expresso em % do controlo não tratado, no caso do emprego da substância activa B na concentração b. 19
Como compostos comparativos, utilizou-se os compostos A e B conhecidos das misturas de captana descritas no EP A 988 790:
Tabela A - Substâncias activas individuais
Exemplo Substância activa Concentração de substâncias activas no licor de pulverização [ppm] Grau de acção em % do controlo não tratado 1 - Controlo (não tratado) (ataque de 76%) 2 I 63 48 16 21 3 lia (captana) 63 35 16 0 4 Ilb (folpete) 63 8 16 0 5 Comparação A 63 61 16 35 6 Comparação B 63 61 16 48
Tabela B - Misturas em conformidade com a invenção
Exemplo Concentração da mistura de substâncias activas Relação da mistura Grau de acção observado Grau de acção calculado*) 7 I + lia 63 + 16 ppm 4 : 1 91 48 8 I + lia 16 + 63 ppm 1 : 4 87 49 9 I + Ilb 63 + 16 ppm 4 : 1 80 48 10 I + Ilb 16 + 63 ppm 1 : 4 74 28 *) grau de acção calculado de acordo ccm a fórmula de Colby 20
Tabela C - Experiências comparativas - combinações das substâncias activas conhecidas do EP A 988 790
Exemplo Concentração da mistura de substâncias activas Relação da mistura Grau de acção observado Grau de acção calculado*) 11 A + lia 63 + 16 ppm 4 : 1 61 61 12 A + lia 16 + 63 ppm 1 : 4 35 57 13 A + Ilb 63 + 16 ppm 4 : 1 48 61 14 A + Ilb 16 + 63 ppm 1 : 4 35 40 15 B + lia 63 + 16 ppm 4 : 1 48 61 16 B + lia 16 + 63 ppm 1 : 4 35 66 17 B + Ilb 63 + 16 ppm 4 : 1 48 61 18 B + Ilb 16 + 63 ppm 1 : 4 48 52 *) grau de acção calculado de acordo com a fórmula de Colby A partir dos resultados das experiências, depreende-se que as misturas segundo a invenção mostram, com quantidades de aplicação comparáveis, uma eficácia claramente maior do que as misturas de captana conhecidas do EP A 988 790, embora os compostos comparativos sejam relativamente mais eficazes no papel de substâncias activas individuais do que o composto I.
Lisboa, 9 de Abril de 2007

Claims (12)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Misturas fungicidas, que contêm: 1) o derivado de triazolopirimidina com a fórmula I,
2) um derivado de ftalimida II escolhido do grupo a) captana com a fórmula lia,
N“$ca lia 0 b) folpete com a fórmula Ilb,
N-SCCI, O Ilb numa quantidade de eficácia sinérgica. 2
2. Misturas fungicidas de acordo com a reivindicação 1, que contêm o composto com a fórmula I e os compostos com a fórmula II numa relação de peso de 100 : 1 a 1 : 100.
3. Misturas fungicidas de acordo com uma das reivindicações 1 e 2, que contêm captana com a fórmula lia como derivado de ftalimida, de acordo com a reivindicação 1.
4. Misturas fungicidas de acordo com uma das reivindicações 1 e 2, que contêm folpete com a fórmula Ilb como derivado de ftalimida, de acordo com a reivindicação 1.
5. Meio fungicida, que contém uma substância de suporte liquida ou sólida e uma mistura de acordo com uma das reivindicações 1 a 4.
6. Processo para combater fungos nocivos patogénicos do arroz, caracterizado pelo facto de tratar-se os fungos, o respectivo espaço vital ou as plantas, o solo ou as sementes a serem protegidos do ataque fúngico, com uma quantidade eficaz do composto I e de um dos compostos II, de acordo com a reivindicação 1.
7. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de aplicar-se os compostos I e II de acordo com a reivindicação 1 em simultâneo, seja em conjunto ou em separado, ou então consecutivamente.
8. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de aplicar-se a mistura de acordo com as 3 reivindicações 1 a 4 numa quantidade de 5 g/ha a 2 000 g/ha.
9. Processo de acordo com as reivindicações 6 e 7, caracterizado pelo facto de aplicar-se a mistura de acordo com as reivindicações 1 a 4, numa quantidade de 1 a 1 000 g/100 kg de semente.
10. Processo de acordo com as reivindicações 5 a 8, caracterizado pelo facto de combater-se o fungo nocivo Pyricularia oryzae.
11. Sementes que contêm a mistura de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, numa quantidade de 1 a 1 000 g/100 kg.
12. Utilização do composto I e do composto II de acordo com a reivindicação 1, no fabrico de um meio em conformidade com a reivindicação 5. Lisboa, 9 de Abril de 2007
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