PT1638853E

PT1638853E - Cápsula de garrafa com rosca melhorada

Info

Publication number: PT1638853E
Application number: PT04767424T
Authority: PT
Inventors: Jacques Granger; Jean-Marie Bourreau
Original assignee: Alcan Packaging Capsules
Priority date: 2003-06-24
Filing date: 2004-06-23
Publication date: 2008-02-06
Also published as: US7922018B2; FR2856663A1; EP1638853B1; ZA200600117B; MXPA05014093A; NZ544318A; RU2006101857A; PL1638853T3; ES2295918T3; DE602004009797T2; BRPI0411848A; RU2340524C2; FR2856663B1; AR044698A1; EP1638853A1; CA2528891A1; US20070095782A1; ATE376963T1; DE602004009797D1; CA2528891C

Description

DESCRIÇÃO

CÁPSULA DE GARRAFA COM ROSCA MELHORADA

Domínio da invenção A invenção diz respeito ao domínio das capsulas de garrafa metálicas com inserção de matéria plástica normalmente destinadas à rolhagem de garrafas com rosca.

Estado da técnica

Conhece-se desde jã um certo número de cápsulas de garrafa com casquilhos metálicos e com inserção de matéria plástica, permitindo o casquilho metálico o fecho da garafa por engaste da cápsula no anel de vidro roscado, e assegurando a inserção roscada a função de abertura/fecho da cápsula pelo enroscar/desenroscar da cápsula, assim como a impermeabilidade da rolhagem estanque.

Assim, entre as patentes em nome do requerente, podemos citar: a patente francesa N°2763046 que divulga um meio para solidarizar a inserção ao casquilho metálico; a patente francesa N°2792617 que divulga cápsulas de garrafa compósitas em que o aspecto da cápsula pode ser modificado conservando uma mesma inserção e portanto sem ter de modificar as funções técnicas da cápsula; a patente francesa N°2793216 que divulga cápsulas de garrafa compósitas com uma junta que é referida, de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1,- 1 a patente francesa N°2803827 que divulga cápsulas de garrafa cora uma inserção de pequena espessura.

Problemas colocados

As exigências e os problemas colocados pelas cápsulas de garrafa do estado da técnica são de vários tipos: por um lado, importa que as cápsulas de garrafa apresentem a impermeabilidade requerida, e em particular uma impermeabilidade muito elevada no caso do condicionamento de vinho branco; por outro lado, importa igualmente que esta impermeabilidade seja obtida sem que para isso seja necessário um esforço para enroscar/desenroscar elevado, na medida em que convém poder desenroscar à mão as cápsulas de garrafa, nomeadamente quando de uma primeira abertura, e isto, evidentemente, sem ter de utilizar qualquer ferramenta; finalmente, importa que os valores de impermeabilidade e de esforço para enroscar/desenroscar possam ser obtidos nas condições industriais de aplicação de cápsulas a cadência elevada e sem recusa significativa, ou seja, aceitando tolerâncias relativamente grandes nas dimensões exactas das garrafas de vidro a fechar com cápsula. A invenção tem por objecto a realização de uma cápsula de garrafa que responda a este triplo objectivo.

Descrição da invenção 2 A invenção tem por objecto uma cápsula de garrafa roscada com as caracteristicas da reivindicação 1.

Com efeito, o requerente tinha observado anteriormente que vários problemas encontrados na aplicação de cápsulas utilizando as cápsulas do estado da técnica surgiam, nomeadamente, quer de ligeiras variações de altura das garrafas quando da aplicação das cápsulas, quer ainda por uma ligeira diferença na distância axial entre a cápsula e o topo da garrafa devida nomeadamente à folga normal dos dispositivos das cápsulas, o que arrasta uma variação da compressão axial da junta sobre o topo do gargalo, e como consequência uma impermeabilidade variável, bem como um esforço para enroscar variável.

Assim, no seguimento das suas observações, o requerente construiu uma cápsula na qual a junta referida é comprimida radialmente, e pôde observar e verificar, na linha industrial de colocação das cápsulas, por um lado, que uma maior tolerância relativamente â posição axial da cápsula no que se refere ao topo do gargalo era possivel, obtendo-se no entanto a impermeabilidade desejada, e, por outro lado, que, não tendo necessidade de comprimir a junta axialmente, se verificava então que o esforço para enroscar/desenroscar era sensivelmente constante e situado na faixa de valores habitual.

Além disso, tendo em conta nomeadamente esta maior tolerância, a utilização desta cápsula permitiu aumentar as cadências de colocação das cápsulas.

De acordo com a invenção, chama-se compressão radial uma compressão que compreende um componente radial preponderante, o que supõe um esforço de compressão que se exerce numa direcção de compressão que faça com a vertical um ângulo superior a 45°, sendo o ângulo de 90° no caso de 3 compressão radial pura e de 0o no caso de compressão axial pura.

Descrição das figuras

Todas as figuras são relativas à invenção. A figura la é uma vista de um corte axial de uma inserção 3 sem a respectiva junta 4. A figura lb é uma vista ampliada de uma parte da inserção da figura la {parte superior à esquerda). A figura lc é uma vista em perspectiva de topo de uma inserção 3 lateral e superior, em escala reduzida relativamente à inserção da figura la. A figura ld, análoga à figura la, representa uma inserção 3, estando a junta 4 presente e solidarizada com a inserção por meio de uma multiplicidade de entalhes ou esporões 34, normalmente três entalhes separados de 120°. A figura 2a é um corte axial parcial esquerdo de uma inserção 3 com a respectiva junta 4, estando a junta 4 solidarizada com a inserção por intermédio da rosca 33 interior. A figura 2b é um corte axial parcial direito da inserção 3 da figura 2a enroscada num gargalo 5 - não estando o casquilho 2 metálico da cápsula 1 representado. A figura 2c é uma vista ampliada, em corte axial parcial direito, de uma cápsula 1 roscada num gargalo 5 mostrando a compressão 6 radial da orla 41 periférica da junta 4 contra a parte 51 superior vertical do gargalo 5 4 pela lingueta 32 circular, no caso em que a cápsula 1 está a uma distância HO axial do topo 50 do gargalo 5.

As figuras 3a e 3b são análogas â figura 2c.

Na figura 3a, a cápsula 1 está a uma distância axial Hl maior que HO do topo 50 do gargalo 5, sem que isto modifique a altura RI da zona 60 de cobertura.

Na figura 3b, a cápsula 1 está a uma distância axial H2 menor que HO do topo 50 do gargalo 5, sem que isto modifique a altura RI da zona 60 de cobertura.

Na figura 4a, análoga à figura 2c, o casquilho 2 metálico apresenta, na junção entre a cabeça 20 exterior e a saia 21 exterior, um raio RC1 de curvatura inferior ao raio RC2 do casquilho 2 metálico da figura 2c ou da figura 4b, sendo a inserção 3 a mesma em ambos os casos.

De acordo com a figura 4b, a cápsula 1 está solidarizada com um dispositivo 7 para verter, cuja parte 71 superior inclinada está rebatida sobre o topo 50 do gargalo. A figura 5a representa em corte coaxial, a solidarização reversível do dispositivo 7 para verter com a parte 4 0 central da junta 4, graças a uma peça 8 de suporte, compreendendo o dispositivo para verter uma multiplicidade de braços 73 de solidarização funcionando de forma reversível com a.referida peça 8 de suporte fixada â parte 40 central da junta 4. A figura 5b representa em corte axial o dispositivo 7 para verter solidarizado com o gargalo 5 após a cápsula 1 ser desenroscada. 5 A figura 5c é uma vista parcial num plano horizontal dos braços 73 de solidarização do dispositivo 7 para verter funcionando com a cabeça 82 da peça 8 de suporte. A figura 6 é uma vista em corte axial de uma cápsula 1 representada enroscada num gargalo 5 em vista lateral.

Na parte esquerda da figura, a cápsula 1 está representada enroscada e não embutida, e na parte direita, a cápsula 1 está representada embutida, tendo uma porção 21 da saia exterior sido empurrada durante a colocação da cápsula na parte 53 reentrante do gargalo 5. A figura 7a é uma vista esquemática, em corte axial, de uma compressão 6 radial da junta 4 contra o gargalo 5.

As figuras 7b e 7c são vistas esquemáticas parciais, em corte axial, ilustrando o caso em que a inserção assegura a fixação da cápsula 1 ao gargalo 5 graças a uma multiplicidade de ganchos 371 de uma parte inferior 37 que funciona com a parte 53 reentrante do gargalo 5, e compreende um meio para detectar uma primeira abertura, graças a uma linha 36 de enfraquecimento, constituída por uma multiplicidade de pontes ligando a parte 37 inferior ao resto da inserção 3. A figura 7b corresponde â cápsula 1 enroscada antes da primeira abertura, enquanto que a figura 7c ilustra a separação da referida parte 37 inferior em seguida a uma primeira abertura que tenha arrastado a rotura das pontes da linha 36 de enfraquecimento.

Descrição pormenorizada da invenção 6

De acordo cora a invenção e de forma a construir o referido meio 6 de compressão radial: a) a referida saia 31 interior pode compreender uma lingueta 32 circular separada axialmente a uma distância hl da referida cabeça 30 interior que forma o fundo da referida inserção, indo a referida distância hl normalmente de 0,5 a 5 mm de maneira a formar uma garganta 35 em anel de altura axial, pelo menos, igual à espessura da referida junta 4, estando a referida garganta 35 em anel limitada na sua parte superior pela referida lingueta 32 e na sua parte inferior normalmente pela referida rosca 33, apresentando a referida lingueta 32 uma largura radial 1 que vai normalmente de 0,2 a 2 mm; b) a referida junta 4 pode ter um diâmetro escolhido de maneira que a referida orla 41 fique em condições de cooperar com a referida garganta 35 em anel, apresentando a referida junta 4, com a referida lingueta e normalmente com a referida rosca, uma zona em anel de cobertura dita, respectivamente, superior e inferior, afim de que a referida junta 4 fique solidária com a referida inserção 3 antes da referida cápsula 1 ser roscada no referido gargalo 5, ou após a referida cápsula 1 ser desenroscada do referido gargalo 5; c} quando a referida cápsula 1 é enroscada no referido gargalo 5, a referida lingueta 32 ou uma extremidade 320 radial flexível da referida lingueta 32 e a referida orla 41 da referida junta 4 podem cooperar, exercendo a referida 7 lingueta 32 ou a referida extremidade 320 radial flexível na referida orla 41 a referida compressão 6 radial, de maneira a aplicar a referida orla contra o referido gargalo 5 e normalmente contra uma parte 51 superior do referido gargalo formando uma zona 60 de cobertura inclinada mais de 45° relativamente à vertical entre a referida orla 41 e a referida lingueta ou extremidade 320 radial flexível, e assim assegurar a impermeabilidade da referida cápsula enroscada no referido gargalo 5. A figura 7a ilustra o caso de uma zona de cobertura que faz sensivelmente um ângulo de 60° com a vertical.

Em certos casos, este ângulo pode atingir 80° e mesmo ser igual a 90° no caso em que a lingueta 32 está a uma distância axial suficiente da cabeça 30 interior da inserção afim de ficar em frente da parte vertical da referida parte 51 superior do gargalo 5.

Como ilustrado na figura Id, a referida inserção 3 pode compreender uma multiplicidade de entalhes ou esporões 34 de retenção, em regra 3 entalhes colocados a 120° uns dos outros, que asseguram, em lugar e posição da referida rosca 33, ou em complemento da referida rosca 33, a referida zona em anel de cobertura inferior, de maneira a solidarizar a referida junta 4 â inserção 3.

De acordo com a invenção, a referida saia 31 inferior da referida inserção 3 pode apresentar no fundo da rosca 33 uma espessura Ej entre 0,1 e 1 mm, e normalmente entre 0,15 e 0,5 mm.

As figuras la e Id representam inserções 3 com uma espessura de saia Ej igual a 0,3 mm (valor máximo). 8 A referida inserção 3 pode ser uma inserção roscada, normalmente moldada, de matéria termoplástica, normalmente escolhida entre o PS, o PET, o PA, as poliolefinas, como, por exemplo, o PE ou o PP. Utiliza-se de preferência o PS choque.

As inserções são norraalmente moldadas por injecção. O referido casquilho 2 pode ser um casquilho metálico de alumínio, ou de estanho, de material metaloplástico de camadas múltiplas em condições de ser engastado.

Com efeito, como ilustrado na parte direita da figura 6, o casquilho metálico é engastado por baixo do anel de vidro, na parte 63 reentrante do gargalo 5.

Normalmente, a referida junta 4 pode ser de material de camadas múltiplas, compreendendo em regra um núcleo central C que pode ser comprimido de matéria termoplástica com uma densidade entre 200 e 500 kg/m3, uma camada inferior I, em regra de poliolefina ou eventualmente de um material que seja barreira ao oxigénio, destinado a ficar em contacto com a referida bebida alcoólica. A sua espessura pode ir de 0,5 a 3 mm.

De acordo com uma modalidade da invenção, a referida inserção 3 pode apresentar uma altura Hi inferior à altura Hc do referido casquilho 2. A altura Hc do referido casquilho 2 pode ser, pelo menos, duas vezes maior que a altura Hi da referida inserção 3, de maneira a formar uma cápsula com saia longa, como ilustrado, por exemplo, na figura 6.

Neste caso, o referido casquilho 2 pode compreender um meio para detectar ou para facilitar uma primeira abertura, 9 normalmente uma linha 22 de enfraquecimento ou uma pequena faixa de primeira abertura formada na referida saia exterior,, ficando o referido meio colocado a uma altura compreendida entre Hc e Hi, de maneira que o referido meio fique situado acima da referida parte 53 reentrante do referido gargalo 5 quando a referida capsula 1 está roscada no referido gargalo 5, estando a referida cápsula 1 embutida no referido gargalo 5 por deformação local da referida saia 21 exterior do referido casquilho 2 na referida parte 53 reentrante, de maneira que a referida cápsula 1 não possa ser desenroscada sem romper a referida linha de enfraquecimento ou levantar a referida banda estreita.

De acordo com outra modalidade da invenção, a referida inserção 3 pode apresentar uma altura Hi, pelo menos, igual à altura Hc do referido casquilho 2, como ilustrado na figura 7b.

Neste caso, nomeadamente, a referida inserção 3 pode compreender um meio para detectar ou para facilitar uma primeira abertura, compreendendo a referida saia interior da referida inserção na sua parte inferior um meio de fixação destinado a cooperar com a referida parte reentrante logo que a referida cápsula é roscada e engastada no referido gargalo.

Nas figuras 7b e 7c, a inserção 3 inclui uma linha 36 de enfraquecimento que delimita uma parte 37 inferior que compreende uma multiplicidade de ganchos 371 preparados para cooperar com a referida parte 53 reentrante do gargalo, parte inferior 37 que pode incluir um cavado 370 que coopera com a extremidade inferior da saia 21 exterior do casquilho 2. Desde que a cápsula. 1 seja desenroscada, como ilustrado na figura 7c, a referida parte 37 inferior 10 separa-se e aparece visivelmente como testemunho de uma primeira abertura.

De acordo com a invenção, o referido casquilho 2 pode apresentar um raio RC de curvatura do referido casquilho na junção entre a referida cabeça exterior e a referida saia exterior entre 0,5 e 5 mm, e pode valer normalmente 1,5 ou 2,5 mm. Como ilustrado na figura 4b, o referido casquilho 2 pode apresentar um raio Rc de curvatura igual a, pelo menos, 2 mm, e a referida inserção 3 pode apresentar um raio Rei de curvatura normalmente igual a Rc, de maneira que a totalidade do referido casquilho 2 comprima a referida inserção 3 ou fique em contacto com a referida inserção 3, e que assim a referida inserção 3 apresente um comportamento em temperatura melhorado.

Com efeito, foi observado que a ausência de espaço livre entre o referido casquilho e a referida inserção tinha uma influência sobre a impermeabilidade no caso em que as condições de armazenamento ou de transporte podem implicar condições de temperatura relativamente elevadas, como é o caso nos países tropicais. O requerente emitiu a hipótese de que a ausência de espaço livre, e o facto do casquilho constituir uma anilha para a inserção, devia limitar a fluidez e a diminuição dos constrangimentos da inserção, de maneira que pudesse em virtude disto conservar as suas propriedades mecânicas e assegurar a referida compressão radial, mesmo após a passagem transitória a temperaturas tão altas como 40 a 50 °C.

Normalmente, a referida inserção 3 e o referido casquilho 2 são solidarizados por encaixe forçado e/ou por uma camada adesiva solidarizando as referidas saias 21 exterior e 31 interior. 11

Com vantagem, a referida camada adesiva é uma camada de produto fundido a quente {hot-melt).

Como ilustrado nas figuras 5a e 5b, um elemento complementar pode ser solidarizado com a referida inserção 3 ou com a referida junta 4, formando o referido elemento complementar, destinado a manter-se solidário com o referido gargalo 5 após o desenroscar da referida cápsula 1, normalmente um dispositivo 7 para verter.

As figuras 5a e 5b ilustram o caso em que o dispositivo 7 é solidarizado reversivelmente à parte 40 central da junta 4. O dispositivo 7 pode compreender uma parede 70 normalmente vertical em condições de penetrar no referido gargalo 5, e uma parte 71 superior inclinada que serve para verter o conteúdo da garrafa, sendo a parede 70 dotada exteriormente de uma multiplicidade de alhetas 72 de solidarização estanque do dispositivo 7 ao gargalo 5. Este dispositivo 7 para verter compreende braços 73 que cooperam por intermédio de um dispositivo reversível com uma peça 8. A referida peça 8 compreende uma base 80 fixada â parte central da junta 40 e uma haste 81 com uma cabeça 82 que coopera com a extremidade das alhetas 72.

Formas de realização

Todas as figuras correspondem a formas de realização de acordo com a invenção.

Todas as inserções 3 foram fabricadas por moldagem por injecção de PS choque. Todos os casquilhos metálicos foram fabricados embutindo banda de alumínio de 0,21 mm de espessura, de maneira a obter casquilhos com altura Hc normalmente igual o 60 mm. 12

As juntas foram obtidas a partir de um produto comercial da marca CORELEN ® em banda de uma espessura de 1,2 mm.

Este material compreende um núcleo em PE expandido ou EPE de 1 mm de espessura, podendo a sua estrutura completa de camadas múltiplas ser representada por EPE/papel Kraft/Sn/PVDC, ficando a camada de PVDC em contacto com o líquido, solidarizando camadas intermédias de adesivos, se necessário, as camadas adjacentes. Têm sido também utilizadas para ensaios juntas do tipo EPE/PE/PVDC/PE ou ainda PE/PVDC/PE/EPE/PE/PVDC/PE.

Para montar as inserções nos casquilhos, foi depositado um fio de produto fundido a quente no interior da referida saia 21 exterior e introduziu-se à força a referida inserção 3 - compreendendo normalmente a referida junta -até que a referida cabeça 30 interior venha encostar contra a referida cabeça 20 exterior.

Os ensaios de colocação de cápsulas foram realizados em garrafas com anéis de vidro referenciados BVP 30H60 e BVS 30H60. A) Inserções e cápsulas de acordo com as figuras la a ld:

Fabricaram-se inserções 3 de acordo com as figuras la a ld, inserções de 29,3 mm de diâmetro exterior e de 11,1 mm de altura Hi. A espessura Ej da saia 31 interior no fundo da rosca foi escolhida igual a 0,3 mm, como valor nominal máximo. 13

Estas inserções 3 compreendem uma lingueta 32 circular situada a uma distância hl axial de 2,8 mm, apresentando a referida lingueta uma largura radial de 1 a 1,55 mm - ver figura lb. Esta lingueta 32 circular apresenta uma extremidade ou parte 320 interior reduzida preparada para se flectir para cima quando do enroscar da cápsula ao gargalo. O raio Rei de curvatura destas inserções 3 foi escolhido igual a 0,79 mm. A figura la representa uma primeira variante de inserção - estando a junta 4 ausente - na qual a referida lingueta 32 circular e a extremidade 33 superior das roscas define uma garganta 35 em anel de 1,4 mm de largura axial.

Na variante representada na figura ld, a garganta 35 em anel é definida na sua parte inferior por 3 entalhes ou esporões 34 dispostos afastados 120° uns dos outros, apenas estando representado um na figura ld. B) Inserções e cápsulas de acordo com as figuras 2a a 2c

Uma inserção 3 com a sua junta 4 foi igualmente esquematizada na figura 2a, a mesma inserção foi representada após enroscar no gargalo 5 na figura 2b afim de ilustrar a referida compressão 6 radial. A figura 2c ilustra de maneira pormenorizada e aumentada, a compressão 6 radial da orla 41 da referida junta 4 pela lingueta 32 circular da inserção 3 encerrada no casquilho 2 normalmente metálico.

Neste caso, a zona 60 de cobertura entre a orla 41 e a lingueta 32 pela sua extremidade 320 radial é sensivelmente 14 vertical, de modo que a direcção 61 de compressão faz sensivelmente um ângulo de 90° com a vertical. C) Inserções e cápsulas de acordo com as figuras 4a e 4b

Uma inserção 3 com um raio de curvatura Rei de 2,5 mm foi fabricada. Esta mesma inserção foi utilizada para fabricar duas cápsulas 1 diferindo pelo raio RC de curvatura do casquilho 2 metálico. 0 casquilho 2 da figura 4a apresentava um raio RC1 de curvatura de 1,5 mm, enquanto que o casquilho 2 da figura 4b apresentava um raio RC2 de curvatura de 2,5 mm. Assim, um espaço 23 livre existia no interior do referido casquilho, entre o casquilho e a inserção no caso do casquilho de acordo com a figura 4a, enquanto que o casquilho da figura 4b não apresentava espaço 23. D) Cápsulas com dispositivo para verter de acordo com as figuras 5a e 5b

Por moldagem por injecção de PE formou-se um dispositivo 7 para verter e uma peça 8 servindo de suporte temporário para a parte 40 central da junta 4 que compreendia uma camada inferior igualmente de PE. A referida peça 8 é solidarizada com o referido dispositivo 7 para verter com um esforço axial mínimo, mas normalmente suficiente para que o referido dispositivo 7 para verter não se separe da referida peça 8 devido ao seu próprio peso, afim de que a referida junta 4 e a referida peça 8 fiquem solidárias com a referida inserção 3 quando da abertura da referida cápsula, mantendo-se o dispositivo 7 solidário com o gargalo graças às forças de atrito criadas pelas referidas alhetas 72. 15 E) Inserções e cápsulas obtidas de acordo com a figura 7a

Fabricaram-se inserções e cápsulas, nas quais, após enroscadas e montadas, a direcção da compressão 61 radial faz um ângulo com a vertical de 45 a 90°. F) Inserções e cápsulas obtidas de acordo com as figuras 7b e 7c

Estas inserções são moldadas com uma multiplicidade de pés que formam ganchos 371, em condições de cooperar com a parte 53 reentrante situada por baixo do contra-anel 54 do gargalo 5, de maneira que, neste caso, não haja engaste da saia 21 exterior na referida parte 53 reentrante.

Resultados obtidos

As cápsulas 1 obtidas foram enroscadas aos gargalos, como ilustrado na parte esquerda da figura 6, e engastadas ao gargalo, no caso dos ensaios A a E, como ilustrado na parte direita da figura 6.

Por um lado, o requerente observou, como ilustrado nas figuras 2c, 3 a e 3b, que as cápsulas de acordo com a invenção eram pouco sensíveis, tanto no que respeita â impermeabilidade final, como no que respeita ao esforço de desenroscar, nas condições de enroscar e de desenroscar, isto é, nas condições de colocação de cápsulas em geral, e que eram pouco sensíveis igualmente às variações de altura das garrafas em que eram colocadas as cápsulas.

Assim, contrariamente ao que era observado com as cápsulas com rosca do estado da técnica, a impermeabilidade 16 e o esforço de abertura para desenroscar a capsula mantêm-se sensivelmente constantes durante toda uma produção e qualquer que seja a origem das garrafas de vidro utilizadas.

Para medir a impermeabilidade das cápsulas, enchem-se, à pressão atmosférica e a 20° de temperatura, garrafas de 75 cm3 de capacidade com um vinho tinto com 12° de álcool, de maneira a ficar um volume de 13 cm3 livre por cima do nível do vinho. Após o enroscar e o engastar das cápsulas nas garrafas, as garrafas são progressivamente aquecidas e toma-se nota da temperatura a que aparecem as primeiras fugas, tendo em conta o aumento da pressão na garrafa, pressão também medida.

Pressão e Temperatura de fuga Pressão de fuga Temperatura de fuga Cápsula STELUX® de acordo com a técnica anterior com junta de compressão axial 1,40 bar ou seja 0,140 MPa 45 °C Cápsula da invenção de acordo com as figuras la e 4b 2,75 bar ou seja 0,275 MPa 53,5 °C

De forma muito significativa, sendo além disso todas as coisas iguais, as cápsulas de acordo com a invenção apresentam uma impermeabilidade muito superior à das cápsulas do estado da técnica. 17

Por outro lado, ensaios de armazenamento à temperatura ambiente e a uma temperatura de 50° mostraram que este esforço de abertura se situa numa faixa que vai de 11 a 13 Lbs/polegada ou seja 1,24 a 1,47 N/m, enquanto que a cápsula do estado da técnica necessita de um esforço bem mais elevado:

Esforço de abertura em Lbs/polegada e em N/m Temperatura ambiente (após passagem em estufa à temperatura de fuga) Cápsula STELUXE® segundo a técnica anterior De 14 a 17 Lbs/polegada ou seja 1,58 a 1,92 N/m Cápsula da invenção de acordo com as figuras la e 4b De 11 a 13 Lbs/polegada ou seja de 1,24 a 1,47 N/m

Por outro lado, tendo aumentado a fiabilidade da colocação de cápsulas, o requerente observou que as cápsulas de acordo com a invenção permitiam aumentar em cerca de 10% as cadências de colocação das cápsulas sem risco de virem a aparecer defeitos de impermeabilidade.

Também, o requerente observou que era possível obter uma impermeabilidade elevada sem que fosse necessário um esforço de primeira abertura elevado, como é o caso das cápsulas do estado da técnica.

Assim, mesmo os idosos conseguem desenroscar as cápsulas de acordo com a invenção.

Finalmente, o requerente observou que as cápsulas 1 de acordo com a invenção podiam apresentar uma 18 impermeabilidade melhorada a "alta temperatura", com as cápsulas do tipo da figura 4b, nas quais o referido casquilho e a referida inserção apresentam ambos um raio de curvatura relativamente elevado. As cápsulas de acordo com a invenção podem assim ser utilizadas em todo o mundo, quaisquer que sejam as condições meteorológicas locais.

Vantagens da invenção

Como referido anteriormente, as cápsulas com rosca de acordo com a invenção apresentam grandes vantagens relativamente às cápsulas do estado da técnica, uma vez que não apresentam acréscimo dos custos de fabricação e utilizam as mesmas técnicas e os mesmos materiais de produção das cápsulas da arte anterior.

Estas vantagens podem ser resumidas nos diferentes pontos que se seguem: impermeabilidade elevada e pouco dependente das variações dimensionais das garrafas e das condições de colocação das cápsulas; impermeabilidade elevada em toda a faixa de temperatura requerida; esforço de primeira abertura constante e de nível sensivelmente inferior ao verificado nas cápsulas do estado da técnica; aumento das cadências de colocação das cápsulas; 19 utilização, quer para a rolhagem de garrafas de vinho, quer de garrafas de bebidas alcoólicas, de bebidas espirituosas e de aperitivos.

Lista de referências Cápsula de garrafa com rosca 1 Direcção axial vertical 10 Casquilho metálico 2 Cabeça exterior 20 Saia exterior 21 Linha de enfraquecimento 22 Espaço livre 23 Inserção de plástico 3 Cabeça interior 30 Saia interior 31 Lingueta circular 32 Extremidade radial flexível 320 Rosca 33

Entalhe ou esporão de retenção da junta 34

Garganta em anel 35 Linha de pontes 36 Parte inferior 37 20 370

Cavado

Gancho 371

Junta 4

Parte central 40

Orla periférica 41

Gargalo de uma garrafa 5

Topo 50

Parte superior 51

Parte roscada ou rosca 52

Parte reentrante de engaste 53

Contra-anel 54

Compressão radial de 41 contra 51 6

Zona de cobertura entre 41 e 320 60

Direcção de compressão 61

Dispositivo para verter 7

Parede vertical 70

Parte superior inclinada 71

Alhetas de solidarização ao gargalo 5 72

Braço de solidarização reversível em 8 73

Peça suporte de 7 chumbada/soldada a 40 8 Pé 8 0

Haste 81

Cabeça 82

Lisboa, 25 de Janeiro de 2008 21

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Cápsula de garrafa com rosca (1) destinada a cooperar com um gargalo (5) de um recipiente, normalmente uma garrafa destinada a conter uma bebida alcoólica, por exemplo, vinho, formando o referido gargalo (5) um topo (50) na sua parte superior e compreendendo, na sua parede lateral, uma rosca (52) exterior e uma parte (53) reentrante destinada ao engaste da referida cápsula (1), compreendendo a referida cápsula (1) a) um casquilho (2) exterior b) uma inserção (3), compreendendo a referida inserção (3) contida no referido casquilho (2) e solidarizada com o referido casquilho (2) uma cabeça (30) interior e uma saia (31) interior dotada de uma rosca (33) interior destinada a cooperar com a rosca (52) exterior do referido gargalo (5) , e c) uma junta (4) de impermeabilidade, compreendendo a referida junta (4) uma parte (40) central e uma parte (41) periférica ou orla, em que a referida inserção (3) compreende um meio (6) de compressão radial da referida junta (4) de impermeabilidade contra o referido gargalo (5) , de maneira que, quando a referida cápsula (1) de garrafa é roscada no referido gargalo (5) , a referida orla (41) seja comprimida radialmente entre a referida inserção (3) e o referido gargalo (5), e que assim a impermeabilidade e o esforço de abertura da referida cápsula (1) sejam em larga medida independentes da posição axial da referida cápsula (1) relativamente ao referido gargalo (5) , 1 caracterizada por, de maneira a formar o referido meio (6) de compressão radial: a) a referida saia (31) interior compreender uma lingueta (32) circular afastada axialmente numa distância hl da referida cabeça (30) interior que forma o fundo da referida inserção de maneira a formar uma garganta (35) em anel de altura axial, pelo menos, igual â espessura da referida junta (4), ficando a referida garganta (35) em anel limitada à sua parte superior pela referida lingueta (32), apresentando a referida lingueta (32) uma largura 1 radial, b) a referida junta (4) tem um diâmetro escolhido de maneira que a referida orla (41) fique em condições de cooperar com a referida garganta (35) em anel, apresentando a referida junta (4) , com a referida lingueta, uma zona em anel de cobertura afim de que a referida junta (4) fique solidarizada com a referida inserção (3) antes da referida cápsula (1) ser enroscada no referido gargalo (5) , ou após a referida cápsula (1) ser desenroscada do referido gargalo (5); c) quando a cápsula (1) é enroscada no referido gargalo (5) , a referida lingueta (32) tem uma extremidade (320) radial flexível da referida lingueta (32) e cooperando a referida orla (41) da referida junta (4), a referida lingueta (32) ou a referida extremidade (320) radial flexível que exerce sobre a referida orla (41) a referida compressão (6) radial de maneira a aplicar a referida orla contra, o referido gargalo (5) , formando assim uma zona (60) de cobertura 2 inclinada mais de 45° relativamente à vertical entre a referida orla (41) e a referida lingueta ou extremidade (320) radial, e assim assegurar a impermeabilidade da referida cápsula (1) roscada no referido gargalo (5).
2. Cápsula de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida inserção (3) compreender uma multiplicidade de entalhes ou esporões (34) de retenção, normalmente 3 entalhes dispostos a 120° uns dos outros, assegurando o lugar e posição da referida rosca (33) , ou completando na referida rosca (33), a referida zona em anel de cobertura inferior, de maneira a solidarizar a referida junta (4) com a referida inserção (3).
3. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 e 2, caracterizada por a saia (31) interior da referida inserção (3) apresentar no fundo da rosca (33) uma espessura entre 0,1 e 1 mm, e normalmente entre 0,15 e 0,5 mm.
4. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizada por a referida inserção 3 ser uma inserção roscada, normalmente moldada, de material termoplástico, normalmente escolhido entre o PS, o PET, o PA, as poliolefinas, por exemplo, o PE ou o PP.
5. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizada por o referido casquilho (2) ser um casquilho metálico de alumínio, de estanho 3 ou de material metaloplástico de camadas múltiplas em condições de ser engastado.
6. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizada por a referida junta (4) ser de material de camadas múltiplas compreendendo normalmente uma alma C central que pode ser comprimida de material termoplástico com uma densidade entre 200 e SOO kg/m3, uma camada 1 inferior,. normalmente de poliolefina ou eventualmente de material barreira do oxigénio, destinada a ficar em contacto com a referida bebida alcoólica.
7. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizada por a referida inserção (3) apresentar uma altura Hi inferior â altura Hc do referido casquilho (2).
8. Cápsula de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por a referida altura Hc do referido casquilho (2) ser, pelo menos, duas vezes maior que a altura Hi da referida inserção (3), de maneira a formar uma cápsula com uma saia longa,
9. Cápsula de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por o referido casquilho (2) ter uma saia (21) exterior e compreender um meio para detectar ou facilitar uma primeira abertura, normalmente uma linha (22) de enfraquecimento ou uma zona estreita de primeira abertura formada na referida saia exterior, sendo o referido meio colocado a uma altura compreendida entre Hc e Hi, de maneira que o referido meio fique situado sobre a referida parte (53) reentrante do referido gargalo (5) quando a referida cápsula (1) é 4 roscada no referido gargalo (5), sendo a referida cápsula (1) engastada no referido gargalo (5) por deformação local da referida saia (21) exterior do referido casquilho (2) na referida parte (53) reentrante, de maneira que a referida cápsula (1) não possa ser desenroscada sem romper a referida linha de enfraquecimento ou levantar a referida zona estreita.
10. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizada por a referida inserção (3) apresentar uma altura Hi, pelo menos, igual à altura Hc do referido casquilho (2).
11. Cápsula de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por a referida inserção (3) compreender um meio para detectar ou para facilitar uma primeira abertura, compreendendo a referida saia interior da referida inserção na sua parte inferior um meio de fixação destinado a cooperar com a referida parte reentrante quando a referida cápsula é roscada e engastada no referido gargalo.
12. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 11, caracterizada por o referido casquilho (2) ser munido de uma cabeça exterior e de uma saia exterior, variando o raio de curvatura RC do referido casquilho na junção entre a referida cabeça exterior e a referida saia exterior de 0,5 a 5 mm, fixando-se normalmente entre 1,5 e 2,5 mm.
13. Cápsula de acordo com a reivindicação 12, caracterizada por o referido casquilho (2) apresentar um raio RC de curvatura, pelo menos, igual a 2 mm, e na qual a referida inserção (3) 5 apresenta um raio Rei de curvatura normalmente igual a RC, de maneira que a totalidade do referido casquilho comprima a referida inserção, ou seja, no contacto da referida inserção, e que assim a referida inserção apresente um comportamento melhorado no que se refere à temperatura.
14. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 13, caracterizada por a referida inserção e o referido casquilho se solidarizarem por encaixe à força e/ou por uma camada adesiva que solidariza as referidas saias exterior (21) e interior (31).
15. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 14, caracterizada por um elemento complementar se solidarizar com a referida inserção (3) ou com a referida junta (4), formando o referido elemento complementar, destinado a se solidarizar com o referido gargalo (5) após o desenroscar da referida cápsula (1) , normalmente um dispositivo (7) para verter.
16. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 15, caracterizada por a referida garganta (35) em anel ficar limitada na sua parte inferior pela referida rosca (33), apresentando a referida junta (4) com a referida rosca (33) uma zona de cobertura em anel.
17. Cápsula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 16, caracterizada por a referida distância Hl estar compreendida entre 0,5 e 5 mm e por a largura 1 radial da referida lingueta (32) estar compreendida entre 0,2 e 2 mm. Lisboa, 25 de Janeiro de 2008 6